Este documento fornece um resumo sobre o poeta português Fernando Pessoa e seu projeto literário dos heterônimos, em especial o heterônimo Alberto Caeiro. O documento explica que Caeiro pregava uma visão simples e objetiva do mundo, baseada apenas no que pode ser visto, rejeitando qualquer pensamento metafísico ou questionamento. Seus poemas celebravam a natureza e a beleza das coisas tal como aparecem.
Deixis pessoal, temporal e espacial referem-se a elementos linguísticos que indicam as condições contextuais da produção de um enunciado, tais como o locutor ("eu"), o momento da fala ("agora") e o local da fala ("aqui"). A deixis pessoal marca o papel dos participantes, a temporal a localização no tempo e a espacial a localização no espaço, construídas a partir do ponto de vista do locutor.
O documento fornece informações sobre o heterónimo Alberto Caeiro de Fernando Pessoa. Apresenta sua biografia, características poéticas, filosofia anti-metafísica e objetivista e ideias fundamentais como a importância das sensações e a harmonia com a natureza.
O texto resume as três fases da escrita do heterônimo Álvaro de Campos de Fernando Pessoa: 1) a fase inicial decadentista marcada por tédio e necessidade de novas sensações; 2) a fase futurista/sensacionista influenciada pelo fascínio por máquinas e progresso; 3) a fase final intimista/pessimista caracterizada por solidão, frustração e incapacidade de amar.
O poema discute a natureza do processo criativo do poeta. Afirma que o poeta é um "fingidor" que transforma a dor real sentida em uma dor imaginária por meio da poesia. Destaca também que os leitores não sentem a dor do poeta em si, mas sim uma nova dor criada a partir da interpretação do poema.
O documento descreve o heterónimo Álvaro de Campos criado por Fernando Pessoa, incluindo sua biografia fictícia, as diferentes fases da sua escrita caracterizadas por sentimentos como tédio, revolta e desejo de morte, e traços estilísticos como enumerações e repetições. É analisado o poema "Lisbon Revisited" que expressa solidão, nostalgia e certeza da morte.
Este documento analisa o poema "O Mostrengo" de Fernando Pessoa. Resume a estrutura narrativa do poema, as personagens principais e a simbologia presente, incluindo o significado do Mostrengo e do homem do leme.
Memorial do Convento, de José Saramago IIDina Baptista
O documento resume o romance Memorial do Convento de José Saramago, abordando sua estrutura, personagens, contexto histórico, estilo e crítica social. O romance se passa em Portugal no século XVIII e narra a construção do Convento de Mafra enquanto critica o poder absoluto da monarquia e da Igreja na época.
Este documento fornece um resumo sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos. Apresenta brevemente Pessoa ortónimo e seus temas como fragmentação, angústia existencial e nostalgia. Também descreve sumariamente os principais heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos e suas respectivas visões do mundo.
Deixis pessoal, temporal e espacial referem-se a elementos linguísticos que indicam as condições contextuais da produção de um enunciado, tais como o locutor ("eu"), o momento da fala ("agora") e o local da fala ("aqui"). A deixis pessoal marca o papel dos participantes, a temporal a localização no tempo e a espacial a localização no espaço, construídas a partir do ponto de vista do locutor.
O documento fornece informações sobre o heterónimo Alberto Caeiro de Fernando Pessoa. Apresenta sua biografia, características poéticas, filosofia anti-metafísica e objetivista e ideias fundamentais como a importância das sensações e a harmonia com a natureza.
O texto resume as três fases da escrita do heterônimo Álvaro de Campos de Fernando Pessoa: 1) a fase inicial decadentista marcada por tédio e necessidade de novas sensações; 2) a fase futurista/sensacionista influenciada pelo fascínio por máquinas e progresso; 3) a fase final intimista/pessimista caracterizada por solidão, frustração e incapacidade de amar.
O poema discute a natureza do processo criativo do poeta. Afirma que o poeta é um "fingidor" que transforma a dor real sentida em uma dor imaginária por meio da poesia. Destaca também que os leitores não sentem a dor do poeta em si, mas sim uma nova dor criada a partir da interpretação do poema.
O documento descreve o heterónimo Álvaro de Campos criado por Fernando Pessoa, incluindo sua biografia fictícia, as diferentes fases da sua escrita caracterizadas por sentimentos como tédio, revolta e desejo de morte, e traços estilísticos como enumerações e repetições. É analisado o poema "Lisbon Revisited" que expressa solidão, nostalgia e certeza da morte.
Este documento analisa o poema "O Mostrengo" de Fernando Pessoa. Resume a estrutura narrativa do poema, as personagens principais e a simbologia presente, incluindo o significado do Mostrengo e do homem do leme.
Memorial do Convento, de José Saramago IIDina Baptista
O documento resume o romance Memorial do Convento de José Saramago, abordando sua estrutura, personagens, contexto histórico, estilo e crítica social. O romance se passa em Portugal no século XVIII e narra a construção do Convento de Mafra enquanto critica o poder absoluto da monarquia e da Igreja na época.
Este documento fornece um resumo sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos. Apresenta brevemente Pessoa ortónimo e seus temas como fragmentação, angústia existencial e nostalgia. Também descreve sumariamente os principais heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos e suas respectivas visões do mundo.
A obra Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco conta a história de Simão e Teresa, dois jovens de famílias rivais que se apaixonam. No entanto, o pai de Teresa se opõe ao seu amor e a fecha num convento. Simão mata o primo de Teresa, Baltasar, e é condenado à prisão. Tanto Simão quanto Teresa acabam morrendo devido ao seu amor proibido, enquanto Mariana, que ama Simão em segredo, comete suicídio após a morte dele
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoTelma Carvalho
O poema de Ricardo Reis revela um estilo neoclássico rigoroso com precisão verbal e uso de formas como odes e métricas da Antiguidade. Seu neoclassicismo aborda temas greco-latinos e conceitos pagãos, fazendo os poemas recuarem à Grécia Clássica. Reis aceita o neopaganismo e a brevidade da vida, vendo os deuses como ideal humano e o destino como acima deles.
A poesia de Alberto Caeiro caracteriza-se por uma postura antimetafísica e sensacionista, defendendo um objetivismo através da observação da Natureza. Formalmente, a sua poesia é marcada por uma linguagem simples e prosaica, versos longos e irregulares, e vocabulário relacionado com o campo semântico da Natureza.
O documento descreve as características formais e temáticas da lírica de Camões. Apresenta duas correntes principais: a tradicional, influenciada pela poesia trovadoresca, e a renascentista, influenciada pelos modelos greco-latinos e italianos. Detalha as formas poéticas, métricas e temas abordados em cada corrente, como amor, saudade e natureza na tradicional, e reflexão filosófica e experiência pessoal na renascentista.
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptxLaraCosta708069
O documento resume o romance O ano da morte de Ricardo Reis de José Saramago, abordando três pontos principais: 1) o contexto histórico e político de 1936 em Portugal e na Europa; 2) a caracterização da personagem principal Ricardo Reis; 3) a estrutura, linguagem e estilo da obra.
O documento discute a obra do poeta português Fernando Pessoa. Apresenta alguns dos principais temas em sua poesia como o fingimento artístico, a dor de pensar, a nostalgia da infância e a fragmentação do eu. Explora também dicotomias como consciência/inconsciência e realidade/sonho que estão presentes em sua obra. Resume brevemente o conteúdo de alguns de seus poemas mais conhecidos.
O documento descreve o surgimento do Modernismo entre o final do século XIX e a Primeira Guerra Mundial, como uma reação contra os valores estabelecidos da época. Apresenta os principais movimentos do Modernismo como o Futurismo, Cubismo, Intersecionismo, Sensacionismo, Paulismo e Abstracionismo. Destaca a importância da revista Orpheu e da geração de poetas por ela representada, incluindo Fernando Pessoa e seus heterônimos, para a introdução do Modernismo em Portugal.
A obra "Aparição" de Vergílio Ferreira conta a história de Alberto Soares, um professor que questiona a verdade da vida e se sente só em Évora. Ele se relaciona com a família Moura e tem um caso com Sofia. Após a morte de Cristina em um acidente, Carolino mata Sofia com ciúmes. Alberto muda-se para Faro, casa-se e envelhece, questionando o sentido da existência.
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
O documento descreve as características temáticas e estilísticas da obra do poeta português Álvaro de Campos. Tematicamente, explora o decadentismo, futurismo e sensacionismo, abordando temas como tédio, busca de sensações, evasão e pessimismo. Estilisticamente, utiliza versos livres longos, figuras de som e de linguagem ousadas, mistura de níveis de linguagem e estrutura não aristotélica.
Este documento resume características da poesia de Antero de Quental, incluindo sua inquietação espiritual e procura por um sentido para a existência humana, além de aceitar uma entidade vaga como Deus. Também discute a dualidade em sua personalidade entre seu espírito crítico como filósofo e seu temperamento mórbido.
1) A poesia lírica de Camões mostra influências tradicionais e renascentistas, cultivando diferentes gêneros e métricas;
2) Trata temas como o amor, natureza, destino e saudade de forma contraditória, refletindo suas experiências pessoais;
3) A mulher idealizada é retratada ora como perfeita beleza angelical, ora como causa de sofrimento pelo amor não correspondido.
O poema descreve a busca do eu através da viagem, não no sentido de conhecer novos lugares mas sim de se conhecer a si mesmo. O eu lírico sente-se fragmentado e sem raízes, ansiando encontrar a sua verdadeira essência através da constante mudança e da fuga à realidade, mas ciente de que o sonho não corresponde à realidade.
Este documento fornece um resumo da vida e obra do poeta português Luís de Camões. Apresenta os objetivos de aprendizagem relacionados à poesia camoniana, incluindo formas poéticas tradicionais e renascentistas. Discute as principais características do Renascimento e como influenciaram a obra de Camões.
O documento resume os principais temas do romance Memorial do Convento de José Saramago: amor, sonho e conhecimento. Destaca o amor verdadeiro entre Baltasar e Blimunda em oposição ao casamento por conveniência do rei D. João V. Aborda também a construção da Passarola como concretização de um sonho e a valorização de diferentes tipos de saber.
- O documento descreve as principais correntes literárias do Romantismo ao Modernismo e como Cesário Verde se insere nelas, abordando temas como a cidade, o campo e a questão social.
- Cesário Verde retrata Lisboa através da poesia realista, contrastando a vida dos ricos e pobres e usando a deambulação para descrever os contrastes da cidade.
- Sua obra explora o binômio cidade/campo e a imagética feminina associada a esses espaços.
1) O documento discute a poesia de Fernando Pessoa como ortônimo, abordando suas características temáticas, estilísticas e de percurso poético.
2) Como ortônimo, Pessoa alternava entre a poesia tradicional portuguesa e experimentações modernistas.
3) Suas obras como ortônimo caracterizam-se por temas como identidade perdida e absurdo da existência, e estilo com musicalidade e uso de símbolos.
Este documento descreve a poesia heterônima de Fernando Pessoa, focando no heterônimo Alberto Caeiro. Apresenta as características e a biografia fictícia de Caeiro, assim como os principais temas de sua poesia, como a defesa do sensacionalismo e do objetivismo e a comunhão com a natureza. Inclui também um poema exemplar de Caeiro, "O Guardador de Rebanhos".
Poemas Completos de Alberto Caeiro - Fernando Pessoavestibular
Este documento resume a obra e o pensamento do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. Caeiro pregava um paganismo e sensacionismo, rejeitando especulações metafísicas e valorizando a simplicidade da natureza. Sua poesia descreve o mundo de forma objetiva através das sensações, sem buscar significados ocultos nas coisas. Ele acreditava que pensar é errar, e que as coisas apenas existem, sem precisar de interpretações.
A obra Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco conta a história de Simão e Teresa, dois jovens de famílias rivais que se apaixonam. No entanto, o pai de Teresa se opõe ao seu amor e a fecha num convento. Simão mata o primo de Teresa, Baltasar, e é condenado à prisão. Tanto Simão quanto Teresa acabam morrendo devido ao seu amor proibido, enquanto Mariana, que ama Simão em segredo, comete suicídio após a morte dele
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoTelma Carvalho
O poema de Ricardo Reis revela um estilo neoclássico rigoroso com precisão verbal e uso de formas como odes e métricas da Antiguidade. Seu neoclassicismo aborda temas greco-latinos e conceitos pagãos, fazendo os poemas recuarem à Grécia Clássica. Reis aceita o neopaganismo e a brevidade da vida, vendo os deuses como ideal humano e o destino como acima deles.
A poesia de Alberto Caeiro caracteriza-se por uma postura antimetafísica e sensacionista, defendendo um objetivismo através da observação da Natureza. Formalmente, a sua poesia é marcada por uma linguagem simples e prosaica, versos longos e irregulares, e vocabulário relacionado com o campo semântico da Natureza.
O documento descreve as características formais e temáticas da lírica de Camões. Apresenta duas correntes principais: a tradicional, influenciada pela poesia trovadoresca, e a renascentista, influenciada pelos modelos greco-latinos e italianos. Detalha as formas poéticas, métricas e temas abordados em cada corrente, como amor, saudade e natureza na tradicional, e reflexão filosófica e experiência pessoal na renascentista.
Síntese_ José Saramago - O ano da morte de Ricardo Reis.pptxLaraCosta708069
O documento resume o romance O ano da morte de Ricardo Reis de José Saramago, abordando três pontos principais: 1) o contexto histórico e político de 1936 em Portugal e na Europa; 2) a caracterização da personagem principal Ricardo Reis; 3) a estrutura, linguagem e estilo da obra.
O documento discute a obra do poeta português Fernando Pessoa. Apresenta alguns dos principais temas em sua poesia como o fingimento artístico, a dor de pensar, a nostalgia da infância e a fragmentação do eu. Explora também dicotomias como consciência/inconsciência e realidade/sonho que estão presentes em sua obra. Resume brevemente o conteúdo de alguns de seus poemas mais conhecidos.
O documento descreve o surgimento do Modernismo entre o final do século XIX e a Primeira Guerra Mundial, como uma reação contra os valores estabelecidos da época. Apresenta os principais movimentos do Modernismo como o Futurismo, Cubismo, Intersecionismo, Sensacionismo, Paulismo e Abstracionismo. Destaca a importância da revista Orpheu e da geração de poetas por ela representada, incluindo Fernando Pessoa e seus heterônimos, para a introdução do Modernismo em Portugal.
A obra "Aparição" de Vergílio Ferreira conta a história de Alberto Soares, um professor que questiona a verdade da vida e se sente só em Évora. Ele se relaciona com a família Moura e tem um caso com Sofia. Após a morte de Cristina em um acidente, Carolino mata Sofia com ciúmes. Alberto muda-se para Faro, casa-se e envelhece, questionando o sentido da existência.
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
O documento descreve as características temáticas e estilísticas da obra do poeta português Álvaro de Campos. Tematicamente, explora o decadentismo, futurismo e sensacionismo, abordando temas como tédio, busca de sensações, evasão e pessimismo. Estilisticamente, utiliza versos livres longos, figuras de som e de linguagem ousadas, mistura de níveis de linguagem e estrutura não aristotélica.
Este documento resume características da poesia de Antero de Quental, incluindo sua inquietação espiritual e procura por um sentido para a existência humana, além de aceitar uma entidade vaga como Deus. Também discute a dualidade em sua personalidade entre seu espírito crítico como filósofo e seu temperamento mórbido.
1) A poesia lírica de Camões mostra influências tradicionais e renascentistas, cultivando diferentes gêneros e métricas;
2) Trata temas como o amor, natureza, destino e saudade de forma contraditória, refletindo suas experiências pessoais;
3) A mulher idealizada é retratada ora como perfeita beleza angelical, ora como causa de sofrimento pelo amor não correspondido.
O poema descreve a busca do eu através da viagem, não no sentido de conhecer novos lugares mas sim de se conhecer a si mesmo. O eu lírico sente-se fragmentado e sem raízes, ansiando encontrar a sua verdadeira essência através da constante mudança e da fuga à realidade, mas ciente de que o sonho não corresponde à realidade.
Este documento fornece um resumo da vida e obra do poeta português Luís de Camões. Apresenta os objetivos de aprendizagem relacionados à poesia camoniana, incluindo formas poéticas tradicionais e renascentistas. Discute as principais características do Renascimento e como influenciaram a obra de Camões.
O documento resume os principais temas do romance Memorial do Convento de José Saramago: amor, sonho e conhecimento. Destaca o amor verdadeiro entre Baltasar e Blimunda em oposição ao casamento por conveniência do rei D. João V. Aborda também a construção da Passarola como concretização de um sonho e a valorização de diferentes tipos de saber.
- O documento descreve as principais correntes literárias do Romantismo ao Modernismo e como Cesário Verde se insere nelas, abordando temas como a cidade, o campo e a questão social.
- Cesário Verde retrata Lisboa através da poesia realista, contrastando a vida dos ricos e pobres e usando a deambulação para descrever os contrastes da cidade.
- Sua obra explora o binômio cidade/campo e a imagética feminina associada a esses espaços.
1) O documento discute a poesia de Fernando Pessoa como ortônimo, abordando suas características temáticas, estilísticas e de percurso poético.
2) Como ortônimo, Pessoa alternava entre a poesia tradicional portuguesa e experimentações modernistas.
3) Suas obras como ortônimo caracterizam-se por temas como identidade perdida e absurdo da existência, e estilo com musicalidade e uso de símbolos.
Este documento descreve a poesia heterônima de Fernando Pessoa, focando no heterônimo Alberto Caeiro. Apresenta as características e a biografia fictícia de Caeiro, assim como os principais temas de sua poesia, como a defesa do sensacionalismo e do objetivismo e a comunhão com a natureza. Inclui também um poema exemplar de Caeiro, "O Guardador de Rebanhos".
Poemas Completos de Alberto Caeiro - Fernando Pessoavestibular
Este documento resume a obra e o pensamento do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. Caeiro pregava um paganismo e sensacionismo, rejeitando especulações metafísicas e valorizando a simplicidade da natureza. Sua poesia descreve o mundo de forma objetiva através das sensações, sem buscar significados ocultos nas coisas. Ele acreditava que pensar é errar, e que as coisas apenas existem, sem precisar de interpretações.
Trabalho de grupo realizado no âmbito da disciplina de Português - 12ºD (Escola Básica 2,3/S de Vale de Cambra, 2009/2010), a propósito de Alberto Caeiro- Heterónimo de Fernando Pessoa.
O documento descreve o Modernismo português no início do século XX. As vanguardas européias antecederam e originaram o Modernismo literário em Portugal, caracterizado por uma atitude irreverente e reação contra o passado. O principal poeta modernista foi Fernando Pessoa, que criou heterônimos como Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Caeiro valorizava a simplicidade e a visão não filosófica da natureza.
O documento descreve o Modernismo português no início do século XX. As vanguardas européias antecederam e originaram o Modernismo literário em Portugal, caracterizado por uma atitude irreverente e reação contra o passado. O principal poeta modernista foi Fernando Pessoa, que criou heterônimos como Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Caeiro era um poeta ligado à natureza que via a sensação como a única realidade.
O documento discute a heteronímia de Fernando Pessoa através de três de seus heterônimos principais - Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Caeiro prega a simplicidade da vida e da sensação sobre o pensamento. Reis defende uma perspectiva clássica e erudita. Campos representa a modernidade, com ênfase na vida urbana e industrial.
Este documento apresenta uma biografia e análise dos principais heterônimos de Fernando Pessoa: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Caeiro é descrito como o "Mestre dos Mestres", buscando a natureza de forma simples e sem misticismo. Reis é um poeta neoclássico inspirado pelas odes horacianas. Campos é um futurista moderno, inspirado pela cidade e máquinas. Juntos, eles representam diferentes visões do mundo absorvidas por Pessoa em seu projet
Este documento apresenta três pontos principais:
1) A linguagem racional é inadequada para expressar a verdade profunda da religião, que deve ser comunicada por meio de metáforas, poesia e outras formas indiretas.
2) Existem duas linguagens - a prosa dos fatos e a poesia do coração - e a modernidade valoriza excessivamente a primeira em detrimento da segunda.
3) Viver apenas na linguagem dos fatos torna a vida sem sentido, portanto ambas as linguagens são necessárias para a plenitude humana.
Este poema descreve a visão de mundo de um poeta que vê a realidade de forma simples e direta, sem filosofias ou interpretações. Ele aprecia cada momento como uma descoberta e vê beleza nas pequenas coisas do mundo natural, como flores e prados. O poeta acredita que a inocência e o ato de ver, sem pensar, são as melhores formas de compreender a realidade.
1) O poema descreve a visão de mundo do poeta, que vê a realidade com olhos de criança, apreciando a beleza das pequenas coisas do dia a dia.
2) Ele acredita que pensar demais as coisas é um erro e que basta existir para ser completo, preferindo observar a natureza sem julgamentos.
3) O poeta encontra alegria em aceitar o mundo como ele é, rejeitando compreendê-lo apenas pela inteligência.
1. Fernando Pessoa era considerado o maior poeta simbolista português que explorava temas como a angústia existencial, a despersonalização e a fragmentação do eu através de heterónimos como Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
2. Caeiro pregava a recusa do pensamento em favor das sensações e da comunhão com a natureza, Campos passou por fases decadentista, futurista sensacionista e abúlica, e Reis seguia o estoicismo e epicurismo cláss
1. A filosofia questiona a realidade e nos convida a repensar como vemos o mundo.
2. Pensar é o que diferencia os humanos dos outros animais e nos permite criar, projetar e produzir conhecimento.
3. A filosofia não tem utilidade imediata, mas é necessária para que possamos avaliar criticamente nossos atos e ideias e entender o mundo de forma mais profunda do que apenas o senso comum.
O documento descreve o Modernismo em Portugal no início do século XX, marcado por:
1) A publicação da revista Orpheu em 1915, lançando o movimento modernista português liderado por Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro;
2) A experimentação de novos estilos literários e artísticos que rompiam com as regras tradicionais;
3) A influência de figuras como Fernando Pessoa e seus heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos na literatura modernista portugues
Alberto Caeiro viveu no campo e escreveu poesia de forma intuitiva, valorizando os sentidos e a natureza. Ele rejeitava o pensamento filosófico e metafísico, preferindo apreciar o mundo tal como é através da percepção sensorial no presente. Sua poesia simples celebrava a beleza das coisas na sua originalidade.
Nesta entrevista, Olavo de Carvalho discute sua visão da filosofia como um compromisso em compreender a realidade sem ignorar fatos, e não como uma invenção de explicações. Ele critica a situação dos estudos filosóficos no Brasil e a promoção da "filosofia para crianças". Carvalho também fala sobre sua experiência positiva na Romênia e seu apreço pelos romenos.
Monografia A eterna busca do Ideal em Florbela espanca Fernanda Pantoja
1. O documento é uma monografia sobre a busca do ideal na vida e obra da poetisa portuguesa Florbela Espanca.
2. A monografia aborda como Florbela sempre esteve em busca de um lugar ideal no mundo, na sua escrita poética e em seu amor, mas nunca encontrou o que procurava.
3. O trabalho analisa a influência do idealismo no trabalho de Florbela e como ela se via como uma "pária" que não pertencia ao mundo real.
O documento descreve a vida e obra do heterónimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. Apresenta-se como um simples guardador de rebanhos que vê o mundo de forma objetiva e natural, sem pensar sobre ele. A sua poesia foca-se nas sensações em detrimento do pensamento, que vê como prejudicial. Caeiro é descrito como o mestre dos outros heterónimos e o poeta da natureza, que rejeita filosofias e doutrinas em favor de uma visão pagã e sensacionista da realidade.
1. João Batista vivia no deserto e sonhava com um homem que transformaria o mundo. Ele começou a pregar às margens do Rio Jordão, criticando líderes religiosos e políticos.
2. João anunciou que o homem dos seus sonhos, sobre quem falava há anos, havia chegado. Para surpresa de todos, João disse que esse homem era tão grande que ele próprio não era digno de desatar-lhe os cordões da sandália.
3. João acreditava sinceramente que esse homem era o Filho de
Alberto Caeiro é descrito como um poeta da simplicidade que via a realidade de forma objetiva e sem necessidade de explicações metafísicas. Recusava o pensamento em favor da percepção sensorial das coisas tal como são. Usava uma linguagem simples e descritiva para descrever a natureza e viver em harmonia com ela.
Semelhante a Fernando Pessoa - Alberto Caeiro.pptx (20)
O documento discute fonologia, acentuação e ortografia da língua portuguesa. Aborda os sons das palavras, classificação de fonemas, encontros vocálicos e consonantais, acentuação gráfica e regras de uso de letras como S e Z, J e G, CH e X.
O poema descreve símbolos centrais da identidade portuguesa através de figuras históricas, começando por uma descrição da Europa e da localização de Portugal, seguido de referências a Ulisses, Viriato e outros personagens que contribuíram para a formação do país, culminando nos primeiros reis de Portugal.
Os três poemas analisados se enquadram no período literário do Classicismo do século XVI, caracterizado pela presença de figuras mitológicas e estrutura fixa dos sonetos. Os poemas de Camões retratam os conflitos humanos através da expressão dos sentimentos do eu-lírico, como saudade, tristeza e sofrimento.
Este documento discute os conceitos de parágrafo, as estruturas e tipos de parágrafos. Explica que um parágrafo é uma unidade de composição constituída por uma ideia central e ideias secundárias relacionadas. Descreve a estrutura padrão de um parágrafo com introdução, desenvolvimento e conclusão. Também diferencia os tipos de parágrafos narrativo, descritivo e dissertativo.
O documento discute as principais mudanças trazidas pela nova ortografia da língua portuguesa no Brasil. Em 3 frases ou menos:
A nova ortografia busca unificar a escrita da língua portuguesa nos oito países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), trazendo mudanças apenas gráficas. Algumas mudanças incluem a inclusão das letras K, W e Y no alfabeto, a eliminação do trema e mudanças nas regras de acentua
O documento discute os níveis de análise linguística, com foco no nível morfológico. Apresenta as classes gramaticais, com destaque para o substantivo e suas subclasses, e para o adjetivo e suas flexões de gênero, número e grau.
O documento apresenta uma revisão das dez classes gramaticais da língua portuguesa, definindo cada uma e dando exemplos. São elas: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição. O texto também fornece atividades para fixar o conteúdo, como identificar esses itens em frases e classificá-los corretamente.
Este documento apresenta uma aula sobre o gênero textual "charge" para alunos do 6o ano. A aula inclui discussões sobre as características da charge, como ironia e sátira, e atividades de análise e interpretação de charges. O objetivo é desenvolver a habilidade de identificar crítica, ironia ou humor em charges.
O documento discute os níveis de análise linguística, com foco no nível morfológico. Apresenta as classes gramaticais, com destaque para o substantivo e suas subclasses, e para o adjetivo e suas flexões de gênero, número e grau.
O documento fornece instruções sobre a acentuação gráfica em português, explicando as regras para palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Também discute casos especiais de acentuação diferencial para distinção de significado e formas verbais oxítonas.
O documento discute o contexto histórico e as características da arte simbolista, incluindo sua reação contra os valores materialistas da época e busca por humanização através da espiritualidade e sensibilidade. A arte simbolista usava formas como versos livres e figuras de linguagem para expressar temas como morte, amor e saudade e ajudar os leitores a fugirem da desumanização da realidade industrial do final do século 19.
The document discusses various character attributes and skills including strength, heart, virtues, combat proficiencies, wits, skills, endurance, current conditions and hope as well as traveling gear and war gear. It also mentions two character names: Drogo and Baggins.
O simbolismo questionou estéticas fixas e buscou a essência do homem através de temas tabus e do irracional. No Brasil iniciou-se em 1893 com Cruz e Sousa e destacaram-se também Alphonsus Guimaraens e Augusto dos Anjos, que utilizaram temáticas existenciais e forma rígida, respectivamente.
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.Mary Alvarenga
A música 'Espalhe Amor', interpretada pela cantora Anavitória é uma celebração do amor e de sua capacidade de transformar e conectar as pessoas. A letra sugere uma reflexão sobre como o amor, quando verdadeiramente compartilhado, pode ultrapassar barreiras alcançando outros corações e provocando mudanças positivas.
2. Modernismo Europeu
Início do séc. XX
Portugal
Cada grupo de estados de alma
mais aproximados insensivelmente
se tornará uma personagem, com
estilo próprio, com sentimentos
porventura diferentes, até opostos
aos típicos do poeta na sua pessoa
viva.
Fernando Pessoa.
3. O que é um heterônimo?
• Ortônimo: eu empírico, o próprio poeta, sujeito real do mundo,
ideológico, que vive as experiências, o criador
• Heterônimo é a criação, com nome, biografia, obra e estilo próprios, como
se fosse um eu-empírico, mas, por ser criação, é eu lírico
• A heteronomia é um processo criativo pelo qual Pessoa cria seus outros
eus, e assim percorre os caminhos do auto-conhecimento
Teoria do Fingimento:
teoria da criação desenvolvida pelo filósofo alemão Friedrich
Nietzsche.
“somente o poeta que é capaz de mentir
conscientemente, voluntariamente, pode dizer a
verdade.”
4. Despersonalização:
teoria criada pelo filósofo alemão Friedrich Hegel. O ser
em si (eu empírico, real, o criador) torna-se outro ser
(eu lírico, a criação) e retorna a estar em si. É um
estado de consciência das infinitas possibilidades que
podemos ser de nós mesmos. Em Fernando Pessoa, a
busca por essa consciência alimentou e elevou sua
esquizofrenia ao grau máximo.
EU AUTOCONHECIMENTO
busca outros (eus líricos)
eu
eu
eu
eu
retorna a si (eu empírico)
5. Epicurismo.................
• Influência do filósofo romano Horácio
• Filosofia do Carpe Diem – aproveitar o momento e os
prazeres da vida, mas sem exagero
A morte é a única certeza. (fatalismo)
• Bucolismo: adoração da natureza na procura de
equilíbrio
A natureza é o único caminho para a tranquilidade
Epicuro de Samos: 341
a.C. Samos — 271 ou 270
a.C. Atenas. Foi um
filósofo grego do período
helenístico.
Carpe Diem
Viver o Dia
Locus
amoenus
Lugar ameno
NATUREZA
Aurea
mediocritas
Alma mediana
EQUILÍBRIO
6. N E O - P A G A N I S M O
Nada vale a pena
Abdicação de
tudo
Aceitação
resignada do
destino
Afastamento
de tudo que
pode causar
perturbação
e dor: sujeito
moderado
Viver
indiferente a
tudo
CARPE
DIEM
Contemplação
da natureza:
busca pela calma
e equilíbrio
ESTOICISMO EPICURISMO
Zona de intersecção
Quinto Horácio Flaco, 65
a.C. — Roma, 8 a.C. Foi um
poeta lírico e satírico
romano, além de filósofo.
É conhecido por ser um
dos maiores poetas da
Roma Antiga.
8. Temáticas:
Mundo pastoril
Bucolismo
Simplicidade
Objetividade
O poder da visão
Concreto/real
Tudo é fruto da racionalidade, e sentir também
deve ser racional, e racional é não devanear, nem
imaginar, muito menos questionar.
Como todo heterônimo, este possui nome,
biografia, profissão e estilo próprios.
Nasceu em 1889, em Lisboa; faleceu em 1915
por tuberculose
Vida rural
Sem educação nem profissão
Frágil, baixo, louro, olhos azuis
9. O Guardador de Rebanhos
dos seus grandes versos,
É a reunião
composto de 49 poemas, teorizando e
praticando o simples olhar para as coisas,
sem nenhuma interrogação metafísica.
(Leyla Perrone-Moisés)
11. Neste excerto do poema I, o mestre se
apresenta, mostra como se comporta em
relação à vida, ao mundo, como enxerga
as coisas e o que pensar significa para si.
I
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove
mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
12. Aqui, Caeiro expressa a importância do
ver, enxergar como forma de acreditar
e de venerar o que é concreto, claro e
objetivo, bem como sua noção do
amor. II
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de
acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que
ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
13. Este é o poema mais famoso do O Guardador
de Rebanhos, pois ele sintetiza todas as
características do heterônimo, expõe sua
crença somente no que vê, a natureza e a
essência das coisas e da vida.
V
Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei.Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz
pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
14. Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as
cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
15. O poema VIII é emblemático porque aqui
surge a personagem do menino Jesus,
que interage com o poeta e se comporta
como uma criança comum, que faz
travessuras, que é inteligente e goza de
plena vida, de forma simples, humilde e
sem responsabilidades, bem como o
poeta entende que deve ser sua poesia e
sua própria vida. Podemos entender que
o menino Jesus é a expressão da
natureza física, descompromissada com
o pensar, apenas interessada em existir
para o que deve existir, e que o Jesus
adulto é a expressão da natureza
humana, que é pensar, logo questionar
e, consequentemente, ser angustiado e
infeliz. Jesus menino apenas viveu, o
adulto morreu por se importar demais,
por se preocupar demais, por pensar
demais.
VIII
Num meio-dia de fim de primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.
Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu era tudo falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
16. Porque não era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!
Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele
tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e
menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o sol
E desceu pelo primeiro raio que apanhou.
(...)
................................................................
Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam?
17. Neste poema XXIV, é possível
observarmos a essência do neo-
pganismo, a ordem e disciplina que só a
visão pode oferecer ao mestre, que só o
concreto pode constituir, e sua total
abnegação ao que subjetivo.
XXIV
O que Nós Vemos
O que nós vemos das cousas são as cousas.
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse
outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma
vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma seqüestração na liberdade daquele
convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as
freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só
dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão
estrelas
Nem as flores senão flores.
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e
flores.
18. Alberto Caeiro desenvolve seu neo-paganismo existencial e humano, assumindo
uma postura egoísta de não se importar com o que os homens falam, sofrem, se
preocupam, pois só são assim porque pensam demais. Nos dois últimos versos, o
mestre não entende a subjetividade.
XXXII
Ontem à tarde um homem das cidades
Falava à porta da estalagem.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver justiça
E dos operários que sofrem,
E do trabalho constante, e dos que têm fome,
E dos ricos, que só têm costas para isso.
E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos
olhos
E sorriu com agrado, julgando que eu sentia
O ódio que ele sentia, e a compaixão
Que ele dizia que sentia.
(Mas eu mal o estava ouvindo.
Que me importam a mim os homens
E o que sofrem ou supõem que sofrem?
Sejam como eu — não sofrerão.
Todo o mal do mundo vem de nos
importarmos uns com os outros,
Quer para fazer bem, quer para fazer mal.
A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
Querer mais é perder isto, e ser infeliz)
(Louvado seja Deus que não sou bom,
E tenho o egoísmo natural das flores
E dos rios que seguem o seu caminho
Preocupados sem o saber
Só com florir e ir correndo.
É essa a única missão no Mundo,
Essa — existir claramente,
E saber faze-lo sem pensar nisso.
E o homem calara-se, olhando o poente.
Mas que tem com o poente quem odeia e
ama?
19. A natureza é real, concreta. A vida e as
objetividade e concretude. Nos
coisas devem ser naturais, com
dois
últimos versos do poema, não se
compreende a subjetividade.
Observação
20. filosofia, a transcendência e
No poema XXXIV, Caeiro propõe
que se viva pela percepção, não
pela racionalização, negando a
a
teologia. Essa é a sua antipoesia,
sem a evidência de um eu-lírico
subjetivo.
XXXIV
Acho tão natural que não se pense
Que me ponho a rir às vezes, sozinho,
Não sei bem de quê, mas é de qualquer cousa
Que tem que ver com haver gente que pensa...
Que pensará o meu muro da minha sombra?
Pergunto-me às vezes isto até dar por mim
A perguntar-me cousas. . .
E então desagrado-me, e incomodo-me
Como se desse por mim com um pé dormente...
Que pensará isto de aquilo?
Nada pensa nada.
Terá a terra consciência das pedras e plantas que
tem?
Se ela a tiver, que a tenha...
Que me importa isso a mim?
Se eu pensasse nessas cousas,
Deixaria de ver as árvores e as plantas
E deixava de ver a Terra,
Para ver só os meus pensamentos...
Entristecia e ficava às escuras.
E assim, sem pensar, tenho a Terra e o Céu.
21. CUIDADO!!!
Mas até que ponto o Mestre
Alberto Caeiro consegue praticar
o que teoriza, manter a postura
tão complexa de não pensar?
Talvez o próprio heterônimo não
consiga ser ele mesmo
completamente. Sentir é o que
basta, e sentir nem sempre é
pleno, claro e concreto. Aqui o
paradoxo pensar e sentir trava
suas batalhas internas na alma
humana.
XLVI
Deste modo ou daquele modo.
Conforme calha ou não calha.
Podendo às vezes dizer o que penso,
E outras vezes dizendo-o mal e com misturas,
Vou escrevendo os meus versos sem querer,
Como se escrever não fosse uma cousa feita de gestos,
Como se escrever fosse uma cousa que me acontecesse
Como dar-me o sol de fora.
Procuro dizer o que sinto
Sem pensar em que o sinto.
Procuro encostar as palavras à idéia
E não precisar dum corredor
Do pensamento para as palavras.
Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir.
O heterônimo, tão logo
percebe o pensamento, se
desfaz dele rapidamente.
O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado
Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.
22. Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me
ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a Natureza produziu.
E assim escrevo, querendo sentir a Natureza, nem
sequer como um homem,
Mas como quem sente a Natureza, e mais nada.
E assim escrevo, ora bem ora mal,
Ora acertando com o que quero dizer ora errando,
Caindo aqui, levantando-me acolá,
Mas indo sempre no meu caminho como um cego
teimoso.
Ainda assim, sou alguém.
Sou o Descobridor da Natureza.
Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
Trago ao Universo um novo Universo
Porque trago ao Universo ele-próprio.
25. 43. Sobre a poesia do heterônimo Alberto Caeiro, de Fernando Pessoa, assinale a
resposta correta:
(A) Alberto Caeiro problematiza tanto as angústias e problemas do mundo que
opta por negar esses pensamentos para fugir de todo e qualquer sofrimento.
(B) Não há, para o heterônimo, discernimento entre no que acreditar e não
acreditar, já que todos os sentidos do homem são formas de ludibriá-lo, de
distanciá-lo da verdade, do concreto.
(C) Num de seus mais famosos poemas, o mestre diz negar a metafísica porque já
sofrera demais com seus questionamentos e devaneios, tanto que ele
menciona que Há metafísica bastante em não pensar em nada (...)
(D) O mestre é conhecido por ser equilibrado, por não pensar nos porquês das
coisas e do mundo, e isso se dá graças ao seu neo-paganismo, pois aquele que
em nada acredita não cria expectativas, aceita e compreende tudo como
simplesmente é.
(E) O neo-paganismo, umas das características mais essenciais deste heterônimo,
implica apego e veneração à natureza porque só ela tem condições de ser o
que é, pura, real, concreta, objetiva e inquestionável.
Simulado PEAC – 2013/1
26. 44. Leia o excerto do poema do heterônimo Alberto Caeiro, de Fernando Pessoa, para
responder a questão.
Ontem à tarde um homem das cidades
Falava à porta da estalagem.
Falava comigo também.
Falava da justiça e da luta para haver
justiça
E dos operários que sofrem,
E do trabalho constante, e dos que têm
fome,
E dos ricos, que só têm costas para isso.
E, olhando para mim, viu-me lágrimas nos
olhos
E sorriu com agrado, julgando que eu
sentia
O ódio que ele sentia, e a compaixão
Que ele dizia que sentia.
(Mas eu mal o estava ouvindo.
Que me importam a mim os homens
E o que sofrem ou supõem que sofrem?
Sejam como eu — não sofrerão.
Todo o mal do mundo vem de nos
importarmos uns com os outros,
Quer para fazer bem, quer para fazer mal.
A nossa alma e o céu e a terra bastam-nos.
Querer mais é perder isto, e ser infeliz)
(...)
Louvado seja Deus que não sou bom,
E tenho o egoísmo natural das flores
E dos rios que seguem o seu caminho
Preocupados sem o saber
Só com florir e ir correndo.
É essa a única missão no Mundo,
Essa — existir claramente,
E saber fazê-lo sem pensar nisso.
E o homem calara-se, olhando o poente.
Mas que tem com o poente quem odeia e
ama?
27. Marque V (para verdadeiro) e F (para falso) para as afirmações que seguem sobre o
excerto acima e as características deste heterônimo:
( ) O heterônimo se mostra comovido, em certo momento, e pensa até em sentir-se
aflito e preocupado com os questionamentos trazidos pelo ingênuo homem.
( ) Alberto Caeiro ironiza o homem das cidades, pois este vive num caos, respira o
desequilíbrio dos problemas gerados pelo mundo dito civilizado, algo com que o
pastor nunca se abala porque vive o equilíbrio da natureza apenas.
( ) Nos últimos dois versos do poema, percebemos uma forte crítica do mestre àqueles
que teimam enxergar na natureza algo mais do que ser apenas natureza, já que nada
tem ela a ver com os desajustes dos homens e da sociedade.
( ) Na penúltima estrofe, o mestre assume sua crença em Deus naturalmente porque
somente ele é capaz de compreender a forma de pensar do pastor.
A alternativa que possui a sequência correta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
F – F – V – V
F – V – V – F
V – V – V – F
V – V – F – F
F – V – F – V