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ERITEMA NODOSO
ERITEMA NODOSO
• Padrão cutâneo reaccional por inflamação do
tecido celular subcutâneo
• Doença febril aguda, de tipo exantemática, em
que a erupção é constituída por nódulos
eritematocianóticos, com localização
preferencial nas superfícies anterolaterais das
pernas.
ERITEMA NODOSO
Epidemiologia
• Pode ocorrer em qualquer idade,
–mais frequente no adulto jovem (2ª - 4ª
décadas)
• Afecta + o sexo feminino (3 a 6/1)
• Incidência tem variado com o decorrer
do tempo e espaço geográfico
ERITEMA NODOSO
Etiopatogenia
• Imuno-alérgica de tipo IV por acção de Ag
variados
• Consequência de causas diversas:
– Sarcoidose
– Infecções bacterianas
• Estreptocócica
• Primo-infecção tuberculosa
• Lepra
• Clamídea
• Sífilis
ERITEMA NODOSO
Etiopatogenia
• Infecções parasitárias
– Malária
– Tripanossomíase
– Helmintíases
• Infecções virais
– Gripe
– Sarampo
– Parotidite
ERITEMA NODOSO
Etiopatogenia
• Infecções fúngicas
– Dermatofitose
– Coccidioidomicose
– Histoplasmose
• Medicamentos
• Enteropatias crónicas inflamatórias
– Doença de Crohn
– Rectocolite hemorrágica
• Doença de Behçet
• Idiopática
ERITEMA NODOSO
Clínica
Fase prodrômica
• Inespecífica, de 3 a 6 dias com febre, artralgias,
alteração ligeira do estado geral
Fase Eruptiva, que se instala 1 a 2 semanas depois,
• Caracterizada por nódulos inflamatórios,
superfície brilhante, duros, redondos ou ovais,
de 2 a 5 cm de diâmetro, móveis em relação
aos planos profundos,
ERITEMA NODOSO
Clínica
• Nódulos dolorosos espontaneamente
• Dor das lesões exacerbada pelo ortostatismo
• Localização habitual: faces anterolaterais das
pernas
• Outras localizações: coxas, antebraços,
excepcionalmente no tronco, pescoço e face
• Edema dos tornozelos
• Persistência ou acentuação dos sintomas
gerais da fase prodrômica
ERITEMA NODOSO
Clínica
Fase regressiva
• Espontânea
• Os nódulos tornam-se violáceos, depois amarelo-
acastanhados→ designação eritema contusiforme
• Não deixa sequelas (não evolui com necrose,
ulceração ou cicatrizes)
• Pode evoluir com vários surtos, favorecidos pelo
ortostatismo
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nódulos de idades diferentes.
ERITEMA NODOSO
Manifestação Clínica
ERITEMA NODOSO
Diagnóstico
• Clínica
– Facilmente distinguível de outros quadros de
lesões nodulares com localização predominante
nos membros inferiores
ERITEMA NODOSO
Exames complementares
• Orientados para as causas + frequentes:
Hemograma, VS, transaminases, título
antiestreptolisínico, exame bacteriológico do
exsudado da faringe, Rx tórax, testes
tuberculínicos, doseamento da enzima
conversora de angiotensina;
– Síndrome inflamatório inespecífico
• Hemograma:↑GB, ↑neutrófilos
• ↑VS (>100 mm/h)
• Biópsia cutânea,
– indicada se houver dúvida sobre o tipo de
hipodermite.
– Não determina a causa do Eritema Nodoso.
• Em 50 % dos doentes não se identifica a
etiologia
ERITEMA NODOSO
Exames complementares
ERITEMA NODOSO
Histologia
• Padrão de paniculite
septal
• Infiltrado
inflamatório,
predominantemente
linfohistiocitario nos
septos interlobulares
ERITEMA NODOSO
Diagnóstico Diferencial
• Eritema Indurado de Bazin
• Paniculite pancreática
ERITEMA NODOSO
Diagnóstico Diferencial
Eritema Indurado de Bazin
• Nódulos duros, eritematosos
com tendência confluente e
ulcerativa, localizados na face
posterior das pernas →cicatriz
• As lesões aparecem ou se
agravam no inverno
• Afecta mulher, com sobrecarga
ponderal
ERITEMA NODOSO
Diagnóstico Diferencial
Paniculite Pancreática
• Nódulos eritematosos e
dolorosos que podem
aparecer em qualquer
região
• Acompanhados de artrite e
polisserosite
• Associados a pancreatite ou
carcinoma do pâncreas
• Afecta + idosos do sexo
masculino,
ERITEMA NODOSO
Tratamento
• Sintomático
– Repouso na cama, com elevação dos membros
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  • 2. ERITEMA NODOSO • Padrão cutâneo reaccional por inflamação do tecido celular subcutâneo • Doença febril aguda, de tipo exantemática, em que a erupção é constituída por nódulos eritematocianóticos, com localização preferencial nas superfícies anterolaterais das pernas.
  • 3. ERITEMA NODOSO Epidemiologia • Pode ocorrer em qualquer idade, –mais frequente no adulto jovem (2ª - 4ª décadas) • Afecta + o sexo feminino (3 a 6/1) • Incidência tem variado com o decorrer do tempo e espaço geográfico
  • 4. ERITEMA NODOSO Etiopatogenia • Imuno-alérgica de tipo IV por acção de Ag variados • Consequência de causas diversas: – Sarcoidose – Infecções bacterianas • Estreptocócica • Primo-infecção tuberculosa • Lepra • Clamídea • Sífilis
  • 5. ERITEMA NODOSO Etiopatogenia • Infecções parasitárias – Malária – Tripanossomíase – Helmintíases • Infecções virais – Gripe – Sarampo – Parotidite
  • 6. ERITEMA NODOSO Etiopatogenia • Infecções fúngicas – Dermatofitose – Coccidioidomicose – Histoplasmose • Medicamentos • Enteropatias crónicas inflamatórias – Doença de Crohn – Rectocolite hemorrágica • Doença de Behçet • Idiopática
  • 7. ERITEMA NODOSO Clínica Fase prodrômica • Inespecífica, de 3 a 6 dias com febre, artralgias, alteração ligeira do estado geral Fase Eruptiva, que se instala 1 a 2 semanas depois, • Caracterizada por nódulos inflamatórios, superfície brilhante, duros, redondos ou ovais, de 2 a 5 cm de diâmetro, móveis em relação aos planos profundos,
  • 8. ERITEMA NODOSO Clínica • Nódulos dolorosos espontaneamente • Dor das lesões exacerbada pelo ortostatismo • Localização habitual: faces anterolaterais das pernas • Outras localizações: coxas, antebraços, excepcionalmente no tronco, pescoço e face • Edema dos tornozelos • Persistência ou acentuação dos sintomas gerais da fase prodrômica
  • 9. ERITEMA NODOSO Clínica Fase regressiva • Espontânea • Os nódulos tornam-se violáceos, depois amarelo- acastanhados→ designação eritema contusiforme • Não deixa sequelas (não evolui com necrose, ulceração ou cicatrizes) • Pode evoluir com vários surtos, favorecidos pelo ortostatismo – A sucessão dos surtos → aspecto polimorfo, com nódulos de idades diferentes.
  • 11. ERITEMA NODOSO Diagnóstico • Clínica – Facilmente distinguível de outros quadros de lesões nodulares com localização predominante nos membros inferiores
  • 12. ERITEMA NODOSO Exames complementares • Orientados para as causas + frequentes: Hemograma, VS, transaminases, título antiestreptolisínico, exame bacteriológico do exsudado da faringe, Rx tórax, testes tuberculínicos, doseamento da enzima conversora de angiotensina; – Síndrome inflamatório inespecífico • Hemograma:↑GB, ↑neutrófilos • ↑VS (>100 mm/h)
  • 13. • Biópsia cutânea, – indicada se houver dúvida sobre o tipo de hipodermite. – Não determina a causa do Eritema Nodoso. • Em 50 % dos doentes não se identifica a etiologia ERITEMA NODOSO Exames complementares
  • 14. ERITEMA NODOSO Histologia • Padrão de paniculite septal • Infiltrado inflamatório, predominantemente linfohistiocitario nos septos interlobulares
  • 15. ERITEMA NODOSO Diagnóstico Diferencial • Eritema Indurado de Bazin • Paniculite pancreática
  • 16. ERITEMA NODOSO Diagnóstico Diferencial Eritema Indurado de Bazin • Nódulos duros, eritematosos com tendência confluente e ulcerativa, localizados na face posterior das pernas →cicatriz • As lesões aparecem ou se agravam no inverno • Afecta mulher, com sobrecarga ponderal
  • 17. ERITEMA NODOSO Diagnóstico Diferencial Paniculite Pancreática • Nódulos eritematosos e dolorosos que podem aparecer em qualquer região • Acompanhados de artrite e polisserosite • Associados a pancreatite ou carcinoma do pâncreas • Afecta + idosos do sexo masculino,
  • 18. ERITEMA NODOSO Tratamento • Sintomático – Repouso na cama, com elevação dos membros – Casos com muita inflamação ou dor: • Salicilatos • AINEs • Paracetamol • Etiológico
  • 19. ERITEMA NODOSO Evolução e Prognóstico • Remissão espontânea dentro de 6 semanas • A evolução depende da etiologia • Recidivas são frequentes