O documento discute as condições climáticas favoráveis para o café arábica no Brasil, com novas floradas em todas as regiões devido às chuvas de outubro/novembro. Também aborda os preços do café, com leve alta do arábica e forte valorização do robusta pelo quinto mês consecutivo, diminuindo a diferença de preços entre as variedades.
Café: Chuvas favorecem nova florada e preços sobem pouco
1. Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
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CLIPPING – 11 e 12/11/2015
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Cepea: chuvas favorecem nova florada no café arábica
Cepea Esalq/USP
12/11/2015
As chuvas que caíram nas principais
regiões produtoras de café arábica entre o
final de outubro e início de novembro
proporcionaram novas floradas em todas
as praças. Até meados de outubro,
diferentemente, as altas temperaturas e o
baixo volume de chuva prejudicavam o “pegamento” das primeiras floradas.
Quanto ao robusta, o volume de chuva observado no Espírito Santo ainda é baixo. Segundo
colaboradores consultados pelo Cepea, produtores aguardam maior quantidade de
precipitação para retomarem os tratos culturais que, por enquanto, são realizados praticamente
apenas por aqueles que ainda contam com a irrigação. (Fonte: Cepea –
www.cepea.esalq.usp.br)
Indicador do café arábica avança pouco no mês e negócios seguem lentos
Cepea Esalq/USP
12/11/2015
Poucos negócios foram registrados em outubro, pois as cotações do café
arábica oscilaram durante boa parte do mês. Apenas na terceira semana
foram verificados volumes um pouco maiores, já no restante do mês
produtores seguiram retraídos. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6
bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 478,11/saca de 60
kg em média, alta de 4,63% em relação à do mês anterior. Na Bolsa de Nova
York (ICE Futures), a média de todos os contratos foi de 127,54 centavos de dólar por libra-
peso em outubro, forte aumento de 6,11%. O dólar teve média de R$ 3,87 no mês, recuo de
0,69% frente à de setembro.
Clima no Brasil gera oscilação de preços em outubro
As alterações no mercado de arábica foram ocasionadas pelo clima nas regiões produtoras do
Brasil. Nos momentos de alta, os valores foram impulsionados por preocupações quanto à seca
e as elevadas temperaturas que castigaram os cafezais nas duas primeiras semanas do mês.
Além disso, não chovia de forma significativa desde setembro em Minas Gerais e em parte de
São Paulo, importantes estados produtores do grão.
Em meados do mês, as desvalorizações estiveram atreladas a previsões de chuvas nas praças
cafeeiras brasileiras, que só se confirmaram a partir da terceira outubro. De acordo com a
Somar Meteorologia, em Araguari (Cerrado Mineiro), o volume de chuva foi de 87 mm em
outubro e, em Varginha (Sul de Minas Gerais), de 43,2 mm.
De modo geral, muitos produtores seguiram retraídos, aguardando preços maiores e dias de
picos nas cotações para negociar, uma vez que já entregaram grande parte dos contratos
fechados na safra 2015/16. Para os próximos meses, a expectativa é de que as negociações
sigam lentas, uma vez que cafeicultores devem priorizar a venda de cafés de qualidade inferior,
pois a quantidade de grãos melhores é baixa nesta safra.
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Café robusta segue valorizado pelo quinto mês consecutivo
Cepea Esalq/USP
12/11/2015
Os valores do robusta avançaram em outubro pelo quinto mês seguido, com o
Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima batendo consecutivos
recordes nominais. No mês, o Indicador teve média de R$ 363,94/saca de 60
kg, expressiva alta de 6,8% em relação à de setembro. Para o tipo 7/8 bica
corrida, a média foi de R$ 352,71/sc de 60 kg, elevação de 6,9% na mesma
comparação – ambos a retirar no Espírito Santo.
O aumento nos preços ainda é reflexo da baixa produção nacional, do clima seco e quente dos
últimos meses no Espírito Santo e em Rondônia e do menor ritmo das exportações do Vietnã, o
que tem favorecido os embarques do grão brasileiro. No mercado internacional, o contrato de
robusta negociado na Bolsa de Londres (Euronext Liffe) com vencimento em novembro fechou
a US$ 1.643/tonelada em 30 de outubro, avanço de 5,52% em relação ao dia 30 de setembro.
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Forte valorização do robusta diminui diferencial com o arábica
A diferença entre os
preços dos cafés arábica
e robusta, ambos tipo 6,
foi de apenas 114,17
reais/saca no mês
outubro, com a
aproximação ocasionada
pelas fortes valorizações
do robusta, enquanto os
valores do arábica, se
mantiveram entre R$
450/sc e R$ 500/sc.
Em outubro/14, o
diferencial entre as
variedades era quase o
dobro, de 215,87
reais/saca. Já entre os
tipos de robusta, o
diferencial de valores
tem aumentado,
justamente pela forte alta
do tipo 6 (de melhor
qualidade), frente ao 7/8.
No mês, a diferença foi
de 11,22 reais/saca,
46,35% maior que a de
outubro/14, de 7,67
reais/sc.
A sustentação veio do
baixo volume disponível
no mercado brasileiro do
tipo mais fino. Além da
safra 2015/16 ter sido
menor em relação à
2014/15, produtores já
estavam preocupados
com a próxima
temporada, 2016/17,
uma vez que o clima
pode prejudicar o
rendimento dos cafezais.
Tanto no Espírito Santo como em Rondônia, maiores estados produtores de robusta, foram
registradas três floradas até o início de outubro, mas o intenso calor pode ter prejudicado os
pés. Por outro lado, no final de outubro, produtores do Espírito Santo relataram a volta das
precipitações, mas em volume ainda pequeno, o que apenas ameniza os efeitos do clima seco.
Segundo a Somar Meteorologia, na região capixaba de Colatina, o acumulado de chuvas em
outubro de 2015 foi de apenas 30 mm e, em Linhares, de 22 mm.
Agentes consultados pelo Cepea relatam que caso as chuvas ocorram de forma regular nos
próximos meses, a temporada 2016/17 pode registrar produção semelhante à atual (2015/16),
apesar do longo período de estiagem.
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BDMG financia a Expocaccer Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado
Assessoria de Imprensa BDMG
12/11/2015
Wagner Arratia Concha
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) apoia a expansão da Expocaccer
Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado, em Patrocínio. A cooperativa investiu R$ 25 milhões
– sendo R$ 22 milhões financiados pelo Banco – na construção de uma nova planta industrial e
de armazenagem de café, numa área total de 105 mil metros quadrados.
A obra, prevista para ser finalizada em três etapas, teve a primeira e a segunda etapas
concluídas, sendo que essas foram financiadas pelo BDMG em uma área de 70 mil metros
quadrados. A terceira etapa ocupará o restante do terreno. Os recursos também foram
utilizados na aquisição de novas máquinas.
Com a nova unidade, que comporta até 500 mil sacas de 60 quilos de café, a Expocaccer
dobrou sua capacidade de estocagem própria para 1 milhão de sacas. A expansão gerou 75
novos empregos e aumentou a capacidade de produção da cooperativa para 400 mil toneladas
por ano, contribuindo para o desenvolvimento regional do Alto Paranaíba, Noroeste e Triângulo
Mineiro.
A Expocaccer possui 555 cooperados nos 55 municípios da Região do Cerrado Mineiro e é
uma das dez maiores cooperativas do setor no Brasil. Para o superintendente da Expocaccer,
Sérgio Geraldo Dornelas da Silva, a parceria com o BDMG foi fundamental para a ampliação
da cooperativa. “Esta parceria foi muito importante, pois o processo de análise do investimento
nos surpreendeu pela velocidade, tendo em vista a comparação com outras instituições
financeiras de nosso país. O atendimento que nos foi proporcionado para que o negócio fosse
viabilizado foi fundamental para que decidíssemos pelo BDMG, o qual nos ofereceu linha de
crédito, condições de pagamento e garantia que não dificultaram a realização do investimento.
Hoje, nosso município e Estado estão sendo agraciados com um investimento de grande porte,
gerando empregos e receitas, bem como fomentando o desenvolvimento da nossa região”,
afirma.
País exportou 30,4 milhões de sacas de café de janeiro a outubro
Assessoria de comunicação social do Mapa
12/11/2015
O Brasil exportou 30,4 milhões de sacas de café de janeiro a outubro deste ano, representando
US$ 5,16 bilhões, segundo o Informe Estatístico do Café, divulgado nesta quarta-feira (11) pela
Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa).
Em igual período de 2014, o país embarcou 30,2 milhões de sacas do produto, totalizando US$
5,36 bilhões, de acordo com os dados da SPA.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma queda de 3,85% em valor
e um acréscimo de 0,59% na quantidade de café exportado pelo Brasil este ano.
Os Estados Unidos foram o principal importador de café brasileiro de janeiro a outubro de 2015.
O mercado americano comprou 6,1 milhões de sacas do produto, o equivalente a US$ 1 bilhão.
A Alemanha ficou em segundo lugar, com importação de 5,35 milhões de sacas, representando
US$ 942 milhões. O Japão foi o terceiro maior importador no período, com 1,99 milhão de
sacas, volume equivalente a US$ 397 milhões.
Leia a íntegra do Informe Estatístico do Café de outubro de 2015.
http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/acs/Informes-Estatisticos-de-Cafe-Outubro.xls
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Encafé: indústria deve enfrentar crise com melhora na qualidade do café
Agência SAFRAS
12/11/2015
Lessandro Carvalho
O 23 Encontro Nacional da Indústria do Café (Encafé) foi aberto na noite
desta quarta-feira (11), no hotel Transamérica, na Ilha de Comandatuba,
localizada no município de Una, sul da Bahia. Na abertura, o presidente em
exercício da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), Ricardo de
Souza Silveira, destacou que "nunca houve um Encafé com tantos
participantes", o que orgulha a Abic, que promove o evento, tendo em vista
a crise que ocorre no Brasil.
"Esse Encafé ocorre em um momento crítico para nosso país, mas tenho certeza que aqui
encontraremos caminhos para transformar esse ambiente de crise em oportunidades de
negócios", afirmou Silveira no discurso de abertura.
O presidente em exercício da Abic disse que o principal assunto, entre tantos, que deve ser
debatido no Encafé é a importância da indústria continuar investindo na qualidade do café que
é oferecido aos consumidores. "Com ou sem crise, a qualidade é palavra-chave no mercado de
café e é um fator fundamental para obtermos lucratividade e garantirmos a sobrevivência nos
nossos negócios", disse.
Ele observou que a indústria deve buscar novas opções para o consumo, novas tecnologias de
embalagem, trabalhar o marketing, mas sempre com ênfase na qualidade do café. Silveira está
na presidência da ABIC devido ao afastamento do presidente Américo Sato, devido a
problemas de saúde. Ele disse que Sato deve voltar ao cargo no começo de 2016.
Venda de café do Brasil aos árabes sobe 6%
ANBA
11/11/2015
As exportações brasileiras de café para os países árabes cresceram 6% de janeiro a outubro
deste ano, segundo informações divulgadas pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil
(CeCafé) nesta terça-feira (10). O aumento se refere à receita obtida, de US$ 175,2 milhões
nos dez primeiros meses de 2015 contra US$ 165,7 milhões em igual período de 2014.
Também houve aumento no volume embarcado, mas em percentual menor, de 1%. A indústria
cafeeira do Brasil exportou 1,17 milhão de sacas de 60 quilos de café para os países árabes no
acumulado deste ano até outubro e 1,16 milhão de sacas nos mesmos meses do ano passado.
O aumento menor do volume do que receita significa que o café foi comercializado com preço
maior.
No geral, as exportações de café do ano recuaram 4,7% em receita e 0,7% em volume. Foram
US$ 5 bilhões e 29,8 milhões de sacas, respectivamente. A Europa é a região do mundo que
mais compra café do Brasil e assim foi também de janeiro a outubro. A região respondeu por
53% do total, seguido da América do Norte, que ficou com 26%, e pela Ásia, com 16%. Do total
que o Brasil vendeu ao exterior, 90,3% foi CAFÉ VERDE e 9,7% foi industrializado.
No acumulado de 12 meses encerrados em outubro, a exportação está acima de 36 milhões de
sacas, dentro da meta do CeCafé de vender ao exterior esse volume no ano de 2015. Foram
embarcadas 36,2 milhões de sacas de novembro de 2014 a outubro deste ano, com receita de
US$ 6,3 bilhões.
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Em outubro, individualmente, as exportações caíram 3,9% sobre o mesmo mês do ano
passado, com 3,2 milhões de sacas. A receita caiu bem mais, 29,1%, com US$ 487,4 milhões.
O preço médio da saca recuou 26,2%.
Começa a funcionar sistema de compra de café por fator de rendimento na Colômbia
CaféPoint
12/11/2015
Tradução por Juliana Santin
Com o propósito de melhorar as receitas do produtor diante dos efeitos do
fenômeno do El Niño, passou a funcionar a nível nacional na Colômbia, para as
compras realizadas pelo Fundo Nacional de Café, a compra por fator de
rendimento na debulha ao invés do sistema de porcentagem de amêndoas
sadias.
O fator de rendimento é a quantidade de café pergaminho necessário para obter
uma saca de 70 quilos de café Excelso (tipo exportação) que se determina durante o processo
de debulha. Este método de compra de café permite valorizar os diferentes tipos de grãos que
leva o produtor a um ponto de compra mais preciso em momentos em que os efeitos do
fenômeno do El Niño levam à previsão de uma maior quantidade de grãos de menor
densidade, conhecidos como “averanados”.
A medida é parte das estratégias para melhorar a rentabilidade do produtor, que o Gerente
Geral da Federação Nacional de Cafeicultores (FNC), Roberto Vélez Vallejo, fixou como
prioridade desde o começo de sua gestão. O preço interno base de referência se liquidará a
partir de agora considerando os seguintes fatores:
- Fator de rendimento base 94 quilos de pergaminho seco por saca de 70 quilos.
- Preço sacas por carga = (94 quilos/fator de rendimento em quilos) X preço base/carga.
- A bonificação para cafés especiais será para fatores inferiores a 93,33.
- Mantêm-se os descontos por xícara e os descontos por porcentagens de broca superior a 5%.
- Inclui-se o preço dos grãos inferiores no valor total por carga de café pergaminho seco.
As informações são do http://www.federaciondecafeteros.org
El Niño e seca ameaçam produção de robusta e podem elevar preços
Thomson Reuters
11/11/2015
Por David Brough; reportagem adicional por Arzia Tivany Wargadiredja e Bernadette Christina,
Reese Ewing
(Reuters) - A seca no Sudeste do Brasil e o El Niño na Indonésia causarão danos à produção
global de café robusta na temporada 2015/16 e podem elevar os preços globais se o tempo
seco persistir, embora uma grande safra no Vietnã limitará as máximas, disseram operadores.
O contrato futuro de referência do café robusta atingiu uma máxima de 2 meses e meio, de
1.684 dólares por tonelada em 5 de novembro por preocupações sobre ofertas reduzidas pela
seca no Espírito Santo e pela seca relacionada ao El Niño, na Indonésia, terceiro maior
produtor global.
A proibição de irrigação no Espírito Santo ressalta a seriedade da seca no Estado líder em
cultivo de robusta no Brasil e deve permanecer com força até o fim de novembro, dependendo
das chuvas nos próximos dias.
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A seca no Espiríto Santo ajudou a reduzir a produção de café robusta no Brasil para 10,85
milhões de sacas de 60 quilos em 2015/16, ante 13,04 milhões no ano passado, segundo o
Ministério da Agricultura.
Na Indonésia, a produção de robusta pode cair acentuadamente. Saimi Saleh, vide-presidente
do conselho da Associação de Exportadores de Café da Indonésia e Indústrias (AEKI, na sigla
em inglês), disse que a produção pode cair para 5,8 milhões a 6 milhões de sacas em 2016,
ante 6,7 milhões em 2015, dependendo da gravidade do El Niño.
"Se o El Niño continuar assim, os preços globais podem duplicar", disse.
Itaú BBA eleva estimativa de preço para o açúcar bruto em 2016 e mantém para o café
Thomson Reuters
11/11/2015
Christine Prentice
(Reuters) - Os analistas do banco Itaú BBA Internacional elevaram a estimativa de preço para
açúcar bruto em 2016 para 14,9 centavos por libra peso, ante estimativa anterior de 11,4
centavos, devido às perspectivas de déficit da commodity e necessidade de preços mais altos
para impulsionar a produção nos próximos anos.
Já a estimativa de preço para o café arábica em 2016 se manteve estável em 1,28 dólar por
libra-peso, disseram os analistas em relatório.
Os analistas alertaram também que o excesso de oferta e preocupações sobre a atual
desaceleração do crescimento chinês apresentam um risco "para quase todas as
commodities".