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Determinismo e liberdade
na ação humana
3
Capítulo
Como se pode formular
o problema do livre-arbítrio?
O PROBLEMA DO LIVRE-ARBÍTRIO
Este problema pode ser formulado através
de questões como as seguintes:
• Será que existe livre-arbítrio?
• Será a crença no livre-arbítrio compatível
com a crença no determinismo?
De que resulta o problema do livre-arbítrio?
O PROBLEMA DO LIVRE-ARBÍTRIO
Quase todas as pessoas parecem acreditar que têm
livre-arbítrio.
Quando escolhemos a roupa que vamos usar
ou a comida que vamos comer, quando planeamos
o que vamos fazer no futuro não parece fazer
sentido que não tenhamos a liberdade
de escolher (ou livre-arbítrio).
Por outro lado, quase todas as pessoas parecem
acreditar no determinismo, isto é, que
os acontecimentos têm causas e ocorrem
de acordo com as leis da natureza.
Essa crença faz parte do modo como geralmente
olhamos para o mundo.
O PROBLEMA DO LIVRE-ARBÍTRIO
Mas, sendo assim, se todos os acontecimentos
têm causas anteriores, como podem as nossas
ações ser livres?
É aqui que reside o problema
do livre-arbítrio.
Apesar de o determinismo e de o livre-arbítrio
parecerem ideias plausíveis e justificadas por
boas razões, se o determinismo incluir as ações
humanas então não parece ser possível
fazermos escolhas. Isto é, talvez as ideias
de livre-arbítrio e de determinismo
sejam incompatíveis.
RESPOSTAS AO PROBLEMA
DO LIVRE-ARBÍTRIO
Estudaremos três perspetivas acerca do problema
do livre-arbítrio:
• determinismo radical
• libertismo
• determinismo moderado
Principais teses destas três perspetivas:
Perspetivas Temos livre-
-arbítrio?
Alguma ação humana é livre? Todas as ações humanas
são determinadas?
O determinismo é compatível
com o livre-arbítrio?
Determinismo
radical
Não Nenhuma ação humana é livre Sim Não
Libertismo Sim Algumas ações humanas são livres Não, nem todas Não
Determinismo
moderado
Sim Algumas ações humanas são livres Sim Sim
Para o matemático francês Laplace,
com a inteligência e conhecimentos
suficientes, seria possível prever
todos os movimentos que ocorrerão
no universo, incluindo todas
as ações humanas.
DETERMINISMO RADICAL
Tese fundamental
Não existe livre-arbítrio e, portanto, nenhuma
ação humana é livre.
Porque não existe livre-arbítrio?
O determinismo radical considera que todos
os acontecimentos, o que inclui também as ações
humanas, têm causas anteriores e estão
submetidos às leis da natureza.
Se as ações humanas resultam de causas
anteriores e das leis da natureza, então isso
significa que nas nossas ações não temos
realmente liberdade de escolha. Por estar
determinado, o efeito (a nossa ação)
é inevitável. Nunca existem possibilidades
alternativas de ação.
O DETERMINISMO
RADICAL É
INCOMPATIBILISTA?
O determinismo radical
considera que o determinismo
e o livre-arbítrio são incompatíveis.
Se todas as ações humanas
têm causas anteriores e estão
submetidas às leis da natureza,
o livre-arbítrio não existe.
DETERMINISMO RADICAL
O comportamento humano
tem variadas causas
Pode o comportamento humano ser atribuído
às mesmas causas que afetam os objetos
e os outros animais?
Segundo esta teoria, as ações humanas resultam
de uma combinação complexa destas causas.
A série causal que daqui resulta não é controlada
pelo agente.
O determinismo radical considera que
as causas do nosso comportamento são
muito mais variadas do que as dos objetos
e outros animais, mas isso não significa
que as ações humanas escapem
à causalidade.
Negar o determinismo contraria
a ciência e é pouco racional
Para sustentar a sua tese, o determinismo radical
apoia-se em estudos e descobertas de várias ciências
– como a Biologia, Psicologia ou Sociologia.
Descobertas como a de genes responsáveis por
doenças ou que muitos dos nossos comportamentos
são fortemente influenciados por padrões sociais
e culturais ou por situações vividas na infância
parecem sustentar a tese determinista.
O determinismo radical defende que através
da articulação entre os contributos de várias ciências
é possível apresentar uma explicação determinista
do comportamento humano e, assim sendo,
negar o determinismo é pouco racional,
uma vez que isso significa contrariar o que
é afirmado pela ciência.
DETERMINISMO RADICAL
DETERMINISMO RADICAL
A ilusão do livre-arbítrio
Para o determinismo radical, é uma ilusão pensar
que podemos escolher livremente o que fazer
– o livre-arbítrio é uma crença falsa.
O desconhecimento das inúmeras causas
que influenciam uma ação levam-nos a pensar
que temos liberdade de escolha.
Porém, se conhecêssemos todas essas
causas, perceberíamos que fazemos
apenas o que temos de fazer e que
o livre-arbítrio não existe.
DETERMINISMO RADICAL
A questão da responsabilidade
Se não escolhemos livremente o que fazemos, como podemos ser responsáveis pelas nossas
ações? Como podemos censurar alguém por fazer algo de errado? Como podemos atribuir
mérito a alguém que faz algo corretamente? Isto parece pôr em causa a tese do
determinismo radical.
Se não há genuína responsabilidade moral nas nossas ações, uma vez que não existe livre-
arbítrio, fará ainda assim sentido castigar ou premiar uma determinada ação?
O determinismo radical responde positivamente.
As pessoas devem ser responsabilizadas, uma vez que
assim promovem-se as boas ações e desencorajam-se as más.
Neste sentido, os prémios e os castigos são também causas
que podem determinar os comportamentos humanos.
OBJEÇÕES AO DETERMINISMO RADICAL
Sem livre-arbítrio, a vida
não tem sentido
Que sentido faria a nossa vida se, por tudo estar
determinado, fossemos como robôs, programados
para fazer o que fazemos?
Que motivação teríamos para viver e agir se
as nossas ações se devessem a causas que
não controlamos e não a nós mesmos?
Se fosse assim quase toda a nossa vida seria
uma mentira, o que é absurdo.
Esta objeção apoia-se na teoria da evolução
das espécies de Darwin, para afirmar que
dificilmente a espécie humana se adaptaria
ao meio ambiente se a crença de que
escolhemos livremente as nossas ações
fosse falsa.
Para os defensores desta
objeção, o facto de estarmos
realmente adaptados
ao meio ambiente
sugere que
a crença no
livre-arbítrio
é verdadeira.
Evolutivamente, é mais plausível
que exista livre-arbítrio
LIBERTISMO
Tese fundamental
Existe livre-arbítrio e algumas
ações humanas são livres.
Que ações são livres?
Para o libertismo, algumas escolhas
humanas não estão constrangidas
do mesmo modo que os outros
acontecimentos do mundo.
Existem ações que não são
determinadas por causas anteriores
às decisões e escolhas do agente
– e por isso são ações livres.
O LIBERTISMO É
INCOMPATIBILISTA?
O libertismo considera
que existe (pois nem
tudo está
determinado).
Tal como o determinismo radical,
o libertismo considera que o determinismo
e o livre-arbítrio são incompatíveis.
Se uma ação humana tem causas anteriores
e está submetida às leis da natureza, não é
uma ação livre. Este é um ponto em comum
entre as duas teses, mas há divergência
quanto à existência ou não de livre-arbítrio.
O determinismo
radical considera que
não existe (pois tudo está
determinado).
LIBERTISMO
Causalidade do agente
Para o libertismo, o agente é
livre quando é capaz de tomar
uma decisão independentemente
de quaisquer causas anteriores.
Nesse caso, o agente
autodetermina-se, porque a única
causa da ação é a sua decisão.
Ao invés de outros acontecimentos,
a causalidade do agente não
obedece a leis. Em circunstâncias
semelhantes, a mesma pessoa
pode, por causalidade do agente,
realizar ações diferentes.
A ideia de que o livre-arbítrio
consiste na autodeterminação
pode ser designada
«causalidade do agente».
Este é um tipo especial
de causalidade: só os seres
humanos a têm.
Acontecimentos
da natureza
Causalidade
mecânica
As mesmas causas conduzem
a efeitos semelhantes e previsíveis
Ações
humanas
Causalidade
do agente
Em situações exatamente iguais
podem ser feitas ações diferentes
LIBERTISMO
Nem tudo está determinado Possibilidades alternativas de ação
Para o libertismo, a existência
de possibilidades alternativas de
ação é essencial para podermos
dizer que agimos livremente: isso só
acontece se escolhemos uma
coisa mas podíamos ter
escolhido outras, realizamos
uma ação mas podíamos ter
realizado outras.
Para o libertismo, essa é uma
característica fundamental da vida
humana: o futuro está em aberto, há
uma pluralidade de caminhos.
Para o libertismo, nem todos os
acontecimentos têm causas anteriores.
Algumas ações devem-se ao livre-arbítrio
e não às leis causais que determinam
muitas outras coisas.
LIBERTISMO
Argumento da experiência
Uma possibilidade de defender a existência de livre-arbítrio
é alegar que temos experiência do livre-arbítrio e,
portanto, este existe.
Mas que experiência é essa?
Temos experiência do livre-arbítrio quando não sentimos
qualquer constrangimento para fazer uma escolha, não
sentimos nenhuma força a obrigar-nos a fazer algo.
Esta é uma experiência oposta à da falta de liberdade,
que sentimos quando somos forçados a fazer algo
e não o conseguimos evitar por muito que tentemos.
Para o libertismo, uma vez que o sentimento de livre-arbítrio
é muito frequente e generalizado, seria implausível que
essas experiências não fossem verídicas. Assim, é muito
provável que algumas das nossas ações
sejam livres.
LIBERTISMO
Argumento da responsabilidade
Se não houver livre-arbítrio é difícil entender
como pode existir responsabilidade.
Se o livre-arbítrio não existir, as pessoas não
são verdadeiramente as autoras das suas
ações, isto é, farão coisas inevitáveis.
A ser assim, Adolf Hitler não seria culpado
pelo Holocausto – o que é muito implausível.
Do mesmo modo, sentimentos como
o orgulho ou a vergonha não farão sentido
se as nossas ações forem o produto
de causas que não controlamos
– o que também é implausível.
LIBERTISMO
Sartre
O filósofo francês Sartre considera a liberdade como
fundamental para a vida humana, e afirma que ela é
que faz dos seres humanos aquilo que são.
Para Sartre, a existência precede a essência:
os seres humanos são diferentes dos objetos, não
têm à partida uma natureza que estabeleça aquilo
que são e o que devem fazer; os seres humanos
é que têm de escolher o que são e como devem agir.
Deste modo, não podemos recusar a necessidade
de escolher. Mesmo nas circunstâncias mais difíceis,
podemos pelo menos optar pela maneira como vamos
reagir aos problemas. Por isso, somos totalmente
responsáveis pela nossa vida e pelas nossas
ações.
Jean-Paul Sartre
Sartre não se intitulava libertista nem
recorria à terminologia usada pelos
defensores do libertismo.
Porém, as suas ideias podem ser
enquadradas nesta perspetiva filosófica.
OBJEÇÕES AO LIBERTISMO
Não há ações sem causa
Os defensores desta objeção consideram
que a ideia libertista de ações sem causas
anteriores à decisão do agente é
implausível e anticientífica.
Alegam que em qualquer ação encontramos
sempre causas anteriores e que qualquer
decisão tem ela própria causas anteriores.
É possível não sentir ou não reconhecer,
numa ação, aquilo que é efeito de causas
anteriores, mas ainda assim essas
causas existirem e determinarem
a nossa vontade.
Por isso, os defensores desta objeção
consideram que o argumento libertista
da experiência não prova a existência
de livre-arbítrio.
Não sentir as causas não
prova a sua inexistência
Existe livre-arbítrio e algumas
ações humanas são livres.
O determinismo moderado defende
esta tese por razões diferentes
do libertismo.
O determinismo moderado alega
que há efetivamente ações
livres e ações não livres
e o mais importante é encontrar
o que distingue umas das outras.
Tese fundamental
O DETERMINISMO
MODERADO É
COMPATIBILISTA?
Sim, ao contrário
do determinismo radical
e do libertismo.
livre-arbítrio
… mas algumas
delas são
livres.
DETERMINISMO MODERADO
O determinismo moderado considera
que
Para responder a esta questão,
o determinismo moderado
reformula o conceito
de livre-arbítrio (autodeterminação)
que está em causa no debate entre
deterministas radicais e libertistas.
DETERMINISMO MODERADO
Se todas as ações são determinadas por causas
anteriores, mas algumas delas são livres,
isso significa que as ações livres são
também determinadas.
O determinismo moderado
entende livre-arbítrio
como o poder de
fazermos o que
queremos
e não fazer o que
não queremos.
Redefinição do conceito
de livre-arbítrio
Mas como pode uma ação ser
simultaneamente livre e determinada?
O que é, então, uma ação livre?
Uma ação é livre quando:
• é realizada sem coações (internas ou externas ao agente);
• deriva das crenças e desejos do agente.
Mas essas ações não têm causas anteriores à decisão do
agente?
Sim, têm. Mas não impedem que o agente realize uma ação livre.
O facto de o agente estar envolvido numa cadeia causal que não
controla não lhe retira a liberdade. O que retira a liberdade
ao agente é a existência de alguma coação que o impeça
de agir de acordo com o seu desejo. Quando a coação não
existe, a ação é livre (e, simultaneamente, determinada).
DETERMINISMO MODERADO
DETERMINISMO MODERADO
Possibilidades alternativas de ação
O determinismo moderado rejeita a ideia de estarmos limitados
a fazer uma só coisa, ao considerar que existem ações livres.
Numa ação livre, afirma o determinismo moderado, temos
a possibilidade de fazer uma coisa podendo fazer outra.
Mas como é que temos alternativa ao que está determinado
pelas causas anteriores?
Imaginemos que um agente realiza uma ação a que chamamos A.
Para o determinismo moderado, o agente realizou a ação A,
mas poderia ter realizado a ação B. Se o agente tivesse
desejado realizar a ação B e não a A, podia tê-lo feito.
Para o determinismo moderado, uma situação
como esta permite dizer que o agente teve
possibilidades alternativas de ação.
OBJEÇÕES AO DETERMINISMO MODERADO
Não permite compreender a existência
de possibilidades alternativas de ação
Esta objeção alega que a redefinição
de livre-arbítrio apresentada pelo
determinismo moderado tenta contornar
o problema simplificando-o de modo
inaceitável.
Considera-se que restringir o livre-arbítrio
à ausência de coação é demasiado
simplista – é fácil mostrar que certas
ações são feitas sem coação
(até um determinista radical aceita isso).
Para os incompatibilistas, não é esta
a questão que está em discussão.
Baixa a fasquia
Esta objeção põe em causa a ideia de possibilidades
alternativas de ação defendida pelo determinismo
moderado.
Uma vez que esta teoria defende simultaneamente
que uma ação é livre e sempre determinada por
causas anteriores, não parece haver possibilidade
de um agente fazer algo de diferente e alternativo.
Poder fazer algo diferente do que fizemos caso
o tivéssemos desejado não corresponde a uma
genuína possibilidade alternativa de ação,
pois esse desejo tem causas anteriores que
o agente não controla.

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  • 1. Determinismo e liberdade na ação humana 3 Capítulo
  • 2. Como se pode formular o problema do livre-arbítrio? O PROBLEMA DO LIVRE-ARBÍTRIO Este problema pode ser formulado através de questões como as seguintes: • Será que existe livre-arbítrio? • Será a crença no livre-arbítrio compatível com a crença no determinismo?
  • 3. De que resulta o problema do livre-arbítrio? O PROBLEMA DO LIVRE-ARBÍTRIO Quase todas as pessoas parecem acreditar que têm livre-arbítrio. Quando escolhemos a roupa que vamos usar ou a comida que vamos comer, quando planeamos o que vamos fazer no futuro não parece fazer sentido que não tenhamos a liberdade de escolher (ou livre-arbítrio). Por outro lado, quase todas as pessoas parecem acreditar no determinismo, isto é, que os acontecimentos têm causas e ocorrem de acordo com as leis da natureza. Essa crença faz parte do modo como geralmente olhamos para o mundo.
  • 4. O PROBLEMA DO LIVRE-ARBÍTRIO Mas, sendo assim, se todos os acontecimentos têm causas anteriores, como podem as nossas ações ser livres? É aqui que reside o problema do livre-arbítrio. Apesar de o determinismo e de o livre-arbítrio parecerem ideias plausíveis e justificadas por boas razões, se o determinismo incluir as ações humanas então não parece ser possível fazermos escolhas. Isto é, talvez as ideias de livre-arbítrio e de determinismo sejam incompatíveis.
  • 5. RESPOSTAS AO PROBLEMA DO LIVRE-ARBÍTRIO Estudaremos três perspetivas acerca do problema do livre-arbítrio: • determinismo radical • libertismo • determinismo moderado Principais teses destas três perspetivas: Perspetivas Temos livre- -arbítrio? Alguma ação humana é livre? Todas as ações humanas são determinadas? O determinismo é compatível com o livre-arbítrio? Determinismo radical Não Nenhuma ação humana é livre Sim Não Libertismo Sim Algumas ações humanas são livres Não, nem todas Não Determinismo moderado Sim Algumas ações humanas são livres Sim Sim
  • 6. Para o matemático francês Laplace, com a inteligência e conhecimentos suficientes, seria possível prever todos os movimentos que ocorrerão no universo, incluindo todas as ações humanas. DETERMINISMO RADICAL Tese fundamental Não existe livre-arbítrio e, portanto, nenhuma ação humana é livre. Porque não existe livre-arbítrio? O determinismo radical considera que todos os acontecimentos, o que inclui também as ações humanas, têm causas anteriores e estão submetidos às leis da natureza. Se as ações humanas resultam de causas anteriores e das leis da natureza, então isso significa que nas nossas ações não temos realmente liberdade de escolha. Por estar determinado, o efeito (a nossa ação) é inevitável. Nunca existem possibilidades alternativas de ação. O DETERMINISMO RADICAL É INCOMPATIBILISTA? O determinismo radical considera que o determinismo e o livre-arbítrio são incompatíveis. Se todas as ações humanas têm causas anteriores e estão submetidas às leis da natureza, o livre-arbítrio não existe.
  • 7. DETERMINISMO RADICAL O comportamento humano tem variadas causas Pode o comportamento humano ser atribuído às mesmas causas que afetam os objetos e os outros animais? Segundo esta teoria, as ações humanas resultam de uma combinação complexa destas causas. A série causal que daqui resulta não é controlada pelo agente. O determinismo radical considera que as causas do nosso comportamento são muito mais variadas do que as dos objetos e outros animais, mas isso não significa que as ações humanas escapem à causalidade.
  • 8. Negar o determinismo contraria a ciência e é pouco racional Para sustentar a sua tese, o determinismo radical apoia-se em estudos e descobertas de várias ciências – como a Biologia, Psicologia ou Sociologia. Descobertas como a de genes responsáveis por doenças ou que muitos dos nossos comportamentos são fortemente influenciados por padrões sociais e culturais ou por situações vividas na infância parecem sustentar a tese determinista. O determinismo radical defende que através da articulação entre os contributos de várias ciências é possível apresentar uma explicação determinista do comportamento humano e, assim sendo, negar o determinismo é pouco racional, uma vez que isso significa contrariar o que é afirmado pela ciência. DETERMINISMO RADICAL
  • 9. DETERMINISMO RADICAL A ilusão do livre-arbítrio Para o determinismo radical, é uma ilusão pensar que podemos escolher livremente o que fazer – o livre-arbítrio é uma crença falsa. O desconhecimento das inúmeras causas que influenciam uma ação levam-nos a pensar que temos liberdade de escolha. Porém, se conhecêssemos todas essas causas, perceberíamos que fazemos apenas o que temos de fazer e que o livre-arbítrio não existe.
  • 10. DETERMINISMO RADICAL A questão da responsabilidade Se não escolhemos livremente o que fazemos, como podemos ser responsáveis pelas nossas ações? Como podemos censurar alguém por fazer algo de errado? Como podemos atribuir mérito a alguém que faz algo corretamente? Isto parece pôr em causa a tese do determinismo radical. Se não há genuína responsabilidade moral nas nossas ações, uma vez que não existe livre- arbítrio, fará ainda assim sentido castigar ou premiar uma determinada ação? O determinismo radical responde positivamente. As pessoas devem ser responsabilizadas, uma vez que assim promovem-se as boas ações e desencorajam-se as más. Neste sentido, os prémios e os castigos são também causas que podem determinar os comportamentos humanos.
  • 11. OBJEÇÕES AO DETERMINISMO RADICAL Sem livre-arbítrio, a vida não tem sentido Que sentido faria a nossa vida se, por tudo estar determinado, fossemos como robôs, programados para fazer o que fazemos? Que motivação teríamos para viver e agir se as nossas ações se devessem a causas que não controlamos e não a nós mesmos? Se fosse assim quase toda a nossa vida seria uma mentira, o que é absurdo. Esta objeção apoia-se na teoria da evolução das espécies de Darwin, para afirmar que dificilmente a espécie humana se adaptaria ao meio ambiente se a crença de que escolhemos livremente as nossas ações fosse falsa. Para os defensores desta objeção, o facto de estarmos realmente adaptados ao meio ambiente sugere que a crença no livre-arbítrio é verdadeira. Evolutivamente, é mais plausível que exista livre-arbítrio
  • 12. LIBERTISMO Tese fundamental Existe livre-arbítrio e algumas ações humanas são livres. Que ações são livres? Para o libertismo, algumas escolhas humanas não estão constrangidas do mesmo modo que os outros acontecimentos do mundo. Existem ações que não são determinadas por causas anteriores às decisões e escolhas do agente – e por isso são ações livres. O LIBERTISMO É INCOMPATIBILISTA? O libertismo considera que existe (pois nem tudo está determinado). Tal como o determinismo radical, o libertismo considera que o determinismo e o livre-arbítrio são incompatíveis. Se uma ação humana tem causas anteriores e está submetida às leis da natureza, não é uma ação livre. Este é um ponto em comum entre as duas teses, mas há divergência quanto à existência ou não de livre-arbítrio. O determinismo radical considera que não existe (pois tudo está determinado).
  • 13. LIBERTISMO Causalidade do agente Para o libertismo, o agente é livre quando é capaz de tomar uma decisão independentemente de quaisquer causas anteriores. Nesse caso, o agente autodetermina-se, porque a única causa da ação é a sua decisão. Ao invés de outros acontecimentos, a causalidade do agente não obedece a leis. Em circunstâncias semelhantes, a mesma pessoa pode, por causalidade do agente, realizar ações diferentes. A ideia de que o livre-arbítrio consiste na autodeterminação pode ser designada «causalidade do agente». Este é um tipo especial de causalidade: só os seres humanos a têm. Acontecimentos da natureza Causalidade mecânica As mesmas causas conduzem a efeitos semelhantes e previsíveis Ações humanas Causalidade do agente Em situações exatamente iguais podem ser feitas ações diferentes
  • 14. LIBERTISMO Nem tudo está determinado Possibilidades alternativas de ação Para o libertismo, a existência de possibilidades alternativas de ação é essencial para podermos dizer que agimos livremente: isso só acontece se escolhemos uma coisa mas podíamos ter escolhido outras, realizamos uma ação mas podíamos ter realizado outras. Para o libertismo, essa é uma característica fundamental da vida humana: o futuro está em aberto, há uma pluralidade de caminhos. Para o libertismo, nem todos os acontecimentos têm causas anteriores. Algumas ações devem-se ao livre-arbítrio e não às leis causais que determinam muitas outras coisas.
  • 15. LIBERTISMO Argumento da experiência Uma possibilidade de defender a existência de livre-arbítrio é alegar que temos experiência do livre-arbítrio e, portanto, este existe. Mas que experiência é essa? Temos experiência do livre-arbítrio quando não sentimos qualquer constrangimento para fazer uma escolha, não sentimos nenhuma força a obrigar-nos a fazer algo. Esta é uma experiência oposta à da falta de liberdade, que sentimos quando somos forçados a fazer algo e não o conseguimos evitar por muito que tentemos. Para o libertismo, uma vez que o sentimento de livre-arbítrio é muito frequente e generalizado, seria implausível que essas experiências não fossem verídicas. Assim, é muito provável que algumas das nossas ações sejam livres.
  • 16. LIBERTISMO Argumento da responsabilidade Se não houver livre-arbítrio é difícil entender como pode existir responsabilidade. Se o livre-arbítrio não existir, as pessoas não são verdadeiramente as autoras das suas ações, isto é, farão coisas inevitáveis. A ser assim, Adolf Hitler não seria culpado pelo Holocausto – o que é muito implausível. Do mesmo modo, sentimentos como o orgulho ou a vergonha não farão sentido se as nossas ações forem o produto de causas que não controlamos – o que também é implausível.
  • 17. LIBERTISMO Sartre O filósofo francês Sartre considera a liberdade como fundamental para a vida humana, e afirma que ela é que faz dos seres humanos aquilo que são. Para Sartre, a existência precede a essência: os seres humanos são diferentes dos objetos, não têm à partida uma natureza que estabeleça aquilo que são e o que devem fazer; os seres humanos é que têm de escolher o que são e como devem agir. Deste modo, não podemos recusar a necessidade de escolher. Mesmo nas circunstâncias mais difíceis, podemos pelo menos optar pela maneira como vamos reagir aos problemas. Por isso, somos totalmente responsáveis pela nossa vida e pelas nossas ações. Jean-Paul Sartre Sartre não se intitulava libertista nem recorria à terminologia usada pelos defensores do libertismo. Porém, as suas ideias podem ser enquadradas nesta perspetiva filosófica.
  • 18. OBJEÇÕES AO LIBERTISMO Não há ações sem causa Os defensores desta objeção consideram que a ideia libertista de ações sem causas anteriores à decisão do agente é implausível e anticientífica. Alegam que em qualquer ação encontramos sempre causas anteriores e que qualquer decisão tem ela própria causas anteriores. É possível não sentir ou não reconhecer, numa ação, aquilo que é efeito de causas anteriores, mas ainda assim essas causas existirem e determinarem a nossa vontade. Por isso, os defensores desta objeção consideram que o argumento libertista da experiência não prova a existência de livre-arbítrio. Não sentir as causas não prova a sua inexistência
  • 19. Existe livre-arbítrio e algumas ações humanas são livres. O determinismo moderado defende esta tese por razões diferentes do libertismo. O determinismo moderado alega que há efetivamente ações livres e ações não livres e o mais importante é encontrar o que distingue umas das outras. Tese fundamental O DETERMINISMO MODERADO É COMPATIBILISTA? Sim, ao contrário do determinismo radical e do libertismo. livre-arbítrio … mas algumas delas são livres. DETERMINISMO MODERADO O determinismo moderado considera que
  • 20. Para responder a esta questão, o determinismo moderado reformula o conceito de livre-arbítrio (autodeterminação) que está em causa no debate entre deterministas radicais e libertistas. DETERMINISMO MODERADO Se todas as ações são determinadas por causas anteriores, mas algumas delas são livres, isso significa que as ações livres são também determinadas. O determinismo moderado entende livre-arbítrio como o poder de fazermos o que queremos e não fazer o que não queremos. Redefinição do conceito de livre-arbítrio Mas como pode uma ação ser simultaneamente livre e determinada?
  • 21. O que é, então, uma ação livre? Uma ação é livre quando: • é realizada sem coações (internas ou externas ao agente); • deriva das crenças e desejos do agente. Mas essas ações não têm causas anteriores à decisão do agente? Sim, têm. Mas não impedem que o agente realize uma ação livre. O facto de o agente estar envolvido numa cadeia causal que não controla não lhe retira a liberdade. O que retira a liberdade ao agente é a existência de alguma coação que o impeça de agir de acordo com o seu desejo. Quando a coação não existe, a ação é livre (e, simultaneamente, determinada). DETERMINISMO MODERADO
  • 22. DETERMINISMO MODERADO Possibilidades alternativas de ação O determinismo moderado rejeita a ideia de estarmos limitados a fazer uma só coisa, ao considerar que existem ações livres. Numa ação livre, afirma o determinismo moderado, temos a possibilidade de fazer uma coisa podendo fazer outra. Mas como é que temos alternativa ao que está determinado pelas causas anteriores? Imaginemos que um agente realiza uma ação a que chamamos A. Para o determinismo moderado, o agente realizou a ação A, mas poderia ter realizado a ação B. Se o agente tivesse desejado realizar a ação B e não a A, podia tê-lo feito. Para o determinismo moderado, uma situação como esta permite dizer que o agente teve possibilidades alternativas de ação.
  • 23. OBJEÇÕES AO DETERMINISMO MODERADO Não permite compreender a existência de possibilidades alternativas de ação Esta objeção alega que a redefinição de livre-arbítrio apresentada pelo determinismo moderado tenta contornar o problema simplificando-o de modo inaceitável. Considera-se que restringir o livre-arbítrio à ausência de coação é demasiado simplista – é fácil mostrar que certas ações são feitas sem coação (até um determinista radical aceita isso). Para os incompatibilistas, não é esta a questão que está em discussão. Baixa a fasquia Esta objeção põe em causa a ideia de possibilidades alternativas de ação defendida pelo determinismo moderado. Uma vez que esta teoria defende simultaneamente que uma ação é livre e sempre determinada por causas anteriores, não parece haver possibilidade de um agente fazer algo de diferente e alternativo. Poder fazer algo diferente do que fizemos caso o tivéssemos desejado não corresponde a uma genuína possibilidade alternativa de ação, pois esse desejo tem causas anteriores que o agente não controla.