2. A pele é um órgão muito remarcável na sua
situação de contacto imediato com o meio exterior:
- influência importante da ecologia externa e do
meio ambiente;
- acesso directo a acção terapêutica.
A acção terapêutica destina-se a procurar corrigir os
desvios da normalidade de carácter eventual,
persistente ou permanente, que o fenómeno
doença ou a disposição genética originam na pele.
NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
3. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
A terapêutica dermatológica integra um conjunto de
medidas gerais e locais, específicas e inespecíficas, que
deve ser planeada a partir de:
- situação clínica actual do doente;
- conhecimento acerca da doença;
- disponibilidade de meios;
- significado da doença para o doente;
- espírito de colaboração.
Acção terapêutica → Atitude global
Do geral → particular
4. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
1° Promover o equilíbrio do organismo:
- perturbação geral;
- perturbação subjectiva;
- Repercussão psíquica.
→ Meios terapêuticos de tipo geral:
- Farmacológico;
- Dietético;
- Ambiencial;
- Psicológico.
2° Reparação morfofuncional do órgão: alterações
causadas pela doença.
-→ Meios de acção local directamente sobre a pele.
5.
6. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
ACÇÃO LOCAL
Todas as acções exercidas directamente sobre a pele:
- Medicação tópica
- Pensos e ligaduras
- Meios físicos
- Cirurgia
MEDICAÇÃO TÓPICA
- minimiza os efeitos 2º indesejáveis.
Limitação - moléculas farmacológicamente activas por via
sistémica, sem efeito na administração tópica:
* ausência de penetração
* metabolização rápida in situ em derivados
inactivos
* ausência de uma etapa de metabolização
7. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
Vias de penetração:
- via transepidérmica: através dos espaços intercelulares
e das próprias células córneas
- pelos anexos cutâneos
A passagem do medicamento por difusão passiva
modulada por diferentes factores:
a) formulação do medicamento: características
físicoquímicas da molécula, natureza do excipiente,
presença de adjuvante de penetração.
b) características do estracto córneo: integridade,
espessura, zona anatómica, oclusão, duração do
contacto, n°de aplicações.
8. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
Composição genérica do medicamento:
- veículo, excipiente e forma de aplicação (processo
através do qual se torna viável a utilização do fármaco);
- princípio activo do medicamento;
- aditivos ( facilitam ou melhoram a preparação dos
meios medicamentosos de acção local.
O tratamento tópico (aquele que se aplica directamente
sobre a pele) é o mais característico e específico dos
usados em Dermatologia.
9. Transporta o princípio activo para dentro da pele para
que actue no local desejado.
Os excipientes são constituídos por uma mistura de uma ou mais
substâncias de três grandes grupos:
- Gorduras: parafina, lanolina, vaselina.
- Líquidos: água, alcóol, propilenoglicol.
- Pós: óxido de zinco, talco, calamina, caolin, amido.
Segundo a proporção de cada um deles, os excipientes têm
distintas propriedades e recebem distintos nomes:
EXCIPIENTES
10. SOLUÇÃO
• Componentes: líquido (água) + PA en forma de pó. Quando o líquido é
álcool ou propilenoglicol, se denomina Loção. Podem conter substâncias
activas: ácido salicílico, enxofre.
•Usam-se em áreas extensas da pele como: face, couro cabeludo,tronco e
membros
EXCIPIENTES
11. Propriedades:
- secam por evaporação; resfriam a pele inflamada e pruriginosa,
- VSC por frío (efeito antiinflamatório).
- limpam a pele de exsudatos, crostas e detritos, ajudando a manter a
drenagem das zonas infectadas.
Podem associar-se à substâncias diversas com efeito antisséptico,
calmante,antipruriginoso ou queratolítico.
• Aplicação: banhos, compressas húmidas, paxos quentes, toques e
pinceladas,.
• Indicação: dermatoses agudas ou subagudas muito húmidas, áreas
extensas, boca, couro cabeludo e outras áreas pilosas, erosões e úlceras.
EXCIPIENTES
12. BANHOS E COMPRESSAS HÚMIDAS
Resfriam a pele inflamada e pruriginosa, secam a exsudação e as
erupções vesiculares e desbridam cuidadosamente crostas e
escamas,
Banhos: Dermatoses extensas, pruriginosas, eczematosas e
impetiginizadas
Efeito sedante, antipruriginoso, antisséptico,emoliente e anti-
inflamatório
Compressas: Aplicação de uma solução aquosa na pele, por meio de
pequenos lenços que tenham sido embebidos na solução aquosa.
EXCIPIENTES
13. PROF. ALOÍSIO GAMONAL - UFJF -
MEDICINA - TERAPÊUTICA TÓPICA
13
BANHOS :
são muito úteis nas dermatites de natureza aguda ou subaguda, nas infecções
piogénicas e outras que tomam extensa área tegumentar.
A temperatura da água deve ser de 34-36º C.
A duração deve ser de 10-15 minutos.
- Gerais
- Parciais – manilúvios, pedilúvios, semicúpios
Diversas substâncias podem ser utilizadas nos banhos, conforme o efeito
desejado:
permanganato de potássio - nas dermatites exsudativas infectadas;
bicarbonato de sódio - banho alcalino para ressecar a pele;
maizena ( amido de milho ), farelo, aveia - nas dermatites pruriginosas;
chá de camomila - banho de assento muito usado para prurido e eczemas da
região ano-genital).
14. EMULSÃO
São sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis
(oleosa e aquosa), onde a fase dispersa ou interna é finamente
dividida e distribuída em outra fase contínua ou externa. Temos
emulsões do tipo óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em
óleo (A/O: fase externa oleosa). Combinação de 2 líquidos que
mantem suas características distintas.
Uma emulsão clássica é aquela na qual uma das fases é a água e a
outra é um líquido oleoso. Se o óleo for a fase dispersa, a emulsão é
denominada de óleo em água. Se for ao contrário, é denominada de
água em óleo.
•Componentes: gorduras + água.
• Tipos segundo a proporção de água:
- emulsões de água em óleo (A/O): importante conteúdo gorduroso,
formando un filme lipídico bastante oclusivo sobre a pele - POMADA
- emulsões de óleo em água (O/A): menos gordurosas e + aquosas
→ se absorvem melhor, cosméticamente melhor- CREME
EXCIPIENTES
15. POMADA
• Componentes: gordura + água.
• Propriedades:
- Mais sólidas que os cremes, com mais conteúdo gorduroso
forma uma camada impermeável (oclusiva) sobre a pele que impede a
evaporação da água (retém água), queratolítica, protectora e lubrificante
- ↑ hidratação.
- retém calor.
- ↑ absorção percutânea dos PA que contém.
Indicação:
- dermatoses crónicas secas, extremidades (palmas e plantas).
Contraindicado: em zonas húmidas, pregas e infecções agudas. Nao
em sitios pilosos .
EXCIPIENTES
16. CREME
Componentes: gorduras + água, mas com um conteúdo maior de água
• Propriedades:
- similares às pomadas, mas de menor intensidade.
- vantagens: laváveis com água e melhor toleradas cosméticamente
(pois os excipientes menos gordurosos são cosméticamente melhores).
• Indicações: dermatoses crónicas e subagudas, corpo, face.
EXCIPIENTES
17. PÓ
• Componentes: partículas sólidas muito finas de substância mineral ou
vegetal finamente dividida em pequenas partículas.
• Propriedades
Actuam aumentando a superfície de evaporação, refrescam a pele
quando está inflamada; têm acção calmante e antipruriginosa.
- secante.
- ↓ maceração e fricção
- excipiente que proporciona a absorção mais baixa de PA.
Indicação: grandes áreas da pele em estados inflamatórios não
exsudativos, pele irritada e pruriginosa e zonas intertriginosas.
• Contraindicado: em excoriações, processos exsudativos húmidos e
purulentos.
EXCIPIENTES
18. SUSPENSÃO
Componentes: pós + líquido
Junção de pós inertes ou medicamentosos a líquidos, sem dissolução
daqueles.
Agita-se previamente à aplicação na pele e em pouco tempo o líquido
evapora –se ficando no local uma fina película do pó que refresca,
desinflama e seca a pele.
Aplicação: grandes áreas da superfície cutânea com doença
inflamatória sem tendência exsudativa.
Contraindicação: superfícies húmidas, pregas maceradas e regiões
pilosas.
EXCIPIENTES
19. PASTA
• Componentes: gorduras + pós (aumento da consistência).
• Propriedades: promove acção mais profunda, absorvente e secante
- absorção de água (bom para pregas).
- protecção mecânica da pele.
• Aplicação: Ao aplicar adere muito bem à pele, pelo que é ideal quando
se deseja que o PA fique confinado estrictamente em uma zona.
• Indicação: pregas.
EXCIPIENTES
20. GEL
• Componentes: líquido em estado semisólido que
se liquefica ao aquecer em contacto com a pele,
deixando uma camada não gordurosa e não
oclusiva.
• Indicação: zonas pilosas, áreas intertriginosas, face.
Nunca em fissuras, erosões, áreas maceradas (irritativo)
ADESIVO
VERNIZES
COLAS
SABONETES
CHAMPOO
21. • GRAU DE INFLAMAÇÃO DA LESÃO:
- Aguda (humidade e exsudação): solução, pasta.
- Subaguda (áreas secas e outras húmidas com crostas: creme.
- Crónica (seca): pomada (quanto + seca, + gorduroso).
• LOCALIZAÇÃO DA LESÃO:
- CC e outras zonas pilosas → líquidos: solução, loção, gel.
- Pregas → pasta, pó, creme (absorvem a humidade).
- Face → creme, gel, loção.
- Palmas e plantas (dermatoses secas) → pomada.
• GRAU DE ABSORÇÃO DESEJADO DO PA (maior absorção quanto mais
gorduroso seja o excipiente):
- Quase nula: pó.
- Baixa: solução, loção
- Média: creme.
- Alta: pomada.
EXCIPIENTES
INDICAÇÕES DE CADA EXCIPIENTE
depende de 3 parâmetros:
22. Então
Dermatoses agudas: Banhos, compressas
húmidas,loções ou tinturas
Dermatoses subagudas: cremes, loções
ou emulsões
Dermatoses crónicas: pomadas
23. • Forma de aplicação: extender em forma de camada fina (só será
efectivo o fármaco que contacta directamente com a pele) e
homogénea. Para isso, o fármaco se repartirá en pequenas quantidades e depois
se espalhará com uma massagem. Sempre que possível, se aplicará o fármaco
depois do banho,visto que o princípio activo penetra melhor quando a camada
córnea está hidratada.
• Quantidade a aplicar:
24.
25.
26. se escolhe dependendo da doença a tratar
SOLUÇÕES ADSTRINGENTES: em lesões exsudativas.
• paxos de 5 minutos /8h.
ANTIPRURIGINOSOS: MENTOL, FENOL, CÂNFORA em loção.
PRINCIPIOS ACTIVOS
27. HIDRATANTES: hidratação e plasticidade do estracto córneo.
•UREIA a 5-10% - agente humectante
• VASELINA ESTÉRIL – agente oclusivo
ANTISSÉPTICOS:
• CLORHEXIDINA: solução. Activo contra bactérias, alguns fungos e vírus.
PRINCIPIOS ACTIVOS
Permanganato de potássio
- Cetrimida
- Violeta de genciana
- Iodo
- S. Dakin
- Eosina
28. ANTIBIÓTICOS:
• De uso comum:
- ÁC. FUSÍDICO 2%: Fucidine, Acção em gram + (S. Aureus).
- MUPIROCINA 2%: Bactroban
-Bacitracina -
-Gentamicina
-Metronidazol 0.75%
•evitar neomicina
•Para acne:
- CLINDAMICINA 1%: Dalacín T.
- ERITROMICINA 2% e 4% Clinac
Preferível usar em solução. 1-2 vezes/día. Usar em monoterapia (não
combinar entre eles) o tempo que seja necessário.
PRINCIPIOS ACTIVOS
33. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
ANTI-INFLAMATÓRIOS
- Corticoides:I – Muito forte
II –Forte
III –Moderada
IV –Fraca potência
Mecanismo de acção: acção anti-inflamatória
acção imunodepressora
acção antimitótica
Indicações: Dermites em fase aguda
Eczemas
Toxidermias
Psoríase localizada…
34. Considerações a respeito dos corticóides tópicos
• Eleição do corticóide: se escolherá o de menos potência que
proporcione a resposta adequada.
• Forma de aplicação: de forma aberta (pois os pensos fechados ↑
absorção até 100 vezes). As emulsões A/O melhoram o acesso do
corticóide (que é liposolúvel) às camadas inferiores da pele.
• Fenómeno de taquifilaxia: ↓ progressiva do efeito quando se usa em
tempo prolongado, o que obriga a passar a um de maior potência para
conseguir o mesmo efeito. Se evita intercalando períodos de descanso.
• Efeito rebote ou rebound: agravamento da dermatose ao suspender
a aplicação. Se minimiza retirando de forma paulatina o corticóide e
substituindo-o de forma progressiva por um de menor potência.
PRINCIPIOS ACTIVOS CORTICÓIDES
35. • Efeitos secundários, fundamentalmente locais: atrofia (epiderme e
derme) com formação de estrías, hipertricose, hipocromía,
telangiectasias, fragilidade cutânea, atraso na cicatrização, glaucoma
e cataratas (quando se aplicam perto do olho), equimoses, dependência
Infecções, Acne.
Os efeitos sistémicos (supressão do eixo H-H, atraso do crescimento,
Cushing iatrogénico) são mais raros.
PRINCIPIOS ACTIVOS CORTICÓIDES
Contraindicações: Uso cosmético
Uso prolongado
Infecções
36.
37.
38. Para minimizar os efeitos secundários há que ter em conta que a
absorção será maior quando:
- epiderme fina: escroto, axilas, pálpebras crianças, anciãos.
- a pele está muito vascularizada: face, couro cabeludo.
Assim se recomenda:
- corticóides de baixa e média potência em: crianças, face, pregas,
dermatose muito extensa, solucão de continuidade da pele.
- corticóides de alta potência: em palmas e plantas, dermatoses
liquenificadas, quando se preveja que o tempo de aplicação será curto.
PRINCIPIOS ACTIVOS CORTICÓIDES
40. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
TERAPÊUTICA SISTÉMICA
Anti-histamínicos
- medicamentos de uso corrente;
- antagonistas das acções farmacológicas promovidas
pela histamina.
- Mecanismo de acção: bloqueio competitivo dos
receptores H1 ou H2 da histamina.
Classificação
1. Anti-histamínicos H1: a) clássicos
b) nova geração
2. Anti-histamínicos H2
3. Antidepressores tricíclicos.
41. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
1. a) Anti-histamínicos H1 clássicos:
- lipossolubilidade;
- atravessam a barreira hematoencefálica;
- efeitos sedativos.
Os mais utilizados:
- clorfeniramina;
- cloridrato de hidroxizina;
- cloridrato de prometazina.
42. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
1. b) Anti-histamínicos H1 de “nova geração”
- estrutura semelhante aos H1 clássicos
- bloqueio mais selectivo e mais tempo dos receptores
- não atravessam a barreira hematoencefálica
Exemplos: - Loratadina
- Astemizol
- Terfenadina
2. Anti-histamínicos H2:
- antagonistas potentes, competitivos e selectivos dos
receptores H2;
- inibem o retrocontrole da histamina sobre os mastócitos
e a metiltransferase da via da degradação da histamina.
Exemplos: - cimetidina, ranitidina.
43. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
3. Antidepressores tricíclicos:
- Bloqueiam os receptores H1 e H2
- Anticolinérgicos: inibem a reentrada de neurotransmissores
da fenda sináptica para a terminação nervosa
Exemplos: - Amitriptilina; Nortriptilina
- Imipramina
- Doxepina
Utilização clínica dos Anti-histamínicos:
- urticária, eczema, dermatoses de carácter reaccional,
prurido.
Efeitos secundários:
- Sonolência
- Secura das mucosas
- Efeito aditivo com o álcool
44. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
Anti-inflamatórios
- Corticosteroides
- Antiinflamatórios não esteroides
- Antimaláricos sintéticos
- Iodeto de potássio
- Colchicina…
Corticosteroides
Derivados do colesterol, elaborado pelas glândulas
suprarrenais por estimulação pela adrenocorticotrofina
hipofisária ( ACTH ).
Classificação: 1. glucocorticoides
2. mineralocorticoides
3. esteroides com actividade androgénica
ou estrogénica
45. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
Mecanismo de acção:
- alívio da resposta inflamatória (acção sobre a resposta
vascular)
- diminuição da libertação de cininas vasoactivas e de
enzimas
- diminuição da produção de anticorpos
- inibição das respostas de hipersensibilidade.
Os mais utilizados: Prednisolona
Betametasona
Triamcinolona
Utilização clínica: - Dermatoses graves ( toxidermias,
pênfigos, penfigoide, LES, Dermatomiosite…
- Dermatite em fase aguda;
- Vasculites;
- Sarcoidose.
47. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
- perturbações endocrinológicas
- imunossupressão
- infecções…
Na pele:
- facies cushingóide (cara de lua cheia)
- acne
- hipertricose
- discromia
- atrofia cutânea
- estrias cutâneas
- equimoses
- perturbações na cicatrização
48. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
RETINOIDES
Constituem um grupo de fármacos que inclui a vitamina A
natural ou retinol e análogos sintéticos:
- Isotretinoína
- Etretinato
- Acitretina
Mecanismo de acção:
- reduzem a proliferação e diferenciação tecidual
- reduzem a adesão intercelular
- actuam no sistema imunitário estimulando a produção
de anticorpos e a resposta citotóxica reduzindo a
migração dos polimorfonucleares.
49. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
Isotretinoína: - acção antiqueratinizante e anti-
inflamatória
- diminuição do “propionibacterium acnes
- diminuição da secreção sebácea
Utilização clínica: Acne; Hidrosadenite sup. Cronica
Acitretina/Etretinato:
- Psoríase extensa e/ou resistente a outros TTT
- Alterações congénitas da queratinização (Ictioses,
Queratodermias palmoplantares, Doença de
Darier), etc.
50. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
Contraindicações:
- Gravidez
- Amamentação
- I. renal ou hepática
- Hipervitaminose A
- Hiperlipidémia
Efeitos 2º:
- alterações cutâneomucosas
- ↑ transitório dos níveis séricos dos triglicéridos,
colesterol e transaminases
- mialgias e artralgias
- hipertensão intracraniana benigna
- efeito teratogénico
51. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
ANTIBIÓTICOS
- Uso imperativo em infecções cutâneas graves
- Escolha baseada na etiologia, susceptibilidade habitual
ou resistência do microorganismo, pesquisa de
sensibilidade.
Agentes + frequentes nas inf. Cutâneas: estafilococo e
estreptococo.
- Penicilinas
- Macrólidos
- Ciclinas
- Rifampicina ( lepra, tuberculose)
- Sulfamidas (lepra, d. herpetiforme, ITS)
52. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
ANTIFÚNGICOS
Griseofulvina
- espectro limitado
- activo em dermatófitos
- ligação a lípidos celulares e provoca paragem na
metafase das células em desenvolvimento.
Efeitos 2º:
- Cefaleias
- Alterações gastrointestestinais
- Alterações hematológicas
53. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
IMIDAZOIS
- largo espectro: leveduras e dermatófitos
- inibe a síntese do ergosterol da membrana dos fungos
Ketoconazol
Itraconazol
Fluconazol
Efeitos 2º:
- hepatotoxicidade
- prurido
- dor abdominal
- vertigem
54. NOÇÕES GERAIS DE TERAPÊUTICA
DERMATOLÓGICA
ALILAMINAS
Terbinafina
Naftitina
POLIENES
Anfotericina B
5 – fluorocitosina
IODETO DE POTÁSSIO