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CGCFN-33 OSTENSIVO
MANUAL DE
OPERAÇÕES DO COMPONENTE DE
APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE DOS
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
OSTENSIVO CGCFN-33
MANUAL DE OPERAÇÕES DO COMPONENTE DE APOIO DE SERVIÇOS AO
COMBATE DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
FINALIDADE: BÁSICA
1ª Edição
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
ATO DE APROVAÇÃO
APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-33 - MANUAL DE
OPERAÇÕES DO COMPONENTE DE APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE DOS
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS.
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 12 de novembro de 2008.
ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO
Almirante-de-Esquadra (FN)
Comandante-Geral
ASSINADO DIGITALMENTE
AUTENTICADO
PELO ORC
RUBRICA
Em_____/_____/_____ CARIMBO
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - XI - ORIGINAL
ÍNDICE
Páginas
Folha de Rosto ...................................................................................................... I
Ato de Aprovação ................................................................................................. III
Lista de páginas em vigor ..................................................................................... V
Registro de modificações ..................................................................................... IX
Índice ................................................................................................................... XI
Introdução............................................................................................................. XIX
1º PARTE
FUNDAMENTOS
CAPÍTULO 1 - CONCEITOS BÁSICOS
0101 - Generalidades ............................................................................... 1-1
0102 - Logística e Apoio de Serviços ao Combate (ApSvCmb) ..... 1-1
0103 - Recursos Logísticos ..................................................................... 1-3
0104 - Sistema de Apoio Logístico .......................................................... 1-3
0105 - Problema Logístico ....................................................................... 1-4
0106 - Esforço Logístico ......................................................................... 1-4
0107 - Funções Logísticas ...................................................................... 1-5
0108 - Ciclo Logístico ............................................................................ 1-7
0109 - Princípios Básicos ....................................................................... 1-12
0110 - Atributos Essenciais .................................................................... 1-15
CAPÍTULO 2 - APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE
0201 - Generalidades .............................................................................. 2-1
0202 - Estrutura de ApSvCmb ................................................................ 2-1
0203 - Abastecimento ............................................................................. 2-10
0204 - Saúde ........................................................................................... 2-26
0205 - Transporte .................................................................................... 2-36
0206 - Manutenção e Salvamento ........................................................... 2-48
0207 - Pessoal ......................................................................................... 2-52
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - XI - ORIGINAL
2a
PARTE
APOIO LOGÍSTICO E DE SERVIÇOS AO COMBATE NAS OPERAÇÕES DE
FUZILEIROS NAVAIS
CAPÍTULO 3 - APOIO LOGÍSTICO NAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS
0301 - Generalidades................................................................................. 3-1
0302 - Estrutura de ApSvCmb da ForDbq ................................................ 3-1
0303 - Prontificação .................................................................................. 3-3
0304 - Planejamento ................................................................................. 3-3
0305 - Ensaio ........................................................................................... 3-13
0306 - Embarque ...................................................................................... 3-14
0307 - Travessia ....................................................................................... 3-14
0308 - Preparação para o Assalto ............................................................. 3-14
0309 - Assalto .......................................................................................... 3-15
0310 - Desenvolvimento do Apoio Logístico durante o MNT ............. 3-15
0311 - TAT-LOG ..................................................................................... 3-21
0312 - Desenvolvimento do Apoio Logístico após o MNT ..................... 3-27
0313 - Apoio Logístico no Assalto Helitransportado .............................. 3-31
0314 - Processos Especiais de Abastecimento ......................................... 3-38
0315 - Desenvolvimento do Apoio de Saúde no AssAnf ......................... 3-40
0316 - AApL no Assalto Anfíbio ............................................................. 3-54
0317 - Defesa da AApP ........................................................................... 3-74
0318 - Defesa da AApSvCmb ................................................................. 3-76
0319 - O Apoio Logístico em uma Incursão Anfíbia (IncAnf) .......... 3-76
CAPÍTULO 4 - APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE NAS OPERAÇÕES
TERRESTRES
0401 - Generalidades.................................................................................. 4-1
0402 - Estrutura de ApSvCmb para as Operações Terrestres ........... 4-1
0403 - Desenvolvimento do ApSvCmb ..................................................... 4-3
SEÇÃO I - OFENSIVA
0404 - Considerações Iniciais ..................................................................... 4-15
0405 - O ApSvCmb na Marcha para o Combate (MCmb) .......................... 4-16
0406 - O ApSvCmb no Ataque Coordenado ................................................ 4-27
0407 - O ApSvCmb no Aproveitamento do Êxito e na Perseguição ...... 4-41
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - XI - ORIGINAL
SEÇÃO II - DEFENSIVA
0408 - Considerações Iniciais ....................................................................... 4-43
0409 - O ApSvCmb na Defesa em Posição .................................................. 4-43
0410 - O ApSvCmb nos Movimentos Retrógrados (MvtRtg) ...................... 4-54
0411 - O ApSvCmb em uma Substituição em Posição ................................. 4-66
CAPÍTULO 5 - APOIO LOGÍSTICO NAS OPERAÇÕES RIBEIRINHAS
0501 - Generalidades ................................................................................. 5-1
0502 - O Planejamento Logístico .............................................................. 5-1
0503 - Fatores de Planejamento Logístico ................................................ 5-3
0504 - Efeitos do Meio Ambiente sobre o Planejamento .......................... 5-4
0505 - Funções Logísticas ......................................................................... 5-5
0506 - Base de Combate Ribeirinha ......................................................... 5-21
3º PARTE
DIRETIVAS
CAPÍTULO 6 - DOCUMENTOS LOGÍSTICOS
0601 - Generalidades .................................................................................. 6-1
0602 - Estimativa de Logística ................................................................... 6-1
0603 - Diretivas Logísticas ......................................................................... 6-2
0604 - Planos de Abastecimento ................................................................ 6-3
0605 - Planos de Saúde .............................................................................. 6-8
0606 - Plano Logístico da ForDbq ............................................................ 6-13
0607 - Principais Anexos ao Plano Logístico da ForDbq........................... 6-15
0608 - Plano/Ordem de Operação do GASC ............................................. 6-28
ANEXOS
ANEXO A - Lista de Anexos ................................................................................ A-1
ANEXO B - Modelo de Estimativa de Logística ................................................. B-1
ANEXO C - Modelo de Estimativa de Pessoal ..................................................... C-1
ANEXO D - Modelo de Plano Logístico .............................................................. D-1
ANEXO E - Modelo do Anexo Conceito do Apoio Logístico ............................. E-1
ANEXO F - Modelo do Anexo Plano de Desembarque de Suprimentos .. F-1
ANEXO G - Modelo do Anexo de Saúde ............................................................. G-1
ANEXO H - Modelo do Anexo de Pessoal ........................................................... H-1
ANEXO I - Exemplo do Plano do Destacamento de Praia da ForDbq ........... I-1
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - XIX - ORIGINAL
INTRODUÇÃO
Para que uma operação anfíbia se realize com sucesso é fundamental que as atividades
logísticas se desenvolvam integradas e coordenadas com as ações táticas.
Esta publicação tem como propósito prover a doutrina básica para a execução das atividades
logísticas em proveito de um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais nas operações
anfíbias e em outras operações.
Na primeira parte são apresentados os conceitos básicos da logística e os fundamentos
do apoio de serviços ao combate desenvolvido no âmbito dos Grupamentos Operativos de
Fuzileiros Navais.
Na segunda parte é abordado o apoio logístico e de serviços ao combate nas diversas
operações executadas pelos Fuzileiros Navais.
Na terceira parte são apresentadas as diretivas e os diversos documentos de
planejamento afetos às atividades logísticas e de apoio de serviços ao combate.
Esta publicação substitui a CGCFN-1501 – Manual para Instrução de Apoio Logístico
aos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, 1ª edição, aprovada em 7 de março de
1996, preservando seu conteúdo, que será adequado ao previsto no Plano de Desenvolvimento
da Série CGCFN (PDS-2008), quando de sua próxima revisão.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 1
CONCEITOS BÁSICOS
0101 - GENERALIDADES
Foi na prática da guerra que a logística buscou seus ensinamentos. Das lições retiradas
das vitórias, derrotas, erros e acertos decorreram as normas e princípios que a
constituem.
Os artigos que se seguem, apresentam uma síntese dos conceitos básicos da logística
relacionados diretamente com as operações de Fuzileiros Navais, os quais são
aprofundados na publicação EMA-400A - MANUAL DE LOGÍSTICA DA
MARINHA.
0102 - LOGÍSTICA E APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE (ApSvCmb)
O planejamento logístico das Forças de Fuzileiros Navais deve ser fundamentado na
diferença básica entre a logística e o ApSvCmb.
A logística, no seu conceito mais amplo, é o componente da arte da guerra que tem
como propósito obter e distribuir às Forças Armadas os recursos de pessoal, material e
serviços em quantidades, qualidades, momento e lugar por elas determinados,
satisfazendo as suas necessidades na preparação e execução das operações exigidas
pela guerra.
A logística militar, por sua vez, compreende o conjunto de atividades necessárias para
apoiar a criação, movimentação, engajamento, desengajamento e desativação de
Forças operativas, com base nas estimativas de necessidades por elas formuladas.
A logística, portanto, está relacionada com a movimentação e manutenção de Forças
de forma contínua e sustentada, na paz e na guerra, nas bases e aquartelamentos, e nas
áreas de operações.
O ApSvCmb pode ser conceituado como o apoio proporcionado por parcela de uma
Força de Desembarque (ForDbq) ou Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais
(GptOpFuzNav) ao conjunto da Força ou Grupamento, por meio de aplicação das
funções logísticas essenciais à sua manutenção em combate. É, pois, um caso especial
da logística militar, cabendo a ele prover o apoio sob as condições de combate,
influenciando, assim, diretamente o cumprimento da missão destes GptOpFuzNav.
Este apoio inclui, normalmente, os serviços de: abastecimento; saúde; transporte;
manutenção de campanha; coleta de salvados; polícia; construção de instalações de
campanha; engenharia de construção; apoio ao desembarque; levantamento
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL
topográfico e geodésico; banho; lavanderia; cantina; administração e finanças;
assistência religiosa, social e jurídica; processamento eletrônico de dados; assuntos
civis; sepultamento etc.
O planejamento logístico de uma ForDbq ocupa-se, primordialmente, com aquele
desenvolvido por seus próprios meios antes do Dia-D e com a determinação das
necessidades de apoio externos à Força, antes e depois do Dia-D. O planejamento do
ApSvCmb, em contrapartida, trata das organizações, tarefas e responsabilidades de
apoio internas à ForDbq. O planejamento do ApSvCmb, portanto, é parte e dependente
do planejamento logístico. Está orientado, principalmente, para aspectos internos à
Força (apoio orientado para o combate), enquanto o logístico está voltado para os
externos (apoio orientado para o desdobramento da Força).
0103 - RECURSOS LOGÍSTICOS
De um modo amplo, a logística prevê e provê os recursos de que necessitam as
Forças, os quais são agrupados em três grandes categorias: pessoal, elemento base de
qualquer organização; material, para melhorar ou tornar possível as ações do pessoal;
e serviços, para o apoio às Forças nos aspectos técnicos e de infra-estrutura.
O pessoal deve estar em condições de ser utilizado pelas Forças, necessitando, pois, do
adequado preparo e administração.
O material abrange várias categorias, que vão desde os perecíveis, como víveres, até
sistemas complexos, incluindo instalações, equipamentos e seus sobressalentes.
Os serviços compreendem atividades geralmente não exercidas pelas Forças, mas sem
os quais elas não se manteriam em condições desejáveis para o cumprimento de suas
missões. No caso dos GptOpFuzNav, devido as peculiaridades do combate terrestre,
alguns desses serviços precisam ser executados na área de operações, junto a própria
Força. Por esta razão, esses grupamentos devem dispor de um componente funcional
capaz de prestar os serviços indispensáveis.
0104 - SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO
A estrutura organizacional da logística naval compõe o Sistema de Apoio Logístico
(SApLog), conceituado como: "- o conjunto de organizações e recursos logísticos que,
operando desde o tempo de paz, deverá estar em condições de atender às necessidades
das Forças Navais em situações de conflito - Hipóteses de Crises Político-Estratégicas
(HCPE) - ou de Guerra (HG)".
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL
Pelas razões apresentadas nos artigos anteriores, os GptOpFuzNav estabelecem um
SApLog próprio para atender suas necessidades intrínsecas, denominado Sistema de
Apoio de Serviços ao Combate.
0105 - PROBLEMA LOGÍSTICO
No caso das operações militares, o problema logístico pode ser enunciado da seguinte
forma: proporcionar os meios ou os recursos, de toda a natureza, necessários às
Forças, na quantidade, qualidade, momento e lugar adequados, e nas circunstâncias
impostas por um plano de operação.
Para resolver um problema logístico é preciso realizar um esforço, inicialmente para
definir a sua solução, e, em seguida, executá-la. Esse esforço denomina-se esforço
logístico.
0106 - ESFORÇO LOGÍSTICO
Para solucionar um problema logístico, o esforço é desenvolvido em todos os níveis e
pode ser decomposto em:
a) Comando ou Direção
Determinar o modo de resolver o problema.
b) Funções Logísticas
Formam um conjunto de ações correlacionadas que concorrem para a solução do
problema.
c) Ciclo Logístico
Constituído pela ordenação das ações que serão desenvolvidas no esforço logístico,
englobando uma ou mais funções.
Assim, todo o esforço para executar a solução de um problema de logística militar
consiste em aplicar os instrumentos disponíveis ao Comando ou à Direção, às
funções logísticas, observadas as fases básicas do ciclo logístico, possibilitando
que seja implementada a solução obtida por intermédio dos órgãos de apoio
logístico.
0107 - FUNÇÕES LOGÍSTICAS
Como o problema logístico e o esforço logístico contêm aspectos diversos, envolvendo
todas as necessidade dos clientes, é mister agrupar estes aspectos em funções bem
definidas que estabeleçam um propósito comum.
Na Marinha do Brasil, são seis as funções logísticas adotadas:
- Abastecimento;
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL
- Saúde;
- Transporte;
- Manutenção e Salvamento;
- Pessoal; e
- Desenvolvimento de Bases.
No que diz respeito a função Desenvolvimento de Bases, deve-se observar que o
conceito de "Base" na logística é mais abrangente que o de "Base Naval" como OM.
Conceitualmente, é a função logística que consiste no aproveitamento e na expansão
dos recursos e instalações existentes em uma determinada área, com o propósito de
apoiar operações militares. Compreende a construção, a expansão e a manutenção de
bases e de órgãos de apoio isolados de modo a proporcionar o apoio necessário às
Forças da MB. Esta função também é denominada "construção" ou "instalações". Na
Marinha, as necessidades logísticas referentes à função Desenvolvimento de Bases
serão atendidas pelos recursos humanos e materiais do SApLog, organizados por
tarefas, em Unidades constituídas especialmente para tal fim, não sendo, portanto, uma
preocupação afeta aos GptOpFuzNav. Por esta razão, não será abordada neste manual.
O apoio logístico durante a realização das operações de Fuzileiros Navais, como visto
anteriormente, é uma responsabilidade das organizações por tarefas especialmente
constituídas para tal e cada função exige a execução de várias atividades que lhe são
peculiares. O quadro a seguir sintetiza essas atividades. ls1
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL
ABASTECIMENTO SAÚDE
- Desembarque de suprimentos
- Controle e Distribuição
- Coleta de Salvados e Capturados
- Medicina Preventiva:
. psiquiatria preventiva;
. saneamento e higiene pessoal;
. controle de doenças transmissíveis; e
. prevenção de acidentes.
- Reabilitaçào:
. operação das instalações de saúde;
. provisão do tratamento médico;
. emprego dos suprimentos de saúde; e
. evacuação médica.
PESSOAL TRANSPORTES
- Distribuição:
. controle de efetivos;
. recompletamento; e
. movimentação interna de pessoal.
- Administração:
. justiça e disciplina;
. prisioneiro de guerra;
. sepultamento;
. moral, assistência social e bem estar;
. auxiliares civis; e
. população.
- Movimentação de Pessoal e Cargas; e
- Operação e Controle.
MANUTENÇÃO E SALVAMENTO
- Manutenção: - Salvamento:
. Planejada (preventiva e programada); e . rebouque;
. Corretiva (reparo . desatolamento; e
. reflutuação de viaturas anfíbias.
0108 - CICLO LOGÍSTICO
É a visualização simples de como se processa a .logística.
O ciclo tem início quando os utilizadores (usuários, clientes) informam quais sAo as
suas necessidades.
Recebendo este dado, é feita a determinação de necessidades do grupo de utilizadores.
Esta informação é comparada com as disponibilidades, resultando na indicação do que
falta para atender aos usuários.
Estas faltas serão, então, obtidas dentro de critérios pré-estabelecidos e,
posteriormente, distribuídas aos usuários, fechando o ciclo.
Identifica-se neste ciclo, as fases básicas da logística, denominadas:
- determinação de necessidades;
- obtenção; e
- distribuição.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL
a) Determinação de Necessidades da organização administrativa ou por tarefas, as
necessidades de pessoal, material e serviços, com vistas ao cumprimento das tarefas
ou à execução das operações previstas.
É também a fase básica mais importante do ciclo logístico por servir de fundamento às
outras duas e, conseqüentemente, influir, em grande parte, na resolução a contento do
problema logístico.
A determinação de necessidades dos GptOpFuzNav, apoia-se, primordialmente, no
plano ou ordem de operação e no inventário dos recursos disponíveis, fontes de dados
preliminares, imprescindíveis à realização desta fase básica.
Estes dados preliminares indicarão quem necessita do que, para o cumprimento de que
tarefas, o local onde serão executadas e as disponibilidades existentes.
De posse destas informações, será possível realizar esta fase básica respondendo às
seguintes
perguntas:
- O que é necessário? Especificando a qualidade;
- Quanto é necessário? Estabelecendo a quantidade;
- Quando será necessário? Definindo o tempo em que a necessidade deve ser satisfeita;
- Onde será necessário? Indicando o local onde deve ser satisfeita a necessidade; e
- O que é mais importante? Apontando a prioridade a ser atribuída a cada necessidade.
As bases e os métodos de cálculo utilizados na determinação de necessidades são
abordados no Capítulo 3 da publicação EMA-400A - MANUAL DE LOGÍSTICA DA
MARINHA.
b) Obtenção
Diferentemente da fase anterior, a obtenção é um ato administrativo no âmbito do
SApLog, com complexidade variável em função das dificuldades oriundas do
processo de aquisição e da escassez de recursos.
O volume de todos os tipos de recursos é o que fixa o limite da obtenção e, se algo
não pode ser obtido, o plano de operação, no qual se baseou a determinação de
necessidades, deverá sofrer adaptações.
Portanto, os limites da obtenção são a base da análise da exeqüibilidade dos planos
de operação.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL
Do ponto de vista do ApSvCmb, uma fonte de obtenção é representada pelos
próprios recursos colocados à disposição do Comando que determinou as
necessidades, os quais podem ser divididos em duas categorias: reais e potenciais.
São recursos reais aqueles que se encontram efetivamente a disposição do
Comando, enquanto que os recursos potenciais são aqueles que o Comando pode
vir a receber de outros Comandos, normalmente superiores, sob certas condições.
Os primeiros devem estar claramente definidos, enquanto que os segundos são
apenas estimados.
Uma das etapas mais importantes da fase de obtenção é o estabelecimento de
prioridades, permitindo que se consiga o máximo de rendimento do esforço
logístico. Aquilo que foi determinado como necessário, descontados os recursos
disponíveis, deverá ser obtido numa determinada seqüência que atenda ao usuário.
São importantes, também, os prazos de aquisição, pois condicionam o início da fase
básica seguinte e influenciam os níveis requeridos de acumulação que serão
efetivados na época oportuna.
Nos GptOpFuzNav, a obtenção se limita, praticamente, a elaborar pedidos,
resumindo-se a uma atividade administrativa e de controle.
c) Distribuição
A terceira e última fase básica do ciclo logístico é entendida como a ação de fazer
chegar, oportuna e eficazmente, aos utilizadores, os recursos logísticos fixados pela
determinação de necessidades.
Da mesma forma que a obtenção, a distribuição desenvolve-se no escalão
administrativo, no âmbito do SApLog. Contudo, nos GptOpFuzNav, esta fase
também será desenvolvida por seus elementos de ApSvCmb ou por elementos
navais, especialmente organizados para prestar o apoio a estes grupamentos.
A distribuição compreende as tarefas de acumulação, movimentação e entrega.
A acumulação, ou armazenagem, é processada nos órgãos de distribuição de
material, ou em quartéis no caso do pessoal. Depende essencialmente do
planejamento, que determinará os níveis a serem alcançados para satisfazer não só
as necessidades normais e, portanto, previstas, como também as de emergência e,
conseqüentemente, imprevistas. Daí decorre a obrigação de serem mantidos níveis
de estoque de material ou reserva de pessoal para fazer frente a esses imprevistos e
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-8 - ORIGINAL
atender a todas as necessidades. A acumulação faz a ligação entre a obtenção e a
distribuição, e atua como elemento regulador do fluxo logístico.
A movimentação ou transporte abrange a transferência dos recursos logísticos
obtidos, desde os centros de produção até os pontos de acumulação e destes aos
consumidores. A movimentação é de suma importância para distribuição, e de sua
correta gerência depende a eficácia desta fase do ciclo logístico. Requer a
conjugação de fatores como tempo, espaço e volume, com vias de comunicação,
meios de transporte e prioridades.
A entrega ou fornecimento encerra a fase da distribuição, fazendo chegar às mãos
dos utilizadores os recursos logísticos por eles mesmos identificados como
necessários. Verifica-se, assim, que o utilizador ou consumidor é o princípio e o fim
do ciclo logístico e a própria razão de ser da logística. Para ele deve estar voltado
todo o esforço logístico.
0109 - PRINCÍPIOS BÁSICOS
Estes princípios regem todas as atividades de planejamento e de execução, tendo os
seus enunciados, como ponto de partida, o próprio conceito de logística.
a) Princípio da Interdependência
De acordo com o conceito de logística, ela é uma componente da arte da guerra,
juntamente com a estratégia e a tática.
As soluções dos problemas militares passam, necessariamente, pela análise desses
três componentes.
Mesmo os problemas predominantemente estratégicos ou táticos apresentam
aspectos logísticos.
b) Princípio do Objetivo
A logística visa a obter e distribuir recursos às Forças Armadas. Obter e distribuir
são duas ações que exigem esforços para sua efetivação e para que este esforço
seja eficaz, é necessário dirigi-lo convenientemente, de acordo com o objetivo
buscado pela estratégia e pela tática. Portanto, a logística é uma atividade com
magnitude e sentido determinados por um objetivo.
c) Princípio dos Limites
A área de atuação da logística, como de qualquer outro componente, deve estar
previamente limitada para evitar interferência mútua.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-9 - ORIGINAL
O conceito de logística indica que a extensão da área da logística é determinada
pelo assunto, ou seja, os recursos de pessoal, material e serviços. Já a profundidade
é dada pelos verbos obter e distribuir. A logística obtém os recursos, não os fabrica,
não os utiliza e nem os aplica. A logística proporciona serviços, não os usa.
d) Princípio da Coordenação
O conceito de logística fixa, explicitamente, que as ações de obter e distribuir
recursos às Forças Armadas devem ser realizados cumprindo-se certos requisitos de
quantidade, qualidade, momento e lugar adequados.
Por outro lado, todo o esforço logístico pode ser considerado como a integração de
múltiplas ações que devem ser orientadas para que sua resultante cumpra os
requisitos mencionados.
A única forma de conduzir essas ações parciais é por meio da coordenação, fixando
para cada uma delas uma intensidade determinada, uma direção conveniente e um
ritmo adequado. Desta constatação nasce o princípio da coordenação.
e) Princípio do Comando
Como conseqüência do princípio da coordenação, surge a necessidade de uma
liderança com capacidade de decisão para fixar a intensidade, direção e ritmo.
Dentro da estrutura militar, a decisão é privativa do Comando.
Toda função de Comando acarreta a necessidade de uma assessoria informativa,
técnica e metodológica que é inerente a um Estado-Maior (EM).
Deste modo, a logística requer a adoção de decisões para aplicação e, por
conseguinte, se
constituem em uma função do Comando e uma atividade de EM.
f) Princípio da Previsão
Se o propósito imediato da logística é obter e distribuir recursos, o propósito maior
é satisfazer o que é exigido pela guerra.
A satisfação das exigências, na guerra, deve ser imediata; isto é, tão logo surja a
necessidade, a logística deve produzir sua satisfação. Porém, isto requer todo um
processo de preparação que obriga a logística a prever futuras exigências.
Toda ação logística está projetada para o futuro. Se o estrategista explora sua
imaginação e o tático a rapidez mental, o logístico deve desenvolver sua capacidade
de previsão.
g) Princípio da Economia de Esforço
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-10 - ORIGINAL
Nunca haverá suficiente quantidade de recursos para atender a todas as
necessidades, portanto, a logística necessita dispor acertadamente dos recursos ao
seu alcance para satisfazer as necessidades determinadas.
Logo, o desequilíbrio natural entre escassez de recursos e abundância de
necessidades só pode ser compensado com a máxima economia do esforço
logístico.
h) Princípio da Subordinação e do Apoio
As atividades das Forças Armadas se produzem em dois níveis, em tempo de paz e
em tempo de guerra, o que leva à existência de necessidades de tempo de paz
(preparação) e em tempo de guerra (atuação).
Por outro, as necessidades logísticas também se referem a dois aspectos
fundamentais, o estratégico e o tático.
Portanto, a logística nasce como conseqüência de ações estratégicas ou táticas e,
apesar de sua
interdependência com estas ações, está subordinada a elas e lhes serve de apoio.
Temos, então, que a logística é uma ciência subordinada à tática e à estratégia e
cujas ações serve de apoio.
0110 - ATRIBUTOS ESSENCIAIS
Além dos princípios básicos que regem a logística como ciência, existem atributos
essenciais que devem ser considerados para alicerçar o correto planejamento, com
vistas ao atendimento do seu propósito.
a) Flexibilidade
Permitirá soluções opcionais no atendimento das necessidades ante a mudança de
circunstâncias, sejam no tocante à obtenção ou à distribuição dos recursos
necessários, sejam concernentes à prestação de serviços.
b) Prioridade
Prevalência do principal sobre o secundário, ou acessório, quando as necessidades
superam as disponibilidades.
c) Segurança
Garantirá o pleno desenvolvimento dos planos elaborados, a despeito de quaisquer
fatores adversos.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 1-11 - ORIGINAL
As informações, a adequada organização do apoio logístico e a manutenção física
das instalações, são fatores concorrentes para a segurança. Em termos do
ApSvCmb, este atributo é conhecido, também, por sobrevivência.
d) Controle
Permitirá o confronto dos resultados da execução das atividades logísticas com o
que foi previsto no seu planejamento. Servirá de base para a realimentação do
planejamento.
e) Simplicidade
Adequando-se ao nível a que se destina, o planejamento deverá ser facilmente
compreendido pelos escalões subordinados, mesmo quando da execução de ações
completas.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 2
APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE
0201 - GENERALIDADES
Como foi visto no capítulo anterior, o ApSvCmb é o apoio proporcionado por parcela
de um GptOpFuzNav ao conjunto deste grupamento, por meio da execução das
atividades logísticas essenciais a sua manutenção em combate.
É portanto, uma particularidade do apoio logístico na Marinha do Brasil, desenvolvido
especificamente nos GptOpFuzNav, dadas as peculiaridades do combate terrestre de
caráter naval, a eles pertinentes.
Neste capítulo será abordada a execução das atividades de ApSvCmb no âmbito dos
GptOpFuzNav.
0202 - ESTRUTURA DE ApSvCmb
É composta de instalações de apoio e recursos logísticos, operados por elementos de
ApSvCmb oriundos das diversas Unidades da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE),
os quais são especialmente organizados para prestar esse apoio a partir de uma área de
Apoio Logístico (AApL).
a) AApL
São aquelas áreas estabelecidas em terra, destinadas a concentrar suprimentos,
equipamentos, instalações e pessoal, necessários ao ApSvCmb proporcionado a um
GptOpFuzNav.
Dependendo das circunstâncias e da natureza da operação realizada, podem ser de
quatro tipos:
- Área de Apoio de Praia (AApP);
- Área de Apoio de Zona de Desembarque (AApZDbq);
- Área de Apoio de Serviços ao Combate (AApSvCmb); e
- Instalação Logística Sumária (ILS).
1) AApP
Área junto a uma Praia de Desembarque (PDbq), organizada e operada
inicialmente pelo Destacamento de Praia (DP), contendo as facilidades para o
desembarque de tropas e de material e para o apoio às Forças em terra, bem
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OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL
como para a evacuação de baixas, de prisioneiros de guerra (PG) e de material
capturado.
2) AApZDbq
É aquela estabelecida para apoiar os elementos de assalto desembarcados
por helicópteros. Normalmente é organizada com o menor número possível de
instalações, todas com limitadas possibilidades.
3) AApSvCmb
Área em terra onde se encontram os suprimentos, equipamentos, instalações e
pessoal necessários ao ApSvCmb da ForDbq no decorrer da operação.
Normalmente, em operações anfíbias (OpAnf), é organizada e desenvolvida a
partir da AApP, podendo incluir ou ser justaposta a mesma. É estabelecida,
também, para prover o apoio às demais operações terrestres de caráter naval.
4) ILS
Conjunto de recursos para o ApSvCmb organizados em bases mínimas, nos
escalões Unidade e Subunidade, de forma a garantir um apoio contínuo e
cerrado, e preservar a mobilidade.
b) Instalaç·es de apoio
1) Posto de Distribuição (PDistr)
Instalação onde determinado suprimento, obtido do escalão superior ou órgão
de fornecimento, é fracionado para entrega aos elementos subordinados. Nas
AApL, os suprimentos são, normalmente, estocados em depósitos ou
acondicionados em viaturas.
2) Posto de Remuniciamento (PRem)
Denominação especial do PDistr de munição nos escalões Unidade e
Subunidade.
3) Posto de Suprimento de Água (PSupAg)
É uma instalação localizada próximo a um ponto de coleta de água, onde esta é
tratada e fornecida aos componentes de uma Força. É desejável que seu
posicionamento seja no interior de uma AApL, de modo a facilitar sua defesa. O
pessoal e os equipamentos empregados na sua operação são orgânicos do
Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais (BtlEngFuzNav).
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OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL
4) Posto de Socorro (PS)
Instalação de saúde estabelecida em cada Unidade de uma Força, para onde
convergem as baixas ocorridas nas Subunidades e é prestado o tratamento
médico indispensável. Nele se realiza a primeira triagem da baixa e, quando for
o caso, é providenciada sua evacuação para o escalão subseqüente da cadeia de
evacuação.
5) Posto de Evacuação (PEv)
Instalação de saúde estabelecida numa AApP ou AApZDbq, destinada a
evacuar as baixas, que não puderem ser reabilitadas em terra, para os Navios de
Recebimento e Tratamento de Baixas (NRTB).
6) Hospital de Campanha (HCmp)
É a instalação de saúde mais complexa montada em terra, podendo dispor de até
dois centros cirúrgicos, enfermaria de triagem, enfermaria de pós-operatório,
laboratório de análises clínicas, equipamentos de raios-X etc.
7) Posto de Coleta de Mortos (PColMor)
Local onde são concentrados os mortos para posterior evacuação.
8) Posto de Coleta de Salvados (PColSlv)
Local onde é concentrado o material salvado ou capturado que vem da linha de
frente para posterior evacuação.
9) Posto de Coleta de Extraviados (PColExtv)
É a instalação destinada a receber os extraviados provenientes dos Postos de
Extraviados (PExtv) e realizar sua triagem com vistas ao retorno às suas
Unidades de origem. Normalmente, é estabelecido na AApL do escalão
responsável por esse controle, próximo a uma instalação de saúde.
10) Posto de Coleta de Prisioneiros de Guerra (PColPG)
Instalação destinada a concentração, identificação, triagem e guarda temporária
de PG. É estabelecida nas proximidades do Posto de Comando (PC) do escalão
considerado.
11) Área de Estacionamento de Viaturas e Equipamentos
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL
É o local onde são estacionadas as viaturas (Vtr) e equipamentos (Eqp) não
empenhados nas demais instalações de apoio. Deve ser coberta, possuir solo
firme e ser de fácil acesso.
12) Área de Manutenção de Viaturas, Armamentos e Equipamentos
É o local onde são prestados os serviços de manutenção.
c) Organizaç·es de ApSvCmb
Os recursos e as instalações logísticas dos GptOpFuzNav são providos por
elementos de ApSvCmb oriundos das diversas Unidades da FFE e, eventualmente,
de outros setores da MB.
Nos itens a seguir são apresentadas as Unidades e Subunidades que geralmente
integram as organizações por tarefas de ApSvCmb dos GptOpFuzNav.
1) Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais (BtlLogFuzNav)
Tem por finalidade prover o apoio de abastecimento, serviços de manutenção,
administração, saúde e transporte motorizado aos GptOpFuzNav.
De acordo com o tipo de grupamento, pode ser empregado como um todo ou
mediante a utilização de parcelas de sua estrutura, organizadas por tarefas,
constituindo o núcleo ou a totalidade da organização por tarefas de ApSvCmb.
É capaz de prover, por meio das suas Subunidades, uma variada gama de
serviços atinentes às diversas funções logísticas.
(a) Companhia de Comando e Serviços (CiaCmdoSv)
Provê os meios de comando, controle, comunicações e limitada mobilidade
ao Comando do BtlLogFuzNav; bem como os serviços de banho,
lavanderia, coleta de salvados, sepultamento e processamento eletrônico de
dados em proveito dos GptOpFuzNav;
(b) Companhia de Abastecimento (CiaAbst)
Provê o abastecimento de todas as classes de suprimentos, exceto
combustíveis à granel;
(c) Companhia de Manutenção (CiaMnt)
Provê a manutenção de campanha de segundo escalão dos equipamentos
eletrônicos, das viaturas e do armamento e, eventualmente, a de terceiro
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL
escalão, desde que receba os reforços necessários do Centro de Reparos e
Suprimentos Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais (CRepSupEspCFN)
e do Batalhão de Viaturas Anfíbias (BtlVtrAnf);
(d) Companhia de Saúde (CiaS)
Provê o apoio de saúde em campanha, executando, particularmente, as
tarefas de coleta, tratamento de emergência, cirurgia, hospitalização
temporária e preparação de baixas para evacuação. É capaz de enquadrar
equipes médico-cirúrgicas de medicina operativa, especialmente
organizadas com recursos do Sistema de Saúde da Marinha (SSM).
(e) Companhia de Transporte (CiaTrnp)
Provê o apoio de transporte terrestre, tendo capacidade de transportar, com
os meios disponíveis, os elementos de assalto de um Batalhão de Infantaria
de Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav).
Nas OpAnf, o BtlLogFuzNav é o elo de ligação na cadeia de abastecimento
entre as agências lo-gísticas da Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf) e os
elementos da ForDbq desdobrados em terra. Além disso, fornece
destacamentos ao DP e Destacamento de Zona de Desembarque (DZD),
para prover o apoio de abastecimento, manutenção, saúde e transporte nas
AApP e AApZDbq, respectivamente.
2) Companhia de Apoio aos Desembarque (CiaApDbq)
Reforçada com outros elementos de ApSvCmb, conforme as necessidades, é
organizada, inicialmente, para constituir o núcleo do DP e, quando for o caso,
do DZD, nas OpAnf.
Para formar o DP e o DZD que irão operar a AApP e AApZDbq,
respectivamente, poderá contar com os seguintes reforços:
- destacamento da Companhia de Apoio de Engenharia (CiaApEng) para prover
água potável e trabalhos de engenharia necessários à edificação das instalações
de ApSvCmb;
- destacamento da CiaS, que, por sua vez, pode incluir recursos de medicina
operativa de outras OM do SSM, para executar as tarefas de evacuação;
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OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL
- destacamentos das CiaAbst, CiaMnt e CiaTrnp para prover o apoio inicial de
abastecimento, manutenção e transporte, respectivamente, à ForDbq;
- destacamento das CiaVtrBld e/ou CiaCLAnf para prover o apoio de transporte
sobre lagartas (SL);
- destacamento da CiaCom para prover os meios de comunicações que excedam
a sua capacidade orgânica; e
- destacamento do Grupamento de Embarcações de Desembarque (GED) para
conduzir as fainas navais junto a orla marítima, durante o Movimento Navio
para Terra (MNT), incluindo o salvamento de embarcações de desembarque
(ED) e viaturas anfíbias (VtrAnf) e a operação, quando necessário, dos
equipamentos e meios empregados na transferência de material e suprimentos
do mar para as instalações da AApP. Este destacamento é denominado
Grupamento Naval de Praia (GNP).
Após a dissolução do DP e DZD, seus recursos podem ser incluídos na
organização por tarefas de outros elementos de ApSvCmb, reforçando a
capacidade desses elementos na AApSvCmb ou podem, ainda, constituir uma
nova organização por tarefas, sob controle do Grupamento de Apoio de
Serviços ao Combate (GASC), com a finalidade de operar instalações
portuárias (descarga e transferência) e aeroportuárias, prosseguir nas fainas de
transferência de carga do mar para terra nas praias e zonas de desembarque ou
compor o Grupo de Apoio ao Desembarque Administrativo (GRADA),
quando houver previsão de desembarque de outra Força que prosseguirá em
operações subseqüentes ao assalto anfíbio (AssAnf).
3) Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais (BtlEngFuzNav)
Provê a geração de energia elétrica, produção de água potável e a conservação e
o reparo de pontes e estradas nas AApL.
Nas OpAnf, fornece, também, destacamentos para compor o DP e, quando
organizado, DZD. Cabe a estes destacamentos a preparação e melhoria dos
locais destinados à instalação dos depósitos de suprimentos, construção de
saídas de praia e a limpeza dos pontos e locais de desembarque de helicópteros.
4) Companhia de Polícia (CiaPol)
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OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL
Provê o controle de trânsito, a guarda de PG, o controle de extraviados e a
segurança das AApL na área de Retaguarda.
5) Batalhão de Viaturas Anfíbias (BtlVtrAnf)
Provê, quando a situação tática permitir, o apoio de transporte com viaturas SL,
aumentando a capacidade de transporte logístico da organização por tarefas de
ApSvCmb que vier a integrar. Além disso, fornece destacamentos de
manutenção para VtrBld e CLAnf às organizações de ApSvCmb.
0203 - ABASTECIMENTO
Para o ApSvCmb, esta função compreende o conjunto de ações realizadas no sentido
de prever e prover, para os GptOpFuzNav e seus componentes, o material necessário a
mantê-los em condições de plena eficiência.
a) Aspectos básicos
1) Suprimentos
São todos os itens necessários para equipar, manter e operar uma Unidade
militar, incluindo, comestíveis, água potável, fardamentos, equipamentos,
armamentos, munições, combustíveis, sobressalentes e máquinas de todas as
espécies.
2) Classificação dos Suprimentos
Os suprimentos podem ser classificados quanto à sua natureza, sua
essencialidade e seu emprego operativo.
(a) Classificação quanto à natureza
São classificados por símbolos de jurisdição (SJ), de acordo com suas
características físicas e o setor técnico da MB que os controlam. De um
modo geral, cada SJ agrupa suprimentos de mesma natureza e aplicação
específica, como é o caso do SJ OSCAR que reúne o material de uso
específico do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN).
(b) Classificação quanto à essencialidade
São classificados conforme o grau de escassez, importância e valor
intrínseco de cada item, em:
(1) Ordinários
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OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL
São aqueles itens constantes de tabelas de dotação, cujo fornecimento
não exige qualquer procedimento especial. Por exemplo: sobressalentes
de armamentos e rações operacionais.
(2) Extraordinários
São aqueles itens não constantes de tabelas de dotação, que exigem
justificação prévia para serem fornecidos. Por exemplo: soro
antiofídico.
(3) Controlados ou Regulados
São aqueles itens críticos, cujo fornecimento é controlado pelo
Comando. Por exemplo: combustíveis, baterias etc.
Cabe ressaltar que os itens de suprimentos classificados como
ordinários e/ou extraordinários, dependendo da disponibilidade,
poderão ser considerados itens críticos e, portanto, controlados.
(c) Classificação quanto ao emprego operativo
Na ocasião em que os suprimentos são colocados sob o controle dos
GptOpFuzNav, assumem uma classificação segundo seu emprego
operativo.
Neste caso, os itens de suprimentos são distribuídos por cinco classes, de
acordo com suas características de emprego ou de consumo. As classes são
identificadas através de algarismos romanos de I a V, conforme a seguir
especificadas:
- Classe I - itens de subsistência, incluindo água e rações operacionais;
- Classe II - itens de natureza geral, constantes de Listas de Dotação, tais
como: armamentos, viaturas operativas, roupas especiais,
ferramentas, suprimentos e equipamentos de saúde etc.;
- Classe III - itens relativos à combustíveis e lubrificantes, exceto de
aviação;
- Classe III-A - itens relativos à combustíveis e lubrificantes de uso
específico em aeronaves;
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OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL
- Classe IV - itens de natureza geral, não constantes de Listas de Dotação,
como materiais de construção e de fortificações de
campanha;
- Classe V - itens relativos à munição para armamentos de todos os tipos,
exceto de aviação; e
- Classe V-A - itens relativos à munição de uso específico em aeronaves.
Fig 2-1 - Classificação dos Suprimentos quanto ao Emprego Operativo
3) Níveis de Suprimentos
A utilização destes níveis leva em consideração, antes de mais nada, a
possibilidade de se estabelecer uma relação consumo/tempo. Como tal, são
sempre expressos em termos de dias e indicam a autonomia de suprimentos que
pode ou deve ser mantida.
Basicamente, os Níveis de Suprimentos se destinam a atender à demanda
prevista num determinado espaço de tempo. As unidades de medida geralmente
utilizadas na contabilidade desses níveis são as seguintes:
- Dia de Suprimento/Dia de Munição - unidade de medida de consumo e de
necessidades diárias de suprimentos (litros de combustível/dia, tiros/arma/dia
etc.);
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-10 - ORIGINAL
- Missão de Fogo - carregamento completo de munição, para todas as estações
de armas, por aeronave; e
- Dotação Básica - quantidade específica de munição, por tipo de arma,
distribuída inicialmente às Unidades para entrar em combate.
Os Níveis de Suprimentos abrangem duas situações. Quando se referir à
determinada ação operativa, será denominado Nível de Abastecimento;
quando estiver associado à administração logística, será denominado Nível de
Estocagem dos Depósitos.
(a) Nível de Abastecimento
Corresponde ao volume total de suprimentos necessários para atender ao
consumo previsto durante uma determinada operação. Tal volume é
calculado em função das necessidades operativas e da capacidade de
armazenagem de uma Força.
O Nível de Abastecimento é desdobrado em:
- Nível Inicial - quantidade de suprimentos correspondente ao volume
recebido ou existente no início de uma operação; e
- Nível de Reabastecimento - corresponde à parte dos suprimentos
necessária à conclusão de uma operação, em complemento ao Nível
Inicial, sempre que o consumo previsto seja superior a este nível.
Intervalo de reabastecimento é o período de tempo entre o início da
operação e a chegada do reabastecimento, ou o intervalo entre a chegada
de sucessivas remessas de reabastecimento.
As necessidades para o reabastecimento são calculadas pela soma das
necessidades para recomposição do Nível Inicial com as necessidades
adicionais previsíveis, demandadas pela Força durante o intervalo de
reabastecimento.
No caso das OpAnf, a determinação de um Nível de Reabastecimento
deve considerar os seguintes fatores:
- a quantidade e o tipo dos suprimentos de assalto embarcados com a
ForDbq;
- a idéia de manobra para a operação em terra;
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-11 - ORIGINAL
- a capacidade, a localização e o emprego dos elementos de ApSvCmb; e
- as necessidades adicionais para atender à execução de planos alternativos
ou situações de emergência.
(b) Nível de Estocagem dos Depósitos
Corresponde a quantidade dos diversos itens de suprimentos que deverão
ser mantidos nos depósitos, a fim de atender à demanda prevista num
determinado período de tempo. Esse nível é reajustado a cada ciclo de
fornecimento, de forma a refletir o mais exatamente possível, a demanda
real observada.
O Nível de Estocagem dos Depósitos compreende:
- Nível Operativo - fixado para atender à demanda prevista num
determinado período de tempo compreendido entre duas recomposições
consecutivas do nível de estocagem. No caso de uma OpAnf, por
exemplo, este nível corresponde a quantidade de suprimentos nos
depósitos da ForDbq para mantê-la em operação durante o tempo
compreendido entre o início do assalto e a descarga do Comboio de
Acompanhamento. O emprego deste nível de estocagem ocorre em todos
os escalões;
- Nível Mínimo ou de Segurança - representa o limite aquém do qual não
deverão baixar os estoques dos depósitos. É fixado para atender às
situações de demanda excessiva ou a um atraso na reposição dos itens
consumidos. O uso deste nível em todos os escalões proporciona boa
flexibilidade; e
- Nível Máximo - corresponde à soma do Nível Mínimo com o Nível
Operativo e representa o limite além do qual não deverão ultrapassar os
níveis de estoques dos depósitos. Este nível é, geralmente, fixado pelo
escalão superior como forma de preservar a mobilidade do subordinado.
b) Desembarque de Suprimentos
É uma atividade de abastecimento específica das OpAnf.
Para fim de execução desta atividade, os suprimentos são divididos em duas
categorias gerais: Suprimentos de Assalto e Suprimentos de Reabastecimento.
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OSTENSIVO - 2-12 - ORIGINAL
1) Suprimentos de Assalto
Compreende os suprimentos da Carga Prescrita e os Suprimentos da Força
de Desembarque (SupForDbq).
(a) Carga Prescrita
Representa as quantidades, por tipo de suprimento, que um Comandante, a
seu critério, prescreve para o apoio inicial de suas Unidades ou
Subunidades subordinadas, normalmente expressas em Dias de Suprimento,
e que depende, entre outros fatores, da capacidade de transporte dos
indivíduos ou dos meios de transporte disponíveis.
A quantidade estipulada para ser transportada por cada homem é
denominada de Carga Prescrita Individual (CPI), enquanto que a
carregada nos meios de transporte disponíveis a determinada Unidade é
denominada Carga Prescrita da Unidade (CPU).
A Carga Prescrita não é formada por quantidades inalteráveis, podendo
variar dia a dia, de operação para operação, visando a atender à necessidade
gerada pela idéia de manobra concebida.
No caso dos suprimentos da Classe V, a Carga Prescrita pode ser expressa,
dependendo da arma ou do meio, em:
- dotação básica mais ou menos um determinado número de tiros;
- dias de munição; e
- número de granadas ou mísseis.
(b) SupForDbq
São aqueles mantidos sob o controle direto do ComForDbq e transportados
nos navios do Comboio de Assalto, a fim de permitir o estabelecimento dos
níveis de estoque mínimo e operativo da Força, até a chegada do
reabastecimento no Comboio de Acompanhamento.
Os SupForDbq são desembarcados em duas categorias de desembarque:
Suprimentos Emergenciais, aí incluídos os Depósitos Flutuantes e os
Suprimentos Helitransportados; e os Suprimentos Remanescentes. Nesta
última, são desembarcados os SupForDbq não incluídos nos Suprimentos
Emergenciais, constituindo a maior parte dos Suprimentos de Assalto a
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-13 - ORIGINAL
serem desembarcados durante a Descarga Geral. Convém ressaltar, todavia,
que parcelas dos SupForDbq poderão desembarcar avulsamente em vagas
programadas e a pedido, como forma de agilizar a formação de estoques
junto às PDbq. Neste caso, estes suprimentos preenchem os espaços de
embarcação não utilizados naquelas vagas, são desembarcados a braço
pelas próprias Equipes de Embarcação (EE) e são deixados na praia para
que os elementos de abastecimento do DP os reúna e os organize em
rumas, segundo a natureza de cada item.
2) Suprimentos de Reabastecimento
São aqueles transportados para a área do Objetivo Anfíbio (AOA) nos
Comboios de Acompanhamento ou por transportes aéreos, para manter o nível
de estoque operativo da ForDbq.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-14 - ORIGINAL
Fig 2-2 Níveis de Suprimentos
Fig 2-3 - Categorias de Desembarque de Suprimentos
c) Controle e Distribuição de Suprimentos
1) Regras Básicas
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-15 - ORIGINAL
O controle e a distribuição de suprimentos constituem tarefas importantes dentre
as múltiplas atividades afetas à função abastecimento, particularmente, no caso
do AssAnf, durante a crítica transição do sistema de abastecimento, a partir de
bordo para aquele baseado em terra.
Mesmo quando já estabelecido em terra, o controle e a distribuição dos
suprimentos são atividades críticas na manutenção do necessário grau de
mobilidade das peças de manobra de uma Força.
Por essas razões, a observância de algumas regras básicas irá conferir, a essas
atividades, o grau desejado de confiabilidade, flexibilidade e presteza.
(a) O fluxo de suprimentos deve ser, preferencialmente, direto da fonte ao
consumidor ou utilizador, com o mínimo de manuseio pelos escalões
intermediários.
(b) Os níveis de estoque preconizados não devem exceder às quantidades
necessárias para prover o apoio durante eventuais interrupções no fluxo de
suprimentos de reabastecimento.
(c) A distribuição deve atender às necessidades requeridas. Porém, deve ser
evitado que quantidades excessivas de suprimentos fornecidos venham a
limitar a mobilidade das Unidades de combate e de apoio ao combate. A
fixação de um nível de estoque máximo visa a atender esta regra de
controle.
(d) De forma a garantir flexibilidade com o mínimo de prejuízo para a
mobilidade, a distribuição de suprimentos para cada Unidade deve incluir
uma reserva limitada, assegurando condições operacionais, ainda que o
sistema de abastecimento falhe temporariamente. A prescrição de um nível
de estoque mínimo está diretamente relacionado com esta regra.
(e) As instalações de abastecimento devem ser dispersas no interior da área de
operações a fim de assegurar a presteza e a flexibilidade de distribuição,
assim como manter uma segurança passiva contra possíveis ataques do
inimigo.
(f) As normas de controle devem ser tão simples quanto possível a fim de
maximizar a relação fornecimento/demanda.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-16 - ORIGINAL
(g) As normas de arquivamento dos documentos de controle devem ser simples
e prover, de maneira rápida e direta, as informações essenciais à atividade.
(h) Os suprimentos devem ser salvaguardados da ação inimiga, das intempéries
e do desperdício.
2) Processos de Distribuição
A distribuição dos suprimentos numa área de operações pode ser realizada
segundo dois processos.
(a) Distribuição por ponto
O elemento apoiado vai buscar seus suprimentos na instalação responsável
pelo fornecimento do item.
Este processo é muito empregado em uma OpAnf, particularmente nos
estágios iniciais do assalto, pois o DP não dispõe, ainda, de viaturas para
fazer a entrega de suprimentos ao elemento apoiado.
(b) Distribuição por Unidade
A agência responsável pela instalação de distribuição é também responsável
pela entrega dos suprimentos.
A Figura 2-4 apresenta, esquematicamente, um exemplo destes processos
numa OpAnf.
Fig 2-4 - Processos de distribuição de suprimentos
d) Coleta de Salvados e Capturados
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-17 - ORIGINAL
1) Material Salvado
É todo aquele pertencente ao inventário de nossas Forças ou de Forças aliadas,
encontrado em situação de abandono no campo de batalha e que seja suscetível
de utilização segundo sua finalidade original (com ou sem reparação prévia), ou
aproveitado para outras, mesmo que só tenha valor como sucata.
O material que por qualquer razão é abandonado, particularmente armas e
munições, pode se tornar uma séria ameaça às áreas de retaguarda e vias de
transporte caso venha a ser encontrado e utilizado por Forças hostis. Por esta
razão, a coleta de material salvado e sua posterior utilização, de acordo com
normas preestabelecidas, deve ser promovida por todos os Comandos, em suas
respectivas zonas de ação (ZAç). Além disso, constitui uma importante medida
para preservação dos recursos necessários à qualquer Força militar.
O aproveitamento do material salvado resulta em quantidades consideráveis de
armas, equipamentos e suprimentos para nova distribuição, e na conseqüente
economia de mão-de-obra e transportes.
A instalação destinada a concentrar o material salvado numa determinada AApL
é o PColSlv. Nessa instalação o material é separado e inspecionado. Aqueles
itens que se encontrarem em perfeitas condições de utilização serão
relacionados e transferidos para as respectivas instalações de distribuição, as
quais os reintegrará ao sistema de abastecimento da Força. Os que por sua vez
necessitarem algum tipo de manutenção, serão encaminhados ao setor
pertinente, antes de retornarem ao sistema. Por fim, os que não apresentarem
condições de recuperação no âmbito da Força serão evacuados para a
retaguarda.
O transporte do material salvado, desde o local onde foi encontrado até os
PColSlv, é realizado aproveitando-se as viaturas que se dirigem vazias para a
retaguarda.
As armas e equipamentos das baixas que não tiverem condições de retornar ao
combate, serão recolhidos nas instalações de saúde e prontamente encaminhados
ao sistema de abastecimento, providenciando-se, se for o caso, a sua
desinfecção.
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OSTENSIVO - 2-18 - ORIGINAL
2) Material Capturado
Esta expressão aplica-se a qualquer tipo de material ou suprimento utilizado
pelas Forças inimigas e que nossas Forças capturem ou encontrem abandonado
no campo de batalha.
O material capturado é, sobretudo, uma importante fonte de dados sobre o
inimigo. Seu conveniente manuseio e aproveitamento deve atender às seguintes
finalidades:
- determinação das possibilidades do inimigo;
- pronta exploração das inovações tecnológicas disponíveis ao inimigo, em
nosso proveito; e
- utilização de recursos do inimigo pelas nossas Forças.
As Unidades de combate devem ser adestradas e estimuladas a realizar a
captura de material, bem como a informar prontamente esta ocorrência ao seu
escalão superior. Devem, ainda, ser capazes de explorar este material como
fonte de dados relevantes para a produção de conhecimentos operacionais de
interesse tático imediato. A sua utilização, entretanto, só deverá ser feita
mediante autorização do escalão superior ou em situações de emergência.
Os Comandantes de todos os escalões devem divulgar instruções claras,
objetivas e completas para a comunicação imediata e a salvaguarda do material
capturado, a fim de assegurar o seu máximo aproveitamento.
Quando a quantidade e natureza do material capturado assim o exigirem,
elementos de ApSvCmb deverão ser enviados imediatamente à frente para
aliviar as Unidades de combate da guarda e controle do mesmo. As Unidades
de combate não devem, também, ser levadas a desviar efetivos de sua tarefa
principal para a guarda de material por períodos prolongados.
0204 - SAÚDE
O apoio de saúde (médico e odontológico) é prestado visando a conservação do poder
combatente da Força apoiada, o que é conseguido por meio da execução de medidas
de Medicina Preventiva e de Reabilitação.
a) Medicina Preventiva
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OSTENSIVO - 2-19 - ORIGINAL
É traduzida pelo ato de preservar a saúde física e mental do pessoal por meio de
um conjunto de medidas profiláticas.
A medicina preventiva abrange quatro áreas importantes:
- psiquiatria preventiva;
- saneamento e higiene pessoal;
- controle de doenças transmissíveis; e
- prevenção de acidentes e descontaminação de campanha.
A medicina preventiva assume especial importância, mormente, quando existem
indícios do uso de agentes biológicos por parte do inimigo.
b) Reabilitação
É o conjunto de medidas que visam a restaurar as condições de eficiência do
pessoal, possibilitando a sua reutilização em combate. Inclui o tratamento
médico e o cirúrgico, além da readaptação do indivíduo, quando não for
possível sua recuperação, ou, então, quando as condições existentes não
permitirem a sua permanência em combate.
A atividade reabilitação abrange:
- provisão do tratamento médico;
- evacuação médica;
- operação das instalações de saúde; e
- emprego dos suprimentos de saúde.
c) Princípios Gerais
A eficiência desejada no desenvolvimento das atividades de apoio de saúde
pode ser alcançada com a observância de determinados princípios.
Estes princípios decorrem das tarefas e características de emprego do serviço de
saúde.
1) Responsabilidade do Comando
Cabe ao Comandante de qualquer escalão a responsabilidade pela saúde de
todo o pessoal sob o seu Comando.
Quando, por qualquer circunstância, os recursos de saúde orgânicos forem
insuficientes ou inadequados à provisão do tratamento médico necessário, o
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-20 - ORIGINAL
Comandante deve providenciar recursos adicionais junto aos setores
competentes.
2) Planejamento Simultâneo
O apoio de saúde deve ser planejado para atender integralmente as ações
previstas no Plano/Ordem de Operação e no Plano Logístico, o que impõe
um alto grau de coordenação entre o Oficial de Saúde (OS) e os demais
Oficiais de EM, desde o início do planejamento.
3) Continuidade
O tratamento médico em combate deve ser prestado desde o momento da
ocorrência do ferimento ou doença até a total reabilitação da baixa.
Para tanto, o apoio de saúde deve proporcionar um atendimento progressivo
e escalonado, estendendo-se da Linha de Contato (LC) até a última
instalação de saúde da cadeia de evacuação.
4) Evacuação
Uma baixa só deve ser evacuada até a instalação de saúde onde possa receber
o tratamento suficiente para retornar ao serviço.
A rápida e ordenada evacuação das baixas é uma forma de permitir às
Unidades manterem sua mobilidade e liberdade de ação, além de elevar o
moral da tropa.
5) Mobilidade
As agências de saúde devem ser capazes de acompanhar a progressão das
Unidades que apóiam, conservando sua eficácia mesmo quando em
deslocamento.
6) Triagem das Baixas
A triagem das baixas deve ser efetuada em todas as instalações de saúde por
onde elas vierem a passar.
7) Coleta de Baixas
As baixas devem ser preferencialmente coletadas nos Refúgios de Feridos
(RefgFer) ou nas instalações de saúde localizadas na ZAç da Unidade onde
ocorrerem.
8) Distribuição dos Recursos
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-21 - ORIGINAL
Os recursos destinados ao apoio de saúde devem ser distribuídos de modo a
proporcionar a máxima eficiência no atendimento prestado.
9) Padronização dos Tratamentos
As técnicas de tratamento devem ser padronizadas tanto quanto possível, a
fim de facilitar o tratamento e a determinação de necessidades de
suprimentos de saúde.
10) Primeiros Socorros pela Tropa
A capacidade de qualquer indivíduo prestar os primeiros socorros deve ser
desenvolvida permanentemente por meio do adestramento. Todo combatente
deve ser capaz de executar os primeiros socorros em um companheiro,
utilizando, inclusive, meios de fortuna.
11) Oportunidade
O tratamento médico deve estar disponível para os feridos e doentes no lugar
certo e no momento oportuno.
12) Proximidade
O tratamento médico deve ser iniciado na instalação de saúde mais próxima,
independentemente da organização a que pertencer o paciente.
13) Flexibilidade
A estrutura de apoio de saúde deve ser capaz de absorver as alterações que
porventura venham a ocorrer em função de mudanças na situação. A
existência de recursos em reserva e planos alternativos podem garantir a
eficácia do apoio em momentos críticos.
14) Abandono de Baixas
Só deve ocorrer em casos extremos, porquanto afeta o moral e oferece ao
inimigo uma das melhores fontes de dados. É uma decisão exclusiva do
Comandante.
d) Provisão do Tratamento Médico
Como parte fundamental da determinação de necessidades do apoio de saúde, a
provisão do tratamento médico decorre da Estimativa de Perdas preparada pelo
Oficial de Pessoal.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-22 - ORIGINAL
Com base nesta estimativa, o OS delineia a estrutura necessária ao atendimento
e determina suas necessidades em termos de suprimentos e equipamentos. Os
recursos indisponíveis na estrutura orgânica são encaminhados ao escalão
superior que, de acordo com suas possibilidades, providencia a complementação
ou atribui à sua própria organização de saúde a tarefa de prover o tratamento
médico que extrapole a capacidade dos seus subordinados.
e) Evacuação Médica
Envolve a retirada das baixas da frente de combate para a retaguarda,
utilizando-se de padioleiros, ambulâncias, viaturas de qualquer outro tipo,
helicópteros, aviões, navios e ED.
A evacuação médica é realizada, normalmente, de uma instalação de saúde para
outra com maiores recursos. Para se evitar que os feridos sejam evacuados para
instalações mais à retaguarda do que o indispensável a sua recuperação, deve ser
estabelecida uma Norma de Evacuação.
Norma ou Política de Evacuação é uma decisão do Comandante, assessorado
pelo OS, por meio da qual é determinado o número máximo de dias de
permanência de uma baixa para tratamento na instalação de saúde sob o seu
Comando.
As baixas que no parecer do médico responsável pela instalação não puderem
retornar ao combate no prazo previsto pela Norma de Evacuação, ou, então,
exigirem tratamento acima das possibilidades desta instalação, deverão ser
evacuadas para outras instalações à retaguarda, desde que a remoção não
concorra para o agravamento do seu estado de saúde.
A Norma de Evacuação é a base de qualquer plano de evacuação, por ser o
principal fator na determinação das necessidades para a execução desta
atividade.
f) Operação das Instalações de Saúde
1) RefgFer
Local próximo à LC onde as baixas de uma Companhia de Fuzileiros Navais
(CiaFuzNav) são concentradas, enquanto aguardam a remoção para o PS ou
outra instalação mais à retaguarda.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-23 - ORIGINAL
Dispõe apenas de enfermeiros para prestar o atendimento imediato, não se
constituindo, de fato, uma instalação de saúde.
Nele as baixas são etiquetadas e recebem uma prioridade de evacuação, se
for o caso. É também neste local que a gravidade da baixa pode ser
preliminarmente avaliada, determinando ou não a necessidade de evacuação
aeromédica (EVAM) imediata.
O Encarregado do Grupo de Socorro de Companhia (GpSocCia) é o
responsável pela operação do RefgFer.
2) PS
Nele se realiza a primeira triagem com diagnóstico médico e, quando for o
caso, é providenciada a evacuação da baixa para o escalão subseqüente da
Cadeia de Evacuação. É, portanto, a instalação primária dessa cadeia.
O PS é instalado e operado pelo Grupo de Posto de Socorro (GpPS) do
Batalhão com recursos orgânicos do Pelotão de Saúde (PelS), podendo, em
determinadas situações, ser reforçado com elementos de coleta e evacuação
oriundos da CiaS. Quando necessário e conveniente, este Grupo pode ser
dividido e então passar a operar o PS em dois escalões.
3) PEv
São instalações peculiares às OpAnf, localizadas nas AApP e AApZDbq e
operadas pela Seção de Evacuação (SecEv) das Equipes de Destacamento de
Praia (EqDP) e DZD. Esta Seção é organizada com recursos da CiaS,
podendo, caso necessário, receber reforços de medicina operativa de diversos
setores do SSM.
Inicialmente é organizado um PEv em cada "praia numerada" - PEv/EqDP.
Quando possível, esses PEv são consolidados em um único PEv na "praia
colorida", o que, geralmente, ocorre com a integração das EqDP sob o
Comando do Destacamento de Praia da Força de Desembarque
(DPForDbq).
Os recursos para o tratamento médico nestas instalações são limitados à
manutenção de um quadro clínico estável que favoreça a evacuação para os
NRTB.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-24 - ORIGINAL
O PEv é o último elo, em terra, da cadeia de evacuação.
4) HCmp
Por ser uma instalação complexa e com pouca mobilidade, raramente é
estabelecida por uma ForDbq, mesmo que do tipo Brigada Anfíbia (BAnf).
Sua instalação só se justifica nas operações terrestres que por qualquer razão
não possam ser apoiadas pelos meios navais ou quando a ForTarAnf não
dispuser de meios que o possam substituir.
Quando estabelecido, sua operação fica a cargo da CiaS, a qual deve contar
com cirurgiões-gerais, ortopedistas, anestesistas, farmacêuticos e cirurgiões-
dentistas especializados em medicina de operações anfíbias, geralmente
colocados à disposição pelo SSM. Sua operação inclui, também, as tarefas de
coleta e evacuação, a cargo dos Pelotões de Coleta e Evacuação (PelColEv).
5) NRTB
É uma instalação de saúde pertencente à ForTarAnf e que se destina a
receber e tratar as baixas evacuadas de terra. Normalmente é designado para
esta finalidade o navio que possua as maiores e mais bem aparelhadas
instalações de saúde da Força, além de reunir as condições necessárias para
receber as baixas evacuadas por helicópteros e/ou por superfície. Caso as
necessidades previstas ultrapassem as disponibilidades existentes em um
único navio, um ou mais navios adicionais poderão ser designados com esta
mesma finalidade.
O tratamento médico nesta instalação é provido pelo Departamento ou
Divisão de Saúde do próprio navio, que, geralmente, recebe o reforço de
pessoal de medicina operativa do SSM.
6) Hospital Intermediário de Retaguarda
É uma instalação hospitalar convencional localizada próxima da AOA. Pode
ser um hospital localizado no próprio país, num país aliado, ou, ainda,
conquistado em território inimigo. Neste último caso, sua operação será
providenciada por organização do SSM especialmente constituída para este
fim.
7) Hospital de Retaguarda
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-25 - ORIGINAL
Corresponde ao último elo da cadeia de evacuação. Normalmente é
designado um dos hospitais pertencentes à MB.
g) Impacto de Baixas em Massa por Agentes Químicos, Biológicos e
Radiológicos (QBR)
O emprego de armas de destruição em massa contra tropas amigas pode
produzir um número muito elevado de baixas em uma determinada área e num
período de tempo muito curto. Esta ocorrência pode afetar as possibilidades de
tratamento médico, bem como inviabilizar a remoção oportuna das baixas. Por
isto, a possibilidade de emprego de agentes QBR deve ser levada em
consideração na determinação de necessidades de recursos de saúde e na
definição das Normas de Evacuação.
O atendimento das baixas resultantes do emprego de agentes químicos requer
técnicas e equipamentos de descontaminação e tratamento especializado.
As baixas causadas por agentes biológicos, na maioria das vezes de efeito
retardado, acarretam uma excessiva sobrecarga para as instalações de saúde,
necessitando, portanto, de pronta identificação do agente empregado e da
aplicação de uma terapêutica apropriada.
A evacuação de baixas causadas por agentes QBR poderá requerer medidas
especiais.
0205 - TRANSPORTE
Todas as outras funções necessitam, de uma forma ou de outra, de realizar transporte
para a execução de suas atividades. Assim, transporte é a função que tem o propósito
de prever e prover a movimentação de pessoal e de material, em tempo e lugar
adequados às necessidades dos GptOpFuzNav.
Como função logística, o transporte é, primordialmente, um serviço. Embora esteja
notadamente presente na fase da distribuição, em verdade participa, em menor ou
maior grau, de todo o processo logístico como atividade fundamental para o esforço
logístico. Abrange todas as modalidades, vias e classes de transporte, além de incluir
os terminais de transporte que são os pontos de origem e destino do processo.
No que diz respeito ao ApSvcmb, duas ações distintas estão englobadas no transporte:
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-26 - ORIGINAL
- a movimentação, tática e/ou administrativa, de pessoal, equipamentos e suprimentos
na área de operações; e
- a operação e o controle dos meios de transporte.
a) Movimentação de Pessoal e Cargas
As necessidades de transporte dos GptOpFuzNav baseiam-se em dois fatores
principais: o caráter das operações a serem apoiadas e os tipos e as quantidades de
carga a movimentar na área de operações.
As operações de caráter ofensivo e os movimentos retrógrados, geralmente,
requerem maior mobilidade das Unidades de combate e maior fluxo de
suprimentos, aumentando as necessidades de transporte, quer em quantidade, quer
em variedade de meios.
A defesa em posição é de natureza mais estática e realizada em ambientes de
dimensões normalmente mais reduzidas. Neste caso, as necessidades de transporte
são menores e concentradas durante o período de preparação da posição.
Em qualquer caso, no entanto, o sistema de transporte estabelecido deve atender as
demandas táticas e logísticas com a necessária presteza, o que pode ser obtido pela
observância dos mais importantes princípios e atributos relativos a movimentação
de cargas e do pessoal.
1) Controle e Unidade de Comando
O controle da movimentação deve ser centralizado no mais alto escalão.
Geralmente, o Comandante de um GptOpFuzNav atribui essa responsabilidade
ao Comandante da organização por tarefas de ApSvCmb.
2) Coordenação
O Comandante de um GptOpFuzNav deve regular e coordenar os movimentos
para evitar congestionamento e conflitos de trânsito nas vias de transporte.
3) Flexibilidade
O sistema de transporte deve prover um fluxo ininterrupto de cargas. Ele deve
ser capaz de se ajustar às mudanças de situação sem reduzir significativamente
aquele fluxo. Para tanto, o Comandante poderá alterar os meios ou vias de
transporte de forma a manter um movimento contínuo de pessoal, equipamentos
e suprimentos.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-27 - ORIGINAL
4) Economia
Este princípio não deve ser entendido apenas como o carregamento de cada
meio de transporte com sua capacidade máxima de carga.
Uma Força não pode estocar capacidade de transporte, a qual, se não for
explorada integralmente num determinado dia, não poderá ser aproveitada para
complementar a necessidade dos dias subseqüentes.
Um meio de transporte deslocando-se com espaços vagos ou sem carga é um
desperdício de capacidade de transporte. Contudo, um meio de transporte
completamente carregado mas sem condições mecânicas e/ou ambientais de se
deslocar, representa uma perda muito maior para o sistema do que outros
parcialmente carregados ou com menor capacidade de carga atendendo
plenamente as finalidades deste sistema.
Além disto, a situação tática pode limitar a maximização na exploração dos
meios de transporte durante todo o tempo, obrigando o sistema de transporte a
reter algumas viaturas e aeronaves para atender à eventuais tarefas de
emergência.
Assim, de maneira abrangente, o Comandante deve fazer todo o esforço para
transportar o máximo de carga possível nos meios disponíveis, considerando as
características do sistema, as condições ambientais, as necessidades de
manutenção do material e de descanso do pessoal, bem como as imposições da
situação tática.
b) Operação e Controle
O estabelecimento de um sistema de transporte para apoiar um GptOpFuzNav é, de
maneira geral, influenciado pelo desdobramento e dispositivos adotados pelos
elementos de ApSvCmb na área de operações. As vias de transporte existentes em
conjunto com a localização das instalações de ApSvCmb, os meios de transporte
disponíveis e a quantidade de recursos a transportar, constituem a base do sistema.
O sistema, geralmente descrito no Plano Logístico, deve prescrever o seguinte:
- meios de transporte orgânicos e os colocados à disposição das Unidades de
combate e de apoio ao combate;
- meios de transporte disponíveis nas Unidades de ApSvCmb;
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-28 - ORIGINAL
- outros meios de transporte disponíveis;
- medidas de controle de tráfego; e
- atribuição de tarefas e medidas de circulação e controle de trânsito.
1) Controle de Tráfego
É a atividade que visa a estabelecer as medidas de coordenação e controle sobre
o movimento de material ou pessoal, executada pela Unidade de ApSvCmb
responsável pela realização do transporte. Sua complexidade varia com a
natureza e duração da operação apoiada.
As medidas de controle de tráfego estabelecidas para uma operação têm por
finalidade reduzir as movimentações de carga ao mínimo necessário e evitar
perdas de tempo, desencontros e interferências que prejudiquem a chegada em
seu destino do material e/ou pessoal, no tempo definido para atender as
necessidades. Estas medidas incluem, entre outras:
- disponibilidade de equipamentos de carga;
- mão-de-obra para carga e descarga;
- horários de carregamento;
- períodos de manutenção dos meios de transporte;
- períodos de descanso do pessoal;
- meios de transporte especiais e alternativos;
- locais favoráveis à integração dos diversos meios de transporte; e
- cargas prioritárias.
2) Circulação e Controle de Trânsito
As áreas de operação utilizadas pelos GptOpFuzNav, além de dimensões
bastante reduzidas quando comparadas as das demais operações de guerra naval,
são limitadas pelas vias de transporte, praias e zonas de desembarque existentes.
Estas condicionantes, implicam o estabelecimento de medidas de circulação e
controle de trânsito de forma a garantir a máxima eficiência na exploração dos
meios de transporte.
(a) Circulação de Viaturas
A circulação na ZAç de cada Unidade é uma responsabilidade do Comando
e visa a utilização mais apropriada da rede de estradas existentes. O Oficial
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-29 - ORIGINAL
de Logística (OLog), ao determinar as necessidades de vias de transporte
terrestres para uma operação, deve buscar a economia de meios de
conservação e a flexibilidade na utilização da rede.
Ao planejar um movimento, seja tático ou administrativo, a primeira
preocupação é compatibilizar o meio de transporte terrestre empregado com
as condições da rede de estradas por onde esse meio irá transitar. Isto é feito
por meio da comparação da classe das viaturas com a classe da rodovia e
das pontes nela existentes.
(1) Classificação de Viaturas
Classificar uma viatura consiste na atribuição, segundo um método
padronizado, de um número-classe.
(2) Número-Classe de uma Viatura
É um número inteiro que traduz o efeito por ela produzido sobre a
estrutura de uma ponte, portada ou leito de uma rodovia. Esse efeito
depende do peso bruto da viatura, espaçamento dos eixos, distribuição
da carga sobre os eixos e, no caso das pontes, da velocidade de
deslocamento da viatura. O número-classe, portanto, é apenas um
parâmetro de referência adimensional e não um peso.
Por exemplo: a Vtr 5 TON, 6x6, REO, SOCORRO é classe 15.
(3) Classificação de pontes
Classificar uma ponte consiste em lhe atribuir, segundo um método
padronizado, um número-classe.
(4) Número-classe de uma ponte ou portada
É um número inteiro e representa o maior número-classe de uma
viatura que esta ponte ou portada é capaz de suportar com segurança.
Cabe mencionar que ao se atribuir este número a uma ponte, devem ser
consideradas duas situações: se a ponte será utilizada em via única ou
dupla via. Por exemplo: a ponte sobre o rio BENEVENTE na rodovia
BR-101 é de classe 60 para trânsito em uma via e 40 para trânsito nas
duas vias simultaneamente. Isto significa que qualquer viatura de
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-30 - ORIGINAL
número-classe igual ou inferior aos números mencionados em cada
situação poderá transitar por esta ponte com segurança.
As equipagens de transposição de curso d`água recebem, normalmente,
um número-classe do fabricante, em função das características do
material, velocidade da correnteza etc. Por exemplo: Ponte CASTOR
LEVE, com 77 metros de extensão, instalada sobre um curso d`água
com velocidade de corrente superior a 1,5 m/Seg é classe 15.
(5) Classe de rodovia
Normalmente, o menor número-classe das pontes existentes numa
rodovia determina a sua classe. Quando não existirem pontes, a classe
será atribuída pela pior seção da rodovia.
(b) Estrada Principal de Abastecimento (EPA)
Como resultado do planejamento da circulação de viaturas na área de
operações, o Comando de um GptOpFuzNav seleciona uma ou mais
estradas para atender às necessidades de apoio aos seus subordinados. O
sistema viário composto por estas estradas é denominado EPA e receberá a
maior prioridade de trabalho de engenharia de conservação e reparação,
bem como no estabelecimento de medidas de controle de trânsito. A EPA
visa a garantir o apoio contínuo aos subordinados, independentemente das
condições atmosféricas ou da atividade inimiga. Entretanto, sempre que
possível, o trânsito deve ser repartido por toda a rede de estradas existente
para evitar congestionamentos e a rápida deterioração das condições de
trânsito na EPA.
Geralmente, a EPA tem seu traçado interligando as AApL dos diversos
escalões, desde a mais à retaguarda até as ILS dos elementos subordinados
mais avançados.
Cabe a Força a responsabilidade pela conservação, segurança e controle de
trânsito na EPA.
A seleção da EPA é responsabilidade do OLog da Força, o qual realiza a
coordenação necessária com os demais componentes do EM e com os
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-31 - ORIGINAL
Comandantes subordinados. Nesta seleção, são levados em conta os
seguintes fatores:
(1) Manobra
A EPA deve apoiar nas melhores condições possíveis a linha de ação
selecionada como Decisão, favorecendo a Unidade encarregada do
esforço principal.
(2) Rede de Estradas
A EPA deve possuir capacidade para atender às necessidades diárias de
transporte de suprimentos do GptOpFuzNav como um todo. Além
disso, deve conter o menor número de pontos críticos, permitir o
movimento através campo junto às suas margens e facilitar a ligação
com as peças de manobra.
(3) Possibilidades do Inimigo
O traçado da EPA deve evitar cruzar áreas com grande probabilidade
de ocorrência da ação terrestre do inimigo, que facilitem a ação de
guerrilheiros, com muitos locais favoráveis à sabotagem, e que
percorra regiões de homizio ou muito próximas aos flancos.
(4) Nossa Situação
A EPA deve ser compatível com a nossa disponibilidade de apoio de
engenharia para conservação e reparação, e de elementos de polícia
para implementação das medidas de segurança e controle de trânsito.
(c) Controle de Trânsito
O controle do trânsito tem por finalidade compelir a obediência às regras e
prescrições de circulação em estradas e arruamentos.
Todas as instruções referentes à circulação e as medidas de controle de
trânsito devem estar contidas no Plano Logístico do GptOpFuzNav,
cabendo aos elementos subordinados cumprí-las e, caso necessário,
estabelecer outras no interior de suas ZAç, divulgando-as em coordenação
com o GptOpFuzNav.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-32 - ORIGINAL
As instruções sobre circulação compreendem, entre outras, a classificação
das estradas e pontes, o sentido do movimento em cada estrada ou trecho
dela, as prioridades de movimentação em cada sentido, trânsito civil etc.
As medidas de controle de trânsito incluem:
- velocidades de deslocamento diurno e noturno; - balizamento de pontos
chaves;
- identificação de viaturas;
- horários de restrição ao trânsito;
- Postos de Controle de Trânsito (PCTran); e
- linhas de escurecimento.
(1) PCTran
É uma instalação de ApSvCmb operada, geralmente, por elementos do
Serviço de Polícia (SP), em pontos críticos de circulação de pessoal e
viaturas, com a finalidade de exercer a fiscalização e a orientação do
trânsito militar. São, normalmente, localizados onde o trânsito precisa
ser controlado e/ou fornecidas orientações sobre a localização de
instalaç·es, estado das estradas e pontes etc.
Os PCTran são estabelecidos, sempre que possível, nos seguintes locais
de uma área de operações:
- um em cada acesso ao(s) setor(es) de uma AApL que reúna(m) uma
grande concentração de instalações;
- nos pontos críticos de circulação onde possam ocorrer
congestionamentos ou requeiram regulação de trânsito; e
- um em cada ponto em que as estradas penetrantes que vêm da
retaguarda cortam as Linhas de Escurecimento Total (LET) e
Parcial (LEP).
Junto ao PC do GptOpFuzNav é instalado um Posto Central de
Controle de Trânsito (PCCTran), que tem por finalidade coordenar a
ação dos diversos PCTran.
(2) LET
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-33 - ORIGINAL
É uma linha nítida no terreno, tanto quanto possível paralela à LC ou
ao Limite Anterior da °rea de Defesa Avançada (LAADA), que deve
oferecer desenfiamento de vistas à sua retaguarda ou esteja
suficientemente distante da LC ou LAADA para impedir a observação
terrestre inimiga. Ela indica a região à frente da qual não é permitido o
trânsito com qualquer tipo de luz, por razões de segurança.
(3) LEP
É uma linha nítida no terreno, normalmente coincidente com o limite
de retaguarda das Unidades em primeiro escalão, a partir da qual as
viaturas que se dirigem para frente são obrigadas a transitar apenas
com as luzes de segurança (lanternas militares).
0206 - MANUTENÇÃO E SALVAMENTO
No âmbito do ApSvCmb é a função que tem por finalidade conservar o material dos
GptOpFuzNav em condições operativas adequadas ou restitui-lo a estas condições.
A manutenção é um conjunto de ações programadas, destinadas a preservar o
material dentro de suas especificações técnicas. Portanto, o termo manutenção
abrange tanto a manutenção planejada - Preventiva e Programada - como a
manutenção corretiva - Reparo.
O salvamento consiste em combater incêndios, controlar avarias, rebocar e, no caso
do material específico dos GptOpFuzNav, desatolar viaturas e equipamentos, reflutuar
VtrAnf e recuperar suas cargas ou itens específicos.
a) Atividade de Manutenção
1) Manutenção Planejada
A manutenção preventiva ou a programada obedecem a um Sistema de
Manutenção Planejada (SMP), que é um método racional desenvolvido para
orientar o planejamento, a execução e o controle da manutenção, visando a
alcançar um índice adequado de eficiência, prontidão e segurança do material.
Suas ações variam em magnitude, desde uma simples inspeção até revisões
gerais. Dependendo de sua complexidade e vulto, os serviços ficarão a cargo do
utilizador, de equipes de manutenção que integram os GptOpFuzNav ou de
Organizações Militares Prestadoras de Serviços (OMPS), situadas fora da área
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-34 - ORIGINAL
de operações, as quais poderão, ainda, se valer do auxílio de empresas civis,
especialmente contratadas para tal.
Esta divisão de competências define escalões de manutenção alguns dos quais
são de responsabilidade do ApSvCmb, enquanto outros estão a cargo do
SApLog da MB.
(a) Primeiro Escalão
Entende-se por manutenção de primeiro escalão os serviços que os
operadores ou as equipes orgânicas de uma Unidade têm capacidade de
executar. Tal capacidade envolve as limitações técnicas do pessoal e a
disponibilidade de ferramental ou sobressalentes necessários à execução
dos serviços. Ela é, fundamentalmente, de natureza preventiva e
programada, podendo, eventualmente, ser corretiva.
(b) Segundo Escalão
Entende-se por manutenção de segundo escalão os serviços que ultrapassam
a capacidade dos recursos orgânicos da Unidade. No caso do ApSvCmb,
estes serviços são executados por Equipes de Manutenção do
BtlLogFuzNav que integram a organização por tarefas de ApSvCmb dos
GptOpFuzNav.
(c) Terceiro Escalão
Entende-se por manutenção de terceiro escalão os serviços que, pelo seu
porte e complexidade, exigem recursos superiores aos dos escalões
anteriores. Estes serviços são executados por OMPS específicas, de acordo
com a natureza do material.
(d) Quarto Escalão
Entende-se por manutenção de quarto escalão aquela que ultrapasse a
capacidade da MB, só podendo ser executada pelo fabricante, seu
representante ou em Parques de Manutenção, no país ou no exterior.
2) Manutenção Corretiva
Destina-se a corrigir as deficiências provocadas pelas avarias ocorridas em
meios operativos e em seus sistemas, equipamentos e componentes, decorrentes
da ação do inimigo, da falha do material ou de sua má operação. Em alguns
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-35 - ORIGINAL
casos são conseqüências de acidentes, tais como abalroamento, capotagem,
incêndio, imersão n`água etc.
3) Sistema de Manutenção
É um conjunto integrado de pessoal, instalações (fixas e/ou móveis),
equipamentos, instrumental, sobressalentes e ferramental, dinamizados segundo
métodos e procedimentos estabelecidos por normas, fundamentadas em
princípios e técnicas, tendo em vista manter o material pronto para utilização em
combate, no local apropriado e no momento oportuno, dentro de suas
características de projeto e da maneira mais econômica.
No que diz respeito ao ApSvCmb, este sistema deve atender aos requisitos de
mobilidade, flexibilidade, presteza e simplicidade. Em conseqüência, não se
pode esperar o estabelecimento de instalações de manutenção complexas na área
de operações, nem que o material possa sempre ser manutenido na área de
Retaguarda. Os serviços de manutenção, sempre que necessários, devem ser
realizados tão à frente quanto permitam a situação tática, a existência de
pessoal especializado e a disponibilidade de equipamentos, instrumental,
sobressalentes e ferramental. Por este motivo, os GptOpFuzNav incluem em sua
organização por tarefas de ApSvCmb Equipes Móveis de Manutenção, as quais
efetuam os serviços no local de estacionamento de cada Unidade subordinada,
nos momentos de pausa do combate, só evacuando o material a ser manutenido
para a área de Retaguarda quando não for possível a execução dos serviços
junto ao utilizador. Estas equipes são nucleadas por Fraç·es da CiaMnt do
BtlLogFuzNav e, geralmente, contam com a participação de elementos do
CRepSupEspCFN que lhes ampliam a capacidade de apoio.
b) Atividade de Salvamento
O salvamento está intimamente relacionado à manutenção corretiva, pois, em
situação de combate ou em caso de acidente, é freqüentemente necessário rebocar,
desatolar viaturas e equipamentos e reflutuar VtrAnf para que possam ser
corrigidas as avarias, permitindo seu retorno ao serviço em condições operativas
aceitáveis.
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OSTENSIVO - 2-36 - ORIGINAL
O salvamento requer pessoal experimentado e equipamentos especiais, tais como
aparelhos de força, viaturas reboque ou socorro, equipamentos pesados de
engenharia, bombas e compressores portáteis de grande débito para esgoto.
Nos GptOpFuzNav, a atividade de salvamento é executada por equipes
especialmente constituídas, com recursos provenientes da organização por tarefas
de ApSvCmb.
0207 - PESSOAL
É a função que tem por propósito prever e prover os efetivos necessários ao emprego
dos GptOpFuzNav. Implica a determinação de necessidades, em termos quantitativos
e qualitativos, a obtenção quando insuficientes, a preparação e a distribuição dos
efetivos.
No tocante ao ApSvCmb, esta função engloba duas grandes atividades: a distribuição
e a administração.
a) Distribuição
Compreende a designação do pessoal para compor os efetivos necessários à
manutenção da capacidade operacional das Unidades que integram os
GptOpFuzNav. Inclui todas as ações relacionadas ao controle de efetivos,
recompletamento e movimentação interna do pessoal.
1) Controle de Efetivos
É o conjunto de ações, estudos e planejamento relacionados, individual ou
coletivamente, com a quantidade e qualidade do pessoal necessário à operação
dos diversos sistemas de combate, apoio ao combate e de apoio de serviços ao
combate. Este controle engloba os registros e relatórios e a contabilidade de
perdas.
(a) Registros e Relatórios
Cabe ao Oficial de Pessoal (OPes) do EM de cada escalão, manter o seu
Comandante e demais Oficiais de EM atualizados quanto à situação do
efetivo de sua organização, de forma a viabilizar o planejamento e a
execução das operações. Isto é feito por meio da permanente atualização
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-37 - ORIGINAL
dos registros de situação de pessoal, os quais originam-se nos Sumários de
Pessoal, enviados periodicamente pelos Comandantes subordinados.
A cada período preestabelecido, ou quando determinado pelo Comandante
ou pelo escalão superior, o OPes divulga um relatório incluindo todos os
aspectos relacionados à situação dos efetivos.
(b) Contabilidade de Perdas
Muitos são os fatores que influem no percentual de perdas de determinada
tropa, operando sob um conjunto nem sempre muito preciso de condições.
Os fatores a seguir mencionados, devem ser considerados, levando-se em
conta os dados obtidos em experiências anteriores, no cálculo das taxas de
perdas:
- localização;
- tipo de operação;
- terreno;
- características do inimigo;
- condições meteorológicas e climáticas;
- condições físicas e estado moral da tropa;
- experiência em combate; e
- higiene e medicina preventiva.
Convém ressaltar que o grau de influência de cada fator variará com a
situação considerada.
O detalhamento desta contabilidade é apresentado na publicação CGCFN-
1302 - MANUAL PARA INSTRUÇÃO DE PLANEJAMENTO DA
FORÇA DE DESEMBARQUE.
2) Recompletamento
Entende-se por recompletamento os indivíduos ou as Unidades destinados ao
preenchimento de claros existentes na organização. Define também, o conjunto
de atividades de obtenção, recebimento, processamento, adestramento e
distribuição do pessoal destinado a preencher claros.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-38 - ORIGINAL
A publicação CGCFN-50 - MANUAL PARA INSTRUÇÃO DE
PLANEJAMENTO DA FORÇA DE DESEMBARQUE apresenta as
peculiaridades do planejamento e execução dessa atividade.
3) Movimentação interna de pessoal
É a atividade de planejamento, organização e supervisão efetiva de todas as
movimentações de pessoal no âmbito de um GptOpFuzNav, visando a garantir a
eficiência em combate das Unidades que o integram.
b) Administração
Ação destinada a gerenciar os efetivos com o propósito de manter as condições
psicossociais adequadas ao serviço em combate. Compreende basicamente o
seguinte:
- justiça e disciplina;
- prisioneiros de guerra;
- sepultamento;
- moral, assistência social e bem estar;
- auxiliares civis; e
- polícia militar e apoio a populações.
1) Justiça e Disciplina
Disciplina é a situação de respeito e obediência que, em decorrência da lei, se
manifesta individual e coletivamente entre militares ou nas relações destes com
a comunidade civil e da qual resulta a ordem imprescindível à eficiência das
organizações militares. A manutenção da disciplina e, conseqüentemente, da lei
e da ordem no ambiente militar é uma responsabilidade do Comando.
No âmbito dos GptOpFuzNav, cabe ao OPes do EM de todos os escalões
planejar e supervisionar a execução das medidas que mantenham ou melhorem
o estado disciplinar da tropa.
Justiça militar é a atividade que tem por fim a prevenção e a repressão aos
crimes militares, os quais são conceituados como todas as violações capituladas
como tal no Código Penal Militar, praticadas pelas pessoas e nas condições por
essa lei definidas.
OSTENSIVO CGCFN-33
OSTENSIVO - 2-39 - ORIGINAL
Na área de Justiça e Disciplina, ressaltam de importância para o ApSvCmb, as
instalações disciplinares e o controle de extraviados.
(a) Instalações Disciplinares
Normalmente não são abertas instalações disciplinares no âmbito dos
GptOpFuzNav. Os militares punidos com Prisão Rigorosa são evacuados,
tão logo possível, para os navios designados, onde cumprirão as penas
impostas. Caso não seja possível a evacuação, os militares punidos serão
afastados de suas funções normais e encaminhados à organização por
tarefas de ApSvCmb da Forca, onde cumprirão suas penas.
(b) Controle de Extraviados
São classificados como extraviados (Extv), os militares de um
GptOpFuzNav encontrados na área de operações longe de suas Unidades e
sem permissão para tal. Há quatro tipos de Extv:
- os militares perdidos;
- os que abandonaram suas posições face ao inimigo;
- os portadores de algum tipo de psicopatia; e - aqueles pertencentes aos
efetivos das Unidades de apoio que se deslocam para a frente em busca de
aventura e "souvenir" de guerra.
O controle de extraviados e seu imediato encaminhamento de volta às
Unidades de origem são providências importantes na manutenção do
poder combatente.
De maneira geral, o controle de extraviados é executado simultaneamente
com o controle de trânsito e outras tarefas do SP.
No AssAnf, o controle dos extraviados e a imediata recondução para as
organizações de origem, na fase inicial do desembarque, são
responsabilidades do DP. Estas tarefas são executadas pelos elementos do
SP que integram aquela organização com esta finalidade. Posteriormente,
tão logo tenha desembarcado e reunido meios necessários à sua execução,
o controle de extraviados é passado para a CiaPol. As principais
medidas de controle são as seguir descritas.
Manual de Apoio Logístico para Operações Anfíbias
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  • 1. CGCFN-33 OSTENSIVO MANUAL DE OPERAÇÕES DO COMPONENTE DE APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2008
  • 2. OSTENSIVO CGCFN-33 MANUAL DE OPERAÇÕES DO COMPONENTE DE APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2008 FINALIDADE: BÁSICA 1ª Edição
  • 3. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - II - ORIGINAL ATO DE APROVAÇÃO APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-33 - MANUAL DE OPERAÇÕES DO COMPONENTE DE APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS. RIO DE JANEIRO, RJ. Em 12 de novembro de 2008. ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO Almirante-de-Esquadra (FN) Comandante-Geral ASSINADO DIGITALMENTE AUTENTICADO PELO ORC RUBRICA Em_____/_____/_____ CARIMBO
  • 4. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - XI - ORIGINAL ÍNDICE Páginas Folha de Rosto ...................................................................................................... I Ato de Aprovação ................................................................................................. III Lista de páginas em vigor ..................................................................................... V Registro de modificações ..................................................................................... IX Índice ................................................................................................................... XI Introdução............................................................................................................. XIX 1º PARTE FUNDAMENTOS CAPÍTULO 1 - CONCEITOS BÁSICOS 0101 - Generalidades ............................................................................... 1-1 0102 - Logística e Apoio de Serviços ao Combate (ApSvCmb) ..... 1-1 0103 - Recursos Logísticos ..................................................................... 1-3 0104 - Sistema de Apoio Logístico .......................................................... 1-3 0105 - Problema Logístico ....................................................................... 1-4 0106 - Esforço Logístico ......................................................................... 1-4 0107 - Funções Logísticas ...................................................................... 1-5 0108 - Ciclo Logístico ............................................................................ 1-7 0109 - Princípios Básicos ....................................................................... 1-12 0110 - Atributos Essenciais .................................................................... 1-15 CAPÍTULO 2 - APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE 0201 - Generalidades .............................................................................. 2-1 0202 - Estrutura de ApSvCmb ................................................................ 2-1 0203 - Abastecimento ............................................................................. 2-10 0204 - Saúde ........................................................................................... 2-26 0205 - Transporte .................................................................................... 2-36 0206 - Manutenção e Salvamento ........................................................... 2-48 0207 - Pessoal ......................................................................................... 2-52
  • 5. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - XI - ORIGINAL 2a PARTE APOIO LOGÍSTICO E DE SERVIÇOS AO COMBATE NAS OPERAÇÕES DE FUZILEIROS NAVAIS CAPÍTULO 3 - APOIO LOGÍSTICO NAS OPERAÇÕES ANFÍBIAS 0301 - Generalidades................................................................................. 3-1 0302 - Estrutura de ApSvCmb da ForDbq ................................................ 3-1 0303 - Prontificação .................................................................................. 3-3 0304 - Planejamento ................................................................................. 3-3 0305 - Ensaio ........................................................................................... 3-13 0306 - Embarque ...................................................................................... 3-14 0307 - Travessia ....................................................................................... 3-14 0308 - Preparação para o Assalto ............................................................. 3-14 0309 - Assalto .......................................................................................... 3-15 0310 - Desenvolvimento do Apoio Logístico durante o MNT ............. 3-15 0311 - TAT-LOG ..................................................................................... 3-21 0312 - Desenvolvimento do Apoio Logístico após o MNT ..................... 3-27 0313 - Apoio Logístico no Assalto Helitransportado .............................. 3-31 0314 - Processos Especiais de Abastecimento ......................................... 3-38 0315 - Desenvolvimento do Apoio de Saúde no AssAnf ......................... 3-40 0316 - AApL no Assalto Anfíbio ............................................................. 3-54 0317 - Defesa da AApP ........................................................................... 3-74 0318 - Defesa da AApSvCmb ................................................................. 3-76 0319 - O Apoio Logístico em uma Incursão Anfíbia (IncAnf) .......... 3-76 CAPÍTULO 4 - APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE NAS OPERAÇÕES TERRESTRES 0401 - Generalidades.................................................................................. 4-1 0402 - Estrutura de ApSvCmb para as Operações Terrestres ........... 4-1 0403 - Desenvolvimento do ApSvCmb ..................................................... 4-3 SEÇÃO I - OFENSIVA 0404 - Considerações Iniciais ..................................................................... 4-15 0405 - O ApSvCmb na Marcha para o Combate (MCmb) .......................... 4-16 0406 - O ApSvCmb no Ataque Coordenado ................................................ 4-27 0407 - O ApSvCmb no Aproveitamento do Êxito e na Perseguição ...... 4-41
  • 6. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - XI - ORIGINAL SEÇÃO II - DEFENSIVA 0408 - Considerações Iniciais ....................................................................... 4-43 0409 - O ApSvCmb na Defesa em Posição .................................................. 4-43 0410 - O ApSvCmb nos Movimentos Retrógrados (MvtRtg) ...................... 4-54 0411 - O ApSvCmb em uma Substituição em Posição ................................. 4-66 CAPÍTULO 5 - APOIO LOGÍSTICO NAS OPERAÇÕES RIBEIRINHAS 0501 - Generalidades ................................................................................. 5-1 0502 - O Planejamento Logístico .............................................................. 5-1 0503 - Fatores de Planejamento Logístico ................................................ 5-3 0504 - Efeitos do Meio Ambiente sobre o Planejamento .......................... 5-4 0505 - Funções Logísticas ......................................................................... 5-5 0506 - Base de Combate Ribeirinha ......................................................... 5-21 3º PARTE DIRETIVAS CAPÍTULO 6 - DOCUMENTOS LOGÍSTICOS 0601 - Generalidades .................................................................................. 6-1 0602 - Estimativa de Logística ................................................................... 6-1 0603 - Diretivas Logísticas ......................................................................... 6-2 0604 - Planos de Abastecimento ................................................................ 6-3 0605 - Planos de Saúde .............................................................................. 6-8 0606 - Plano Logístico da ForDbq ............................................................ 6-13 0607 - Principais Anexos ao Plano Logístico da ForDbq........................... 6-15 0608 - Plano/Ordem de Operação do GASC ............................................. 6-28 ANEXOS ANEXO A - Lista de Anexos ................................................................................ A-1 ANEXO B - Modelo de Estimativa de Logística ................................................. B-1 ANEXO C - Modelo de Estimativa de Pessoal ..................................................... C-1 ANEXO D - Modelo de Plano Logístico .............................................................. D-1 ANEXO E - Modelo do Anexo Conceito do Apoio Logístico ............................. E-1 ANEXO F - Modelo do Anexo Plano de Desembarque de Suprimentos .. F-1 ANEXO G - Modelo do Anexo de Saúde ............................................................. G-1 ANEXO H - Modelo do Anexo de Pessoal ........................................................... H-1 ANEXO I - Exemplo do Plano do Destacamento de Praia da ForDbq ........... I-1
  • 7. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - XIX - ORIGINAL INTRODUÇÃO Para que uma operação anfíbia se realize com sucesso é fundamental que as atividades logísticas se desenvolvam integradas e coordenadas com as ações táticas. Esta publicação tem como propósito prover a doutrina básica para a execução das atividades logísticas em proveito de um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais nas operações anfíbias e em outras operações. Na primeira parte são apresentados os conceitos básicos da logística e os fundamentos do apoio de serviços ao combate desenvolvido no âmbito dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais. Na segunda parte é abordado o apoio logístico e de serviços ao combate nas diversas operações executadas pelos Fuzileiros Navais. Na terceira parte são apresentadas as diretivas e os diversos documentos de planejamento afetos às atividades logísticas e de apoio de serviços ao combate. Esta publicação substitui a CGCFN-1501 – Manual para Instrução de Apoio Logístico aos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, 1ª edição, aprovada em 7 de março de 1996, preservando seu conteúdo, que será adequado ao previsto no Plano de Desenvolvimento da Série CGCFN (PDS-2008), quando de sua próxima revisão.
  • 8. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 1 CONCEITOS BÁSICOS 0101 - GENERALIDADES Foi na prática da guerra que a logística buscou seus ensinamentos. Das lições retiradas das vitórias, derrotas, erros e acertos decorreram as normas e princípios que a constituem. Os artigos que se seguem, apresentam uma síntese dos conceitos básicos da logística relacionados diretamente com as operações de Fuzileiros Navais, os quais são aprofundados na publicação EMA-400A - MANUAL DE LOGÍSTICA DA MARINHA. 0102 - LOGÍSTICA E APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE (ApSvCmb) O planejamento logístico das Forças de Fuzileiros Navais deve ser fundamentado na diferença básica entre a logística e o ApSvCmb. A logística, no seu conceito mais amplo, é o componente da arte da guerra que tem como propósito obter e distribuir às Forças Armadas os recursos de pessoal, material e serviços em quantidades, qualidades, momento e lugar por elas determinados, satisfazendo as suas necessidades na preparação e execução das operações exigidas pela guerra. A logística militar, por sua vez, compreende o conjunto de atividades necessárias para apoiar a criação, movimentação, engajamento, desengajamento e desativação de Forças operativas, com base nas estimativas de necessidades por elas formuladas. A logística, portanto, está relacionada com a movimentação e manutenção de Forças de forma contínua e sustentada, na paz e na guerra, nas bases e aquartelamentos, e nas áreas de operações. O ApSvCmb pode ser conceituado como o apoio proporcionado por parcela de uma Força de Desembarque (ForDbq) ou Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais (GptOpFuzNav) ao conjunto da Força ou Grupamento, por meio de aplicação das funções logísticas essenciais à sua manutenção em combate. É, pois, um caso especial da logística militar, cabendo a ele prover o apoio sob as condições de combate, influenciando, assim, diretamente o cumprimento da missão destes GptOpFuzNav. Este apoio inclui, normalmente, os serviços de: abastecimento; saúde; transporte; manutenção de campanha; coleta de salvados; polícia; construção de instalações de campanha; engenharia de construção; apoio ao desembarque; levantamento
  • 9. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL topográfico e geodésico; banho; lavanderia; cantina; administração e finanças; assistência religiosa, social e jurídica; processamento eletrônico de dados; assuntos civis; sepultamento etc. O planejamento logístico de uma ForDbq ocupa-se, primordialmente, com aquele desenvolvido por seus próprios meios antes do Dia-D e com a determinação das necessidades de apoio externos à Força, antes e depois do Dia-D. O planejamento do ApSvCmb, em contrapartida, trata das organizações, tarefas e responsabilidades de apoio internas à ForDbq. O planejamento do ApSvCmb, portanto, é parte e dependente do planejamento logístico. Está orientado, principalmente, para aspectos internos à Força (apoio orientado para o combate), enquanto o logístico está voltado para os externos (apoio orientado para o desdobramento da Força). 0103 - RECURSOS LOGÍSTICOS De um modo amplo, a logística prevê e provê os recursos de que necessitam as Forças, os quais são agrupados em três grandes categorias: pessoal, elemento base de qualquer organização; material, para melhorar ou tornar possível as ações do pessoal; e serviços, para o apoio às Forças nos aspectos técnicos e de infra-estrutura. O pessoal deve estar em condições de ser utilizado pelas Forças, necessitando, pois, do adequado preparo e administração. O material abrange várias categorias, que vão desde os perecíveis, como víveres, até sistemas complexos, incluindo instalações, equipamentos e seus sobressalentes. Os serviços compreendem atividades geralmente não exercidas pelas Forças, mas sem os quais elas não se manteriam em condições desejáveis para o cumprimento de suas missões. No caso dos GptOpFuzNav, devido as peculiaridades do combate terrestre, alguns desses serviços precisam ser executados na área de operações, junto a própria Força. Por esta razão, esses grupamentos devem dispor de um componente funcional capaz de prestar os serviços indispensáveis. 0104 - SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO A estrutura organizacional da logística naval compõe o Sistema de Apoio Logístico (SApLog), conceituado como: "- o conjunto de organizações e recursos logísticos que, operando desde o tempo de paz, deverá estar em condições de atender às necessidades das Forças Navais em situações de conflito - Hipóteses de Crises Político-Estratégicas (HCPE) - ou de Guerra (HG)".
  • 10. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL Pelas razões apresentadas nos artigos anteriores, os GptOpFuzNav estabelecem um SApLog próprio para atender suas necessidades intrínsecas, denominado Sistema de Apoio de Serviços ao Combate. 0105 - PROBLEMA LOGÍSTICO No caso das operações militares, o problema logístico pode ser enunciado da seguinte forma: proporcionar os meios ou os recursos, de toda a natureza, necessários às Forças, na quantidade, qualidade, momento e lugar adequados, e nas circunstâncias impostas por um plano de operação. Para resolver um problema logístico é preciso realizar um esforço, inicialmente para definir a sua solução, e, em seguida, executá-la. Esse esforço denomina-se esforço logístico. 0106 - ESFORÇO LOGÍSTICO Para solucionar um problema logístico, o esforço é desenvolvido em todos os níveis e pode ser decomposto em: a) Comando ou Direção Determinar o modo de resolver o problema. b) Funções Logísticas Formam um conjunto de ações correlacionadas que concorrem para a solução do problema. c) Ciclo Logístico Constituído pela ordenação das ações que serão desenvolvidas no esforço logístico, englobando uma ou mais funções. Assim, todo o esforço para executar a solução de um problema de logística militar consiste em aplicar os instrumentos disponíveis ao Comando ou à Direção, às funções logísticas, observadas as fases básicas do ciclo logístico, possibilitando que seja implementada a solução obtida por intermédio dos órgãos de apoio logístico. 0107 - FUNÇÕES LOGÍSTICAS Como o problema logístico e o esforço logístico contêm aspectos diversos, envolvendo todas as necessidade dos clientes, é mister agrupar estes aspectos em funções bem definidas que estabeleçam um propósito comum. Na Marinha do Brasil, são seis as funções logísticas adotadas: - Abastecimento;
  • 11. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL - Saúde; - Transporte; - Manutenção e Salvamento; - Pessoal; e - Desenvolvimento de Bases. No que diz respeito a função Desenvolvimento de Bases, deve-se observar que o conceito de "Base" na logística é mais abrangente que o de "Base Naval" como OM. Conceitualmente, é a função logística que consiste no aproveitamento e na expansão dos recursos e instalações existentes em uma determinada área, com o propósito de apoiar operações militares. Compreende a construção, a expansão e a manutenção de bases e de órgãos de apoio isolados de modo a proporcionar o apoio necessário às Forças da MB. Esta função também é denominada "construção" ou "instalações". Na Marinha, as necessidades logísticas referentes à função Desenvolvimento de Bases serão atendidas pelos recursos humanos e materiais do SApLog, organizados por tarefas, em Unidades constituídas especialmente para tal fim, não sendo, portanto, uma preocupação afeta aos GptOpFuzNav. Por esta razão, não será abordada neste manual. O apoio logístico durante a realização das operações de Fuzileiros Navais, como visto anteriormente, é uma responsabilidade das organizações por tarefas especialmente constituídas para tal e cada função exige a execução de várias atividades que lhe são peculiares. O quadro a seguir sintetiza essas atividades. ls1
  • 12. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL ABASTECIMENTO SAÚDE - Desembarque de suprimentos - Controle e Distribuição - Coleta de Salvados e Capturados - Medicina Preventiva: . psiquiatria preventiva; . saneamento e higiene pessoal; . controle de doenças transmissíveis; e . prevenção de acidentes. - Reabilitaçào: . operação das instalações de saúde; . provisão do tratamento médico; . emprego dos suprimentos de saúde; e . evacuação médica. PESSOAL TRANSPORTES - Distribuição: . controle de efetivos; . recompletamento; e . movimentação interna de pessoal. - Administração: . justiça e disciplina; . prisioneiro de guerra; . sepultamento; . moral, assistência social e bem estar; . auxiliares civis; e . população. - Movimentação de Pessoal e Cargas; e - Operação e Controle. MANUTENÇÃO E SALVAMENTO - Manutenção: - Salvamento: . Planejada (preventiva e programada); e . rebouque; . Corretiva (reparo . desatolamento; e . reflutuação de viaturas anfíbias. 0108 - CICLO LOGÍSTICO É a visualização simples de como se processa a .logística. O ciclo tem início quando os utilizadores (usuários, clientes) informam quais sAo as suas necessidades. Recebendo este dado, é feita a determinação de necessidades do grupo de utilizadores. Esta informação é comparada com as disponibilidades, resultando na indicação do que falta para atender aos usuários. Estas faltas serão, então, obtidas dentro de critérios pré-estabelecidos e, posteriormente, distribuídas aos usuários, fechando o ciclo. Identifica-se neste ciclo, as fases básicas da logística, denominadas: - determinação de necessidades; - obtenção; e - distribuição.
  • 13. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL a) Determinação de Necessidades da organização administrativa ou por tarefas, as necessidades de pessoal, material e serviços, com vistas ao cumprimento das tarefas ou à execução das operações previstas. É também a fase básica mais importante do ciclo logístico por servir de fundamento às outras duas e, conseqüentemente, influir, em grande parte, na resolução a contento do problema logístico. A determinação de necessidades dos GptOpFuzNav, apoia-se, primordialmente, no plano ou ordem de operação e no inventário dos recursos disponíveis, fontes de dados preliminares, imprescindíveis à realização desta fase básica. Estes dados preliminares indicarão quem necessita do que, para o cumprimento de que tarefas, o local onde serão executadas e as disponibilidades existentes. De posse destas informações, será possível realizar esta fase básica respondendo às seguintes perguntas: - O que é necessário? Especificando a qualidade; - Quanto é necessário? Estabelecendo a quantidade; - Quando será necessário? Definindo o tempo em que a necessidade deve ser satisfeita; - Onde será necessário? Indicando o local onde deve ser satisfeita a necessidade; e - O que é mais importante? Apontando a prioridade a ser atribuída a cada necessidade. As bases e os métodos de cálculo utilizados na determinação de necessidades são abordados no Capítulo 3 da publicação EMA-400A - MANUAL DE LOGÍSTICA DA MARINHA. b) Obtenção Diferentemente da fase anterior, a obtenção é um ato administrativo no âmbito do SApLog, com complexidade variável em função das dificuldades oriundas do processo de aquisição e da escassez de recursos. O volume de todos os tipos de recursos é o que fixa o limite da obtenção e, se algo não pode ser obtido, o plano de operação, no qual se baseou a determinação de necessidades, deverá sofrer adaptações. Portanto, os limites da obtenção são a base da análise da exeqüibilidade dos planos de operação.
  • 14. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL Do ponto de vista do ApSvCmb, uma fonte de obtenção é representada pelos próprios recursos colocados à disposição do Comando que determinou as necessidades, os quais podem ser divididos em duas categorias: reais e potenciais. São recursos reais aqueles que se encontram efetivamente a disposição do Comando, enquanto que os recursos potenciais são aqueles que o Comando pode vir a receber de outros Comandos, normalmente superiores, sob certas condições. Os primeiros devem estar claramente definidos, enquanto que os segundos são apenas estimados. Uma das etapas mais importantes da fase de obtenção é o estabelecimento de prioridades, permitindo que se consiga o máximo de rendimento do esforço logístico. Aquilo que foi determinado como necessário, descontados os recursos disponíveis, deverá ser obtido numa determinada seqüência que atenda ao usuário. São importantes, também, os prazos de aquisição, pois condicionam o início da fase básica seguinte e influenciam os níveis requeridos de acumulação que serão efetivados na época oportuna. Nos GptOpFuzNav, a obtenção se limita, praticamente, a elaborar pedidos, resumindo-se a uma atividade administrativa e de controle. c) Distribuição A terceira e última fase básica do ciclo logístico é entendida como a ação de fazer chegar, oportuna e eficazmente, aos utilizadores, os recursos logísticos fixados pela determinação de necessidades. Da mesma forma que a obtenção, a distribuição desenvolve-se no escalão administrativo, no âmbito do SApLog. Contudo, nos GptOpFuzNav, esta fase também será desenvolvida por seus elementos de ApSvCmb ou por elementos navais, especialmente organizados para prestar o apoio a estes grupamentos. A distribuição compreende as tarefas de acumulação, movimentação e entrega. A acumulação, ou armazenagem, é processada nos órgãos de distribuição de material, ou em quartéis no caso do pessoal. Depende essencialmente do planejamento, que determinará os níveis a serem alcançados para satisfazer não só as necessidades normais e, portanto, previstas, como também as de emergência e, conseqüentemente, imprevistas. Daí decorre a obrigação de serem mantidos níveis de estoque de material ou reserva de pessoal para fazer frente a esses imprevistos e
  • 15. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-8 - ORIGINAL atender a todas as necessidades. A acumulação faz a ligação entre a obtenção e a distribuição, e atua como elemento regulador do fluxo logístico. A movimentação ou transporte abrange a transferência dos recursos logísticos obtidos, desde os centros de produção até os pontos de acumulação e destes aos consumidores. A movimentação é de suma importância para distribuição, e de sua correta gerência depende a eficácia desta fase do ciclo logístico. Requer a conjugação de fatores como tempo, espaço e volume, com vias de comunicação, meios de transporte e prioridades. A entrega ou fornecimento encerra a fase da distribuição, fazendo chegar às mãos dos utilizadores os recursos logísticos por eles mesmos identificados como necessários. Verifica-se, assim, que o utilizador ou consumidor é o princípio e o fim do ciclo logístico e a própria razão de ser da logística. Para ele deve estar voltado todo o esforço logístico. 0109 - PRINCÍPIOS BÁSICOS Estes princípios regem todas as atividades de planejamento e de execução, tendo os seus enunciados, como ponto de partida, o próprio conceito de logística. a) Princípio da Interdependência De acordo com o conceito de logística, ela é uma componente da arte da guerra, juntamente com a estratégia e a tática. As soluções dos problemas militares passam, necessariamente, pela análise desses três componentes. Mesmo os problemas predominantemente estratégicos ou táticos apresentam aspectos logísticos. b) Princípio do Objetivo A logística visa a obter e distribuir recursos às Forças Armadas. Obter e distribuir são duas ações que exigem esforços para sua efetivação e para que este esforço seja eficaz, é necessário dirigi-lo convenientemente, de acordo com o objetivo buscado pela estratégia e pela tática. Portanto, a logística é uma atividade com magnitude e sentido determinados por um objetivo. c) Princípio dos Limites A área de atuação da logística, como de qualquer outro componente, deve estar previamente limitada para evitar interferência mútua.
  • 16. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-9 - ORIGINAL O conceito de logística indica que a extensão da área da logística é determinada pelo assunto, ou seja, os recursos de pessoal, material e serviços. Já a profundidade é dada pelos verbos obter e distribuir. A logística obtém os recursos, não os fabrica, não os utiliza e nem os aplica. A logística proporciona serviços, não os usa. d) Princípio da Coordenação O conceito de logística fixa, explicitamente, que as ações de obter e distribuir recursos às Forças Armadas devem ser realizados cumprindo-se certos requisitos de quantidade, qualidade, momento e lugar adequados. Por outro lado, todo o esforço logístico pode ser considerado como a integração de múltiplas ações que devem ser orientadas para que sua resultante cumpra os requisitos mencionados. A única forma de conduzir essas ações parciais é por meio da coordenação, fixando para cada uma delas uma intensidade determinada, uma direção conveniente e um ritmo adequado. Desta constatação nasce o princípio da coordenação. e) Princípio do Comando Como conseqüência do princípio da coordenação, surge a necessidade de uma liderança com capacidade de decisão para fixar a intensidade, direção e ritmo. Dentro da estrutura militar, a decisão é privativa do Comando. Toda função de Comando acarreta a necessidade de uma assessoria informativa, técnica e metodológica que é inerente a um Estado-Maior (EM). Deste modo, a logística requer a adoção de decisões para aplicação e, por conseguinte, se constituem em uma função do Comando e uma atividade de EM. f) Princípio da Previsão Se o propósito imediato da logística é obter e distribuir recursos, o propósito maior é satisfazer o que é exigido pela guerra. A satisfação das exigências, na guerra, deve ser imediata; isto é, tão logo surja a necessidade, a logística deve produzir sua satisfação. Porém, isto requer todo um processo de preparação que obriga a logística a prever futuras exigências. Toda ação logística está projetada para o futuro. Se o estrategista explora sua imaginação e o tático a rapidez mental, o logístico deve desenvolver sua capacidade de previsão. g) Princípio da Economia de Esforço
  • 17. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-10 - ORIGINAL Nunca haverá suficiente quantidade de recursos para atender a todas as necessidades, portanto, a logística necessita dispor acertadamente dos recursos ao seu alcance para satisfazer as necessidades determinadas. Logo, o desequilíbrio natural entre escassez de recursos e abundância de necessidades só pode ser compensado com a máxima economia do esforço logístico. h) Princípio da Subordinação e do Apoio As atividades das Forças Armadas se produzem em dois níveis, em tempo de paz e em tempo de guerra, o que leva à existência de necessidades de tempo de paz (preparação) e em tempo de guerra (atuação). Por outro, as necessidades logísticas também se referem a dois aspectos fundamentais, o estratégico e o tático. Portanto, a logística nasce como conseqüência de ações estratégicas ou táticas e, apesar de sua interdependência com estas ações, está subordinada a elas e lhes serve de apoio. Temos, então, que a logística é uma ciência subordinada à tática e à estratégia e cujas ações serve de apoio. 0110 - ATRIBUTOS ESSENCIAIS Além dos princípios básicos que regem a logística como ciência, existem atributos essenciais que devem ser considerados para alicerçar o correto planejamento, com vistas ao atendimento do seu propósito. a) Flexibilidade Permitirá soluções opcionais no atendimento das necessidades ante a mudança de circunstâncias, sejam no tocante à obtenção ou à distribuição dos recursos necessários, sejam concernentes à prestação de serviços. b) Prioridade Prevalência do principal sobre o secundário, ou acessório, quando as necessidades superam as disponibilidades. c) Segurança Garantirá o pleno desenvolvimento dos planos elaborados, a despeito de quaisquer fatores adversos.
  • 18. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 1-11 - ORIGINAL As informações, a adequada organização do apoio logístico e a manutenção física das instalações, são fatores concorrentes para a segurança. Em termos do ApSvCmb, este atributo é conhecido, também, por sobrevivência. d) Controle Permitirá o confronto dos resultados da execução das atividades logísticas com o que foi previsto no seu planejamento. Servirá de base para a realimentação do planejamento. e) Simplicidade Adequando-se ao nível a que se destina, o planejamento deverá ser facilmente compreendido pelos escalões subordinados, mesmo quando da execução de ações completas.
  • 19. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL CAPÍTULO 2 APOIO DE SERVIÇOS AO COMBATE 0201 - GENERALIDADES Como foi visto no capítulo anterior, o ApSvCmb é o apoio proporcionado por parcela de um GptOpFuzNav ao conjunto deste grupamento, por meio da execução das atividades logísticas essenciais a sua manutenção em combate. É portanto, uma particularidade do apoio logístico na Marinha do Brasil, desenvolvido especificamente nos GptOpFuzNav, dadas as peculiaridades do combate terrestre de caráter naval, a eles pertinentes. Neste capítulo será abordada a execução das atividades de ApSvCmb no âmbito dos GptOpFuzNav. 0202 - ESTRUTURA DE ApSvCmb É composta de instalações de apoio e recursos logísticos, operados por elementos de ApSvCmb oriundos das diversas Unidades da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), os quais são especialmente organizados para prestar esse apoio a partir de uma área de Apoio Logístico (AApL). a) AApL São aquelas áreas estabelecidas em terra, destinadas a concentrar suprimentos, equipamentos, instalações e pessoal, necessários ao ApSvCmb proporcionado a um GptOpFuzNav. Dependendo das circunstâncias e da natureza da operação realizada, podem ser de quatro tipos: - Área de Apoio de Praia (AApP); - Área de Apoio de Zona de Desembarque (AApZDbq); - Área de Apoio de Serviços ao Combate (AApSvCmb); e - Instalação Logística Sumária (ILS). 1) AApP Área junto a uma Praia de Desembarque (PDbq), organizada e operada inicialmente pelo Destacamento de Praia (DP), contendo as facilidades para o desembarque de tropas e de material e para o apoio às Forças em terra, bem
  • 20. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL como para a evacuação de baixas, de prisioneiros de guerra (PG) e de material capturado. 2) AApZDbq É aquela estabelecida para apoiar os elementos de assalto desembarcados por helicópteros. Normalmente é organizada com o menor número possível de instalações, todas com limitadas possibilidades. 3) AApSvCmb Área em terra onde se encontram os suprimentos, equipamentos, instalações e pessoal necessários ao ApSvCmb da ForDbq no decorrer da operação. Normalmente, em operações anfíbias (OpAnf), é organizada e desenvolvida a partir da AApP, podendo incluir ou ser justaposta a mesma. É estabelecida, também, para prover o apoio às demais operações terrestres de caráter naval. 4) ILS Conjunto de recursos para o ApSvCmb organizados em bases mínimas, nos escalões Unidade e Subunidade, de forma a garantir um apoio contínuo e cerrado, e preservar a mobilidade. b) Instalaç·es de apoio 1) Posto de Distribuição (PDistr) Instalação onde determinado suprimento, obtido do escalão superior ou órgão de fornecimento, é fracionado para entrega aos elementos subordinados. Nas AApL, os suprimentos são, normalmente, estocados em depósitos ou acondicionados em viaturas. 2) Posto de Remuniciamento (PRem) Denominação especial do PDistr de munição nos escalões Unidade e Subunidade. 3) Posto de Suprimento de Água (PSupAg) É uma instalação localizada próximo a um ponto de coleta de água, onde esta é tratada e fornecida aos componentes de uma Força. É desejável que seu posicionamento seja no interior de uma AApL, de modo a facilitar sua defesa. O pessoal e os equipamentos empregados na sua operação são orgânicos do Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais (BtlEngFuzNav).
  • 21. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL 4) Posto de Socorro (PS) Instalação de saúde estabelecida em cada Unidade de uma Força, para onde convergem as baixas ocorridas nas Subunidades e é prestado o tratamento médico indispensável. Nele se realiza a primeira triagem da baixa e, quando for o caso, é providenciada sua evacuação para o escalão subseqüente da cadeia de evacuação. 5) Posto de Evacuação (PEv) Instalação de saúde estabelecida numa AApP ou AApZDbq, destinada a evacuar as baixas, que não puderem ser reabilitadas em terra, para os Navios de Recebimento e Tratamento de Baixas (NRTB). 6) Hospital de Campanha (HCmp) É a instalação de saúde mais complexa montada em terra, podendo dispor de até dois centros cirúrgicos, enfermaria de triagem, enfermaria de pós-operatório, laboratório de análises clínicas, equipamentos de raios-X etc. 7) Posto de Coleta de Mortos (PColMor) Local onde são concentrados os mortos para posterior evacuação. 8) Posto de Coleta de Salvados (PColSlv) Local onde é concentrado o material salvado ou capturado que vem da linha de frente para posterior evacuação. 9) Posto de Coleta de Extraviados (PColExtv) É a instalação destinada a receber os extraviados provenientes dos Postos de Extraviados (PExtv) e realizar sua triagem com vistas ao retorno às suas Unidades de origem. Normalmente, é estabelecido na AApL do escalão responsável por esse controle, próximo a uma instalação de saúde. 10) Posto de Coleta de Prisioneiros de Guerra (PColPG) Instalação destinada a concentração, identificação, triagem e guarda temporária de PG. É estabelecida nas proximidades do Posto de Comando (PC) do escalão considerado. 11) Área de Estacionamento de Viaturas e Equipamentos
  • 22. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL É o local onde são estacionadas as viaturas (Vtr) e equipamentos (Eqp) não empenhados nas demais instalações de apoio. Deve ser coberta, possuir solo firme e ser de fácil acesso. 12) Área de Manutenção de Viaturas, Armamentos e Equipamentos É o local onde são prestados os serviços de manutenção. c) Organizaç·es de ApSvCmb Os recursos e as instalações logísticas dos GptOpFuzNav são providos por elementos de ApSvCmb oriundos das diversas Unidades da FFE e, eventualmente, de outros setores da MB. Nos itens a seguir são apresentadas as Unidades e Subunidades que geralmente integram as organizações por tarefas de ApSvCmb dos GptOpFuzNav. 1) Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais (BtlLogFuzNav) Tem por finalidade prover o apoio de abastecimento, serviços de manutenção, administração, saúde e transporte motorizado aos GptOpFuzNav. De acordo com o tipo de grupamento, pode ser empregado como um todo ou mediante a utilização de parcelas de sua estrutura, organizadas por tarefas, constituindo o núcleo ou a totalidade da organização por tarefas de ApSvCmb. É capaz de prover, por meio das suas Subunidades, uma variada gama de serviços atinentes às diversas funções logísticas. (a) Companhia de Comando e Serviços (CiaCmdoSv) Provê os meios de comando, controle, comunicações e limitada mobilidade ao Comando do BtlLogFuzNav; bem como os serviços de banho, lavanderia, coleta de salvados, sepultamento e processamento eletrônico de dados em proveito dos GptOpFuzNav; (b) Companhia de Abastecimento (CiaAbst) Provê o abastecimento de todas as classes de suprimentos, exceto combustíveis à granel; (c) Companhia de Manutenção (CiaMnt) Provê a manutenção de campanha de segundo escalão dos equipamentos eletrônicos, das viaturas e do armamento e, eventualmente, a de terceiro
  • 23. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL escalão, desde que receba os reforços necessários do Centro de Reparos e Suprimentos Especiais do Corpo de Fuzileiros Navais (CRepSupEspCFN) e do Batalhão de Viaturas Anfíbias (BtlVtrAnf); (d) Companhia de Saúde (CiaS) Provê o apoio de saúde em campanha, executando, particularmente, as tarefas de coleta, tratamento de emergência, cirurgia, hospitalização temporária e preparação de baixas para evacuação. É capaz de enquadrar equipes médico-cirúrgicas de medicina operativa, especialmente organizadas com recursos do Sistema de Saúde da Marinha (SSM). (e) Companhia de Transporte (CiaTrnp) Provê o apoio de transporte terrestre, tendo capacidade de transportar, com os meios disponíveis, os elementos de assalto de um Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav). Nas OpAnf, o BtlLogFuzNav é o elo de ligação na cadeia de abastecimento entre as agências lo-gísticas da Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf) e os elementos da ForDbq desdobrados em terra. Além disso, fornece destacamentos ao DP e Destacamento de Zona de Desembarque (DZD), para prover o apoio de abastecimento, manutenção, saúde e transporte nas AApP e AApZDbq, respectivamente. 2) Companhia de Apoio aos Desembarque (CiaApDbq) Reforçada com outros elementos de ApSvCmb, conforme as necessidades, é organizada, inicialmente, para constituir o núcleo do DP e, quando for o caso, do DZD, nas OpAnf. Para formar o DP e o DZD que irão operar a AApP e AApZDbq, respectivamente, poderá contar com os seguintes reforços: - destacamento da Companhia de Apoio de Engenharia (CiaApEng) para prover água potável e trabalhos de engenharia necessários à edificação das instalações de ApSvCmb; - destacamento da CiaS, que, por sua vez, pode incluir recursos de medicina operativa de outras OM do SSM, para executar as tarefas de evacuação;
  • 24. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL - destacamentos das CiaAbst, CiaMnt e CiaTrnp para prover o apoio inicial de abastecimento, manutenção e transporte, respectivamente, à ForDbq; - destacamento das CiaVtrBld e/ou CiaCLAnf para prover o apoio de transporte sobre lagartas (SL); - destacamento da CiaCom para prover os meios de comunicações que excedam a sua capacidade orgânica; e - destacamento do Grupamento de Embarcações de Desembarque (GED) para conduzir as fainas navais junto a orla marítima, durante o Movimento Navio para Terra (MNT), incluindo o salvamento de embarcações de desembarque (ED) e viaturas anfíbias (VtrAnf) e a operação, quando necessário, dos equipamentos e meios empregados na transferência de material e suprimentos do mar para as instalações da AApP. Este destacamento é denominado Grupamento Naval de Praia (GNP). Após a dissolução do DP e DZD, seus recursos podem ser incluídos na organização por tarefas de outros elementos de ApSvCmb, reforçando a capacidade desses elementos na AApSvCmb ou podem, ainda, constituir uma nova organização por tarefas, sob controle do Grupamento de Apoio de Serviços ao Combate (GASC), com a finalidade de operar instalações portuárias (descarga e transferência) e aeroportuárias, prosseguir nas fainas de transferência de carga do mar para terra nas praias e zonas de desembarque ou compor o Grupo de Apoio ao Desembarque Administrativo (GRADA), quando houver previsão de desembarque de outra Força que prosseguirá em operações subseqüentes ao assalto anfíbio (AssAnf). 3) Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais (BtlEngFuzNav) Provê a geração de energia elétrica, produção de água potável e a conservação e o reparo de pontes e estradas nas AApL. Nas OpAnf, fornece, também, destacamentos para compor o DP e, quando organizado, DZD. Cabe a estes destacamentos a preparação e melhoria dos locais destinados à instalação dos depósitos de suprimentos, construção de saídas de praia e a limpeza dos pontos e locais de desembarque de helicópteros. 4) Companhia de Polícia (CiaPol)
  • 25. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL Provê o controle de trânsito, a guarda de PG, o controle de extraviados e a segurança das AApL na área de Retaguarda. 5) Batalhão de Viaturas Anfíbias (BtlVtrAnf) Provê, quando a situação tática permitir, o apoio de transporte com viaturas SL, aumentando a capacidade de transporte logístico da organização por tarefas de ApSvCmb que vier a integrar. Além disso, fornece destacamentos de manutenção para VtrBld e CLAnf às organizações de ApSvCmb. 0203 - ABASTECIMENTO Para o ApSvCmb, esta função compreende o conjunto de ações realizadas no sentido de prever e prover, para os GptOpFuzNav e seus componentes, o material necessário a mantê-los em condições de plena eficiência. a) Aspectos básicos 1) Suprimentos São todos os itens necessários para equipar, manter e operar uma Unidade militar, incluindo, comestíveis, água potável, fardamentos, equipamentos, armamentos, munições, combustíveis, sobressalentes e máquinas de todas as espécies. 2) Classificação dos Suprimentos Os suprimentos podem ser classificados quanto à sua natureza, sua essencialidade e seu emprego operativo. (a) Classificação quanto à natureza São classificados por símbolos de jurisdição (SJ), de acordo com suas características físicas e o setor técnico da MB que os controlam. De um modo geral, cada SJ agrupa suprimentos de mesma natureza e aplicação específica, como é o caso do SJ OSCAR que reúne o material de uso específico do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). (b) Classificação quanto à essencialidade São classificados conforme o grau de escassez, importância e valor intrínseco de cada item, em: (1) Ordinários
  • 26. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL São aqueles itens constantes de tabelas de dotação, cujo fornecimento não exige qualquer procedimento especial. Por exemplo: sobressalentes de armamentos e rações operacionais. (2) Extraordinários São aqueles itens não constantes de tabelas de dotação, que exigem justificação prévia para serem fornecidos. Por exemplo: soro antiofídico. (3) Controlados ou Regulados São aqueles itens críticos, cujo fornecimento é controlado pelo Comando. Por exemplo: combustíveis, baterias etc. Cabe ressaltar que os itens de suprimentos classificados como ordinários e/ou extraordinários, dependendo da disponibilidade, poderão ser considerados itens críticos e, portanto, controlados. (c) Classificação quanto ao emprego operativo Na ocasião em que os suprimentos são colocados sob o controle dos GptOpFuzNav, assumem uma classificação segundo seu emprego operativo. Neste caso, os itens de suprimentos são distribuídos por cinco classes, de acordo com suas características de emprego ou de consumo. As classes são identificadas através de algarismos romanos de I a V, conforme a seguir especificadas: - Classe I - itens de subsistência, incluindo água e rações operacionais; - Classe II - itens de natureza geral, constantes de Listas de Dotação, tais como: armamentos, viaturas operativas, roupas especiais, ferramentas, suprimentos e equipamentos de saúde etc.; - Classe III - itens relativos à combustíveis e lubrificantes, exceto de aviação; - Classe III-A - itens relativos à combustíveis e lubrificantes de uso específico em aeronaves;
  • 27. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL - Classe IV - itens de natureza geral, não constantes de Listas de Dotação, como materiais de construção e de fortificações de campanha; - Classe V - itens relativos à munição para armamentos de todos os tipos, exceto de aviação; e - Classe V-A - itens relativos à munição de uso específico em aeronaves. Fig 2-1 - Classificação dos Suprimentos quanto ao Emprego Operativo 3) Níveis de Suprimentos A utilização destes níveis leva em consideração, antes de mais nada, a possibilidade de se estabelecer uma relação consumo/tempo. Como tal, são sempre expressos em termos de dias e indicam a autonomia de suprimentos que pode ou deve ser mantida. Basicamente, os Níveis de Suprimentos se destinam a atender à demanda prevista num determinado espaço de tempo. As unidades de medida geralmente utilizadas na contabilidade desses níveis são as seguintes: - Dia de Suprimento/Dia de Munição - unidade de medida de consumo e de necessidades diárias de suprimentos (litros de combustível/dia, tiros/arma/dia etc.);
  • 28. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-10 - ORIGINAL - Missão de Fogo - carregamento completo de munição, para todas as estações de armas, por aeronave; e - Dotação Básica - quantidade específica de munição, por tipo de arma, distribuída inicialmente às Unidades para entrar em combate. Os Níveis de Suprimentos abrangem duas situações. Quando se referir à determinada ação operativa, será denominado Nível de Abastecimento; quando estiver associado à administração logística, será denominado Nível de Estocagem dos Depósitos. (a) Nível de Abastecimento Corresponde ao volume total de suprimentos necessários para atender ao consumo previsto durante uma determinada operação. Tal volume é calculado em função das necessidades operativas e da capacidade de armazenagem de uma Força. O Nível de Abastecimento é desdobrado em: - Nível Inicial - quantidade de suprimentos correspondente ao volume recebido ou existente no início de uma operação; e - Nível de Reabastecimento - corresponde à parte dos suprimentos necessária à conclusão de uma operação, em complemento ao Nível Inicial, sempre que o consumo previsto seja superior a este nível. Intervalo de reabastecimento é o período de tempo entre o início da operação e a chegada do reabastecimento, ou o intervalo entre a chegada de sucessivas remessas de reabastecimento. As necessidades para o reabastecimento são calculadas pela soma das necessidades para recomposição do Nível Inicial com as necessidades adicionais previsíveis, demandadas pela Força durante o intervalo de reabastecimento. No caso das OpAnf, a determinação de um Nível de Reabastecimento deve considerar os seguintes fatores: - a quantidade e o tipo dos suprimentos de assalto embarcados com a ForDbq; - a idéia de manobra para a operação em terra;
  • 29. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-11 - ORIGINAL - a capacidade, a localização e o emprego dos elementos de ApSvCmb; e - as necessidades adicionais para atender à execução de planos alternativos ou situações de emergência. (b) Nível de Estocagem dos Depósitos Corresponde a quantidade dos diversos itens de suprimentos que deverão ser mantidos nos depósitos, a fim de atender à demanda prevista num determinado período de tempo. Esse nível é reajustado a cada ciclo de fornecimento, de forma a refletir o mais exatamente possível, a demanda real observada. O Nível de Estocagem dos Depósitos compreende: - Nível Operativo - fixado para atender à demanda prevista num determinado período de tempo compreendido entre duas recomposições consecutivas do nível de estocagem. No caso de uma OpAnf, por exemplo, este nível corresponde a quantidade de suprimentos nos depósitos da ForDbq para mantê-la em operação durante o tempo compreendido entre o início do assalto e a descarga do Comboio de Acompanhamento. O emprego deste nível de estocagem ocorre em todos os escalões; - Nível Mínimo ou de Segurança - representa o limite aquém do qual não deverão baixar os estoques dos depósitos. É fixado para atender às situações de demanda excessiva ou a um atraso na reposição dos itens consumidos. O uso deste nível em todos os escalões proporciona boa flexibilidade; e - Nível Máximo - corresponde à soma do Nível Mínimo com o Nível Operativo e representa o limite além do qual não deverão ultrapassar os níveis de estoques dos depósitos. Este nível é, geralmente, fixado pelo escalão superior como forma de preservar a mobilidade do subordinado. b) Desembarque de Suprimentos É uma atividade de abastecimento específica das OpAnf. Para fim de execução desta atividade, os suprimentos são divididos em duas categorias gerais: Suprimentos de Assalto e Suprimentos de Reabastecimento.
  • 30. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-12 - ORIGINAL 1) Suprimentos de Assalto Compreende os suprimentos da Carga Prescrita e os Suprimentos da Força de Desembarque (SupForDbq). (a) Carga Prescrita Representa as quantidades, por tipo de suprimento, que um Comandante, a seu critério, prescreve para o apoio inicial de suas Unidades ou Subunidades subordinadas, normalmente expressas em Dias de Suprimento, e que depende, entre outros fatores, da capacidade de transporte dos indivíduos ou dos meios de transporte disponíveis. A quantidade estipulada para ser transportada por cada homem é denominada de Carga Prescrita Individual (CPI), enquanto que a carregada nos meios de transporte disponíveis a determinada Unidade é denominada Carga Prescrita da Unidade (CPU). A Carga Prescrita não é formada por quantidades inalteráveis, podendo variar dia a dia, de operação para operação, visando a atender à necessidade gerada pela idéia de manobra concebida. No caso dos suprimentos da Classe V, a Carga Prescrita pode ser expressa, dependendo da arma ou do meio, em: - dotação básica mais ou menos um determinado número de tiros; - dias de munição; e - número de granadas ou mísseis. (b) SupForDbq São aqueles mantidos sob o controle direto do ComForDbq e transportados nos navios do Comboio de Assalto, a fim de permitir o estabelecimento dos níveis de estoque mínimo e operativo da Força, até a chegada do reabastecimento no Comboio de Acompanhamento. Os SupForDbq são desembarcados em duas categorias de desembarque: Suprimentos Emergenciais, aí incluídos os Depósitos Flutuantes e os Suprimentos Helitransportados; e os Suprimentos Remanescentes. Nesta última, são desembarcados os SupForDbq não incluídos nos Suprimentos Emergenciais, constituindo a maior parte dos Suprimentos de Assalto a
  • 31. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-13 - ORIGINAL serem desembarcados durante a Descarga Geral. Convém ressaltar, todavia, que parcelas dos SupForDbq poderão desembarcar avulsamente em vagas programadas e a pedido, como forma de agilizar a formação de estoques junto às PDbq. Neste caso, estes suprimentos preenchem os espaços de embarcação não utilizados naquelas vagas, são desembarcados a braço pelas próprias Equipes de Embarcação (EE) e são deixados na praia para que os elementos de abastecimento do DP os reúna e os organize em rumas, segundo a natureza de cada item. 2) Suprimentos de Reabastecimento São aqueles transportados para a área do Objetivo Anfíbio (AOA) nos Comboios de Acompanhamento ou por transportes aéreos, para manter o nível de estoque operativo da ForDbq.
  • 32. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-14 - ORIGINAL Fig 2-2 Níveis de Suprimentos Fig 2-3 - Categorias de Desembarque de Suprimentos c) Controle e Distribuição de Suprimentos 1) Regras Básicas
  • 33. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-15 - ORIGINAL O controle e a distribuição de suprimentos constituem tarefas importantes dentre as múltiplas atividades afetas à função abastecimento, particularmente, no caso do AssAnf, durante a crítica transição do sistema de abastecimento, a partir de bordo para aquele baseado em terra. Mesmo quando já estabelecido em terra, o controle e a distribuição dos suprimentos são atividades críticas na manutenção do necessário grau de mobilidade das peças de manobra de uma Força. Por essas razões, a observância de algumas regras básicas irá conferir, a essas atividades, o grau desejado de confiabilidade, flexibilidade e presteza. (a) O fluxo de suprimentos deve ser, preferencialmente, direto da fonte ao consumidor ou utilizador, com o mínimo de manuseio pelos escalões intermediários. (b) Os níveis de estoque preconizados não devem exceder às quantidades necessárias para prover o apoio durante eventuais interrupções no fluxo de suprimentos de reabastecimento. (c) A distribuição deve atender às necessidades requeridas. Porém, deve ser evitado que quantidades excessivas de suprimentos fornecidos venham a limitar a mobilidade das Unidades de combate e de apoio ao combate. A fixação de um nível de estoque máximo visa a atender esta regra de controle. (d) De forma a garantir flexibilidade com o mínimo de prejuízo para a mobilidade, a distribuição de suprimentos para cada Unidade deve incluir uma reserva limitada, assegurando condições operacionais, ainda que o sistema de abastecimento falhe temporariamente. A prescrição de um nível de estoque mínimo está diretamente relacionado com esta regra. (e) As instalações de abastecimento devem ser dispersas no interior da área de operações a fim de assegurar a presteza e a flexibilidade de distribuição, assim como manter uma segurança passiva contra possíveis ataques do inimigo. (f) As normas de controle devem ser tão simples quanto possível a fim de maximizar a relação fornecimento/demanda.
  • 34. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-16 - ORIGINAL (g) As normas de arquivamento dos documentos de controle devem ser simples e prover, de maneira rápida e direta, as informações essenciais à atividade. (h) Os suprimentos devem ser salvaguardados da ação inimiga, das intempéries e do desperdício. 2) Processos de Distribuição A distribuição dos suprimentos numa área de operações pode ser realizada segundo dois processos. (a) Distribuição por ponto O elemento apoiado vai buscar seus suprimentos na instalação responsável pelo fornecimento do item. Este processo é muito empregado em uma OpAnf, particularmente nos estágios iniciais do assalto, pois o DP não dispõe, ainda, de viaturas para fazer a entrega de suprimentos ao elemento apoiado. (b) Distribuição por Unidade A agência responsável pela instalação de distribuição é também responsável pela entrega dos suprimentos. A Figura 2-4 apresenta, esquematicamente, um exemplo destes processos numa OpAnf. Fig 2-4 - Processos de distribuição de suprimentos d) Coleta de Salvados e Capturados
  • 35. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-17 - ORIGINAL 1) Material Salvado É todo aquele pertencente ao inventário de nossas Forças ou de Forças aliadas, encontrado em situação de abandono no campo de batalha e que seja suscetível de utilização segundo sua finalidade original (com ou sem reparação prévia), ou aproveitado para outras, mesmo que só tenha valor como sucata. O material que por qualquer razão é abandonado, particularmente armas e munições, pode se tornar uma séria ameaça às áreas de retaguarda e vias de transporte caso venha a ser encontrado e utilizado por Forças hostis. Por esta razão, a coleta de material salvado e sua posterior utilização, de acordo com normas preestabelecidas, deve ser promovida por todos os Comandos, em suas respectivas zonas de ação (ZAç). Além disso, constitui uma importante medida para preservação dos recursos necessários à qualquer Força militar. O aproveitamento do material salvado resulta em quantidades consideráveis de armas, equipamentos e suprimentos para nova distribuição, e na conseqüente economia de mão-de-obra e transportes. A instalação destinada a concentrar o material salvado numa determinada AApL é o PColSlv. Nessa instalação o material é separado e inspecionado. Aqueles itens que se encontrarem em perfeitas condições de utilização serão relacionados e transferidos para as respectivas instalações de distribuição, as quais os reintegrará ao sistema de abastecimento da Força. Os que por sua vez necessitarem algum tipo de manutenção, serão encaminhados ao setor pertinente, antes de retornarem ao sistema. Por fim, os que não apresentarem condições de recuperação no âmbito da Força serão evacuados para a retaguarda. O transporte do material salvado, desde o local onde foi encontrado até os PColSlv, é realizado aproveitando-se as viaturas que se dirigem vazias para a retaguarda. As armas e equipamentos das baixas que não tiverem condições de retornar ao combate, serão recolhidos nas instalações de saúde e prontamente encaminhados ao sistema de abastecimento, providenciando-se, se for o caso, a sua desinfecção.
  • 36. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-18 - ORIGINAL 2) Material Capturado Esta expressão aplica-se a qualquer tipo de material ou suprimento utilizado pelas Forças inimigas e que nossas Forças capturem ou encontrem abandonado no campo de batalha. O material capturado é, sobretudo, uma importante fonte de dados sobre o inimigo. Seu conveniente manuseio e aproveitamento deve atender às seguintes finalidades: - determinação das possibilidades do inimigo; - pronta exploração das inovações tecnológicas disponíveis ao inimigo, em nosso proveito; e - utilização de recursos do inimigo pelas nossas Forças. As Unidades de combate devem ser adestradas e estimuladas a realizar a captura de material, bem como a informar prontamente esta ocorrência ao seu escalão superior. Devem, ainda, ser capazes de explorar este material como fonte de dados relevantes para a produção de conhecimentos operacionais de interesse tático imediato. A sua utilização, entretanto, só deverá ser feita mediante autorização do escalão superior ou em situações de emergência. Os Comandantes de todos os escalões devem divulgar instruções claras, objetivas e completas para a comunicação imediata e a salvaguarda do material capturado, a fim de assegurar o seu máximo aproveitamento. Quando a quantidade e natureza do material capturado assim o exigirem, elementos de ApSvCmb deverão ser enviados imediatamente à frente para aliviar as Unidades de combate da guarda e controle do mesmo. As Unidades de combate não devem, também, ser levadas a desviar efetivos de sua tarefa principal para a guarda de material por períodos prolongados. 0204 - SAÚDE O apoio de saúde (médico e odontológico) é prestado visando a conservação do poder combatente da Força apoiada, o que é conseguido por meio da execução de medidas de Medicina Preventiva e de Reabilitação. a) Medicina Preventiva
  • 37. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-19 - ORIGINAL É traduzida pelo ato de preservar a saúde física e mental do pessoal por meio de um conjunto de medidas profiláticas. A medicina preventiva abrange quatro áreas importantes: - psiquiatria preventiva; - saneamento e higiene pessoal; - controle de doenças transmissíveis; e - prevenção de acidentes e descontaminação de campanha. A medicina preventiva assume especial importância, mormente, quando existem indícios do uso de agentes biológicos por parte do inimigo. b) Reabilitação É o conjunto de medidas que visam a restaurar as condições de eficiência do pessoal, possibilitando a sua reutilização em combate. Inclui o tratamento médico e o cirúrgico, além da readaptação do indivíduo, quando não for possível sua recuperação, ou, então, quando as condições existentes não permitirem a sua permanência em combate. A atividade reabilitação abrange: - provisão do tratamento médico; - evacuação médica; - operação das instalações de saúde; e - emprego dos suprimentos de saúde. c) Princípios Gerais A eficiência desejada no desenvolvimento das atividades de apoio de saúde pode ser alcançada com a observância de determinados princípios. Estes princípios decorrem das tarefas e características de emprego do serviço de saúde. 1) Responsabilidade do Comando Cabe ao Comandante de qualquer escalão a responsabilidade pela saúde de todo o pessoal sob o seu Comando. Quando, por qualquer circunstância, os recursos de saúde orgânicos forem insuficientes ou inadequados à provisão do tratamento médico necessário, o
  • 38. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-20 - ORIGINAL Comandante deve providenciar recursos adicionais junto aos setores competentes. 2) Planejamento Simultâneo O apoio de saúde deve ser planejado para atender integralmente as ações previstas no Plano/Ordem de Operação e no Plano Logístico, o que impõe um alto grau de coordenação entre o Oficial de Saúde (OS) e os demais Oficiais de EM, desde o início do planejamento. 3) Continuidade O tratamento médico em combate deve ser prestado desde o momento da ocorrência do ferimento ou doença até a total reabilitação da baixa. Para tanto, o apoio de saúde deve proporcionar um atendimento progressivo e escalonado, estendendo-se da Linha de Contato (LC) até a última instalação de saúde da cadeia de evacuação. 4) Evacuação Uma baixa só deve ser evacuada até a instalação de saúde onde possa receber o tratamento suficiente para retornar ao serviço. A rápida e ordenada evacuação das baixas é uma forma de permitir às Unidades manterem sua mobilidade e liberdade de ação, além de elevar o moral da tropa. 5) Mobilidade As agências de saúde devem ser capazes de acompanhar a progressão das Unidades que apóiam, conservando sua eficácia mesmo quando em deslocamento. 6) Triagem das Baixas A triagem das baixas deve ser efetuada em todas as instalações de saúde por onde elas vierem a passar. 7) Coleta de Baixas As baixas devem ser preferencialmente coletadas nos Refúgios de Feridos (RefgFer) ou nas instalações de saúde localizadas na ZAç da Unidade onde ocorrerem. 8) Distribuição dos Recursos
  • 39. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-21 - ORIGINAL Os recursos destinados ao apoio de saúde devem ser distribuídos de modo a proporcionar a máxima eficiência no atendimento prestado. 9) Padronização dos Tratamentos As técnicas de tratamento devem ser padronizadas tanto quanto possível, a fim de facilitar o tratamento e a determinação de necessidades de suprimentos de saúde. 10) Primeiros Socorros pela Tropa A capacidade de qualquer indivíduo prestar os primeiros socorros deve ser desenvolvida permanentemente por meio do adestramento. Todo combatente deve ser capaz de executar os primeiros socorros em um companheiro, utilizando, inclusive, meios de fortuna. 11) Oportunidade O tratamento médico deve estar disponível para os feridos e doentes no lugar certo e no momento oportuno. 12) Proximidade O tratamento médico deve ser iniciado na instalação de saúde mais próxima, independentemente da organização a que pertencer o paciente. 13) Flexibilidade A estrutura de apoio de saúde deve ser capaz de absorver as alterações que porventura venham a ocorrer em função de mudanças na situação. A existência de recursos em reserva e planos alternativos podem garantir a eficácia do apoio em momentos críticos. 14) Abandono de Baixas Só deve ocorrer em casos extremos, porquanto afeta o moral e oferece ao inimigo uma das melhores fontes de dados. É uma decisão exclusiva do Comandante. d) Provisão do Tratamento Médico Como parte fundamental da determinação de necessidades do apoio de saúde, a provisão do tratamento médico decorre da Estimativa de Perdas preparada pelo Oficial de Pessoal.
  • 40. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-22 - ORIGINAL Com base nesta estimativa, o OS delineia a estrutura necessária ao atendimento e determina suas necessidades em termos de suprimentos e equipamentos. Os recursos indisponíveis na estrutura orgânica são encaminhados ao escalão superior que, de acordo com suas possibilidades, providencia a complementação ou atribui à sua própria organização de saúde a tarefa de prover o tratamento médico que extrapole a capacidade dos seus subordinados. e) Evacuação Médica Envolve a retirada das baixas da frente de combate para a retaguarda, utilizando-se de padioleiros, ambulâncias, viaturas de qualquer outro tipo, helicópteros, aviões, navios e ED. A evacuação médica é realizada, normalmente, de uma instalação de saúde para outra com maiores recursos. Para se evitar que os feridos sejam evacuados para instalações mais à retaguarda do que o indispensável a sua recuperação, deve ser estabelecida uma Norma de Evacuação. Norma ou Política de Evacuação é uma decisão do Comandante, assessorado pelo OS, por meio da qual é determinado o número máximo de dias de permanência de uma baixa para tratamento na instalação de saúde sob o seu Comando. As baixas que no parecer do médico responsável pela instalação não puderem retornar ao combate no prazo previsto pela Norma de Evacuação, ou, então, exigirem tratamento acima das possibilidades desta instalação, deverão ser evacuadas para outras instalações à retaguarda, desde que a remoção não concorra para o agravamento do seu estado de saúde. A Norma de Evacuação é a base de qualquer plano de evacuação, por ser o principal fator na determinação das necessidades para a execução desta atividade. f) Operação das Instalações de Saúde 1) RefgFer Local próximo à LC onde as baixas de uma Companhia de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav) são concentradas, enquanto aguardam a remoção para o PS ou outra instalação mais à retaguarda.
  • 41. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-23 - ORIGINAL Dispõe apenas de enfermeiros para prestar o atendimento imediato, não se constituindo, de fato, uma instalação de saúde. Nele as baixas são etiquetadas e recebem uma prioridade de evacuação, se for o caso. É também neste local que a gravidade da baixa pode ser preliminarmente avaliada, determinando ou não a necessidade de evacuação aeromédica (EVAM) imediata. O Encarregado do Grupo de Socorro de Companhia (GpSocCia) é o responsável pela operação do RefgFer. 2) PS Nele se realiza a primeira triagem com diagnóstico médico e, quando for o caso, é providenciada a evacuação da baixa para o escalão subseqüente da Cadeia de Evacuação. É, portanto, a instalação primária dessa cadeia. O PS é instalado e operado pelo Grupo de Posto de Socorro (GpPS) do Batalhão com recursos orgânicos do Pelotão de Saúde (PelS), podendo, em determinadas situações, ser reforçado com elementos de coleta e evacuação oriundos da CiaS. Quando necessário e conveniente, este Grupo pode ser dividido e então passar a operar o PS em dois escalões. 3) PEv São instalações peculiares às OpAnf, localizadas nas AApP e AApZDbq e operadas pela Seção de Evacuação (SecEv) das Equipes de Destacamento de Praia (EqDP) e DZD. Esta Seção é organizada com recursos da CiaS, podendo, caso necessário, receber reforços de medicina operativa de diversos setores do SSM. Inicialmente é organizado um PEv em cada "praia numerada" - PEv/EqDP. Quando possível, esses PEv são consolidados em um único PEv na "praia colorida", o que, geralmente, ocorre com a integração das EqDP sob o Comando do Destacamento de Praia da Força de Desembarque (DPForDbq). Os recursos para o tratamento médico nestas instalações são limitados à manutenção de um quadro clínico estável que favoreça a evacuação para os NRTB.
  • 42. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-24 - ORIGINAL O PEv é o último elo, em terra, da cadeia de evacuação. 4) HCmp Por ser uma instalação complexa e com pouca mobilidade, raramente é estabelecida por uma ForDbq, mesmo que do tipo Brigada Anfíbia (BAnf). Sua instalação só se justifica nas operações terrestres que por qualquer razão não possam ser apoiadas pelos meios navais ou quando a ForTarAnf não dispuser de meios que o possam substituir. Quando estabelecido, sua operação fica a cargo da CiaS, a qual deve contar com cirurgiões-gerais, ortopedistas, anestesistas, farmacêuticos e cirurgiões- dentistas especializados em medicina de operações anfíbias, geralmente colocados à disposição pelo SSM. Sua operação inclui, também, as tarefas de coleta e evacuação, a cargo dos Pelotões de Coleta e Evacuação (PelColEv). 5) NRTB É uma instalação de saúde pertencente à ForTarAnf e que se destina a receber e tratar as baixas evacuadas de terra. Normalmente é designado para esta finalidade o navio que possua as maiores e mais bem aparelhadas instalações de saúde da Força, além de reunir as condições necessárias para receber as baixas evacuadas por helicópteros e/ou por superfície. Caso as necessidades previstas ultrapassem as disponibilidades existentes em um único navio, um ou mais navios adicionais poderão ser designados com esta mesma finalidade. O tratamento médico nesta instalação é provido pelo Departamento ou Divisão de Saúde do próprio navio, que, geralmente, recebe o reforço de pessoal de medicina operativa do SSM. 6) Hospital Intermediário de Retaguarda É uma instalação hospitalar convencional localizada próxima da AOA. Pode ser um hospital localizado no próprio país, num país aliado, ou, ainda, conquistado em território inimigo. Neste último caso, sua operação será providenciada por organização do SSM especialmente constituída para este fim. 7) Hospital de Retaguarda
  • 43. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-25 - ORIGINAL Corresponde ao último elo da cadeia de evacuação. Normalmente é designado um dos hospitais pertencentes à MB. g) Impacto de Baixas em Massa por Agentes Químicos, Biológicos e Radiológicos (QBR) O emprego de armas de destruição em massa contra tropas amigas pode produzir um número muito elevado de baixas em uma determinada área e num período de tempo muito curto. Esta ocorrência pode afetar as possibilidades de tratamento médico, bem como inviabilizar a remoção oportuna das baixas. Por isto, a possibilidade de emprego de agentes QBR deve ser levada em consideração na determinação de necessidades de recursos de saúde e na definição das Normas de Evacuação. O atendimento das baixas resultantes do emprego de agentes químicos requer técnicas e equipamentos de descontaminação e tratamento especializado. As baixas causadas por agentes biológicos, na maioria das vezes de efeito retardado, acarretam uma excessiva sobrecarga para as instalações de saúde, necessitando, portanto, de pronta identificação do agente empregado e da aplicação de uma terapêutica apropriada. A evacuação de baixas causadas por agentes QBR poderá requerer medidas especiais. 0205 - TRANSPORTE Todas as outras funções necessitam, de uma forma ou de outra, de realizar transporte para a execução de suas atividades. Assim, transporte é a função que tem o propósito de prever e prover a movimentação de pessoal e de material, em tempo e lugar adequados às necessidades dos GptOpFuzNav. Como função logística, o transporte é, primordialmente, um serviço. Embora esteja notadamente presente na fase da distribuição, em verdade participa, em menor ou maior grau, de todo o processo logístico como atividade fundamental para o esforço logístico. Abrange todas as modalidades, vias e classes de transporte, além de incluir os terminais de transporte que são os pontos de origem e destino do processo. No que diz respeito ao ApSvcmb, duas ações distintas estão englobadas no transporte:
  • 44. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-26 - ORIGINAL - a movimentação, tática e/ou administrativa, de pessoal, equipamentos e suprimentos na área de operações; e - a operação e o controle dos meios de transporte. a) Movimentação de Pessoal e Cargas As necessidades de transporte dos GptOpFuzNav baseiam-se em dois fatores principais: o caráter das operações a serem apoiadas e os tipos e as quantidades de carga a movimentar na área de operações. As operações de caráter ofensivo e os movimentos retrógrados, geralmente, requerem maior mobilidade das Unidades de combate e maior fluxo de suprimentos, aumentando as necessidades de transporte, quer em quantidade, quer em variedade de meios. A defesa em posição é de natureza mais estática e realizada em ambientes de dimensões normalmente mais reduzidas. Neste caso, as necessidades de transporte são menores e concentradas durante o período de preparação da posição. Em qualquer caso, no entanto, o sistema de transporte estabelecido deve atender as demandas táticas e logísticas com a necessária presteza, o que pode ser obtido pela observância dos mais importantes princípios e atributos relativos a movimentação de cargas e do pessoal. 1) Controle e Unidade de Comando O controle da movimentação deve ser centralizado no mais alto escalão. Geralmente, o Comandante de um GptOpFuzNav atribui essa responsabilidade ao Comandante da organização por tarefas de ApSvCmb. 2) Coordenação O Comandante de um GptOpFuzNav deve regular e coordenar os movimentos para evitar congestionamento e conflitos de trânsito nas vias de transporte. 3) Flexibilidade O sistema de transporte deve prover um fluxo ininterrupto de cargas. Ele deve ser capaz de se ajustar às mudanças de situação sem reduzir significativamente aquele fluxo. Para tanto, o Comandante poderá alterar os meios ou vias de transporte de forma a manter um movimento contínuo de pessoal, equipamentos e suprimentos.
  • 45. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-27 - ORIGINAL 4) Economia Este princípio não deve ser entendido apenas como o carregamento de cada meio de transporte com sua capacidade máxima de carga. Uma Força não pode estocar capacidade de transporte, a qual, se não for explorada integralmente num determinado dia, não poderá ser aproveitada para complementar a necessidade dos dias subseqüentes. Um meio de transporte deslocando-se com espaços vagos ou sem carga é um desperdício de capacidade de transporte. Contudo, um meio de transporte completamente carregado mas sem condições mecânicas e/ou ambientais de se deslocar, representa uma perda muito maior para o sistema do que outros parcialmente carregados ou com menor capacidade de carga atendendo plenamente as finalidades deste sistema. Além disto, a situação tática pode limitar a maximização na exploração dos meios de transporte durante todo o tempo, obrigando o sistema de transporte a reter algumas viaturas e aeronaves para atender à eventuais tarefas de emergência. Assim, de maneira abrangente, o Comandante deve fazer todo o esforço para transportar o máximo de carga possível nos meios disponíveis, considerando as características do sistema, as condições ambientais, as necessidades de manutenção do material e de descanso do pessoal, bem como as imposições da situação tática. b) Operação e Controle O estabelecimento de um sistema de transporte para apoiar um GptOpFuzNav é, de maneira geral, influenciado pelo desdobramento e dispositivos adotados pelos elementos de ApSvCmb na área de operações. As vias de transporte existentes em conjunto com a localização das instalações de ApSvCmb, os meios de transporte disponíveis e a quantidade de recursos a transportar, constituem a base do sistema. O sistema, geralmente descrito no Plano Logístico, deve prescrever o seguinte: - meios de transporte orgânicos e os colocados à disposição das Unidades de combate e de apoio ao combate; - meios de transporte disponíveis nas Unidades de ApSvCmb;
  • 46. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-28 - ORIGINAL - outros meios de transporte disponíveis; - medidas de controle de tráfego; e - atribuição de tarefas e medidas de circulação e controle de trânsito. 1) Controle de Tráfego É a atividade que visa a estabelecer as medidas de coordenação e controle sobre o movimento de material ou pessoal, executada pela Unidade de ApSvCmb responsável pela realização do transporte. Sua complexidade varia com a natureza e duração da operação apoiada. As medidas de controle de tráfego estabelecidas para uma operação têm por finalidade reduzir as movimentações de carga ao mínimo necessário e evitar perdas de tempo, desencontros e interferências que prejudiquem a chegada em seu destino do material e/ou pessoal, no tempo definido para atender as necessidades. Estas medidas incluem, entre outras: - disponibilidade de equipamentos de carga; - mão-de-obra para carga e descarga; - horários de carregamento; - períodos de manutenção dos meios de transporte; - períodos de descanso do pessoal; - meios de transporte especiais e alternativos; - locais favoráveis à integração dos diversos meios de transporte; e - cargas prioritárias. 2) Circulação e Controle de Trânsito As áreas de operação utilizadas pelos GptOpFuzNav, além de dimensões bastante reduzidas quando comparadas as das demais operações de guerra naval, são limitadas pelas vias de transporte, praias e zonas de desembarque existentes. Estas condicionantes, implicam o estabelecimento de medidas de circulação e controle de trânsito de forma a garantir a máxima eficiência na exploração dos meios de transporte. (a) Circulação de Viaturas A circulação na ZAç de cada Unidade é uma responsabilidade do Comando e visa a utilização mais apropriada da rede de estradas existentes. O Oficial
  • 47. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-29 - ORIGINAL de Logística (OLog), ao determinar as necessidades de vias de transporte terrestres para uma operação, deve buscar a economia de meios de conservação e a flexibilidade na utilização da rede. Ao planejar um movimento, seja tático ou administrativo, a primeira preocupação é compatibilizar o meio de transporte terrestre empregado com as condições da rede de estradas por onde esse meio irá transitar. Isto é feito por meio da comparação da classe das viaturas com a classe da rodovia e das pontes nela existentes. (1) Classificação de Viaturas Classificar uma viatura consiste na atribuição, segundo um método padronizado, de um número-classe. (2) Número-Classe de uma Viatura É um número inteiro que traduz o efeito por ela produzido sobre a estrutura de uma ponte, portada ou leito de uma rodovia. Esse efeito depende do peso bruto da viatura, espaçamento dos eixos, distribuição da carga sobre os eixos e, no caso das pontes, da velocidade de deslocamento da viatura. O número-classe, portanto, é apenas um parâmetro de referência adimensional e não um peso. Por exemplo: a Vtr 5 TON, 6x6, REO, SOCORRO é classe 15. (3) Classificação de pontes Classificar uma ponte consiste em lhe atribuir, segundo um método padronizado, um número-classe. (4) Número-classe de uma ponte ou portada É um número inteiro e representa o maior número-classe de uma viatura que esta ponte ou portada é capaz de suportar com segurança. Cabe mencionar que ao se atribuir este número a uma ponte, devem ser consideradas duas situações: se a ponte será utilizada em via única ou dupla via. Por exemplo: a ponte sobre o rio BENEVENTE na rodovia BR-101 é de classe 60 para trânsito em uma via e 40 para trânsito nas duas vias simultaneamente. Isto significa que qualquer viatura de
  • 48. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-30 - ORIGINAL número-classe igual ou inferior aos números mencionados em cada situação poderá transitar por esta ponte com segurança. As equipagens de transposição de curso d`água recebem, normalmente, um número-classe do fabricante, em função das características do material, velocidade da correnteza etc. Por exemplo: Ponte CASTOR LEVE, com 77 metros de extensão, instalada sobre um curso d`água com velocidade de corrente superior a 1,5 m/Seg é classe 15. (5) Classe de rodovia Normalmente, o menor número-classe das pontes existentes numa rodovia determina a sua classe. Quando não existirem pontes, a classe será atribuída pela pior seção da rodovia. (b) Estrada Principal de Abastecimento (EPA) Como resultado do planejamento da circulação de viaturas na área de operações, o Comando de um GptOpFuzNav seleciona uma ou mais estradas para atender às necessidades de apoio aos seus subordinados. O sistema viário composto por estas estradas é denominado EPA e receberá a maior prioridade de trabalho de engenharia de conservação e reparação, bem como no estabelecimento de medidas de controle de trânsito. A EPA visa a garantir o apoio contínuo aos subordinados, independentemente das condições atmosféricas ou da atividade inimiga. Entretanto, sempre que possível, o trânsito deve ser repartido por toda a rede de estradas existente para evitar congestionamentos e a rápida deterioração das condições de trânsito na EPA. Geralmente, a EPA tem seu traçado interligando as AApL dos diversos escalões, desde a mais à retaguarda até as ILS dos elementos subordinados mais avançados. Cabe a Força a responsabilidade pela conservação, segurança e controle de trânsito na EPA. A seleção da EPA é responsabilidade do OLog da Força, o qual realiza a coordenação necessária com os demais componentes do EM e com os
  • 49. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-31 - ORIGINAL Comandantes subordinados. Nesta seleção, são levados em conta os seguintes fatores: (1) Manobra A EPA deve apoiar nas melhores condições possíveis a linha de ação selecionada como Decisão, favorecendo a Unidade encarregada do esforço principal. (2) Rede de Estradas A EPA deve possuir capacidade para atender às necessidades diárias de transporte de suprimentos do GptOpFuzNav como um todo. Além disso, deve conter o menor número de pontos críticos, permitir o movimento através campo junto às suas margens e facilitar a ligação com as peças de manobra. (3) Possibilidades do Inimigo O traçado da EPA deve evitar cruzar áreas com grande probabilidade de ocorrência da ação terrestre do inimigo, que facilitem a ação de guerrilheiros, com muitos locais favoráveis à sabotagem, e que percorra regiões de homizio ou muito próximas aos flancos. (4) Nossa Situação A EPA deve ser compatível com a nossa disponibilidade de apoio de engenharia para conservação e reparação, e de elementos de polícia para implementação das medidas de segurança e controle de trânsito. (c) Controle de Trânsito O controle do trânsito tem por finalidade compelir a obediência às regras e prescrições de circulação em estradas e arruamentos. Todas as instruções referentes à circulação e as medidas de controle de trânsito devem estar contidas no Plano Logístico do GptOpFuzNav, cabendo aos elementos subordinados cumprí-las e, caso necessário, estabelecer outras no interior de suas ZAç, divulgando-as em coordenação com o GptOpFuzNav.
  • 50. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-32 - ORIGINAL As instruções sobre circulação compreendem, entre outras, a classificação das estradas e pontes, o sentido do movimento em cada estrada ou trecho dela, as prioridades de movimentação em cada sentido, trânsito civil etc. As medidas de controle de trânsito incluem: - velocidades de deslocamento diurno e noturno; - balizamento de pontos chaves; - identificação de viaturas; - horários de restrição ao trânsito; - Postos de Controle de Trânsito (PCTran); e - linhas de escurecimento. (1) PCTran É uma instalação de ApSvCmb operada, geralmente, por elementos do Serviço de Polícia (SP), em pontos críticos de circulação de pessoal e viaturas, com a finalidade de exercer a fiscalização e a orientação do trânsito militar. São, normalmente, localizados onde o trânsito precisa ser controlado e/ou fornecidas orientações sobre a localização de instalaç·es, estado das estradas e pontes etc. Os PCTran são estabelecidos, sempre que possível, nos seguintes locais de uma área de operações: - um em cada acesso ao(s) setor(es) de uma AApL que reúna(m) uma grande concentração de instalações; - nos pontos críticos de circulação onde possam ocorrer congestionamentos ou requeiram regulação de trânsito; e - um em cada ponto em que as estradas penetrantes que vêm da retaguarda cortam as Linhas de Escurecimento Total (LET) e Parcial (LEP). Junto ao PC do GptOpFuzNav é instalado um Posto Central de Controle de Trânsito (PCCTran), que tem por finalidade coordenar a ação dos diversos PCTran. (2) LET
  • 51. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-33 - ORIGINAL É uma linha nítida no terreno, tanto quanto possível paralela à LC ou ao Limite Anterior da °rea de Defesa Avançada (LAADA), que deve oferecer desenfiamento de vistas à sua retaguarda ou esteja suficientemente distante da LC ou LAADA para impedir a observação terrestre inimiga. Ela indica a região à frente da qual não é permitido o trânsito com qualquer tipo de luz, por razões de segurança. (3) LEP É uma linha nítida no terreno, normalmente coincidente com o limite de retaguarda das Unidades em primeiro escalão, a partir da qual as viaturas que se dirigem para frente são obrigadas a transitar apenas com as luzes de segurança (lanternas militares). 0206 - MANUTENÇÃO E SALVAMENTO No âmbito do ApSvCmb é a função que tem por finalidade conservar o material dos GptOpFuzNav em condições operativas adequadas ou restitui-lo a estas condições. A manutenção é um conjunto de ações programadas, destinadas a preservar o material dentro de suas especificações técnicas. Portanto, o termo manutenção abrange tanto a manutenção planejada - Preventiva e Programada - como a manutenção corretiva - Reparo. O salvamento consiste em combater incêndios, controlar avarias, rebocar e, no caso do material específico dos GptOpFuzNav, desatolar viaturas e equipamentos, reflutuar VtrAnf e recuperar suas cargas ou itens específicos. a) Atividade de Manutenção 1) Manutenção Planejada A manutenção preventiva ou a programada obedecem a um Sistema de Manutenção Planejada (SMP), que é um método racional desenvolvido para orientar o planejamento, a execução e o controle da manutenção, visando a alcançar um índice adequado de eficiência, prontidão e segurança do material. Suas ações variam em magnitude, desde uma simples inspeção até revisões gerais. Dependendo de sua complexidade e vulto, os serviços ficarão a cargo do utilizador, de equipes de manutenção que integram os GptOpFuzNav ou de Organizações Militares Prestadoras de Serviços (OMPS), situadas fora da área
  • 52. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-34 - ORIGINAL de operações, as quais poderão, ainda, se valer do auxílio de empresas civis, especialmente contratadas para tal. Esta divisão de competências define escalões de manutenção alguns dos quais são de responsabilidade do ApSvCmb, enquanto outros estão a cargo do SApLog da MB. (a) Primeiro Escalão Entende-se por manutenção de primeiro escalão os serviços que os operadores ou as equipes orgânicas de uma Unidade têm capacidade de executar. Tal capacidade envolve as limitações técnicas do pessoal e a disponibilidade de ferramental ou sobressalentes necessários à execução dos serviços. Ela é, fundamentalmente, de natureza preventiva e programada, podendo, eventualmente, ser corretiva. (b) Segundo Escalão Entende-se por manutenção de segundo escalão os serviços que ultrapassam a capacidade dos recursos orgânicos da Unidade. No caso do ApSvCmb, estes serviços são executados por Equipes de Manutenção do BtlLogFuzNav que integram a organização por tarefas de ApSvCmb dos GptOpFuzNav. (c) Terceiro Escalão Entende-se por manutenção de terceiro escalão os serviços que, pelo seu porte e complexidade, exigem recursos superiores aos dos escalões anteriores. Estes serviços são executados por OMPS específicas, de acordo com a natureza do material. (d) Quarto Escalão Entende-se por manutenção de quarto escalão aquela que ultrapasse a capacidade da MB, só podendo ser executada pelo fabricante, seu representante ou em Parques de Manutenção, no país ou no exterior. 2) Manutenção Corretiva Destina-se a corrigir as deficiências provocadas pelas avarias ocorridas em meios operativos e em seus sistemas, equipamentos e componentes, decorrentes da ação do inimigo, da falha do material ou de sua má operação. Em alguns
  • 53. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-35 - ORIGINAL casos são conseqüências de acidentes, tais como abalroamento, capotagem, incêndio, imersão n`água etc. 3) Sistema de Manutenção É um conjunto integrado de pessoal, instalações (fixas e/ou móveis), equipamentos, instrumental, sobressalentes e ferramental, dinamizados segundo métodos e procedimentos estabelecidos por normas, fundamentadas em princípios e técnicas, tendo em vista manter o material pronto para utilização em combate, no local apropriado e no momento oportuno, dentro de suas características de projeto e da maneira mais econômica. No que diz respeito ao ApSvCmb, este sistema deve atender aos requisitos de mobilidade, flexibilidade, presteza e simplicidade. Em conseqüência, não se pode esperar o estabelecimento de instalações de manutenção complexas na área de operações, nem que o material possa sempre ser manutenido na área de Retaguarda. Os serviços de manutenção, sempre que necessários, devem ser realizados tão à frente quanto permitam a situação tática, a existência de pessoal especializado e a disponibilidade de equipamentos, instrumental, sobressalentes e ferramental. Por este motivo, os GptOpFuzNav incluem em sua organização por tarefas de ApSvCmb Equipes Móveis de Manutenção, as quais efetuam os serviços no local de estacionamento de cada Unidade subordinada, nos momentos de pausa do combate, só evacuando o material a ser manutenido para a área de Retaguarda quando não for possível a execução dos serviços junto ao utilizador. Estas equipes são nucleadas por Fraç·es da CiaMnt do BtlLogFuzNav e, geralmente, contam com a participação de elementos do CRepSupEspCFN que lhes ampliam a capacidade de apoio. b) Atividade de Salvamento O salvamento está intimamente relacionado à manutenção corretiva, pois, em situação de combate ou em caso de acidente, é freqüentemente necessário rebocar, desatolar viaturas e equipamentos e reflutuar VtrAnf para que possam ser corrigidas as avarias, permitindo seu retorno ao serviço em condições operativas aceitáveis.
  • 54. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-36 - ORIGINAL O salvamento requer pessoal experimentado e equipamentos especiais, tais como aparelhos de força, viaturas reboque ou socorro, equipamentos pesados de engenharia, bombas e compressores portáteis de grande débito para esgoto. Nos GptOpFuzNav, a atividade de salvamento é executada por equipes especialmente constituídas, com recursos provenientes da organização por tarefas de ApSvCmb. 0207 - PESSOAL É a função que tem por propósito prever e prover os efetivos necessários ao emprego dos GptOpFuzNav. Implica a determinação de necessidades, em termos quantitativos e qualitativos, a obtenção quando insuficientes, a preparação e a distribuição dos efetivos. No tocante ao ApSvCmb, esta função engloba duas grandes atividades: a distribuição e a administração. a) Distribuição Compreende a designação do pessoal para compor os efetivos necessários à manutenção da capacidade operacional das Unidades que integram os GptOpFuzNav. Inclui todas as ações relacionadas ao controle de efetivos, recompletamento e movimentação interna do pessoal. 1) Controle de Efetivos É o conjunto de ações, estudos e planejamento relacionados, individual ou coletivamente, com a quantidade e qualidade do pessoal necessário à operação dos diversos sistemas de combate, apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate. Este controle engloba os registros e relatórios e a contabilidade de perdas. (a) Registros e Relatórios Cabe ao Oficial de Pessoal (OPes) do EM de cada escalão, manter o seu Comandante e demais Oficiais de EM atualizados quanto à situação do efetivo de sua organização, de forma a viabilizar o planejamento e a execução das operações. Isto é feito por meio da permanente atualização
  • 55. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-37 - ORIGINAL dos registros de situação de pessoal, os quais originam-se nos Sumários de Pessoal, enviados periodicamente pelos Comandantes subordinados. A cada período preestabelecido, ou quando determinado pelo Comandante ou pelo escalão superior, o OPes divulga um relatório incluindo todos os aspectos relacionados à situação dos efetivos. (b) Contabilidade de Perdas Muitos são os fatores que influem no percentual de perdas de determinada tropa, operando sob um conjunto nem sempre muito preciso de condições. Os fatores a seguir mencionados, devem ser considerados, levando-se em conta os dados obtidos em experiências anteriores, no cálculo das taxas de perdas: - localização; - tipo de operação; - terreno; - características do inimigo; - condições meteorológicas e climáticas; - condições físicas e estado moral da tropa; - experiência em combate; e - higiene e medicina preventiva. Convém ressaltar que o grau de influência de cada fator variará com a situação considerada. O detalhamento desta contabilidade é apresentado na publicação CGCFN- 1302 - MANUAL PARA INSTRUÇÃO DE PLANEJAMENTO DA FORÇA DE DESEMBARQUE. 2) Recompletamento Entende-se por recompletamento os indivíduos ou as Unidades destinados ao preenchimento de claros existentes na organização. Define também, o conjunto de atividades de obtenção, recebimento, processamento, adestramento e distribuição do pessoal destinado a preencher claros.
  • 56. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-38 - ORIGINAL A publicação CGCFN-50 - MANUAL PARA INSTRUÇÃO DE PLANEJAMENTO DA FORÇA DE DESEMBARQUE apresenta as peculiaridades do planejamento e execução dessa atividade. 3) Movimentação interna de pessoal É a atividade de planejamento, organização e supervisão efetiva de todas as movimentações de pessoal no âmbito de um GptOpFuzNav, visando a garantir a eficiência em combate das Unidades que o integram. b) Administração Ação destinada a gerenciar os efetivos com o propósito de manter as condições psicossociais adequadas ao serviço em combate. Compreende basicamente o seguinte: - justiça e disciplina; - prisioneiros de guerra; - sepultamento; - moral, assistência social e bem estar; - auxiliares civis; e - polícia militar e apoio a populações. 1) Justiça e Disciplina Disciplina é a situação de respeito e obediência que, em decorrência da lei, se manifesta individual e coletivamente entre militares ou nas relações destes com a comunidade civil e da qual resulta a ordem imprescindível à eficiência das organizações militares. A manutenção da disciplina e, conseqüentemente, da lei e da ordem no ambiente militar é uma responsabilidade do Comando. No âmbito dos GptOpFuzNav, cabe ao OPes do EM de todos os escalões planejar e supervisionar a execução das medidas que mantenham ou melhorem o estado disciplinar da tropa. Justiça militar é a atividade que tem por fim a prevenção e a repressão aos crimes militares, os quais são conceituados como todas as violações capituladas como tal no Código Penal Militar, praticadas pelas pessoas e nas condições por essa lei definidas.
  • 57. OSTENSIVO CGCFN-33 OSTENSIVO - 2-39 - ORIGINAL Na área de Justiça e Disciplina, ressaltam de importância para o ApSvCmb, as instalações disciplinares e o controle de extraviados. (a) Instalações Disciplinares Normalmente não são abertas instalações disciplinares no âmbito dos GptOpFuzNav. Os militares punidos com Prisão Rigorosa são evacuados, tão logo possível, para os navios designados, onde cumprirão as penas impostas. Caso não seja possível a evacuação, os militares punidos serão afastados de suas funções normais e encaminhados à organização por tarefas de ApSvCmb da Forca, onde cumprirão suas penas. (b) Controle de Extraviados São classificados como extraviados (Extv), os militares de um GptOpFuzNav encontrados na área de operações longe de suas Unidades e sem permissão para tal. Há quatro tipos de Extv: - os militares perdidos; - os que abandonaram suas posições face ao inimigo; - os portadores de algum tipo de psicopatia; e - aqueles pertencentes aos efetivos das Unidades de apoio que se deslocam para a frente em busca de aventura e "souvenir" de guerra. O controle de extraviados e seu imediato encaminhamento de volta às Unidades de origem são providências importantes na manutenção do poder combatente. De maneira geral, o controle de extraviados é executado simultaneamente com o controle de trânsito e outras tarefas do SP. No AssAnf, o controle dos extraviados e a imediata recondução para as organizações de origem, na fase inicial do desembarque, são responsabilidades do DP. Estas tarefas são executadas pelos elementos do SP que integram aquela organização com esta finalidade. Posteriormente, tão logo tenha desembarcado e reunido meios necessários à sua execução, o controle de extraviados é passado para a CiaPol. As principais medidas de controle são as seguir descritas.