O currículo define-se em uma ação humana e de seus efeitos ou seja, nós construímos o currículo e o nos constrói. Portanto é uma atividade produtiva nestes dois sentidos, e desta forma, o currículo não pode ser visto como uma realidade abstrata, distante, a margem do sistema educativo, mas sim como um elemento muito próximo e concreto do cotidiano da escola.
1. UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
NÚCLEO DAS LICENCIATURA
EDUCAÇÃO FÍSICA
DISCIPLINA: CURRÍCULO
Prof.ª. Msc. RITA BASTOS
ACADÊMICA: JAQUELINE DE PAULO
ITAJAÍ 2013/2
2. INTRODUÇÃO
Neste trabalho, observaremos que no campo escolar, os sinais
mais relevantes para estudarmos o currículo que na verdade
encontra-se inscrito em nós. Porque as marcas do currículo
encontram-se impregnadas naquilo que somos e em tudo aquilo
que fazemos. Nós temos um percurso de escolarização que
expressa uma concepção e uma prática curricular.
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CÚRRICULO
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3. DEFINIÇÃO
O currículo define-se em uma ação humana e de seus efeitos ou
seja, nós construímos o currículo e o nos constrói. Portanto é uma
atividade produtiva nestes dois sentidos, e desta forma, o
currículo não pode ser visto como uma realidade abstrata,
distante, a margem do sistema educativo, mas sim como um
elemento muito próximo e concreto do cotidiano da escola.
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Currículo, “é aquele conjunto ou série de
coisas que as crianças e os jovens devem
fazer e experimentar a fim de desenvolver
habilidades que os capacitem a decidir
assuntos da vida adulta”. ( BOBBITT,
1971, p.43)
4. CURRÍCULO DA ESCOLA
O currículo da escola é constituído de práticas pedagógicas, conteúdos,
metodologias, discursos, normas, regulamentos, cuja organização no
espaço e tempo possibilita maior ou menor participação dos envolvidos nos
processos. Estes por sua vez irão determinar de forma mais significativa ou
não as diversas atividades que envolvem o contexto curricular da escola,
contribuindo no sentido de facilitar ou não as mudanças. Partindo desta
premissa, há necessidade de compreensão e análise dos valores que
orientam esse processo para se ter claro o campo em que ele se
desenvolve condicionado pela diversidade de práticas culturais.
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5. CULTURA ESCOLAR
A cultura esta relacionada à dimensão cultural da comunidade
escolar, EX: (professores, alunos, funcionários, famílias) e
dos códigos que ali interagem, e do Projeto Político
Pedagógico que expressa à cultura interna da escola, ou
seja, o que a escola pretende na perspectiva da emancipação
e/ou regulação na formação humana.
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6. CULTURA DOMINANTE E SUBORDINADA
Historicamente vem sendo reproduzida pela própria escola e, tendo
há necessidade de estarmos atentos para manifestações desta
diversidade cultural que se encontra implícita e se desenvolve
mediante condições políticas, administrativas, e institucionais. Estas
condições objetivas, presentes no ambiente da escola, condicionam
as experiência vividas pela comunidade escolar, e também
interferem na estrutura e organização da sua proposta educativa.
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7. PARADIGMAS
A história nos mostra três grandes paradigmas marcaram este
campo, caracterizando as diferentes práticas escolares.
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8. 1º TÉCNICO LINEAR
(TEM A SUA ÊNFASE NA EFICIÊNCIA E NO CONTROLE DOS PROCESSOS).
Este paradigma curricular dominou os currículos de formação até a década de
80, quando presenciamos neste campo, o surgimento de outras teorizações
que se mostraram influenciadas pela literatura crítica e européia, além do
surgimento de teóricos críticos nesta área que se contrapuseram a este
modelo que surge no contexto norte-americano
Objetivo: Preparar os alunos para o mundo do trabalho e, na estrutura,
organização e desenvolvimento curricular voltam-se para o treinamento, a
técnica, o desenvolvimento de habilidades por conteúdos estabelecidos no
planejamento do professor além do uso de instrumentos de medida que
permitam dizer com precisão se as mesmas foram realmente apreendidas.
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9. 2º CIRCULAR CONSESUAL
(ESTEVE APOIADO NO PENSAMENTO DE JOHN DEWEY E NOS IDEAIS DA ESCOLA NOVA).
Este modelo curricular preocupou-se mais com o desenvolvimento
da autonomia do sujeito, do que com o funcionamento da economia.
Sua estrutura, organização e desenvolvimento curricular devem
levar em consideração as experiências e necessidades dos alunos,
sendo que o professor , dá maior autonomia aos seus alunos na
construção do seu próprio currículo. Assim à escola passou a ser um
grande laboratório e o conteúdo continuou sendo reproduzido e
fragmentado.
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“ O valor dos conhecimentos
sistematizados no currículo, “está na
possibilidade, que dá ao educador, de
determinar o ambiente, o meio necessário
à criança, e, assim, dirigir indiretamente a
sua atividade mental”. (DEWEY, 1978, p.
61-62)
10. 3º DINÂMICO DIALÓGICO
(NA DÉCADA DE 90 SURGE O FLORESCIMENTO, UMA PRODUÇÃO CIENTÍFICA RIQUÍSSIMA NESTA ÁREA
QUE DEFENDE O CURRÍCULO VINCULADO A DIMENSÃO SOCIAL EM SUA TOTALIDADE).
Além da dimensão social os teóricos críticos definem o currículo
como um ato político que objetiva a emancipação humana, ou seja,
a transformação social. Segundo Freire (1998) a questão de fundo é
política e passa necessariamente pela politização dos sujeitos que,
ao problematizarem as questões, não se submetem a uma postura
de senso comum, ou naturalizante, sendo capazes de desvelar as
tensões e conflitos que perpassam as relações sociais.
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11. O ESPAÇO DO PROFESSOR, PARA
CONSTRUIR O CURRÍCULO
O professor desenvolve as suas metodologias e assim vai construindo
sua prática apoiado em teorias e concepções que ele acredita e que
direcionam o P.P.P da escola, serão essas relações definirão o perfil
de aluno, e do conhecimento e sociedade.
Neste sentido, esse espaço não se restringe somente a sala de aula,
mas ele contempla a escola, a comunidade, a sociedade os traços
culturais e ideológicos que vão determinando os espaços do
conhecimento maiores ou menores de acordo com as crenças e a
forma de ver o mundo dos professores e especialistas nas escolas.
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12. O PAPEL DA ESCOLA
Não é mais transmitir uma única cultura, porque temos que
reconhecer os diferentes sujeitos sócio-culturais presentes
neste contexto, quais são os espaços que estamos abrindo
para as diferentes manifestações culturais e a valorização.
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13. P.P.P (PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
É a estratégia pedagógica, que constitui-se a mudança, porque ele
envolve o todo da escola, ele projeta o futuro pensando para além
do espaço da sala de aula. Ele exige a abertura ao diálogo; a
leitura da escola; a revisão da política curricular; a seleção e o
ordenamento do currículo; a implantação da formação continuada;
a construção da autonomia nos diferentes níveis hierárquicos do
espaço e tempo escolar.
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14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao ler o texto CURRÍCULO TEMPO E ESPAÇO, em vista dos
argumentos apresentados que o currículo pode ser uma rede
conectada para várias direções e visões de mundo, entende-se que
o papel da escola não é mais transmitir uma única cultura, mais sim
pela sociedade presente no contexto educacional.
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15. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PIRES, Clarice. O Currículo Tempo e Espaço.
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