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Cesário Verde
Correntes Literárias
Romantismo:
-apoteose do sentimento
-poeta como génio
-influência da paisagem no estado de espírito
Alguns poemas: Deslumbramentos
Realismo:
-Negação da emoção romântica e da arte pela arte
-Análise do real com o fito da verdade absoluta
-Crítica do homem
-Condenação do que houver de mau na sociedade
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Alguns poemas: Cristalizações, Contrariedades, Nós, Num bairro moderno, O
sentimento dum ocidental.
Parnasianismo:
-“Arte pela arte” antirromântica
-Culto da beleza
-Elitismo formal
-Poeta como espectador da harmonia do que pode observar no quotidiano
Alguns poemas: Cristalizações, Contrariedades, O sentimento dum ocidental, De tarde
Naturalismo:
-Acentua as características científicas do realismo
-Obra como meio de demonstração de testes científicas
-Implica uma posição combativa, de análise dos problemas da decadência social,
depravação de usos e costumes, preocupação por aspetos patológicos, desvios de
comportamentos
Alguns poemas: Contrariedades
Simbolismo:
-Gosto pelo mistério
-Culto do eu
-Poeta vidente = Visão especial
-Poesia capaz de abrir as portas do inconsciente
-Rutura das fronteiras entre o sonho e a realidade
-Preocupações formais
-Arte da sugestão
-Palavras maiúsculas
-Contra o realismo
Alguns poemas: Num bairro moderno, Nós
Surrealismo:
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Alguns poemas: Num bairro moderno, O Sentimento dum Ocidental
Modernismo:
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-Aliança entre literatura e artes plásticas
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-Tendência para a dispersão
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Alguns poemas: Noite fechada, Num bairro moderno, O sentimento dum Ocidental,
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Neorrealismo:
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-Denúncia das injustiças que vitimam os mais desfavorecidos
-Obra politicamente exemplar
-Recurso à alegoria
-Povo como personagem
Alguns poemas: Cristalizações, Nós
Contextualização
No período em que viveu Cesário Verde (1855 - 1886), Portugal estava em
profunda transformação. Ele pertenceu à época literária do romantismo (2ª metade do
século XIX), do período realista.
A população duplicara e chegavam milhares de pessoas do campo às cidades,
que agora se alargavam. A indústria era ainda diminuta, por isso os aspetos
campesinos impunham-se nos arredores da cidade. Algumas modernizações tinham já
sido implantadas em Lisboa: candeeiros a gás e caminho-de-ferro. Nos bairros mais
velhos não havia higiene, abundando os parasitas. A tuberculose e a cólera reinavam.
A água, recentemente canalizada, chegava a muito poucas casas. A diferença entre
ricos e pobres era acentuada. Os operários tinham salários ridículos, o que os obrigava
quase a passar fome. Os trabalhadores não tinham segurança. As tuberculoses e as
pneumonias eram muitas e a taxa de mortalidade era elevada.
Na Europa aconteciam grandes descobertas científicas e era o tempo do
Impressionismo na arte e do Romantismo e Realismo na literatura.
Poetização do Real (Objetividade/subjetividade) e Quotidiano na Poesia
No tempo de Cesário Verde, Lisboa era uma cidade de contrastes. Ele retratou-
a realçando a arquitetura antiga e os bairros modernos da nova burguesia. É na
captação objetiva do real que surge a outra face da realidade lisboeta: a dos
trabalhadores que denunciam a sua origem campesina.
Ao deambular (vaguear, errar), o sujeito poético denuncia o lado oposto ao da
grandeza, focando lugares pobres e nauseabundos, dos humildes que sustentam a
cidade: os “criados” de “Um Bairro Moderno”, ou os “caixeiros” de “O Sentimento
Ocidental”. Transfigurando o que vê (subjetividade), capta ainda aquelas personagens
duvidosas (“atrizita” de “Cristalizações”) que, tal como a cidade, tentam esconder a
sua condição.
Para Cesário ver é perceber o que se esconde, por isso, perceciona a cidade
minuciosamente através dos sentidos. O poeta projeta no exterior o seu interior,
nascendo, assim, a poesia do real, que lhe permite rever-se nas coisas, de modo a
atingir o equilíbrio, pela fixação fugaz da realidade, à maneira dos impressionistas.
A imagética feminina
Deambulando pela cidade e pelo campo, o poeta depara com dois tipos de
mulher, articulados com os locais em que se movimenta.
Assim, tal como a cidade se associa à morte, à destruição, à falsidade, também
a mulher citadina é apresentada como frígida, frívola, aristocrática, inacessível,
luxuosa, calculista, madura, destrutiva, dominadora e sem sentimentos. O erotismo
desta mulher é expresso em imagens antitéticas que permitem opô-la à mulher
campesina, capaz de fazer despoletar um amor puro. O erotismo da mulher fatal é
humilhante, conseguindo reduzir o amante à condição de presa fácil (“Vaidosa” e
“Deslumbramentos”).
Em contraste, surge uma mulher frágil, terna, ingénua, pura, despretensiosa,
que desperta no poeta o desejo de protegê-la e estimá-la, ao contrário da admiração
longínqua que tem pela mulher citadina. Os seus atos são ingénuos e é uma mulher
capaz de ofertar o amor e a vida inerentes aos espaços rurais.
Podemos ainda distinguir a dicotomia mulher fatal/mulher angelical,
associadas, respetivamente, à noite e ao dia, à doença e à saúde, à cidade e ao campo,
à morte e à vida.
Binómio Cidade/Campo
Em termos dicotómicos, Cesário Verde trata de dois espaços ao longo da sua
obra: a cidade e o campo.
O campo apresentado não tem um aspeto idílico bem como não aparece
associado ao bucolismo e ao devaneio poético, mas é um espaço real, onde pode
observar-se os camponeses na sua lide diária, onde as alegrias se manifestam face ao
prazer da vida e onde as tristezas ocorrem quando os acontecimentos não seguem o
curso normal. É o dia a dia concreto, autêntico e real, de eleição do poeta. Ele associa
o campo à vida, à fertilidade, à vitalidade, ao rejuvenescimento porque nele não há a
miséria constrangedora, o sofrimento, a poluição, os exploradores e os ricos
pretensiosos que desprezam os humildes, típicos da cidade.
O campo confere-lhe liberdade, a cidade empareda-o, incomoda-o tal como
incomoda os trabalhadores que aí procuram encontrar melhores condições de vida.
Por se depararem com enormes dificuldades e injustiças, os pobres são os ricos aos
olhos de Cesário Verde. Há um tom irónico quando fala dos citadinos (“De Tarde”, “O
Sentimento dum Ocidental” e “Nós”) e um tom eufórico quando, por exemplo, fala dos
passeios campestres com a sua amada, sendo a terra-mãe a fonte inspiradora do
poeta. A cidade é o lugar de atração, moda, luxo, cosmopolitismo, que repulsa pela
doença, corrupção e aprisionamento da dor humana.
Questão Social
O poeta coloca-se ao lado dos desfavorecidos, dos injustiçados, dos
marginalizados (povo) e admira a força física, a pujança dos trabalhadores. Interessa-
se pelo conflito social do campo e da cidade, procurando documentá-lo e analisá-lo,
embora sem interferir. Cesário Verde focaliza, ainda, a anatomia do homem oprimido
pela cidade e a integração da realidade banal no mundo poético (“Contrariedades”,
“Num bairro moderno” e “O Sentimento dum Ocidental”).
Assim, a sua poesia tem uma intenção crítica, de análise social, comovendo-se
com os trabalhadores, com quem é solidário, e experimentando um grande
sentimento de decadência.
Deambulação
Cesário Verde é um poeta-pintor que capta as impressões da realidade que o
cerca com uma grande objetividade. É realista, atento a pormenores mínimos que
servem para transmitir as perceções sensoriais. Da cidade de Lisboa, por onde
deambula, descreve as ruas soturnas e melancólicas, com sombras e bulício, e
absorve--lhes a melancolia, a monotonia, o “desejo absurdo de sofrer”. Do campo,
canta a vida rústica, de canseiras, a sua vitalidade e saúde.
Temáticas
• Imagética feminina;
• Sentimento da humilhação ligado ao erotismo da “mulher fatal”;
• Binómio cidade/campo;
• Poetização do real;
• Questão social associada ao realismo e naturalismo;
• Movimento deambulatório do poeta pelas ruas da cidade;
Linguagem e estilo
-Exatidão vocabular;
-Imagens visuais;
-Mistura do físico com o moral;
-Combinação de sensações;
-Uso de prosaísmos (“Em imposturas tolas”);
-Estrofe breve e regular, com teor descritivo – Quadra;
-Versos decassilábicos ou alexandrinos (12 sílabas), longos;
-Construções impessoais (“Uma alvura de saia branca moveu-se no escuro”);
Recursos de Estilo
-Sinestesia: Fusão de perceções provenientes de diferentes sentidos
-Adjetivação:
-Metáfora:
-Assíndeto: Supressão dos elementos de ligação entre palavras ou frases sucessivas
-Personificação
-Antítese
-Ironia
-Hipálage: Consiste em transferir uma qualidade ou ação de um elemento da frase
para outro, por exemplo, do sujeito para o objeto
-Apóstrofe: Consiste interpelação a alguém, ou a alguma coisa personificada
-Comparação
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-Perífrase: Consiste em dizer por várias palavras o que poderia ser dito por algumas ou
apenas uma
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Cesario verde

  • 1. Cesário Verde Correntes Literárias Romantismo: -apoteose do sentimento -poeta como génio -influência da paisagem no estado de espírito Alguns poemas: Deslumbramentos Realismo: -Negação da emoção romântica e da arte pela arte -Análise do real com o fito da verdade absoluta -Crítica do homem -Condenação do que houver de mau na sociedade -Noção de justo em substituição do conceito de belo Alguns poemas: Cristalizações, Contrariedades, Nós, Num bairro moderno, O sentimento dum ocidental. Parnasianismo: -“Arte pela arte” antirromântica -Culto da beleza -Elitismo formal -Poeta como espectador da harmonia do que pode observar no quotidiano Alguns poemas: Cristalizações, Contrariedades, O sentimento dum ocidental, De tarde Naturalismo: -Acentua as características científicas do realismo -Obra como meio de demonstração de testes científicas -Implica uma posição combativa, de análise dos problemas da decadência social, depravação de usos e costumes, preocupação por aspetos patológicos, desvios de comportamentos Alguns poemas: Contrariedades Simbolismo: -Gosto pelo mistério -Culto do eu -Poeta vidente = Visão especial -Poesia capaz de abrir as portas do inconsciente -Rutura das fronteiras entre o sonho e a realidade -Preocupações formais -Arte da sugestão -Palavras maiúsculas -Contra o realismo Alguns poemas: Num bairro moderno, Nós Surrealismo: -Mecanismo de associação de ideias e funcionamento do inconsciente -Escrita automática -Gosto pelo insólito
  • 2. -Emancipação das barreiras formais (desobediência às regras sintáticas e semânticas) Alguns poemas: Num bairro moderno, O Sentimento dum Ocidental Modernismo: -Literatura enquanto linguagem -Aliança entre literatura e artes plásticas -Relacionamento entre autor e obra: Transposição e fingimento expressão da vivência -Tendência para a dispersão -Fragmentação do eu Alguns poemas: Noite fechada, Num bairro moderno, O sentimento dum Ocidental, Nós Neorrealismo: -Função educativa da literatura -Denúncia das injustiças que vitimam os mais desfavorecidos -Obra politicamente exemplar -Recurso à alegoria -Povo como personagem Alguns poemas: Cristalizações, Nós Contextualização No período em que viveu Cesário Verde (1855 - 1886), Portugal estava em profunda transformação. Ele pertenceu à época literária do romantismo (2ª metade do século XIX), do período realista. A população duplicara e chegavam milhares de pessoas do campo às cidades, que agora se alargavam. A indústria era ainda diminuta, por isso os aspetos campesinos impunham-se nos arredores da cidade. Algumas modernizações tinham já sido implantadas em Lisboa: candeeiros a gás e caminho-de-ferro. Nos bairros mais velhos não havia higiene, abundando os parasitas. A tuberculose e a cólera reinavam. A água, recentemente canalizada, chegava a muito poucas casas. A diferença entre ricos e pobres era acentuada. Os operários tinham salários ridículos, o que os obrigava quase a passar fome. Os trabalhadores não tinham segurança. As tuberculoses e as pneumonias eram muitas e a taxa de mortalidade era elevada. Na Europa aconteciam grandes descobertas científicas e era o tempo do Impressionismo na arte e do Romantismo e Realismo na literatura. Poetização do Real (Objetividade/subjetividade) e Quotidiano na Poesia No tempo de Cesário Verde, Lisboa era uma cidade de contrastes. Ele retratou- a realçando a arquitetura antiga e os bairros modernos da nova burguesia. É na captação objetiva do real que surge a outra face da realidade lisboeta: a dos trabalhadores que denunciam a sua origem campesina.
  • 3. Ao deambular (vaguear, errar), o sujeito poético denuncia o lado oposto ao da grandeza, focando lugares pobres e nauseabundos, dos humildes que sustentam a cidade: os “criados” de “Um Bairro Moderno”, ou os “caixeiros” de “O Sentimento Ocidental”. Transfigurando o que vê (subjetividade), capta ainda aquelas personagens duvidosas (“atrizita” de “Cristalizações”) que, tal como a cidade, tentam esconder a sua condição. Para Cesário ver é perceber o que se esconde, por isso, perceciona a cidade minuciosamente através dos sentidos. O poeta projeta no exterior o seu interior, nascendo, assim, a poesia do real, que lhe permite rever-se nas coisas, de modo a atingir o equilíbrio, pela fixação fugaz da realidade, à maneira dos impressionistas. A imagética feminina Deambulando pela cidade e pelo campo, o poeta depara com dois tipos de mulher, articulados com os locais em que se movimenta. Assim, tal como a cidade se associa à morte, à destruição, à falsidade, também a mulher citadina é apresentada como frígida, frívola, aristocrática, inacessível, luxuosa, calculista, madura, destrutiva, dominadora e sem sentimentos. O erotismo desta mulher é expresso em imagens antitéticas que permitem opô-la à mulher campesina, capaz de fazer despoletar um amor puro. O erotismo da mulher fatal é humilhante, conseguindo reduzir o amante à condição de presa fácil (“Vaidosa” e “Deslumbramentos”). Em contraste, surge uma mulher frágil, terna, ingénua, pura, despretensiosa, que desperta no poeta o desejo de protegê-la e estimá-la, ao contrário da admiração longínqua que tem pela mulher citadina. Os seus atos são ingénuos e é uma mulher capaz de ofertar o amor e a vida inerentes aos espaços rurais. Podemos ainda distinguir a dicotomia mulher fatal/mulher angelical, associadas, respetivamente, à noite e ao dia, à doença e à saúde, à cidade e ao campo, à morte e à vida. Binómio Cidade/Campo Em termos dicotómicos, Cesário Verde trata de dois espaços ao longo da sua obra: a cidade e o campo. O campo apresentado não tem um aspeto idílico bem como não aparece associado ao bucolismo e ao devaneio poético, mas é um espaço real, onde pode observar-se os camponeses na sua lide diária, onde as alegrias se manifestam face ao
  • 4. prazer da vida e onde as tristezas ocorrem quando os acontecimentos não seguem o curso normal. É o dia a dia concreto, autêntico e real, de eleição do poeta. Ele associa o campo à vida, à fertilidade, à vitalidade, ao rejuvenescimento porque nele não há a miséria constrangedora, o sofrimento, a poluição, os exploradores e os ricos pretensiosos que desprezam os humildes, típicos da cidade. O campo confere-lhe liberdade, a cidade empareda-o, incomoda-o tal como incomoda os trabalhadores que aí procuram encontrar melhores condições de vida. Por se depararem com enormes dificuldades e injustiças, os pobres são os ricos aos olhos de Cesário Verde. Há um tom irónico quando fala dos citadinos (“De Tarde”, “O Sentimento dum Ocidental” e “Nós”) e um tom eufórico quando, por exemplo, fala dos passeios campestres com a sua amada, sendo a terra-mãe a fonte inspiradora do poeta. A cidade é o lugar de atração, moda, luxo, cosmopolitismo, que repulsa pela doença, corrupção e aprisionamento da dor humana. Questão Social O poeta coloca-se ao lado dos desfavorecidos, dos injustiçados, dos marginalizados (povo) e admira a força física, a pujança dos trabalhadores. Interessa- se pelo conflito social do campo e da cidade, procurando documentá-lo e analisá-lo, embora sem interferir. Cesário Verde focaliza, ainda, a anatomia do homem oprimido pela cidade e a integração da realidade banal no mundo poético (“Contrariedades”, “Num bairro moderno” e “O Sentimento dum Ocidental”). Assim, a sua poesia tem uma intenção crítica, de análise social, comovendo-se com os trabalhadores, com quem é solidário, e experimentando um grande sentimento de decadência. Deambulação Cesário Verde é um poeta-pintor que capta as impressões da realidade que o cerca com uma grande objetividade. É realista, atento a pormenores mínimos que servem para transmitir as perceções sensoriais. Da cidade de Lisboa, por onde deambula, descreve as ruas soturnas e melancólicas, com sombras e bulício, e absorve--lhes a melancolia, a monotonia, o “desejo absurdo de sofrer”. Do campo, canta a vida rústica, de canseiras, a sua vitalidade e saúde. Temáticas • Imagética feminina; • Sentimento da humilhação ligado ao erotismo da “mulher fatal”;
  • 5. • Binómio cidade/campo; • Poetização do real; • Questão social associada ao realismo e naturalismo; • Movimento deambulatório do poeta pelas ruas da cidade; Linguagem e estilo -Exatidão vocabular; -Imagens visuais; -Mistura do físico com o moral; -Combinação de sensações; -Uso de prosaísmos (“Em imposturas tolas”); -Estrofe breve e regular, com teor descritivo – Quadra; -Versos decassilábicos ou alexandrinos (12 sílabas), longos; -Construções impessoais (“Uma alvura de saia branca moveu-se no escuro”); Recursos de Estilo -Sinestesia: Fusão de perceções provenientes de diferentes sentidos -Adjetivação: -Metáfora: -Assíndeto: Supressão dos elementos de ligação entre palavras ou frases sucessivas -Personificação -Antítese -Ironia -Hipálage: Consiste em transferir uma qualidade ou ação de um elemento da frase para outro, por exemplo, do sujeito para o objeto -Apóstrofe: Consiste interpelação a alguém, ou a alguma coisa personificada -Comparação -Hipérbole -Perífrase: Consiste em dizer por várias palavras o que poderia ser dito por algumas ou apenas uma -Anáfora: Repetição da mesma palavra -Enumeração Estrangeirismos: -Inglês (Anglicismo) -Francês (Galicismo)
  • 6. • Binómio cidade/campo; • Poetização do real; • Questão social associada ao realismo e naturalismo; • Movimento deambulatório do poeta pelas ruas da cidade; Linguagem e estilo -Exatidão vocabular; -Imagens visuais; -Mistura do físico com o moral; -Combinação de sensações; -Uso de prosaísmos (“Em imposturas tolas”); -Estrofe breve e regular, com teor descritivo – Quadra; -Versos decassilábicos ou alexandrinos (12 sílabas), longos; -Construções impessoais (“Uma alvura de saia branca moveu-se no escuro”); Recursos de Estilo -Sinestesia: Fusão de perceções provenientes de diferentes sentidos -Adjetivação: -Metáfora: -Assíndeto: Supressão dos elementos de ligação entre palavras ou frases sucessivas -Personificação -Antítese -Ironia -Hipálage: Consiste em transferir uma qualidade ou ação de um elemento da frase para outro, por exemplo, do sujeito para o objeto -Apóstrofe: Consiste interpelação a alguém, ou a alguma coisa personificada -Comparação -Hipérbole -Perífrase: Consiste em dizer por várias palavras o que poderia ser dito por algumas ou apenas uma -Anáfora: Repetição da mesma palavra -Enumeração Estrangeirismos: -Inglês (Anglicismo) -Francês (Galicismo)