Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Evolução da Palavra
1. Evolução em Dois Mundos
Pelo espírito de André Luiz
Psicografia de Chico Xavier e Waldo Vieira
Federação Espírita do Estado de Goiás – FEEGO
Goiânia (GO)
2. Primeira Parte - Capítulo X
Palavra e Responsabilidade
12/06/2017
Federação Espírita do Estado de Goiás – FEEGO
Goiânia (GO)
3. 1. Como surgiu a comunicação do homem pela
palavra;
2. Consequências da palavra: desenvolvimento moral
e da responsabilidade;
3. A intervenção dos Espíritos Superiores no
processo evolutivo.
4. “Tendo a matéria que ser objeto do trabalho do
Espírito para desenvolvimento de suas faculdades, era
necessário que ele pudesse atuar sobre ela, pelo que
veio habitá-la, como o lenhador habita a floresta.
Tendo a matéria que ser, no mesmo tempo, objeto e
instrumento do trabalho, Deus, em vez de unir o
Espírito à pedra rígida, criou para seu uso, corpos
organizados, flexíveis, capazes de receber todas as
impulsões da sua vontade e de se prestarem a todos os
seus movimentos.”
(A Gênese, cap.XI, item 10)
5. Denis, Léon. O Problema do Ser do Destino e da Dor – Primeira Parte – Capítulo IX –
Evolução e Finalidade da Alma
“Na planta a
inteligência dormita;
no animal, ela sonha;
só no homem acorda,
conhece-se, possui-se e
torna-se
consciente.”
6.
7.
8. LINGUAGEM ANIMAL
“Aperfeiçoando as engrenagens do cérebro, o princípio
inteligente sentiu a necessidade de comunicação
com os semelhantes e, para isso, a linguagem surgiu
entre os animais, sob o patrocínio dos Gênios
Veneráveis que nos presidem a existência.”
Cada animal recebe um instrumento de comunicação
específico.
9. • Comunicação é uma palavra derivada do termo latino
"communicare", que significa "partilhar, participar algo, tornar
comum". Através da comunicação, os seres humanos e os animais
partilham diferentes informações entre si, tornando o ato de
comunicar uma atividade essencial para a vida em sociedade.
Comunicação é a forma como as pessoas se relacionam entre si,
dividindo e trocando experiências, ideias, sentimentos, informações,
modificando mutuamente a sociedade onde estão inseridas. Sem a
comunicação, cada um de nós seria um mundo isolado.
10.
11. Têm os animais alguma linguagem?
Se vos referis a uma linguagem formada de sílabas
e palavras, não. Meio , porém, de se comunicarem
entre si, têm. Dizem uns aos outros muito mais coisas
do que imaginais, mas essa mesma linguagem de que
dispõem é restrita às necessidades, como restritas
também são as ideias que podem ter.
(O Livro dos Espíritos , questão 594)
12. De início, o fonema e a mímica foram os processos
indispensáveis ao intercâmbio de impressões ou para o
serviço de defesa.
13. Contudo, à medida que se lhe acentuava a evolução, a
consciência fragmentária investia-se na posse de mais
amplos recursos.
14. E o Homem...
...além dos fonemas e da
mímica, se comunicava
através das pinturas
rupestres, um tipo de arte
para trocar ideias,
demonstrar sentimentos e
preocupações cotidianas.
15. INTERVENÇÕES ESPIRITUAIS
Atingindo os alicerces da
Humanidade, o corpo
espiritual do homem
infraprimitivo demora-se
longo tempo em regiões
espaciais, recebendo dos
Instrutores do Espírito,
intervenções nos petrechos
da fonação. Inicia-se,
assim, novo ciclo de
Progresso.
16. A Laringe, órgão principal da linguagem, sob as mãos
sábias dos Condutores Espirituais, sofreu, através dos
séculos, grandes transformações, principalmente na simetria
dos músculos, visando a produção fisiológica da fala.
Em sua contextura interna
aglutina-se uma mucosa
ciliada que se destina ao
trabalho de lançamento do
som e que verte pelos
estreitamentos ,
transformando-se em
pavimentosa-estratificada
na borda livre das cordas
vocais verdadeiras.
17. • Os músculos da laringe evoluíram para prestar as
funções de proteção das vias aéreas, respiração e
fonação.
• Na função de proteção a estimulação da mucosa das vias
superiores dispara o reflexo da tosse ou espirro os quais
envolvem aduções e abduções sucessivas e rápidas da
glote.
• O fluxo de ar em velocidade limpa a via aérea. Em
algumas espécies, a humana inclusive, a glote se fecha
para a deglutição para proteger a traqueia.
• Na função de respiração, o músculo cricoaritenoideo
posterior contrai e abre a glote.
• A função fonatória é mais recente e exige controle
muscular ainda maior.
18. Todos os músculos são pares, exceto o aritenóideo, os quais
asseguram as funções da glote vocal e formam a abóboda onde, a
pressão do ar, pode separar as cordas vocais produzindo o som.
20. Além das ações das cordas
vocais, a laringe revela no
pescoço movimentos de
ascensão e descensão,
elevando-se na expiração
e na deglutição e
baixando na inspiração,
na sucção e no bocejar,
salientando-se no corpo
como um perfeito
instrumento de efeitos
musicais.
21. MECANISMOS DA PALAVRA
Ainda com extremo
carinho, de vagarosa
confecção, os Técnicos da
Espiritualidade Superior
continuam as
modificações no
caminho da fisiologia
da fala.
22.
23.
24.
25. LINGUAGEM CONVENCIONAL
Aprende então o homem, com o amparo dos
Sábios Tutores que o inspiram, a constituição
mecânica das palavras, provindo da mente a força
com que impulsiona os implementos da voz, gerando
vibrações nos músculos torácicos, incluindo
pulmões e traqueia como num fole, e fazendo ressoar o
som na laringe e na boca, que exprimem também
cavidades supraglóticas, para a criação da linguagem
convencional com que reforça a linguagem mímica
e primitiva, por ele adquirida na longa viagem
através do reino animal.
26. Ao modo natural de se
exprimir por gestos e
atitudes silenciosos,
através dos quais
demonstra suas forças
acumuladas de
afetividade e satisfação,
desagrado ou rancor ,
em descargas fluídico-
magnéticas de
natureza construtiva e
destrutiva,
27. ... superpõe a criatura humana
os valores do verbo articulado,
com que acrisola as
manifestações mais íntimas,
habilitando-se a recolher , por
intermédio de sinalética especial
na escala dos sons, a
experiência dos irmãos que
caminham na vanguarda e
aprendendo a educar-se para
merecer este tipo de assistência
que lhe outorgará o estado de
alegria maior, ante as
perspectivas da cultura que a vida
lhe responde às indagações.
28. Guyton e Hall , Fundamentos de
Fisiologia - 12ª Edição. Ed. Elsevier, 2011.
Os Processos Mentais
da fala envolvem dois
estágios principais:
1. Formação dos
pensamentos que serão
expressos, bem como a
escolha das palavras a
serem usadas .
2. O controle motor da
vocalização e o
próprio ato de vocalizar
29. Guyton e Hall , Fundamentos de Fisiologia - 12ª
Edição. Ed. Elsevier, 2011.
1º. Função sensorial (aspecto
aferente da linguagem),
envolvendo os ouvidos e os
olhos.
2º. Função motora (aspecto
eferente da linguagem),
envolvendo a vocalização e
seu controle.
Funções do cérebro
na comunicação
30. Há que se ordenar as palavras e selecioná-las , criando-se campo
favorável aos nossos propósitos de serviço. A conversação cria o
ambiente e coopera em definitivo para o êxito ou para a negação.
No entanto...
Aliás, o profeta enunciou, há muitos séculos, que “a palavra dita
a seu tempo é maçã de ouro em cesto de prata”. Se estamos, portanto,
verdadeiramente interessados na elevação, constitui-nos inalienável
dever o conhecimento exato do valor “tempo”, estimando-lhe a
preciosidade e definindo cada coisa e situação em lugar próprio, para
que o verbo, potência divina, seja em nossas ações o colaborador do
Pai.
André Luiz, Obreiros da Vida Eterna, cap. II, p.26-27)
31. PENSAMENTO CONTÍNUO
Com o exercício incessante e fácil da palavra, a
energia mental do homem primitivo encontra
insopitável desenvolvimento, por adquirir
gradativamente a mobilidade e elasticidade
imprescindíveis à expansão do pensamento que,
então paulatinamente, se dilata estabelecendo no
mundo tribal um oceano de energia sutil, em que as
consciências encarnadas e desencarnadas se
refletem , sem dificuldade, umas às outras.
32. Inteligências Divinas dosam os recursos da influência e da
sugestão e convidam o Espírito terrestre ao justo despertamento da
responsabilidade para conduzir a própria jornada.
ideias-relâmpago
ou ideias-fragmentos da
crisálida de consciência
do reino animal
Através da compreensão progressiva entre as criaturas, por
intermédio da palavra que assegura o intercâmbio, fundamenta-se
no cérebro o Pensamento Contínuo.
33. Fixando o pensamento em si
mesmo, fatigando-se para concatená-
lo, confiou-se o homem a novo tipo de
repouso – a meditação compulsória
ante os problemas da vida -
passando a exteriorizar,
inconscientemente, as próprias ideias
e, com isso, a desprender-se do carro
denso de carne, desligando as
células de seu corpo espiritual das
células físicas, durante o sono
comum, para receber, em atitude
passiva ou de curta movimentação,
junto do próprio corpo adormecido, a
visita dos Benfeitores Espirituais
que o instruem sobre as questões
morais.
34. Como nos diz a questão 402, do Livro dos Espíritos,
durante o sono o Espírito adquire maior potencialidade e
pode pôr-se em comunicação com os demais Espíritos,
quer deste mundo, quer do outro.
35. O continuísmo da
ideia consciente
acende a luz da
memória sobre o
pedestal do
automatismo,
permitindo-lhe o
armazenamento
automático de
pensamentos ,
lembranças e de tudo
o quanto aprendeu.
36. LUTA EVOLUTIVA
Entre:
• A alma que pergunta ,
• A existência que se expande,
• A ansiedade que se agrava,
• O Espírito que responde ao Espírito, no campo da intuição pura,
37. Conquistando o pensamento contínuo, o Homem passa a
meditar sobre a própria existência, sobre a causa das coisas e a
fazer outras indagações de natureza filosófica.
Ao adquirir maior independência ante a condução de seu
destino pelas Inteligências Divinas, passa a se sentir sozinho, em meio
à grandiosidade do mundo. Refugia-se no amor-egoísmo, na
intimidade da prole que lhe entretém o campo íntimo, ajudando-o a
pensar.
Sente-se sozinho, esmagado pela grandeza do
Universo !
O Sol propicia-lhe a concepção de um
Criador , oculto no seio invisível da Natureza, e a
noite povoa-lhe a alma de visões nebulosas e
pesadelos imaginários, dando-lhe a ideia do
combate incessante em que a treva e a luz se
digladiam, é a luta evolutiva entre o bem e o
mal.
38. O amor ainda animalesco aos filhos e o
desafio da sobrevivência o levam a buscar a
solidariedade de seus semelhantes, com o que
mentaliza a constituição da família.
Tem a percepção de que não mais pode
obedecer cegamente aos impulsos da Natureza,
como os animais que com ele convivem e que lhe
cabe superar os mecanismos , cooperando para
a ordem do mundo que lhe serve de moradia.
A ideia moral da vida começa a ocupar-lhe o Pensamento!
Os porquês a lhe nascerem
fragmentários, no íntimo,
provocam aflição e temor.
39. André Luiz, na obra Libertação, capítulo II nos
afirma:
Qualidades morais e virtudes excelsas não
são meras fórmulas verbalistas. São forças vivas.
Sem a posse delas é impraticável a ascensão do
espírito humano.
40. Nascimento da Responsabilidade
Com a ideia de Deus veio a Religiosidade;
As indagações, prenunciando a Filosofia;
As experimentações, anunciando a Ciência;
A sede de conforto e beleza , inspirando o nascimento
das indústrias e das artes.
O instinto de solidariedade prefigurando o Amor puro.
41. “O instinto e a
inteligência pouco a pouco
se transformam em
conhecimento e
responsabilidade e
semelhante renovação
outorga ao ser mais
avançados equipamentos de
manifestação...”
Como diz André Luiz na
obra Entre a Terra e o Céu,
capítulo XXI, p.132:
42. Neste contexto de forças que o obrigam a evoluir, o Homem, ao
enterrar os seus entes queridos, reconhece a morte que lhe
provoca dor e angustiosas indagações.
Rude e na vastidão do
Paleolítico, o Homem
aprende a chorar,
amando e perguntando
para ajustar-se às Leis
Divinas a se lhe
esculpirem na face
imortal e invisível da
própria Consciência.
43. Nasce, assim, o Princípio da Responsabilidade!
Reconhecendo-se ínfimo e frágil diante da vida, o Homem
compreendeu que, perante Deus, seu Criador e seu Pai, estava
entregue a si mesmo.
44.
45. SOMOS SERES EM EVOLUÇÃO, PORTANTO, A
METAMORFOSE CONTINUA...
46. 1. Kardec, Allan. A Gênese. 53 ed.- Brasília:FEB, 2013.
2. Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. 93ª.ed. – Brasília:FEB,2013.
3. Guyton e Hall. Fundamentos de Fisiologia. 12ª. ed., Editora
Elsenier, 2011.
4. Luiz, André. Evolução em Dois Mundos. 15ª.ed., Editora FEB.
5. Luiz, André. Obreiros da Vida Eterna. 21ª. Ed.- Brasília:FEB.
6. Luiz, André. Libertação. 18ª.ed., Editora FEB.
7. Luiz, André. Entre a Terra e o Céu. 15ª.ed., Editora FEB.
8. Netter, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ª. ed. , Porto
Alegre: Artmed, 2000.
9. Denis, Léon. O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Primeira
Parte – Cap. IX, Editora FEB.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Notas do Editor
Silvo dos répteis
Coaxar dos batráquios
Manifestações sonoras das aves
Mimetismo de alguns insetos e vertebrados
Galinha emite interjeições diferentes para indicar postura, chamar os pintinhos, acomodar a prole.
Lobo uiva pelos companheiros na noite escura.
Cavalo relincha expressando alegria, medo, contrariedade.
E o cachorro, só falta falar,, comunicando-se com está alegre, triste ou com dor.
Filogênese e Ontogênese
Havia necessidade de maior comunicação, além dos fonemas e da mímica
Antes da laringe, grandes mudanças:posição da língua,mudança da mandíbula,aparecimento do osso hióide,
Necessidades de deixar a mão livre da para os instrumentos, portanto liberar-se da mímica.
Laringe situada acima da traqueia e adiante da faringe ,
Confeccionam a cricóide, um anel modificado da traqueia;
Sobre ela se apoiam as duas aritenoideas que permitem a conjunção ou afastamento entre si. Cada uma delas possui, na base, uma saliência : a interna, vocal, em está inserida a parte posterior da corda vocal verdadeira e a outra que é externa e muscular.
Tecem a cartilagem tireoide, a destacar-se sob a pele no Pomo–de-Adão, onde se fixam as cordas vocais verdadeiras. Esta cartilagem, embaixo, se une com o anel cricóide e, em cima, com o osso hióide.
Osso hióide
Sinalética :Conjunto dos signos ou sinais que compõem um sistema de sinalização ou de comunicação visual
Qual a importância da palavra.
Aproveitando esta permuta constante as inteligências divinas...
(Após discutir o texto) Experiência quando meditamos, nos desligamos do corpo físico, vamos para outros locais, sentimos outros ambientes.
Ações automáticas passam a serem substituídas pelas conscientes, refletidas.
O perigo, hoje ainda, de ficarmos no “ piloto automático”.
O homem que lascava a pedra e que se escondia na furna, que escravizava os elementos com violência da fera e matava indiscriminadamente para viver, levado pelos Instrutores Espirituais passa a questionar a causa das coisas...
A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação dos seres que podem conhecê-lo (Questão 610, Livro dos Espíritos)
Eram pensamentos nebulosos que lhe torturavam a cabeça e inflamavam-lhe o sentimento.