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Ficha informativa Disciplina de Geografia A Ano letivo 2012/2013 
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO: o peso da História 
Texto A 
“Da análise conjunta dos documentos com informação relevante para o conhecimento da população portuguesa entre os séculos XIII e XIV … é possível concluir que a região mais povoada era a de Entre- Douro-e-Minho, onde seria maior a densidade populacional e mais disperso o povoamento. Seguia-se parte das atuais Beira Alta e Beira Litoral, abarcando as atuais distritos de Aveiro, Viseu, Guarda e Coimbra. As regiões menos povoadas situavam-se em Trás-os-Montes, sobretudo na sua parte mais ocidental, correspondente às serranias do Marão e do Barroso, nas serras da Estrela e da Lousã e a sul do Tejo, em certas zonas dos atuais distritos de Portalegre e de Évora e, sobretudo, no Baixo Alentejo e na serra algarvia. Na atual Beira Baixa e, sobretudo, a sul do Tejo o povoamento era concentrado, com as povoações a interromperem de longe em longe a solidão de uma paisagem desabitada e quase sem intervenção humana. 
Até ao final do século XIII e embora existissem já importantes cidades situadas no litoral, como eram os casos de Lisboa e do Porto, a população portuguesa não se concentrava na orla costeira, como tenderá a suceder mais tarde. Distribuindo-se também pelo interior, nas zonas mais férteis de planícies ou vales de rios, bem como nas regiões fronteiriças do Alto Minho, da Beira e até do Alto Alentejo, aproveitando as rotas comerciais terrestres com a Galiza e com Castela. A principal cidade era Lisboa, de longe a maior e mais populosa, tendência que se irá acentuando ao longo do tempo (…)”. 
Além de se ter tornado o centro político do reino, onde a corte régia permanecia por mais tempo e em cujo castelo se guardava o arquivo da Coroa e uma parte substancial do tesouro, Lisboa possuía um peso económico e uma dinâmica social que explicam a crescente importância que foi assumindo ainda nos tempos medievos. A sua localização numa região fértil, junto à foz do Tejo, dispondo de um porto fluvial-marítimo a meio-caminho entre a Europa do Norte e o mundo mediterrânico, conferia à cidade um conjunto de caraterísticas que marcaram de forma indelével a sua evolução e a sua especificidade (…)”. 
Texto B 
“É claro que a estrutura material e as condições sociais do reino não se mantiveram inalteradas ao longo deste período. Além da situação periférica, o território do reino de Portugal revelava uma inegável pobreza em termos de recursos naturais e as suas populações sofreram por isso uma crónica escassez de géneros e produtos essenciais. Quer as várias medidas legislativas proibindo a saída do reino de metais preciosos (…), quer ainda uma produção cerealífera (…) deficitária (…) ilustram bem as carências estruturais de um reino que surgiu e se consolidou essencialmente como uma construção política. De facto, nada na geografia física ou humana, na economia ou na tradição das regiões que o vieram a compor determinava que se destacasse da restante Península o retângulo que veio a constituir-se como o reino mais ocidental da Europa. E não obstante o atraso tantas vezes ditado pela distância e pelas dificuldades de comunicação com os centros europeus de maior dinamismo, a Portugal haviam de chegar também os efeitos das profundas alterações técnicas e das inovações nas atividades económicas, sociais e mesmo culturais que o Ocidente conheceu sobretudo a partir do final do século XI”. 
Rui Ramos, Nuno Gonçalo e Bernardo Vasconcelos , HISTÓRIA DE PORTUGAL, I volume, Expresso.

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Distribuição geográfica da população portuguesa continental: o peso da História

  • 1. Ficha informativa Disciplina de Geografia A Ano letivo 2012/2013 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO: o peso da História Texto A “Da análise conjunta dos documentos com informação relevante para o conhecimento da população portuguesa entre os séculos XIII e XIV … é possível concluir que a região mais povoada era a de Entre- Douro-e-Minho, onde seria maior a densidade populacional e mais disperso o povoamento. Seguia-se parte das atuais Beira Alta e Beira Litoral, abarcando as atuais distritos de Aveiro, Viseu, Guarda e Coimbra. As regiões menos povoadas situavam-se em Trás-os-Montes, sobretudo na sua parte mais ocidental, correspondente às serranias do Marão e do Barroso, nas serras da Estrela e da Lousã e a sul do Tejo, em certas zonas dos atuais distritos de Portalegre e de Évora e, sobretudo, no Baixo Alentejo e na serra algarvia. Na atual Beira Baixa e, sobretudo, a sul do Tejo o povoamento era concentrado, com as povoações a interromperem de longe em longe a solidão de uma paisagem desabitada e quase sem intervenção humana. Até ao final do século XIII e embora existissem já importantes cidades situadas no litoral, como eram os casos de Lisboa e do Porto, a população portuguesa não se concentrava na orla costeira, como tenderá a suceder mais tarde. Distribuindo-se também pelo interior, nas zonas mais férteis de planícies ou vales de rios, bem como nas regiões fronteiriças do Alto Minho, da Beira e até do Alto Alentejo, aproveitando as rotas comerciais terrestres com a Galiza e com Castela. A principal cidade era Lisboa, de longe a maior e mais populosa, tendência que se irá acentuando ao longo do tempo (…)”. Além de se ter tornado o centro político do reino, onde a corte régia permanecia por mais tempo e em cujo castelo se guardava o arquivo da Coroa e uma parte substancial do tesouro, Lisboa possuía um peso económico e uma dinâmica social que explicam a crescente importância que foi assumindo ainda nos tempos medievos. A sua localização numa região fértil, junto à foz do Tejo, dispondo de um porto fluvial-marítimo a meio-caminho entre a Europa do Norte e o mundo mediterrânico, conferia à cidade um conjunto de caraterísticas que marcaram de forma indelével a sua evolução e a sua especificidade (…)”. Texto B “É claro que a estrutura material e as condições sociais do reino não se mantiveram inalteradas ao longo deste período. Além da situação periférica, o território do reino de Portugal revelava uma inegável pobreza em termos de recursos naturais e as suas populações sofreram por isso uma crónica escassez de géneros e produtos essenciais. Quer as várias medidas legislativas proibindo a saída do reino de metais preciosos (…), quer ainda uma produção cerealífera (…) deficitária (…) ilustram bem as carências estruturais de um reino que surgiu e se consolidou essencialmente como uma construção política. De facto, nada na geografia física ou humana, na economia ou na tradição das regiões que o vieram a compor determinava que se destacasse da restante Península o retângulo que veio a constituir-se como o reino mais ocidental da Europa. E não obstante o atraso tantas vezes ditado pela distância e pelas dificuldades de comunicação com os centros europeus de maior dinamismo, a Portugal haviam de chegar também os efeitos das profundas alterações técnicas e das inovações nas atividades económicas, sociais e mesmo culturais que o Ocidente conheceu sobretudo a partir do final do século XI”. Rui Ramos, Nuno Gonçalo e Bernardo Vasconcelos , HISTÓRIA DE PORTUGAL, I volume, Expresso.