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PAZ ENTRE ISRAEL E PALESTINA EXIGE EXTREMISTAS FORA DO
PODER E REESTRUTURAÇÃO DA ONU
Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo demonstrar a necessidade de que extremistas israelenses e
palestinos sejam colocados fora do poder e haja a reestruturação da ONU para que haja
paz entre Israel e Palestina. Grupo de peritos do TPI (Tribunal Penal Internacional),
sediado em Haia, na Holanda, aconselhou por unanimidade pedir mandados de captura
contra dirigentes de Israel e do Hamas em painel realizado recentemente. O principal
procurador do TPI, o britânico Karim Khan, anunciou na segunda-feira que tinha
solicitado ao tribunal a emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro
israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, além de
mandados de detenção do líder do Hamas Ismail Haniyeh, o chefe em Gaza, Yahya
Sinwar, e o comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Al-Masri, conhecido
como Deif. Os cinco visados são suspeitos de crimes de guerra e crimes contra a
humanidade alegadamente cometidos em Israel e na Faixa de Gaza.
O procurador do TPI investiga desde 2021 as alegações de crimes de guerra supostamente
cometidos desde 2014 pelo exército israelita e por todas as milícias palestinas nos
territórios palestinos ocupados por Israel. A investigação inclui e abrange o ataque do
Hamas a Israel em 07 de outubro e a guerra em Gaza. O painel concluiu por unanimidade
que os líderes do Hamas Sinwar, Deif e Haniyeh cometeram crimes de guerra e crimes
contra a humanidade, incluindo a tomada de reféns, assassinatos e crimes de violência
sexual. Concluiu, também, unanimemente que Netanyahu e Gallant cometeram crimes de
guerra e crimes contra a humanidade, incluindo a fome como método de guerra,
assassínio, perseguição e extermínio do povo palestino. Os mandados de prisão contra
Netanyahu o coloca na companhia do presidente russo Vladimir Putin, para quem o TPI
emitiu um mandado de prisão devido à guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Com os mandados de prisão, Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Yoav Gallant
de Israel não poderão ir a nenhum dos 124 países que aderiram às regras do Tribunal
Penal Internacional, sob risco de prisão. Esta medida do TPI é tardia, mas absolutamente
necessária para mostrar que nenhum governante de qualquer nação e nenhum grupo
político, como o Hamas, podem ficar impunes diante dos crimes de guerra e contra a
humanidade que praticaram e continuam praticando. Esta medida do TPI é uma
sinalização para o povo israelense e palestino da necessidade de que sejam afastados do
poder os extremistas de direita que governam Israel e os dirigentes extremistas que
comandam o Hamas. Esta é a primeira condição para que a paz possa ser construída e
celebrada na região da Palestina ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias em
1967.
A construção da paz só poderá acontecer na região da Palestina se o povo judeu em Israel
e no mundo inteiro, bem como os palestinos repelirem politicamente os extremistas que
exercem o poder em seus territórios e constituírem governos que busquem a conciliação
entre os povos judeu e palestino. Esta seria a forma de evitar a continuidade do conflito
entre o Estado de Israel e o povo palestino. Pode-se afirmar que só há uma solução para
o conflito entre Palestina e Israel: de um lado, Israel precisa aceitar a constituição do
Estado palestino, buscar uma solução justa e negociada sobre Jerusalém e sobre o destino
de refugiados palestinos e acabar com os assentamentos judeus na Cisjordânia e, de outro,
2
os palestinos precisam reconhecer o Estado de Israel porque nem palestinos nem
israelenses podem impor sua vontade um ao outro. Nem os extremistas de direita que
governam Israel nem os grupos extremistas palestinos terão condições de impor sua
vontade pela força das armas na Palestina.
É importante observar que o conflito entre Israel e Palestina teve início no século XIX,
quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar um Estado moderno em sua terra
ancestral e começaram a criar assentamentos na região da Palestina, na época ainda
controlada pelo Império Otomano. As grandes potências vencedoras da Primeira Guerra
Mundial decidiram o destino da Palestina a favor dos judeus, servindo-se para isso da
Liga das Nações, configurando, desta forma, a prepotência que sempre caracterizaram as
relações internacionais ao longo da história. Os palestinos viram no patrocínio que deram
primeiro a Grã-Bretanha e depois a Liga das Nações ao projeto sionista de criação do lar
nacional judaico na Palestina a negação do seu direito à independência. Desde então,
houve muita violência e controvérsia em torno da questão, assim como vários processos
de negociações de paz durante o século XX.
O Estado de Israel foi fundado em 1948, após o Plano de Partilha elaborado pela ONU,
que dividiu a região, então sob domínio britânico, em Estados árabes e judeus (Figura 1).
Figura 1- Plano de Partilha da ONU
Fonte: https://ensinandodesiao.org.br/artigos-e-estudos/historia-e-significado-de-palestina-e-palestinos/
Um fato é evidente: a história de Israel tem girado em torno de conflitos com palestinos
e nações árabes vizinhas que vêm sendo sacudidos por guerras e confrontos entre judeus
3
e árabes que não concordam com a divisão territorial das antigas terras palestinas como
o que se estabelece no momento atual. Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o
conflito que o opõe aos palestinos tem sido o epicentro de um conflito entre Israel e o
conjunto dos países árabes, com fortes repercussões mundiais. Houve guerras com o
Egito, a Jordânia, a Síria e o Líbano, mas sem que a tensão na região diminuísse. Durante
este período, Israel ocupou a península do Sinai, a Cisjordânia, a faixa de Gaza, as Colinas
de Golã e o sul do Líbano depois da Guerra dos Seis Dias contra o Egito, a Síria e a
Jordânia em 1967 (Figura 2).
Figura 2- Conquistas israelenses na Guerra dos Seis Dias (1967)
Fonte: https://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/questao_palestina.aspx
A Figura 3 a seguir mostra que houve uma estratégia deliberada dos diversos governos
de Israel desde 1967 em conquistar progressivamente o território da Palestina até o
momento atual. A Figura 3 mostra que o mapa da Palestina tem se modificado ao longo
dos anos com o avanço de Israel sobre território palestino. No momento atual, o governo
de Israel ocupa tiranicamente a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Esta situação não pode
continuar porque é geradora de conflito permanente entre judeus e palestinos.
Dificilmente a paz entre judeus e palestinos poderá ser celebrada mantidas essas
condições.
4
Figura 3- O avanço de Israel sobre o território palestino
Fonte: https://www.todamateria.com.br/conflito-israel-palestina/
Os palestinos reivindicam estabelecer um Estado Palestino soberano e independente.
Grande parte dos palestinos aceita as regiões da Cisjordânia e da faixa de Gaza como
território para um futuro Estado palestino. Muitos israelenses também aceitam essa
solução. Uma discussão em torno dessa solução ocorreu durante os Acordos de Oslo,
assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da
Palestina (OLP), que permitiu a formação da ANP (Autoridade Nacional Palestina).
Apesar da devolução da faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia para o controle palestino,
um acordo final ainda precisava ser estabelecido. Para isso, seria preciso resolver os
principais pontos de discórdia, que são a disputa sobre Jerusalém, o destino de refugiados
palestinos e o fim de assentamentos judeus na Cisjordânia.
É pouco provável que o conflito entre palestinos e judeus seja solucionado na atualidade
porque as instituições internacionais existentes não são capazes de construir uma saída
negociada para o conflito entre estes dois povos e entre Israel, o Irã e os países árabes. Os
Estados Unidos perderam a capacidade de mediar qualquer conflito, nenhuma grande
potência reúne condições para exercer este papel e a ONU é incapaz de promover a paz
nas dimensões local, regional ou global na atualidade. Se tudo continuar como está
nenhuma estrutura, nem mesmo a ONU, que funciona, na prática, a serviço dos interesses
dos Estados Unidos, será capaz de exercer a governabilidade sobre o planeta Terra. Isto
significa dizer que urge a reestruturação do sistema internacional para solucionar o
conflito entre Israel e Palestina, entre Rússia e Ucrânia e todos os conflitos internacionais
que venham a ocorrer no futuro.
É chegada a hora da humanidade se dotar o mais urgentemente possível de instrumentos
capazes de promover a construção da paz mundial e de exercer o controle de seu destino.
5
Para alcançar estes objetivos, urge a reestruturação da ONU visando transformá-la em um
governo democrático do mundo que se constitui no único meio de sobrevivência da
espécie humana. Para viabilizar a paz entre Israel e Palestina e afastar definitivamente
novos riscos de uma nova guerra mundial e que a se concretize a paz perpétua em nosso
planeta, seria preciso a reforma do sistema internacional atual que é incapaz de garantir a
paz mundial. O novo sistema internacional deveria funcionar com base em um Contrato
Social Planetário. O Contrato Social Planetário seria a Constituição dos povos do planeta
Terra.
Para a elaboração do Contrato Social Planetário deveria haver a convocação de uma
Assembleia Mundial Constituinte com a participação de representantes de todos os países
do mundo eleitos para este fim. O Contrato Social Planetário deveria estabelecer a
existência de um governo mundial. A preservação da paz deveria ser a primeira missão
de toda nova forma de governo mundial. Ele teria por objetivo a defesa dos interesses
gerais do planeta compatibilizando-o com os interesses de cada nação. Para que isto
aconteça, é preciso que exista uma governabilidade democrática do mundo com um
governo mundial eleito por todos os países do mundo. Seu papel seria o de construir a
governabilidade da economia e do meio ambiente global e a manutenção da paz mundial.
Por seu intermédio, seria perseguida a defesa dos interesses gerais de todos os paises do
planeta no plano das relações internacionais.
Um governo democrático mundial zelaria no sentido de que seja respeitada a soberania
de cada país porque atuaria no sentido de evitar que qualquer país intervenha nos assuntos
internos de outros, sobretudo com intervenções militares. Ao contrário do que muitos
pensam, a existência de um governo mundial não seria uma ameaça à soberania nacional
sendo, pelo contrário, a garantia de que nenhum país interviria nos assuntos internos de
outros países. Além do Governo Mundial e do Parlamento Mundial, deveria ser
constituida, também, a Corte Suprema Mundial que deveria ser composta por juristas de
alto nivel do mundo escolhidos pelo Parlamento mundial os quais atuariam por tempo
determinado. A Corte Suprema Mundial deveria julgar os casos que envolvam litigios
entre os paises, os crimes contra a humanidade e contra a natureza praticados por Estados
nacionais e por governantes à luz do Contrato Social Planetário, julgar conflitos que
existam entre o Governo Mundial e o Parlamento Mundial e atuar como guardiã do
Contrato Social Planetário.
O novo estado de direito internacional seria executado pelos três poderes constituidos:
Governo Mundial, Parlamento Mundial e Corte Suprema Mundial. O poder mundial
repousaria no Governo Mundial, no Parlamento Mundial e na Corte Suprema Mundial. O
Governo Mundial não terá Forças Armadas próprias devendo contar com o respaldo de
Forças Armadas dos países que seriam convocadas quando necessário. Com esta
configuração proposta para a governança democrática do sistema internacional, nenhum
país seria vassalo, portanto, do Governo Mundial. Para assegurar a prática democrática e
a governabilidade no planeta Terra, o poder mundial deveria ser exercido pelo Parlamento
Mundial que, além de eleger o Presidente do Governo mundial, deveria elaborar e aprovar
as leis internacionais baseadas no Contrato Social Planetário.
O Parlamento Mundial deveria ser composto por um número determinado e igual de
representantes de cada país eleitos democraticamente para este fim. O Presidente do
Governo Mundial só exercerá o comando do Governo Mundial enquanto contar com o
apoio da maioria do Parlamento Mundial. Se, por maioria do Parlamento Mundial, houver
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a necessidade de substituição do Presidente do Governo Mundial isto deve ser feito. A
Corte Suprema Mundial deveria ser composta por juristas de alto nivel do mundo
escolhidos pelo Parlamento Mundial que atuariam por tempo determinado os quais
deveriam eleger o Presidente da Corte para cumprir um mandato por tempo determinado.
A Corte Suprema Mundial deveria julgar os casos que envolvam litigios entre paises, os
crimes contra a humanidade e contra a natureza praticados por Estados nacionais e por
governantes à luz do Contrato Social Planetário, julgar conflitos que existam entre o
Governo Mundial e o Partamento Mundial e atuar como guardiã do Contrato Social
Planetário. O novo estado de direito internacional seria executado pelos três poderes
constituidos: Governo Mundial, Parlamento Mundial e Corte Suprema Mundial.
Para viabilizar uma governança mundial, é preciso que, de início, exista um poderoso
movimento mundial em defesa da paz mundial através de um Fórum Mundial pela Paz e
pelo Progresso da Humanidade a ser constituído por organizações da Sociedade Civil e
governos de todos os países do mundo. Neste Fórum deveriam ser debatidos e
estabelecidos os objetivos e estratégias de constituição de um Governo Mundial, um
Parlamento Mundial e uma Corte Suprema Mundial visando sensibilizar a população
mundial e os governos nacionais no sentido de tornar realidade um mundo de paz e de
progresso para toda a humanidade. Este seria o caminho que tornaria possível transformar
a utopia do Governo Mundial em realidade. Sem a constituição de um Governo Mundial
democrático, o cenário que se descortina para o futuro da humanidade será o de desordem
econômica, política e social, da guerra de todos contra todos, e de extinção da espécie
humana com o uso de armas nucleares pelos países contendores pelo poder mundial.
* Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, do IPB- Instituto
Politécnico da Bahia e da Academia Baiana de Educação, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e
doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona,
professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento
estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi
Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution
company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de
Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e
a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel,
São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado.
Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e
Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX
e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of
the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o
progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo,
São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV,
Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI
(Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o
Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba,
2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-
autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade
ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da
ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da
humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton,
Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the
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extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução
da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).

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PAZ ENTRE ISRAEL E PALESTINA EXIGE EXTREMISTAS FORA DO PODER E REESTRUTURAÇÃO DA ONU.pdf

  • 1. 1 PAZ ENTRE ISRAEL E PALESTINA EXIGE EXTREMISTAS FORA DO PODER E REESTRUTURAÇÃO DA ONU Fernando Alcoforado* Este artigo tem por objetivo demonstrar a necessidade de que extremistas israelenses e palestinos sejam colocados fora do poder e haja a reestruturação da ONU para que haja paz entre Israel e Palestina. Grupo de peritos do TPI (Tribunal Penal Internacional), sediado em Haia, na Holanda, aconselhou por unanimidade pedir mandados de captura contra dirigentes de Israel e do Hamas em painel realizado recentemente. O principal procurador do TPI, o britânico Karim Khan, anunciou na segunda-feira que tinha solicitado ao tribunal a emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, além de mandados de detenção do líder do Hamas Ismail Haniyeh, o chefe em Gaza, Yahya Sinwar, e o comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Al-Masri, conhecido como Deif. Os cinco visados são suspeitos de crimes de guerra e crimes contra a humanidade alegadamente cometidos em Israel e na Faixa de Gaza. O procurador do TPI investiga desde 2021 as alegações de crimes de guerra supostamente cometidos desde 2014 pelo exército israelita e por todas as milícias palestinas nos territórios palestinos ocupados por Israel. A investigação inclui e abrange o ataque do Hamas a Israel em 07 de outubro e a guerra em Gaza. O painel concluiu por unanimidade que os líderes do Hamas Sinwar, Deif e Haniyeh cometeram crimes de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo a tomada de reféns, assassinatos e crimes de violência sexual. Concluiu, também, unanimemente que Netanyahu e Gallant cometeram crimes de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo a fome como método de guerra, assassínio, perseguição e extermínio do povo palestino. Os mandados de prisão contra Netanyahu o coloca na companhia do presidente russo Vladimir Putin, para quem o TPI emitiu um mandado de prisão devido à guerra da Rússia contra a Ucrânia. Com os mandados de prisão, Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Yoav Gallant de Israel não poderão ir a nenhum dos 124 países que aderiram às regras do Tribunal Penal Internacional, sob risco de prisão. Esta medida do TPI é tardia, mas absolutamente necessária para mostrar que nenhum governante de qualquer nação e nenhum grupo político, como o Hamas, podem ficar impunes diante dos crimes de guerra e contra a humanidade que praticaram e continuam praticando. Esta medida do TPI é uma sinalização para o povo israelense e palestino da necessidade de que sejam afastados do poder os extremistas de direita que governam Israel e os dirigentes extremistas que comandam o Hamas. Esta é a primeira condição para que a paz possa ser construída e celebrada na região da Palestina ocupada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. A construção da paz só poderá acontecer na região da Palestina se o povo judeu em Israel e no mundo inteiro, bem como os palestinos repelirem politicamente os extremistas que exercem o poder em seus territórios e constituírem governos que busquem a conciliação entre os povos judeu e palestino. Esta seria a forma de evitar a continuidade do conflito entre o Estado de Israel e o povo palestino. Pode-se afirmar que só há uma solução para o conflito entre Palestina e Israel: de um lado, Israel precisa aceitar a constituição do Estado palestino, buscar uma solução justa e negociada sobre Jerusalém e sobre o destino de refugiados palestinos e acabar com os assentamentos judeus na Cisjordânia e, de outro,
  • 2. 2 os palestinos precisam reconhecer o Estado de Israel porque nem palestinos nem israelenses podem impor sua vontade um ao outro. Nem os extremistas de direita que governam Israel nem os grupos extremistas palestinos terão condições de impor sua vontade pela força das armas na Palestina. É importante observar que o conflito entre Israel e Palestina teve início no século XIX, quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar um Estado moderno em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentos na região da Palestina, na época ainda controlada pelo Império Otomano. As grandes potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial decidiram o destino da Palestina a favor dos judeus, servindo-se para isso da Liga das Nações, configurando, desta forma, a prepotência que sempre caracterizaram as relações internacionais ao longo da história. Os palestinos viram no patrocínio que deram primeiro a Grã-Bretanha e depois a Liga das Nações ao projeto sionista de criação do lar nacional judaico na Palestina a negação do seu direito à independência. Desde então, houve muita violência e controvérsia em torno da questão, assim como vários processos de negociações de paz durante o século XX. O Estado de Israel foi fundado em 1948, após o Plano de Partilha elaborado pela ONU, que dividiu a região, então sob domínio britânico, em Estados árabes e judeus (Figura 1). Figura 1- Plano de Partilha da ONU Fonte: https://ensinandodesiao.org.br/artigos-e-estudos/historia-e-significado-de-palestina-e-palestinos/ Um fato é evidente: a história de Israel tem girado em torno de conflitos com palestinos e nações árabes vizinhas que vêm sendo sacudidos por guerras e confrontos entre judeus
  • 3. 3 e árabes que não concordam com a divisão territorial das antigas terras palestinas como o que se estabelece no momento atual. Desde a criação do Estado de Israel em 1948, o conflito que o opõe aos palestinos tem sido o epicentro de um conflito entre Israel e o conjunto dos países árabes, com fortes repercussões mundiais. Houve guerras com o Egito, a Jordânia, a Síria e o Líbano, mas sem que a tensão na região diminuísse. Durante este período, Israel ocupou a península do Sinai, a Cisjordânia, a faixa de Gaza, as Colinas de Golã e o sul do Líbano depois da Guerra dos Seis Dias contra o Egito, a Síria e a Jordânia em 1967 (Figura 2). Figura 2- Conquistas israelenses na Guerra dos Seis Dias (1967) Fonte: https://www.curso-objetivo.br/vestibular/roteiro_estudos/questao_palestina.aspx A Figura 3 a seguir mostra que houve uma estratégia deliberada dos diversos governos de Israel desde 1967 em conquistar progressivamente o território da Palestina até o momento atual. A Figura 3 mostra que o mapa da Palestina tem se modificado ao longo dos anos com o avanço de Israel sobre território palestino. No momento atual, o governo de Israel ocupa tiranicamente a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Esta situação não pode continuar porque é geradora de conflito permanente entre judeus e palestinos. Dificilmente a paz entre judeus e palestinos poderá ser celebrada mantidas essas condições.
  • 4. 4 Figura 3- O avanço de Israel sobre o território palestino Fonte: https://www.todamateria.com.br/conflito-israel-palestina/ Os palestinos reivindicam estabelecer um Estado Palestino soberano e independente. Grande parte dos palestinos aceita as regiões da Cisjordânia e da faixa de Gaza como território para um futuro Estado palestino. Muitos israelenses também aceitam essa solução. Uma discussão em torno dessa solução ocorreu durante os Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que permitiu a formação da ANP (Autoridade Nacional Palestina). Apesar da devolução da faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia para o controle palestino, um acordo final ainda precisava ser estabelecido. Para isso, seria preciso resolver os principais pontos de discórdia, que são a disputa sobre Jerusalém, o destino de refugiados palestinos e o fim de assentamentos judeus na Cisjordânia. É pouco provável que o conflito entre palestinos e judeus seja solucionado na atualidade porque as instituições internacionais existentes não são capazes de construir uma saída negociada para o conflito entre estes dois povos e entre Israel, o Irã e os países árabes. Os Estados Unidos perderam a capacidade de mediar qualquer conflito, nenhuma grande potência reúne condições para exercer este papel e a ONU é incapaz de promover a paz nas dimensões local, regional ou global na atualidade. Se tudo continuar como está nenhuma estrutura, nem mesmo a ONU, que funciona, na prática, a serviço dos interesses dos Estados Unidos, será capaz de exercer a governabilidade sobre o planeta Terra. Isto significa dizer que urge a reestruturação do sistema internacional para solucionar o conflito entre Israel e Palestina, entre Rússia e Ucrânia e todos os conflitos internacionais que venham a ocorrer no futuro. É chegada a hora da humanidade se dotar o mais urgentemente possível de instrumentos capazes de promover a construção da paz mundial e de exercer o controle de seu destino.
  • 5. 5 Para alcançar estes objetivos, urge a reestruturação da ONU visando transformá-la em um governo democrático do mundo que se constitui no único meio de sobrevivência da espécie humana. Para viabilizar a paz entre Israel e Palestina e afastar definitivamente novos riscos de uma nova guerra mundial e que a se concretize a paz perpétua em nosso planeta, seria preciso a reforma do sistema internacional atual que é incapaz de garantir a paz mundial. O novo sistema internacional deveria funcionar com base em um Contrato Social Planetário. O Contrato Social Planetário seria a Constituição dos povos do planeta Terra. Para a elaboração do Contrato Social Planetário deveria haver a convocação de uma Assembleia Mundial Constituinte com a participação de representantes de todos os países do mundo eleitos para este fim. O Contrato Social Planetário deveria estabelecer a existência de um governo mundial. A preservação da paz deveria ser a primeira missão de toda nova forma de governo mundial. Ele teria por objetivo a defesa dos interesses gerais do planeta compatibilizando-o com os interesses de cada nação. Para que isto aconteça, é preciso que exista uma governabilidade democrática do mundo com um governo mundial eleito por todos os países do mundo. Seu papel seria o de construir a governabilidade da economia e do meio ambiente global e a manutenção da paz mundial. Por seu intermédio, seria perseguida a defesa dos interesses gerais de todos os paises do planeta no plano das relações internacionais. Um governo democrático mundial zelaria no sentido de que seja respeitada a soberania de cada país porque atuaria no sentido de evitar que qualquer país intervenha nos assuntos internos de outros, sobretudo com intervenções militares. Ao contrário do que muitos pensam, a existência de um governo mundial não seria uma ameaça à soberania nacional sendo, pelo contrário, a garantia de que nenhum país interviria nos assuntos internos de outros países. Além do Governo Mundial e do Parlamento Mundial, deveria ser constituida, também, a Corte Suprema Mundial que deveria ser composta por juristas de alto nivel do mundo escolhidos pelo Parlamento mundial os quais atuariam por tempo determinado. A Corte Suprema Mundial deveria julgar os casos que envolvam litigios entre os paises, os crimes contra a humanidade e contra a natureza praticados por Estados nacionais e por governantes à luz do Contrato Social Planetário, julgar conflitos que existam entre o Governo Mundial e o Parlamento Mundial e atuar como guardiã do Contrato Social Planetário. O novo estado de direito internacional seria executado pelos três poderes constituidos: Governo Mundial, Parlamento Mundial e Corte Suprema Mundial. O poder mundial repousaria no Governo Mundial, no Parlamento Mundial e na Corte Suprema Mundial. O Governo Mundial não terá Forças Armadas próprias devendo contar com o respaldo de Forças Armadas dos países que seriam convocadas quando necessário. Com esta configuração proposta para a governança democrática do sistema internacional, nenhum país seria vassalo, portanto, do Governo Mundial. Para assegurar a prática democrática e a governabilidade no planeta Terra, o poder mundial deveria ser exercido pelo Parlamento Mundial que, além de eleger o Presidente do Governo mundial, deveria elaborar e aprovar as leis internacionais baseadas no Contrato Social Planetário. O Parlamento Mundial deveria ser composto por um número determinado e igual de representantes de cada país eleitos democraticamente para este fim. O Presidente do Governo Mundial só exercerá o comando do Governo Mundial enquanto contar com o apoio da maioria do Parlamento Mundial. Se, por maioria do Parlamento Mundial, houver
  • 6. 6 a necessidade de substituição do Presidente do Governo Mundial isto deve ser feito. A Corte Suprema Mundial deveria ser composta por juristas de alto nivel do mundo escolhidos pelo Parlamento Mundial que atuariam por tempo determinado os quais deveriam eleger o Presidente da Corte para cumprir um mandato por tempo determinado. A Corte Suprema Mundial deveria julgar os casos que envolvam litigios entre paises, os crimes contra a humanidade e contra a natureza praticados por Estados nacionais e por governantes à luz do Contrato Social Planetário, julgar conflitos que existam entre o Governo Mundial e o Partamento Mundial e atuar como guardiã do Contrato Social Planetário. O novo estado de direito internacional seria executado pelos três poderes constituidos: Governo Mundial, Parlamento Mundial e Corte Suprema Mundial. Para viabilizar uma governança mundial, é preciso que, de início, exista um poderoso movimento mundial em defesa da paz mundial através de um Fórum Mundial pela Paz e pelo Progresso da Humanidade a ser constituído por organizações da Sociedade Civil e governos de todos os países do mundo. Neste Fórum deveriam ser debatidos e estabelecidos os objetivos e estratégias de constituição de um Governo Mundial, um Parlamento Mundial e uma Corte Suprema Mundial visando sensibilizar a população mundial e os governos nacionais no sentido de tornar realidade um mundo de paz e de progresso para toda a humanidade. Este seria o caminho que tornaria possível transformar a utopia do Governo Mundial em realidade. Sem a constituição de um Governo Mundial democrático, o cenário que se descortina para o futuro da humanidade será o de desordem econômica, política e social, da guerra de todos contra todos, e de extinção da espécie humana com o uso de armas nucleares pelos países contendores pelo poder mundial. * Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema CONFEA/CREA, membro da SBPC- Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, do IPB- Instituto Politécnico da Bahia e da Academia Baiana de Educação, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co- autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the
  • 7. 7 extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).