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Breve cronologia da Idade Moderna
• 1453 - tomada de Constantinopla.
• 1455-1460 - Preparação e impressão do primeiro livro impresso em uma prensa de
tipos móveis reutilizaveis: a Bíblia de Gutenberg.
• 1492 - Viagem de Cristóvão Colombo à América.
• 1494-1526 - Guerras da Itália.
• 1496 - expulsão dos Judeus e dos Mouros de Portugal.
• 1497 - Vasco da Gama parte para a Índia.
• 1500 - Descoberta oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral.
• 1517 - Martinho Lutero publicou as "Noventa e Cinco Teses". Início da Reforma
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• 1519-1522 - Volta ao mundo de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano.
• 1534 - "Acto de Supremacia" em Inglaterra. O rei Henrique VIII rompeu com Roma
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• 1545 - Primeira sessão do Concílio de Trento. A última sessão decorreu em 1563.
• 1562-1598 - Guerras de Religião em França.
• 1618 - Início da Guerra dos Trinta Anos.
• 1642-1660 - Revolução Inglesa.
• 1688-1689 - Revolução Gloriosa em Inglaterra.
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• 1789 - Início da Revolução Francesa.
• A Idade Moderna é um período específico da
História do Ocidente. Ela se destaca das demais
por ter sido um período de transição por
excelência. Tradicionalmente aceita-se o início
estabelecido pelos historiadores franceses, 1453
quando ocorreu a tomada de Constantinopla
pelos Turcos otomanos, e o término com a
Revolução Francesa, em 1789.
• Entretanto, apesar de a queda de Constantinopla
ser o evento mais aceito, não é o único. Tem sido
propostas outras datas para o início deste
período, como a Conquista de Ceuta pelos
portugueses em 1415, a viagem de Cristóvão
Colombo ao continente americano em 1492 ou a
viagem à Índia de Vasco da Gama em 1497.
• Algumas correntes historiográficas anglo-saxónicas preferem
trabalhar com o conceito de "Tempos Modernos", entendido como
um período não acabado, introduzindo nele subdivisões entre Early
Modern Times (mais antiga) e Later Modern Times (mais recente),
ou então procedem a uma divisão entre sociedades pré-industriais
e sociedades industriais. A noção de "Idade Moderna" tende a ser
desvalorizada pela historiografia marxista, que prolonga a Idade
Média até ao advento das Revoluções Liberais e ao fim do regime
senhorial na Europa, devido a ampla ação das Cruzadas, que
expandiram o comércio na Europa.
• A dificuldade da delimitação cronológica do período se deve,
principalmente, às divergências de interpretação quanto à origem e
evolução do Sistema Capitalista. Contudo, o período histórico que
vai do século XV ao XVIII é, genericamente percebido com um
"período de transição".
• A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma
época de "revolução social" cuja base consiste na "substituição do
modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista".
• O Renascimento Comercial que vinha ocorrendo desde a
baixa Idade Média (séculos XI, XII e XIII), apresentava o
seguinte quadro:
- no Mediterrâneo: fazia-se a ligação entre a Europa e Oriente
envolvendo as cidades italianas e os árabes.
- no Norte da Europa: ligando o Mar do Norte ao Mar Báltico,
predominavam os comerciantes alemães.
- no Litoral Atlântico da Europa: através da navegação de
cabotagem, ligava-se o Mar do Norte ao Mediterrâneo.
- no Interior do Continente Europeu: predominam antigas
rotas terrestres.
• As Feiras, as Cruzadas e o surgimento dos Burgos, ao
longo da Idade Média, eram sinais, também, de que o
comércio renascia.
• A partir do século XV o comércio cresceu
extraordinariamente, fruto, naturalmente, de
modificações ocorridas no interior das sociedades
feudais européias (aumento da população, crescimento
das cidades, desenvolvimento das manufaturas, etc).
• Esta época pode-se caracterizar por um
desanuviamento da "triologia negra" - fomes, pestes e
guerras - criando condições propícias às descobertas
marítimas e ao encontro de povos.
A formação do mundo moderno
• Crise do século XIV é a expressão utilizada para denominar um
conjunto de fatores e eventos ocorridos no século XIV e que
aceleraram a decadência do feudalismo e o fim da Idade Média na
Europa Ocidental.
• Causada por diversos motivos a crise teve origem na época em que
não havia novas terras a serem ocupadas fazendo com que a produção
não crescesse, uma vez que no sistema feudal uma maior produção
significava anexar novas terras. Com a produção estagnada e uma
população maior,a fome se espalhou na Europa. Além disso, a
destruição das florestas e do meio ambiente ocorrida durante o século
XII causou sérias mudanças climáticas, como por exemplo, severas
chuvas. A Europa devastada pela fome, estava mais vulnerável a
doenças como a Peste negra. Para agravar a situação existiam
constantes guerras, a mais conhecida foi a Guerra dos Cem Anos. Tudo
isto causou uma grande queda demográfica. Como havia menos
pessoas para trabalhar, os nobres impuseram uma maior carga de
trabalho sobre os camponeses, o que gerou revoltas populares como a
Jacquerie e a Revolta camponesa de 1381.
• Em Portugal não se passava apenas uma crise
demográfica e económica, mas também a passar uma
crise de sucessão: em 1383 Dom Fernando faleceu,
como a sua única herdeira, Beatriz, de Portugal, era
casada com João I de Castela, se fosse nomeada para
governar Portugal, o reino corria sérios riscos de
perder a sua independência. Esta decisão não agradava
a algumas pessoas, então daí surgiram dois partidos, o
do povo, baixa nobreza e burguesia que apoiavam
Mestre de Avis e a independência de Portugal, e o da
nobreza que apoiava Dona Beatriz. Com esta vitória na
batalha de Aljubarrota, Mestre de Avis foi titulado de
D. João I (o primeiro da Dinastia de Avis). Foi crise do
século e tem como suas características o abalo das
guerras, fome, epidemias acentuando assim o processo
do capitalismo.
O Estado Moderno
• O Estado Moderno nasceu na segunda metade do
século XV, a partir do desenvolvimento do capitalismo
mercantil nos países como a França, Inglaterra e
Espanha, e mais tarde na Itália. Foi na Itália que surgiu
o primeiro teórico a refletir sobre a formação dos
Estados Modernos, Nicolau Maquiavel, que no início de
1500 falou que os Estados Modernos fundam-se na
força. Entre as características do Estado Moderno
estão:
- Soberania do Estado: o qual não permite que sua
autoridade dependa de nenhuma outra autoridade
- Distinção entre Estado e sociedade civil: evidencia-se
com a ascensão da burguesia, no século XVII
Renascimento
• Renascimento (ou Renascença) foi um período na história do mundo ocidental
com um movimento cultural marcante na Europa, considerado como um marco do
final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Começou no século XIV na Itália
e difundiu-se pela Europa no decorrer dos séculos XV e XVI.
• Além de atingir a Filosofia, as Artes e as Ciências, o Renascimento fez parte de uma
ampla gama de transformações culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas
que caracterizam a transição do Feudalismo para o Capitalismo. Nesse sentido, o
Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano
cultural, com a estrutura medieval.
• O Renascimento Cultural manifestou-se primeiro na Península Itálica, tendo como
principais centros as cidades de Milão, Gênova, Veneza, Florença e Roma, de onde
se difundiu para todos os países da Europa Ocidental. Porém, o movimento
apresentou maior expressão na Itália. Não obstante, é importante conhecer as
manifestações renascentistas da Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, e menos
intensamente, de Portugal e Espanha.
Espírito renascentista
• O Renascimento está associado ao humanismo, o
interesse crescente entre os académicos
europeus pelos textos clássicos, em latim e em
grego, dos períodos anteriores ao triunfo do
Cristianismo na cultura européia. No século XVI
encontramos paralelamente ao interesse pela
civilização clássica, um menosprezo pela Idade
Média, associada a expressões como
"barbarismo", "ignorância", "escuridão", "gótico",
"noite de mil anos" ou "sombrio" (Bernard
Cottret).
O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário
renascentista: humanista e clássico
Ideais do Renascimento
• Podem ser apontados como valores e ideais
defendidos pelo Renascimento o
Antropocentrismo, o Hedonismo, o Racionalismo,
o Otimismo e o Individualismo, bem como um
tratamento leigo dado a obras religiosas, uma
valorização do abstrato, expresso pelo
matemático, além também de algumas noções
artísticas como proporção e profundidade, e,
finalmente, a introdução de novas técnicas
artísticas, como a pintura a óleo.
Pintura do Renascimento
• A definição de Pintura renascentista surge em
Itália durante o século XV inserida, de um modo
geral, no Renascimento. Esta pintura funda um
espírito novo, forjado de ideais novos e em novas
forças criadoras. Desenvolve-se nas cidades
italianas de Roma,Nápoles, Mântua, Ferrara,
Urbino e, sobretudo, em Florença e Veneza
(principais centros que possuíam, entre os
séculos XV e XVI, condições económicas, políticas,
sociais e culturais propícias ao desenvolvimento
das artes como a pintura).
Pintura do Renascimento
Elementos Técnicos
• perspectiva rigorosa e científica, que permite um
tratamento real do espaço e da luz;
• pintura a óleo, que apareceu em Itália em meados do
século XV, devido às trocas comerciais a partir de Veneza
com a Flandres. Substituíu-se, gradualmente, as técnicas da
têmpera e do fresco para a pintura a óleo que ao possuir
maior tempo de secagem, permitiu a elaboração de
modelados e velaturas;
• a utilização de novos pigmentos aglutinantes (como o
óleo) que possibilitava novas associações e graduações da
cor;
• novos suportes como a tela e o cavalete que facilitaram a
difusão das correntes estéticas uma vez que permitiram
uma circulação mais fácil das obras.
Pintura do Renascimento
Elementos formais
• inclusão nas obras de cenários arquitetônicos;
• grande naturalidade e realismo anatômicos.
Elementos estéticos
• equilíbrio e a harmonia dados pelo rigor científico. Era
comum as figuras serem representadas segundo
esquemas geométricos, como o esquema em pirâmide,
de forma a transmitirem uma maior harmonia;
• realismo representação da realidade tal como a
observam, valorização da personalidade retratada.
Pintura da Renascença Italiana
• Renascimento é uma palavra com vários significados. Por
isso, a pintura dessa época não se refere a um estilo
único. A arte da Renascença surgiu de uma nova
sociedade, que se desenvolvia com rapidez. Ela marcou a
passagem do mundo medieval para o moderno e, assim,
estabeleceu o alicerce da sociedade ocidental de hoje.
• Os pintores do Renascimento italiano, embora ligados a
cortes particulares e leais a certas cidades, viajaram por
toda Itália, muitas vezes ocupando status de diplomatas
e disseminando idéias artísticas e filosóficas.A cidade que
é considerada o berço do Renascimento, e
particularmente da pintura do Renascimento, é Florença.
• O Renascimento na Itália começou de forma gradual e
seus primórdios se evidenciam na arte de Giotto. A
busca pela precisão científica e pelo maior realismo
culminou no equilíbrio de Rafael e Michelangelo. A
influência do Humanismo reflete-se na variedade de
temas temporais. Na fase final da Renascença, o
Maneirismo tornou-se o estilo dominante.
• Desse modo, a pintura do Renascimento italiano pode
ser dividida em quatro fases:
- Proto-Renascença, 1290-1400.
- Primeira Renascença, 1400-1475.
- Alta Renascença, 1475-1525.
- Maneirismo, 1525-1600.
O Festim dos Deuses, de Giovanni Bellini
Renascimento flamengo
• No norte da Europa, a Renascença se
materializou em torno da visão do realismo
intenso da obra de Albrecht Dürer. Nos Países
Baixos, os pintores seguiram o impulso
setentrional para a observação precisa e para
o naturalismo, no âmbito das paisagens e
retratos. Assim como na Itália a Renascença
setentrional terminou com o Maneirismo, que
durou uma geração a mais que na Itália.
A Queda de Ícaro, de Pieter Brueghel
Maneirismo
• O maneirismo foi um estilo e um movimento artísticos europeus de
retoma de certas expressões da cultura medieval que,
aproximadamente os anos de entre 1515 e 1610, constituíram
manifesta reação contra os valores clássicos prestigiados pelo
humanismo renascentista. Caracterizou-se pela concentração na
maneira, o estilo levou à procura de efeitos bizarros que já apontam
para a arte moderna, como o alongamento das figuras humanas e
os pontos de vista inusitados. As primeiras manifestações
anticlássicas dentro do espírito clássico renascentista costumam ser
chamadas de maneiristas. O termo surge da expressão a maniera
de, usada para se referir a artistas que faziam questão de imprimir
certas marcas individuais em suas obras.
• Um bom exemplo é o David, de Michelangelo. A figura
representada não obedece às proporções estabelecidas pelos
tratados clássicos. As mãos e os pés são bastante desproporcionais.
David, de Michelangelo
David ou Davi é uma das esculturas mais famosas do artista
renascentista Michelangelo. O trabalho retrata o herói
bíblico com realismo anatômico impressionante, sendo
considerada uma das mais importantes obras do
Renascimento e do próprio autor. A escultura atualmente
encontra-se em Florença, na Itália, cidade que
originalmente encomendou a obra.
É uma estátua em mármore e mede 5,17 m (cinco metros e
dezessete centímetros). Devido à genialidade que sempre
foi atribuída à obra, ela foi escolhida como símbolo máximo
da República de Florença.
Michelangelo levou três anos para concluir a escultura
(começou-a em 1501 e concluiu-a em 1504, revelando-a no
dia 8 de setembro). Michelangelo é considerado nesta obra
uma espécie de inovador, pois retrata a personagem não
após a batalha contra Golias (como Donatello e Verrochio
antes dele fizeram), mas no momento imediatamente
anterior a ela, quando David está apenas se preparando
para enfrentar uma força que todos julgavam ser
impossível de derrotar. Michelangelo neste trabalho usou o
realismo do corpo nu e o predomínio das linhas curvas.
Pintura maneirista de El Greco, 1577.
Arquitetura do Renascimento
• Chama-se de Arquitetura do Renascimento ou
renascentista àquela que foi produzida durante o período
do Renascimento europeu, ou seja, basicamente, durante
os séculos XIV, XV e XVI. Caracteriza-se por ser um
momento de ruptura na História da Arquitetura em
diversas esferas: nos meios de produção da arquitetura; na
linguagem arquitetônica adotada e na sua teorização. Esta
ruptura, que se manifesta a partir do Renascimento,
caracteriza-se por uma nova atitude dos arquitectos em
relação à sua arte, passando a assumirem-se cada vez mais
como profissionais independentes, portadores de um estilo
pessoal. Inspiram-se, contudo, na sua interpretação da
Antiguidade Clássica e em sua vertente arquitetônica,
considerados como os modelos perfeitos das Artes e da
própria vida.
A história da arquitetura do Renascimento, como um todo,
costuma ser dividida em três grandes períodos:
• Século XIV e início do XV. Neste primeiro momento destaca-
se a figura de Filippo Brunelleschi e uma arquitetura que se
pretende classicista, mas ainda sem o referencial teórico e,
principalmente, a canonização, que caracterizará o período
seguinte.
• Século XV e início do XVI. Considerado o período da Alta
Renascença, no qual atuam arquitetos como Donnato
Bramante e Leon Battista Alberti.
• Século XVI. Neste momento, as características individuais
dos arquitectos já começam a sobrepor-se às da
canonização clássica, o que irá levar ao chamado
Maneirismo. Atuam arquitetos como Michelangelo, Andrea
Palladio e Giulio Romano.
A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio é uma obra exemplar da relação do
Renascimento com o Humanismo e o Classicismo
EXEMPLOS DE ARQUITETURA
RENASCENTISTA
• Os arquitetos do renascimento conseguiram,
mediante a medição e o estudo de antigos
templos e ruínas, assim como pela aplicação da
perspectiva, chegar à conclusão de que uma
obra arquitetônica completamente diferente da
que se vira até então não era nada mais que
pura geometria euclidiana. O módulo de
construção utilizado era o quadrado, que
aplicado ao plano e ao espaço deu às novas
edificações proporções totalmente harmônicas.
• As ordens gregas de colunas substituíram os
intermináveis pilares medievais e se impuseram
no levantamento das paredes e na sustentação
das abóbadas e cúpulas. São três as ordens mais
utilizadas: a dórica, a jônica e a coríntia,
originadas do classicismo grego. A aplicação
dessas ordens não é arbitrária, elas representam
as tão almejadas proporções humanas: a base é
o pé, a coluna, o corpo, e o capitel, a cabeça.
EXEMPLOS DE CAPITÉIS SEGUNDO AS
ORDENS CLÁSSICAS
• As primeiras igrejas do renascimento mantêm a forma
da cruz latina, o que resulta num espaço visivelmente
mais longo do que largo. Entretanto, para os teóricos
da época, a forma ideal é representada pelo plano
centralizado, ou a cruz grega, mais frequente nas
igrejas do renascimento clássico.
EXEMPLOS DE IGREJAS
RENASCENTISTAS
• As obras da arquitetura profana, os palácios
particulares ou comunais, também foram
construídas com base no quadrado.
• Vistos de fora, esses palácios se apresentam como cubos sólidos, de
tendência horizontal e com não mais de três andares, articulados tanto
externa quanto internamente por colunas e pilares. Um pátio central,
quadrangular, tem a função de fazer chegar a luz às janelas internas. A
parede externa costuma receber um tratamento rústico, sendo a
almofadilha mais leve nos andares superiores. A ordem das colunas varia
de um andar para outro e costuma ser a seguinte: no andar térreo, a
ordem toscana, uma variante da arquitetura romana; no pavimento
principal, a jônica; e no superior, a coríntia. A divisão entre um nível e
outro é feita por diferentes molduras e uma cornija que se estende por
todo o piso de cada andar, exatamente abaixo das janelas. Têm
geralmente forma retangular e são coroadas por uma finalização em arco
ou triângulo.
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Idade Moderna

  • 1.
  • 2. Breve cronologia da Idade Moderna • 1453 - tomada de Constantinopla. • 1455-1460 - Preparação e impressão do primeiro livro impresso em uma prensa de tipos móveis reutilizaveis: a Bíblia de Gutenberg. • 1492 - Viagem de Cristóvão Colombo à América. • 1494-1526 - Guerras da Itália. • 1496 - expulsão dos Judeus e dos Mouros de Portugal. • 1497 - Vasco da Gama parte para a Índia. • 1500 - Descoberta oficial do Brasil por Pedro Álvares Cabral. • 1517 - Martinho Lutero publicou as "Noventa e Cinco Teses". Início da Reforma Protestante. • 1519-1522 - Volta ao mundo de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano. • 1534 - "Acto de Supremacia" em Inglaterra. O rei Henrique VIII rompeu com Roma e declarou-se chefe da Igreja Anglicana. • 1545 - Primeira sessão do Concílio de Trento. A última sessão decorreu em 1563. • 1562-1598 - Guerras de Religião em França. • 1618 - Início da Guerra dos Trinta Anos. • 1642-1660 - Revolução Inglesa. • 1688-1689 - Revolução Gloriosa em Inglaterra. • 1776-1783 - Revolução Americana. • 1789 - Início da Revolução Francesa.
  • 3. • A Idade Moderna é um período específico da História do Ocidente. Ela se destaca das demais por ter sido um período de transição por excelência. Tradicionalmente aceita-se o início estabelecido pelos historiadores franceses, 1453 quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos Turcos otomanos, e o término com a Revolução Francesa, em 1789. • Entretanto, apesar de a queda de Constantinopla ser o evento mais aceito, não é o único. Tem sido propostas outras datas para o início deste período, como a Conquista de Ceuta pelos portugueses em 1415, a viagem de Cristóvão Colombo ao continente americano em 1492 ou a viagem à Índia de Vasco da Gama em 1497.
  • 4. • Algumas correntes historiográficas anglo-saxónicas preferem trabalhar com o conceito de "Tempos Modernos", entendido como um período não acabado, introduzindo nele subdivisões entre Early Modern Times (mais antiga) e Later Modern Times (mais recente), ou então procedem a uma divisão entre sociedades pré-industriais e sociedades industriais. A noção de "Idade Moderna" tende a ser desvalorizada pela historiografia marxista, que prolonga a Idade Média até ao advento das Revoluções Liberais e ao fim do regime senhorial na Europa, devido a ampla ação das Cruzadas, que expandiram o comércio na Europa. • A dificuldade da delimitação cronológica do período se deve, principalmente, às divergências de interpretação quanto à origem e evolução do Sistema Capitalista. Contudo, o período histórico que vai do século XV ao XVIII é, genericamente percebido com um "período de transição". • A época moderna pode ser considerada, exatamente, como uma época de "revolução social" cuja base consiste na "substituição do modo de produção feudal pelo modo de produção capitalista".
  • 5. • O Renascimento Comercial que vinha ocorrendo desde a baixa Idade Média (séculos XI, XII e XIII), apresentava o seguinte quadro: - no Mediterrâneo: fazia-se a ligação entre a Europa e Oriente envolvendo as cidades italianas e os árabes. - no Norte da Europa: ligando o Mar do Norte ao Mar Báltico, predominavam os comerciantes alemães. - no Litoral Atlântico da Europa: através da navegação de cabotagem, ligava-se o Mar do Norte ao Mediterrâneo. - no Interior do Continente Europeu: predominam antigas rotas terrestres.
  • 6. • As Feiras, as Cruzadas e o surgimento dos Burgos, ao longo da Idade Média, eram sinais, também, de que o comércio renascia. • A partir do século XV o comércio cresceu extraordinariamente, fruto, naturalmente, de modificações ocorridas no interior das sociedades feudais européias (aumento da população, crescimento das cidades, desenvolvimento das manufaturas, etc). • Esta época pode-se caracterizar por um desanuviamento da "triologia negra" - fomes, pestes e guerras - criando condições propícias às descobertas marítimas e ao encontro de povos.
  • 7. A formação do mundo moderno • Crise do século XIV é a expressão utilizada para denominar um conjunto de fatores e eventos ocorridos no século XIV e que aceleraram a decadência do feudalismo e o fim da Idade Média na Europa Ocidental. • Causada por diversos motivos a crise teve origem na época em que não havia novas terras a serem ocupadas fazendo com que a produção não crescesse, uma vez que no sistema feudal uma maior produção significava anexar novas terras. Com a produção estagnada e uma população maior,a fome se espalhou na Europa. Além disso, a destruição das florestas e do meio ambiente ocorrida durante o século XII causou sérias mudanças climáticas, como por exemplo, severas chuvas. A Europa devastada pela fome, estava mais vulnerável a doenças como a Peste negra. Para agravar a situação existiam constantes guerras, a mais conhecida foi a Guerra dos Cem Anos. Tudo isto causou uma grande queda demográfica. Como havia menos pessoas para trabalhar, os nobres impuseram uma maior carga de trabalho sobre os camponeses, o que gerou revoltas populares como a Jacquerie e a Revolta camponesa de 1381.
  • 8. • Em Portugal não se passava apenas uma crise demográfica e económica, mas também a passar uma crise de sucessão: em 1383 Dom Fernando faleceu, como a sua única herdeira, Beatriz, de Portugal, era casada com João I de Castela, se fosse nomeada para governar Portugal, o reino corria sérios riscos de perder a sua independência. Esta decisão não agradava a algumas pessoas, então daí surgiram dois partidos, o do povo, baixa nobreza e burguesia que apoiavam Mestre de Avis e a independência de Portugal, e o da nobreza que apoiava Dona Beatriz. Com esta vitória na batalha de Aljubarrota, Mestre de Avis foi titulado de D. João I (o primeiro da Dinastia de Avis). Foi crise do século e tem como suas características o abalo das guerras, fome, epidemias acentuando assim o processo do capitalismo.
  • 9. O Estado Moderno • O Estado Moderno nasceu na segunda metade do século XV, a partir do desenvolvimento do capitalismo mercantil nos países como a França, Inglaterra e Espanha, e mais tarde na Itália. Foi na Itália que surgiu o primeiro teórico a refletir sobre a formação dos Estados Modernos, Nicolau Maquiavel, que no início de 1500 falou que os Estados Modernos fundam-se na força. Entre as características do Estado Moderno estão: - Soberania do Estado: o qual não permite que sua autoridade dependa de nenhuma outra autoridade - Distinção entre Estado e sociedade civil: evidencia-se com a ascensão da burguesia, no século XVII
  • 10. Renascimento • Renascimento (ou Renascença) foi um período na história do mundo ocidental com um movimento cultural marcante na Europa, considerado como um marco do final da Idade Média e o início da Idade Moderna. Começou no século XIV na Itália e difundiu-se pela Europa no decorrer dos séculos XV e XVI. • Além de atingir a Filosofia, as Artes e as Ciências, o Renascimento fez parte de uma ampla gama de transformações culturais, sociais, econômicas, políticas e religiosas que caracterizam a transição do Feudalismo para o Capitalismo. Nesse sentido, o Renascimento pode ser entendido como um elemento de ruptura, no plano cultural, com a estrutura medieval. • O Renascimento Cultural manifestou-se primeiro na Península Itálica, tendo como principais centros as cidades de Milão, Gênova, Veneza, Florença e Roma, de onde se difundiu para todos os países da Europa Ocidental. Porém, o movimento apresentou maior expressão na Itália. Não obstante, é importante conhecer as manifestações renascentistas da Inglaterra, Alemanha, Países Baixos, e menos intensamente, de Portugal e Espanha.
  • 11. Espírito renascentista • O Renascimento está associado ao humanismo, o interesse crescente entre os académicos europeus pelos textos clássicos, em latim e em grego, dos períodos anteriores ao triunfo do Cristianismo na cultura européia. No século XVI encontramos paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, associada a expressões como "barbarismo", "ignorância", "escuridão", "gótico", "noite de mil anos" ou "sombrio" (Bernard Cottret).
  • 12. O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico
  • 13. Ideais do Renascimento • Podem ser apontados como valores e ideais defendidos pelo Renascimento o Antropocentrismo, o Hedonismo, o Racionalismo, o Otimismo e o Individualismo, bem como um tratamento leigo dado a obras religiosas, uma valorização do abstrato, expresso pelo matemático, além também de algumas noções artísticas como proporção e profundidade, e, finalmente, a introdução de novas técnicas artísticas, como a pintura a óleo.
  • 14. Pintura do Renascimento • A definição de Pintura renascentista surge em Itália durante o século XV inserida, de um modo geral, no Renascimento. Esta pintura funda um espírito novo, forjado de ideais novos e em novas forças criadoras. Desenvolve-se nas cidades italianas de Roma,Nápoles, Mântua, Ferrara, Urbino e, sobretudo, em Florença e Veneza (principais centros que possuíam, entre os séculos XV e XVI, condições económicas, políticas, sociais e culturais propícias ao desenvolvimento das artes como a pintura).
  • 15. Pintura do Renascimento Elementos Técnicos • perspectiva rigorosa e científica, que permite um tratamento real do espaço e da luz; • pintura a óleo, que apareceu em Itália em meados do século XV, devido às trocas comerciais a partir de Veneza com a Flandres. Substituíu-se, gradualmente, as técnicas da têmpera e do fresco para a pintura a óleo que ao possuir maior tempo de secagem, permitiu a elaboração de modelados e velaturas; • a utilização de novos pigmentos aglutinantes (como o óleo) que possibilitava novas associações e graduações da cor; • novos suportes como a tela e o cavalete que facilitaram a difusão das correntes estéticas uma vez que permitiram uma circulação mais fácil das obras.
  • 16. Pintura do Renascimento Elementos formais • inclusão nas obras de cenários arquitetônicos; • grande naturalidade e realismo anatômicos. Elementos estéticos • equilíbrio e a harmonia dados pelo rigor científico. Era comum as figuras serem representadas segundo esquemas geométricos, como o esquema em pirâmide, de forma a transmitirem uma maior harmonia; • realismo representação da realidade tal como a observam, valorização da personalidade retratada.
  • 17. Pintura da Renascença Italiana • Renascimento é uma palavra com vários significados. Por isso, a pintura dessa época não se refere a um estilo único. A arte da Renascença surgiu de uma nova sociedade, que se desenvolvia com rapidez. Ela marcou a passagem do mundo medieval para o moderno e, assim, estabeleceu o alicerce da sociedade ocidental de hoje. • Os pintores do Renascimento italiano, embora ligados a cortes particulares e leais a certas cidades, viajaram por toda Itália, muitas vezes ocupando status de diplomatas e disseminando idéias artísticas e filosóficas.A cidade que é considerada o berço do Renascimento, e particularmente da pintura do Renascimento, é Florença.
  • 18. • O Renascimento na Itália começou de forma gradual e seus primórdios se evidenciam na arte de Giotto. A busca pela precisão científica e pelo maior realismo culminou no equilíbrio de Rafael e Michelangelo. A influência do Humanismo reflete-se na variedade de temas temporais. Na fase final da Renascença, o Maneirismo tornou-se o estilo dominante. • Desse modo, a pintura do Renascimento italiano pode ser dividida em quatro fases: - Proto-Renascença, 1290-1400. - Primeira Renascença, 1400-1475. - Alta Renascença, 1475-1525. - Maneirismo, 1525-1600.
  • 19. O Festim dos Deuses, de Giovanni Bellini
  • 20. Renascimento flamengo • No norte da Europa, a Renascença se materializou em torno da visão do realismo intenso da obra de Albrecht Dürer. Nos Países Baixos, os pintores seguiram o impulso setentrional para a observação precisa e para o naturalismo, no âmbito das paisagens e retratos. Assim como na Itália a Renascença setentrional terminou com o Maneirismo, que durou uma geração a mais que na Itália.
  • 21. A Queda de Ícaro, de Pieter Brueghel
  • 22. Maneirismo • O maneirismo foi um estilo e um movimento artísticos europeus de retoma de certas expressões da cultura medieval que, aproximadamente os anos de entre 1515 e 1610, constituíram manifesta reação contra os valores clássicos prestigiados pelo humanismo renascentista. Caracterizou-se pela concentração na maneira, o estilo levou à procura de efeitos bizarros que já apontam para a arte moderna, como o alongamento das figuras humanas e os pontos de vista inusitados. As primeiras manifestações anticlássicas dentro do espírito clássico renascentista costumam ser chamadas de maneiristas. O termo surge da expressão a maniera de, usada para se referir a artistas que faziam questão de imprimir certas marcas individuais em suas obras. • Um bom exemplo é o David, de Michelangelo. A figura representada não obedece às proporções estabelecidas pelos tratados clássicos. As mãos e os pés são bastante desproporcionais.
  • 23. David, de Michelangelo David ou Davi é uma das esculturas mais famosas do artista renascentista Michelangelo. O trabalho retrata o herói bíblico com realismo anatômico impressionante, sendo considerada uma das mais importantes obras do Renascimento e do próprio autor. A escultura atualmente encontra-se em Florença, na Itália, cidade que originalmente encomendou a obra. É uma estátua em mármore e mede 5,17 m (cinco metros e dezessete centímetros). Devido à genialidade que sempre foi atribuída à obra, ela foi escolhida como símbolo máximo da República de Florença. Michelangelo levou três anos para concluir a escultura (começou-a em 1501 e concluiu-a em 1504, revelando-a no dia 8 de setembro). Michelangelo é considerado nesta obra uma espécie de inovador, pois retrata a personagem não após a batalha contra Golias (como Donatello e Verrochio antes dele fizeram), mas no momento imediatamente anterior a ela, quando David está apenas se preparando para enfrentar uma força que todos julgavam ser impossível de derrotar. Michelangelo neste trabalho usou o realismo do corpo nu e o predomínio das linhas curvas.
  • 24. Pintura maneirista de El Greco, 1577.
  • 25. Arquitetura do Renascimento • Chama-se de Arquitetura do Renascimento ou renascentista àquela que foi produzida durante o período do Renascimento europeu, ou seja, basicamente, durante os séculos XIV, XV e XVI. Caracteriza-se por ser um momento de ruptura na História da Arquitetura em diversas esferas: nos meios de produção da arquitetura; na linguagem arquitetônica adotada e na sua teorização. Esta ruptura, que se manifesta a partir do Renascimento, caracteriza-se por uma nova atitude dos arquitectos em relação à sua arte, passando a assumirem-se cada vez mais como profissionais independentes, portadores de um estilo pessoal. Inspiram-se, contudo, na sua interpretação da Antiguidade Clássica e em sua vertente arquitetônica, considerados como os modelos perfeitos das Artes e da própria vida.
  • 26. A história da arquitetura do Renascimento, como um todo, costuma ser dividida em três grandes períodos: • Século XIV e início do XV. Neste primeiro momento destaca- se a figura de Filippo Brunelleschi e uma arquitetura que se pretende classicista, mas ainda sem o referencial teórico e, principalmente, a canonização, que caracterizará o período seguinte. • Século XV e início do XVI. Considerado o período da Alta Renascença, no qual atuam arquitetos como Donnato Bramante e Leon Battista Alberti. • Século XVI. Neste momento, as características individuais dos arquitectos já começam a sobrepor-se às da canonização clássica, o que irá levar ao chamado Maneirismo. Atuam arquitetos como Michelangelo, Andrea Palladio e Giulio Romano.
  • 27. A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio é uma obra exemplar da relação do Renascimento com o Humanismo e o Classicismo
  • 28. EXEMPLOS DE ARQUITETURA RENASCENTISTA • Os arquitetos do renascimento conseguiram, mediante a medição e o estudo de antigos templos e ruínas, assim como pela aplicação da perspectiva, chegar à conclusão de que uma obra arquitetônica completamente diferente da que se vira até então não era nada mais que pura geometria euclidiana. O módulo de construção utilizado era o quadrado, que aplicado ao plano e ao espaço deu às novas edificações proporções totalmente harmônicas. • As ordens gregas de colunas substituíram os intermináveis pilares medievais e se impuseram no levantamento das paredes e na sustentação das abóbadas e cúpulas. São três as ordens mais utilizadas: a dórica, a jônica e a coríntia, originadas do classicismo grego. A aplicação dessas ordens não é arbitrária, elas representam as tão almejadas proporções humanas: a base é o pé, a coluna, o corpo, e o capitel, a cabeça.
  • 29. EXEMPLOS DE CAPITÉIS SEGUNDO AS ORDENS CLÁSSICAS • As primeiras igrejas do renascimento mantêm a forma da cruz latina, o que resulta num espaço visivelmente mais longo do que largo. Entretanto, para os teóricos da época, a forma ideal é representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega, mais frequente nas igrejas do renascimento clássico.
  • 30. EXEMPLOS DE IGREJAS RENASCENTISTAS • As obras da arquitetura profana, os palácios particulares ou comunais, também foram construídas com base no quadrado.
  • 31. • Vistos de fora, esses palácios se apresentam como cubos sólidos, de tendência horizontal e com não mais de três andares, articulados tanto externa quanto internamente por colunas e pilares. Um pátio central, quadrangular, tem a função de fazer chegar a luz às janelas internas. A parede externa costuma receber um tratamento rústico, sendo a almofadilha mais leve nos andares superiores. A ordem das colunas varia de um andar para outro e costuma ser a seguinte: no andar térreo, a ordem toscana, uma variante da arquitetura romana; no pavimento principal, a jônica; e no superior, a coríntia. A divisão entre um nível e outro é feita por diferentes molduras e uma cornija que se estende por todo o piso de cada andar, exatamente abaixo das janelas. Têm geralmente forma retangular e são coroadas por uma finalização em arco ou triângulo. Palácio Vázquez de Molina Úbeda, Jaén Palácio de Carlos V Alhambra, Granada