Este documento resume o livro "O Guru, o Iniciador e outras Variações Antropológicas" de Fredrik Barth, apresentando 3 pontos principais:
1) Barth argumenta que a etnicidade não é determinada pela cultura, mas sim que a cultura é resultado das fronteiras étnicas.
2) Ele enfatiza o estudo das fronteiras étnicas ao invés do conteúdo cultural, afirmando que os grupos étnicos são mantidos pela estruturação das interações entre grupos.
3) Barth define grupos é
O documento discute a memória como um fenômeno social complexo. A memória é construída no presente e não pode ser totalmente "resgatada", já que é mutável e depende do contexto. Embora o passado influencie a memória, esta é influenciada principalmente pelas demandas do presente. Há diferentes tipos de memória como a individual, coletiva e nacional.
O documento define antropologia como o estudo do ser humano e da cultura humana, dividindo-a em antropologia física, que estuda aspectos biológicos, e antropologia cultural, que estuda culturas, sociedades e comportamentos. A cultura é definida como um conjunto de ideias e comportamentos transmitidos entre gerações de um grupo. A antropologia ensina que os comportamentos seguem padrões culturais e que as partes de uma cultura estão inter-relacionadas.
Sociologia Capítulo 18 - Cultura e IdeologiaMiro Santos
O documento discute os conceitos de cultura e ideologia. A cultura pode ser entendida como valores, alma coletiva, mercadoria, ou sistemas simbólicos de uma sociedade. A ideologia representa as ideias dominantes de uma época que refletem os interesses da classe dominante. Ambos os conceitos são complexos e têm sido definidos de diferentes formas por antropólogos, sociólogos e filósofos ao longo do tempo.
Raça e etnicidade para aula de sociologiaJoão Cardoso
Slide contendo conteúdo sociológico sobre estudo de etnias.
Contém definições de raça para época passada, os embates teóricos.
Contém também a formação do que foi a construção da identidade brasileira
[1] O documento discute o conceito de identidade em psicologia, definindo-a como um processo de construção permanente e transformação que permite que cada pessoa se reconheça como única. [2] A identidade se forma inicialmente a partir da diferenciação entre o eu e a mãe e posterior identificação com outros, e pode passar por crises em momentos de grande mudança. [3] O estigma social pode afetar a identidade quando atributos negativamente valorizados são incorporados, como preconceitos.
O documento discute o conceito de multiculturalismo e como as relações entre culturas evoluíram ao longo do tempo. Com a expansão europeia após os Descobrimentos e a Revolução Industrial, houve um aumento nos movimentos de pessoas e bens entre continentes, levando a sociedades mais multiculturais, especialmente nas grandes cidades. Isso inclui a composição étnica e religiosa dos EUA e a mudança nos padrões de migração em Portugal.
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA, Campus Garopaba.
HISTÓRIA, MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E IDENTIDADE
Professor Viegas Fernandes da Costa
Material produzido para o componente curricular “História Local” do curso de Condutor Ambiental de Garopaba.
Março de 2014.
O documento discute a identidade cultural na pós-modernidade. Afirma que a identidade cultural não pode ser homogênea em sociedades divididas por classe social. Explora como a pós-modernidade levou a uma crise e perda de legitimidade das narrativas dominantes. Também discute como as identidades culturais como étnicas, raciais e nacionais estão fragmentadas, levando a uma crise na noção de identidade pessoal unificada.
O documento discute a memória como um fenômeno social complexo. A memória é construída no presente e não pode ser totalmente "resgatada", já que é mutável e depende do contexto. Embora o passado influencie a memória, esta é influenciada principalmente pelas demandas do presente. Há diferentes tipos de memória como a individual, coletiva e nacional.
O documento define antropologia como o estudo do ser humano e da cultura humana, dividindo-a em antropologia física, que estuda aspectos biológicos, e antropologia cultural, que estuda culturas, sociedades e comportamentos. A cultura é definida como um conjunto de ideias e comportamentos transmitidos entre gerações de um grupo. A antropologia ensina que os comportamentos seguem padrões culturais e que as partes de uma cultura estão inter-relacionadas.
Sociologia Capítulo 18 - Cultura e IdeologiaMiro Santos
O documento discute os conceitos de cultura e ideologia. A cultura pode ser entendida como valores, alma coletiva, mercadoria, ou sistemas simbólicos de uma sociedade. A ideologia representa as ideias dominantes de uma época que refletem os interesses da classe dominante. Ambos os conceitos são complexos e têm sido definidos de diferentes formas por antropólogos, sociólogos e filósofos ao longo do tempo.
Raça e etnicidade para aula de sociologiaJoão Cardoso
Slide contendo conteúdo sociológico sobre estudo de etnias.
Contém definições de raça para época passada, os embates teóricos.
Contém também a formação do que foi a construção da identidade brasileira
[1] O documento discute o conceito de identidade em psicologia, definindo-a como um processo de construção permanente e transformação que permite que cada pessoa se reconheça como única. [2] A identidade se forma inicialmente a partir da diferenciação entre o eu e a mãe e posterior identificação com outros, e pode passar por crises em momentos de grande mudança. [3] O estigma social pode afetar a identidade quando atributos negativamente valorizados são incorporados, como preconceitos.
O documento discute o conceito de multiculturalismo e como as relações entre culturas evoluíram ao longo do tempo. Com a expansão europeia após os Descobrimentos e a Revolução Industrial, houve um aumento nos movimentos de pessoas e bens entre continentes, levando a sociedades mais multiculturais, especialmente nas grandes cidades. Isso inclui a composição étnica e religiosa dos EUA e a mudança nos padrões de migração em Portugal.
INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA, Campus Garopaba.
HISTÓRIA, MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E IDENTIDADE
Professor Viegas Fernandes da Costa
Material produzido para o componente curricular “História Local” do curso de Condutor Ambiental de Garopaba.
Março de 2014.
O documento discute a identidade cultural na pós-modernidade. Afirma que a identidade cultural não pode ser homogênea em sociedades divididas por classe social. Explora como a pós-modernidade levou a uma crise e perda de legitimidade das narrativas dominantes. Também discute como as identidades culturais como étnicas, raciais e nacionais estão fragmentadas, levando a uma crise na noção de identidade pessoal unificada.
O documento discute os conceitos de estratificação social e classes sociais. Apresenta três tipos de estratificação - econômica, política e profissional - e explica como sociedades como a Índia se estratificam em castas rígidas. Também descreve como sociedades feudais se dividiam em estamentos e como o sistema capitalista cria classes sociais com base na posse dos meios de produção.
O documento discute os conceitos fundamentais da antropologia cultural, incluindo: 1) A definição de cultura como um sistema de significados compartilhados que é aprendido socialmente; 2) Os primeiros antropólogos como Tylor e Boas que desenvolveram conceitos de cultura; 3) A importância do relativismo cultural e da etnografia para entender cada cultura em seus próprios termos.
O documento discute vários conceitos relacionados a cultura, como cultura popular versus erudita, etnocentrismo, alteridade e ideologia. Ele argumenta que cultura é algo que as pessoas fazem, não apenas adquirem, e que comparar culturas populares e eruditas usando um como superior é uma ideologia, não uma realidade.
O documento discute a antropologia como campo de estudo e abordagem. Ele descreve como a antropologia surgiu na Europa no final do século 18 para estudar o homem como objeto científico, e como passou a estudar sociedades não ocidentais e camponeses. Também resume as principais abordagens da antropologia como biológica, pré-histórica, linguística e social/cultural.
O documento explica que contexto histórico é o cenário político, social, econômico e cultural em que um evento ou ideia ocorre, e que entender o contexto é importante para compreender melhor a história. Fornece exemplos como o contexto social da ditadura e como a libertação dos escravos e entrada das mulheres no mercado de trabalho foram influenciadas pelo contexto de suas épocas.
Raça, etnia e multiculturalismo aula 2º ano sociologiaÍris Ferreira
O documento discute racismo e preconceito no Brasil. Afirma que preconceitos como classe, crença, gênero, orientação sexual e etnia resultam da formação histórica do país e devem ser questionados para promover igualdade social. A Constituição Brasileira promove valores como liberdade, igualdade e justiça. A legislação considera crime qualquer forma de preconceito.
O documento discute a importância do respeito à diversidade religiosa, citando Nelson Mandela e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Constituição Brasileira também garante a liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos. O Programa Nacional dos Direitos Humanos propõe prevenir a intolerância religiosa e incentivar o diálogo entre diferentes crenças.
O documento discute o conceito de comunidade e sociedade na sociologia. Apresenta diferentes definições de comunidade e exemplos de comunidades tradicionais brasileiras. Também aborda a noção de sociedade e cidadania, incluindo direitos e deveres do cidadão.
O documento discute raça, etnicidade e relações raciais no Brasil. Apresenta teorias como a teoria ecológica de Robert Park e estudos sobre raça e classe na Bahia. Também aborda marcação étnica na União Soviética, dilemas raciais e colonialismo interno. Por fim, discute vantagens da etnicidade e estruturas verticais na sociedade brasileira.
O documento discute a diversidade cultural e o multiculturalismo. Aborda os conceitos de natureza e cultura no ser humano, destacando que a fome é universal mas a organização da produção para saciar a fome é cultural e variada entre os grupos. Também discute a evolução da cultura humana, os conceitos de cultura, diversidade cultural e os limites e fronteiras culturais.
O documento discute a antropologia da religião, definindo-a como o estudo do ser humano a partir de perspectivas religiosas. Apresenta brevemente a história da antropologia e como ela se desenvolveu para incluir o estudo da religião. Também define religião e antropologia, explicando como essas áreas se fundiram na antropologia da religião.
O documento descreve o que é antropologia, dividindo-a em duas esferas principais: antropologia biológica e antropologia cultural. A antropologia biológica estuda os aspectos biológicos dos seres humanos e a evolução da humanidade, enquanto a antropologia cultural se dedica ao desenvolvimento das sociedades humanas, estudando comportamentos, cultura e linguística.
1) O documento discute a antropologia urbana e seus objetivos de aprendizagem, que incluem problematizar a questão da antropologia urbana nos âmbitos individual e social com base no conceito de comportamentos desviantes e identificar as novas identidades religiosas e práticas ritualísticas no contexto urbano.
2) A antropologia urbana é apresentada como um subcampo da antropologia que se consolidou na década de 1960 para estudar fenômenos urbanos complexos nas grandes metrópoles.
3) Comportamentos des
Este documento discute a análise textual discursiva como um processo integrado de aprender, comunicar e interferir em discursos. A análise textual discursiva busca identificar unidades de análise em textos, categorizá-las e interpretar os resultados de forma a alcançar uma compreensão mais complexa dos discursos estudados. Ela se posiciona entre a análise de conteúdo e de discurso, enfatizando tanto a descrição quanto a interpretação.
O documento discute o racismo no Brasil, definindo-o como uma construção social histórica de opressão baseada em fenótipo e cultura. Apresenta exemplos de segregação racial em outros países e como o racismo se manifesta no Brasil de forma sutil, principalmente nas áreas de saúde, mercado de trabalho e estereótipos. Também aborda a luta contra o racismo por meio de movimentos negros e políticas de igualdade racial.
Palestra sobre Educação Patrimonial, principais conceitos, objetivos e metodologia de aplicação, com fotos sobre mapeamento cultural realizado em Anapurus - MA
A cultura surgiu como uma construção simbólica que guia a ação humana, diferenciando-os dos animais. A cultura inclui língua, costumes, arte, leis e instituições que mantêm as pessoas unidas em torno de objetivos e valores comuns. A cultura originalmente surgiu para garantir a sobrevivência humana, mas atualmente também é associada às artes eruditas.
O documento discute a relação entre indivíduo e sociedade. A sociedade influencia os indivíduos através de sistemas sociais como família e escola. Entretanto, indivíduos em posições de poder, como líderes, podem influenciar e transformar sociedades por meio de suas ações e ideias, especialmente com a ajuda da mídia moderna.
Este documento apresenta uma sequência didática sobre cidadania para a disciplina de Sociologia. Inclui uma análise da canção "Guerra" de Tribo de Jah, uma exposição sobre os conceitos de cidadão e cidadania e seus direitos, vídeos explicativos, atividades para os alunos e uma pesquisa sobre direitos civis, sociais e políticos na cidade.
1) O documento discute conceitos fundamentais da antropologia cultural como etnografia, métodos, identidade cultural e étnica.
2) Aborda a realidade cultural plural do Brasil resultante da colonização e resistência indígena e negra.
3) Explica que territórios quilombolas e indígenas são formas de reconhecimento da diversidade étnica no país.
O documento discute a noção de cultura e sua diversidade entre os diferentes grupos humanos. Apresenta argumentos contra a ideia de hierarquizar as culturas e a visão de que existiria uma linha única de evolução cultural. Defende que cada cultura deve ser entendida em seu contexto histórico particular e em relação com outras, reconhecendo a desigualdade nas relações entre os povos.
O documento discute os conceitos de estratificação social e classes sociais. Apresenta três tipos de estratificação - econômica, política e profissional - e explica como sociedades como a Índia se estratificam em castas rígidas. Também descreve como sociedades feudais se dividiam em estamentos e como o sistema capitalista cria classes sociais com base na posse dos meios de produção.
O documento discute os conceitos fundamentais da antropologia cultural, incluindo: 1) A definição de cultura como um sistema de significados compartilhados que é aprendido socialmente; 2) Os primeiros antropólogos como Tylor e Boas que desenvolveram conceitos de cultura; 3) A importância do relativismo cultural e da etnografia para entender cada cultura em seus próprios termos.
O documento discute vários conceitos relacionados a cultura, como cultura popular versus erudita, etnocentrismo, alteridade e ideologia. Ele argumenta que cultura é algo que as pessoas fazem, não apenas adquirem, e que comparar culturas populares e eruditas usando um como superior é uma ideologia, não uma realidade.
O documento discute a antropologia como campo de estudo e abordagem. Ele descreve como a antropologia surgiu na Europa no final do século 18 para estudar o homem como objeto científico, e como passou a estudar sociedades não ocidentais e camponeses. Também resume as principais abordagens da antropologia como biológica, pré-histórica, linguística e social/cultural.
O documento explica que contexto histórico é o cenário político, social, econômico e cultural em que um evento ou ideia ocorre, e que entender o contexto é importante para compreender melhor a história. Fornece exemplos como o contexto social da ditadura e como a libertação dos escravos e entrada das mulheres no mercado de trabalho foram influenciadas pelo contexto de suas épocas.
Raça, etnia e multiculturalismo aula 2º ano sociologiaÍris Ferreira
O documento discute racismo e preconceito no Brasil. Afirma que preconceitos como classe, crença, gênero, orientação sexual e etnia resultam da formação histórica do país e devem ser questionados para promover igualdade social. A Constituição Brasileira promove valores como liberdade, igualdade e justiça. A legislação considera crime qualquer forma de preconceito.
O documento discute a importância do respeito à diversidade religiosa, citando Nelson Mandela e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A Constituição Brasileira também garante a liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos. O Programa Nacional dos Direitos Humanos propõe prevenir a intolerância religiosa e incentivar o diálogo entre diferentes crenças.
O documento discute o conceito de comunidade e sociedade na sociologia. Apresenta diferentes definições de comunidade e exemplos de comunidades tradicionais brasileiras. Também aborda a noção de sociedade e cidadania, incluindo direitos e deveres do cidadão.
O documento discute raça, etnicidade e relações raciais no Brasil. Apresenta teorias como a teoria ecológica de Robert Park e estudos sobre raça e classe na Bahia. Também aborda marcação étnica na União Soviética, dilemas raciais e colonialismo interno. Por fim, discute vantagens da etnicidade e estruturas verticais na sociedade brasileira.
O documento discute a diversidade cultural e o multiculturalismo. Aborda os conceitos de natureza e cultura no ser humano, destacando que a fome é universal mas a organização da produção para saciar a fome é cultural e variada entre os grupos. Também discute a evolução da cultura humana, os conceitos de cultura, diversidade cultural e os limites e fronteiras culturais.
O documento discute a antropologia da religião, definindo-a como o estudo do ser humano a partir de perspectivas religiosas. Apresenta brevemente a história da antropologia e como ela se desenvolveu para incluir o estudo da religião. Também define religião e antropologia, explicando como essas áreas se fundiram na antropologia da religião.
O documento descreve o que é antropologia, dividindo-a em duas esferas principais: antropologia biológica e antropologia cultural. A antropologia biológica estuda os aspectos biológicos dos seres humanos e a evolução da humanidade, enquanto a antropologia cultural se dedica ao desenvolvimento das sociedades humanas, estudando comportamentos, cultura e linguística.
1) O documento discute a antropologia urbana e seus objetivos de aprendizagem, que incluem problematizar a questão da antropologia urbana nos âmbitos individual e social com base no conceito de comportamentos desviantes e identificar as novas identidades religiosas e práticas ritualísticas no contexto urbano.
2) A antropologia urbana é apresentada como um subcampo da antropologia que se consolidou na década de 1960 para estudar fenômenos urbanos complexos nas grandes metrópoles.
3) Comportamentos des
Este documento discute a análise textual discursiva como um processo integrado de aprender, comunicar e interferir em discursos. A análise textual discursiva busca identificar unidades de análise em textos, categorizá-las e interpretar os resultados de forma a alcançar uma compreensão mais complexa dos discursos estudados. Ela se posiciona entre a análise de conteúdo e de discurso, enfatizando tanto a descrição quanto a interpretação.
O documento discute o racismo no Brasil, definindo-o como uma construção social histórica de opressão baseada em fenótipo e cultura. Apresenta exemplos de segregação racial em outros países e como o racismo se manifesta no Brasil de forma sutil, principalmente nas áreas de saúde, mercado de trabalho e estereótipos. Também aborda a luta contra o racismo por meio de movimentos negros e políticas de igualdade racial.
Palestra sobre Educação Patrimonial, principais conceitos, objetivos e metodologia de aplicação, com fotos sobre mapeamento cultural realizado em Anapurus - MA
A cultura surgiu como uma construção simbólica que guia a ação humana, diferenciando-os dos animais. A cultura inclui língua, costumes, arte, leis e instituições que mantêm as pessoas unidas em torno de objetivos e valores comuns. A cultura originalmente surgiu para garantir a sobrevivência humana, mas atualmente também é associada às artes eruditas.
O documento discute a relação entre indivíduo e sociedade. A sociedade influencia os indivíduos através de sistemas sociais como família e escola. Entretanto, indivíduos em posições de poder, como líderes, podem influenciar e transformar sociedades por meio de suas ações e ideias, especialmente com a ajuda da mídia moderna.
Este documento apresenta uma sequência didática sobre cidadania para a disciplina de Sociologia. Inclui uma análise da canção "Guerra" de Tribo de Jah, uma exposição sobre os conceitos de cidadão e cidadania e seus direitos, vídeos explicativos, atividades para os alunos e uma pesquisa sobre direitos civis, sociais e políticos na cidade.
1) O documento discute conceitos fundamentais da antropologia cultural como etnografia, métodos, identidade cultural e étnica.
2) Aborda a realidade cultural plural do Brasil resultante da colonização e resistência indígena e negra.
3) Explica que territórios quilombolas e indígenas são formas de reconhecimento da diversidade étnica no país.
O documento discute a noção de cultura e sua diversidade entre os diferentes grupos humanos. Apresenta argumentos contra a ideia de hierarquizar as culturas e a visão de que existiria uma linha única de evolução cultural. Defende que cada cultura deve ser entendida em seu contexto histórico particular e em relação com outras, reconhecendo a desigualdade nas relações entre os povos.
O documento discute o conceito de cultura e como ele varia de acordo com diferentes perspectivas. Apresenta duas concepções básicas de cultura: 1) tudo o que caracteriza uma sociedade, incluindo costumes e tradições; 2) conhecimento, ideias e crenças. Conclui que cultura não é independente da vida social, mas sim uma dimensão do processo social.
Este documento discute o conceito de cultura na modernidade tardia. Argumenta que a cultura deve ser pensada além dos limites disciplinares e considerada de forma dinâmica e fronteiriça. Também discute as relações entre cultura, espaço, identidade e diferença, argumentando que são inseparáveis. Por fim, analisa como a cultura é afetada pela modernidade tardia e globalização.
1) O artigo discute a relação entre cultura negra, educação e racismo no Brasil.
2) Defende que a cultura negra é uma particularidade cultural construída historicamente pelo povo negro, mas que sofre influência do racismo na sociedade brasileira.
3) Argumenta que as discussões sobre cultura negra na educação precisam levar em conta o racismo, evitando reduzir a cultura negra a aspectos folclóricos.
1) O documento discute a cultura no Brasil, enfatizando sua diversidade e pluralidade. Cada região possui suas próprias manifestações culturais.
2) As festas populares são importantes expressões culturais que reafirmam a identidade dos grupos através de elementos como música, dança e artefatos.
3) O estudo irá se concentrar especialmente no Reisado, manifestação cultural do distrito de Igara com influência portuguesa, e analisar como os idosos se identificam com ela e o papel da mem
O documento discute a importância do multiculturalismo na escola em 3 frases:
1) Aborda como o multiculturalismo na educação não deve se limitar a comemorações folclóricas, mas questionar o papel da escola em sociedades diversas.
2) Apresenta textos que discutem como levar a diversidade cultural no currículo e na prática pedagógica de forma autêntica.
3) Discutem conceitos como identidade, raça, gênero e como as políticas de inclusão precisam reconhecer a individualidade dentro
O documento discute a relação entre cultura negra e educação no Brasil. A autora argumenta que a cultura é construída historicamente e representa as vivências dos sujeitos. A cultura negra foi construída no contexto da escravidão e do racismo e influencia as relações entre negros e brancos na sociedade brasileira. A educação escolar deve reconhecer essa cultura e combater a discriminação racial por meio de práticas pedagógicas inclusivas.
A coxilha nativista como espaço de reforço e legitimação da identidade cruz a...Diulia Soares
Este documento discute a identidade cultural e como eventos locais podem reforçar a identidade de uma comunidade. Ele usa como caso de estudo o festival Coxilha Nativista na cidade de Cruz Alta no Rio Grande do Sul, Brasil. O documento argumenta que este festival de música nativista ajuda a fortalecer o orgulho e a identidade dos moradores de Cruz Alta, legitimando sua cultura local através da mídia que cobre o evento.
Multiculturalismo, diferença e identidade implicações no ensinoda história pa...Wellington Oliveira
O documento discute como o ensino de história nas escolas pode incorporar uma perspectiva multicultural que reconheça a diversidade cultural e as questões de identidade e diferença. Aborda dois enfoques de multiculturalismo e defende que um enfoque crítico questiona como as diferenças são construídas por relações de poder, em vez de apenas tolerar a diversidade. O objetivo é que o currículo escolar analise criticamente como identidades são formadas e diferenças são produzidas.
O documento discute os diferentes sentidos da palavra "cultura" e como ela é usada no senso comum versus como conceito antropológico. No senso comum, cultura é usada para classificar pessoas de acordo com seu nível de educação, mas antropologicamente cultura refere-se às normas e códigos compartilhados por um grupo que permitem a vida social. O documento argumenta que todas as formas culturais em uma sociedade são equivalentes e complementares.
A LITERATURA INDÍGENA NA ESCOLA: UM CAMINHO PARA A REFLEXÃO SOBRE A PLURALID...Instituto Uka
Este documento discute a importância de incluir a literatura indígena na educação escolar para promover o respeito à diversidade cultural. Argumenta que os Parâmetros Curriculares Nacionais determinam que o tema da pluralidade cultural seja abordado na escola para combater a discriminação. Defende que a literatura indígena mostra diferentes perspectivas culturais e deve ser valorizada como parte da identidade cultural brasileira.
1) O documento analisa a existência ou não de uma identidade cultural moçambicana única considerando a diversidade cultural do país.
2) Discutem-se conceitos de cultura e identidade cultural, e como a identidade é formada a partir das interações entre grupos étnicos em Moçambique.
3) O autor argumenta que embora existam diversas subculturas, uma identidade cultural moçambicana comum está emergindo através do processo de aculturação entre os grupos.
O documento discute como ensinar história e sociologia de forma a desenvolver competências e habilidades nos estudantes. Ele argumenta que a história deve ensinar sobre novos temas e sujeitos sociais, utilizando fontes diversas e métodos interpretativos. A sociologia deve ajudar a compreender transformações sociais e construir identidade cívica. Ambas as disciplinas devem contextualizar culturalmente os fenômenos estudados.
O documento discute como ensinar história e sociologia de forma a desenvolver competências e habilidades nos estudantes. Ele argumenta que a história deve ensinar sobre novos temas e sujeitos sociais, utilizando fontes diversas e métodos interpretativos. A sociologia deve ajudar a compreender transformações sociais e construir identidades cívicas. Ambas as disciplinas devem contextualizar culturalmente os fenômenos estudados.
Este documento discute a importância da pluralidade cultural no Brasil e o papel da escola em reconhecer e valorizar a diversidade étnica e cultural do país. Ele explica que a sociedade brasileira é formada por diferentes etnias e culturas e que a escola deve ensinar o respeito pela diversidade para combater o preconceito. A escola deve mostrar como a pluralidade cultural enriquece a identidade nacional brasileira.
Este documento discute a importância da pluralidade cultural no Brasil. Ele explica que a sociedade brasileira é formada por diversas etnias e culturas e que a escola deve reconhecer e valorizar essa diversidade, promovendo o respeito entre os diferentes grupos e combater a discriminação. A escola deve ensinar sobre a riqueza da diversidade cultural brasileira e preparar os estudantes para viverem democraticamente em uma sociedade plural.
Este documento resume uma aula sobre cultura e sociedade. Aborda os significados de cultura, a relação entre cultura e identidade, etnocentrismo versus relativismo cultural, as perspectivas de autores clássicos da sociologia sobre cultura, a relação entre cultura e ideologia, e a indústria cultural e a Escola de Frankfurt.
Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. (LUCIA...Francilis Enes
O documento discute o conceito de cultura e sua evolução ao longo do tempo. Apresenta diferentes perspectivas sobre cultura, desde a concepção humanista e antropológica até a noção de cultura nas mídias digitais. Também aborda os principais traços da cultura, como sua natureza simbólica, padronização, dinâmica de mudanças e continuidade através das gerações.
O documento discute a identidade cultural como um conceito complexo e dinâmico que é construído socialmente através de valores compartilhados historicamente. A identidade cultural não pode ser vista como fixa, mas sim em constante mudança com o intercâmbio e modificação entre culturas, especialmente na era da globalização. Teorias mais recentes questionam noções rígidas de identidade e cultura.
O documento discute a história da corrupção e participação política no Brasil ao longo dos séculos. Aborda como a corrupção esteve presente desde o período colonial, passando pela monarquia e primeiros governos republicanos, até a ditadura militar de 1964-1985. Também analisa os desafios da transição para a democracia e situação atual.
Este documento discute conceitos antropológicos de identidade étnica e cultural. Apresenta as diferenças entre povo e etnia, nacionalidade e etnia. Explora como a identidade étnica emerge de relações sociais e é uma identidade "contrastiva". Discute como ideologias e representações coletivas influenciam a identidade étnica.
O documento discute conceitos fundamentais para o ensino de história, incluindo: 1) A diferença entre educação bancária e construção da autonomia intelectual; 2) Os conceitos de história, processo histórico, tempo e sujeito histórico; 3) A noção de cultura; 4) A historicidade dos conceitos. O documento defende que a exposição cronológica de eventos não é suficiente para que os alunos compreendam criticamente o mundo, e que é necessário desenvolver a autonomia intelectual dos estudantes.
O documento discute como planejar o processo de ensino-aprendizagem de História de forma a desalienar os alunos e tornar o aprendizado significativo. Sugere começar a partir de problemas atuais vividos pelos alunos ao invés de meramente transmitir conteúdos, e selecionar conteúdos históricos que ajudem a compreender esses problemas. Também discute a importância de definir objetivos, conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais de forma integrada no planejamento.
Um tutorial sobre como planejar suas aulas de História (Ens. Fundamental e Mé...André Augusto da Fonseca
Este documento apresenta um esquema para um plano de ensino de História que inclui: 1) problematização dos desafios sociais dos alunos; 2) objetivos de aprendizagem; 3) conteúdos históricos; 4) metodologia de ensino com atividades por aula; 5) avaliação dos objetivos; 6) referências; 7) recursos; e 8) anexos com materiais adicionais.
Apresentação do capítulo Mudança Social e Interesse de classe, do livro A Subsistência do Homem e ensaios correlatos. Referências completas no primeiro slide.
O documento discute a transição do sistema feudal para o Estado moderno na Baixa Idade Média, marcada pela crise do feudalismo e concentração do poder político. A sociedade por categorias era descentralizada ao contrário do Estado moderno, que centralizou o monopólio da força. O conceito de "Estado" evoluiu nesse período para designar a organização política da vida humana.
O documento discute o método historiográfico da prosopografia, definido como a investigação das características comuns de um grupo por meio do estudo de suas vidas. Aproximações iniciais foram feitas por Beard, Namier e Merton, embora com limitações. O método fornece insights valiosos, mas também riscos como viés documental e foco excessivo nas elites.
O documento discute vários estilos artísticos como Renascimento, Barroco, Rococó e Neoclassicismo. Apresenta exemplos de obras de artistas como Bernini, Caravaggio, Fragonard, Canova e Delacroix para ilustrar características de cada estilo como equilíbrio, movimento, contraste e subjetividade.
1) A acumulação primitiva de capital na Inglaterra envolveu a expropriação dos camponeses e a proibição de sindicatos, forçando os trabalhadores a venderem sua força de trabalho por salários baixos.
2) Os arrendatários se enriqueceram com a inflação e preços mais altos, enquanto os salários eram controlados. Isso criou as condições para a afirmação de um novo modo de produção capitalista.
3) A expropriação dos camponeses e a concentração dos meios de produção nas
O documento discute o desenvolvimento da história cultural como campo de estudo. Abrange desde as origens na Alemanha e Holanda no século XVIII, passando pelas tradições francesa e anglófona, até chegar aos debates atuais sobre métodos e abordagens, como a ênfase nos símbolos e na hermenêutica.
O documento discute a origem da lógica na filosofia grega e as posições dos filósofos Heráclito e Parmênides sobre mudança e permanência. Heráclito acreditava que tudo está em constante mudança, enquanto Parmênides defendia que só o que é imutável pode ser considerado real.
Em primeiro lugar, trata-se de saber do que fala o texto. O documento fornece diretrizes para estudar textos científicos e filosóficos de forma efetiva, recomendando etapas como fazer leituras preliminares para entender o tema e estrutura, investigar o autor e termos, e fazer perguntas na segunda leitura para compreender a problematização, ideia central e argumentação do autor.
1. O documento discute as teorias de Vigotski sobre a escrita como um sistema simbólico mediador entre o sujeito e o objeto e como uma ferramenta que estende a potencialidade humana.
2. Há consensos e diferenças entre as abordagens de Vigotski e Emilia Ferreiro sobre a escrita e o processo de alfabetização das crianças.
3. Para Vigotski, a intervenção do outro social é essencial para a aprendizagem, enquanto a mediação simbólica, especialmente
O documento discute a importância do ensino da História para os estudantes. Aprender sobre o passado ajuda a compreender o presente e a desenvolver uma perspectiva crítica. A História ensina a respeitar a diversidade cultural e a lutar contra a discriminação. É essencial problematizar os temas para promover a reflexão e o questionamento entre os alunos.
O documento descreve a história do estado de Roraima desde o século XIX, quando a Amazônia passou a ser vista como fronteira de recursos e acumulação de capital. A formação de uma sociedade hierárquica e patrimonial na fronteira é descrita, assim como o papel dos militares que se tornaram fazendeiros. O documento também aborda o período do Estado Novo e da 2a Guerra Mundial, quando o território federal do Rio Branco foi criado.
1) O documento discute a importância e as partes essenciais de um projeto de pesquisa, incluindo a introdução, justificativa, objetivos, quadro teórico, hipóteses, fontes e metodologia.
2) As principais partes de um projeto são a introdução, justificativa, objetivos, quadro teórico, hipóteses, fontes e metodologia. Cada parte serve um propósito específico no planejamento e condução da pesquisa.
3) Um bom projeto de pesquisa estabelece clar
1) O documento discute a necessidade e importância de se elaborar um projeto de pesquisa antes de iniciar a pesquisa propriamente dita.
2) Um projeto de pesquisa deve conter elementos como introdução, justificativa, objetivos, quadro teórico, hipóteses, fontes e metodologia.
3) O documento fornece orientações sobre como elaborar adequadamente cada uma dessas partes, de forma a tornar o projeto conciso, coerente e alinhado com os objetivos da pesquisa.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
Fredrik Barth
1. BARTH, Fredrik
O GURU, O INICIADOR E OUTRAS VARIAÇÕES
ANTROPOLÓGICAS . RIO DE JANEIRO: CONTRA CAPA
LIVRARIA, 2000.
APRESENTAÇÃO PREPARADA POR ANDRÉ AUGUSTO DA
FONSECA. 2013.
2. posfácio de Marco Martiniello
“Certos autores consideram este texto como a primeira crítica
pertinente, sistemática e coerente às teorias primordialistas e
substancialistas da etnicidade. [...] Segundo Barth, a etnicidade não
resulta da cultura. Ao contrário, a cultura é resultado da etnicidade,
ou seja, é delimitada por fronteiras étnicas. Por isso, a pesquisa deve
concentrar-se, em primeiro lugar, na análise do estabelecimento,
da persistência ou da mudança das fronteiras étnicas. O privilégio
de uma análise ecológica da etnicidade e o consequente uso
sistemático da noção de fronteira estão na base de uma reorientação
fundamental nos estudos sobre a etnicidade na antropologia social.
3. posfácio de Marco Martiniello
p. 241 – “A reificação dos grupos étnicos consiste em atribuir-lhes
uma realidade e um significado que eles não necessariamente tem.
Assim, uma simples categoria estatística, por exemplo, jovens
magrebinos na França ou hispânicos nos Estados Unidos, pode ser
transformada em ator político e étnico, dotado de ação coletiva,
tornando-se seu comportamento objeto de pesquisa. Por sua vez, a
objetivação de tais grupos, definidos pelo pesquisador, tende a
focar a pesquisa exclusivamente neles, em detrimento de outros
atores coletivos, por vezes mais importantes, ou de outras
categorias constituídas por outros elementos que não os étnicos.”
4. Os Grupos étnicos e
suas fronteiras
INTRODUÇÃO AO ETHNIC GROUPS AND BOUNDARIES.
1969
5. Os grupos étnicos e sua
permanência
“Praticamente todo raciocínio antropológico
baseia-se na premissa de que a variação
cultural é descontínua: supõe-se que há
agregados humanos que compartilham
essencialmente uma mesma cultura e que há
diferenças interligadas que distinguem cada
uma dessas culturas de todas as outras.
“Uma vez que cultura nada mais é do que
uma maneira de descrever o
comportamento humano, segue-se disso que
há grupos delimitados de pessoas, ou seja,
unidades étnicas que correspondem a cada
cultura.” (p. 25).
6. Mas como se constituem os grupos
étnicos e qual a natureza de suas
fronteiras?
“Ainda que hoje ninguém mais
sustente a ingênua suposição de
que cada tribo e cada povo
mantêm sua cultura através de
uma indiferença hostil com
relação a seus vizinhos, ainda
persiste a visão simplista de que
os isolamentos social e
geográfico foram os fatores
cruciais para a manutenção da
diversidade cultural.” (p. 26).
7. Mas como se constituem os grupos
étnicos e qual a natureza de suas
fronteiras?
“Em primeiro lugar, torna-se claro que as
fronteiras étnicas permanecem apesar do
fluxo de pessoas que as atravessam.
“Em outras palavras, as distinções entre
categorias étnicas não dependem da
ausência de mobilidade, contato e
informação, mas implicam efetivamente
processos de inclusão e de incorporação,
através dos quais, apesar das mudanças
de participação e pertencimento ao longo
das histórias de vida individuais, estas
distinções são mantidas” (p. 26).
8. Interação não leva à aculturação:
diferenças étnicas persistem apesar do
contato e da interdependência
“Em segundo lugar, há relações sociais
estáveis, persistentes e frequentemente
vitais que não apenas atravessam essas
fronteiras como também muitas vezes
baseiam-se precisamente na existência
de status étnicos dicotomizados.
“Dito de outro modo, as distinções
étnicas não dependem da ausência de
interação e aceitação sociais mas, ao
contrário, são frequentemente a própria
base sobre a qual sistemas sociais
abrangentes são construídos.” (p. 26).
Viração de tartarugas: índios no serviço real – Viagem Filosófica de A.R. Ferreira, s. XVIII
9. Definição
de grupo
étnico
(Narroll, 1964)
“Essa definição típico-ideal não está
muito longe, em termos de conteúdo,
da proposição tradicional de que uma
raça = cultura = uma língua, e de que
sociedade = unidade que rejeita ou
discrimina outros” (p. 27-28).
“Mesmo assim, *...+ não deixa de ser
uma definição que se aproxima
suficientemente de muitas situações
etnográficas empíricas *...+.”
Perpetua-se biologicamente
Compartilha valores culturais
fundamentais
Constitui um campo de
comunicação e interação
Seus membros identificam-se e são
identificados por outros como tais
10. Por uma mudança de ênfase
“Minha discordância não diz respeito tanto ao conteúdo substantivo
dessas características, ainda que eu pretenda demonstrar que temos
muito a ganhar com uma certa mudança de ênfase *...+”
“*...+ tal como está formulada, essa definição nos impede de
compreender o fenômeno dos grupos étnicos e seu lugar na sociedade
e na cultura humanas.
“Isso porque ela evita as questões mais fundamentais: ao tentar
oferecer um modelo típico-ideal de uma forma empírica encontrada
recorrentemente, essa formulação traz implícita uma visão
preconcebida de quais são os fatores significativos para a gênese, a
estrutura e a função de tais grupos” (p. 28).
11. É preciso superar
a ideia de que...
Por uma mudança de ênfase: crítica
A manutenção das fronteiras não é
problemática
As fronteiras se mantém pelo isolamento
(diferenças raciais/culturais, linguísticas,
inimizade espontânea e organizada)
Cada grupo desenvolve-se culturalmente em
isolamento relativo, respondendo a fatores
ecológicos
Seria possível assim isolar cada povo/etnia para
descrevê-lo como se fosse uma ilha
12. Problemas em se partir do grupo
étnico como “unidade portadora de
cultura”
Partir dessa ideia leva a opiniões préconcebidas a respeito:
1. da natureza da continuidade dessas
unidades no tempo e
2. do locus dos fatores que determinam a
forma dessas unidades
Na verdade, o compartilhamento de uma
mesma cultura é CONSEQUÊNCIA/
RESULTADO e não um aspecto primário ou
definidor da organização dos grupos étnicos
(p. 29).
13. Problemas em se partir do grupo
étnico como “unidade portadora de
cultura”
Na tradição das áreas culturais, “Diferenças
entre os grupos tornam-se diferenças entre
inventários de traços; a atenção concentra-se
sobre a análise das culturas, em detrimento
da organização étnica. Consequentemente a
relação dinâmica entre os grupos será
descrita através de estudos de aculturação do
tipo que atrai cada vez menos interesse na
antropologia *...+”.
Abre-se espaço para uma “’etno-história’ que
produz uma crônica de aquisições e
mudanças culturais e tenta explicar a causa
do empréstimo de certos itens.”
“No entanto qual é efetivamente a unidade
cuja continuidade no tempo é representada
nesses estudos?” (p. 29).
14. Os grupos étnicos como tipo
organizacional
“Ao se enfocar aquilo que é socialmente efetivo, os grupos étnicos passam a ser vistos como
uma forma de organização social.” (p. 31).
A característica crítica passa a ser assim o item 4 da lista de Narroll:
15. Os grupos étnicos como tipo
organizacional
“A atribuição de uma categoria é uma atribuição étnica quando classifica uma
pessoa em termos de sua identidade básica, mais geral, determinada
presumivelmente por sua origem e circunstâncias de conformação. Nesse
sentido organizacional, quando os atores, tendo como finalidade a interação,
usam identidades étnicas para se categorizar e categorizar os outros, passam a
formar grupos étnicos”. (p. 32).
DÚVIDA:
E QUANTO A NÓS, DA CHAMADA “SOCIEDADE NACIONAL OU ENVOLVENTE”?
Atribuímos identidades étnicas a outros (Macuxi, Kaingang, Mbiá-Guarani),
mas e quanto a nós mesmos, os não-índios? Formamos um grupo étnico?
16. Os grupos étnicos como tipo
organizacional
Mas atenção: as categorias étnicas levam
em conta as diferenças culturais, mas
não há uma correspondência automática
entre elas.
“As características a serem efetivamente
levadas em conta não correspondem ao
somatório das diferenças ‘objetivas’; são
apenas aquelas que os próprios atores
consideram significativas.” (p. 32).
As pessoas podem exagerar algumas
diferenças, enquanto ignoram, atenuam
ou denegam outras.
Indígenas exercem todo tipo de atividade na Amazônia, mas nem sempre sua identidade étnica é explicitada
17. Conteúdo cultural das dicotomias
étnicas
1) “sinais e signos manifestos, *...+ categorias
diacríticas que as pessoas buscam e exibem para
mostrar sua identidade” (vestimenta, língua, forma
das casas, estilo de vida)
2) “orientações valorativas básicas, ou seja padrões
de moralidade e excelência pelos quais as
performances são julgadas.”
18. Conteúdo cultural das dicotomias
étnicas
pertencer a uma
categoria étnica implica
ser um certo tipo de
pessoa...
... O que implica reivindicar
ser julgado e julgar-se a si
mesmo de acordo com os
padrões que são relevantes
para tal identidade
No entanto, “não se pode prever
a partir de princípios primários
quais características os atores
vão efetivamente enfatizar e
tornar organizacionalmente
relevantes” (p. 32).
Categorias étnicas “Podem ter
grande importância em termos
de comportamento, mas não
necessariamente; podem colorir
toda a vida social, mas também
ser relevantes apenas em
determinados setores de
atividade” (p. 33).
19. Novo foco: mais a fronteira étnica que
define o grupo do que o conteúdo cultural
Trata-se mais de fronteiras sociais que territoriais.
“Se um grupo mantém sua identidade quando seus membros interagem
com outros, disso decorre a existência de critérios para determinação do
pertencimento *...+ ou exclusão” (p. 34).
“A identificação de uma outra pessoa como membro de um mesmo
grupo étnico implica um compartilhamento de critérios de avaliação e
julgamento” (ambos estão a jogar o mesmo jogo)
Por outro lado, considerar os outros como estranhos ou membros de
outro grupo étnico “implica o reconhecimento de limitações quanto às
formas de compreensão compartilhadas, de diferenças nos critérios
para julgamento de valor e de performance, bem como uma restrição da
interação àqueles setores em que se pressupõe haver compreensão
comum e interesses mútuos”.
20. Novo foco: mais a fronteira étnica que
define o grupo do que o conteúdo cultural
“No entanto, havendo interação entre
pessoas de diferentes culturas, seria
esperado que essas diferenças se
reduzissem, uma vez que a interação tanto
requer como gera certa congruência de
códigos e valores [...].
“Assim, a persistência de grupos étnicos
em contato implica não apenas a
existência de critérios e sinais de
identificação, mas também uma
estruturação das interações que permita
a persistência de diferenças culturais.” p.
35
21. Novo foco: mais a fronteira étnica que
define o grupo do que o conteúdo cultural
“Considero que a característica organizacional que deve ser geral
em todas as relações interétnicas é um conjunto sistemático de
regras que governam os encontros sociais interétnicos. Em toda vida
social organizada, aquilo que pode ser tomado como relevante para
a interação em qualquer situação social é prescrito (Goffman 1959).”
(p. 35).
Permite-se a articulação em determinados domínios de atividade e
evitam-se interações em outras situações, de modo a proteger
partes das culturas da confrontação e da modificação.
22. Sistemas sociais pluriétnicos
Furnivall (1944): a sociedade plural é “uma sociedade poliétnica integrada no
âmbito do mercado sob o controle de um sistema estatal dominado por um
dos grupos, mas preservando amplos espaços de diversidade cultural nos
setores de atividade doméstica e religiosa.” (p. 35).
“*...+ se considerarmos a identidade étnica como um status, este será superior
em relação à maioria dos outros status e definirá a constelação possível de
status, ou personalidades sociais, que um indivíduo com uma dada identidade
étnica pode assumir. Nesse sentido, a identidade étnica é semelhante ao sexo e
à posição social, pois ocasiona restrições em todas as áreas de atividade e não
apenas em determinadas situações sociais” (p. 36-37).
Dúvida: podemos aceitar mesmo a afirmação do autor sobre o caráter imperativo e absoluto
(p. 37) da identidade étnica? Isso não contradiz o que ele vinha dizendo antes?
23. Sistemas sociais pluriétnicos
“As convenções sociais e
morais componentes dessa
identidade tornam-se ainda
mais resistentes à mudança
ao serem agrupadas em
conjuntos estereotipados,
considerados característicos
de uma identidade singular.”
(p. 37)
24. O que é preciso para que SURJAM
distinções étnicas em uma dada
área?
1
• “Uma classificação de setores da
população em categorias de status
exclusivas e imperativas” p. 37-38
2
• “Uma aceitação do princípio segundo o
qual os padrões aplicados a uma
dessas categorias podem ser diferentes
daqueles aplicados a uma outra.”
25. O que é preciso para que SURJAM
distinções étnicas em uma dada
área?
“Quanto maiores as diferenças entre esses padrões valorativos, maiores as restrições à interação
étnica”, sob pena de sanções negativas (p. 38).
“Além disso, dado que as identidades são tanto sinalizadas como assumidas, todas as novas formas de
comportamento tenderão a ser dicotomizadas”. Dessa forma, inovações seriam desencorajadas.
Provavelmente também todas as formas de atividade seriam classificadas e associadas a um ou outro
conjunto de características étnicas – de forma semelhante ao que acontece em algumas sociedades
quanto a trabalho masculino x trabalho feminino.
“*...+ do mesmo modo que ambos os sexos ridicularizam o homem que é efeminado, e todas as
classes punem o proletário com ares de riqueza, também é provável que os membros de todos os
grupos étnicos ajam de modo a manter as dicotomias e diferenças”.
Dúvida: mas e em uma sociedade em que as diferenças étnicas são denegadas deliberadamente,
por exemplo convertendo uma população indígena ao cristianismo, mudando seus nomes e formas
de organização familiar, sua economia, incentivando-os as a atuar em todas as atividades dos
portugueses (exército, câmaras etc.)? Ou as tendências encontradas por Barth foram mais fortes
que a letra da lei, ajudando a explicar a clivagem étnica presente de alguma forma até hoje?
26. A interdependência dos grupos
étnicos
Uma complementaridade “pode dar origem a uma interdependência ou simbiose,
constituindo as áreas de articulação *...+”.
“Já nos campos em que não há complementaridade não existe também nenhuma base para a
organização de acordo com linhas étnicas: não haverá interação alguma ou haverá interação
sem referência à identidade étnica” (p. 39).
Em sistemas poliétnicos complexos, a manutenção de fronteiras é muito eficaz por que:
1) há diferenças culturais importantes e complementares
2) essas diferenças são padronizadas, altamente estereotipadas “para que a interação possa
basear-se em diferenças étnicas”.
3) as características culturais de cada grupo étnico apresentam estabilidade, mesmo com o
contato constante.
27. Mudança de identidade – o caso dos
Yao
Nesse grupo da região montanhosa ao sul da China, “A liderança do grupo doméstico é muito
clara, ao passo que a comunidade e a região são autóctones e acéfalas, ligadas de diversas
maneiras a domínios políticos poliétnicos. A identidade e as distinções são expressas em
complexos idiomas rituais, envolvendo sobretudo o culto aos ancestrais.”
“Esse grupo, no entanto, apresenta uma taxa de incorporação extremamente alta, com 10% de
não-yaos tornando-se yaos a cada geração”. (p. 44). Isso ocorre de maneira individual, quando
uma criança é comprada pelo líder de um grupo doméstico yao ou quando um chinês casa e
vem morar com a mulher yao.
Nesse caso, existem “mecanismos culturais que permitem implementar a incorporação,
incluindo-se aí a ideia de obrigações para com os ancestrais, compensação por pagamento
etc.; em segundo lugar, o incentivo representado pelas vantagens evidentes para o grupo
doméstico ao qual se dá a incorporação *...+”, de modo a atingir o número ótimo de 6 a 8
pessoas trabalhando, em contexto “de competição entre os líderes de grupos domésticos por
riqueza e influência”.
28. Mudança de identidade – o caso
Pathan
• Indivíduos ou grupos
familiares
• Perda de posição no
sistema genealógico e
territorial
• Pressão populacional
Pathan do Sul
Baluchi
• Incorpora os
Pathan de acordo
com os interesses
dos líderes baluchis
30. Mudança de identidade e
manutenção de fronteiras étnicas
Quais são os padrões aceitos de avaliação para alguém obter
reconhecimento, influência e segurança?
“Os principais espaços para exibir as virtudes pathan são o conselho tribal e as
oportunidades para a demonstração de hospitalidade. Quem mora em uma aldeia
no Kohistão tem um padrão de vida que não permite competir em hospitalidade
nem mesmo com os servos conquistados [...]; e o cliente de um líder balúchi não
tem o direito de se expressar no conselho tribal. Manter uma identidade pathan
nessas circunstâncias, [...] ser melhor em termos de padrões valorativos pathan,
equivale a condenar-se antecipadamente a um fracasso completo. Mas se a pessoa
optar por assumir uma identidade kohistani ou balúchi, poderá alcançar com a
mesma performance uma posição bastante elevada em termos das escalas de
valores que tornam-se então relevantes. [...] os incentivos para a mudança de
identidade são inerentes à mudança das circunstâncias” (p. 48).
31. Mudança de identidade e
manutenção de fronteiras étnicas
“Uma vez que a identidade étnica está associada a um conjunto
culturalmente específico de padrões valorativos, segue-se que há
circunstâncias em que tal identidade pode ser realizada com relativo
sucesso, e limites para além dos quais esse sucesso é impossível.
Meu argumento é que as identidades étnicas não são mantidas
quando esses limites são ultrapassados *...+.”
Barth deixa claro de que está falando de adaptação cultural, não
ecológica. Voltamos aqui ao tema do vazio cultural de Polanyi.
Podemos pensar em termos de mudança de identidade dos índios
aldeados ou dos africanos escravizados.
32. Indivíduo e acesso aos bens de
produção
Oriente Médio
Fur & Baggara
Consequências
• Acesso por compra
ou arrendamento
• Meios de produção
são propriedade
definida e
transferível
• Posse não envolve
direitos absolutos ou
transferíveis
• Terra é alocada aos
membros da
comunidade segundo as
necessidades de cada
um.
• Se você cria animais, é
baggara e tem acesso às
pastagens
• Assim, no Oriente Médio,
nômades, camponeses e
citadinos podem pertencer a
um mesmo grupo étnico.
• Em Darfur, ao contrário, uma
pessoa tem acesso aos meios
de produção PORQUE pratica
uma certa modalidade de
subsistência – e isso resulta em
um determinado estilo de vida
e portanto em uma identidade
étnica.
33. Importância operacional da
etnicidade
p. 54 "[...] um rótulo étnico subsume várias características
simultâneas que sem dúvida nenhuma se apresentam agrupadas em
termos estatísticos, sem se tornarem interdependentes e conectadas
de forma absoluta. Assim, haverá variações entre membros, alguns
mostrando muitas das características próprias ao grupo e outros,
poucas. Especialmente nos casos em que há mudanças nas
identidades das pessoas, isso cria ambiguidades, pois nesses casos o
pertencimento étnico é tanto uma questão de origem quanto de
identidade atual.”
34. Importância operacional da
etnicidade
p. 55 “Alguns antropólogos tem feito uma oposição dicotômica entre o real e o
ideal, ou entre conceitual e o empírico, "concentrando-se então nas
consistências (a 'estrutura') da parte ideal ou conceitual dos dados e
empregando alguma noção vaga referente a normas e a desvios individuais para
dar conta dos padrões reais, estatisticamente observados. É claro que é
perfeitamente viável distinguir o modelo que um povo tem de seu sistema social
do padrão agregado de seu comportamento pragmático, e de fato é bastante
importante não confundir as duas coisas. Mas os problemas mais férteis na
antropologia social dizem respeito justamente ao modo como essas duas
coisas se interconectam; a dicotomização e o confronto dos dois aspectos
como sistemas totais não é necessariamente a melhor maneira de elucidá-los."
35. Importância operacional da
etnicidade
"Acredito que é para o agir que as pessoas tem categorias, e que é a interação, e não a
contemplação, que as afeta significativamente” (p. 55).
p. 57 "Muitas situações de minoria tem um traço dessa rejeição ativa por parte da população
receptora. Mas a característica geral de todas as situações minoritárias está na organização das
atividades e da interação: no sistema social total, todos os setores de atividade estão
organizados de acordo com status abertos para os membros do grupo majoritário, enquanto o
sistema de status da minoria é relevante somente para as relações entre os membros da
população minoritária e apenas em alguns setores de atividade, sem oferecer uma base para
ação nos demais setores, também valorizados na cultura minoritária. Há, portanto, uma
disparidade entre valores e facilidades organizacionais: os objetivos mais valorizados estão fora
do campo organizado pela cultura e pelas categorias da minoria. [...] a identidade como
membro da minoria não dá nenhuma base para o agir, ainda que possa em algum grau implicar
uma incapacidade para assumir status operativos".
36. Importância operacional da
etnicidade
"A atual situação de minoria dos lapões surgiu em função de circunstâncias externas recentes.
Anteriormente, o contexto de interação mais importante era a situação local em que dois grupos
étnicos [...] mantinham uma relação relativamente limitada e parcialmente simbiótica, baseada
em suas respectivas identidades. [...] a vida social dos noruegueses do norte passou a organizarse crescentemente no sentido da realização de atividades e da obtenção de benefícios na esfera
do sistema mais amplo. [...] até uma década atrás não havia praticamente nenhum lugar no
sistema em que se pudesse participar como lapão. Por outro lado, os lapões como cidadãos
noruegueses são perfeitamente livres em sua participação, ainda que sofrendo de uma dupla
deficiência em função de sua localização na periferia e do seu domínio inadequado da língua e
cultura norueguesas. Nas regiões interioranas de Finmark, essa situação abriu espaço para
lapões inovadores, [...] mas eles não conseguiram seguidores na região dos lapões do litoral.
Para esses lapões, a relevância de seu status e convenções torna-se bastante reduzida em um
número cada vez maior de setores de suas vidas, enquanto sua performance relativamente
inadequada no sistema mais abrangente ocasiona frustrações e crises de identidade."
37. Importância operacional da
etnicidade
p. 59-60 "A melhor maneira de analisar essa interconexão é o exame dos agentes de
mudança: quais estratégias se abrem e são interessantes para ele, e quais são as implicações
organizacionais das diferentes escolhas que eles venham a realizar? Os agentes, nesse caso, são
os indivíduos que costumam ser chamados, um tanto etnocentricamente, de novas elites:
aquelas pessoas que, nos grupos menos industrializados, tem maior contato com os bens e as
organizações das sociedades industrializadas, bem como maior dependência dos mesmos. Em
sua busca por participação nos sistemas sociais mais amplos, visando obter novas formas de
valor, eles podem escolher entre as seguintes estratégias básicas: (i) tentar passar para a
sociedade e o grupo cultural industrial previamente estabelecido, incorporando-se a ele; (ii)
aceitar um status de 'minoria' ao mesmo tempo que tentam se acomodar às deficiências
relacionadas com o seu caráter de minoria e reduzi-las encapsulando todos os diferenciadores
culturais nos setores em que não há articulação e participando do sistema mais amplo nos
outros setores de atividade; (iii) optar pela ênfase de sua identidade étnica, usando-a para
desenvolver novas posições e padrões a fim de organizar atividades naqueles setores
previamente não encontrados em sua sociedade, ou que não eram suficientemente
desenvolvidos no que diz respeito aos novos objetivos surgidos."
38. Contra a reificação e o
essencialismo
p. 67 "[...] quando alguém reconstitui a história de um grupo étnico
através do tempo, não está ao mesmo tempo e no mesmo sentido
descrevendo a história de 'uma cultura': os elementos da cultura atual do
grupo étnico em questão não surgiram do conjunto específico que
constituía a cultura do grupo em um momento anterior, ainda que este
grupo tenha existência contínua do ponto de vista organizacional, com
fronteiras (critérios de pertencimento) que, apesar de modificarem-se,
demarcam efetivamente uma unidade que apresenta continuidade no
tempo." É impossível demarcar fronteiras das culturas, mas é "possível
fazê-lo para os grupos étnicos e, nesse sentido, para os aspectos da
cultura que tem aí sua ancoragem organizacional."