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CGCFN-6101 OSTENSIVO
MANUAL DE
FUDAMENTOS DAS COMUNICAÇÕES
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
OSTENSIVO CGCFN-6101
MANUAL DE FUNDAMENTOS DAS COMUNICAÇÕES
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
FINALIDADE: DIDÁTICA
1ª Edição
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
ATO DE APROVAÇÃO
APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-6101 - MANUAL DE
FUNDAMENTOS DAS COMUNICAÇÕES.
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 10 de dezembro de 2008.
ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO
Almirante-de-Esquadra (FN)
Comandante-Geral
ASSINADO DIGITALMENTE
AUTENTICADO
PELO ORC
RUBRICA
Em_____/_____/_____ CARIMBO
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - III - ORIGINAL
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto ........................................................................................................ I
Ato de Aprovação ................................................................................................... II
Índice....................................................................................................................... III
Introdução ............................................................................................................... VI
CAPÍTULO 1 - PRINCÍPIOS DE ELETROELETRÔNICA
1.1 - Generalidades ................................................................................................. 1-1
1.2 - Eletricidade estática e eletricidade dinâmica.................................................. 1-2
1.3 - Corrente alternada e contínua ......................................................................... 1-3
1.4 - Unidades de medidas elétricas........................................................................ 1-5
1.5 - Condutores, isolantes e semicondutores......................................................... 1-5
1.6 - Dispositivos de proteção de circuitos elétricos............................................... 1-6
1.7 - Efeitos da corrente elétrica ............................................................................. 1-7
1.8 - Os perigos da eletricidade............................................................................... 1-8
1.9 - Procedimentos em caso de choque elétrico .................................................... 1-8
1.10 - O raio ............................................................................................................ 1-13
1.11 - Choque de alta tensão ................................................................................... 1-13
1.12 - Regras de segurança no trabalho com eletricidade....................................... 1-14
1.13 - Prevenção contra incêndio elétrico............................................................... 1-14
CAPÍTULO 2 - PRINCÍPIOS DO ELETROMAGNETISMO
2.1 - Eletromagnetismo........................................................................................... 2-1
2.2 - Linha de transmissão ...................................................................................... 2-4
2.3 - Múltiplos da unidade de freqüência................................................................ 2-6
2.4 - Espectro de freqüências .................................................................................. 2-6
2.5 - Propagação de ondas eletromagnéticas........................................................... 2-6
2.6 - Fatores que influenciam na propagação de ondas eletromagnéticas .............. 2-7
CAPÍTULO 3 - PRINCÍPIOS DE TELECOMUNICAÇÕES
3.1 - Comunicações................................................................................................. 3-1
3.2 - Telecomunicações........................................................................................... 3-1
3.3 - Elementos básicos........................................................................................... 3-1
3.4 - Modulação da portadora ................................................................................. 3-2
3.5 - Tipos de modulação........................................................................................ 3-3
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - IV - ORIGINAL
CAPÍTULO 4 - FUNDAMENTOS DE TELEFONIA
4.1 - Telefonia.......................................................................................................... 4-1
4.2 - Transmissor do Telefone................................................................................. 4-2
4.3 - Receptor do Telefone ...................................................................................... 4-4
4.4 - Central Telefônica........................................................................................... 4-4
4.5 - Emprego dos Sistemas Telefônicos ................................................................ 4-11
CAPÍTULO 5 - FUNDAMENTOS DA RADIOCOMUNICAÇÃO
5.1 - Introdução ....................................................................................................... 5-1
5.2 - Ondas Eletromagnéticas.................................................................................. 5-1
5.3 - Modulação....................................................................................................... 5-11
5.4 - Recepção das Ondas Eletromagnéticas........................................................... 5-22
5.5 - Propagação nos Meios Naturais...................................................................... 5-24
5.6 - Propagação por Ondas Terrestres.................................................................... 5-32
5.7 - Propagação por Ondas Ionosféricas................................................................ 5-34
5.8 - Mapas de Previsões Ionosféricas..................................................................... 5-35
CAPÍTULO 6 - DIAGRAMAS EM BLOCO
6.1 - Moduladores.................................................................................................... 6-1
6.2 - Transmissor de AM......................................................................................... 6-3
6-3 - Receptor de AM.............................................................................................. 6-5
6-4 - Transmissor de FM ......................................................................................... 6-7
6-5 - Receptor de FM............................................................................................... 6-10
CAPÍTULO 7 - MICROONDAS
7.1 - Introdução ....................................................................................................... 7-1
7.2 - Aspectos básicos das Microondas................................................................... 7-1
7.3 - Mecanismos de propagação dos Sistemas Radiovisibilidade ......................... 7-2
7.4 - Linhas de Transmissão.................................................................................... 7-5
7.5 - Órbita Geoestacionária.................................................................................... 7-5
7.6 - Transmissões via Satélite ................................................................................ 7-7
CAPÍTULO 8 - DESIGNAÇÃO DAS EMISSÕES
8.1 - Introdução ....................................................................................................... 8-1
8.2 - Designação de uma Emissão........................................................................... 8-1
8.3 - Largura de faixa necessária............................................................................. 8-1
8.4 - Classe de Emissão........................................................................................... 8-2
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - V - ORIGINAL
CAPÍTULO 9 - SEGURANÇA NO TRABALHO
9.1 - Objetivos da Segurança .................................................................................. 9-1
9.2 - Medidas gerais de Segurança.......................................................................... 9-1
9.3 - Fundamentos de Primeiros Socorros .............................................................. 9-2
9.4 - Choque Elétrico .............................................................................................. 9-6
9.5 - Incêndio .......................................................................................................... 9-8
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - VI - ORIGINAL
INTRODUÇÃO
As comunicações compreendem o conjunto de meios destinados a proporcionar, nos
diversos escalões, o exercício das ações de comando, controle, coordenação e supervisão. O
elemento de comunicações de qualquer escalão tem como missão prover o apoio de
comunicações necessário ao escalão considerado por meio da instalação, exploração e
manutenção do sistema de comunicações respectivo, bem como garantir sua segurança.
Esta publicação aborda os princípios de eletroeletrônica, eletromagnetismo e
telecomunicações.
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da
Marinha, em: PMB, não controlada, ostensiva, didática e manual.
Esta publicação substitui o CIASC-1087 - Manual de Fundamentos de Comunicações I
e o CIASC-1938 - Manual de Fundamentos de Comunicações II.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL
CAPITULO 1
PRINCÍPIOS DE ELETROELETRÔNICA
1.1 - GENERALIDADES
Todos os efeitos da eletricidade são conseqüências da existência de uma partícula
minúscula chamada "ELÉTRON". Como ninguém pode realmente ver um elétron, e
sim, apenas os efeitos que ele produz, denominamos de "TEORIA ELETRÔNICA" as
leis que governam o seu comportamento.
De acordo com a teoria eletrônica, todos os efeitos elétricos e eletrônicos são causados
pelo movimento de elétrons de um local para outro, ou pela existência de um excesso ou
falta de elétrons em um certo local.
1.1.1 - Conceitos Básicos
a) Átomo
Átomo é a menor partícula física em que se pode dividir um elemento.
b) Molécula
Molécula é a combinação de dois ou mais átomos.
c) Núcleo
Núcleo é a parte pesada do átomo, carregada positivamente, em torno da qual
giram os elétrons.
d) Nêutron
Nêutron é a partícula neutra e pesada do núcleo, equivalente a um próton e um
eléctron intimamente ligados.
e) Próton
Próton é a partícula pesada carregada positivamente.
f) Elétron
Elétron é uma partícula muito pequena que gira em torno do núcleo, carregada
negativamente e praticamente sem peso.
g) Elétrons "Presos"
Elétrons "presos" são elétrons das órbitas internas de um átomo, que dificilmente
poderão ser retirados das mesmas.
h) Elétrons "Livres"
Elétrons "Livres" são elétrons que deixaram a órbita de um átomo e vagueiam
livremente através de um material.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL
i) Eletricidade
Eletricidade é o efeito do movimento de elétrons de um ponto para outro, ou o
efeito causado pelo excesso ou falta de elétrons em um material.
1.2 - ELETRICIDADE ESTÁTICA E ELETRICIDADE DINÂMICA
1.2.1 - Eletricidade Estática
A eletricidade estática resulta do desequilíbrio existente entre o número de elétrons e
prótons em dois corpos determinados, mas que não produz nenhum movimento de
elétrons. Esta classe de eletricidade resulta geralmente da fricção e é eletricidade
estática até o momento em que uma ação especifica é produzida.
1.2.2 - Eletricidade Dinâmica
A eletricidade dinâmica é uma conseqüência do desequilíbrio entre elétrons e
prótons que, neste caso, produz um fluxo de elétrons ou uma corrente eletrônica
(eletricidade em funcionamento que produz trabalho), sendo esta classe de
eletricidade responsável pelo funcionamento dos circuitos eletrônicos. A carga
elétrica em repouso tem energia potencial e pode produzir trabalho. Quando a carga
elétrica se move, através de um fio ou condutor, temos uma corrente elétrica ou
eletricidade dinâmica.
Por outro lado, não é possível ter uma corrente elétrica sem ter pressão elétrica ou
diferença de potencial entre dois pontos do condutor ou do circuito. É o que veremos
a seguir.
1.2.3 - Diferença de Potencial (DDP)
Tecnicamente, o desequilíbrio entre o número de elétrons e prótons existentes entre
dois corpos ou eletrodos se chama diferença de potencial, que expressa também a
magnitude do desequilíbrio. A unidade empregada para indicar a DDP é o VOLT.
Comparando a energia elétrica com dois tanques de água, a quantidade de água num
tanque tem que ser maior que a do outro tanque, quando então a água fluirá de um
tanque para outro até ocorrer o equilíbrio. Tanto com a água como com a
eletricidade, para que haja produção de energia, é preciso que haja um desequilíbrio.
No caso da eletricidade, é preciso que o número de elétrons num dos pólos ou
eletrodos seja maior que no outro (Fig 1.1).
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL
Fig 1.1 - Diferença de Potencial
1.3 - CORRENTE ALTERNADA E CONTÍNUA
1.3.1 - Corrente Alternada (CA)
A corrente alternada é aquela que muda de sentido em intervalos regulares. A
maioria das linhas de transmissão elétrica conduz corrente alternada, isto porque a
tensão (DDP) alternada pode ser aumentada ou diminuída facilmente, sem perdas
apreciáveis, com o uso dos transformadores (Fig 1.2).
Fig 1.2 - Corrente Alternada
1.3.2 - Corrente Continua (CC)
A corrente continua é aquela que circula sempre no mesmo sentido, isto é, uma vez
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL
interligados os pólos positivos e negativos, ela irá fluir no mesmo sentido até que
haja equilíbrio entre elétrons e prótons dos pólos; quando isso acontecer, no caso de
uma bateria, dizemos que a mesma está descarregada (Fig 1.3).
Fig 1.3 - Corrente Contínua
1.3.3 - Sentido da Corrente
De acordo com a teoria eletrônica, a corrente circula sempre de uma carga negativa
(-) para uma carga positiva (+). Assim, se ligarmos um condutor entre os terminais
de uma bateria, a corrente circulará do terminal (-) para o terminal (+) (Fig 1.4).
Antes da concepção da teoria eletrônica da matéria, já se utilizava a eletricidade nos
motores, iluminação etc. Contudo, a eletricidade era utilizada sem que se soubesse
como trabalhava e porque trabalhava. Acreditava-se que “alguma coisa" se movia no
condutor, do positivo para o negativo. Esta concepção de corrente é chamada de
corrente convencional.
Fig 1.4 - Sentido da Corrente
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL
1.4 - UNIDADES DE MEDIDAS ELÉTRICAS
1.4.1 - Ampére (A ou I)
É a unidade utilizada para indicar a intensidade ou quantidade de corrente elétrica
que flui por um circuito elétrico. A passagem de 6,28x l018
elétrons num
determinado ponto de um circuito, em um segundo, corresponde a 1 Ampére.
1.4.2 - OHM (C ou R)
É a unidade que especifica a resistência elétrica que um determinado metal ou
circuito apresenta à passagem de uma corrente elétrica. Foi convencionado
internacionalmente que 1 Ohm equivale à resistência oferecida à passagem da
corrente elétrica por uma coluna de mercúrio de diâmetro constante, com 106,3 cm
de altura e um peso de 14,4521 gramas, a 0°C.
1.4.3 - VOLT (V ou E)
É a unidade elétrica utilizada para indicar o desequilíbrio entre o número de elétrons
num condutor. O Volt corresponde à pressão elétrica ou força eletromotriz
necessária para fazer circular uma corrente de 1 Ampére por um circuito cuja
resistência é de 1 Ohm. Também conhecida como unidade de diferença de potencial
ou de força eletromotriz.
1.4.4 - WATT (W)
É a unidade de potência elétrica. O Watt equivale à potência elétrica produzida pela
Força Eletromotriz (F.E.M) de 1Volt, multiplicada pela corrente de 1 Ampére.
Potência elétrica é o produto da tensão pela corrente. É a capacidade que a corrente
elétrica tem de realizar trabalho.
1.5 - CONDUTORES, ISOLANTES E SEMICONDUTORES
Quanto à condução de corrente elétrica, os materiais existentes na natureza podem ser
classificados como condutores, isolantes e semicondutores.
1.5.1 - Condutores
São materiais que possuem uma resistividade muito baixa, não oferecendo
praticamente nenhuma oposição à passagem da corrente elétrica. A prata, o chumbo
e o alumínio são exemplos desses condutores. Num material condutor, os elétrons de
valência são atraídos pelo núcleo dos átomos com uma força muito fraca,
encontrando uma grande facilidade para abandonar seus átomos e se movimentarem
"livremente" no interior da substância. Por esse motivo é que eles são chamados
"elétrons livres".
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL
1.5.2 - Isolantes
São materiais que possuem uma resistividade muito alta, bloqueando a passagem da
corrente elétrica. O vidro, a mica e a borracha estão neste caso.
Num material isolante, os elétrons de valência estão rigidamente ligados ao núcleo
dos átomos, sendo que pouquíssimos elétrons conseguem desprender-se de seus
átomos para se transformarem em elétrons livres.
1.5.3 - Semicondutores
Materiais que apresentam uma resistividade intermediária, isto é, uma resistividade
maior que a dos isolantes. Como exemplo, podemos citar o carbono, o silício e o
germânio. Com referência à corrente elétrica, os semicondutores conduzem mais que
os isolantes, porém menos que os condutores.
1.6 - DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS
Quando uma unidade elétrica é fabricada são tomados cuidados especiais no sentido de
assegurar que cada circuito elétrico fique completamente isolado de todos os outros, de
maneira que a corrente do circuito percorra apenas o caminho previsto. Uma vez
colocada a unidade em serviço, entretanto, muitas coisas podem acontecer, capazes de
alterar o circuito original. Algumas dessas alterações podem causar problemas sérios se
não forem detectadas e corrigidas a tempo. O problema mais sério que pode ocorrer em
um circuito é a ocorrência de um curto-circuito. Um curto circuito ocorre quando uma
corrente excessiva flui através de um condutor. O diâmetro dos fios usados em um
determinado circuito é determinado pela quantidade de corrente que os fios devem
conduzir sob condições normais de operação. Qualquer excesso de corrente causa uma
rápida geração de calor e pode provocar avarias mais sérias ou até mesmo incêndio de
graves conseqüências. Para proteger os sistemas elétricos de avarias causadas pela
corrente excessiva são usados, instalados nos sistemas, diversos tipos de dispositivos de
proteção tais como fusíveis, disjuntores e protetores térmicos. Esses dispositivos têm um
propósito comum: proteger as unidades e os fios do circuito, pois abrem o circuito de
maneira a cessar o fluxo de corrente quando o valor atinge um ponto que coloca em
risco a segurança (Fig 1.5).
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL
Fig 1.5 - Fusíveis
1.7 - EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA
A passagem da corrente elétrica através dos condutores acarreta diferentes efeitos,
dependendo da natureza do condutor e da intensidade da corrente. O efeito fisiológico
corresponde à passagem da corrente elétrica por organismos vivos. A corrente elétrica
age diretamente no sistema nervoso, provocando contrações musculares; quando isto
ocorre, dizemos que houve choque elétrico. O pior caso de choque é aquele que se
origina quando uma corrente elétrica entra pela mão de uma pessoa e sai pela outra.
Neste caso, atravessando o tórax de ponta a ponta ela tem grande chance de afetar o
coração e a respiração. O valor mínimo de intensidade de corrente que se pode receber
pela sensação de cócegas ou formigamento leve é 1mA. Entretanto, com uma corrente
de intensidade de 10mA, a pessoa já perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir a
mão e livrar-se do contato. O valor mortal está compreendido de 10mA até 3A,
aproximadamente. Nestes valores, a corrente, atravessando o tórax, atinge o coração
com intensidade suficiente para modificar seu ritmo. Modificado o ritmo, o coração para
de bombear oxigênio através do corpo e a morte pode ocorrer em minutos. Se a
intensidade for ainda mais alta, a corrente pode paralisar completamente o coração. Este
se contrai o máximo possível e mantém-se assim, enquanto passar a corrente.
Interrompida a corrente, geralmente, o coração relaxa e pode começar a bater
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-8 - ORIGINAL
novamente, como se nada tivesse acontecido. Todavia, paralisado o coração, paralisa-se
também a circulação sanguínea e uma pequena interrupção dessa circulação pode
provocar danos cerebrais irreversíveis.
1.8 - OS PERIGOS DA ELETRICIDADE
A eletricidade, ao penetrar no corpo, faz com que os músculos se contraiam (como
quando se toca num fio ligado ou quando se interrompe o contato com o corpo, em caso
de se desligar a fonte de eletricidade). Ao passar pelo tecido do corpo ela pode lesá-lo,
porém o mais importante, é que ela faz os músculos se contraírem a 50 ciclos por
segundo, que é a freqüência da corrente alternada dos aparelhos eletrodomésticos. Isso
significa que, se você agarrar um desses aparelhos com defeito, os músculos de sua mão
podem se contrair e você ficar impossibilitado de soltar o aparelho ou a coisa que está
lhe causando o choque. A pele úmida é especialmente eficaz como condutora, assim,
com as mãos úmidas, jamais manuseie aparelhos eletrodomésticos ou fios elétricos. Ao
passar através do corpo, a eletricidade danifica os tecidos, provoca coágulos nos vasos
sanguíneos, lesa os tecidos nervoso e cerebral e pode paralisar a respiração e os
músculos cardíacos. A eletricidade pode matar instantaneamente ou deixar a pessoa
inconsciente.
1.9 - PROCEDIMENTOS EM CASO DE CHOQUE ELÉTRICO
1.9.1 - Procedimentos Iniciais (Fig 1.6)
Primeiramente interrompa o contato com a corrente elétrica. Você pode fazer isso da
seguinte maneira:
- Desligando o comutador na parede, onde está a tomada (a);
- Puxando o fio com força, para que a tomada saia do encaixe (b); e
- Jogando a vitima para longe da fonte de eletricidade com um objeto não condutor,
como uma cadeira ou um cabo de vassoura. Muitas vezes, isso é difícil de fazer.
Só toque na pessoa depois que ela estiver livre da fonte elétrica (c).
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-9 - ORIGINAL
Fig 1.6 - Procedimentos em caso de choque elétrico
1.9.2 - Como saber se a Respiração Parou
- Coloque sua face contra a boca da pessoa e sinta a respiração;
- Se a respiração não é evidente, apertar os lábios da vitima e tentar a face de
novo; e
- Procure observar os movimentos do tórax.
1.9.3 - Procedimentos em caso de Parada respiratória
- Deite a vitima no chão;
- Veja se há alguma coisa em sua boca (vômito, dentadura, corpo estranho, etc.) que
possa estar provocando a obstrução. Se for o caso, remova o obstáculo e deite a
pessoa de costas; e
- Puxe o queixo para cima, de modo que a cabeça da pessoa se curve para trás. Com
a mão esquerda puxando o queixo para cima, empurre o cimo da cabeça para baixo
com a direita. Este procedimento simples abre a passagem do ar na parte posterior
da garganta e pode reiniciar a respiração. Uma vez que isso ocorra, coloque a
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-10 - ORIGINAL
vitima na posição de recuperação (a).
1.9.4 - Se a respiração não reiniciar imediatamente (Fig 1.7)
Iniciar a respiração artificial enquanto alguém providencia um médico ou uma
ambulância. O melhor método, até agora, é o boca-a-boca.
- Coloque a pessoa de costas;
- Inclinar a cabeça o máximo possível para trás (as narinas devem ficar apontando
diretamente para cima, para você);
- Coloque uma das mãos em concha sob o queixo da vitima;
- Coloque a face palmar da outra mão na testa da vitima, modo que os dedos dessa
mão possam apertar seu nariz;
- Use ambas as mãos para inclinar a cabeça para trás (b);
- Aperte e feche bem o nariz (c);
- Certificar se a boca da pessoa está aberta;
- Inale profundamente;
- Aplique sua boca à da vitima (d);
- Expire dentro da boca da vitima, firme e lentamente (não soprar com violência).
Ao fazer isso, o tórax da pessoa se elevará;
- Afaste sua boca, inspire profundamente e repita a operação (e);
- Enquanto você está inspirando, o individuo expirará espontaneamente;
- Repita a respiração na boca da vitima e observe o reinicio espontâneo de
respiração, enquanto afasta a cabeça para o lado a fim de inspirar por sua vez;
- Tente "soprar" para dentro da vitima a cada seis segundos, mais ou menos. Para
isso, oriente-se pelo bom senso. Por exemplo, as primeiras respirações podem ser
praticadas muito mais rapidamente, a fim de tentar introduzir um pouco mais de
oxigênio na pessoa; e
- Pare quando a vitima revelar sinais claros de começar a respirar, mas mesmo assim
continue a observar os movimentos do tórax da vitima até a chegada de um
profissional.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-11 - ORIGINAL
Fig 1.7 - Procedimentos em caso de parada respiratória
1.9.5 - Como saber se o Coração e Pulso param de bater
- A pessoa fica inconsciente
- A pessoa fica pálida ou azul-acinzentada;
- As pupilas (a parte negra no centro dos olhos) se dilatam, ficam grandes;
- Não se percebe o pulso carotídeo (sentido no sulco que fica ao lado do pomo-de-
adão); e
- Ausência de batimentos cardíacos quando se aplica o ouvido ao lado esquerdo do
esterno.
1.9.6 - Procedimentos no caso de parada do Coração e Pulso
- Deite a pessoa, de costas, sobre uma superfície dura. Se ela estiver sobre uma
cama, remova-o rapidamente, mas com muito cuidado, para o chão;
- Aplique um golpe rápido e forte com a borda da mão sobre o tórax, ao lado da
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-12 - ORIGINAL
região inferior esquerda do esterno. Esse "choque" pode fazer com que o coração
recomece a bater espontaneamente. Mandar alguém buscar uma ambulância
enquanto você inicia a massagem (somente se tiver certeza de que o coração não
está batendo):
ƒ Ajoelhe-se ao lado direito da vitima, olhando para ela;
ƒ Coloque a palma da mão sobre a metade inferior do esterno (não em sua
extremidade inferior). O restante de sua mão não deve exercer qualquer pressão
sobre o tórax;
ƒ Coloque a palma da outra mão sobre o dorso da primeira mão; e
ƒ Conserve seus braços esticados e se movimentando para frente e para trás. Não
aplique pressão curvando os braços, ou ficará exausto em pouco tempo - deixe
que o peso do seu corpo faça o trabalho. Mantenha as mãos posicionadas o
tempo todo. Nos adultos, comprima a parede torácica cerca de 5cm, 60 vezes por
minuto.
1.9.7 - Até quando prosseguir com esta operação?
- Até que a vitima apresente uma cor melhor;
- Até que suas pupilas retornem ao tamanho normal;
- Até que o pulso carotídeo volte a se fazer sentir ou que a vitima comece a se
recuperar; e
- Se algum desses sinais aparecer, pare e verifique os batimentos cardíacos ou o
pulso. Jamais comprima o tórax de alguém cujo pulso retornou. Embora a
respiração possa parar por si mesma, a parada do coração também provoca a
falência da respiração. Assim, na presença de alguém cujo coração parou, você
tem um problema duplo. No caso de duas pessoas:
ƒ uma procede a respiração boca-a-boca enquanto a outra faz a massagem
cardíaca, de modo que uma pessoa faça uma respiração e a outra faça cinco
compressões.
1.9.8 - Por que a massagem cardíaca funciona?
Ao contrário da crença popular, o coração fica quase no centro do tórax e não sob o
mamilo esquerdo. Se o esterno for suficientemente pressionado num adulto (cerca de
5cm), o coração será fisicamente comprimido entre este osso e a espinha dorsal,
atrás. Este não é, normalmente, o meio de o coração trabalhar, mas é um processo
útil de primeiro socorro. Eis porque, quando se aplica a massagem cardíaca deve-se
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-13 - ORIGINAL
pressionar apenas no centro do peito, sobre o esterno. Se for feita pressão sobre as
costelas estas poderão partir-se, nada sendo feito de positivo para o coração.
1.10 - O RAIO
Os procedimentos a seguir apresentados podem evitar que o ser humano seja atingido
por um raio (Fig 1.8):
- Conservar-se longe de árvores, torres, pequenos edifícios, cercas de arame e objetos
salientes e não andar de bicicleta, motocicletas, etc.
- Abrigar-se num bosque denso, sob um rochedo ou uma depressão do solo. Caso
abrigando-se sob uma árvore isolada, mantenha-se afastado do tronco. O local mais
seguro é dentro de um carro com teto de metal ou num prédio dotado de pára-raios.
Depois da passagem do raio pelo corpo humano, não restará qualquer eletricidade
neste. Para socorrer uma vítima de raio, proceda como em caso de choque elétrico.
Fig 1.8 Procedimentos de Proteção Contra Raios
1.11 - CHOQUE DE ALTA TENSÃO
Não há nada que uma pessoa comum possa fazer em casos de choques causados por
cabos de alta tensão, condutores de trens ou linhas de força de alta voltagem. A melhor
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 1-14 - ORIGINAL
medida é a prevenção: conserve as pessoas afastadas desta eletricidade, que salta os
espaços e vai “buscar" quaisquer metais sendo usados.
1.12 - REGRAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO COM ELETRICIDADE
No desempenho normal das funções, o especialista de comunicações estará
freqüentemente exposto a diversas situações de perigo em potencial, não só com
eletricidade, mas de uma maneira geral. Nenhuma condição de trabalho é totalmente
segura, entretanto, é possível viver toda uma vida de trabalho sem sofrer qualquer
ferimento grave. Para se manter dentro dos limites de segurança é importante que se
conheça as principais fontes de perigo e, sobretudo, mantenha-se alerta com relação a
esses perigos. Praticar as regras de segurança é muito importante, por mais tolas que
possam parecer. A maioria dos acidentes que acontecem poderiam ter sido evitados se
as condições de insegurança forem eliminadas.
A seguir, alguns procedimentos de segurança:
- Alertar as pessoas que você acredita estarem em condições de perigo;
- Comunicar a quem de direito qualquer condição de insegurança ou de perigo
iminente;
- Empregar ou usar os dispositivos de proteção disponíveis. Não espere que o uso seja
determinado;
- Habitue-se a ler as instruções (informações) sobre segurança contidas nos manuais; e
- Procure desenvolver a consciência de segurança.
1.13 - PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ELÉTRICO
A limpeza geral da área de trabalho e dos equipamentos é fator preponderante na
prevenção de todo tipo de incêndio por eletricidade. O óleo e a graxa podem entrar em
combustão com facilidade, por meio de uma centelha elétrica. Por isso, todo
equipamento elétrico/eletrônico deve ser conservado absolutamente limpo e livre de
substâncias combustíveis.
Trapos de limpeza e outros materiais inflamáveis utilizados devem ser colocados em
latas de lixo metálicas devidamente tampadas. As latas de tintas, vernizes, detergentes
ou qualquer solvente volátil devem ficar bem tampadas e armazenadas em
compartimentos separados, bem ventilados e protegidos do calor excessivo e da
incidência direta dos raios do sol.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL
CAPITULO 2
PRINCÍPIOS DE ELETROMAGNETISMO
2.1 - ELETROMAGNETISMO
O magnetismo é uma força invisível que se pode apreciar pelos efeitos que produz. O
campo magnético de um ímã pode ser explicado sob a forma de linhas de força
invisíveis que deixam o ímã em um ponto e entram em outro. A área ocupada pelas
linhas de força chama-se espectro magnético.
Um campo eletromagnético é um campo magnético produzido pela passagem da
corrente elétrica em um condutor. Toda vez que uma corrente elétrica percorre um
condutor, cria-se ao redor deste condutor um campo magnético.
2.1.1 - Ciclo
Uma onda completa constitui um ciclo. Cada metade de uma onda, ou meio ciclo,
constitui uma alternação da onda ou semiciclo. Cada onda ou ciclo apresenta duas
alternações: a alternação situada acima do nível normal é considerada alternação
positiva e a situada abaixo do nível normal é considerada alternação negativa
(Fig 2.1).
Fig 2.1 - Ciclo
2.1.2 - Freqüência
O termo freqüência indica o número de ciclos (ondas completas) produzidos num
determinado período de tempo. Por exemplo: a Fig 2.2 ilustra uma freqüência de
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL
quatro ciclos por segundo, ou seja, quatro ondas são produzidas no espaço de um
segundo. A freqüência das ondas é expressa em Hertz. Portanto, a representação
gráfica da Fig 2.2 corresponde a uma onda, cuja freqüência é de 4 Hz.
Fig 2.2 - Representação gráfica de ondas de uma freqüência de 4 Hertz
2.1.3 - Amplitude
Podemos dizer que amplitude é a altura da onda. Conforme ilustram as Fig 2.3 e 2-4,
a distância compreendida entre a linha que marca o nível, normal (nível zero) e uma
crista ou um fundo, chama-se amplitude de onda. Dessa característica depende a
intensidade ou potência da onda, pois quanto maior for a intensidade da onda, tanto
maior será sua amplitude.
Fig 2.3 - Representação gráfica da amplitude e do tempo
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL
Fig 2.4 - Ondas
2.1.4 - Crista de uma Onda
É o ponto mais alto de uma onda, considerando o nível zero. O oposto da crista
chama-se fundo (Fig 2.5 e 2.6).
Fig 2.5 - Representação Gráfica das Ondas
Fig 2.6 - Comprimento de Onda
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL
2.1.5 - Comprimento de Onda
O comprimento de onda, como o próprio nome diz, é o comprimento de um ciclo
completo; em outras palavras, é a distância entre dois pontos de máxima ou de
mínima de uma onda. O valor desse comprimento de onda pode ser calculado e para
isso, basta que se tenha a freqüência de operação, pois sabemos que a velocidade de
propagação das ondas eletromagnéticas, no ar ou no vácuo, é igual à velocidade da
luz, que é de 300.000 quilômetros por segundo ou 300.000.000 de metros por
segundo. O símbolo de comprimento de onda é a letra grega λ (lambda) e o cálculo é
feito por meio da relação:
λ = _V onde: V = velocidade de propagação da onda no meio.
F F = freqüência
2.2 - LINHA DE TRANSMISSÃO
É qualquer dispositivo utilizado para transportar um sinal de radiofreqüência de um
transmissor para a antena e vice-versa, ou ainda, é todo dispositivo que possibilita a
transferência de energia elétrica ou sinal elétrico de um ponto para outro. Embora tenha
aparência simples, a linha de transmissão é de fundamental importância na transferência
de um sinal elétrico de um ponto para outro. Para cada aplicação especifica é preciso um
tipo diferente de linha (Fig 2.7).
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL
Fig 2.7 - Linhas de Transmissão
2.2.1 - Impedância
É a oposição total de um circuito à corrente, alternada ou continua numa
determinada freqüência. É medida em Ohm.
2.2.2 - Casamento de Impedância
Quando um equipamento é ligado para transmitir, o que se espera dele é que toda
sua potência seja utilizada, a partir da antena, para impulsionar o sinal. A máxima
saída acontece quando toda a potência do equipamento é transferida para a antena. A
situação de máxima transferência de potência (o ideal) só acontece quando o
transmissor (gerador), a linha de transmissão e antena (carga) têm impedâncias
iguais. Podemos concluir que o casamento de impedância existe quando a carga, a
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL
linha de transmissão e o gerador têm impedâncias iguais, isto e haverá a máxima
transferência de potência. Isso é o que se busca sempre em um equipamento.
2.3 - MÚLTIPLOS DA UNIDADE DE FREQÜÊNCIA
As freqüências utilizadas são de maneira geral muito altas, de modo que, quando
escritas, tornam-se números grandes. Para facilitar a escrituração desses números, a
unidade de medida de freqüência tem seus múltiplos. Os mais usados são os seguintes:
- Quilohertz (KHz ); equivale a 1.000Hz - ou 10³;
- Megahertz (MHz); equivale a 1. 000. 000 Hz – ou 106
; e
- Gigahertz (GHz); equivale a 1.000.000.000 Hz – ou 109
.
2.4 - ESPECTRO DE FREQÜÊNCIAS
É a disposição das freqüências de uma radiação em ordem crescente. O espectro para as
freqüências de rádio está dividido em faixas, da seguinte maneira:
- VLF - Muito Baixa Freqüência;
- LF - Baixa Freqüência; e
- MF - Média Freqüência.
NOTA: Os equipamentos utilizados no CFN operam nas faixas de HF, VHF e UHF.
2.5 - PROPAGAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
As ondas de rádio (ou eletromagnéticas) podem ser refletidas, refratadas e difratadas.
Uma onda é refletida quando incide em uma superfície plana. Ela é refratada quando
incide em um meio no qual a velocidade de propagação é diferente da velocidade no
primeiro meio. Uma onda rádio também é inclinada quando passa pela aresta de um
objetivo. A inclinação chama-se difração, resulta da mudança de direção de parte da
energia. Basicamente os tipos de propagação das ondas são:
2.5.1 - Onda Terrestre
É aquela que se propaga junto à superfície da terra. É muito afetada pela
condutividade da Terra. Quanto mais alta a freqüência tanto maior será a atenuação.
A condutividade do solo influi diretamente na qualidade do sinal transmitido.
2.5.2 - Onda Celeste ou Ionosférica
É a onda eletromagnética que se propaga num determinado ângulo, através da
atmosfera, choca-se com a sua camada superior, a ionosfera, e é refletida de volta a
terra. É usada em transmissões a longa distância.
2.5.3 - Onda Direta
É aquela que se propaga em linha reta entre dois pontos. Esse tipo de enlace entre
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL
duas estações é chamado de "enlace ótico" ou "linha de visada". As "freqüências"
acima de 30 MHz são que mais se prestam para esse tipo, geralmente não são
refletidas pela ionosfera.
2.5.4 - Zona de Silêncio
A zona de silêncio ocorrerá quando a onda refletida for atingir o solo além do
alcance das ondas por via terrestre (Fig 2.8).
Fig 2.8 - Formas de Propagação de Ondas
2.6 - FATORES QUE INFLUENCIAM NA PROPAGAÇÃO DAS ONDAS
ELETROMAGNÉTICAS
Dentre os vários fatores que influenciam a propagação das ondas eletromagnéticas,
destacam-se: a freqüência, a potência e o terreno.
2.6.1 - Freqüência
Quando uma onda é refletida pela ionosfera, ela tem parte de sua energia absorvida.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL
Essa absorção é tanto maior quanto menor for a freqüência e também quanto mais
intensa a ionização. Por outro lado, em relação à onda terrestre, esta faz aparecer
uma movimentação de cargas (elétrons). Na onda terrestre, quanto maior a
freqüência maior atenuação.
Na faixa de LF (30 a 300 kHz) utiliza-se bastante a onda superficial para
comunicações a médias distâncias. Para longas distâncias usam-se as ondas
refletidas.
- Na faixa de MF (300 a 3.000 kHz), mais apropriadas para transmissões locais, são
empregadas apenas ondas terrestres.
- Na faixa de HF (3 a 30 MHz) o alcance da onda terrestre diminui com o aumento
da freqüência. Emprega-se a propagação ionosférica para comunicações a longa
distância.
- Na faixa de VHF (30 a 300 MHz) a propagação ionosférica é desprezível, sendo a
onda direta de aplicação principal.
- Na faixa de UHF (300 a 3.000 MHz) utiliza-se exclusivamente onda direta.
2.6.2 - Potência
As ondas eletromagnéticas sofrem atenuação à medida que se afastam do
transmissor. A potência é necessária aos transmissores para impulsão das ondas a
partir da antena, a fim de que elas possam alcançar o receptor. Essa potência deve
ser somente a necessária, pois as potências elevadas requerem equipamentos mais
caros e sacrificam a segurança.
2.6.3 - Terreno
O tipo de terreno que se interpõe entre as antenas transmissoras e receptoras tem
grande importância no alcance das comunicações. Como exemplo, podemos citar
que:
- Terreno árido (seco) apresenta grande poder de absorção, atenuando fortemente as
ondas eletromagnéticas;
- Regiões de serra, de jazidas de minério, ravinas e vales também apresentam uma
grande absorção das ondas eletromagnéticas;
- O meio liquido, principalmente o mar, é favorável à propagação, portanto
favorável à transmissão dos sinais;
- A selva apresenta condutividade pobre;
- Em terrenos acidentados, os postos-rádio devem ser estabelecidos nas posições
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL
mais elevadas;
- Em freqüências superiores a 30 MHz deve ser escolhida uma posição de linha de
visada;
- Sempre que possível, a estação deve ser colocada perto de terreno úmido ou massa
de água;
- As árvores prejudicam mais a transmissão do que a recepção; e
- Túneis, pontes metálicas, linhas de alta tensão devem ser evitados.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL
CAPITULO 3
PRINCIPIOS DE TELECOMUNICAÇÕES
3.1 - COMUNICAÇÕES
Conceituam-se comunicações como transmissão de qualquer tipo de informação, por
qualquer via ou processo, eletromagnético ou não. A comunicação inclui todos os
procedimentos por meio do qual uma mente pode afetar outra mente e isto obviamente
envolve não somente a linguagem escrita e oral, como também a música, as artes
pictóricas, o teatro e, na verdade, todo o comportamento humano.
3.2 - TELECOMUNICAÇÕES
Telecomunicações é a transmissão, emissão ou recepção de informações de qualquer
natureza (símbolos, caracteres, sinais, escritas, imagens, sons) por fio, rádio, eletricidade
ou qualquer outro processo eletromagnético, a grandes distâncias.
As primeiras telecomunicações elétricas apareceram depois de 1840, com a telegrafia
MORSE. A telecópia foi realizada após 1863 com o pantelógrafo de CASELLI, e a
telefonia urbana à distância em 1877.
A telefonia empregava, assim como o telégrafo, as linhas aéreas com fios metálicos
desencapados (nu). No início do século XX, com o advento da válvula, alguns
inconvenientes da telefonia foram superados. As ligações telegraficas sem fio, feitas por
MARCONI em 1895, foram simultâneas com o advento da rádio-eletricidade.
Após a I Guerra Mundial, a industrialização das válvulas assegurou longo alcance às
radiocomunicações. Para a transmissão de imagens, as primeiras realizações práticas
apareceram em 1935, com as válvulas, os tubos analisadores de imagens e os tubos de
raios catódicos (TRC).
O surgimento dos transistores e diodos permitiu a construção de aparelhos de baixo
consumo de energia, de longa vida útil e de forma compacta.
3.3 - ELEMENTOS BÁSICOS
3.3.1 - Informação
Informação é o conjunto de símbolos, caracteres, sinais, imagens, sons, escritos ou
tudo aquilo que desejamos transmitir de um ponto a outro, próximo ou não.
3.3.2 - Transdutor
Transdutor é o elemento encarregado de transformar um determinado tipo de energia
em outro.
Ex: um microfone é um transdutor que recebe ondas sonoras e as transforma em
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL
energia elétrica; o tubo de raios catódicos é o transdutor que transforma sinais
elétricos em luminosos, proporcionando o aparecimento de imagens.
3.3.3 - Transmissor
Transforma a energia do transdutor em um sistema de transmissão, que pode ser
aceito pelo sistema receptor.
Ex: Nos sistemas mais utilizados, o transmissor gera um sinal de radiofreqüência
(RF) denominado onda portadora, que transporta a informação desejada até o
receptor.
3.3.4 - Canal
Canal é o meio físico ou não, que faz a ligação entre o transmissor e o receptor.
Desempenha o papel de "condutor" da energia, fornecida pelo transmissor, até o
receptor.
3.3.5 - Receptor
Retira da energia enviada pelo transmissor o sinal da informação, o qual, se não
estiver na forma de sinal desejado, deverá ser introduzido em um transdutor de
saída.
As funções dos elementos básicos podem ser assim resumidas:
- Microfone - elemento transdutor, isto é, transforma a energia sonora (ou acústica)
em sinais elétricos.
- Transmissor - gera um sinal chamado de portadora, que será modulado pelo sinal
do microfone.
- Atmosfera - é o meio existente entre o equipamento transmissor e o receptor. Neste
exemplo, as ondas eletromagnéticas irradiadas pelo transmissor alcançam o receptor,
por meio da atmosfera.
- Receptor - encarrega-se de extrair do sinal enviado pelo transmissor (portadora
modulada) a informação desejada, sob a forma de sinal elétrico.
- Alto-falante - transdutor do lado do receptor que recebe a informação sob a forma
de sinal elétrico e a converte em sinal audível.
3.4 - MODULAÇÃO DA PORTADORA
A voz humana tem pequeno alcance, mesmo se amplificada. A faixa de freqüência que
ocupa (300 a 5000 Hz) é muito atenuada por eventuais obstáculos e pela própria
atmosfera. Por outro lado, ondas eletromagnéticas de freqüências mais altas não são
absorvidas pela atmosfera e ainda são refletidas pela ionosfera, podendo, por reflexão,
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL
circundar a terra.
Além disso, essas ondas movem-se à velocidade da luz, permitindo, portanto, contatos
imediatos entre dois pontos quaisquer da terra. Essas ondas de freqüências mais altas
não são audíveis para o ser humano e por isso não podem ser usadas isoladamente em
telecomunicações.
Para contornar esses inconvenientes usa-se o processo chamado de modulação. O som é
um sinal alternado, com amplitude e freqüência variáveis. Essa amplitude e a freqüência
são características próprias de cada tipo de som. Se conseguirmos fazer ao longo do
tempo que uma onda de alta freqüência, chamada de portadora, sofra variações em sua
amplitude, freqüências ou fases, variações essas proporcionais aos valores de ondas
sonoras, teremos modulado a portadora.
Conclusão: modulação é o processo pelo qual alteramos as características da portadora.
Portadora é a onda de alta freqüência que é utilizada para transportar a informação.
3.5 - TIPOS DE MODULAÇÃO
Conforme o tipo de alteração na portadora há uma especificação. A seguir
descreveremos os tipos mais comuns de modulação.
3.5.1 - Modulação em Amplitude (AM)
Modulação em amplitude é aquela em que somente a amplitude da portadora varia
com o sinal de áudio. Este sistema é mostrado na Fig 3.1 é chamado AM-DSB, pois
os dois lados da portadora sofrem modulação (DSB = Double Side Band ou Dupla
Banda Lateral).
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL
Fig 3.1 Modulação em Amplitude
3.5.2 - Banda Lateral Singela (SSB)
Nesse processo de modulação, a portadora de uma das bandas laterais é eliminada,
sendo aproveitada somente uma delas onde está contida a mensagem (Fig 3.2).
Fig 3.2 Modulação em AM-SSB
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL
As comunicações por banda lateral simples têm inúmeras vantagens sobre o sistema
familiar de transmissão AM (AM/DSB), isto porque em AM o sistema irradiado
inclui a portadora das moduladas por um tom de 1 kHz, o sinal irradiado inclui a
portadora de 1 MHz, a freqüência lateral inferior (1 MHz = 999 kHz), a freqüência
lateral superior (1 MHz + 1 kHz = 1001 kHz). Se o sinal modulador contém muitas
freqüências, evidentemente teremos muitas freqüências nas laterais. Isto certamente
ocorrerá, pois o sinal modulador é muito variável. Nesse sistema todos esses sinais
terão que ser transmitidos e para isso necessitamos de potência. Para 100% de
modulação a potência nas faixas laterais é metade da potência da portadora. Assim
um transmissor AM convencional com potência da portadora com 100 W terá 50 W
nas faixas laterais (25 W na faixa superior e 25 W na faixa inferior).
Isso não acontece no sistema de Faixa Lateral Simples (SSB) onde apenas uma faixa
lateral é transmitida. Assim, a potência de saída de áudio de um receptor de faixa
lateral simples é proporcional à potência contida em uma banda lateral. Vejamos
algumas vantagens da SSB sobre a AM dupla faixa:
- O transmissor em SSB opera como um transmissor em AM com o dobro da sua
potência sob condições ideais de propagação;
- Se uma lateral apenas é usada, o sistema SSB requer apenas a metade do espectro
eletromagnético requerido pelo sistema AM;
- O sistema SSB usa unidades menores se comparada com o AM equivalente,
devido à menor potência exigida;
- Em virtude da menor potência na antena, menores voltagens serão requeridas; e
- O sistema SSB é menos sujeito à interferência por ruído porque sua passagem de
faixa é menor.
3.5.3 - Modulação em Freqüência (FM)
Neste caso, a amplitude da portadora permanece constante o que modifica (varia) é a
freqüência instantânea do sinal modulador. A freqüência modulada apresenta a
importante vantagem de permitir a recepção livre de interferência e de ruído. Há
muitas ocasiões em que a modulação em FM se faz necessária: Nas comunicações
militares, por exemplo, a intercomunicação eficiente requer clara recepção de
mensagens sem o perigo de que elas se tornem ininteligíveis pelo ruído. Isto é
especialmente importante no caso de intercomunicação entre veículos em
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL
movimento (principalmente carros de combate) em que o variado equipamento
elétrico transportado produz níveis de interferência muito elevados (Fig 3.3).
Fig 3.3 Modulação em Frequência (FM)
3.5.4 - Modulação por Chaveamento de Freqüência (FSK)
É o processo pelo qual se altera a freqüência da onda portadora, em função do sinal
digital a ser modulado. A portadora tem sua freqüência alterada para uma freqüência
maior, correspondente a um impulso de marca, ou menor, correspondente a um
espaço (Fig 3.4).
Fig 3.4 Modulação em FSK
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL
CAP1TULO 4
FUNDAMENTOS DE TELEFONIA
4.1 - TELEFONIA
Antes da invenção do telefone, a distância alcançada pela voz humana estava limitada
pela potência da voz do locutor e pela sensibilidade auditiva do ouvinte. O telefone,
para poder transmitir a voz humana à grande distância, emprega o artifício de convertê-
la em corrente elétrica. A pequena potência da voz do locutor é transformada em energia
elétrica no ponto final desejado. Ai é então novamente transformada em som, que
apresenta bastante semelhança com a voz original.
4.1.1 - Ondas Sonoras
O movimento das moléculas de ar deslocadas por um corpo vibrante produz ondas
que se propagam em todas as direções a partir da fonte de vibração. É fácil
compreender como são produzidas as ondas sonoras se observarmos o
comportamento de uma lâmina de metal em vibração (Fig 4.1).
Fig 4.1 - Som produzido pela vibração de uma lâmina
4.1.2 - Linha de Transmissão
Linha de transmissão é qualquer meio físico capaz de transportar energia da fonte
para o receptor com o mínimo de perda.
4.1.3 - Princípio da Telefonia
O princípio fundamental da telefonia pode ser resumido na seguinte idéia: ondas
sonoras que se transmitem pelo ar são substituídas por ondas elétricas que caminham
pelo fio, vencendo a distância que separa o locutor do ouvinte. Este processo é
ilustrado pelo diagrama da Fig 4.2.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL
Fig 4.2 - Princípios da Telefonia
4.2 - TRANSMISSOR DO TELEFONE
A função do transmissor do telefone é de converter as ondas sonoras em ondas elétricas
que tenham forma e freqüência semelhantes. A energia das ondas elétricas deve ser
capaz de “viajar” pelos fios a distâncias relativamente longas e chegar ao receptor de
modo a proporcionar uma audição normal.
Ao ser transmitida pelo fio, uma parte da energia e perdida. Devido a esta perda, a
quantidade de energia elétrica criada deve ser maior do que a quantidade de energia
contida na onda sonora que lhe deu origem. O circuito do transmissor de um telefone
deve prever a necessidade de aumentar a energia contida nas ondas elétricas geradas.
4.2.1 - Estrutura do Transmissor de Carvão
Na Fig 4.3 é apresentada uma vista frontal e um corte transversal de um transmissor
a carvão. Embora existam muitos tipos de transmissores a carvão, todos eles têm
uma estrutura básica semelhante.
Fig 4.3 - Transmissor a Carvão
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL
A corrente elétrica penetra pelo eletrodo móvel que é soldado ao diafragma, passa
pelos grãos de carvão e vai sair pelo eletrodo fixo.
O receptáculo dos grãos de carvão tem a forma de um sino, para que haja sempre um
bom contato entre os eletrodos e o carvão.
Quando o transmissor opera em qualquer posição, é denominado transmissor sem
posição. O transmissor em questão é do tipo ação direta, porque o movimento do
eletrodo móvel exerce pressão variável sobre os grãos de carvão, de acordo com a
abrasão do diafragma. Isto é possível, pois o diafragma mostra que o eletrodo móvel
é soldado no centro do diafragma com que forma a superfície frontal do receptáculo
de carvão.
4.2.2 - Transmissor de Redução dos Ruídos Locais
O transmissor mostrado na Fig 4.3 apresenta uma grande desvantagem, qual seja sua
sensibilidade à interferência dos ruídos locais. Esta desvantagem aumenta quando o
transmissor é operado em lugares onde o nível de ruídos é elevado, como por
exemplo, carros de combate e locais sob bombardeios de artilharia ou de aviação.
O funcionamento deste tipo de transmissor tem particularidades interessantes. O
transmissor tem duas aberturas por onde penetram as ondas sonoras que vão acionar
o diafragma. Estas aberturas estão situadas uma na frente do diafragma e a outra à
sua retaguarda. Os sons que são produzidos próximos do transmissor, cujas ondas
penetram perpendicularmente na abertura situada na frente do diafragma, o acionam
com máxima intensidade. Os sons produzidos penetram pelas aberturas da frente e
da retaguarda exercendo pressões semelhantes sobre ambas as faces do diafragma,
resultando um equilíbrio, fazendo com que o movimento do diafragma seja
praticamente nulo.
Não havendo movimento no diafragma, não há variação da resistência apresentada
pelos grãos de carvão, consequentemente, não há mudanças de corrente, não
havendo a transmissão de ruídos locais.
Os transmissores de redução de ruídos locais neutralizam melhor os sons de baixa
freqüência. Assim, os ruídos originários de carros de combate e bombardeios são
mais atenuados do que os ruídos agudos de alta freqüência. Isto faz com que este
tipo de transmissor tenha um largo emprego nos equipamentos militares, bem como
no uso civil em determinadas condições.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL
4.3 - RECEPTOR DE TELEFONE
A função do receptor do te1efone é reproduzir na outra extremidade da linha de
transmissão o som que acionou o transmissor. Isto é conseguido pela transformação das
ondas elétricas em ondas sonoras. Assim, a função do receptor é inversa a do
transmissor.
O receptor, a fim de evitar a dispersão do som, é construído de tal forma que seu uso só
pode ser feito próximo do ouvido.
4.3.1 - Tipos de Receptores de Telefone
Os receptores de telefone, conforme o processo de conversão das ondas elétricas em
sonoras, podem ser do tipo bobina fixa ou bobina móvel.
a) Receptor de Bobina Fixa
O receptor de bobina fixa contém um imã permanente e uma bobina fixa
enrolada sobre ele. O diafragma é acionado com a variação da intensidade do
campo magnético do ímã permanente. A amplitude e a freqüência da variação do
campo magnético dependem da corrente que passa pela bobina. Este tipo de
receptor é o mais usado nas comunicações telefônicas (Fig 4.4/A).
b) Receptor de Bobina Móvel
O receptor de bobina móvel também contém um ímã permanente, mas a bobina
está enrolada numa armadura que por sua vez está solidária ao diafragma. O
diafragma é acionado ocorrendo a variação da posição do conjunto armadura-
bobina móvel. (Fig 4.4/B).
Fig 4.4 - Tipos de Receptores de Telefone
4.4 - CENTRAL TELEFÔNICA
Um sistema telefônico frequentemente pode possuir centenas e até milhares de
telefones, devendo permitir a ligação entre si de todos os aparelhos que o integram.
Telefones simples podem ser utilizados num sistema telefônico, entretanto, cada
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 4-5 - ORIGINAL
telefone teria que estar ligado aos outros por circuitos semelhantes, sendo que cada
aparelho necessitaria ser conectado a um par de condutores e uma chave de ligação. Isto
seria impraticável, na medida em que o número de aparelhos do sistema telefônico fosse
muito elevado, pelo fato de que as ligações se converteriam num verdadeiro emaranhado
de fios.
O diagrama em bloco da Fig 4.5 mostra as ligações que são necessárias para a
interligação de oito telefones, considerado este processo rudimentar.
Fig 4.5 - Ligações diretas de circuitos comuns
Uma das maneiras de obtenção de uma grande redução no número de linhas consiste na
utilização de uma central telefônica numa posição eqüidistante dos usuários. Com o
emprego deste artifício, os telefones, ao invés de estarem ligados si, passam a ser
conectados diretamente á central, o que reduziria o número de linhas, no exemplo
apresentado na Fig 4.5 para oito linhas somente. A conversação entre dois telefones será
possível em decorrência da conexão de suas linhas de transmissão à central. As ligações
podem ser feitas por um operador da central ou automaticamente. As ligações realizadas
por ação dos operadores, são feitas com o auxilio de chaves e jaques (cordas de
conexão).
O diagrama apresentado na Fig 4.6, apresenta oitos aparelhos telefônicos interligados
por meio de uma central telefônica.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 4-6 - ORIGINAL
Fig 4.6 Telefones ligados a uma Central Telefônica
4.4.1 - Funções de uma central telefônica
Uma central telefônica possui circuitos e órgãos que permitem executar as seguintes
ações:
- chamada de um telefone mediante um sinal do operador da central;
- falar com o telefone chamado e escutá-lo;
- chamar um telefone mediante um sinal do operador da central;
- falar com o telefone chamado e escutá-lo;
- conectar o telefone da mesma rede ou de redes diferentes; e
- acusar o fim da conversação.
4.4.2 - Centro Telefônico
Denominação conferida ao local onde é instalada a central telefônica, os
equipamentos complementares e ao setor no qual trabalham os operadores.
O Centro Telefônico pode possuir uma ou várias centrais interligadas, podendo
atender a um grande número linhas instaladas em extensa área.
A central de um Centro Telefônico pode ser automática ou manual. As centrais
automáticas não necessitam de operadores. Nas centrais manuais, as interligações
são realizadas pelos operadores. O número de direções é determinado pelo número
máximo de telefones que podem ser ligados. O número de operadores é dependente
do volume de tráfego.
4.4.3 - Sistemas Telefônicos
Os Sistemas Telefônicos podem possuir uma ou mais centrais telefônicas.
Um sistema dispondo de uma central interliga um número variado de telefones,
comutados por intermédio de linhas de transmissão, de modo a permitir que dois
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 4-7 - ORIGINAL
telefones quaisquer possam estabelecer conversação, quando interconectados.
Um Sistema Telefônico pode ser estabelecido para atender a centenas ou milhares de
telefones. Neste caso, utilizará mais de uma central ou Centro Telefônico. Um
sistema deste tipo passa a possuir telefones individuais, equipamentos de
interconexão dos centros e uma variada gama de equipamentos complementares,
necessários a atender, com eficiência, todas as ligações entre telefones e centrais do
sistema. Qualquer que seja seu tamanho e extensão, centrais e os centros telefônicos
farão parte dele.
4.4.4 - Rede Telefônica
Denominação atribuída a um Sistema Telefônico que executa comunicações numa
determinada área. (militar, de operações, cidade, vila, etc. Tal rede pode ter uma
mais centrais telefônicas, dependendo de sua extensão, do número de aparelhos e do
volume de tráfego. A intercomunicação entre as várias redes é feita mediante a
interligação das centrais telefônicas. As linhas de transmissão que ligam duas
centrais ou Centros Telefônicos são denominadas linhas troncos ou simplesmente
troncos (Fig 4.7).
Fig 4.7 - Redes Telefônicas
4.4.5 - Tipos de Sistemas Telefônicos
Os Sistemas Telefônicos são classificados de acordo com o método de interconexão
usado pelas centrais telefônicas. Os dois sistemas básicos são: automático e manual.
a) Sistema Telefônico Automático
No sistema telefônico automático, as ligações são feitas automaticamente, sem
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OSTENSIVO - 4-8 - ORIGINAL
concurso do operador da central.
Estas ligações são realizadas por intermédio de chaves eletromecânicas, que são
controladas pelo movimento de um disco, que está situado sobre a parte frontal
do telefone.
Quando fazemos uma chamada num sistema telefônico automático, em primeiro
lugar tiramos o combinado do gancho e discamos o número do telefone que
desejamos chamar. Quando o disco se movimenta, impulsos elétricos são
enviados pela linha até o centro telefônico. Esses impulsos controlam o equipa-
mento da central de modo que, automaticamente, a central faz a interconexão
entre os telefones.
Assim, todas as operações que nas centrais manuais são realizadas pelos
operadores, nas automáticas são feitas de forma eletromecânica, obedecendo à
seqüência de chamadas.
O equipamento de uma central automática realiza as seguintes operações:
- conecta a linha dos telefones chamadores com as linhas dos telefones
chamados;
- determina se a linha está em uso ou não;
- emite um sinal contínuo, se o centro estiver livre;
- emite um sinal intermitente, se o centro estiver ocupado;
- aciona o telefone chamado; e
- desliga as linhas quando os telefones terminam a ligação.
b) Sistema Telefônico Manual
Em sua maioria, os sistemas telefônicos militares, por serem pequenos, são
manuais. Estes sistemas se classificam de acordo com localização da fonte de
energia elétrica que alimenta os transmissores. Dois tipos de sistemas telefônicos
manuais são muito empregados a saber: Sistema de Bateria Local e Sistema de
Bateria Central
4.4.6 - Sistema Telefônico de Bateria Local
No sistema telefônico de bateria local a fonte de energia elétrica para os
transmissores, elementos de anunciação e chamada está incluída no próprio aparelho
telefônico.
A bateria local fornece a corrente para o circuito do transmissor e para o magneto de
chamada.
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O diagrama da Fig 4.8 mostra as ligações de dois telefones de bateria local, quando
conectados diretamente.
Fig 4.8 - Telefones de Bateria Local ligados diretamente
O diagrama em bloco da Fig 4.9 mostra as ligações de dois telefones de bateria local
quando conectados por meio de uma central telefônica.
Fig 4.9 - Telefones de bateria local ligados a uma central
Devemos observar que na central de bateria local, usamos um anunciador como
meio de anunciação. O anunciador é um dispositivo eletromecânico, que possui uma
placa anunciadora, cuja finalidade consiste em alertar o operador da central com seu
magneto.
A placa anunciadora está conjugada normalmente ao dispositivo elétrico de modo tal
que ela pode acionar uma cigarra instalada na central.
4.4.7 - Sistema Telefônico de Bateria Central
No sistema telefônico de bateria central as fontes de energia elétrica para os
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OSTENSIVO - 4-10 - ORIGINAL
transmissores e para os elementos de chamada e anunciação estão localizadas na
central telefônica ou no centro telefônico.
Desse modo, todos os telefones do sistema obtêm a energia para os transmissores e
demais órgãos, diretamente de uma bateria central comum.
Num grande centro telefônico de bateria central normalmente existe uma fonte de
corrente contínua, um operador ou um conjunto de baterias, que são os órgãos de
alimentação dos transmissores e das lâmpadas de anunciação. Também existe um
gerador de corrente alternada, que supre o sistema de corrente de chamada.
A Fig 4.10 mostra dois telefones de bateria central conectados por meio de uma
central de bateria central.
Fig 4.10 - Telefones de bateria central ligados a uma central
Os telefones como podemos observar, não possuem bateria própria. A anunciação na
central, não é feita por intermédio de placas anunciadoras e sim realizada por
lâmpadas de anunciação que acendem automaticamente quando o combinado é
retirado do gancho.
A chamada dos telefones pela central é feita por intermédio de um magneto ou um
gerador de corrente alternada que ao ser acionado, faz com que a campainha do
telefone toque.
O sistema telefônico de bateria local pode ser interconectado a um sistema de bateria
central. Isto permite que um telefone de rede de bateria local possa se ligar a um
outro telefone de uma rede de bateria central (Fig 4.11).
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Fig 4.11 – Sistema de bateria local ligado à Sistema de bateria central
4.5 - EMPREGOS DOS SISTEMAS TELEFÔNICOS
Os sistemas de comunicações telefônicas de uso militar devem permitir um bom serviço,
em condições favoráveis ou não.
Cada sistema apresenta vantagens e desvantagens. Em certas condições, um sistema
telefônico pode executar serviços melhores que outros. Entretanto cada sistema ocupa
um lugar importante nas comunicações militares. Assim, tanto o sistema manual como o
sistema automático, podem ser empregados. Nos teatros de operações, em geral, não se
emprega o sistema automático devido à rapidez das operações militares. Entretanto, nas
zonas de retaguarda onde as instalações são mais permanentes, o sistema automático
pode ser empregado.
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OSTENSIVO - 4-12 - ORIGINAL
4.5.1 - Características do Sistema Telefônico de Bateria Local
O sistema de bateria local é particularmente apropriado para as comunicações
telefônicas em áreas onde os telefones estão muito dispersos e são pouco numerosos.
Por questões de planejamento e construção, os aparelhos de bateria local foram
feitos para que serem empregados quando de tráfego telefônico intenso.
O sistema telefônico de bateria local apresenta algumas vantagens e desvantagens
em relação a outros sistemas telefônicos.
a) Vantagens
- as linhas telefônicas podem ser construídas com rapidez e pouco gasto;
- a central de bateria local é simples no seu desenho, “positiva” no seu
funcionamento, fácil na sua reparação e relativamente barata na sua
construção; e
- a transmissão da voz é possível a distâncias consideráveis porque cada telefone
tem sua própria fonte de energia.
b) Desvantagens
- As pilhas secas dos telefones e das centrais não são fontes de energia
econômicas. Elas têm uma vida útil curta e se deterioram quando não estão em
uso;
- A voltagem de uma pilha varia significativamente entre a data instalação e a
data da substituição. A queda da voltagem produz uma diminuição progressiva
da potência de saída do telefone;
- Se, por acidente, o receptor é deixado fora do gancho ou se a tecla do
combinado ficar permanentemente acionada, por um longo período, a pilha se
descarregará completamente; e
- O acionamento da manivela do magneto requer esforços da parte do operador.
4.5.2 - Características do Sistema Telefônico de Bateria Central
O uso de uma bateria centralizada confere ao sistema de bateria central vantagens e
desvantagens sobre o sistema de bateria local:
a) Vantagens
- a bateria centralizada usada no sistema de bateria central tem maior vida útil,
sendo mais econômica do que as pilhas secas;
- a bateria do sistema central permite que o sinal de conversação tenha mais
uniformidade de amplitude, porque ela mantém uma voltagem mais constante
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 4-13 - ORIGINAL
durante toda a operação;
- o sistema de bateria central possui sinalização automática, eliminando a
necessidade do magneto, tornando-o mais simples; e
- no sistema de bateria central torna-se possível a supervisão das conversações,
bem como reduz a atividade do operador e permite que sejam usadas mais
linhas.
b) Desvantagens
- o sistema de bateria central necessita de linhas de transmissão de melhor
qualidade. Isto se deve ao fato de que a corrente para o funcionamento dos
transmissores e dos relés de supervisão da central provém da própria linha;
- as linhas do sistema de bateria central devem ser eletricamente equilibradas,
caso contrário a qualidade e o alcance da transmissão podem ser afetados;
- o equipamento da central de sistema central é mais complexo e mais caro.
Além disso, requer maior tempo de instalação e manutenção; e
- a resistência da linha limita o alcance da corrente da bateria central para os
circuitos de conversação e chamada. A corrente deve ser suficiente para fazer
funcionar o transmissor e o sinal de linha, quanto o combinado volta à posição
normal.
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CAPITULO 5
FUNDAMENTOS DA RADIOCOMUNICAÇÃO
5.1 - INTRODUÇÃO
A radiotransmissão resultou dos esforços de vários cientistas. Em 1886, o alemão
Henrich Hertz demonstrou a existência das ondas eletromagnéticas que percorrem o
espaço em todas as direções, na velocidade da luz, revelando também, como as produzir,
transmitir e captar. Em 1895, o italiano Guglielmo Marconi, conseguiu por em prática as
teorias então existentes e fez a primeira transmissão de sinais telegráficos sem fio na
Itália.
A essa invenção, seguiu-se, inevitavelmente, a radiotelefonia para a qual contribuiu
especialmente um tubo a vácuo de três elementos denominado audion, forma elementar
da válvula de rádio, criada pelo norte americano Lee de Forest em 1906. Somente em
1912, foram reconhecidas as vantagens do audion na sensível melhora do som e a
ampliação do seu volume. Graças a ele foi possível utilizar a eletromagnética para
transmitir a configuração da voz.
Um equipamento rádio compreende, essencialmente, um transmissor, que gera energia
sob a forma de radiofreqüência; um receptor, que converte as ondas de rádio em sinais
audíveis; um sistema adequado de antenas e uma fonte de energia elétrica. Quando dois
equipamentos-rádio cobrem uma mesma faixa de freqüência e a distância entre eles não
excede o alcance um do outro, é possível a intercomunicação, empregando-se as ondas
eletromagnéticas (ondas de rádio).
5.2 - ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
Os movimentos ondulatórios ou, como são usualmente denominadas as ondas, são
frequentemente encontrados na natureza. A audição se vale da captação de ondas
sonoras pelo ouvido, a visão se processa mediante ondas luminosas, o calor se transmite
por ondas de calor e as radiocomunicações existem graças às ondas de rádio.
Alguns fenômenos ondulatórios necessitam de um meio físico para existirem, como por
exemplo, as ondas sonoras, outros que são encontrados mesmo na ausência de qualquer
meio, isto é no vácuo, constituem as ONDAS ELETROMAGNÉTICAS.
As ondas são fenômenos repetitivos ou ciclos onde uma grandeza é representada por
certos valores dentro de uma FREQUÊNCIA que, em uma definição simples, consiste
de um determinado número de repetições de um fenômeno durante uma unidade de
tempo. A unidade de freqüência é denominada de HERTZ (HZ), sendo definida como
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OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL
um ciclo por segundo.
A freqüência é a principal característica das ondas eletromagnéticas determinando,
inclusive, o comportamento das ondas em presença do meio ambiente. Os raios X e as
ondas luminosas, por exemplo, são ondas eletromagnéticas, que apresentam as seguintes
freqüências:
- Raios X - entre 3 x 1017
a 3 x 1020
Hz, aproximadamente; e
- Ondas Luminosas - pequena faixa, próxima dos 3 x 1015
Hz.
Os raios X são capazes de atravessar certos materiais nos quais a luz é refletida; em
compensação as ondas luminosas impressionam a retina, o que não acontece com os
raios X.
As ondas de rádio são também ondas eletromagnéticas de freqüências variando de cerca
de 10 KHz até valores superiores a 300.000 MHz, sendo utilizadas na transmissão de
mensagens. Este extenso espectro de rádio-freqüências não se comporta, uniformemente
no meio ambiente. Alguns conjuntos de freqüência de menor magnitude se comportam
diferentemente de outros, constituindo as várias faixas de freqüências.
O problema capital das radiocomunicações é utilizar as propriedades de cada faixa na
transmissão de mensagens. Existem várias denominações para as faixas sendo as mais
comuns as que se seguem:
FAIXAS DESIGNAÇÃO
10 a 30 KHz VLF – Freqüência Muito Baixa
30 a 300 KHz LF – Freqüência Baixa
300 a 3000 MHz UHF – Freqüência Ultra Alta
3 a 30 GHz SHF – Freqüência Super Alta
30 a 300 GHz EHF – Freqüência Extremamente alta
Tais faixas são comumente chamadas de:
FAIXA DESIGNAÇÃO
LF ONDAS LONGAS
MF ONDAS MÉDIAS
HF ONDAS CURTAS
Notas:
- Freqüências iguais ou inferiores a 10 KHz são consideradas como da faixa de áudio.
- A faixa de microondas é considerada de 1 a 10 GHz.
- O CFN utiliza nas comunicações de campanha as faixas HF, VHF e UHF.
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ƒ HF para longas distâncias;
ƒ VHF para curtas distâncias; e
ƒ UHF para comunicações terra-avião.
5.2.1 - Ondas de Rádio
As ondas de rádio resultam da associação de um campo e1étrico com um campo
magnético, deslocando-se com a velocidade da luz. Este conceito deve, portanto, ser
bem compreendido, visando ao perfeito entendimento das ondas de rádio, bem com
seus deslocamentos, responsáveis pela transmissão de mensagem nas
radiocomunicações.
5.2.2 - Relação entre os Campos Elétrico e Magnético
A Fig 5-1 mostra o campo elétrico resultante da ligação de uma bateria. A
intensidade do campo depende da tensão da bateria, mas permanece constante
enquanto as ligações são mantidas. Não existe corrente nos condutores, mas apenas
acúmulo de cargas em um lado e falta no outro, a situação permanece estacionária.
Suponhamos agora um gerador alternado seja conectado aos condutores em lugar da
bateria. Desta forma o campo elétrico varia de sentido acompanhando as variações
de polaridade nos bornes do gerador.
Fig 5.1 - Relações entre os campos elétrico e magnético
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL
Na letra A da Fig 5.1, o ciclo tem inicio com o campo nulo e na letra B apresenta o
valor máximo do campo, na letra C o campo volta ao zero antes da inversão e na
letra D apresenta o valor máximo, em sentido contrário. Evidente que entre zero e o
valor máximo e entre este e o próprio zero, a tensão do gerador e o campo elétrico
assumem todos os valores intermediários.
As cargas elétricas estão em movimento constante para um lado e para o outro. Esta
movimentação de cargas constitui uma corrente elétrica alternada, pois flui em um
sentido e depois para outro, anulando-se nos instantes de inversão.
A corrente elétrica produz um campo magnético perpendicular ao condutor e nos
sentidos indicados na Fig 5.1 (letras B e D). Assim, as cargas que geram o campo
elétrico produzem, ao se movimentarem, o campo magnético. Os campos existem,
simultaneamente, no espaço externo aos condutores e são perpendiculares entre si.
No caso particular de um campo elétrico constante ao longo do tempo causado por
cargas elétricas paradas, o campo magnético não existe, pois há necessidade de
movimento de cargas para sua geração.
A relação entre as intensidades do campo elétrico e de campo magnético é constante
em cada meio, mas difere de um meio para outro. Por exemplo, a relação entre as
intensidades no ar é diferente das relações na água ou no óleo, muito embora
permaneçam constantes em cada um dos meios.
5.2.3 - Energia Contida Nos Campos
Na Fig 5.2, um campo elétrico é gerado pela bateria conectada aos dois condutores.
Este campo existe no espaço em torno dos condutores e produz o movimento de
cargas em um terceiro condutor, sendo comprovado pelo uso de um amperímetro.
Ora, o deslocamento de um corpo somente é possível, na natureza, se este de alguma
forma receber energia de uma fonte externa (combustível, alimentos, vento,
diferença de potencial, calor, etc.). A carga elétrica, no caso, recebe esta energia
necessária ao seu deslocamento da própria causa do movimento, o campo elétrico.
Este por sua vez, recebe a energia de sua própria causa, a bateria. Desta forma
observamos que o campo elétrico transmite à distância, a energia de uma fonte
(bateria), sem necessidade de nenhum contato físico entre a fonte e o elemento que
executa trabalho.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL
Fig 5.2 - Energia contida nos campos
Se outro condutor for colocado noutro ponto, nas proximidades dos já existentes,
também será observado o deslocamento de cargas elétricas, isto é, consumo de
energia. Isto porque o campo transporta energia para qualquer ponto do espaço em
torno da fonte e caso não existam cargas para recebê-las, a energia fica armazenada
no próprio campo. A rigor, esta energia contida ou entregue pelo campo elétrico
recebe o nome de ENERGIA ELÉTRICA.
Com o uso de um gerador alternado em lugar da bateria, a transmissão de energia se
faz de maneira semelhante. As cargas no condutor de prova fluem nos dois sentidos
acompanhando as variações do campo. Em virtude da movimentação das cargas
junto ao gerador passa a existir o campo magnético em combinação com o campo
elétrico e, embora o mecanismo não seja tão simples, o campo magnético participa
da transmissão e do armazenamento de parte de energia, neste caso conhecida como
ENERGIA MAGNÉTICA. Na realidade, como os dois campos transmitem e
armazenam energia, esta é denominada genericamente de ENERGIA
ELETROMAGNÉTICA. Como é fácil de compreender, a Fig 5.2, mostra o modelo
mais simples de envio de energia eletromagnética pelo espaço. Nas comunicações
rádio, os geradores são os transmissores e as antenas os condutores.
5.2.4 - Deslocamento dos Campos
Até então, foram apresentados os campos (elétricos, magnéticos, etc) tal como
existem, sem maior preocupação de como interagem com os objetos dispostos no
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 5-6 - ORIGINAL
espaço em suas proximidades, a exemplo do visualizado na Fig 5.2.
Observando a acima, é fácil verificar que o campo em torno da antena transmissora é
uma conseqüência da distribuição das cargas na mesma. Por outro lado, o
deslocamento de carga no condutor distante é conseqüência do campo presente na
região. Assim, podemos compreender que existe uma seqüência entre os fenômenos,
isto é, certo tempo decorre entre a “arrumação” de cargas na antena e o
deslocamento de outras no condutor. Considerando como quase instantânea a
interação entre os campos e as cargas, podemos afirmar que o tempo decorrido é
praticamente gasto no deslocamento da energia, ou seja, dos campos no espaço entre
os condutores.
Na prática foi possível medir a velocidade do deslocamento dos campos, sendo esta
igual a 3 x 108
m/s no vácuo, isto é, a velocidade da luz, representada
por c = 3 x 108
m/s.
Suponhamos que o gerador que alimenta a antena oscila na freqüência f = 1 MHz,
ou seja, f = 1.000.000 Hz ou ainda, um milhão de ciclos por segundo. É evidente que
um ciclo irá durar um milionésimo de segundo isto é, levará o período T, igual a:
T = 1/ f = 1 micro segundo.
Na letra A da Fig 5.3, os campos estão representados em um instante considerado,
para fins de raciocínio, como t = O.
Depois de decorrido meio período, isto é, 0,5 micro segundos, os campos se
inverterão junto a antena, mas a configuração mostrada na letra A terá se deslocado
de: d = c t = (3 x 108
) x (0,5 x 106
) = 150 m. O que pode ser visualizado na letra B
da Fig 5.3.
Quando houver decorrido um período completo, os campos na antena voltarão à
configuração inicial e as distâncias percorridas serão as representadas na letra C da
Fig 5.3.
OSTENSIVO CGCFN-6101
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Fig 5.3 - Deslocamento dos campos
Como o gerador funciona continuamente, os valores intermediários dos campos
estarão sempre situados nas distâncias intermediárias daquelas onde se situam os três
acima representados. A letra A da Fig 5.4 mostra os demais valores onde somente
algumas intensidades de campo elétrico estão representadas. Na letra B da Fig 5.4
está a senóide que serve de envoltória aos valores do campo elétrico.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 5-8 - ORIGINAL
Fig 5.4 - Deslocamento dos campos
Outra senóide, representando a envoltória dos valores do campo magnético é
perpendicular ao plano do papel, somente pode ser mostrada em representação
tridimensional ou em perspectiva. Ao conjunto dos campos em deslocamento
denomina-se ONDA ELETROMAGNÉTICA (Fig 5.5).
Considerando os campos iniciais Eo e Ho, como a frente da onda, as senóides se
deslocam sobre o eixo “d” com a velocidade da luz, enquanto continuam a ser
geradas junto a antena.
Devido à dificuldade de representar o campo magnético e, ainda, por sabermos de
suas características na onda, é comum representar-se unicamente o campo elétrico.
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Fig 5-5 - Representação do campo elétrico
5.2.5 - Polarização
Conforme estudado, existe uma relação bem determinada entre os campos elétricos e
magnéticos, constantes para cada meio. Para fins de estudo bastava considerar, em
muitos problemas, somente o campo elétrico. Sendo assim, tomamos a orientação do
campo elétrico em relação a uma superfície de referência como descrevendo a
POLARIZAÇÃO DA ONDA. Normalmente a orientação é feita com relação à
própria superfície terrestre e, desta forma, as ondas do campo elétrico
perpendiculares à superfície são consideradas de polarização vertical. As ondas do
campo elétrico paralelas à superfície são consideradas de polarização horizontal
(Fig 5.6).
Como regra geral quando as antenas são constituídas por um fio ou haste, o campo
elétrico segue a mesma orientação destas, isto é, antenas verticais emitem ondas de
polarização vertical, enquanto as antenas horizontais produzem onda polarizadas
horizontalmente.
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Fig 5.6 - Polarização
5.2.6 - Valores característicos das Ondas
Nesta fase do estudo é conveniente apresentarmos algumas das características das
ondas eletromagnéticas.
a) Amplitude
È o valor numérico da grandeza periódica, medido na unidade conveniente. No
caso, as grandezas são intensidades do campo magnético e intensidade do campo
elétrico.
b) Freqüência
È o número de vezes, na unidade de tempo, que a onda assume uma determinada
amplitude. É medida em Hertz.
c) Ciclo
É a porção da onda entre dois pontos sucessivos de mesma amplitude. O número
de ciclos na unidade de tempo é a freqüência.
d) Período
E o tempo necessário à ocorrência de um ciclo e corresponde ao inverso da
freqüência: T = 1/f segundos.
e) Velocidade
É calculada teoricamente e comprovada na prática como sendo, no vácuo igual a:
C = 3 x 108
m/s.
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f) Comprimento de Onda
É o deslocamento sofrido pela frente de onda durante um período ou, ainda, a
distância entre dois pontos sucessivos de mesma amplitude analiticamente:
- λ (Lambda) = cT metros. Como T = l/f teremos; e
- λ (Lambda) = c/f metros, ou (a = f metros).
5.3 - MODULAÇÃO
É obvia a necessidade de transmitir a voz a longas distâncias, mas a voz humana tem
pequeno alcance, mesmo se amplificada, pois, devido à faixa de freqüência que ocupa
(300 Hz a 5000 Hz), é muito atenuada por eventuais obstáculos e pela própria atmosfera.
Por outro lado, como visto, as ondas eletromagnéticas de freqüências mais altas não são
absorvidas pela atmosfera e ainda não são refletidas pela ionosfera, podendo por
reflexão, circundar a terra. Além disso, estas ondas movem-se com a velocidade da luz,
permitindo, portanto, contatos imediatos entre dois pontos quaisquer da terra.
Como também já apresentado, infelizmente, essas ondas de freqüências mais altas não
são audíveis pelo ser humano e por isso não podem ser usadas sozinhas em
telecomunicações. Para contornar esse inconveniente, usamos o processo denominado
MODULAÇÃO.
Recapitulando, o som é um sinal alternado com amplitude e freqüência variáveis. Essa
amplitude e freqüência são características próprias de cada som. Se conseguirmos fazer
com que uma onda de alta freqüência que chamaremos de PORTADORA, sofra
variações no tempo de sua amplitude, freqüência ou fase, variação essas, proporcionais
aos valores da onda sonora, teremos modulado a portadora. O processo pelo qual
alteramos as características da portadora é denominado "MODULAÇÃO".
5.3.1 - Classificação dos Sistemas quanto à Portadora
Atualmente existem três sistemas de radiocomunicações: sistema sem portadora,
sistema com portadora e sistema com portadora suprimida.
a) Sistema sem Portadora
Este constitui o sistema no qual a energia aparece somente quando existir
informação. O sistema básico da telegrafia constitui-se em um bom exemplo, no
qual um ponto é um pulso regular de curta duração, um traço é representado por
um pulso regular de mais longa duração e o espaço é simbolizado pela ausência
de corrente.
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b) Sistema com Portadora
Neste, a energia existe constantemente entre o transmissor e o receptor, mesmo
na ausência do sinal.
A portadora é modificada (modulada) pelo sinal que carrega a informação, de
alguma maneira que permite, ao receptor, extrair da portadora modulada, a
informação desejada.
Os processos pelos quais uma portadora pode ser modulada pelo sinal
informação são os seguintes: modulação em amplitude (AM), modulação em
freqüência (FM), modulação em fase e modulação por pulso.
I) Modulação em Amplitude (AM)
È o processo na qual a amplitude da portadora é variável de acordo com a
amplitude do sinal modulador ou informação (Fig 8-7).
Fig 5.7 - Modulação em Amplitude (AM)
II) Modulação em Freqüência (FM)
É o processo em que a onda portadora tem amplitude constante, porém,
modificamos sua freqüência de acordo com a freqüência do sinal modulador
(Fig 5.8).
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Fig 5.8 - Modulação em Freqüência (FM)
III) Modulação em Fase
É o processo cuja fase da onda portadora é modificada em função do sinal da
informação.
IV) Modulação por Pulso
É o mais recente dos processos utilizados. Consiste na propriedade ou no fato
de que é possível reconstituir-se um determinado sinal utilizando-se uma
amostragem da forma de onda a ser transmitida, a intervalos periódicos.
Deve-se ter o cuidado de utilizar uma freqüência de amostragem
relativamente elevada.
c) Sistema com Portadora Suprimida
No sistema com portadora suprimida não existe portadora entre o transmissor e
o receptor. No entanto, a onda portadora existe originalmente no sistema, sendo
suprimida antes da transmissão. No sistema receptor ela deve ser reinserida, de
modo que a informação possa ser extraída do sinal recebido.
Sem sombra de dúvidas, embora tal sistema tenha como objetivo o incremento
da eficiência, seja na questão de economia de espectro de freqüência, seja na
redução da potência de transmissão, neste sistema a recepção é muito mais
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complexa e delicada do que no sistema com portadora transmitida.
5.3.2 - Classificação dos Sistemas quanto ao tipo de sinal
Sabemos que os tipos de sinais são os mais variados possíveis. Porém em
telecomunicações trabalharemos com determinados tipos que são os mais
comumente utilizados. Associados aos respectivos tipos de sinais poderão ser
encontrados os seguintes tipos de sistemas:
a) Telefonia
O sistema de telefonia é o que tem a finalidade de processar sinais de áudio (voz
e música).
b) Telegrafia
O sistema telegráfico utiliza sinais elétricos constituídos de uma série de pulsos
associados a códigos que representam caracteres (letras, números ou símbolos)
ou quaisquer outros elementos de uma mensagem. Podem-se encontrar dois tipos
básicos de telegrafia:
I) Telegrafia Manual
Este sistema utiliza o manipulador associado a circuitos de radiotelegrafia.
II) Telegrafia Automática
O equipamento básico deste sistema é o teletipo cuja variedade é grande. A
transmissão pode ser manual, por meio de teclado, semelhante ao das
máquinas de escrever, ou automática, feita por meio de uma fita perfurada
que desliza no interior da máquina transmissora. A mensagem é recebida sob
a forma de página impressa ou de fita, podendo ser, posteriormente, utilizada
para transmissão a outro ponto.
c) Fac-símile
No sistema de fac-símile, a informação original tem a forma de fotografia,
diagrama, mapa ou qualquer material gráfico.
Uma fotografia é transformada em sinais elétricos na máquina transmissora por
meio de varredura, na qual, um ponto de luz caminha em linhas sucessivas sobre
a foto, até que toda a área tenha sido coberta. Durante a varredura, o ponto de luz
é refletido com uma intensidade proporcional ao tom de sombra na minúscula
parte da fotografia que está sendo focalizada naquele instante. Em muitas
máquinas, a fotografia é montada em um tambor rotativo e a luz, refletida da
foto, é convertida em corrente elétrica, por meio de uma célula fotoelétrica.
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d) Televisão
No sistema de televisão a informação é representada por uma cena diante de uma
câmera de TV ou projeção cinematográfica. Por processo de varredura
(horizontal e vertical), rápida, as imagens são convertidas em sinais elétricos. O
sistema de televisão é semelhante ao do fac-símile, somente que em alta
velocidade. A fim de manter a ilusão de movimento continuo, são apresentadas
trinta imagens por segundo ao expectador, na TV comercial.
e) Transmissão de Dados
Neste sistema, os dados ou informações representam as mais variadas
quantidades: uma altura, uma velocidade, uma pressão, etc. Estas quantidades
podem ser transmitidas por uma rotação de eixos, por uma tensão, por uma
corrente ou por outra forma qualquer de sinal.
O instrumento transmissor transforma esta informação em sinal elétrico,
apropriado para transmissão. É necessário, normalmente, transmitir vários dados
simultaneamente. Grupam-se vários canais de dados em um ou mais conjuntos
que podem ser transmitidos por meio de um canal telefônico. No equipamento
receptor é feita a separação em canais individuais e, cada sinal correspondente é
convertido em uma rotação de eixo, uma leitura de medidor, uma tensão, uma
corrente ou outra indicação qualquer.
5.3.3 - Espectro de Freqüência
A representação gráfica de um sinal modulado é difícil de ser interpretada. Para tal
utiliza-se uma simplificação que permitirá visualizar, rapidamente, todos os
elementos da onda modulada. Na Fig 5.9 é apresentado um desenho simplificado
chamado de espectro.
Fig 5.9 - Espectro
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 5-16 - ORIGINAL
Numa linha horizontal representaremos os valores das freqüências envolvidas. A
cada uma dessas freqüências corresponderá uma linha vertical de determinado
comprimento, que traduz a amplitude daquela freqüência. Isto é mostrado no
exemplo seguinte:
Denominaremos as representações na Fig 5.9:
- Fo = Freqüência da onda portadora;
- Eo = Amplitude da portadora;
- Fm = Freqüência instantânea da onda modulada; e λ (Lambda); e
- Ma = Índice de modulação.
Considerando a freqüência da portadora como sendo 15.100 KHz e o tom do sinal
modulador de 5 KHz, após a modulação, a portadora será composta por três
freqüências: a portadora e duas bandas laterais, resultante do batimento entre a
freqüência da portadora e a freqüência instantânea do sinal modulado.
Na letra A da Fig 5.10, temos representado o sinal modulante, a portadora e a
portadora modulada e na letra B, o espectro de freqüências resultante. Observamos
que a banda lateral superior (USB) está situada a 5 KHz acima da portadora
(15.100 KHz, isto é, USB = 15.105 KHz). A banda lateral inferior (LSB) está
situada a 5 KHz abaixo da portadora, ou seja, LSB 15.095 KHz.
Como podemos notar, o transmissor de AM ocupa uma largura no espectro de
10 KHz e a freqüência máxima permitida para sinal modulante em AM é de 5 KHz.
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 5-17 - ORIGINAL
Fig 5.10 - Representação de sinais
5.3.4 - Distribuição de Potência
Nos transmissores modulados em amplitude a potência de cada banda lateral
depende do índice de modulação. Para o caso de 100% de modulação, a portadora
contém 66,6% de potência total transmitida, enquanto que cada banda lateral contém
16,6% como podemos verificar na Fig 5.10.
Como vimos anteriormente, a onda modulada em amplitude é composta de três
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 5-18 - ORIGINAL
freqüências: a freqüência da portadora e suas bandas laterais. Quando não possuem
modulação, toda potência de saída está contida na portadora.
Toda vez que aplicamos o sinal modulante, isto é, aumentamos o índice de
modulação, surgem as bandas laterais contendo cada uma delas, um pouco de
potência que antes estava contida na portadora. Quanto maior for o índice de
modulação tanto maior será a potência distribuída nas bandas laterais.
A potência total aplicada na antena será a soma das potências contidas na portadora
e nas bandas laterais. Essa potência será dada por:
Pt = m2
. PP
. + m2
. PP
. + PP
.
4 4
Correspondendo o 1º termo da fórmula à Banda Lateral Inferior, o 2º a Banda
Lateral Superior e o terceiro à Portadora.
Simplificando, temos:
Pt = m2
. PP
+ PP
= PP
x (1 + m2
)
2 2
Onde:
Pt = Potência total na antena
PP
= Potência da portadora sem modulação
m = índice de modulação
O mesmo processo é válido para a tensão contida em cada banda lateral.
Observamos que na Fig 5.10 o espectro é a fórmula pela qual podemos determinar o
nível de tensão em cada banda lateral.
Exemplo prático:
Imaginemos um transmissor de AM, com uma potência total na antena de 500 W, e
com um índice de modulação de 80%. Determinar a potência da portadora e a
potência em cada banda lateral.
Substituindo os valores na fórmula teremos:
500 = PP
x (1 + 0,8² ), logo PP
= 378,7 W
2
No caso de modulação em amplitude, a potência distribuída em cada banda lateral é
simétrica, isto quer dizer que, as potências nas duas bandas laterais são iguais (PBLI
= PBLS). Além disso, a potência total é a soma das três potências, ou seja:
Pt = PP
+ PBLI + PBLS e teremos,
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 5-19 - ORIGINAL
PBLI = PBLS = Pt - PP
= 500 – 378,7 = 56,50 W
2 2
5.3.5 - Eficiência da Modulação em Amplitude
A baixa eficiência dos sistemas em AM decorre dos seguintes fatores:
- a repetição da mesma informação em duas bandas laterais, quando apenas uma
levaria a informação necessária;
- a emissão de uma grande amplitude da portadora, quando esta não leva qualquer
informação; e.
- a dificuldade em eliminar as variações bruscas de amplitude causadas pelos ruídos,
sob pena de eliminar também a informação. Isto faz com a transmissão em AM
seja normalmente ruidosa.
5.3.6 - Comparação entre os Sistemas de AM e FM
No sistema de AM a onda portadora "carrega" a informação em sua amplitude, isto
é, a informação que desejamos transmitir, faz a amplitude da onda variar.
Neste caso existe um gerador de ondas que produz uma onda portadora com
amplitude constante e injeta esta radiofreqüência num modulador. A voz que
desejamos transmitir, também é injetada no modulador, fazendo com que a
amplitude na portadora aumente ou diminua conforme a amplitude do sinal
modulante. Posteriormente esta "mistura" de onda é enviada para o espaço por
intermédio da antena.
Apesar de este sistema ser muito popular, a transmissão em AM possui uma série de
inconvenientes sendo um deles o fato de que os ruídos atmosféricos também acabam
modulando a onda portadora.
(Fig 5.11).
Fig 5.11 - Comparação entre os sistemas de AM e FM
OSTENSIVO CGCFN-6101
OSTENSIVO - 5-20 - ORIGINAL
Outro grande inconveniente é o fato de que cada emissora opera numa faixa de
apenas 10 KHz de largura. Com isto, a máxima freqüência de informações que
podemos transmitir é de 5 KHz.
Quando injetamos este sinal modulante e a onda portadora no estágio modulador
aparecerá a soma e a diferença das duas ondas, ou seja, se a emissora está operando
na freqüência de 600 KHz e estamos transmitindo uma informação de 5 KHz
teremos, na saída do modulador: 600 KHz + 5 KHz = 605 KHz e 600 KHz - 5 KHz
= 595 KHz e também 600 KHz.
Tendo 10 KHz de faixa (5 KHz de cada lado da portadora) dizemos que a largura de
faixa é 10 KHz.
Logo, as emissoras vizinhas devem estar operando 10 KHz acima e 10 KHz abaixo
de 600 KHz. Dessa forma haverá duas emissoras “vizinhas” uma em 610 KHz e a
outra em 590 KHz.
Se estas três emissoras estiverem transmitindo dentro de suas respectivas faixas,
obviamente não sofrerão interferências entre si.
Este fenômeno de soma e diferença de freqüência no modulador sempre ocorre
quando estamos operando próximo a duas ou mais freqüências, isto é, teremos uma
limitação que chamamos de bandas laterais. No entanto, devido à largura de faixa
ser muito pequena, não podemos transmitir toda a gama de freqüências audíveis
(20 Hz a 20 KHz). Para solucionar estes inconvenientes, criou-se uma outra
modalidade de transmissão chamada FREQÜÊNCIA MODULADA.
Neste sistema, a onda portadora tem sempre amplitude constante e a informação
provoca uma variação da freqüência da portadora e por este motivo é chamado de
FM (Freqüência Modulada).
A grande vantagem de se variar a freqüência nesse sistema é que os ruídos
atmosféricos que tendem a modular a onda portadora pela amplitude, não afetam as
informações de áudio contidas na variação de freqüência da portadora (Fig 5.12).
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CGCFN-6101 - Manual de Fundamentos das Comunicações

  • 1. CGCFN-6101 OSTENSIVO MANUAL DE FUDAMENTOS DAS COMUNICAÇÕES MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2008
  • 2. OSTENSIVO CGCFN-6101 MANUAL DE FUNDAMENTOS DAS COMUNICAÇÕES MARINHA DO BRASIL COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS 2008 FINALIDADE: DIDÁTICA 1ª Edição
  • 3. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - II - ORIGINAL ATO DE APROVAÇÃO APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-6101 - MANUAL DE FUNDAMENTOS DAS COMUNICAÇÕES. RIO DE JANEIRO, RJ. Em 10 de dezembro de 2008. ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO Almirante-de-Esquadra (FN) Comandante-Geral ASSINADO DIGITALMENTE AUTENTICADO PELO ORC RUBRICA Em_____/_____/_____ CARIMBO
  • 4. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - III - ORIGINAL ÍNDICE PÁGINAS Folha de Rosto ........................................................................................................ I Ato de Aprovação ................................................................................................... II Índice....................................................................................................................... III Introdução ............................................................................................................... VI CAPÍTULO 1 - PRINCÍPIOS DE ELETROELETRÔNICA 1.1 - Generalidades ................................................................................................. 1-1 1.2 - Eletricidade estática e eletricidade dinâmica.................................................. 1-2 1.3 - Corrente alternada e contínua ......................................................................... 1-3 1.4 - Unidades de medidas elétricas........................................................................ 1-5 1.5 - Condutores, isolantes e semicondutores......................................................... 1-5 1.6 - Dispositivos de proteção de circuitos elétricos............................................... 1-6 1.7 - Efeitos da corrente elétrica ............................................................................. 1-7 1.8 - Os perigos da eletricidade............................................................................... 1-8 1.9 - Procedimentos em caso de choque elétrico .................................................... 1-8 1.10 - O raio ............................................................................................................ 1-13 1.11 - Choque de alta tensão ................................................................................... 1-13 1.12 - Regras de segurança no trabalho com eletricidade....................................... 1-14 1.13 - Prevenção contra incêndio elétrico............................................................... 1-14 CAPÍTULO 2 - PRINCÍPIOS DO ELETROMAGNETISMO 2.1 - Eletromagnetismo........................................................................................... 2-1 2.2 - Linha de transmissão ...................................................................................... 2-4 2.3 - Múltiplos da unidade de freqüência................................................................ 2-6 2.4 - Espectro de freqüências .................................................................................. 2-6 2.5 - Propagação de ondas eletromagnéticas........................................................... 2-6 2.6 - Fatores que influenciam na propagação de ondas eletromagnéticas .............. 2-7 CAPÍTULO 3 - PRINCÍPIOS DE TELECOMUNICAÇÕES 3.1 - Comunicações................................................................................................. 3-1 3.2 - Telecomunicações........................................................................................... 3-1 3.3 - Elementos básicos........................................................................................... 3-1 3.4 - Modulação da portadora ................................................................................. 3-2 3.5 - Tipos de modulação........................................................................................ 3-3
  • 5. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - IV - ORIGINAL CAPÍTULO 4 - FUNDAMENTOS DE TELEFONIA 4.1 - Telefonia.......................................................................................................... 4-1 4.2 - Transmissor do Telefone................................................................................. 4-2 4.3 - Receptor do Telefone ...................................................................................... 4-4 4.4 - Central Telefônica........................................................................................... 4-4 4.5 - Emprego dos Sistemas Telefônicos ................................................................ 4-11 CAPÍTULO 5 - FUNDAMENTOS DA RADIOCOMUNICAÇÃO 5.1 - Introdução ....................................................................................................... 5-1 5.2 - Ondas Eletromagnéticas.................................................................................. 5-1 5.3 - Modulação....................................................................................................... 5-11 5.4 - Recepção das Ondas Eletromagnéticas........................................................... 5-22 5.5 - Propagação nos Meios Naturais...................................................................... 5-24 5.6 - Propagação por Ondas Terrestres.................................................................... 5-32 5.7 - Propagação por Ondas Ionosféricas................................................................ 5-34 5.8 - Mapas de Previsões Ionosféricas..................................................................... 5-35 CAPÍTULO 6 - DIAGRAMAS EM BLOCO 6.1 - Moduladores.................................................................................................... 6-1 6.2 - Transmissor de AM......................................................................................... 6-3 6-3 - Receptor de AM.............................................................................................. 6-5 6-4 - Transmissor de FM ......................................................................................... 6-7 6-5 - Receptor de FM............................................................................................... 6-10 CAPÍTULO 7 - MICROONDAS 7.1 - Introdução ....................................................................................................... 7-1 7.2 - Aspectos básicos das Microondas................................................................... 7-1 7.3 - Mecanismos de propagação dos Sistemas Radiovisibilidade ......................... 7-2 7.4 - Linhas de Transmissão.................................................................................... 7-5 7.5 - Órbita Geoestacionária.................................................................................... 7-5 7.6 - Transmissões via Satélite ................................................................................ 7-7 CAPÍTULO 8 - DESIGNAÇÃO DAS EMISSÕES 8.1 - Introdução ....................................................................................................... 8-1 8.2 - Designação de uma Emissão........................................................................... 8-1 8.3 - Largura de faixa necessária............................................................................. 8-1 8.4 - Classe de Emissão........................................................................................... 8-2
  • 6. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - V - ORIGINAL CAPÍTULO 9 - SEGURANÇA NO TRABALHO 9.1 - Objetivos da Segurança .................................................................................. 9-1 9.2 - Medidas gerais de Segurança.......................................................................... 9-1 9.3 - Fundamentos de Primeiros Socorros .............................................................. 9-2 9.4 - Choque Elétrico .............................................................................................. 9-6 9.5 - Incêndio .......................................................................................................... 9-8
  • 7. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - VI - ORIGINAL INTRODUÇÃO As comunicações compreendem o conjunto de meios destinados a proporcionar, nos diversos escalões, o exercício das ações de comando, controle, coordenação e supervisão. O elemento de comunicações de qualquer escalão tem como missão prover o apoio de comunicações necessário ao escalão considerado por meio da instalação, exploração e manutenção do sistema de comunicações respectivo, bem como garantir sua segurança. Esta publicação aborda os princípios de eletroeletrônica, eletromagnetismo e telecomunicações. Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da Marinha, em: PMB, não controlada, ostensiva, didática e manual. Esta publicação substitui o CIASC-1087 - Manual de Fundamentos de Comunicações I e o CIASC-1938 - Manual de Fundamentos de Comunicações II.
  • 8. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL CAPITULO 1 PRINCÍPIOS DE ELETROELETRÔNICA 1.1 - GENERALIDADES Todos os efeitos da eletricidade são conseqüências da existência de uma partícula minúscula chamada "ELÉTRON". Como ninguém pode realmente ver um elétron, e sim, apenas os efeitos que ele produz, denominamos de "TEORIA ELETRÔNICA" as leis que governam o seu comportamento. De acordo com a teoria eletrônica, todos os efeitos elétricos e eletrônicos são causados pelo movimento de elétrons de um local para outro, ou pela existência de um excesso ou falta de elétrons em um certo local. 1.1.1 - Conceitos Básicos a) Átomo Átomo é a menor partícula física em que se pode dividir um elemento. b) Molécula Molécula é a combinação de dois ou mais átomos. c) Núcleo Núcleo é a parte pesada do átomo, carregada positivamente, em torno da qual giram os elétrons. d) Nêutron Nêutron é a partícula neutra e pesada do núcleo, equivalente a um próton e um eléctron intimamente ligados. e) Próton Próton é a partícula pesada carregada positivamente. f) Elétron Elétron é uma partícula muito pequena que gira em torno do núcleo, carregada negativamente e praticamente sem peso. g) Elétrons "Presos" Elétrons "presos" são elétrons das órbitas internas de um átomo, que dificilmente poderão ser retirados das mesmas. h) Elétrons "Livres" Elétrons "Livres" são elétrons que deixaram a órbita de um átomo e vagueiam livremente através de um material.
  • 9. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL i) Eletricidade Eletricidade é o efeito do movimento de elétrons de um ponto para outro, ou o efeito causado pelo excesso ou falta de elétrons em um material. 1.2 - ELETRICIDADE ESTÁTICA E ELETRICIDADE DINÂMICA 1.2.1 - Eletricidade Estática A eletricidade estática resulta do desequilíbrio existente entre o número de elétrons e prótons em dois corpos determinados, mas que não produz nenhum movimento de elétrons. Esta classe de eletricidade resulta geralmente da fricção e é eletricidade estática até o momento em que uma ação especifica é produzida. 1.2.2 - Eletricidade Dinâmica A eletricidade dinâmica é uma conseqüência do desequilíbrio entre elétrons e prótons que, neste caso, produz um fluxo de elétrons ou uma corrente eletrônica (eletricidade em funcionamento que produz trabalho), sendo esta classe de eletricidade responsável pelo funcionamento dos circuitos eletrônicos. A carga elétrica em repouso tem energia potencial e pode produzir trabalho. Quando a carga elétrica se move, através de um fio ou condutor, temos uma corrente elétrica ou eletricidade dinâmica. Por outro lado, não é possível ter uma corrente elétrica sem ter pressão elétrica ou diferença de potencial entre dois pontos do condutor ou do circuito. É o que veremos a seguir. 1.2.3 - Diferença de Potencial (DDP) Tecnicamente, o desequilíbrio entre o número de elétrons e prótons existentes entre dois corpos ou eletrodos se chama diferença de potencial, que expressa também a magnitude do desequilíbrio. A unidade empregada para indicar a DDP é o VOLT. Comparando a energia elétrica com dois tanques de água, a quantidade de água num tanque tem que ser maior que a do outro tanque, quando então a água fluirá de um tanque para outro até ocorrer o equilíbrio. Tanto com a água como com a eletricidade, para que haja produção de energia, é preciso que haja um desequilíbrio. No caso da eletricidade, é preciso que o número de elétrons num dos pólos ou eletrodos seja maior que no outro (Fig 1.1).
  • 10. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL Fig 1.1 - Diferença de Potencial 1.3 - CORRENTE ALTERNADA E CONTÍNUA 1.3.1 - Corrente Alternada (CA) A corrente alternada é aquela que muda de sentido em intervalos regulares. A maioria das linhas de transmissão elétrica conduz corrente alternada, isto porque a tensão (DDP) alternada pode ser aumentada ou diminuída facilmente, sem perdas apreciáveis, com o uso dos transformadores (Fig 1.2). Fig 1.2 - Corrente Alternada 1.3.2 - Corrente Continua (CC) A corrente continua é aquela que circula sempre no mesmo sentido, isto é, uma vez
  • 11. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL interligados os pólos positivos e negativos, ela irá fluir no mesmo sentido até que haja equilíbrio entre elétrons e prótons dos pólos; quando isso acontecer, no caso de uma bateria, dizemos que a mesma está descarregada (Fig 1.3). Fig 1.3 - Corrente Contínua 1.3.3 - Sentido da Corrente De acordo com a teoria eletrônica, a corrente circula sempre de uma carga negativa (-) para uma carga positiva (+). Assim, se ligarmos um condutor entre os terminais de uma bateria, a corrente circulará do terminal (-) para o terminal (+) (Fig 1.4). Antes da concepção da teoria eletrônica da matéria, já se utilizava a eletricidade nos motores, iluminação etc. Contudo, a eletricidade era utilizada sem que se soubesse como trabalhava e porque trabalhava. Acreditava-se que “alguma coisa" se movia no condutor, do positivo para o negativo. Esta concepção de corrente é chamada de corrente convencional. Fig 1.4 - Sentido da Corrente
  • 12. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL 1.4 - UNIDADES DE MEDIDAS ELÉTRICAS 1.4.1 - Ampére (A ou I) É a unidade utilizada para indicar a intensidade ou quantidade de corrente elétrica que flui por um circuito elétrico. A passagem de 6,28x l018 elétrons num determinado ponto de um circuito, em um segundo, corresponde a 1 Ampére. 1.4.2 - OHM (C ou R) É a unidade que especifica a resistência elétrica que um determinado metal ou circuito apresenta à passagem de uma corrente elétrica. Foi convencionado internacionalmente que 1 Ohm equivale à resistência oferecida à passagem da corrente elétrica por uma coluna de mercúrio de diâmetro constante, com 106,3 cm de altura e um peso de 14,4521 gramas, a 0°C. 1.4.3 - VOLT (V ou E) É a unidade elétrica utilizada para indicar o desequilíbrio entre o número de elétrons num condutor. O Volt corresponde à pressão elétrica ou força eletromotriz necessária para fazer circular uma corrente de 1 Ampére por um circuito cuja resistência é de 1 Ohm. Também conhecida como unidade de diferença de potencial ou de força eletromotriz. 1.4.4 - WATT (W) É a unidade de potência elétrica. O Watt equivale à potência elétrica produzida pela Força Eletromotriz (F.E.M) de 1Volt, multiplicada pela corrente de 1 Ampére. Potência elétrica é o produto da tensão pela corrente. É a capacidade que a corrente elétrica tem de realizar trabalho. 1.5 - CONDUTORES, ISOLANTES E SEMICONDUTORES Quanto à condução de corrente elétrica, os materiais existentes na natureza podem ser classificados como condutores, isolantes e semicondutores. 1.5.1 - Condutores São materiais que possuem uma resistividade muito baixa, não oferecendo praticamente nenhuma oposição à passagem da corrente elétrica. A prata, o chumbo e o alumínio são exemplos desses condutores. Num material condutor, os elétrons de valência são atraídos pelo núcleo dos átomos com uma força muito fraca, encontrando uma grande facilidade para abandonar seus átomos e se movimentarem "livremente" no interior da substância. Por esse motivo é que eles são chamados "elétrons livres".
  • 13. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL 1.5.2 - Isolantes São materiais que possuem uma resistividade muito alta, bloqueando a passagem da corrente elétrica. O vidro, a mica e a borracha estão neste caso. Num material isolante, os elétrons de valência estão rigidamente ligados ao núcleo dos átomos, sendo que pouquíssimos elétrons conseguem desprender-se de seus átomos para se transformarem em elétrons livres. 1.5.3 - Semicondutores Materiais que apresentam uma resistividade intermediária, isto é, uma resistividade maior que a dos isolantes. Como exemplo, podemos citar o carbono, o silício e o germânio. Com referência à corrente elétrica, os semicondutores conduzem mais que os isolantes, porém menos que os condutores. 1.6 - DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS Quando uma unidade elétrica é fabricada são tomados cuidados especiais no sentido de assegurar que cada circuito elétrico fique completamente isolado de todos os outros, de maneira que a corrente do circuito percorra apenas o caminho previsto. Uma vez colocada a unidade em serviço, entretanto, muitas coisas podem acontecer, capazes de alterar o circuito original. Algumas dessas alterações podem causar problemas sérios se não forem detectadas e corrigidas a tempo. O problema mais sério que pode ocorrer em um circuito é a ocorrência de um curto-circuito. Um curto circuito ocorre quando uma corrente excessiva flui através de um condutor. O diâmetro dos fios usados em um determinado circuito é determinado pela quantidade de corrente que os fios devem conduzir sob condições normais de operação. Qualquer excesso de corrente causa uma rápida geração de calor e pode provocar avarias mais sérias ou até mesmo incêndio de graves conseqüências. Para proteger os sistemas elétricos de avarias causadas pela corrente excessiva são usados, instalados nos sistemas, diversos tipos de dispositivos de proteção tais como fusíveis, disjuntores e protetores térmicos. Esses dispositivos têm um propósito comum: proteger as unidades e os fios do circuito, pois abrem o circuito de maneira a cessar o fluxo de corrente quando o valor atinge um ponto que coloca em risco a segurança (Fig 1.5).
  • 14. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL Fig 1.5 - Fusíveis 1.7 - EFEITOS DA CORRENTE ELÉTRICA A passagem da corrente elétrica através dos condutores acarreta diferentes efeitos, dependendo da natureza do condutor e da intensidade da corrente. O efeito fisiológico corresponde à passagem da corrente elétrica por organismos vivos. A corrente elétrica age diretamente no sistema nervoso, provocando contrações musculares; quando isto ocorre, dizemos que houve choque elétrico. O pior caso de choque é aquele que se origina quando uma corrente elétrica entra pela mão de uma pessoa e sai pela outra. Neste caso, atravessando o tórax de ponta a ponta ela tem grande chance de afetar o coração e a respiração. O valor mínimo de intensidade de corrente que se pode receber pela sensação de cócegas ou formigamento leve é 1mA. Entretanto, com uma corrente de intensidade de 10mA, a pessoa já perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir a mão e livrar-se do contato. O valor mortal está compreendido de 10mA até 3A, aproximadamente. Nestes valores, a corrente, atravessando o tórax, atinge o coração com intensidade suficiente para modificar seu ritmo. Modificado o ritmo, o coração para de bombear oxigênio através do corpo e a morte pode ocorrer em minutos. Se a intensidade for ainda mais alta, a corrente pode paralisar completamente o coração. Este se contrai o máximo possível e mantém-se assim, enquanto passar a corrente. Interrompida a corrente, geralmente, o coração relaxa e pode começar a bater
  • 15. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-8 - ORIGINAL novamente, como se nada tivesse acontecido. Todavia, paralisado o coração, paralisa-se também a circulação sanguínea e uma pequena interrupção dessa circulação pode provocar danos cerebrais irreversíveis. 1.8 - OS PERIGOS DA ELETRICIDADE A eletricidade, ao penetrar no corpo, faz com que os músculos se contraiam (como quando se toca num fio ligado ou quando se interrompe o contato com o corpo, em caso de se desligar a fonte de eletricidade). Ao passar pelo tecido do corpo ela pode lesá-lo, porém o mais importante, é que ela faz os músculos se contraírem a 50 ciclos por segundo, que é a freqüência da corrente alternada dos aparelhos eletrodomésticos. Isso significa que, se você agarrar um desses aparelhos com defeito, os músculos de sua mão podem se contrair e você ficar impossibilitado de soltar o aparelho ou a coisa que está lhe causando o choque. A pele úmida é especialmente eficaz como condutora, assim, com as mãos úmidas, jamais manuseie aparelhos eletrodomésticos ou fios elétricos. Ao passar através do corpo, a eletricidade danifica os tecidos, provoca coágulos nos vasos sanguíneos, lesa os tecidos nervoso e cerebral e pode paralisar a respiração e os músculos cardíacos. A eletricidade pode matar instantaneamente ou deixar a pessoa inconsciente. 1.9 - PROCEDIMENTOS EM CASO DE CHOQUE ELÉTRICO 1.9.1 - Procedimentos Iniciais (Fig 1.6) Primeiramente interrompa o contato com a corrente elétrica. Você pode fazer isso da seguinte maneira: - Desligando o comutador na parede, onde está a tomada (a); - Puxando o fio com força, para que a tomada saia do encaixe (b); e - Jogando a vitima para longe da fonte de eletricidade com um objeto não condutor, como uma cadeira ou um cabo de vassoura. Muitas vezes, isso é difícil de fazer. Só toque na pessoa depois que ela estiver livre da fonte elétrica (c).
  • 16. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-9 - ORIGINAL Fig 1.6 - Procedimentos em caso de choque elétrico 1.9.2 - Como saber se a Respiração Parou - Coloque sua face contra a boca da pessoa e sinta a respiração; - Se a respiração não é evidente, apertar os lábios da vitima e tentar a face de novo; e - Procure observar os movimentos do tórax. 1.9.3 - Procedimentos em caso de Parada respiratória - Deite a vitima no chão; - Veja se há alguma coisa em sua boca (vômito, dentadura, corpo estranho, etc.) que possa estar provocando a obstrução. Se for o caso, remova o obstáculo e deite a pessoa de costas; e - Puxe o queixo para cima, de modo que a cabeça da pessoa se curve para trás. Com a mão esquerda puxando o queixo para cima, empurre o cimo da cabeça para baixo com a direita. Este procedimento simples abre a passagem do ar na parte posterior da garganta e pode reiniciar a respiração. Uma vez que isso ocorra, coloque a
  • 17. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-10 - ORIGINAL vitima na posição de recuperação (a). 1.9.4 - Se a respiração não reiniciar imediatamente (Fig 1.7) Iniciar a respiração artificial enquanto alguém providencia um médico ou uma ambulância. O melhor método, até agora, é o boca-a-boca. - Coloque a pessoa de costas; - Inclinar a cabeça o máximo possível para trás (as narinas devem ficar apontando diretamente para cima, para você); - Coloque uma das mãos em concha sob o queixo da vitima; - Coloque a face palmar da outra mão na testa da vitima, modo que os dedos dessa mão possam apertar seu nariz; - Use ambas as mãos para inclinar a cabeça para trás (b); - Aperte e feche bem o nariz (c); - Certificar se a boca da pessoa está aberta; - Inale profundamente; - Aplique sua boca à da vitima (d); - Expire dentro da boca da vitima, firme e lentamente (não soprar com violência). Ao fazer isso, o tórax da pessoa se elevará; - Afaste sua boca, inspire profundamente e repita a operação (e); - Enquanto você está inspirando, o individuo expirará espontaneamente; - Repita a respiração na boca da vitima e observe o reinicio espontâneo de respiração, enquanto afasta a cabeça para o lado a fim de inspirar por sua vez; - Tente "soprar" para dentro da vitima a cada seis segundos, mais ou menos. Para isso, oriente-se pelo bom senso. Por exemplo, as primeiras respirações podem ser praticadas muito mais rapidamente, a fim de tentar introduzir um pouco mais de oxigênio na pessoa; e - Pare quando a vitima revelar sinais claros de começar a respirar, mas mesmo assim continue a observar os movimentos do tórax da vitima até a chegada de um profissional.
  • 18. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-11 - ORIGINAL Fig 1.7 - Procedimentos em caso de parada respiratória 1.9.5 - Como saber se o Coração e Pulso param de bater - A pessoa fica inconsciente - A pessoa fica pálida ou azul-acinzentada; - As pupilas (a parte negra no centro dos olhos) se dilatam, ficam grandes; - Não se percebe o pulso carotídeo (sentido no sulco que fica ao lado do pomo-de- adão); e - Ausência de batimentos cardíacos quando se aplica o ouvido ao lado esquerdo do esterno. 1.9.6 - Procedimentos no caso de parada do Coração e Pulso - Deite a pessoa, de costas, sobre uma superfície dura. Se ela estiver sobre uma cama, remova-o rapidamente, mas com muito cuidado, para o chão; - Aplique um golpe rápido e forte com a borda da mão sobre o tórax, ao lado da
  • 19. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-12 - ORIGINAL região inferior esquerda do esterno. Esse "choque" pode fazer com que o coração recomece a bater espontaneamente. Mandar alguém buscar uma ambulância enquanto você inicia a massagem (somente se tiver certeza de que o coração não está batendo): ƒ Ajoelhe-se ao lado direito da vitima, olhando para ela; ƒ Coloque a palma da mão sobre a metade inferior do esterno (não em sua extremidade inferior). O restante de sua mão não deve exercer qualquer pressão sobre o tórax; ƒ Coloque a palma da outra mão sobre o dorso da primeira mão; e ƒ Conserve seus braços esticados e se movimentando para frente e para trás. Não aplique pressão curvando os braços, ou ficará exausto em pouco tempo - deixe que o peso do seu corpo faça o trabalho. Mantenha as mãos posicionadas o tempo todo. Nos adultos, comprima a parede torácica cerca de 5cm, 60 vezes por minuto. 1.9.7 - Até quando prosseguir com esta operação? - Até que a vitima apresente uma cor melhor; - Até que suas pupilas retornem ao tamanho normal; - Até que o pulso carotídeo volte a se fazer sentir ou que a vitima comece a se recuperar; e - Se algum desses sinais aparecer, pare e verifique os batimentos cardíacos ou o pulso. Jamais comprima o tórax de alguém cujo pulso retornou. Embora a respiração possa parar por si mesma, a parada do coração também provoca a falência da respiração. Assim, na presença de alguém cujo coração parou, você tem um problema duplo. No caso de duas pessoas: ƒ uma procede a respiração boca-a-boca enquanto a outra faz a massagem cardíaca, de modo que uma pessoa faça uma respiração e a outra faça cinco compressões. 1.9.8 - Por que a massagem cardíaca funciona? Ao contrário da crença popular, o coração fica quase no centro do tórax e não sob o mamilo esquerdo. Se o esterno for suficientemente pressionado num adulto (cerca de 5cm), o coração será fisicamente comprimido entre este osso e a espinha dorsal, atrás. Este não é, normalmente, o meio de o coração trabalhar, mas é um processo útil de primeiro socorro. Eis porque, quando se aplica a massagem cardíaca deve-se
  • 20. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-13 - ORIGINAL pressionar apenas no centro do peito, sobre o esterno. Se for feita pressão sobre as costelas estas poderão partir-se, nada sendo feito de positivo para o coração. 1.10 - O RAIO Os procedimentos a seguir apresentados podem evitar que o ser humano seja atingido por um raio (Fig 1.8): - Conservar-se longe de árvores, torres, pequenos edifícios, cercas de arame e objetos salientes e não andar de bicicleta, motocicletas, etc. - Abrigar-se num bosque denso, sob um rochedo ou uma depressão do solo. Caso abrigando-se sob uma árvore isolada, mantenha-se afastado do tronco. O local mais seguro é dentro de um carro com teto de metal ou num prédio dotado de pára-raios. Depois da passagem do raio pelo corpo humano, não restará qualquer eletricidade neste. Para socorrer uma vítima de raio, proceda como em caso de choque elétrico. Fig 1.8 Procedimentos de Proteção Contra Raios 1.11 - CHOQUE DE ALTA TENSÃO Não há nada que uma pessoa comum possa fazer em casos de choques causados por cabos de alta tensão, condutores de trens ou linhas de força de alta voltagem. A melhor
  • 21. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 1-14 - ORIGINAL medida é a prevenção: conserve as pessoas afastadas desta eletricidade, que salta os espaços e vai “buscar" quaisquer metais sendo usados. 1.12 - REGRAS DE SEGURANÇA NO TRABALHO COM ELETRICIDADE No desempenho normal das funções, o especialista de comunicações estará freqüentemente exposto a diversas situações de perigo em potencial, não só com eletricidade, mas de uma maneira geral. Nenhuma condição de trabalho é totalmente segura, entretanto, é possível viver toda uma vida de trabalho sem sofrer qualquer ferimento grave. Para se manter dentro dos limites de segurança é importante que se conheça as principais fontes de perigo e, sobretudo, mantenha-se alerta com relação a esses perigos. Praticar as regras de segurança é muito importante, por mais tolas que possam parecer. A maioria dos acidentes que acontecem poderiam ter sido evitados se as condições de insegurança forem eliminadas. A seguir, alguns procedimentos de segurança: - Alertar as pessoas que você acredita estarem em condições de perigo; - Comunicar a quem de direito qualquer condição de insegurança ou de perigo iminente; - Empregar ou usar os dispositivos de proteção disponíveis. Não espere que o uso seja determinado; - Habitue-se a ler as instruções (informações) sobre segurança contidas nos manuais; e - Procure desenvolver a consciência de segurança. 1.13 - PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ELÉTRICO A limpeza geral da área de trabalho e dos equipamentos é fator preponderante na prevenção de todo tipo de incêndio por eletricidade. O óleo e a graxa podem entrar em combustão com facilidade, por meio de uma centelha elétrica. Por isso, todo equipamento elétrico/eletrônico deve ser conservado absolutamente limpo e livre de substâncias combustíveis. Trapos de limpeza e outros materiais inflamáveis utilizados devem ser colocados em latas de lixo metálicas devidamente tampadas. As latas de tintas, vernizes, detergentes ou qualquer solvente volátil devem ficar bem tampadas e armazenadas em compartimentos separados, bem ventilados e protegidos do calor excessivo e da incidência direta dos raios do sol.
  • 22. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL CAPITULO 2 PRINCÍPIOS DE ELETROMAGNETISMO 2.1 - ELETROMAGNETISMO O magnetismo é uma força invisível que se pode apreciar pelos efeitos que produz. O campo magnético de um ímã pode ser explicado sob a forma de linhas de força invisíveis que deixam o ímã em um ponto e entram em outro. A área ocupada pelas linhas de força chama-se espectro magnético. Um campo eletromagnético é um campo magnético produzido pela passagem da corrente elétrica em um condutor. Toda vez que uma corrente elétrica percorre um condutor, cria-se ao redor deste condutor um campo magnético. 2.1.1 - Ciclo Uma onda completa constitui um ciclo. Cada metade de uma onda, ou meio ciclo, constitui uma alternação da onda ou semiciclo. Cada onda ou ciclo apresenta duas alternações: a alternação situada acima do nível normal é considerada alternação positiva e a situada abaixo do nível normal é considerada alternação negativa (Fig 2.1). Fig 2.1 - Ciclo 2.1.2 - Freqüência O termo freqüência indica o número de ciclos (ondas completas) produzidos num determinado período de tempo. Por exemplo: a Fig 2.2 ilustra uma freqüência de
  • 23. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL quatro ciclos por segundo, ou seja, quatro ondas são produzidas no espaço de um segundo. A freqüência das ondas é expressa em Hertz. Portanto, a representação gráfica da Fig 2.2 corresponde a uma onda, cuja freqüência é de 4 Hz. Fig 2.2 - Representação gráfica de ondas de uma freqüência de 4 Hertz 2.1.3 - Amplitude Podemos dizer que amplitude é a altura da onda. Conforme ilustram as Fig 2.3 e 2-4, a distância compreendida entre a linha que marca o nível, normal (nível zero) e uma crista ou um fundo, chama-se amplitude de onda. Dessa característica depende a intensidade ou potência da onda, pois quanto maior for a intensidade da onda, tanto maior será sua amplitude. Fig 2.3 - Representação gráfica da amplitude e do tempo
  • 24. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL Fig 2.4 - Ondas 2.1.4 - Crista de uma Onda É o ponto mais alto de uma onda, considerando o nível zero. O oposto da crista chama-se fundo (Fig 2.5 e 2.6). Fig 2.5 - Representação Gráfica das Ondas Fig 2.6 - Comprimento de Onda
  • 25. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL 2.1.5 - Comprimento de Onda O comprimento de onda, como o próprio nome diz, é o comprimento de um ciclo completo; em outras palavras, é a distância entre dois pontos de máxima ou de mínima de uma onda. O valor desse comprimento de onda pode ser calculado e para isso, basta que se tenha a freqüência de operação, pois sabemos que a velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas, no ar ou no vácuo, é igual à velocidade da luz, que é de 300.000 quilômetros por segundo ou 300.000.000 de metros por segundo. O símbolo de comprimento de onda é a letra grega λ (lambda) e o cálculo é feito por meio da relação: λ = _V onde: V = velocidade de propagação da onda no meio. F F = freqüência 2.2 - LINHA DE TRANSMISSÃO É qualquer dispositivo utilizado para transportar um sinal de radiofreqüência de um transmissor para a antena e vice-versa, ou ainda, é todo dispositivo que possibilita a transferência de energia elétrica ou sinal elétrico de um ponto para outro. Embora tenha aparência simples, a linha de transmissão é de fundamental importância na transferência de um sinal elétrico de um ponto para outro. Para cada aplicação especifica é preciso um tipo diferente de linha (Fig 2.7).
  • 26. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL Fig 2.7 - Linhas de Transmissão 2.2.1 - Impedância É a oposição total de um circuito à corrente, alternada ou continua numa determinada freqüência. É medida em Ohm. 2.2.2 - Casamento de Impedância Quando um equipamento é ligado para transmitir, o que se espera dele é que toda sua potência seja utilizada, a partir da antena, para impulsionar o sinal. A máxima saída acontece quando toda a potência do equipamento é transferida para a antena. A situação de máxima transferência de potência (o ideal) só acontece quando o transmissor (gerador), a linha de transmissão e antena (carga) têm impedâncias iguais. Podemos concluir que o casamento de impedância existe quando a carga, a
  • 27. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL linha de transmissão e o gerador têm impedâncias iguais, isto e haverá a máxima transferência de potência. Isso é o que se busca sempre em um equipamento. 2.3 - MÚLTIPLOS DA UNIDADE DE FREQÜÊNCIA As freqüências utilizadas são de maneira geral muito altas, de modo que, quando escritas, tornam-se números grandes. Para facilitar a escrituração desses números, a unidade de medida de freqüência tem seus múltiplos. Os mais usados são os seguintes: - Quilohertz (KHz ); equivale a 1.000Hz - ou 10³; - Megahertz (MHz); equivale a 1. 000. 000 Hz – ou 106 ; e - Gigahertz (GHz); equivale a 1.000.000.000 Hz – ou 109 . 2.4 - ESPECTRO DE FREQÜÊNCIAS É a disposição das freqüências de uma radiação em ordem crescente. O espectro para as freqüências de rádio está dividido em faixas, da seguinte maneira: - VLF - Muito Baixa Freqüência; - LF - Baixa Freqüência; e - MF - Média Freqüência. NOTA: Os equipamentos utilizados no CFN operam nas faixas de HF, VHF e UHF. 2.5 - PROPAGAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS As ondas de rádio (ou eletromagnéticas) podem ser refletidas, refratadas e difratadas. Uma onda é refletida quando incide em uma superfície plana. Ela é refratada quando incide em um meio no qual a velocidade de propagação é diferente da velocidade no primeiro meio. Uma onda rádio também é inclinada quando passa pela aresta de um objetivo. A inclinação chama-se difração, resulta da mudança de direção de parte da energia. Basicamente os tipos de propagação das ondas são: 2.5.1 - Onda Terrestre É aquela que se propaga junto à superfície da terra. É muito afetada pela condutividade da Terra. Quanto mais alta a freqüência tanto maior será a atenuação. A condutividade do solo influi diretamente na qualidade do sinal transmitido. 2.5.2 - Onda Celeste ou Ionosférica É a onda eletromagnética que se propaga num determinado ângulo, através da atmosfera, choca-se com a sua camada superior, a ionosfera, e é refletida de volta a terra. É usada em transmissões a longa distância. 2.5.3 - Onda Direta É aquela que se propaga em linha reta entre dois pontos. Esse tipo de enlace entre
  • 28. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL duas estações é chamado de "enlace ótico" ou "linha de visada". As "freqüências" acima de 30 MHz são que mais se prestam para esse tipo, geralmente não são refletidas pela ionosfera. 2.5.4 - Zona de Silêncio A zona de silêncio ocorrerá quando a onda refletida for atingir o solo além do alcance das ondas por via terrestre (Fig 2.8). Fig 2.8 - Formas de Propagação de Ondas 2.6 - FATORES QUE INFLUENCIAM NA PROPAGAÇÃO DAS ONDAS ELETROMAGNÉTICAS Dentre os vários fatores que influenciam a propagação das ondas eletromagnéticas, destacam-se: a freqüência, a potência e o terreno. 2.6.1 - Freqüência Quando uma onda é refletida pela ionosfera, ela tem parte de sua energia absorvida.
  • 29. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL Essa absorção é tanto maior quanto menor for a freqüência e também quanto mais intensa a ionização. Por outro lado, em relação à onda terrestre, esta faz aparecer uma movimentação de cargas (elétrons). Na onda terrestre, quanto maior a freqüência maior atenuação. Na faixa de LF (30 a 300 kHz) utiliza-se bastante a onda superficial para comunicações a médias distâncias. Para longas distâncias usam-se as ondas refletidas. - Na faixa de MF (300 a 3.000 kHz), mais apropriadas para transmissões locais, são empregadas apenas ondas terrestres. - Na faixa de HF (3 a 30 MHz) o alcance da onda terrestre diminui com o aumento da freqüência. Emprega-se a propagação ionosférica para comunicações a longa distância. - Na faixa de VHF (30 a 300 MHz) a propagação ionosférica é desprezível, sendo a onda direta de aplicação principal. - Na faixa de UHF (300 a 3.000 MHz) utiliza-se exclusivamente onda direta. 2.6.2 - Potência As ondas eletromagnéticas sofrem atenuação à medida que se afastam do transmissor. A potência é necessária aos transmissores para impulsão das ondas a partir da antena, a fim de que elas possam alcançar o receptor. Essa potência deve ser somente a necessária, pois as potências elevadas requerem equipamentos mais caros e sacrificam a segurança. 2.6.3 - Terreno O tipo de terreno que se interpõe entre as antenas transmissoras e receptoras tem grande importância no alcance das comunicações. Como exemplo, podemos citar que: - Terreno árido (seco) apresenta grande poder de absorção, atenuando fortemente as ondas eletromagnéticas; - Regiões de serra, de jazidas de minério, ravinas e vales também apresentam uma grande absorção das ondas eletromagnéticas; - O meio liquido, principalmente o mar, é favorável à propagação, portanto favorável à transmissão dos sinais; - A selva apresenta condutividade pobre; - Em terrenos acidentados, os postos-rádio devem ser estabelecidos nas posições
  • 30. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL mais elevadas; - Em freqüências superiores a 30 MHz deve ser escolhida uma posição de linha de visada; - Sempre que possível, a estação deve ser colocada perto de terreno úmido ou massa de água; - As árvores prejudicam mais a transmissão do que a recepção; e - Túneis, pontes metálicas, linhas de alta tensão devem ser evitados.
  • 31. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL CAPITULO 3 PRINCIPIOS DE TELECOMUNICAÇÕES 3.1 - COMUNICAÇÕES Conceituam-se comunicações como transmissão de qualquer tipo de informação, por qualquer via ou processo, eletromagnético ou não. A comunicação inclui todos os procedimentos por meio do qual uma mente pode afetar outra mente e isto obviamente envolve não somente a linguagem escrita e oral, como também a música, as artes pictóricas, o teatro e, na verdade, todo o comportamento humano. 3.2 - TELECOMUNICAÇÕES Telecomunicações é a transmissão, emissão ou recepção de informações de qualquer natureza (símbolos, caracteres, sinais, escritas, imagens, sons) por fio, rádio, eletricidade ou qualquer outro processo eletromagnético, a grandes distâncias. As primeiras telecomunicações elétricas apareceram depois de 1840, com a telegrafia MORSE. A telecópia foi realizada após 1863 com o pantelógrafo de CASELLI, e a telefonia urbana à distância em 1877. A telefonia empregava, assim como o telégrafo, as linhas aéreas com fios metálicos desencapados (nu). No início do século XX, com o advento da válvula, alguns inconvenientes da telefonia foram superados. As ligações telegraficas sem fio, feitas por MARCONI em 1895, foram simultâneas com o advento da rádio-eletricidade. Após a I Guerra Mundial, a industrialização das válvulas assegurou longo alcance às radiocomunicações. Para a transmissão de imagens, as primeiras realizações práticas apareceram em 1935, com as válvulas, os tubos analisadores de imagens e os tubos de raios catódicos (TRC). O surgimento dos transistores e diodos permitiu a construção de aparelhos de baixo consumo de energia, de longa vida útil e de forma compacta. 3.3 - ELEMENTOS BÁSICOS 3.3.1 - Informação Informação é o conjunto de símbolos, caracteres, sinais, imagens, sons, escritos ou tudo aquilo que desejamos transmitir de um ponto a outro, próximo ou não. 3.3.2 - Transdutor Transdutor é o elemento encarregado de transformar um determinado tipo de energia em outro. Ex: um microfone é um transdutor que recebe ondas sonoras e as transforma em
  • 32. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL energia elétrica; o tubo de raios catódicos é o transdutor que transforma sinais elétricos em luminosos, proporcionando o aparecimento de imagens. 3.3.3 - Transmissor Transforma a energia do transdutor em um sistema de transmissão, que pode ser aceito pelo sistema receptor. Ex: Nos sistemas mais utilizados, o transmissor gera um sinal de radiofreqüência (RF) denominado onda portadora, que transporta a informação desejada até o receptor. 3.3.4 - Canal Canal é o meio físico ou não, que faz a ligação entre o transmissor e o receptor. Desempenha o papel de "condutor" da energia, fornecida pelo transmissor, até o receptor. 3.3.5 - Receptor Retira da energia enviada pelo transmissor o sinal da informação, o qual, se não estiver na forma de sinal desejado, deverá ser introduzido em um transdutor de saída. As funções dos elementos básicos podem ser assim resumidas: - Microfone - elemento transdutor, isto é, transforma a energia sonora (ou acústica) em sinais elétricos. - Transmissor - gera um sinal chamado de portadora, que será modulado pelo sinal do microfone. - Atmosfera - é o meio existente entre o equipamento transmissor e o receptor. Neste exemplo, as ondas eletromagnéticas irradiadas pelo transmissor alcançam o receptor, por meio da atmosfera. - Receptor - encarrega-se de extrair do sinal enviado pelo transmissor (portadora modulada) a informação desejada, sob a forma de sinal elétrico. - Alto-falante - transdutor do lado do receptor que recebe a informação sob a forma de sinal elétrico e a converte em sinal audível. 3.4 - MODULAÇÃO DA PORTADORA A voz humana tem pequeno alcance, mesmo se amplificada. A faixa de freqüência que ocupa (300 a 5000 Hz) é muito atenuada por eventuais obstáculos e pela própria atmosfera. Por outro lado, ondas eletromagnéticas de freqüências mais altas não são absorvidas pela atmosfera e ainda são refletidas pela ionosfera, podendo, por reflexão,
  • 33. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL circundar a terra. Além disso, essas ondas movem-se à velocidade da luz, permitindo, portanto, contatos imediatos entre dois pontos quaisquer da terra. Essas ondas de freqüências mais altas não são audíveis para o ser humano e por isso não podem ser usadas isoladamente em telecomunicações. Para contornar esses inconvenientes usa-se o processo chamado de modulação. O som é um sinal alternado, com amplitude e freqüência variáveis. Essa amplitude e a freqüência são características próprias de cada tipo de som. Se conseguirmos fazer ao longo do tempo que uma onda de alta freqüência, chamada de portadora, sofra variações em sua amplitude, freqüências ou fases, variações essas proporcionais aos valores de ondas sonoras, teremos modulado a portadora. Conclusão: modulação é o processo pelo qual alteramos as características da portadora. Portadora é a onda de alta freqüência que é utilizada para transportar a informação. 3.5 - TIPOS DE MODULAÇÃO Conforme o tipo de alteração na portadora há uma especificação. A seguir descreveremos os tipos mais comuns de modulação. 3.5.1 - Modulação em Amplitude (AM) Modulação em amplitude é aquela em que somente a amplitude da portadora varia com o sinal de áudio. Este sistema é mostrado na Fig 3.1 é chamado AM-DSB, pois os dois lados da portadora sofrem modulação (DSB = Double Side Band ou Dupla Banda Lateral).
  • 34. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL Fig 3.1 Modulação em Amplitude 3.5.2 - Banda Lateral Singela (SSB) Nesse processo de modulação, a portadora de uma das bandas laterais é eliminada, sendo aproveitada somente uma delas onde está contida a mensagem (Fig 3.2). Fig 3.2 Modulação em AM-SSB
  • 35. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL As comunicações por banda lateral simples têm inúmeras vantagens sobre o sistema familiar de transmissão AM (AM/DSB), isto porque em AM o sistema irradiado inclui a portadora das moduladas por um tom de 1 kHz, o sinal irradiado inclui a portadora de 1 MHz, a freqüência lateral inferior (1 MHz = 999 kHz), a freqüência lateral superior (1 MHz + 1 kHz = 1001 kHz). Se o sinal modulador contém muitas freqüências, evidentemente teremos muitas freqüências nas laterais. Isto certamente ocorrerá, pois o sinal modulador é muito variável. Nesse sistema todos esses sinais terão que ser transmitidos e para isso necessitamos de potência. Para 100% de modulação a potência nas faixas laterais é metade da potência da portadora. Assim um transmissor AM convencional com potência da portadora com 100 W terá 50 W nas faixas laterais (25 W na faixa superior e 25 W na faixa inferior). Isso não acontece no sistema de Faixa Lateral Simples (SSB) onde apenas uma faixa lateral é transmitida. Assim, a potência de saída de áudio de um receptor de faixa lateral simples é proporcional à potência contida em uma banda lateral. Vejamos algumas vantagens da SSB sobre a AM dupla faixa: - O transmissor em SSB opera como um transmissor em AM com o dobro da sua potência sob condições ideais de propagação; - Se uma lateral apenas é usada, o sistema SSB requer apenas a metade do espectro eletromagnético requerido pelo sistema AM; - O sistema SSB usa unidades menores se comparada com o AM equivalente, devido à menor potência exigida; - Em virtude da menor potência na antena, menores voltagens serão requeridas; e - O sistema SSB é menos sujeito à interferência por ruído porque sua passagem de faixa é menor. 3.5.3 - Modulação em Freqüência (FM) Neste caso, a amplitude da portadora permanece constante o que modifica (varia) é a freqüência instantânea do sinal modulador. A freqüência modulada apresenta a importante vantagem de permitir a recepção livre de interferência e de ruído. Há muitas ocasiões em que a modulação em FM se faz necessária: Nas comunicações militares, por exemplo, a intercomunicação eficiente requer clara recepção de mensagens sem o perigo de que elas se tornem ininteligíveis pelo ruído. Isto é especialmente importante no caso de intercomunicação entre veículos em
  • 36. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL movimento (principalmente carros de combate) em que o variado equipamento elétrico transportado produz níveis de interferência muito elevados (Fig 3.3). Fig 3.3 Modulação em Frequência (FM) 3.5.4 - Modulação por Chaveamento de Freqüência (FSK) É o processo pelo qual se altera a freqüência da onda portadora, em função do sinal digital a ser modulado. A portadora tem sua freqüência alterada para uma freqüência maior, correspondente a um impulso de marca, ou menor, correspondente a um espaço (Fig 3.4). Fig 3.4 Modulação em FSK
  • 37. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL CAP1TULO 4 FUNDAMENTOS DE TELEFONIA 4.1 - TELEFONIA Antes da invenção do telefone, a distância alcançada pela voz humana estava limitada pela potência da voz do locutor e pela sensibilidade auditiva do ouvinte. O telefone, para poder transmitir a voz humana à grande distância, emprega o artifício de convertê- la em corrente elétrica. A pequena potência da voz do locutor é transformada em energia elétrica no ponto final desejado. Ai é então novamente transformada em som, que apresenta bastante semelhança com a voz original. 4.1.1 - Ondas Sonoras O movimento das moléculas de ar deslocadas por um corpo vibrante produz ondas que se propagam em todas as direções a partir da fonte de vibração. É fácil compreender como são produzidas as ondas sonoras se observarmos o comportamento de uma lâmina de metal em vibração (Fig 4.1). Fig 4.1 - Som produzido pela vibração de uma lâmina 4.1.2 - Linha de Transmissão Linha de transmissão é qualquer meio físico capaz de transportar energia da fonte para o receptor com o mínimo de perda. 4.1.3 - Princípio da Telefonia O princípio fundamental da telefonia pode ser resumido na seguinte idéia: ondas sonoras que se transmitem pelo ar são substituídas por ondas elétricas que caminham pelo fio, vencendo a distância que separa o locutor do ouvinte. Este processo é ilustrado pelo diagrama da Fig 4.2.
  • 38. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL Fig 4.2 - Princípios da Telefonia 4.2 - TRANSMISSOR DO TELEFONE A função do transmissor do telefone é de converter as ondas sonoras em ondas elétricas que tenham forma e freqüência semelhantes. A energia das ondas elétricas deve ser capaz de “viajar” pelos fios a distâncias relativamente longas e chegar ao receptor de modo a proporcionar uma audição normal. Ao ser transmitida pelo fio, uma parte da energia e perdida. Devido a esta perda, a quantidade de energia elétrica criada deve ser maior do que a quantidade de energia contida na onda sonora que lhe deu origem. O circuito do transmissor de um telefone deve prever a necessidade de aumentar a energia contida nas ondas elétricas geradas. 4.2.1 - Estrutura do Transmissor de Carvão Na Fig 4.3 é apresentada uma vista frontal e um corte transversal de um transmissor a carvão. Embora existam muitos tipos de transmissores a carvão, todos eles têm uma estrutura básica semelhante. Fig 4.3 - Transmissor a Carvão
  • 39. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL A corrente elétrica penetra pelo eletrodo móvel que é soldado ao diafragma, passa pelos grãos de carvão e vai sair pelo eletrodo fixo. O receptáculo dos grãos de carvão tem a forma de um sino, para que haja sempre um bom contato entre os eletrodos e o carvão. Quando o transmissor opera em qualquer posição, é denominado transmissor sem posição. O transmissor em questão é do tipo ação direta, porque o movimento do eletrodo móvel exerce pressão variável sobre os grãos de carvão, de acordo com a abrasão do diafragma. Isto é possível, pois o diafragma mostra que o eletrodo móvel é soldado no centro do diafragma com que forma a superfície frontal do receptáculo de carvão. 4.2.2 - Transmissor de Redução dos Ruídos Locais O transmissor mostrado na Fig 4.3 apresenta uma grande desvantagem, qual seja sua sensibilidade à interferência dos ruídos locais. Esta desvantagem aumenta quando o transmissor é operado em lugares onde o nível de ruídos é elevado, como por exemplo, carros de combate e locais sob bombardeios de artilharia ou de aviação. O funcionamento deste tipo de transmissor tem particularidades interessantes. O transmissor tem duas aberturas por onde penetram as ondas sonoras que vão acionar o diafragma. Estas aberturas estão situadas uma na frente do diafragma e a outra à sua retaguarda. Os sons que são produzidos próximos do transmissor, cujas ondas penetram perpendicularmente na abertura situada na frente do diafragma, o acionam com máxima intensidade. Os sons produzidos penetram pelas aberturas da frente e da retaguarda exercendo pressões semelhantes sobre ambas as faces do diafragma, resultando um equilíbrio, fazendo com que o movimento do diafragma seja praticamente nulo. Não havendo movimento no diafragma, não há variação da resistência apresentada pelos grãos de carvão, consequentemente, não há mudanças de corrente, não havendo a transmissão de ruídos locais. Os transmissores de redução de ruídos locais neutralizam melhor os sons de baixa freqüência. Assim, os ruídos originários de carros de combate e bombardeios são mais atenuados do que os ruídos agudos de alta freqüência. Isto faz com que este tipo de transmissor tenha um largo emprego nos equipamentos militares, bem como no uso civil em determinadas condições.
  • 40. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL 4.3 - RECEPTOR DE TELEFONE A função do receptor do te1efone é reproduzir na outra extremidade da linha de transmissão o som que acionou o transmissor. Isto é conseguido pela transformação das ondas elétricas em ondas sonoras. Assim, a função do receptor é inversa a do transmissor. O receptor, a fim de evitar a dispersão do som, é construído de tal forma que seu uso só pode ser feito próximo do ouvido. 4.3.1 - Tipos de Receptores de Telefone Os receptores de telefone, conforme o processo de conversão das ondas elétricas em sonoras, podem ser do tipo bobina fixa ou bobina móvel. a) Receptor de Bobina Fixa O receptor de bobina fixa contém um imã permanente e uma bobina fixa enrolada sobre ele. O diafragma é acionado com a variação da intensidade do campo magnético do ímã permanente. A amplitude e a freqüência da variação do campo magnético dependem da corrente que passa pela bobina. Este tipo de receptor é o mais usado nas comunicações telefônicas (Fig 4.4/A). b) Receptor de Bobina Móvel O receptor de bobina móvel também contém um ímã permanente, mas a bobina está enrolada numa armadura que por sua vez está solidária ao diafragma. O diafragma é acionado ocorrendo a variação da posição do conjunto armadura- bobina móvel. (Fig 4.4/B). Fig 4.4 - Tipos de Receptores de Telefone 4.4 - CENTRAL TELEFÔNICA Um sistema telefônico frequentemente pode possuir centenas e até milhares de telefones, devendo permitir a ligação entre si de todos os aparelhos que o integram. Telefones simples podem ser utilizados num sistema telefônico, entretanto, cada
  • 41. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-5 - ORIGINAL telefone teria que estar ligado aos outros por circuitos semelhantes, sendo que cada aparelho necessitaria ser conectado a um par de condutores e uma chave de ligação. Isto seria impraticável, na medida em que o número de aparelhos do sistema telefônico fosse muito elevado, pelo fato de que as ligações se converteriam num verdadeiro emaranhado de fios. O diagrama em bloco da Fig 4.5 mostra as ligações que são necessárias para a interligação de oito telefones, considerado este processo rudimentar. Fig 4.5 - Ligações diretas de circuitos comuns Uma das maneiras de obtenção de uma grande redução no número de linhas consiste na utilização de uma central telefônica numa posição eqüidistante dos usuários. Com o emprego deste artifício, os telefones, ao invés de estarem ligados si, passam a ser conectados diretamente á central, o que reduziria o número de linhas, no exemplo apresentado na Fig 4.5 para oito linhas somente. A conversação entre dois telefones será possível em decorrência da conexão de suas linhas de transmissão à central. As ligações podem ser feitas por um operador da central ou automaticamente. As ligações realizadas por ação dos operadores, são feitas com o auxilio de chaves e jaques (cordas de conexão). O diagrama apresentado na Fig 4.6, apresenta oitos aparelhos telefônicos interligados por meio de uma central telefônica.
  • 42. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-6 - ORIGINAL Fig 4.6 Telefones ligados a uma Central Telefônica 4.4.1 - Funções de uma central telefônica Uma central telefônica possui circuitos e órgãos que permitem executar as seguintes ações: - chamada de um telefone mediante um sinal do operador da central; - falar com o telefone chamado e escutá-lo; - chamar um telefone mediante um sinal do operador da central; - falar com o telefone chamado e escutá-lo; - conectar o telefone da mesma rede ou de redes diferentes; e - acusar o fim da conversação. 4.4.2 - Centro Telefônico Denominação conferida ao local onde é instalada a central telefônica, os equipamentos complementares e ao setor no qual trabalham os operadores. O Centro Telefônico pode possuir uma ou várias centrais interligadas, podendo atender a um grande número linhas instaladas em extensa área. A central de um Centro Telefônico pode ser automática ou manual. As centrais automáticas não necessitam de operadores. Nas centrais manuais, as interligações são realizadas pelos operadores. O número de direções é determinado pelo número máximo de telefones que podem ser ligados. O número de operadores é dependente do volume de tráfego. 4.4.3 - Sistemas Telefônicos Os Sistemas Telefônicos podem possuir uma ou mais centrais telefônicas. Um sistema dispondo de uma central interliga um número variado de telefones, comutados por intermédio de linhas de transmissão, de modo a permitir que dois
  • 43. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-7 - ORIGINAL telefones quaisquer possam estabelecer conversação, quando interconectados. Um Sistema Telefônico pode ser estabelecido para atender a centenas ou milhares de telefones. Neste caso, utilizará mais de uma central ou Centro Telefônico. Um sistema deste tipo passa a possuir telefones individuais, equipamentos de interconexão dos centros e uma variada gama de equipamentos complementares, necessários a atender, com eficiência, todas as ligações entre telefones e centrais do sistema. Qualquer que seja seu tamanho e extensão, centrais e os centros telefônicos farão parte dele. 4.4.4 - Rede Telefônica Denominação atribuída a um Sistema Telefônico que executa comunicações numa determinada área. (militar, de operações, cidade, vila, etc. Tal rede pode ter uma mais centrais telefônicas, dependendo de sua extensão, do número de aparelhos e do volume de tráfego. A intercomunicação entre as várias redes é feita mediante a interligação das centrais telefônicas. As linhas de transmissão que ligam duas centrais ou Centros Telefônicos são denominadas linhas troncos ou simplesmente troncos (Fig 4.7). Fig 4.7 - Redes Telefônicas 4.4.5 - Tipos de Sistemas Telefônicos Os Sistemas Telefônicos são classificados de acordo com o método de interconexão usado pelas centrais telefônicas. Os dois sistemas básicos são: automático e manual. a) Sistema Telefônico Automático No sistema telefônico automático, as ligações são feitas automaticamente, sem
  • 44. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-8 - ORIGINAL concurso do operador da central. Estas ligações são realizadas por intermédio de chaves eletromecânicas, que são controladas pelo movimento de um disco, que está situado sobre a parte frontal do telefone. Quando fazemos uma chamada num sistema telefônico automático, em primeiro lugar tiramos o combinado do gancho e discamos o número do telefone que desejamos chamar. Quando o disco se movimenta, impulsos elétricos são enviados pela linha até o centro telefônico. Esses impulsos controlam o equipa- mento da central de modo que, automaticamente, a central faz a interconexão entre os telefones. Assim, todas as operações que nas centrais manuais são realizadas pelos operadores, nas automáticas são feitas de forma eletromecânica, obedecendo à seqüência de chamadas. O equipamento de uma central automática realiza as seguintes operações: - conecta a linha dos telefones chamadores com as linhas dos telefones chamados; - determina se a linha está em uso ou não; - emite um sinal contínuo, se o centro estiver livre; - emite um sinal intermitente, se o centro estiver ocupado; - aciona o telefone chamado; e - desliga as linhas quando os telefones terminam a ligação. b) Sistema Telefônico Manual Em sua maioria, os sistemas telefônicos militares, por serem pequenos, são manuais. Estes sistemas se classificam de acordo com localização da fonte de energia elétrica que alimenta os transmissores. Dois tipos de sistemas telefônicos manuais são muito empregados a saber: Sistema de Bateria Local e Sistema de Bateria Central 4.4.6 - Sistema Telefônico de Bateria Local No sistema telefônico de bateria local a fonte de energia elétrica para os transmissores, elementos de anunciação e chamada está incluída no próprio aparelho telefônico. A bateria local fornece a corrente para o circuito do transmissor e para o magneto de chamada.
  • 45. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-9 - ORIGINAL O diagrama da Fig 4.8 mostra as ligações de dois telefones de bateria local, quando conectados diretamente. Fig 4.8 - Telefones de Bateria Local ligados diretamente O diagrama em bloco da Fig 4.9 mostra as ligações de dois telefones de bateria local quando conectados por meio de uma central telefônica. Fig 4.9 - Telefones de bateria local ligados a uma central Devemos observar que na central de bateria local, usamos um anunciador como meio de anunciação. O anunciador é um dispositivo eletromecânico, que possui uma placa anunciadora, cuja finalidade consiste em alertar o operador da central com seu magneto. A placa anunciadora está conjugada normalmente ao dispositivo elétrico de modo tal que ela pode acionar uma cigarra instalada na central. 4.4.7 - Sistema Telefônico de Bateria Central No sistema telefônico de bateria central as fontes de energia elétrica para os
  • 46. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-10 - ORIGINAL transmissores e para os elementos de chamada e anunciação estão localizadas na central telefônica ou no centro telefônico. Desse modo, todos os telefones do sistema obtêm a energia para os transmissores e demais órgãos, diretamente de uma bateria central comum. Num grande centro telefônico de bateria central normalmente existe uma fonte de corrente contínua, um operador ou um conjunto de baterias, que são os órgãos de alimentação dos transmissores e das lâmpadas de anunciação. Também existe um gerador de corrente alternada, que supre o sistema de corrente de chamada. A Fig 4.10 mostra dois telefones de bateria central conectados por meio de uma central de bateria central. Fig 4.10 - Telefones de bateria central ligados a uma central Os telefones como podemos observar, não possuem bateria própria. A anunciação na central, não é feita por intermédio de placas anunciadoras e sim realizada por lâmpadas de anunciação que acendem automaticamente quando o combinado é retirado do gancho. A chamada dos telefones pela central é feita por intermédio de um magneto ou um gerador de corrente alternada que ao ser acionado, faz com que a campainha do telefone toque. O sistema telefônico de bateria local pode ser interconectado a um sistema de bateria central. Isto permite que um telefone de rede de bateria local possa se ligar a um outro telefone de uma rede de bateria central (Fig 4.11).
  • 47. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-11 - ORIGINAL Fig 4.11 – Sistema de bateria local ligado à Sistema de bateria central 4.5 - EMPREGOS DOS SISTEMAS TELEFÔNICOS Os sistemas de comunicações telefônicas de uso militar devem permitir um bom serviço, em condições favoráveis ou não. Cada sistema apresenta vantagens e desvantagens. Em certas condições, um sistema telefônico pode executar serviços melhores que outros. Entretanto cada sistema ocupa um lugar importante nas comunicações militares. Assim, tanto o sistema manual como o sistema automático, podem ser empregados. Nos teatros de operações, em geral, não se emprega o sistema automático devido à rapidez das operações militares. Entretanto, nas zonas de retaguarda onde as instalações são mais permanentes, o sistema automático pode ser empregado.
  • 48. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-12 - ORIGINAL 4.5.1 - Características do Sistema Telefônico de Bateria Local O sistema de bateria local é particularmente apropriado para as comunicações telefônicas em áreas onde os telefones estão muito dispersos e são pouco numerosos. Por questões de planejamento e construção, os aparelhos de bateria local foram feitos para que serem empregados quando de tráfego telefônico intenso. O sistema telefônico de bateria local apresenta algumas vantagens e desvantagens em relação a outros sistemas telefônicos. a) Vantagens - as linhas telefônicas podem ser construídas com rapidez e pouco gasto; - a central de bateria local é simples no seu desenho, “positiva” no seu funcionamento, fácil na sua reparação e relativamente barata na sua construção; e - a transmissão da voz é possível a distâncias consideráveis porque cada telefone tem sua própria fonte de energia. b) Desvantagens - As pilhas secas dos telefones e das centrais não são fontes de energia econômicas. Elas têm uma vida útil curta e se deterioram quando não estão em uso; - A voltagem de uma pilha varia significativamente entre a data instalação e a data da substituição. A queda da voltagem produz uma diminuição progressiva da potência de saída do telefone; - Se, por acidente, o receptor é deixado fora do gancho ou se a tecla do combinado ficar permanentemente acionada, por um longo período, a pilha se descarregará completamente; e - O acionamento da manivela do magneto requer esforços da parte do operador. 4.5.2 - Características do Sistema Telefônico de Bateria Central O uso de uma bateria centralizada confere ao sistema de bateria central vantagens e desvantagens sobre o sistema de bateria local: a) Vantagens - a bateria centralizada usada no sistema de bateria central tem maior vida útil, sendo mais econômica do que as pilhas secas; - a bateria do sistema central permite que o sinal de conversação tenha mais uniformidade de amplitude, porque ela mantém uma voltagem mais constante
  • 49. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 4-13 - ORIGINAL durante toda a operação; - o sistema de bateria central possui sinalização automática, eliminando a necessidade do magneto, tornando-o mais simples; e - no sistema de bateria central torna-se possível a supervisão das conversações, bem como reduz a atividade do operador e permite que sejam usadas mais linhas. b) Desvantagens - o sistema de bateria central necessita de linhas de transmissão de melhor qualidade. Isto se deve ao fato de que a corrente para o funcionamento dos transmissores e dos relés de supervisão da central provém da própria linha; - as linhas do sistema de bateria central devem ser eletricamente equilibradas, caso contrário a qualidade e o alcance da transmissão podem ser afetados; - o equipamento da central de sistema central é mais complexo e mais caro. Além disso, requer maior tempo de instalação e manutenção; e - a resistência da linha limita o alcance da corrente da bateria central para os circuitos de conversação e chamada. A corrente deve ser suficiente para fazer funcionar o transmissor e o sinal de linha, quanto o combinado volta à posição normal.
  • 50. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-1 - ORIGINAL CAPITULO 5 FUNDAMENTOS DA RADIOCOMUNICAÇÃO 5.1 - INTRODUÇÃO A radiotransmissão resultou dos esforços de vários cientistas. Em 1886, o alemão Henrich Hertz demonstrou a existência das ondas eletromagnéticas que percorrem o espaço em todas as direções, na velocidade da luz, revelando também, como as produzir, transmitir e captar. Em 1895, o italiano Guglielmo Marconi, conseguiu por em prática as teorias então existentes e fez a primeira transmissão de sinais telegráficos sem fio na Itália. A essa invenção, seguiu-se, inevitavelmente, a radiotelefonia para a qual contribuiu especialmente um tubo a vácuo de três elementos denominado audion, forma elementar da válvula de rádio, criada pelo norte americano Lee de Forest em 1906. Somente em 1912, foram reconhecidas as vantagens do audion na sensível melhora do som e a ampliação do seu volume. Graças a ele foi possível utilizar a eletromagnética para transmitir a configuração da voz. Um equipamento rádio compreende, essencialmente, um transmissor, que gera energia sob a forma de radiofreqüência; um receptor, que converte as ondas de rádio em sinais audíveis; um sistema adequado de antenas e uma fonte de energia elétrica. Quando dois equipamentos-rádio cobrem uma mesma faixa de freqüência e a distância entre eles não excede o alcance um do outro, é possível a intercomunicação, empregando-se as ondas eletromagnéticas (ondas de rádio). 5.2 - ONDAS ELETROMAGNÉTICAS Os movimentos ondulatórios ou, como são usualmente denominadas as ondas, são frequentemente encontrados na natureza. A audição se vale da captação de ondas sonoras pelo ouvido, a visão se processa mediante ondas luminosas, o calor se transmite por ondas de calor e as radiocomunicações existem graças às ondas de rádio. Alguns fenômenos ondulatórios necessitam de um meio físico para existirem, como por exemplo, as ondas sonoras, outros que são encontrados mesmo na ausência de qualquer meio, isto é no vácuo, constituem as ONDAS ELETROMAGNÉTICAS. As ondas são fenômenos repetitivos ou ciclos onde uma grandeza é representada por certos valores dentro de uma FREQUÊNCIA que, em uma definição simples, consiste de um determinado número de repetições de um fenômeno durante uma unidade de tempo. A unidade de freqüência é denominada de HERTZ (HZ), sendo definida como
  • 51. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL um ciclo por segundo. A freqüência é a principal característica das ondas eletromagnéticas determinando, inclusive, o comportamento das ondas em presença do meio ambiente. Os raios X e as ondas luminosas, por exemplo, são ondas eletromagnéticas, que apresentam as seguintes freqüências: - Raios X - entre 3 x 1017 a 3 x 1020 Hz, aproximadamente; e - Ondas Luminosas - pequena faixa, próxima dos 3 x 1015 Hz. Os raios X são capazes de atravessar certos materiais nos quais a luz é refletida; em compensação as ondas luminosas impressionam a retina, o que não acontece com os raios X. As ondas de rádio são também ondas eletromagnéticas de freqüências variando de cerca de 10 KHz até valores superiores a 300.000 MHz, sendo utilizadas na transmissão de mensagens. Este extenso espectro de rádio-freqüências não se comporta, uniformemente no meio ambiente. Alguns conjuntos de freqüência de menor magnitude se comportam diferentemente de outros, constituindo as várias faixas de freqüências. O problema capital das radiocomunicações é utilizar as propriedades de cada faixa na transmissão de mensagens. Existem várias denominações para as faixas sendo as mais comuns as que se seguem: FAIXAS DESIGNAÇÃO 10 a 30 KHz VLF – Freqüência Muito Baixa 30 a 300 KHz LF – Freqüência Baixa 300 a 3000 MHz UHF – Freqüência Ultra Alta 3 a 30 GHz SHF – Freqüência Super Alta 30 a 300 GHz EHF – Freqüência Extremamente alta Tais faixas são comumente chamadas de: FAIXA DESIGNAÇÃO LF ONDAS LONGAS MF ONDAS MÉDIAS HF ONDAS CURTAS Notas: - Freqüências iguais ou inferiores a 10 KHz são consideradas como da faixa de áudio. - A faixa de microondas é considerada de 1 a 10 GHz. - O CFN utiliza nas comunicações de campanha as faixas HF, VHF e UHF.
  • 52. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-3 - ORIGINAL ƒ HF para longas distâncias; ƒ VHF para curtas distâncias; e ƒ UHF para comunicações terra-avião. 5.2.1 - Ondas de Rádio As ondas de rádio resultam da associação de um campo e1étrico com um campo magnético, deslocando-se com a velocidade da luz. Este conceito deve, portanto, ser bem compreendido, visando ao perfeito entendimento das ondas de rádio, bem com seus deslocamentos, responsáveis pela transmissão de mensagem nas radiocomunicações. 5.2.2 - Relação entre os Campos Elétrico e Magnético A Fig 5-1 mostra o campo elétrico resultante da ligação de uma bateria. A intensidade do campo depende da tensão da bateria, mas permanece constante enquanto as ligações são mantidas. Não existe corrente nos condutores, mas apenas acúmulo de cargas em um lado e falta no outro, a situação permanece estacionária. Suponhamos agora um gerador alternado seja conectado aos condutores em lugar da bateria. Desta forma o campo elétrico varia de sentido acompanhando as variações de polaridade nos bornes do gerador. Fig 5.1 - Relações entre os campos elétrico e magnético
  • 53. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL Na letra A da Fig 5.1, o ciclo tem inicio com o campo nulo e na letra B apresenta o valor máximo do campo, na letra C o campo volta ao zero antes da inversão e na letra D apresenta o valor máximo, em sentido contrário. Evidente que entre zero e o valor máximo e entre este e o próprio zero, a tensão do gerador e o campo elétrico assumem todos os valores intermediários. As cargas elétricas estão em movimento constante para um lado e para o outro. Esta movimentação de cargas constitui uma corrente elétrica alternada, pois flui em um sentido e depois para outro, anulando-se nos instantes de inversão. A corrente elétrica produz um campo magnético perpendicular ao condutor e nos sentidos indicados na Fig 5.1 (letras B e D). Assim, as cargas que geram o campo elétrico produzem, ao se movimentarem, o campo magnético. Os campos existem, simultaneamente, no espaço externo aos condutores e são perpendiculares entre si. No caso particular de um campo elétrico constante ao longo do tempo causado por cargas elétricas paradas, o campo magnético não existe, pois há necessidade de movimento de cargas para sua geração. A relação entre as intensidades do campo elétrico e de campo magnético é constante em cada meio, mas difere de um meio para outro. Por exemplo, a relação entre as intensidades no ar é diferente das relações na água ou no óleo, muito embora permaneçam constantes em cada um dos meios. 5.2.3 - Energia Contida Nos Campos Na Fig 5.2, um campo elétrico é gerado pela bateria conectada aos dois condutores. Este campo existe no espaço em torno dos condutores e produz o movimento de cargas em um terceiro condutor, sendo comprovado pelo uso de um amperímetro. Ora, o deslocamento de um corpo somente é possível, na natureza, se este de alguma forma receber energia de uma fonte externa (combustível, alimentos, vento, diferença de potencial, calor, etc.). A carga elétrica, no caso, recebe esta energia necessária ao seu deslocamento da própria causa do movimento, o campo elétrico. Este por sua vez, recebe a energia de sua própria causa, a bateria. Desta forma observamos que o campo elétrico transmite à distância, a energia de uma fonte (bateria), sem necessidade de nenhum contato físico entre a fonte e o elemento que executa trabalho.
  • 54. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL Fig 5.2 - Energia contida nos campos Se outro condutor for colocado noutro ponto, nas proximidades dos já existentes, também será observado o deslocamento de cargas elétricas, isto é, consumo de energia. Isto porque o campo transporta energia para qualquer ponto do espaço em torno da fonte e caso não existam cargas para recebê-las, a energia fica armazenada no próprio campo. A rigor, esta energia contida ou entregue pelo campo elétrico recebe o nome de ENERGIA ELÉTRICA. Com o uso de um gerador alternado em lugar da bateria, a transmissão de energia se faz de maneira semelhante. As cargas no condutor de prova fluem nos dois sentidos acompanhando as variações do campo. Em virtude da movimentação das cargas junto ao gerador passa a existir o campo magnético em combinação com o campo elétrico e, embora o mecanismo não seja tão simples, o campo magnético participa da transmissão e do armazenamento de parte de energia, neste caso conhecida como ENERGIA MAGNÉTICA. Na realidade, como os dois campos transmitem e armazenam energia, esta é denominada genericamente de ENERGIA ELETROMAGNÉTICA. Como é fácil de compreender, a Fig 5.2, mostra o modelo mais simples de envio de energia eletromagnética pelo espaço. Nas comunicações rádio, os geradores são os transmissores e as antenas os condutores. 5.2.4 - Deslocamento dos Campos Até então, foram apresentados os campos (elétricos, magnéticos, etc) tal como existem, sem maior preocupação de como interagem com os objetos dispostos no
  • 55. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-6 - ORIGINAL espaço em suas proximidades, a exemplo do visualizado na Fig 5.2. Observando a acima, é fácil verificar que o campo em torno da antena transmissora é uma conseqüência da distribuição das cargas na mesma. Por outro lado, o deslocamento de carga no condutor distante é conseqüência do campo presente na região. Assim, podemos compreender que existe uma seqüência entre os fenômenos, isto é, certo tempo decorre entre a “arrumação” de cargas na antena e o deslocamento de outras no condutor. Considerando como quase instantânea a interação entre os campos e as cargas, podemos afirmar que o tempo decorrido é praticamente gasto no deslocamento da energia, ou seja, dos campos no espaço entre os condutores. Na prática foi possível medir a velocidade do deslocamento dos campos, sendo esta igual a 3 x 108 m/s no vácuo, isto é, a velocidade da luz, representada por c = 3 x 108 m/s. Suponhamos que o gerador que alimenta a antena oscila na freqüência f = 1 MHz, ou seja, f = 1.000.000 Hz ou ainda, um milhão de ciclos por segundo. É evidente que um ciclo irá durar um milionésimo de segundo isto é, levará o período T, igual a: T = 1/ f = 1 micro segundo. Na letra A da Fig 5.3, os campos estão representados em um instante considerado, para fins de raciocínio, como t = O. Depois de decorrido meio período, isto é, 0,5 micro segundos, os campos se inverterão junto a antena, mas a configuração mostrada na letra A terá se deslocado de: d = c t = (3 x 108 ) x (0,5 x 106 ) = 150 m. O que pode ser visualizado na letra B da Fig 5.3. Quando houver decorrido um período completo, os campos na antena voltarão à configuração inicial e as distâncias percorridas serão as representadas na letra C da Fig 5.3.
  • 56. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-7 - ORIGINAL Fig 5.3 - Deslocamento dos campos Como o gerador funciona continuamente, os valores intermediários dos campos estarão sempre situados nas distâncias intermediárias daquelas onde se situam os três acima representados. A letra A da Fig 5.4 mostra os demais valores onde somente algumas intensidades de campo elétrico estão representadas. Na letra B da Fig 5.4 está a senóide que serve de envoltória aos valores do campo elétrico.
  • 57. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-8 - ORIGINAL Fig 5.4 - Deslocamento dos campos Outra senóide, representando a envoltória dos valores do campo magnético é perpendicular ao plano do papel, somente pode ser mostrada em representação tridimensional ou em perspectiva. Ao conjunto dos campos em deslocamento denomina-se ONDA ELETROMAGNÉTICA (Fig 5.5). Considerando os campos iniciais Eo e Ho, como a frente da onda, as senóides se deslocam sobre o eixo “d” com a velocidade da luz, enquanto continuam a ser geradas junto a antena. Devido à dificuldade de representar o campo magnético e, ainda, por sabermos de suas características na onda, é comum representar-se unicamente o campo elétrico.
  • 58. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-9 - ORIGINAL Fig 5-5 - Representação do campo elétrico 5.2.5 - Polarização Conforme estudado, existe uma relação bem determinada entre os campos elétricos e magnéticos, constantes para cada meio. Para fins de estudo bastava considerar, em muitos problemas, somente o campo elétrico. Sendo assim, tomamos a orientação do campo elétrico em relação a uma superfície de referência como descrevendo a POLARIZAÇÃO DA ONDA. Normalmente a orientação é feita com relação à própria superfície terrestre e, desta forma, as ondas do campo elétrico perpendiculares à superfície são consideradas de polarização vertical. As ondas do campo elétrico paralelas à superfície são consideradas de polarização horizontal (Fig 5.6). Como regra geral quando as antenas são constituídas por um fio ou haste, o campo elétrico segue a mesma orientação destas, isto é, antenas verticais emitem ondas de polarização vertical, enquanto as antenas horizontais produzem onda polarizadas horizontalmente.
  • 59. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-10 - ORIGINAL Fig 5.6 - Polarização 5.2.6 - Valores característicos das Ondas Nesta fase do estudo é conveniente apresentarmos algumas das características das ondas eletromagnéticas. a) Amplitude È o valor numérico da grandeza periódica, medido na unidade conveniente. No caso, as grandezas são intensidades do campo magnético e intensidade do campo elétrico. b) Freqüência È o número de vezes, na unidade de tempo, que a onda assume uma determinada amplitude. É medida em Hertz. c) Ciclo É a porção da onda entre dois pontos sucessivos de mesma amplitude. O número de ciclos na unidade de tempo é a freqüência. d) Período E o tempo necessário à ocorrência de um ciclo e corresponde ao inverso da freqüência: T = 1/f segundos. e) Velocidade É calculada teoricamente e comprovada na prática como sendo, no vácuo igual a: C = 3 x 108 m/s.
  • 60. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-11 - ORIGINAL f) Comprimento de Onda É o deslocamento sofrido pela frente de onda durante um período ou, ainda, a distância entre dois pontos sucessivos de mesma amplitude analiticamente: - λ (Lambda) = cT metros. Como T = l/f teremos; e - λ (Lambda) = c/f metros, ou (a = f metros). 5.3 - MODULAÇÃO É obvia a necessidade de transmitir a voz a longas distâncias, mas a voz humana tem pequeno alcance, mesmo se amplificada, pois, devido à faixa de freqüência que ocupa (300 Hz a 5000 Hz), é muito atenuada por eventuais obstáculos e pela própria atmosfera. Por outro lado, como visto, as ondas eletromagnéticas de freqüências mais altas não são absorvidas pela atmosfera e ainda não são refletidas pela ionosfera, podendo por reflexão, circundar a terra. Além disso, estas ondas movem-se com a velocidade da luz, permitindo, portanto, contatos imediatos entre dois pontos quaisquer da terra. Como também já apresentado, infelizmente, essas ondas de freqüências mais altas não são audíveis pelo ser humano e por isso não podem ser usadas sozinhas em telecomunicações. Para contornar esse inconveniente, usamos o processo denominado MODULAÇÃO. Recapitulando, o som é um sinal alternado com amplitude e freqüência variáveis. Essa amplitude e freqüência são características próprias de cada som. Se conseguirmos fazer com que uma onda de alta freqüência que chamaremos de PORTADORA, sofra variações no tempo de sua amplitude, freqüência ou fase, variação essas, proporcionais aos valores da onda sonora, teremos modulado a portadora. O processo pelo qual alteramos as características da portadora é denominado "MODULAÇÃO". 5.3.1 - Classificação dos Sistemas quanto à Portadora Atualmente existem três sistemas de radiocomunicações: sistema sem portadora, sistema com portadora e sistema com portadora suprimida. a) Sistema sem Portadora Este constitui o sistema no qual a energia aparece somente quando existir informação. O sistema básico da telegrafia constitui-se em um bom exemplo, no qual um ponto é um pulso regular de curta duração, um traço é representado por um pulso regular de mais longa duração e o espaço é simbolizado pela ausência de corrente.
  • 61. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-12 - ORIGINAL b) Sistema com Portadora Neste, a energia existe constantemente entre o transmissor e o receptor, mesmo na ausência do sinal. A portadora é modificada (modulada) pelo sinal que carrega a informação, de alguma maneira que permite, ao receptor, extrair da portadora modulada, a informação desejada. Os processos pelos quais uma portadora pode ser modulada pelo sinal informação são os seguintes: modulação em amplitude (AM), modulação em freqüência (FM), modulação em fase e modulação por pulso. I) Modulação em Amplitude (AM) È o processo na qual a amplitude da portadora é variável de acordo com a amplitude do sinal modulador ou informação (Fig 8-7). Fig 5.7 - Modulação em Amplitude (AM) II) Modulação em Freqüência (FM) É o processo em que a onda portadora tem amplitude constante, porém, modificamos sua freqüência de acordo com a freqüência do sinal modulador (Fig 5.8).
  • 62. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-13 - ORIGINAL Fig 5.8 - Modulação em Freqüência (FM) III) Modulação em Fase É o processo cuja fase da onda portadora é modificada em função do sinal da informação. IV) Modulação por Pulso É o mais recente dos processos utilizados. Consiste na propriedade ou no fato de que é possível reconstituir-se um determinado sinal utilizando-se uma amostragem da forma de onda a ser transmitida, a intervalos periódicos. Deve-se ter o cuidado de utilizar uma freqüência de amostragem relativamente elevada. c) Sistema com Portadora Suprimida No sistema com portadora suprimida não existe portadora entre o transmissor e o receptor. No entanto, a onda portadora existe originalmente no sistema, sendo suprimida antes da transmissão. No sistema receptor ela deve ser reinserida, de modo que a informação possa ser extraída do sinal recebido. Sem sombra de dúvidas, embora tal sistema tenha como objetivo o incremento da eficiência, seja na questão de economia de espectro de freqüência, seja na redução da potência de transmissão, neste sistema a recepção é muito mais
  • 63. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-14 - ORIGINAL complexa e delicada do que no sistema com portadora transmitida. 5.3.2 - Classificação dos Sistemas quanto ao tipo de sinal Sabemos que os tipos de sinais são os mais variados possíveis. Porém em telecomunicações trabalharemos com determinados tipos que são os mais comumente utilizados. Associados aos respectivos tipos de sinais poderão ser encontrados os seguintes tipos de sistemas: a) Telefonia O sistema de telefonia é o que tem a finalidade de processar sinais de áudio (voz e música). b) Telegrafia O sistema telegráfico utiliza sinais elétricos constituídos de uma série de pulsos associados a códigos que representam caracteres (letras, números ou símbolos) ou quaisquer outros elementos de uma mensagem. Podem-se encontrar dois tipos básicos de telegrafia: I) Telegrafia Manual Este sistema utiliza o manipulador associado a circuitos de radiotelegrafia. II) Telegrafia Automática O equipamento básico deste sistema é o teletipo cuja variedade é grande. A transmissão pode ser manual, por meio de teclado, semelhante ao das máquinas de escrever, ou automática, feita por meio de uma fita perfurada que desliza no interior da máquina transmissora. A mensagem é recebida sob a forma de página impressa ou de fita, podendo ser, posteriormente, utilizada para transmissão a outro ponto. c) Fac-símile No sistema de fac-símile, a informação original tem a forma de fotografia, diagrama, mapa ou qualquer material gráfico. Uma fotografia é transformada em sinais elétricos na máquina transmissora por meio de varredura, na qual, um ponto de luz caminha em linhas sucessivas sobre a foto, até que toda a área tenha sido coberta. Durante a varredura, o ponto de luz é refletido com uma intensidade proporcional ao tom de sombra na minúscula parte da fotografia que está sendo focalizada naquele instante. Em muitas máquinas, a fotografia é montada em um tambor rotativo e a luz, refletida da foto, é convertida em corrente elétrica, por meio de uma célula fotoelétrica.
  • 64. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-15 - ORIGINAL d) Televisão No sistema de televisão a informação é representada por uma cena diante de uma câmera de TV ou projeção cinematográfica. Por processo de varredura (horizontal e vertical), rápida, as imagens são convertidas em sinais elétricos. O sistema de televisão é semelhante ao do fac-símile, somente que em alta velocidade. A fim de manter a ilusão de movimento continuo, são apresentadas trinta imagens por segundo ao expectador, na TV comercial. e) Transmissão de Dados Neste sistema, os dados ou informações representam as mais variadas quantidades: uma altura, uma velocidade, uma pressão, etc. Estas quantidades podem ser transmitidas por uma rotação de eixos, por uma tensão, por uma corrente ou por outra forma qualquer de sinal. O instrumento transmissor transforma esta informação em sinal elétrico, apropriado para transmissão. É necessário, normalmente, transmitir vários dados simultaneamente. Grupam-se vários canais de dados em um ou mais conjuntos que podem ser transmitidos por meio de um canal telefônico. No equipamento receptor é feita a separação em canais individuais e, cada sinal correspondente é convertido em uma rotação de eixo, uma leitura de medidor, uma tensão, uma corrente ou outra indicação qualquer. 5.3.3 - Espectro de Freqüência A representação gráfica de um sinal modulado é difícil de ser interpretada. Para tal utiliza-se uma simplificação que permitirá visualizar, rapidamente, todos os elementos da onda modulada. Na Fig 5.9 é apresentado um desenho simplificado chamado de espectro. Fig 5.9 - Espectro
  • 65. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-16 - ORIGINAL Numa linha horizontal representaremos os valores das freqüências envolvidas. A cada uma dessas freqüências corresponderá uma linha vertical de determinado comprimento, que traduz a amplitude daquela freqüência. Isto é mostrado no exemplo seguinte: Denominaremos as representações na Fig 5.9: - Fo = Freqüência da onda portadora; - Eo = Amplitude da portadora; - Fm = Freqüência instantânea da onda modulada; e λ (Lambda); e - Ma = Índice de modulação. Considerando a freqüência da portadora como sendo 15.100 KHz e o tom do sinal modulador de 5 KHz, após a modulação, a portadora será composta por três freqüências: a portadora e duas bandas laterais, resultante do batimento entre a freqüência da portadora e a freqüência instantânea do sinal modulado. Na letra A da Fig 5.10, temos representado o sinal modulante, a portadora e a portadora modulada e na letra B, o espectro de freqüências resultante. Observamos que a banda lateral superior (USB) está situada a 5 KHz acima da portadora (15.100 KHz, isto é, USB = 15.105 KHz). A banda lateral inferior (LSB) está situada a 5 KHz abaixo da portadora, ou seja, LSB 15.095 KHz. Como podemos notar, o transmissor de AM ocupa uma largura no espectro de 10 KHz e a freqüência máxima permitida para sinal modulante em AM é de 5 KHz.
  • 66. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-17 - ORIGINAL Fig 5.10 - Representação de sinais 5.3.4 - Distribuição de Potência Nos transmissores modulados em amplitude a potência de cada banda lateral depende do índice de modulação. Para o caso de 100% de modulação, a portadora contém 66,6% de potência total transmitida, enquanto que cada banda lateral contém 16,6% como podemos verificar na Fig 5.10. Como vimos anteriormente, a onda modulada em amplitude é composta de três
  • 67. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-18 - ORIGINAL freqüências: a freqüência da portadora e suas bandas laterais. Quando não possuem modulação, toda potência de saída está contida na portadora. Toda vez que aplicamos o sinal modulante, isto é, aumentamos o índice de modulação, surgem as bandas laterais contendo cada uma delas, um pouco de potência que antes estava contida na portadora. Quanto maior for o índice de modulação tanto maior será a potência distribuída nas bandas laterais. A potência total aplicada na antena será a soma das potências contidas na portadora e nas bandas laterais. Essa potência será dada por: Pt = m2 . PP . + m2 . PP . + PP . 4 4 Correspondendo o 1º termo da fórmula à Banda Lateral Inferior, o 2º a Banda Lateral Superior e o terceiro à Portadora. Simplificando, temos: Pt = m2 . PP + PP = PP x (1 + m2 ) 2 2 Onde: Pt = Potência total na antena PP = Potência da portadora sem modulação m = índice de modulação O mesmo processo é válido para a tensão contida em cada banda lateral. Observamos que na Fig 5.10 o espectro é a fórmula pela qual podemos determinar o nível de tensão em cada banda lateral. Exemplo prático: Imaginemos um transmissor de AM, com uma potência total na antena de 500 W, e com um índice de modulação de 80%. Determinar a potência da portadora e a potência em cada banda lateral. Substituindo os valores na fórmula teremos: 500 = PP x (1 + 0,8² ), logo PP = 378,7 W 2 No caso de modulação em amplitude, a potência distribuída em cada banda lateral é simétrica, isto quer dizer que, as potências nas duas bandas laterais são iguais (PBLI = PBLS). Além disso, a potência total é a soma das três potências, ou seja: Pt = PP + PBLI + PBLS e teremos,
  • 68. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-19 - ORIGINAL PBLI = PBLS = Pt - PP = 500 – 378,7 = 56,50 W 2 2 5.3.5 - Eficiência da Modulação em Amplitude A baixa eficiência dos sistemas em AM decorre dos seguintes fatores: - a repetição da mesma informação em duas bandas laterais, quando apenas uma levaria a informação necessária; - a emissão de uma grande amplitude da portadora, quando esta não leva qualquer informação; e. - a dificuldade em eliminar as variações bruscas de amplitude causadas pelos ruídos, sob pena de eliminar também a informação. Isto faz com a transmissão em AM seja normalmente ruidosa. 5.3.6 - Comparação entre os Sistemas de AM e FM No sistema de AM a onda portadora "carrega" a informação em sua amplitude, isto é, a informação que desejamos transmitir, faz a amplitude da onda variar. Neste caso existe um gerador de ondas que produz uma onda portadora com amplitude constante e injeta esta radiofreqüência num modulador. A voz que desejamos transmitir, também é injetada no modulador, fazendo com que a amplitude na portadora aumente ou diminua conforme a amplitude do sinal modulante. Posteriormente esta "mistura" de onda é enviada para o espaço por intermédio da antena. Apesar de este sistema ser muito popular, a transmissão em AM possui uma série de inconvenientes sendo um deles o fato de que os ruídos atmosféricos também acabam modulando a onda portadora. (Fig 5.11). Fig 5.11 - Comparação entre os sistemas de AM e FM
  • 69. OSTENSIVO CGCFN-6101 OSTENSIVO - 5-20 - ORIGINAL Outro grande inconveniente é o fato de que cada emissora opera numa faixa de apenas 10 KHz de largura. Com isto, a máxima freqüência de informações que podemos transmitir é de 5 KHz. Quando injetamos este sinal modulante e a onda portadora no estágio modulador aparecerá a soma e a diferença das duas ondas, ou seja, se a emissora está operando na freqüência de 600 KHz e estamos transmitindo uma informação de 5 KHz teremos, na saída do modulador: 600 KHz + 5 KHz = 605 KHz e 600 KHz - 5 KHz = 595 KHz e também 600 KHz. Tendo 10 KHz de faixa (5 KHz de cada lado da portadora) dizemos que a largura de faixa é 10 KHz. Logo, as emissoras vizinhas devem estar operando 10 KHz acima e 10 KHz abaixo de 600 KHz. Dessa forma haverá duas emissoras “vizinhas” uma em 610 KHz e a outra em 590 KHz. Se estas três emissoras estiverem transmitindo dentro de suas respectivas faixas, obviamente não sofrerão interferências entre si. Este fenômeno de soma e diferença de freqüência no modulador sempre ocorre quando estamos operando próximo a duas ou mais freqüências, isto é, teremos uma limitação que chamamos de bandas laterais. No entanto, devido à largura de faixa ser muito pequena, não podemos transmitir toda a gama de freqüências audíveis (20 Hz a 20 KHz). Para solucionar estes inconvenientes, criou-se uma outra modalidade de transmissão chamada FREQÜÊNCIA MODULADA. Neste sistema, a onda portadora tem sempre amplitude constante e a informação provoca uma variação da freqüência da portadora e por este motivo é chamado de FM (Freqüência Modulada). A grande vantagem de se variar a freqüência nesse sistema é que os ruídos atmosféricos que tendem a modular a onda portadora pela amplitude, não afetam as informações de áudio contidas na variação de freqüência da portadora (Fig 5.12).