O documento discute a fibrose pulmonar idiopática (FPI), uma doença pulmonar intersticial crônica e progressiva de causa desconhecida que acomete principalmente adultos entre 50-60 anos. A FPI é caracterizada por padrões histopatológicos e de imagem específicos e tem curso variável, podendo levar a óbito em até 5 anos. O diagnóstico é baseado na exclusão de outras causas e na combinação de achados de tomografia e biópsia pulmonar.
Apresentação feita ao Internato em Saúde da Mulher, da Uinversidade do Estado do Amazonas. Contém as mais recentes atualizações de diagnóstico e tratamento, optando por seguir principalmente a linha da British Thoracic Society (Sociedade Britânica de Pneumologia).
Apresentação feita ao Internato em Saúde da Mulher, da Uinversidade do Estado do Amazonas. Contém as mais recentes atualizações de diagnóstico e tratamento, optando por seguir principalmente a linha da British Thoracic Society (Sociedade Britânica de Pneumologia).
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
C4 GUIMARÃES, Raphael Mendonça; MESQUITA, Selma Cristina de Jesus. GPS - Guia
Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
4. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Tabagismo: 20 maços/ano
Exposições ambientais: poeiras, criação de animais,
cabeleireiros, polimentos
Agentes microbianos: EBV e virus C ??
Refluxo gastroesofágico anormal
DM
5. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Fatores genéticos – FP familiar (5%)
Dois ou mais casos na mesma família;
Autossômica – dominante
Gene ELMOD2 – cromossoma 4q31
6. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Interação entre a agressão ao epitélio X Reparo
mesenquimal anormal
Resposta inflamatória aguda (infiltrados linfocitários)
– alveolite – transtornos ao reparo celular (proliferção
fibroblástica e deposição de colágeno) – cronicidade
(faveolamento)
7. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Dispnéia progressiva e crônica – 6 a 24 meses
Tosse;
Baquetamento digital
Crepitações inspiratórias (velcro)
HP
8. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Pilares:
1. Exclusão de outras causas de DIP;
2. TCAR;
3. Bx pulmonar cirurgica.
Laboratorio:
VHS e FAN
9. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Prova de função pulmonar
Padrão restritivo
Redução dos volumes pulmonares
VEF1 e CVF reduzidos
Taquipneia
DCO: alterado (inicialmente hipoxemia aos esforços)
Radiografia
Infiltrados reticulares ou reticulonodulares bilaterais
em HTXs
Faveolamento: cistos
11. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
TCAR
Extensão do acometimento pulmonar e fase da dça.
Precoce: áreas em vidro fosco
Avançada: faveolamento
12. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Padrão definitivo – Todos os 4 critérios são
necessários:
Predominância nas bases e regiões subpleurais;
Anormalidades reticulares;
Faveolamento com ou sem bronquiectasias de tração;
Ausência de todos os 7 critérios inconsistentes com o
padrão de UIP
16. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Padrão de possível – Todos os 3 critérios são
necessários:
Predominância nas bases e regiões subpleurais;
Anormalidades reticulares;
Ausência de todos os 7 critérios inconsistentes com o
padrão de UIP
18. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Padrão inconsistente – Presença de pelo menos 1
dos 7 critérios:
Predomínio em porções superiores ou médias;
Predomínio peribroncovascular;
Alterações em vidro fosco extensas (extensão maior que
a das alterações reticulares);
Micronódulos profusos (bilaterais, predominando em
lobos superiores);
Cistos discretos (múltiplos, bilaterais, fora das áreas de
faveolamento);
Áreas difusas de atenuação em
mosaico/aprisionamento aéreo (bilateral, em 3 ou mais
lobos);
Consolidação em segmentos/lobos broncopulmonares.
20. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Biópsia pulmonar cirúrgica:
Dispensável: alguns casos
Padrão definitivo – Todos os 4 critérios são
necessários:
Evidência de marcada fibrose/distorção da arquitetura,
associada ou não a faveolamento, com distribuição
preferencialmente nas regiões subpleural e paraseptal;
Envolvimento não uniforme do parênquima pulmonar
pela fibrose;
Presença de focos fibroblásticos;
Ausência de todos os 6 critérios que falam contra UIP e
sugerem diagnóstico alternativo
21. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Padrão de provável - todos os 03 critérios são
necessários:
Evidência de fibrose marcada/distorção arquitetural
com ou sem faveolamento
Presença de envolvimento heterogêneo ou focos
fibroblásticos
Ausência de dados contra o diagnóstico de PIU,
sugerindo um diagnóstico alternativo ou faveolamento
isolado
22. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Padrão de possível – Todos os 3 critérios são
necessários:
Envolvimento não uniforme ou difuso do parênquima
pulmonar por fibrose, com ou sem inflamação
intersticial;
Ausência de outro critério para UIP;
Ausência de todos os 6 critérios que falam contra UIP e
sugerem diagnóstico alternativo
23. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Padrão inconsistente com PIU (presença de
qualquer dos seis critérios):
Membranas hialinas
Pneumonia organizante
Granulomas
Inflamação intersticial marcada, distante das áreas de
faveolamento
Alterações predominantemente centradas em vias
aéreas;
Outros achados sugerindo um diagnóstico alternativo
24. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Padrão tomográfico definitivo (biópsia desnecessária)
Padrão tomográfico possível (reticular basal
subpleural sem faveolamento)
Biópsia cirúrgica com PIU definitiva ou provável
Padrão tomográfico com vidro fosco em bases
Biópsia cirúrgica com PIU definitiva ou provável
25. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Tabela 1: Diagnóstico de FPI – combinações entre achados de TCAR
e histopatológicos
Fonte: pneumoatual.com.br
27. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Sobrevida: 2 a 5 anos
Curso variável com exacerbações agudas (causas
secundárias)
Pior prognóstico:
Sexo masculino;
Grau de dispneia;
Baqueteamento digital;
HP (17mmHg)
DCO <40%
28. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Corticóides: sem evidências/exacerbações
Imunossupressores: ausência de estudos controlados
Anti-oxidantes: estímulo a glutationa
N- acetilcisteína (600mg 3x/dia) – estabilização do CV e
DCO
29. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Anti-fibrótica:
Pirfenidona (molécula síntetica de baixo peso)
Anti-fibrótica, anti-oxidante e anti-inflamatória
1800mg – 1200mg/dia
Melhora do CVF
Inibidor de tirosino-quinase BIBF 1120 (150mg 2x/dia)
30. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Varfarina – interrupção do estudo
Sildenafil – melhor estudado
Tratamento do RGE – discutível
Talidomida: tto da tosse (em andamento)
Morfina VO (20mg/dia): tto dispnéia
Oxigenioterapia
31. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Tx pulmonar:
Baixa sobrevida
Alta mortalidade
Indicação: todos os pacientes com diagnostico de FPI
CI absolutas:
Neo (02 anos), disfunções avançadas de outros órgãos, dça
inflamatória sistêmicas, HIV, alterações psiquiátricas,
tabagismo, etilismo e drogas ilícitas.
CI relativas:
Idade (65 – 60 anos),estado funcional ruim, infeções,
obesidade, desnutrição, osteoporose, uso crônico de
corticoides
32. FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA
Raghu G et al. An official ATS/ERS/JRS/ALAT statement:
idiopathic pulmonary fibrosis: evidence-based guidelines for
diagnosis and management. Am J Respir Crit Care Med;
2011;183:788-824.
MARTINEZ JAB. Doenças intersticiais pulmonares. Medicina,
Ribeirão Preto, 31: 247-256, abr./jun. 1998.
Diretrizes de Doenças Pulmonares Intersticiais Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
Fibrose pulmonar idiopática - Recomendações das sociedades
americana, europeia, japonesa e latino-americana de
pneumologia - Parte 1: Diagnóstico