O documento descreve elementos característicos da tragédia presentes na obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. A obra apresenta concentração de tempo, espaço e personagens, indícios trágicos como números e datas simbólicas, e observa elementos da tragédia como hybris, ágon, peripécia, anagnorisis e catástrofe. A dimensão trágica está assim presente na simplicidade da estrutura da obra, semelhante às tragédias gregas antigas.
O Padre António Vieira analisa a alegoria do "sal da terra" usada por Jesus, notando que apesar dos muitos pregadores a terra continua corrompida. Ele atribui isto ao facto dos pregadores não cumprirem a sua função de impedir a corrupção das almas ou porque os ouvintes não aceitam a doutrina. Tal como Santo António pregou aos peixes em vez dos homens de Arimino, o Padre Vieira pretende também "pregar aos peixes".
Padre António Vieira prega o "Sermão de Santo António" em São Luís do Maranhão em 1634. No sermão, ele usa uma alegoria comparando os peixes aos homens para criticar os colonos. Ele elogia as virtudes dos peixes como obediência e respeito a Deus, contrastadas com os defeitos dos homens como fúria e obstinação. Vieira planeja "pregar aos peixes" se os homens não ouvirem a mensagem, como fez Santo António.
Padre António Vieira pronuncia um sermão em São Luís do Maranhão em 1654. Ele elogia os peixes por louvarem a Deus com sua existência, apesar de sua irracionalidade, e pede aos ouvintes que também louvem a Deus.
Este documento resume os principais elementos temporais da peça Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. A ação decorre entre 1599 e 1600, 21 anos após a batalha de Alcácer-Quibir. Ao longo dos três atos, são fornecidos vários indícios temporais que revelam a progressão da ação ao longo de alguns dias, culminando na noite fatal do desfecho trágico. São também evidenciados os elementos que criam um clima de suspense e pressentimento de desgraça através de referências a
O Poeta critica os guerreiros portugueses por não valorizarem as artes e a cultura, ao contrário dos heróis da Antiguidade. Isso pode levar ao esquecimento dos feitos heroicos e falta de inspiração para novas gerações. Ele alerta especialmente Vasco da Gama e sua família que, embora tenham realizado grandes façanhas, não incentivam a poesia que as celebra.
D. Dinis - A Mensagem (Fernando Pessoa)Sara Guerra
Este poema descreve D. Dinis como um rei multifacetado que foi lavrador, trovador e impulsionador da plantação do Pinhal de Leiria, cuja madeira possibilitou os Descobrimentos portugueses. Faz uma análise das partes lógicas, símbolos, recursos expressivos e intertextualidade com Os Lusíadas, destacando D. Dinis como um rei visionário que preparou o futuro de Portugal.
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"Maria Góis
Frei Luís de Sousa é dividido em três atos com várias cenas cada. A estrutura interna segue o padrão exposição-conflito-desenlace, apresentando personagens e contexto no início, conflitos ao longo do meio, e resolução no final através de morte e entrada na vida religiosa. A estrutura externa inclui texto dramático e didascálico em prosa dividido em atos e cenas.
O Padre António Vieira analisa a alegoria do "sal da terra" usada por Jesus, notando que apesar dos muitos pregadores a terra continua corrompida. Ele atribui isto ao facto dos pregadores não cumprirem a sua função de impedir a corrupção das almas ou porque os ouvintes não aceitam a doutrina. Tal como Santo António pregou aos peixes em vez dos homens de Arimino, o Padre Vieira pretende também "pregar aos peixes".
Padre António Vieira prega o "Sermão de Santo António" em São Luís do Maranhão em 1634. No sermão, ele usa uma alegoria comparando os peixes aos homens para criticar os colonos. Ele elogia as virtudes dos peixes como obediência e respeito a Deus, contrastadas com os defeitos dos homens como fúria e obstinação. Vieira planeja "pregar aos peixes" se os homens não ouvirem a mensagem, como fez Santo António.
Padre António Vieira pronuncia um sermão em São Luís do Maranhão em 1654. Ele elogia os peixes por louvarem a Deus com sua existência, apesar de sua irracionalidade, e pede aos ouvintes que também louvem a Deus.
Este documento resume os principais elementos temporais da peça Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. A ação decorre entre 1599 e 1600, 21 anos após a batalha de Alcácer-Quibir. Ao longo dos três atos, são fornecidos vários indícios temporais que revelam a progressão da ação ao longo de alguns dias, culminando na noite fatal do desfecho trágico. São também evidenciados os elementos que criam um clima de suspense e pressentimento de desgraça através de referências a
O Poeta critica os guerreiros portugueses por não valorizarem as artes e a cultura, ao contrário dos heróis da Antiguidade. Isso pode levar ao esquecimento dos feitos heroicos e falta de inspiração para novas gerações. Ele alerta especialmente Vasco da Gama e sua família que, embora tenham realizado grandes façanhas, não incentivam a poesia que as celebra.
D. Dinis - A Mensagem (Fernando Pessoa)Sara Guerra
Este poema descreve D. Dinis como um rei multifacetado que foi lavrador, trovador e impulsionador da plantação do Pinhal de Leiria, cuja madeira possibilitou os Descobrimentos portugueses. Faz uma análise das partes lógicas, símbolos, recursos expressivos e intertextualidade com Os Lusíadas, destacando D. Dinis como um rei visionário que preparou o futuro de Portugal.
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"Maria Góis
Frei Luís de Sousa é dividido em três atos com várias cenas cada. A estrutura interna segue o padrão exposição-conflito-desenlace, apresentando personagens e contexto no início, conflitos ao longo do meio, e resolução no final através de morte e entrada na vida religiosa. A estrutura externa inclui texto dramático e didascálico em prosa dividido em atos e cenas.
D. Maria de Noronha é apresentada como uma "menina anjo" de 13 anos, frágil fisicamente mas forte intelectualmente. É culta e tem sangue nobre, revelando uma personalidade precoce. É muito religiosa e patriota, representando um ideal romântico da época. No entanto, sofre uma morte moral e física ao longo da peça.
A obra Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco conta a história de Simão e Teresa, dois jovens de famílias rivais que se apaixonam. No entanto, o pai de Teresa se opõe ao seu amor e a fecha num convento. Simão mata o primo de Teresa, Baltasar, e é condenado à prisão. Tanto Simão quanto Teresa acabam morrendo devido ao seu amor proibido, enquanto Mariana, que ama Simão em segredo, comete suicídio após a morte dele
- Os portugueses finalmente deixaram Calcute, apesar das dificuldades, regressando a Portugal. Vénus recompensa-os com a Ilha dos Amores, onde Cúpido faz as Ninfas apaixonarem-se pelos portugueses. Tétis explica a situação a Vasco da Gama.
O documento descreve a estrutura e elementos principais da peça Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. Cada ato contém uma exposição no início estabelecendo o contexto, um conflito central, e um desenlace no final. A ação segue a família de Manuel de Sousa Coutinho e explora temas como o destino, superstições e lealdades divididas.
O documento descreve o Sebastianismo, uma crença no regresso do rei D. Sebastião em Portugal após sua morte. A obra Frei Luís de Sousa representa esta crença através de personagens como Telmo, Maria e Madalena, que mantêm a esperança ou receio de seu retorno. O mito de D. Sebastião simboliza a incerteza da identidade portuguesa na época e tem consequências destrutivas.
O poeta faz um balanço autobiográfico da sua vida desventurada, atribuindo a culpa aos seus erros, má sorte e amor, que se conjuraram contra ele. Apesar de ter passado por muitas dificuldades, mantém viva a dor das experiências passadas, o que o leva a não querer mais ter esperanças ou ser feliz.
Este documento resume um poema de Camões que critica a ingratidão dos portugueses e seus defeitos. O poeta lamenta os sofrimentos que enfrentou ao escrever sobre os feitos portugueses sem receber reconhecimento. Ele lista os tipos de nobres portugueses indignos, incluindo aqueles que são ambiciosos, corruptos ou aplicam a lei de forma injusta. No final, elogia aqueles que arriscam suas vidas por Deus e pelo rei.
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCatarina Sousa
Este documento resume as reflexões do poeta nos cantos IX, estâncias 88-95. O poeta simboliza a Ilha dos Amores como a recompensa merecida pelos portugueses. Ele apela aos governantes para controlarem a cobiça e ambição e evitarem a tirania, defendendo que o verdadeiro valor está em dar justiça a todos e combater os mouros. O poeta incentiva heróicos feitos para merecer fama eterna entre os grandes de Portugal.
Frei Luís de Sousa - Características trágicasMaria Rodrigues
O documento descreve as principais características da tragédia, comédia e drama. Apresenta os elementos estruturais de uma peça dramática como atos, cenas, personagens e didascálias. Discute a especificidade da obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett, considerada tanto uma tragédia quanto um drama.
D. Madalena é uma mulher nobre que se apaixona por Manuel de Sousa Coutinho enquanto seu marido D. João estava desaparecido. Anos mais tarde, D. João regressa, destruindo a família de Madalena. Ao longo da obra, Madalena é atormentada pela culpa e medo, vendo presságios de desgraça. Quando descobre que D. João ainda vive, sua família é destruída, forçando-a e Manuel a entrarem em conventos.
O poema descreve o sujeito poético sentado junto ao mar ouvindo seu lamento enquanto interroga as forças da natureza em busca de respostas para suas inquietações, mas só encontra silêncio.
1) O documento discute as reflexões do poeta Camões em sua obra épica "Os Lusíadas".
2) Camões critica a sociedade portuguesa por seu desprezo pelas artes e letras e pela ingratidão para com aqueles que louvam Portugal.
3) O poeta também lamenta a decadência de Portugal e alerta para os perigos do materialismo e do mau exercício do poder.
O poema descreve a beleza da amada do sujeito lírico, uma escrava negra chamada Bárbara. Apesar de ser socialmente uma "cativa", ela cativa o coração do sujeito poético com sua singular beleza física e qualidades psicológicas de serenidade e doçura. O poema faz uma série de comparações entre a amada e elementos da natureza para enaltecer sua beleza superior. Apesar de contrariar os padrões estéticos da época por ter traços físicos negros,
Camões dirige-se às ninfas do Tejo pedindo ajuda para cantar os feitos dos portugueses de forma sublime. Ele estabelece um confronto entre a poesia lírica e a poesia épica, que exige um estilo mais elevado. Na dedicatória, Camões dedica a obra a D. Sebastião, então jovem rei de Portugal, elogiando-o e tentando convencê-lo a aceitar seu canto através de uma linguagem argumentativa e apelativa.
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulosClaudiaSacres
Este documento resume o conteúdo de quatro capítulos de um sermão de Santo António aos peixes. No capítulo 1, o pregador usa argumentos lógicos e exemplos bíblicos para defender seu ponto. No capítulo 2, os peixes são usados como metáfora para criticar os vícios humanos. No capítulo 3, peixes específicos são comparados a Santo António. No capítulo 4, o pregador usa lógica implacável para mostrar como os homens se devoram uns aos outros
O documento resume os capítulos II e III do Sermão de Santo António aos peixes de Padre António Vieira. No capítulo II, ele elogia as virtudes dos peixes e critica os vícios dos homens. No capítulo III, ele descreve virtudes de peixes específicos e compara a língua de Santo António aos peixes, sugerindo que ele prendeu a fúria humana como a rémora prende os navios.
Este capítulo descreve a relação conflituosa entre Teresa e seu pai Tadeu, que quer forçá-la a se casar com seu primo ou entrar para um convento. Teresa escreve uma carta para Simão contando sobre a situação. Simão fica com raiva, mas decide ir vê-la em vez de se vingar. Eles combinam um encontro secreto.
O documento descreve as principais características do Romantismo, incluindo seu período histórico entre os séculos XVIII e XIX, a ênfase na subjetividade, sentimentalismo e liberdade individual, e a valorização da natureza, do passado e do nacionalismo. Também apresenta elementos formais como a estrutura em três atos da peça Frei Luís de Sousa e características da tragédia clássica encontradas nela, como o conflito, sofrimento dos personagens e reconhecimento no desfecho.
Este documento fornece contexto histórico e literário sobre a obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. Apresenta detalhes sobre o período histórico em que a obra se passa, incluindo a batalha de Alcácer Quibir e a disputa pelo trono português entre liberais e absolutistas. Também resume as características românticas presentes na obra como o sebastianismo, o patriotismo e o uso do escapismo religioso.
Frei Luis de Sousa - Estrutura Clássicanelsonalves70
1) A peça apresenta as personagens principais e estabelece o contexto da história através do diálogo inicial entre Da. Madalena e Telmo. 2) Da. Madalena desafia as normas sociais ao casar-se novamente depois do desaparecimento do primeiro marido. 3) Uma série de acontecimentos, como o regresso dos governadores de Lisboa e a chegada de um romeiro, ameaçam destruir a nova família formada.
Frei Luís de Sousa é um drama romântico de Almeida Garrett que conta a tragédia da família de Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena de Vilhena. O retorno inesperado de D. João de Portugal, marido anterior de D. Madalena, desencadeia uma série de eventos trágicos que levam à morte da filha Maria e à entrada de Manuel e Madalena para ordens religiosas. A obra mistura elementos do drama clássico com o romantismo ao explorar temas como o destino,
Caracteristicas trágicas e romanticas da obra-Frei Luis de Sousananasimao
1) O documento descreve características trágicas e românticas da obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.
2) As características trágicas incluem a presença de elementos como catástrofe, anagnorise, pathos e aniquilamento.
3) As características românticas incluem o patriotismo, a crença no sebastianismo, a religiosidade e a contemplação da natureza.
D. Maria de Noronha é apresentada como uma "menina anjo" de 13 anos, frágil fisicamente mas forte intelectualmente. É culta e tem sangue nobre, revelando uma personalidade precoce. É muito religiosa e patriota, representando um ideal romântico da época. No entanto, sofre uma morte moral e física ao longo da peça.
A obra Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco conta a história de Simão e Teresa, dois jovens de famílias rivais que se apaixonam. No entanto, o pai de Teresa se opõe ao seu amor e a fecha num convento. Simão mata o primo de Teresa, Baltasar, e é condenado à prisão. Tanto Simão quanto Teresa acabam morrendo devido ao seu amor proibido, enquanto Mariana, que ama Simão em segredo, comete suicídio após a morte dele
- Os portugueses finalmente deixaram Calcute, apesar das dificuldades, regressando a Portugal. Vénus recompensa-os com a Ilha dos Amores, onde Cúpido faz as Ninfas apaixonarem-se pelos portugueses. Tétis explica a situação a Vasco da Gama.
O documento descreve a estrutura e elementos principais da peça Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. Cada ato contém uma exposição no início estabelecendo o contexto, um conflito central, e um desenlace no final. A ação segue a família de Manuel de Sousa Coutinho e explora temas como o destino, superstições e lealdades divididas.
O documento descreve o Sebastianismo, uma crença no regresso do rei D. Sebastião em Portugal após sua morte. A obra Frei Luís de Sousa representa esta crença através de personagens como Telmo, Maria e Madalena, que mantêm a esperança ou receio de seu retorno. O mito de D. Sebastião simboliza a incerteza da identidade portuguesa na época e tem consequências destrutivas.
O poeta faz um balanço autobiográfico da sua vida desventurada, atribuindo a culpa aos seus erros, má sorte e amor, que se conjuraram contra ele. Apesar de ter passado por muitas dificuldades, mantém viva a dor das experiências passadas, o que o leva a não querer mais ter esperanças ou ser feliz.
Este documento resume um poema de Camões que critica a ingratidão dos portugueses e seus defeitos. O poeta lamenta os sofrimentos que enfrentou ao escrever sobre os feitos portugueses sem receber reconhecimento. Ele lista os tipos de nobres portugueses indignos, incluindo aqueles que são ambiciosos, corruptos ou aplicam a lei de forma injusta. No final, elogia aqueles que arriscam suas vidas por Deus e pelo rei.
Canto IX - estâncias 88-95, Reflexões do PoetaCatarina Sousa
Este documento resume as reflexões do poeta nos cantos IX, estâncias 88-95. O poeta simboliza a Ilha dos Amores como a recompensa merecida pelos portugueses. Ele apela aos governantes para controlarem a cobiça e ambição e evitarem a tirania, defendendo que o verdadeiro valor está em dar justiça a todos e combater os mouros. O poeta incentiva heróicos feitos para merecer fama eterna entre os grandes de Portugal.
Frei Luís de Sousa - Características trágicasMaria Rodrigues
O documento descreve as principais características da tragédia, comédia e drama. Apresenta os elementos estruturais de uma peça dramática como atos, cenas, personagens e didascálias. Discute a especificidade da obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett, considerada tanto uma tragédia quanto um drama.
D. Madalena é uma mulher nobre que se apaixona por Manuel de Sousa Coutinho enquanto seu marido D. João estava desaparecido. Anos mais tarde, D. João regressa, destruindo a família de Madalena. Ao longo da obra, Madalena é atormentada pela culpa e medo, vendo presságios de desgraça. Quando descobre que D. João ainda vive, sua família é destruída, forçando-a e Manuel a entrarem em conventos.
O poema descreve o sujeito poético sentado junto ao mar ouvindo seu lamento enquanto interroga as forças da natureza em busca de respostas para suas inquietações, mas só encontra silêncio.
1) O documento discute as reflexões do poeta Camões em sua obra épica "Os Lusíadas".
2) Camões critica a sociedade portuguesa por seu desprezo pelas artes e letras e pela ingratidão para com aqueles que louvam Portugal.
3) O poeta também lamenta a decadência de Portugal e alerta para os perigos do materialismo e do mau exercício do poder.
O poema descreve a beleza da amada do sujeito lírico, uma escrava negra chamada Bárbara. Apesar de ser socialmente uma "cativa", ela cativa o coração do sujeito poético com sua singular beleza física e qualidades psicológicas de serenidade e doçura. O poema faz uma série de comparações entre a amada e elementos da natureza para enaltecer sua beleza superior. Apesar de contrariar os padrões estéticos da época por ter traços físicos negros,
Camões dirige-se às ninfas do Tejo pedindo ajuda para cantar os feitos dos portugueses de forma sublime. Ele estabelece um confronto entre a poesia lírica e a poesia épica, que exige um estilo mais elevado. Na dedicatória, Camões dedica a obra a D. Sebastião, então jovem rei de Portugal, elogiando-o e tentando convencê-lo a aceitar seu canto através de uma linguagem argumentativa e apelativa.
Sermão aos peixes resumo-esquema por capítulosClaudiaSacres
Este documento resume o conteúdo de quatro capítulos de um sermão de Santo António aos peixes. No capítulo 1, o pregador usa argumentos lógicos e exemplos bíblicos para defender seu ponto. No capítulo 2, os peixes são usados como metáfora para criticar os vícios humanos. No capítulo 3, peixes específicos são comparados a Santo António. No capítulo 4, o pregador usa lógica implacável para mostrar como os homens se devoram uns aos outros
O documento resume os capítulos II e III do Sermão de Santo António aos peixes de Padre António Vieira. No capítulo II, ele elogia as virtudes dos peixes e critica os vícios dos homens. No capítulo III, ele descreve virtudes de peixes específicos e compara a língua de Santo António aos peixes, sugerindo que ele prendeu a fúria humana como a rémora prende os navios.
Este capítulo descreve a relação conflituosa entre Teresa e seu pai Tadeu, que quer forçá-la a se casar com seu primo ou entrar para um convento. Teresa escreve uma carta para Simão contando sobre a situação. Simão fica com raiva, mas decide ir vê-la em vez de se vingar. Eles combinam um encontro secreto.
O documento descreve as principais características do Romantismo, incluindo seu período histórico entre os séculos XVIII e XIX, a ênfase na subjetividade, sentimentalismo e liberdade individual, e a valorização da natureza, do passado e do nacionalismo. Também apresenta elementos formais como a estrutura em três atos da peça Frei Luís de Sousa e características da tragédia clássica encontradas nela, como o conflito, sofrimento dos personagens e reconhecimento no desfecho.
Este documento fornece contexto histórico e literário sobre a obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. Apresenta detalhes sobre o período histórico em que a obra se passa, incluindo a batalha de Alcácer Quibir e a disputa pelo trono português entre liberais e absolutistas. Também resume as características românticas presentes na obra como o sebastianismo, o patriotismo e o uso do escapismo religioso.
Frei Luis de Sousa - Estrutura Clássicanelsonalves70
1) A peça apresenta as personagens principais e estabelece o contexto da história através do diálogo inicial entre Da. Madalena e Telmo. 2) Da. Madalena desafia as normas sociais ao casar-se novamente depois do desaparecimento do primeiro marido. 3) Uma série de acontecimentos, como o regresso dos governadores de Lisboa e a chegada de um romeiro, ameaçam destruir a nova família formada.
Frei Luís de Sousa é um drama romântico de Almeida Garrett que conta a tragédia da família de Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena de Vilhena. O retorno inesperado de D. João de Portugal, marido anterior de D. Madalena, desencadeia uma série de eventos trágicos que levam à morte da filha Maria e à entrada de Manuel e Madalena para ordens religiosas. A obra mistura elementos do drama clássico com o romantismo ao explorar temas como o destino,
Caracteristicas trágicas e romanticas da obra-Frei Luis de Sousananasimao
1) O documento descreve características trágicas e românticas da obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.
2) As características trágicas incluem a presença de elementos como catástrofe, anagnorise, pathos e aniquilamento.
3) As características românticas incluem o patriotismo, a crença no sebastianismo, a religiosidade e a contemplação da natureza.
1) O documento analisa o papel do tempo e espaço na obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.
2) O tempo e espaço constituem elementos fundamentais para o desenvolvimento psicológico da trama e personagens.
3) Ao longo da obra, o espaço físico vai afunilando para representar o crescendo da tragédia, enquanto o tempo também é condensado para reforçar a tensão dramática.
1) O documento discute a classificação da peça Frei Luís de Sousa de Alexandre Herculano como um drama quanto à forma e uma tragédia quanto ao conteúdo.
2) A peça apresenta características do drama romântico como a valorização da identidade nacional e do indivíduo, e características da tragédia clássica como o número reduzido de personagens nobres e elementos trágicos como o hýbris e a catástrofe.
3) A ação ocorre em três palácios
1) A obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garret contém elementos tanto de tragédia quanto de drama. Apresenta personagens nobres, presságios de tragédia e tema de adultério.
2) A narrativa se passa em Portugal nos séculos XVI e XVII e envolve personagens históricas como D. João de Portugal e sua esposa Madalena.
3) Uma crença central é o Sebastianismo, a fé de que o desaparecido rei D. Sebastião retornaria para liderar Portugal a uma
O documento resume os três atos da peça Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. No primeiro ato, D. Madalena reflete sobre seu passado e casamentos enquanto os governadores castelhanos planejam se instalar no palácio. Manuel de Sousa incendeia o palácio para impedir. No segundo ato, durante o incêndio, D. Madalena vê os retratos de seus maridos. Um romeiro chega e se revela ser D. João de Portugal. No terceiro ato, a identidade do romeiro causa vergon
O documento discute as características da tragédia clássica presentes na obra de Garrett "Frei Luís de Sousa", como personagens nobres, tempo condensado e destino trágico. Também aborda elementos do drama romântico, como crítica social, realismo psicológico e projeção pessoal do autor.
O documento discute a peça Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. A peça trata da história de D. João de Portugal, um nobre que desapareceu na batalha de Alcácer Quibir em 1578. Sua esposa D. Madalena casa-se com Manuel de Sousa Coutinho e tem uma filha, D. Maria. Anos depois, D. João reaparece, colocando em risco a legitimidade de D. Maria. Isto leva a conflitos familiares e à morte trágica de
Este documento resume uma apresentação sobre a obra "Frei Luís de Sousa", de Almeida Garrett. Aborda a biografia do autor, a estrutura da obra dividida em três atos, e o simbolismo das referências temporais como a sexta-feira e o crepúsculo. Também descreve brevemente as personagens principais D. Madalena e Maria.
D. Manuel de Sousa incendeia sua própria casa para que os governadores espanhóis não possam se instalar nela. Ele ordena que sua família fuja com ele enquanto a casa pega fogo. D. Madalena fica em choque com a situação.
A peça é dividida em três atos que descrevem a destruição do palácio de Manuel de Sousa em Almada e as consequências para as personagens. No primeiro ato, o palácio é incendiado para não ser ocupado por governadores. No segundo ato, já no palácio de D. João, a chegada de um romeiro causa inquietação. No terceiro ato, o romeiro é reconhecido como D. João e Manuel de Sousa decide enviar o casal Telmo e Madalena para um convento, onde se desenrol
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 67-68luisprista
1. O documento discute a peça Macbeth de Shakespeare e como um esboço moderno altera elementos da tragédia original.
2. A peça Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett é discutida como um drama ao invés de uma tragédia por quebrar algumas regras do gênero.
3. Detalhes formais e de conteúdo das diferenças entre tragédias e a falsa obra "MacDonald" são explicados.
O drama romântico em _Frei Luís de SousapptxElsabastos
O documento discute as características do drama romântico presentes na obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Apresenta personagens apaixonadas e misteriosas, situações de perigo e fuga noturna, retratando valores típicos do Romantismo como a rebeldia, liberdade e patriotismo. Destaca-se a linguagem expressiva, a valorização do indivíduo e a intenção pedagógica da obra.
Este documento resume as principais características e elementos de análise da obra Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett. Em menos de 3 frases:
1) Apresenta a vida e obra de Almeida Garrett, contextualizando a peça no Romantismo português. 2) Descreve as características da tragédia clássica e romântica presentes na obra. 3) Detalha os elementos estruturais e simbólicos da peça, incluindo espaço, tempo, linguagem e intenção crítica.
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 77-78luisprista
Nestas cenas, Madalena expressa medo de ficar sozinha em uma data significativa. Manuel tenta acalmá-la, mas promete não demorar em Lisboa, deixando-a mais ansiosa. Quando os outros também vão embora, Madalena fica completamente sozinha e recebe a visita do Romeiro.
O Frei Luís de Sousa é um drama romântico que aborda temas como amor, religião e patriotismo. A história segue uma família nobre cujos membros sofrem quando o pai supostamente morto retorna. No final, a filha morre, os pais entram para um convento e o homem torna-se frei.
O documento discute o mito do Sebastianismo em Portugal e sua representação na peça Frei Luís de Sousa. O Sebastianismo sustentava a esperança no regresso do rei D. Sebastião, que traria de volta a glória de Portugal. Na peça, personagens como Telmo e Maria acreditam nesse retorno, enquanto o regresso de D. João na figura do Romeiro na verdade causa destruição. Isso sugere que viver no passado prejudica o progresso de Portugal.
Frei Luís de Sousa é considerado um drama por seu autor, mas apresenta características da tragédia clássica. A obra explora o conflito entre o destino e a responsabilidade humana através da história de uma família nobre cujos membros sofrem as consequências de suas ações. Apesar de seguir convenções do gênero trágico, a obra também critica aspectos sociais e apresenta realismo psicológico típicos do drama romântico.
1) O documento descreve a obra Frei Luís de Sousa, caracterizando-a como um drama romântico e tragédia histórica escrita em prosa no século XIX.
2) A literatura romântica valoriza sentimentos intensos como rebeldia, liberdade e patriotismo, além de exagerar traços da tragédia clássica.
3) A obra apresenta características dos gêneros dramático, romântico e trágico como sentimentos fortes, exaltação patriótica, mort
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A ética kantiana defende que a única coisa com valor intrínseco é a boa vontade. Kant argumenta que talentos, felicidade e outros bens só têm valor se estiverem associados a uma boa vontade, e que a boa vontade tem valor em si mesma independentemente do que possa alcançar.
- Mensagem é um poema de Fernando Pessoa publicado em 1934 que propõe uma nova visão da identidade nacional portuguesa e do papel de Portugal no mundo.
- A obra está estruturada em três partes que refletem sobre o passado, presente e futuro de Portugal de forma mitológica e visionária.
- Pessoa vê a História de Portugal como resultado de um plano divino e acredita que é função dos poetas criar mitos que guiem o destino da nação.
Este documento descreve a queda da Primeira República em Portugal em 1926. A desilusão das classes médias com o regime republicano crescia devido às dificuldades econômicas e sociais. Um clima político tenso levou a revoltas militares lideradas pelo general Gomes da Costa, que derrubaram o regime republicano. A Primeira República foi substituída por um novo regime autoritário e conservador.
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Este documento discute o problema filosófico do livre-arbítrio versus determinismo. Apresenta três perspectivas sobre este problema: determinismo radical, que nega a existência de livre-arbítrio; libertismo, que defende que algumas ações humanas são livres; e determinismo moderado, que considera que o livre-arbítrio e o determinismo são compatíveis.
Na primeira metade do século XX, novas formas de arte surgiram na Europa em resposta às mudanças sociais e tecnológicas, como o fauvismo, cubismo e futurismo. Estes movimentos valorizavam a criatividade e emoção em vez de reproduzir a realidade. Na arquitetura, estilos como o Bauhaus e o trabalho de Le Corbusier priorizaram a funcionalidade e formas geométricas. Estes estilos modernos também influenciaram artistas portugueses como Amadeo de Souza-Cardoso e Santa-Rita
O documento descreve a evolução do movimento artístico cubista entre 1908 e 1914, dividido em três fases principais: a fase cezaniana (1906-1909), o cubismo analítico (1909-1912) e o cubismo sintético (1912-1916). Picasso e Braque foram pioneiros do cubismo ao reduzir formas a geometrias, enquanto artistas como Gris, Gleizes e Delaunay também contribuíram para o movimento.
Três características principais da filosofia de vida de Ricardo Reis presentes em suas obras são: 1) a fruição contemplativa e serena da Natureza; 2) a fruição moderada dos prazeres fugazes da vida; 3) a consciência da efemeridade da vida e da importância de usufruir o momento presente.
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1. O poema O sentimento dum Ocidental de Cesário Verde convoca elementos do género épico, nomeadamente através da estrutura narrativa e da reflexão sobre o povo português.
2. A viagem do eu lírico por Lisboa representa a passagem do tempo e a transição de um passado glorioso para um presente decadente.
3. Figuras como Camões e a sua epopeia Os Lusíadas são evocadas para simbolizar a grandeza passada em contraste com a realidade opressiva do presente.
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Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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2. «A tragédia grega vai preparando o espetador para o desenlace trágico fornecendo-lhe,
através de «presságios», sinais que indiciam o desfecho terrível, que preveem a
fatalidade inultrapassável.
Na história de Frei Luís de Sousa […] há toda a simplicidade de uma fábula trágica
antiga.»
Almeida Garrett, Memória ao Conservatório Real
3. O que é a tragédia?
Quais são as características da tragédia?
A ação da peça desenvolve-se a partir do conflito entre o ser humano
e o destino;
A dimensão trágica
Cultivada na Grécia Antiga, a tragédia é um género literário, escrita em verso
em tom solene, cujo fim é suscitar o terror e a piedade.
O castigo das forças superiores é consequente do «desafio» cometido
pelas personagens;
As personagens são nobres e em número reduzido;
Obedece à lei das três unidades: ação, tempo, espaço;
Está presente um coro nos momentos mais dramáticos.
4. A dimensão trágica
Concentração temporal, espacial e ao nível das
personagens (número reduzido);
Almeida Garrett escreveu o drama Frei Luís de Sousa como se fosse uma «tragédia», dotando-o da
simplicidade característica das tragédias da Antiguidade Clássica e obedecendo às regras de concentração:
Presença de indícios trágicos;
Observância dos elementos da tragédia.
«Tinha um pressentimento do que havia de
acontecer… parecia-me que não podia deixar de
suceder… e cuidei que o desejava enquanto não
veio.» (Cena IV, Ato III)
5. A dimensão trágica
A ação desenrola-se em pouco mais de uma semana, destacando-se a sexta-feira
(duas) como dia trágico.
Neste desenrolar da ação, existem datas e períodos de tempo carregados de simbolismo,
nomeadamente o número de sete e seus múltiplos (14, 21): sete anos se passam entre a
morte de D. João de Portugal e o casamento Manuel de Sousa Coutinho, 21 anos entre a
Batalha da Alcácer-Quibir e o regresso do primeiro marido de D. Madalena.
O tempo
Concentração de tempo, de espaço e de personagens
«Pois dizei-me em consciência, dizei-mo de uma vez, claro e
desenganado: a que se apega esta vossa credulidade de sete… e
hoje mais catorze... vinte e um anos?» (Cena II, Ato I)
O espaço
Verifica-se um afunilamento progressivo do espaço.
6. A dimensão trágica
ATO I
Palácio de Manuel de Sousa Coutinho
O retrato de Manuel de Sousa em chamas
ATO II
Palácio de D. João de Portugal
Reconhecimento de D. João de Portugal
ATO III
Parte baixa do palácio de
D. João de Portugal
- Luxuoso e iluminado;
- Aberto ao exterior;
- Representa a felicidade.
- Melancólico e escuro;
- Privado do contacto com o
exterior (clausura);
- Simboliza desgraça.
- Sem ornamentos mundanos;
- Predomínio de elementos cristãos;
- Piso inferior (descida à sepultura);
- Simboliza a morte.
7. A dimensão trágica
Há um número reduzido de personagens.
Estas personagens estão relacionadas entre si, porque são
uma família, ou muito próximas do núcleo familiar (Telmo).
As personagens
«A todos parece que o coração lhes adivinha desgraça… E eu quase
que também já se me pega o mal. Deus seja connosco!» (Cena IX,
Ato II)
8. A dimensão trágica
A leitura e destaque de dois versos do episódio de Inês de Castro, de «Os Lusíadas»:
Indícios trágicos
«Naquele engano d’alma ledo e cego/Que a fortuna não deixa durar muito…»
(Cena I, Ato I)
A idade de Maria (13 anos):
«– Então! Tem treze anos feitos, é quase uma senhora, está uma senhora… (à
parte). Uma senhora, aquela… pobre menina!» (Cena II, Ato I)
O Sebastianismo: referência à morte misteriosa e à crença no regresso do
rei, que indicia o possível e indesejado regresso de D. João de Portugal:
«[…] é o da ilha encoberta onde está el-rei D. Sebastião, que não morreu e
que há de vir, um dia de névoa muito cerrada… Que ele não morreu; não é
assim, minha mãe?» (Cena III, Ato I)
9. A dimensão trágica
A destruição do retrato de Manuel de Sousa Coutinho, indício da “destruição”
da personagem:
Indícios trágicos
«Meu Deus, meu Deus!... Ai, e o retrato de meu marido!... Salvem-
me aquele retrato!» (Cena XII, Ato I)
A mudança para o palácio de D. João de Portugal, que sugere aproximação a um
tempo passado que se não deseja:
«[…] mas tu não sabes a violência, o constrangimento de alma, o terror com que
eu penso em ter de entrar naquela casa. Parece-me que é voltar ao poder dele,
que é tirar-me dos teus braços, que o vou encontrar ali…» (Cena VIII, Ato I)
Os números (3, 7, 14, 21):
«Pois dizei-me em consciência, dizei-mo de uma vez, claro e desenganado: a que se
apega esta vossa credulidade de sete… e hoje mais catorze... vinte e um anos?»
(Cena II, Ato I)
10. A dimensão trágica
O tempo (sexta-feira, dia aziago, coincidente com o dia da Paixão de Cristo):
Indícios trágicos
«Sexta-feira! […] ai que é sexta-feira!» (Cena IV, Ato II)
A situação dos condes de Vimioso, que indicia o final do drama no que diz
respeito ao casal:
«Verem-se com a mortalha já vestida e ... vivos, sãos ... depois de tantos anos
de amor.» (Cena VIII, Ato II)
11. A dimensão trágica
Hybris (atos desafiadores):
Elementos da tragédia
«[…] estou pronta a obedecer-te sempre, cegamente, em tudo. Mas, oh! esposo
da minha alma…» (Cena VIII, Ato I)
«Estava ali um brandão aceso, encostado a uma dessas cadeiras que tinham posto no
meio da casa; dava todo o clarão da luz naquele retrato… […] Oh meu Deus!... ficou
tão perdida de susto, ou não sei de quê […]» (Cena I, Ato II)
D. Madalena apaixona-se por Manuel de Sousa Coutinho ainda
casada com D. João de Portugal.
D. Madalena e Manuel Sousa Coutinho casam-se, mesmo com as
incertezas quanto à morte do primeiro marido.
Incêndio do palácio.
12. A dimensão trágica
Ágon (conflito interior):
Elementos da tragédia
«Oh! que amor, que felicidade… que desgraça a minha!» (Cena I, Ato I)
«É que o amor desta outra filha, desta última filha, é maior, e venceu…
venceu, apagou o outro. Perdoe-me, Deus, se é pecado. Mas que
pecado há de haver com aquele anjo?» (Cena IV, Ato III)
D. Madalena sente-se culpada por amar Manuel de Sousa Coutinho:
Telmo Pais sente-se dividido entre o amor por Maria e o que ainda
tem por D. João de Portugal:
13. A dimensão trágica
Peripeteia (peripécia, mudança):
Elementos da tragédia
«Meu pai morreu desastrosamente caindo sobre a sua própria espada: quem
sabe se eu morrerei nas chamas ateadas por minhas mãos?» (Cena XI, Ato I)
«Meu Deus, meu Deus, (ajoelha) levai o velho que já não presta para nada,
levai-o, por quem sois. […] Contentai-vos com este pobre sacrifício da minha
vida, Senhor, e não me tomeis dos braços o inocentinho que eu criei para Vós
[…].» (Cena IV, Ato III)
O incêndio provoca a mudança de palácio: precipitação dos acontecimentos:
A chegada do Romeiro altera a ordem familiar:
«Desgraçada filha, que ficas órfã!... órfã de pai e de mãe… (pausa)… e de
família e de nome, que tudo perdeste hoje…» (Cena I, Ato III)
14. A dimensão trágica
Ananké (destino implacável):
Elementos da tragédia
«[…] como é esta vida miserável que um sopro pode apagar em menos tempo
ainda!» (Cena XI, Ato I)
O incêndio do palácio serviu para encaminhar as personagens para o seu
destino final:
15. A dimensão trágica
Pathos (sofrimento):
Elementos da tragédia
«[…] que felicidade… que desgraça a minha!» (Cena I, Ato I)
O sofrimento é visível em todas as personagens.
D. Madalena sente culpa e dúvidas constantes:
«Peço-te vida, meu Deus (ajoelha e põe as mãos), peço-te vida, vida, vida…
vida para ela, vida para a minha filha!... saúde, vida para a minha querida
filha!...» (Cena I, Ato III)
Manuel de Sousa Coutinho sente revolta e indignação e sofre pela filha:
16. A dimensão trágica
Pathos (sofrimento):
Elementos da tragédia
«Levai o velho que já não presta para nada, levai-o, por quem sois!»
(Cena IV, Ato III)
Telmo Pais vive angustiado:
«Eu faço por estar alegre, e queria vê-los contentes a eles… mas não sei já
que diga […].» (Cena IX, Ato II)
Frei Jorge Coutinho sofre pela família:
«Minha mãe, meu pai, cobri-me bem estas faces, que morro de vergonha…
(esconde o rosto no seio da mãe) morro, morro… de vergonha…» (Cena XII, Ato III)
Maria de Noronha sofre por causa da doença, dos presságios e do fim da família:
17. A dimensão trágica
Clímax (auge):
Elementos da tragédia
«Agora acabo: sofrei, que ele também sofreu muito. – Aqui estão as suas palavras:
«Ide a D. Madalena de Vilhena, e dizei-lhe que um homem que muito bem lhe quis…
aqui está vivo… por seu mal!... e daqui não pôde sair nem mandar-lhe novas suas
de há vinte anos que o trouxeram cativo».» (Cena XIV, Ato II)
Quando o Romeiro informa que D. João de Portugal se encontra vivo:
18. A dimensão trágica
Anagnorisis (reconhecimento):
Elementos da tragédia
«Jorge – Romeiro, Romeiro! quem és tu?
Romeiro (apontando com o bordão para o retrato de D. João de Portugal) –
Ninguém.» (Cena XV, Ato II)
Quando se identifica o Romeiro como sendo D. João de Portugal:
19. A dimensão trágica
Katastrophé (catástrofe, desenlace trágico):
Elementos da tragédia
«Desgraçada filha, que ficas órfã!... órfã de pai e de mãe… (pausa)…
e de família e de nome, que tudo perdeste hoje…» (Cena I, Ato III)
Maria de Noronha morre.
O casal separa-se e «morre» para o mundo.
21. A dimensão trágica
1. Identifique a única opção falsa.
Solução
O tempo da ação (sexta-feira, fim da tarde, noite) e o afunilamento do espaço
adensam o fatalismo e prenunciam o dia aziago, tornando-se elementos trágicos.
A
A ação da peça desenvolve-se à volta de um número reduzido de personagens.
B
Verifica-se um afunilamento progressivo do espaço.
C
O sofrimento é apenas visível em Madalena.
D
22. A dimensão trágica
2. Associe os elementos da coluna A (elementos da tragédia) aos elementos da coluna B (definição).
Coluna A Coluna B
A – 2 B – 3 C – 4 D – 1
Solução
Ágon
A
Ananké
B
Pathos
C
Hybris
D
atos desafiadores
1
conflito interior
2
destino implacável
3
sofrimento
4