1. CLIPPING – 20/02/2014
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Pesquisadores do IEA avaliam os efeitos da falta de chuva sobre as lavouras paulistas
IEA - Assessora de Imprensa
20/02/2014
Nara Guimarães
Atentos às pressões que a estiagem prolongada exerce sobre a
agricultura, pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEAApta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo
apresentam uma avaliação sobre possíveis danos para as principais
culturas do Estado.
Desde o final de 2013, o clima no centro-sul do Brasil tem se caracterizado pela escassez de
chuvas, baixa umidade relativa do ar e alta incidência de luminosidade. Combinados, esses fatores
provocaram diversos efeitos sobre a agropecuária conduzida em território paulista, afirmam Carlos
Bueno, Celso Vegro, Denise Caser, José Roberto da Silva, Katia Nachiluk, Marisa Zeferino Barbosa,
Renata Martins, Rejane Cecília Ramos e Rosana Pithan, pesquisadores do IEA.
Conforme entidades de monitoramento de dados meteorológicos, em janeiro o volume de chuvas
em território paulista ficou bem abaixo dos 200 mm a 250 mm historicamente registrados. Na
lavoura de cana de açúcar, principal cultivo paulista, os efeitos climáticos desfavoráveis poderão
afetar sua produção no estado, pois o período de calor sem chuvas é inapropriado ao
desenvolvimento da planta. Com a escassez de precipitações, associada às altas temperaturas, a
cana poderá não atingir seu potencial, repercutindo em queda na produção.
Na citricultura, importante cultivo na classificação do valor da produção do estado, a temperatura é
fator crítico no desenvolvimento dos pomares. Antes da anomalia climática, previa-se que a
produção de laranja em São Paulo na temporada 2014/15 poderia crescer até 20%. Todavia, o
potencial de expansão da safra, diante da escassez de chuva, poderá se reduzir consideravelmente.
Para a cafeicultura, quinto item no valor da produção paulista, o levantamento da safra 2014/15,
divulgado em dezembro de 2013, previa colheita de 4.441.520 sc., representando avanço de
10,76% frente à safra anterior. A irregularidade das precipitações, associada à baixa umidade
relativa do ar e às elevadas temperaturas registradas, nos principais cinturões de cultivo da
rubiácea, indica a diminuição na quantidade colhida da ordem de 10% a 20% nas lavouras mais
antigas e de 15% a 20% naquelas de primeira safra e segunda safra.
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2. Nas áreas de cerrados, os frutos da parte superior da planta (ponteiro) já entraram em processo de
maturação. Como os talhões ainda não foram preparados para a colheita, esses frutos
provavelmente virão ao chão e se perderão quando se iniciar a colheita (a partir de maio). Se
confirmada essa ocorrência o potencial de perda saltará para a parte superior do limite estabelecido
(20%).
A produção paulista de milho em 2014 foi estimada em 3,2 milhões de toneladas, enquanto para a
soja a perspectiva era de crescimento da produção, alcançando 2,13 milhões de toneladas. Para
ambas as culturas, os efeitos da ausência de chuvas regulares concorrem para criar expectativa de
redução nas respectivas produções.
Os efeitos trazidos pela estiagem nas lavouras devem acirrar a redução na oferta paulista de milho,
haja vista a diminuição de 7,5% na produção prevista no 2º Levantamento de Previsão de Safras do
IEA/CATI de novembro último. Para a sojicultura, os fatores climáticos devem frustrar a expansão
de seu cultivo que tem apresentado mercados com demanda crescente (brasileira e mundial).
Nas lavouras de amendoim, a seca pode comprometer a formação das vagens, o desenvolvimento
dos grãos e a ocorrência de fissuras na casca que favorecem a contaminação do grão por fungos
que causam a aflatoxina. Nessas condições, fica evidenciada a possibilidade de redução da
produtividade e do comprometimento da qualidade do grão, resultando na retração da oferta e
queda dos preços devido à baixa qualidade.
Na principal região produtora de mandioca industrial, Médio Vale do Paranapanema, a estiagem que
se prolonga por mais de dois meses dificultou seu arranquio, exigindo maior dependência de
máquinas nessa operação. Porém, praticamente não há mais mandioca da safra velha em campo.
Quanto à mandioca nova (com até um ano de plantio), deverá ser arrancada a partir de março
quando começa a melhorar seu rendimento industrial (aumento da concentração de amido).
As hortaliças são grupos de culturas agrícolas que mais precisam de irrigação. No entorno da
capital (200 km) está a maior parte da produção de folhosas e legumes. Nas regiões das encostas
das serras do Mar e da Mantiqueira já está previsto o racionamento de água nas cidades. Os
municípios do Alto Tietê e aqueles da Serra do Paranapiacaba (Ibiúna, Piedade até Capão Bonito),
em razão do racionamento implantado, já não possuem água suficiente para irrigação.
Devido aos altos preços praticados para o tomate de mesa ao início de 2013, houve forte aumento
da área cultivada. Todavia, com o excessivo calor a maturação dos frutos foi acelerada, havendo
perdas no campo e preços baixíssimos, devido à perda de qualidade. Entre fevereiro e março se
realiza a semeadura do tomate para indústria. Portanto, esse cultivo não foi ainda afetado pela
estiagem.
Do mesmo modo, a semeadura da batata colhida na seca iniciou-se em janeiro e deverá se encerrar
em fevereiro. Com a estiagem esse calendário deverá ser atrasado. Finalmente, a cebola, cujos
bulbinhos e semeadura direta começariam em fevereiro, tende a ser adiados até que o clima retorne
a sua normalidade.
Alguns produtores de leite já apontam problemas com sua produção, pois grande parte dos pastos
está seco. Os meses do verão constituem o período do ano em que a pecuária leiteira deveria ter à
disposição pastagens de boa qualidade, graças ao volume de precipitações, característico da
época. Essa condição garantiria a produção de volumosos necessários para resultar em maior de
produção de leite. Todavia, sob efeito da estiagem, os pastos encontram-se muito fibrosos, tendo
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3. seu valor nutricional comprometido e insuficiente na alimentação do animal. Isso afeta a
produtividade do leite principalmente se a alimentação não for suplementada.
A pecuária leiteira no Estado de São Paulo é composta por diversos tipos de produtores. Entre os
produtores de leite, a utilização da alimentação suplementar via utilização de silagem, por exemplo,
não é 100% praticada. Assim, aqueles que não contam com silagem para garantir o fornecimento de
alimento para o gado, caso continue a ausência de chuvas, deverão ter sua produção comprometida
em plena safra.
Leia o artigo completo no site do CNC: http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=17105
Comercialização de café ganha ritmo e alcança 70% da safra
CaféPoint
20/02/2014
A comercialização da safra de café do Brasil 2013/14 (julho/junho) chegou a 70% até o
dia 7 de fevereiro. O dado faz parte de levantamento da consultoria Safras & Mercado.
Os trabalhos estão avançados em relação a 2013, quando, até 31 de janeiro do ano
passado, 67% da safra 2012/13 estavam comercializados. Há atraso em relação à
média dos últimos cinco anos, que aponta que 76% da produção normalmente já estão
negociados no período.
Em relação ao mês de dezembro, houve avanço de sete pontos percentuais na comercialização até
7 de fevereiro. Com isso, já foram vendidas 36,95 milhões de sacas de 60 kg, tomando-se por base
a estimativa da consultoria de uma safra 2013/14 de café brasileira de 52,9 milhões de sacas.
Segundo o analista Gil Barabach, os ganhos nas bolsas de futuros e a alta do dólar "semearam um
terreno fecundo para os negócios no mercado físico brasileiro de café". "Os preços avançaram bem,
o que estimulou os negócios", comenta. Inclusive os produtores que detêm opções de venda para
março, a R$ 343, estão vendendo os seus cafés, acelerando as negociações, aproveitando a
cotação atual no mercado, de R$ 350/R$ 360 a saca, não devendo exercer os títulos.
"O produtor percebeu o bom momento e começou a dar mais dinâmica às suas vendas, o que
acelerou o ritmo dos negócios. Além das vendas da safra 2013, também aproveitou para desovar o
espólio de safras anteriores", observa Barabach. "As cooperativas sul-mineiras, que ainda tinham
café da safra 2012/13 e anteriores, aproveitaram para se desfazer desses lotes, rejuvenescendo
seus estoques", comenta o analista. Além disso, a receptividade e a agressividade da demanda
também ajudaram o andamento dos negócios.
Estímulos – Os preços mais altos e o spread favorável à venda futura estimularam as negociações
antecipadas, comenta. O arábica duro foi negociado de R$ 375 a R$ 390 a saca, dependendo da
catação, para entrega e pagamento em setembro na semana passada. Quanto às vendas
antecipadas, Barabach recomenda que "o primeiro ponto a avaliar é o custo de produção. O
produtor também deve ponderar com a possibilidade de alta do dólar, em especial para as posições
com safra 2015 e 2016, que são sondadas com maior freqüência pelos compradores.
As informações são do Diário do Comércio, adaptadas pelo CafePoint.
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4. Café: alta dos preços traz alívio a produtores na América Central e Colômbia
Agência Estado
20/02/2014
Os futuros do café arábica já subiram mais de 50% neste ano na Bolsa de Nova York (ICE Futures
US), devido ao clima quente e seco nas regiões produtoras do Brasil, e esse movimento também
está impulsionando o mercado de cafés especiais.
Os cafés cultivados em áreas montanhosas na Colômbia e na América Central e colhidos
manualmente são bastante procurados por torrefadoras por causa de seus sabores complexos.
Devido à oferta mais restrita, esses cafés já são mais caros do que o arábica negociado na ICE.
Agora, com a forte alta das cotações em Nova York, os preços dos cafés especiais também estão
disparando.
No caso de alguns tipos de café colombianos, o prêmio em relação ao arábica negociado na ICE
quase dobrou desde o final do ano passado, para cerca de 14 cents por libra-peso, disse Mauricio
Bernal, executivo-chefe da exportadora A. Laumayer & Co., que tem sede em Medellín, na
Colômbia. "É uma bênção que isso esteja acontecendo", disse Bernal sobre a alta dos preços.
Alguns meses atrás, no entanto, a situação era bem diferente. Em novembro do ano passado, por
exemplo, cafeicultores estavam enfrentando dificuldades devido aos baixos preços internacionais,
próximos de 100 cents/lb. Segundo eles, esse preço não era suficiente sequer para cobrir os custos
de produção.
Henry Hüeck, presidente de dois grupos de agricultores da Nicarágua, disse que a paciência, em
seu caso, compensou. À espera de melhores preços, ele havia vendido antecipadamente apenas
um terço de sua safra. "Estamos muito contentes", disse. "Agora, estamos conseguindo cobrir os
custos de produção ou até lucrar um pouco."
Outros produtores não tiveram tanta sorte. "Já vendemos nossa colheita", disse Nelson Guerra,
administrador geral da cooperativa Café la Encarnacion, de Honduras.
A queda dos preços no ano passado foi particularmente dura para os cafeicultores da América
Central, que já vinham sofrendo com a disseminação do fungo roya, causador da ferrugem do café.
Fonte: Dow Jones Newswires.
Crise do café deixa 140 mil desempregados em El Salvador
CafePoint
20/02/2014
A baixa na produção de café para a colheita de 2013-14, atribuída em grande medida à ferrugem,
gerou uma perda de 140 mil empregos no campo, segundo estimativas da Associação
Salvadorenha de Beneficiadores e Exportadores de Café (ABECAFE).
“Uma estimativa aproximada fala de 140 mil empregos perdidos. É um problema bem sério que
repercutirá não somente na parte econômica, mas também na parte social, porque se há menos
produção de café, há menos trabalho”, disse o diretor executivo da ABECAFE, Marcelino Samayoa.
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5. Nessa semana, o Conselho Salvadorenho de Café (CSC) baixou de novo as projeções de produção
de café da atual safra para 554,3 mil sacas de 60 quilos. A estimativa anterior era de 690 mil sacas,
segundo a entidade.
Em outubro de 2013, quando a colheita da atual safra estava por iniciar, a CSC estimou uma perda
de 40 mil empregos temporários nos trabalhos de corte do grão. Nessa ocasião, a entidade disse
que seriam criados 75 mil empregos temporários.
A isso, Samayoa disse que precisa agregar 100 mil empregos que não serão gerados pelas
atividades relacionadas com produção de café, entre essas, a poda do café, a poda de sombra,
controle de ferrugem e fertilização.
“Quarenta mil são os empregos de corte que se perderam, outros 100 mil adicionais são a falta de
trabalho que haverá nas fazendas, porque não há dinheiro suficiente para trabalhar nas fazendas”.
O presidente da cooperativa Siglo XXI, Víctor Mencía, localizada em Comasagua, departamento de
La Libertad, disse que a contratação de pessoas para o corte na fazenda baixou para metade.
“Perderam-se mais de 101 mil empregos e outra coisa mais triste é que agora mesmo deveriam
estar contratando pessoas para poder o café, mas ninguém está podando café, porque nenhum
banco está dando créditos e os cafeicultores não têm dinheiro para realizar esses trabalhos
agrícolas”.
Esse produtor considera que a baixa produção afetará a todo o comércio, às famílias, aos negócios,
às pequenas lojas e a toda a cadeia que está relacionada com o comércio de café. Mencía disse
que quando em sua cooperativa buscam pessoas para trabalhar, chega o triplo das que precisam
pela falta de trabalho.
Devido a presente safra de café ter gerado menos empregos, também se reduziu o pagamento dos
salários, especificamente no que se refere ao corte, disse Samayoa, que estimou que US$ 30
milhões não circularão esse ano.
“O problema social do trabalho no campo é tremendo. E não quero falar dos efeitos ecológicos, o
manto coletor de água principal do país que é o bosque de café”.
A reportagem é do http://www.prensalibre.com, adaptada pelo CafePoint.
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