2. O nascimento da Antropologia
Visual
Período: Segunda metade do século XIX
com a revolução industrial e a invenção da
fotografia e do cinema.
Surgimento como auxiliar das pesquisas
de campo, como também de registro e
documentação de grupos étnicos e
práticas culturais ameaçadas de
desaparecimento pelo avanço da política
neocolonial.
No princípio, garantia a objetividade do
olhar do antropólogo diante de outros
povos e costumes.
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3. O cinema e a Antropologia Visual
Ambos atuam num mesmo processo de observação
científica.
O surgimento ocorre na mesma época, durante a expansão
industrial e diante de uma atitude mais analítica perante os
fatos científicos.
No século XIX o objeto de observação tanto do cinema e da
antropologia era o “outro”, o tipo “exótico”, a realidade
distante.
Ao longo do século XX ocorreram diversas reestruturações
a partir das dinâmicas sócio-históricas que influenciaram o
posicionamento da antropologia visual e do cinema diante
dos modelos globais.
“As tendências visualizantes do discurso antropológico
abririam também o caminho à representação
cinematográfica das culturas”. José da Silva Ribeiro.
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4. Margareth Mead
Os antropólogos
culturalistas Margareth
Mead e Gregory
Bateson realizaram
valiosos registros
sobre o modo de vida
balinês e
documentaram
diversos aspectos do
cotidiano dos seus
habitantes.
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5. Bronislaw Malinowski
Bronislaw
Malinowski é
considerado o
criador do método
do trabalho de
campo, seus
registros visuais no
Pacífico Sul
enriquecem a sua
etnologia.
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6. Franz Boas
Franz Boas
pesquisando entre os
Inuit realizou
documentários curtos
com os nativos
registrando suas
danças e festas.
A fotografia foi outro
recurso bastante
utilizado em todas as
temporadas de
trabalho de campo
feitas por Boas.
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7. A polifonia do documentário
Redefinição da Antropologia Visual para uma
Antropologia da comunicação visual.
Segundo CANEVASSI (2001), “ (...) o visual leva
a multiplicar as tramas da comunicação dentro de
suas respectivas culturas”.
Os nativos negam-se o papel de simples objetos
observados e participam ativamente da renovação
da antropologia visual apresentando os seus
próprios pontos de vista a partir de suas
dinâmicas sociais.
A Antropologia Visual é usada como recurso de
afirmação identitária e reconhecimento cultural
pelos povos nativos.
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8. Terence Turner
desenvolve pesquisas
junto aos Caiapós
(Kayapó) nas quais os
recursos visuais são
explorados pelos
próprios nativos,dando
outros significados
para as suas práticas,
diferentes dos
sentidos dados pelo
antropólogo.
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9. Os xavantes do Vale
do Xingu desenvolvem
projetos de produção
visual e discutem seus
pontos de vista a partir
de uma visão que
elaboram de si
mesmos e das suas
especificidades
culturais. Acima
imagem do
documentário
Etenhiritipá.
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10. Conclusões
A Antropologia Visual é um terreno fértil
para as ações afirmativas e a prática do
relativismo cultural.
O processo de emergências étnicas vem
beneficiando-se das tecnologias visuais
para apresentar seus projetos de reforço
identitário.
Segundo CANEVASSI (2001), os nativos
recusam serem vistos enquanto objetos
museificados e catalogados, apontando
mudanças na visão de si e dos outros.
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