O documento discute o matrimônio, divórcio e família segundo a doutrina espírita. Apresenta o casamento como um progresso social e um laboratório para o reajuste emocional e reparação moral entre as almas. Discute que o divórcio nem sempre deve ser facilitado, mas pode ser o mal menor em alguns casos, não eximindo os cônjuges de suas responsabilidades.
Evolução familiar e matrimônio segundo o Espiritismo
1. Evolução em Dois Mundos
Pelo espírito de André Luiz
Psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira
Federação Espírita do Estado de Goiás – FEEGO
Goiânia (GO)
2. Segunda Parte – Capítulos VIII, IX, X e XI
Matrimônio e divórcio
Separação entre cônjuges espirituais
Disciplina afetiva
Conduta afetiva
18/09/2017
Federação Espírita do Estado de Goiás – FEEGO
Goiânia (GO)
3. Família
O Espiritismo apresenta a família como instituto abençoado
em que as criaturas humanas se reencontram com um
programa de provas e expiações, com vistas ao futuro.
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Introdução, 2016)
4. A família não é somente foco de lutas e
problemas, mas também fonte geradora
de felicidade quando há entre todos os
seus componentes a iluminação de
princípios espirituais superiores.
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de
Ângelis, Introdução, 2016)
Família
5. “(…) o homem, por exigência da preservação da vida, viu-se
conduzido à necessidade da cooperação recíproca, a fim de
sobreviver em face das ásperas circunstâncias nos lugares onde foi
colocado para evoluir..
Formando os primitivos agrupamentos em semibarbárie, nasceram os
pródromos das eleições afetivas, da defesa dos dependentes e
submissos, surgindo os lampejos da aglutinação familial.
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Cap.1, 2016)
Família - Evolução
6. “Em realidade, somos espíritos ainda imperfeitos, convidados a
conviver uns com os outros para que cada um, a seu turno, se
aperfeiçoe e colabore com o outro no seu aperfeiçoamento.”
(Alírio Cerqueira Filho – Saúde das Relações Familiares – Cap. 1)
7. Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços entre
os Espíritos. (…)
Os verdadeiros laços de família não são, pois, os de
consanguinidade, mas os de simpatia e comunhão de
pensamentos que unem os Espíritos antes, durante e depois da sua
encarnação.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – cap. XIV, item 8)
8. O Espírito muitas vezes renasce no mesmo meio em que já viveu, e
relaciona-se com as mesmas pessoas, afim de reparar o mal que lhes
tenha feito. (…) Para nos aprimorarmos, Deus nos deu, na justa
medida, o que nos é necessário e suficiente: a voz da consciência e
as tendências instintivas; tira o que nos poderia prejudicar.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. V – item 11)
9. Com a reencarnação, ancestrais e descendentes podem ter se
conhecido, ter vivido juntos, ter se amado, e novamente se acharem
reunidos, mais tarde, para estreitarem seus laços de simpatia.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. IV – item 21)
10. A união e o afeto que existe entre parentes são o
índice da simpatia anterior que os aproximou.
Deus permite, nas famílias, essas encarnações de Espíritos antipáticos ou
estranhos, com o duplo objetivo de
prova para uns e meio de avanço para outros.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. IV – item 19)
(…) os pais humanos recebem, muitas vezes, no instituto doméstico, por filhos
e filhas, aqueles mesmos laços do passado, com os quais atendem ao
resgate de antigas contas, purificando emoções, renovando impulsos,
partilhando compromissos ou aprimorando relações afetivas de alma
para alma.
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 8/Segunda Parte)
11. “É nessa condição que em muitas circunstâncias surgem nas
entidades renascentes, sem que o véu da reencarnação lhes
esconda de todo a memória, as psiconeuroses e fixações
infantojuvenis, cuja importância na conduta sexual da personalidade é
exagerada em excesso pelos sexólogos e psicanalistas da
atualidade, carentes de mais amplo contato com as realidades do
Espírito e da reencarnação, que lhes permitiram ministrar aos seus
pacientes mais efetivo socorro de ordem moral.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 8/Segunda Parte)
13. “O ser amadurecido psicologicamente procura a emoção do
matrimônio, sobretudo para preservar-se, para plenificar-se, para
sentir-se membro integrante do grupo social, com o qual contribui em
favor do progresso.”
(Amor, Imbatível Amor – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Cap. 1, 2014)
14. 695. O casamento, ou seja, a união permanente de dois seres,
é contrário à lei natural?
“É um progresso na marcha da Humanidade.”
696. Qual o efeito da abolição do casamento sobre a sociedade
humana?
“O retorno à vida animal.”
(O Livro dos Espíritos – Cap. IV)
15. “O casamento é um dos primeiros atos de progresso nas sociedades
humanas, porque estabelece a solidariedade fraternal e encontra-se
em todos os povos, embora em condições diversas.
A abolição do casamento seria, portanto, o retorno à infância da
Humanidade e colocaria o homem abaixo mesmo de certos animais
que lhe dão o exemplo das uniões constantes.”
(O Livro dos Espíritos – Cap. IV – Questão 696)
16. A princípio, exposto aos lances adversos das aventuras poligâmicas,
o homem avança, de ensinamento a ensinamento, para a sua própria
instalação na monogamia, reconhecendo a necessidade de segurança
e equilíbrio, em matéria de amor;
no entanto, ainda aí, é impelido naturalmente a carregar o fardo dos
estímulos sexuais, muita vez destrambelhados,(…), reclamando
educação e sublimação.
(Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel- Cap. 24)
17. Através da poligamia, o espírito assinala a si próprio
longa marcha em existências e mais existências sucessivas de
reparação e aprendizagem, em cujo transcurso adquire a
necessária disciplina do seu mundo emotivo.
Fatigado de experimentos dolorosos, nos quais recolhe o fruto
amargo da delinquência ou do desespero que haja estabelecido
nos outros, reconhece na monogamia o caminho certo de suas
manifestações afetivas.
(Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel - Cap. 5)
18. 701. Qual das duas, a poligamia ou a monogamia, está mais conforme
à lei natural?
“A poligamia é uma lei humana, cuja abolição marca um progresso
social. O casamento, segundo a visão de Deus, deve estar estruturado
sobre a afeição de seres que se unem.
Com a poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade.”
“A poligamia deve ser considerada como um uso ou uma legislação
particular, apropriada a certos costumes, e que o aperfeiçoamento
social fará desaparecer gradativamente.”
(O Livro dos Espíritos – Cap. IV)
19. A monogamia é conquista de
alto valor moral da criatura
humana, que se dignifica pelo
amor e respeito ao ser elegido,
com ele compartindo
alegrias e dificuldades, bem-
estar e sofrimentos, dando
margem às expressões da
afeição profunda, que se
manifesta sem a dependência
dos condimentos sexuais, nem
dos impulsos mais primários
da posse, do desejo insano.
(SOS Família - Divaldo Franco/Joanna de
Ângelis - Cap. 3, 2016)
20. Poderíamos receber algumas noções acerca do matrimônio, bem
como do divórcio no plano físico, examinados espiritualmente?
"(…) na Terra, o matrimônio pode assumir aspectos variados (…)
acidentalmente, o homem e a mulher encarnados podem experimentar
o casamento terrestre diversas vezes, sem encontrar a companhia
das almas afins com as quais realizariam a união ideal.
Isso porque, comumente, é preciso resgatar essa ou aquela dívida que
contraímos com a energia sexual aplicada de maneira infeliz ante os
princípios de causa e efeito."
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 8/Segunda Parte)
21. “Muitas vezes trazemos como cônjuges desafetos do passado para
podermos exercitar o amor.
Outras vezes já desenvolvemos alguma afetividade, mas ainda
existem arestas a serem polidas.
Em um planeta de expiações e provas, como o nosso, é muito raro o
casamento de espíritos afins, que nutrem profunda afeição
um pelo outro.”
(Saúde das Relações Familiares – Alírio de Cerqueira Filho – Capítulo I)
22. No matrimônio expiatório (…) o
cônjuge liberado da veste física,
(…) frequentemente se coloca a
serviço da companheira ou do
companheiro na retaguarda, no que
exercita
a compreensão e o amor puro.
Quanto à reunião no plano
espiritual, é razoável se mantenha
aquela em que prevaleça a conjunção
dos semelhantes, no grau mais
elevado da escala de afinidades
eletivas.
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 8/Segunda Parte)
23. O matrimônio é laboratório de reajustamentos emocionais
e oficina de reparação moral.
(…) reencontros de Espíritos afins produzem vida conjugal equilibrada (…).
Outras vezes,(…), se penhoram numa união conjugal que lhes enseje
reparação junto aos desafetos e às vítimas indefesas do passado.
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis – Cap. 6, 2016)
24. Atraídos por necessidades
redentoras, mas despreparados
para elas, os membros do
programa afetivo, não poucas
vezes, descobrem de imediato a
impossibilidade de continuarem
juntos.
Indispensável, no matrimônio, não
se confundir paixão com amor,
interesse sexual com afeição
legítima.
Causa preponderante nos
desajustes conjugais é o
egoísmo (…).
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de
Ângelis – Cap. 6, 2016)
25. “Quanto ao divórcio, segundo os nossos conhecimentos no plano espiritual,
somos de parecer não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens,
porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem
vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 8/Segunda Parte)
26. “Mal saídos do regime poligâmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe
ainda as sugestões animalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras
dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar
dos postos de serviço em que a vida os situa, alegando imaginárias
incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre simplesmente
atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 8/Segunda Parte)
27. “E com isso exercem viciosa tirania sobre o sistema psíquico do
companheiro ou da companheira mutilados ou doentes, necessitados
ou ignorantes, após explorar-lhes o mundo emotivo, quando não se
internam pelas aventuras do homicídio ou do suicídio espetaculares,
com a fuga voluntária de obrigações preciosas.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 8/Segunda Parte)
28. O matrimônio é uma
experiência emocional que
propicia a comunhão afetiva,
da qual resulta a prole sob a
responsabilidade dos
cônjuges, que se nutrem de
estímulos vitais,
intercambiando hormônios
preservadores do bem-estar
físico e psicológico.
Não é, nem poderia ser, uma
incursão ao país da
felicidade, feita de sonhos e
de ilusões.
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de
Ângelis – Cap. 3, 2016)
29. É natural que ocorram desacertos.
Ao invés, porém, de separação, reajustamento.
A questão não é de uma “nova busca”, mas de redescobrimento do
que já possui.
Em toda união conjugal, as responsabilidades são recíprocas(…).
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis – Cap. 4, 2016)
30. Se te encontrares ao
lado de um cônjuge
difícil, ama-o, assim
mesmo, sem
deserção, fazendo
dele a alma amiga
com quem está
incurso pelo pretérito,
para a construção de
um porvir ditoso que
a ambos dará a paz
(...).
(SOS Família –
Divaldo Franco/Joanna de
Ângelis – Cap. 6, 2016)
31. Antes que as dificuldades abram distâncias e os espinhos da
incompreensão produzam feridas, justo que se assumam atitudes
de lealdade, fazendo um exame das ocorrências e tomando-se
providências para sanar os males em pauta.
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis – Cap. 4, 2016)
32. “Entretanto, é imprescindível que o sentimento de humanidade
interfira nos casos especiais, em que o divórcio é o mal menor que
possa surgir entre os grandes males pendentes sobre a fronte do
casal, sabendo-se, porém, que os devedores de hoje voltarão
amanhã ao acerto das próprias contas.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 8/Segunda Parte)
33. (…) O matrimônio, em linhas gerais, é uma experiência de reequilíbrio
das almas no orçamento familiar. (…) a sua interrupção somente
adia a data da justa quitação.
No casamento, não raro, o adiamento promove o ressurgir do
pagamento em circunstâncias mais dolorosas no futuro em que,
pesadas renúncias e a fortes lágrimas, somente, se consegue a
solução.
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis – Cap.4 , 2016)
34. Se te encontras na difícil conjuntura de uma decisão que
implique problema para os teus filhos, para e medita.
Necessitam de ti, mas também, do outro membro-base da
família.
Não te precipites (…).
De tua parte, permanece no posto.
Não sejas tu quem tome a decisão.
Se alguém não mais deseja, espontaneamente, seguir contigo,
não te transformes em algema ou prisão.
Cada ser ruma pela rota que melhor lhe apraz e vive
conforme lhe convém.
(SOS Família – Divaldo Franco/ Joanna de Ângelis – Cap.6 , 2016)
35. O divórcio é lei humana que tem como objetivo separar legalmente o
que na verdade já estava separado.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XXII, item 5)
36. 697. A indissolubilidade absoluta do casamento está na lei natural ou
somente na lei humana?
“É uma lei humana, contrária à lei natural. Mas os homens podem
modificar as suas leis; somente as naturais são imutáveis.”
(O Livro dos Espíritos – Cap. IV)
O divórcio como o desquite são, em consequência, soluções legais
para o que moralmente já se encontra separado.
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis – Cap. 6, 2016)
37. “O divórcio, pois, baseado em razões justas, é providência humana
e claramente compreensível nos processos de evolução pacífica.”
(Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel - Cap. 8)
39. Os Espíritos formam no espaço grupos ou famílias unidos pelo afeto, simpatia e
semelhança. Esses Espíritos, felizes de estarem juntos, procuram-se.
A encarnação só os separa momentaneamente, porque após sua reentrada na
erraticidade, reencontram-se, como amigos no retorno de uma viagem.
Muitas vezes até se acompanham na encarnação, na qual são reunidos em
uma mesma família, ou em um círculo, trabalhando juntos para o mútuo
progresso.
(O Evangelho Segundo Espiritismo – Cap. IV – item 18)
40. Se uns estão encarnados e outros não,
não são menos unidos pelo
pensamento. Os que são livres, velam
sobre os cativos.
Os mais evoluídos procuram fazer
progredir os retardatários.
Entenda-se que se trata aqui do afeto
real de alma para alma,
o único sobrevivente à destruição do
corpo.
Porque os seres que só se unem movidos
pelos sentidos, não tem nenhum motivo
para se procurarem no mundo dos
Espíritos.
Apenas os afetos espirituais são
duráveis.
Os afetos carnais extinguem-se com a
causa que os fez nascer.
(…) A morte as separa sobre a Terra e no
além.
(O Evangelho Segundo Espiritismo – Cap. IV – item 18)
41. “Pode acontecer (…) que as autoridades superiores escolham um dos
cônjuges para serviço particular entre os homens, atendendo a
qualidades especiais que possua e com que deva satisfazer a
questões e eventualidades terrestres.”
“Além disso, (…) após venturoso estágio na esfera superior, necessita
regressar aos círculos carnais para experiências difíceis no resgate
de compromissos determinados.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 9/Segunda Parte)
Ocorre separação entre cônjuges espirituais?
42. “Em ambas modalidades de separação compreensível e justa,
o companheiro ou a companheira em condição de superioridade, pelo
menos circunstancialmente, roga, com êxito, a possibilidade de
custodiar o objeto de sua veneração e de seu carinho,
quase sempre na posição de reencarnados
em regime de completa renúncia.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 9/Segunda Parte)
43. Com a reencarnação – e o progresso que é a sua consequência –
todos os que se amaram reencontram-se na Terra e no espaço, e
gravitam juntos para chegarem a Deus.
Se há os que falham no caminho, retardam seu avanço e sua
felicidade, mas a esperança não está toda perdida.
Ajudados, encorajados e sustentados pelos que os amam, sairão
um dia do lamaçal em que estão emperrados.
Com a reencarnação, enfim, há solidariedade perpétua entre
encarnados e desencarnados.
Daí o estreitamento dos laços de afeto.
( O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. IV – item 23)
45. O instinto sexual, exprimindo amor em
expansão incessante, nasce nas
profundezas da vida, orientando os
processos da evolução.
Toda criatura consciente traz consigo,
devidamente estratificada, a herança
incomensurável das experiências
sexuais, vividas nos reinos inferiores da
Natureza.
De existência a existência, de lição em lição
e de passo em passo, por séculos e
séculos, na esfera animal, a individualidade,
erguida à razão, surpreende em si mesma
todo um mundo de impulsos genésicos por
educar e ajustar às leis superiores que
governam a vida.
(Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel -
Cap. 24)
46. Em que bases se verifica a disciplina afetiva nas sociedades
espirituais das esferas superiores?
“Enganam-se
lamentavelmente quantos
possam admitir a
incontinência sexual como
regra de conduta nos planos
superiores da Espiritualidade.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap.
10/Segunda Parte)
47. 200. Os espíritos têm sexo?
“Não como é entendido na Terra, pois os sexos dependem da
constituição orgânica. Há entre os Espíritos amor e simpatia, mas
fundamentados na afinidade de sentimentos.
(O Livro dos Espíritos – Cap. IV)
48. À medida que a individualidade evolui, no entanto, passa a compreender que a
energia sexual envolve o impositivo de discernimento e responsabilidade
em sua aplicação, e que, por isso mesmo, deve estar controlada por valores
morais que lhe garantam o emprego digno (…).
(Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel - Cap. 5)
49. “Médiuns que tenham observado as regiões de licenciosidade, ou
desencarnados que a respeito delas venham a traçar essa ou aquela notícia,
reportam-se apenas a lugares naturalmente inferiores, extremamente afins
com a poligamia que embrutece, por mais brilhantes se lhes externem as
conceituações filosóficas.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 10/Segunda Parte)
50. Na crosta – disse-me Alexandre (…), em sentido geral ainda existe muita
ignorância acerca da missão divina do sexo.
Compreendi, com novo espírito, o caráter sublime das energias sexuais.
Relegue ao esquecimento qualquer expressão das reminiscências menos
construtivas. Os que ultrajam o sexo, escrevendo, agindo ou falando, já
são grandes infelizes por si mesmos.
(Missionários da Luz – André Luiz - Cap. 12)
51. Daí procede a clara certeza de que não escaparemos das equações
infelizes dos compromissos de ordem sentimental, injustamente
menosprezados, que resgataremos em tempo hábil, parcela a parcela,
pela contabilidade dos princípios de
causa e efeito.
(Vida e Sexo –Francisco Cândido Xavier/Emmanuel - Cap. 6)
52. O amor é de origem divina.
Quanto mais se doa, mais se multiplica sem jamais exaurir-se.
Confundem-no com sensualidade e pensam convertê-lo apenas em instinto
primitivo, padronizado pelos impulsos da sexualidade atribulada.
Liberdade para amar, sem dúvida; disciplina para o sexo, também.
Amor é emoção; sexo, sensação.
(…) mesmo nas uniões mais ajustadas, irrompem desentendimentos,
incompreensões, discórdias que o amor suplanta.
As dívidas projetadas para o futuro sempre surgem em horas inesperadas com
juros capitalizados. O que pudermos reparar agora não transfiras para
amanhã.
(SOS Família – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis – Cap.5, 2016)
53. Toda vez que determinada pessoa convide outra à comunhão sexual
ou aceita de alguém um apelo neste sentido, em bases de afinidade e
confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças, pelo
qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais, em
regime de reciprocidade.
(Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel - Cap.6 )
54. “Nos planos enobrecidos, realiza-se o casamento das almas,
conjugadas no amor puro, verdadeira união esponsalícia de caráter
santificante, gerando obras admiráveis de progresso e beleza, na
edificação coletiva.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 10/Segunda Parte)
55. (…) na renúncia construtiva a que se entregam, na expectativa, às
vezes longa, do amor que os integrará na complementação
desejada, encontram, no serviço aos semelhantes, preciosas
oportunidades de burilamento e progresso.
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 10/Segunda Parte)
56. O dever íntimo do homem é entregue a seu livre-arbítrio.
O aguilhão da consciência, esse guardião da probidade interior,
adverte-o e o sustenta, mas muitas vezes ela permanece impotente
ante os sofismas da paixão.
(O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XVII, item 7)
57. 698. O celibato voluntário é um estado de perfeição meritório
aos olhos de Deus?
“Não, e os que vivem assim por egoísmo, desagradam a Deus e
enganam a todos.”
699. O celibato não é um sacrifício por parte de algumas
pessoas que objetivam se devotar mais inteiramente a serviço
da Humanidade?
“Isto é bem diferente. Eu disse: por egoísmo. Todo sacrifício
pessoal é meritório quando é para o bem. Quanto maior o
sacrifício, maior o mérito.”
(O Livro dos Espíritos – Cap. IV)
58. “Mas se o celibato, por si
mesmo, não é um estado
meritório, já não é o mesmo
quando constitui, pela
renúncia às alegrias da vida
familiar, um sacrifiício
realizado a favor da
Humanidade.
Todo sacrifício pessoal,
visando o bem, e sem
segundas intenções
egoístas, eleva o homem
acima da sua condição
material.”
(O Livro dos Espíritos – Cap. IV)
60. “Quanto mais elevado o grau
de aprimoramento da alma,
mais reclamará
espontaneamente de si própria
a necessária disciplina das
energias do mundo afetivo,
somente despendendo-as (…),
em serviço nobre, por meio
do qual opere a evasão das
cargas magnéticas de seus
impulsos genésicos,
transferindo-as para o trabalho
em que se lhe projetam a
sensibilidade e a inteligência.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap.
11/Segunda Parte)
Qual é a conduta afetiva entre as almas enobrecidas?
61. “Isso acontece no plano físico, entre aqueles cujo sistema psíquico já
se distanciou suficientemente das emoções vulgares, ajustando-se
em complementação fluídica ideal às almas irmãs que se
matrimoniam.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 11/Segunda Parte)
62. “Interrompida a aliança física na esfera carnal, por interferência da
morte, (…) se associam, quase sempre à companheira ou ao
companheiro levados à viuvez, em construtivas simbioses de ação (…),
porquanto os Espíritos que verdadeiramente se amam
desconhecem o que seja abandono ou esquecimento.”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 11/Segunda Parte)
63. Atentos ao mesmo princípio de aprimoramento, aqueles que se ajustam
em matrimônio superior, no plano espiritual, permutam as próprias
forças em constante circuito energético, (…) na criação mental de
valores necessários ao progresso comum (…).”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 11/Segunda Parte)
64. “E, faltando-lhes a companhia, (…) mobilizam as
próprias cargas magnéticas criadoras
em serviço à coletividade (…).”
(Evolução em Dois Mundos – Cap. 11/Segunda Parte)
65. (…) a vida sexual de cada criatura é terreno sagrado para ela própria, e que,
por isso mesmo, abstenção, ligação afetiva, constituição de família, vida
celibatária, divórcio e outras ocorrências, no campo do amor, são problemas
pertinentes à responsabilidade de cada um, erigindo-se, por essa razão, em
assuntos, não de corpo para corpo, mas de coração para coração.
(Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel - Cap. 23).
66. Abençoai e amai sempre.
Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com
quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos
acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após
verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no
âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo:
“Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.
(Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel - Cap. 26)
67.
68. Referências
FILHO, A. C. Saúde das Relações Familiares. EBM editora. São Paulo, 2013.
FRANCO, D. Amor, Imbatível Amor. Pelo Espírito de Joanna de Ângelis. LEAL.
Salvador, 2014.
FRANCO, D. SOS Família – Joanna de Ângelis – Espíritos Diversos. LEAL. Salvador,
2016.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. EME. São Paulo, 2011.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Mundo Maior Editora e Distribuidora. São Paulo,
2011.
XAVIER, F.C. Evolução em Dois Mundos – A Vida no Mundo Espiritual. Pelo
Espírito André Luiz. FEB. Brasília, 2014.
XAVIER, F.C. Missionários da Luz – A Vida no Mundo Espiritual. Pelo Espírito André
Luiz. FEB. Brasília, 2013.
XAVIER, F.C. Vida e Sexo. Ditada pelo Espírito Emmanuel. FEB, 2009.