O documento discute a importância da humanização no cuidado de pacientes. A humanização envolve tratar os pacientes com dignidade, respeito e compreensão, considerando suas necessidades individuais. Isso inclui promover ambientes acolhedores para partos e permitir a presença de acompanhantes para pacientes críticos. A humanização busca proporcionar a melhor experiência possível para os pacientes, mesmo em situações difíceis.
2. Humanizar segundo o dicionário Aurélio:
Adoçar, suavizar, civilizar;
Torna-se humano, compadecer-se;
HUMABIZAR É: valorizar a qualidade do cuidado do ponto
de vista pessoal e profissional.
3. A enfermagem é uma profissão que se desenvolveu através
dos séculos, mantendo uma estreita relação com a história da
civilização.
4. Neste contexto, tem um papel preponderante por ser uma
profissão que busca promover o bem estar do ser humano,
considerando sua liberdade, unicidade e dignidade, atuando
na:
promoção da saúde
prevenção de enfermidades
no transcurso de doenças e agravos
nas incapacidades e
no processo de morrer.
5. Ou seja, nos colocar no lugar do paciente e enxergar-lo como
um ser biopsicossocial com necessidades diferentes, e
entender que apesar do paciente estar com todos os
equipamentos necessários para sua sobrevivência, ele está em
um local estranho, sendo cuidado por pessoas estranhas,
perdendo suas intimidades e principalmente com dor. A
humanização visa justamente trazer o máximo de conforto e
cuidado para o paciente como pessoa.
6. O HOMEM JÁ NASCE HUMANIZADO?
Parece estranho falar de humanização para seres humanos, já
que humanizar deveria fazer parte da natureza do homem,
porém mostra-se necessário no contexto atual que façamos
uma revisão de nossas práticas cotidianas com ênfase na
criação de melhores equipes de trabalho que valorize a
dignidade de sua profissão e do paciente, sendo assim
escolhemos o esse tema como forma orientar a quem cuida a
dar o tratamento individualizado frente as necessidades de
cada um.
7. A enfermagem é uma disciplina, que lida com o ser
humano, que é um ser em evolução, tem que haver
humanização.
Uma pessoa está doente e vai procurar um profissional da
saúde com o desejo que alivie seus sintomas e livre-o de seu
sofrimento. Ele deseja ser cuidado.
O cuidado humano é exercitado, vivido e sentido no
interior de cada um, envolvendo atos, princípios, valores,
ética que devem fazer parte do nosso cotidiano.
8. Compaixão aqui, não é ter pena, nem dó. É o sentido pleno
da palavra mesmo e do entendimento de seus limites e depois
o fortalecimento do sentimento fraternal.
9. A enfermagem nasceu através do ensino feito por Florence
Nightingale: treinava pessoas para cuidar de pessoas. O cuidar
é uma característica da enfermagem. A arte da enfermagem
Nightingaliana consiste no cuidar tanto dos seres humanos
sadios, como doentes, requerendo assim um conhecimento
formal e científico, vocação, elevado padrão moral e de
sentimentos.
10. Ela é considerada a criadora da profissão de enfermagem. Ela foi uma enfermeira inglesa que se
destacou durante a Guerra da Crimeia, em 1854, ao cuidar dos feridos de forma diferenciada.
Para isso, ela percorria todas as enfermarias no período da noite com uma lanterna nas mãos,
feito que lhe rendeu o apelido de “A Dama da Lâmpada”.
A enfermeira Florence Nightingale foi pioneira no tratamento humanizado de pacientes e
criou métodos eficazes que reduziram em mais da metade o número de mortes de doentes.
Além disso, ela fundou a primeira Escola de Enfermagem da Inglaterra no Hospital Saint
Thomas, em Londres, no ano de 1860.
Como reconhecimento por seu trabalho, ela recebeu em 1883, da rainha Vitória, a Cruz
Vermelha Real, e em 1901 se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito.
E em sua homenagem, o Dia Internacional da enfermagem é celebrado em 12 de maio, data de
nascimento de Florence Nightingale.
Florence Nightingale nasceu em Florença, na Itália, no dia 12 de maio de 1820. Sua paixão pela
Enfermagem surgiu durante uma viagem ao Egito, quando fazia visitas a hospitais. Aos 14 anos, ela
decidiu que cuidar dos enfermos era sua vocação, o que relatou em suas obras como sendo
um chamado de Deus.
11. O enfermeiro precisa utilizar seu conhecimento científico e
também sua capacidade de observação e percepção para
visualizar as necessidades do paciente e compreender seus
problemas. A negligência é causadora de um cuida ineficiente,
por isso, é necessário que a enfermeira tenha conhecimento
disso e previna o mau cuidado, a sobrecarga de atividades, a
falta de treinamento. Mantendo assim o bom equilíbrio da
equipe para o atendimento humanizado.
12.
13. A intolerância afetiva para com a própria emoção racional
acaba levando o sujeito a abstrair-se de sofrimento alheio por
uma atitude de indiferença – logo, de intolerância para com o
que provoca seu sofrimento. Nesse sentido emerge a
necessidade de trabalhar o sofrimento psíquico do
trabalhadores de enfermagem, pois o desgaste psicológico e
más condições na infraestrutura (super-lotamento , falta de
materiais de trabalho e até mesmo sobre carga devido a
poucos profissionais na equipe) interfere na qualidade de vida
dessas pessoas e na qualidade da assistência prestada.
14. O cuidar tornou-se mecanizado, fragmentado e tanto as
pessoas que cuidam com as que recebem cuidado, parecem
ter esquecido que esta habilidade/qualidade, além de
constituir uma ação e um valor, um comportamento. Os
enfermeiros devem ser atuantes não só na administração das
atividades, mas sim estar em constante interação com o meio
cuidar/cuidado para através do seu conhecimento,
desenvolver a humanização. Isso nos confere, tanto mais
responsabilidade, quanto desafios.
15. HUMANIZAÇÃO NO PARTO
A humanização do parto é o respeito à mulher como pessoa única, em um momento da sua
vida em que necessita de atenção e cuidado. É o respeito, também, à família em formação e ao
bebê
• acreditar que o parto normal é fisiológico e que na maioria das vezes não precisa de qualquer
intervenção;
• saber que a mulher é capaz de conduzir o processo e que ela é a protagonista desse evento;
• conversar, informar a mulher sobre os procedimentos e pedir sua autorização para realizá-los;
• garantir e incentivar a presença a todo o momento de um acompanhante escolhido pela mulher,
para lhe passar segurança e tranquilidade;
• promover um ambiente acolhedor;
• oferecer à mulher as melhores condições e recursos disponíveis, para que se sinta acolhida e
segura nesse momento tão especial;
• prestar assistência ao parto e nas- cimento seguindo as evidências científicas e os mais altos
padrões de qualidade, de acordo com as NormasTécnicas e recomendações do Ministério da
Saúde;
• permitir o contato imediato do bebê com a mãe logo ao nascer, e garantir que permaneçam
juntos durante todo o período de internação. Perguntas e respostas.
16. A humanização do parto está focada no respeito às
escolhas da mulher, no direito a um atendimento
digno, respeitoso e sem qualquer tipo de violência. Os
conceitos da humanização do parto devem estar
presentes em todos os locais de assistência à gestante:
em um hospital público, privado, em uma casa de parto
e até numa residência. O que importa é que sejam
adotadas práticas que garantam o direito à informação
e às escolhas da mulher.
17. Como devem agir as unidades de saúde?
As unidades de saúde devem oferecer à mulher um ambiente acolhedor e
criar rotinas hospitalares que acabem com o tradicional isolamento
imposto às mulheres.
Devem ainda proporcionar à mulher as melhores condições e recursos
disponíveis, para que se sinta acolhida e segura. Isso inclui prestar
informações claras sobre os procedimentos a serem realizados
mediante consentimento da mulher.
Como devem agir a equipe de enfermagem?
Devem agir de forma ética e solidária, informando a mulher sobre sua
saúde, evitando intervenções desnecessárias e ouvindo sua opinião
sobre os procedimentos indicados, de forma clara, respeitando seu
saber e o conhecimento do seu corpo. Os profissionais de saúde devem
explicar a finalidade de cada intervenção, seus riscos e as alternativas
disponíveis.
18. O QUE NÃO É HUMANIZADO?
Tricotomia: é a raspagem dos pelos pubianos. É considerada
desnecessária.
19. Enema: é a lavagem intestinal. É incômoda e constrangedora
para muitas mulheres, seu uso não traz benefícios para o
trabalho de parto. NÃO DEVE SER FEITA.
20. Proibição de ingerir líquidos ou alimentos leves durante
o trabalho de parto: segundo a OMS “o trabalho de parto requer
enormes quantidades de energia. Como não se pode prever a sua
duração, é preciso repor as fontes de energia, a fim de garantir o
bem-estar fetal e materno”. Em uma gestante de risco habitual, com
pouca chance de precisar de anestesia geral, a ingestão de líquidos e
alimentos leves deve ser permitida.
21. Episiotomia: corte no períneo (região entre a vagina e o ânus)
feito com a intenção de facilitar a saída do bebê; atualmente já se
sabe que a episiotomia rotineira pode causar mais danos do que
benefícios. Por isso, seu uso deve ser limitado.
22. Manobra de Kristeller: é um empurrão dado na barriga
da mulher com o objetivo de levar o bebê para o canal de
parto. Esta prática pode ser perigosa para o útero e o bebê,
não havendo evidências de sua utilidade.
23. A humanização deve ocorrer tanto no parto normal quanto
na ope- ração cesariana?
Sim. A equipe que prestar a assistência junto à mulher e sua família
deve levar em consideração diversos fatores, como a saúde da mãe e do
bebê e os riscos envolvidos.
O bebê pode ficar junto com a mãe após o parto?
O alojamento conjunto da mãe com o bebê é uma regra muito
importante e deve ser respeitada. Imediatamente após o parto deve
acontecer o “contato pele a pele”, quando o bebê que nasce bem é
colocado no colo da mãe e permanece ali durante a primeira hora de
vida, momento para fortalecer o vínculo entre mãe e bebê e estimular
a amamentação. O cordão umbilical só deverá ser cortado quando
parar de pulsar, para garantir que o bebê receba uma dose extra de
oxigênio nos primeiros momentos de vida.
24. HUMANIZAÇÃO AO PACIENTE CRÍTICO
Pacientes “a beira da morte”, incapazes de falar, despidos,
sendo submetidos a procedimentos sem orientações com
relação a técnica e a necessidade dos mesmos, tubos
inseridos em diferentes orifícios, contenção mecânica,
alarmes sugestivos de situação hostil e principalmente
privados do direito de permanecer próximo das pessoas de
confiança, familiares.
25. Esse comportamento do gestor dos cuidados e da equipe
acaba por prover péssimas memórias e experiências aos
pacientes e familiares.
Pode produzir como efeito colateral, perda da identidade,
respeito, privacidade, atentado contra a integridade e a honra
do indivíduo.
26. DESUMANIZAÇÃO
A equipe envolvida no cuidado muitas vezes não se identifica, realizando
avaliações diretamente no corpo do paciente, invadindo a privacidade dos
mesmos, discutindo entre si termos técnicos sobre o caso, sem estabelecer
COMUNICAÇÃO com o principal sujeito envolvido.
Pacientes com alteração do nível de consciência submetidos a internação em
UTI frequentemente apresentam experiências traumáticas e o sentimento de
perda do controle de seus próprios corpos.
A política de restrição das famílias promove a desumanização e induz a sensação
de controle da equipe sobre o paciente.
Profissionais de saúde que viveram a experiência de ser pacientes internados em
UTI, tendem a assimilar a importância da presença de familiares, do
estabelecimento de comunicação efetiva, da necessidade de receber um
tratamento humanizado.
27. Refletindo sobre a humanização a beira leito
É altamente recomendado estabelecer comunicação, conversa
com pacientes de UTI, mesmo quando em delirium, estado
comatoso ou quando incapazes de verbalizar.
É necessário identificação, realizar explicações com relação
ao quadro que o trouxe a UTI e intenção de tratamento.
Essas estratégias estão associadas com menor tempo de
ventilação mecânica, menos delirium e uso de sedativos.
28. Medidas para minimizar os efeitos deletérios de alterações do
nível de consciência e mobilidade, incluindo utilizar menos
sedação, estão associadas com menor incidência de delirium e
melhor status funcional neuromuscular e psicológico no pós
internamento.
29. Possua interesse sobre seu
paciente, procure identificar
medidas individualizadas que
possam trazer conforto e bem
estar para o doente.
É importante tomar atitudes
vislumbrando o bem estar do
doente no pós internamento para
fornecer uma experiência menos
traumática.
32. VIOLAÇÃO DE DIREITOS
A violação de direitos humanos básicos de Lésbicas , Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) devido a processos
de preconceito, discriminação, e exclusão social têm
chamado atenção de lideranças de movimentos sociais de
LGBT e do poder público, assim o Ministério da Saúde à
frente, tem buscado formular políticas de saúde específicas
para este segmento, visando à integralidade e a equidade da
assistência à saúde no SUS.
33. A política visa fortalecer, visando ampliar e garantir o acesso
a população LGBT aos serviços de saúde através de um
atendimento humanizado, respeitando assim o compromisso
do SUS com seus princípios de integralidade, igualdade e
equidade da assistência em saúde
34. MUDANÇAS DE PARADIGMAS
Este processo de mudança não é tarefa fácil diante de uma
sociedade onde o padrão heterossexual é hegemônico e que
influencia a conduta profissional para uma prática e
assistência baseada em preconceito e discriminação por
outras formas de diversidade sexual diferentes daquele
modelo tido como normal e que pode gerar homofobia
institucional colocando em risco o direito de cidadãos e
afastado estes dos serviços de saúde.
35. SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
A população de LGBT encontra-se em situação de
vulnerabilidade com relação à garantia de direitos humanos
básicos como: direito à saúde, direitos reprodutivos e sexuais,
o que justifica uma política de saúde específica para estes
cidadãos, visando proteger esses direitos e criar condições para
que possam exercê - los com autonomia e responsabilidade
36. PROVIDÊNCIAS URGENTE....
Neste sentido, sabe-se que Atenção Básica é reconhecida
como porta de acesso aos serviços de saúde sendo assim, é
necessário que os profissionais de saúde acolham de forma
humanizada buscando conhecer suas necessidades e
vulnerabilidades específicas
37. OBJETIVO
Promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais,
travestis e transexuais, eliminando a discriminação e o
preconceito institucional, bem como contribuindo para a
redução das desigualdades e a consolidação do SUS como
sistema universal, integral e equitativo.
38. Humanização em exames : medidas para tornar o
atendimento mais próximo do paciente
1. Higienizar constantemente as mãos
Por mais que o profissional atue grande parte do tempo de luva,
ainda assim é perigoso atuar sem a devida limpeza das mãos.
Logo, a higienização deve ser feita a todo momento.
2. Utilizar EPIs como meio de segurança
O uso de EPIs em hospitais se tornou imprescindível durante a
pandemia, uma vez que o vírus da COVID-19 é altamente
contagioso.
39. Logo, equipamentos passaram a ser obrigatórios, como:
Gorro;
Máscaras N95;
Luvas;
Capote impermeável;
Óculos protetor;
Protetor de calçados;
Avental;
Face shield.
40. COMO DIMINUIR A ANSIEDADE?
APRESENTE-SE;
EXPLIQUE O PROCEDIMENTO;
TIRE AS DÚVIDAS DO PACIENTE;
APRESENTE O MATERIAL QUE SERÁ USADO;
LAVE AS MÃOS (ANTES E DEPOIS);
TENTE MINIMIZAR OS ANSEIOS E DÚVIDAS COM
INFORMAÇÕES.
41. Seja oferecendo um atendimento antes e após a realização de
exames e procedimentos ou prestando esclarecimentos para
reduzir dúvidas e ansiedades, os cuidados de enfermagem são
essenciais para garantir o bem-estar da população em geral.