SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 93
Baixar para ler offline
PATOGENIA DAS VIROSES
RNA
crisfink@usp.br
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Os vírus causam doença quando:
• transpõem barreiras protetoras naturais
• escapam do controle imunológico e matam
células de um tecido importante
• deflagram resposta imune e inflamatória
destrutiva
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• A evolução de uma infecção viral é determinada:
- pela natureza da interação entre vírus e
hospedeiro
- pela resposta imune do individuo
- a infecção pode evoluir para doença ou não
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• A doença viral é determinada por:
- tecido-alvo
- fatores virais: - cepa do vírus, tamanho do
inoculo
- resposta imune do individuo infectado
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Processo de desenvolvimento das
infecções/doenças:
• Penetração – disseminação – replicação – lesão –
doença
• Infecção pode ou não levar a doença
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Virulência
Fatores virais:
• Capacidade de produzir doenças (patologias) no
hospedeiro
• Cepa viral – H1N1
• Carga viral (inóculo)
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Fatores do hospedeiro
• Susceptibilidade ou resistência à infecção dependem
de:
• Potencial genético
• Fatores nutricionais
• Estado imune
• Stress
• Gravidez
• Idade
• Presença ou ausência de febre
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Penetração
• Vias de entrada:
• Trato respiratório – gotículas ou aerossóis
• Infecções localizadas (resfriados) ou generalizadas
(sarampo)
• Trato digestivo – fecal-oral
• Infecção entérica – gastroenterocolites agudas
• Doenças generalizadas
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Penetração
• Vias de entrada:
• Trato genito-urinário – fluidos
• Lesões locais – HPV
• Doenças generalizadas – HIV
• Conjuntivas – gotículas ou aerossóis
• Infecções localizadas – conjuntivites
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Penetração
• Vias de entrada:
• Lesões de pele ou mucosas
• microfissuras (HIV, HSV) mordeduras (vírus da raiva),
picada de artrópodes (virus da dengue)
• Transmissão vertical
• Infecções intra-utero (HIV, CMV, HSV)
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Replicação
• Susceptibilidade
• Permissividade
• Danos celulares
• Bloqueio de síntese proteica, DNA e RNA
• Citólise
• Alteração das funções celulares normais
• Alteração da membrana plasmática
• Presença de proteínas ou glicoproteinas estranhas ao sistema
imune
• Presença de proteinas de fusão
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Replicação viral
• Replicação primária
• Replicação inicial após entrada no hospedeiro
• Dispersão sistêmica
• Célula a célula ou vias hematogênica, linfática ou SNC
• Replicação secundária
• Ocorre em órgãos/tecidos susceptíveis após a disseminação
sistêmica
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Tropismo viral
• Depende de:
• Receptores celulares
• Habilidade celular de suportar a replicação viral
• Barreiras físicas
• Temperatura local
• pH
• Resistência a enzimas digestivas e bile
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Clearence viral ou persistência
• A maioria das infecções virais é autolimitada, no
entanto, algumas podem permanecer. Elas podem
ser:
• Latentes: os vírus permanecem completamente
latentes, integrados à célula
• Persistentes: os vírus continuam a se replicar em
níveis muito baixos
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Picornavirus – capsídeo pequeno sem envelope, RNA
sentido +, resistentes a pHs de 3 a 9, detergentes,
tratamento inadequado de esgotos.
• Enterovirus
• Poliovirus 1, 2 e 3
• Hepatite A
• Rinovirus
• 1 a 100
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Enterovirus
• Geralmente assintomáticos, mas podem produzir até
doença paralítica (poliovirus)
• Transmissão fecal-oral
• Vias aéreas superiores, orofaringe e trato intestinal
são as portas de entrada
• A replicação viral inicia-se na mucosa e tecido linfoide
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Poliovirus
• 3 sorotipos – 1, 2 e 3
• Transmissão fecal-oral
• O ser humano é o reservatório natural
• O vírus se multiplica na orofaringe, placa de Peyer
• Por via hematogênica atinge o SNC
• Replicação viral ocorre no Corno anterior da anterior
da medula e cortex motor
• Leva a paralisia flácida em 2% das infecções
• Prevenção - Sabin
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Vírus da Hepatite A (HVA)
• 40% dos casos agudos de hepatite são causados
pelo HVA
• Ingerido, atinge o fígado através da corrente
sanguínea
• Alvo – células parenquimatosas do fígado
• Replica-se lentamente sem produzir sintomas
aparentes
• O vírus é liberado na bile e daí para as fezes onde é
eliminado em altas concentrações
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Vírus da Hepatite A (HVA)
• Dissemina-se facilmente em uma comunidade já que
a excreção inicia-se antes do surgimento dos
sintomas
• Aproximadamente 90% das crianças e até 50% dos
adultos possuem infecções inaparentes porem
produtivas
• Os moluscos (mariscos, ostras e mexilhões) são
fontes importantes de vírus
MECANISMOS DA PATOGENIA VIRAL
Virus da Hepatite C - HCV
Características gerais do virus:
Virion: envelopado, esférico, cerca de 50 nm de diâmetro
Replicação:
citoplasma
Tropismo celular:
hepatócitos
Transmissão:
Contato sexual
Sangue
Geografia: em todo o mundo
Patologias:
Hepatite C
Carcinoma hepatoceluar
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Rinovirus
• São lábeis no trato gastrointestinal
• Crescem melhor a 33ºC – predileção por regiões mais
frias da mucosa nasal
• O virus penetra atraves do nariz, olhos ou boca e inicia
a infecção das vias aéreas superiores
• A maior parte da replicação ocorre no nariz e a
gravidade do quadro depende da carga viral
• As células infectadas liberam bradicinina e histamina
(vasodilatadores e permeabilizantes vasculares)
causando a rinorreia
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Paramixovirus
• RNA fita simples, sentido negativo, pleomórficos (sem
simetria), envelopados
• Sarampo, caxumba, parainfluenza, virus sincicial
respiratório
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Sarampo
• Causa fusão celular formando células gigantes
(sincícios)
• O virus passa de uma célula a outra
• Transmissão interpessoal através de gotículas
• Replicação em trato respiratório
• Disseminação em sistema linfático
e SNC
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Caxumba
• Parotidite viral benigna aguda
• Apenas um sorotipo conhecido
• Provoca infecção lítica das células
• Infecta células epiteliais das vias aéreas superiores e
atinge a glândula parótida
• Dissemina-se por viremia até: testículos, ovários, pâncreas,
tireóide, entre outros
• Ocorre infecção sintomática do sistema nervoso central em
50% dos indivíduos infectados
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Caxumba
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Virus Sincicial Respiratório (VRS)
• Causa mais frequente de infecção fatal em lactentes e
crianças de baixa idade
• Infecta praticamente todas as crianças até os 4 anos,
mas reinfecções ocorrem ao longo da vida
• Produz infecção localizada nas vias respiratórias
• Ocorre necrose dos brônquios resultando na formação
de tampões (muco + fibrina + material necrótico)
• As vias aéreas dos lactentes são rapidamente obstruídas
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Parainfluenza
• Existem quatro sorotipos do virus: parainfluenza 1, 2,3 e 4
• Infectam células epiteliais das vias aéreas superiores
• Causa formação de células gigantes e lise celular
• Em geral permanecem nas vias aéreas superiores
causando resfriado
• Em 25% dos casos atinge as vias aéreas inferiores
• 2 a 3% dos casos assumem a forma grave de
laringotrqueobronquite (crupe)
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Ortomixovirus
• Influenza A, B e C (apenas A e B produzem doença
significativa)
• Possuem genoma de RNA segmentado, de sentido
negativo, com envelope
• Duas glicoproteinas são fundamentais para a infecção
viral:
• Hemaglutinina – proteina de fixação do virus
• Neuraminidade – facilita a liberação dos virus das
células infectadas
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Influenza
• Estabelece, inicialmente, infecção local nas vias aéreas
superiores (células secretoras de muco, células ciliadas
e outras células epiteliais)
• Quando o vírus se dissemina para as vias aéreas
inferiores causa grave descamação do epitélio brônquico
• Compromete as defesas naturais das vias respiratórias e
promove a adesão de bactérias às células epiteliais
• Pode ocorrer pneumonia viral ou bacteriana
• Ocorre resposta imune inflamatória
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Influenza – Classificação antigênica
• Tipo de antígeno interno: A ou B
• Animal em que se isolou (no caso do homem, omite-se)
• Origem geográfica
• Número da estirpe do laboratório de origem
• Ano de isolamento
• Forma dos antígenos superficiais: subtipo H e subtipo N
(ocorre somente no Influenza A)
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Influenza
• Shift antigênico - alteração genética que permite que
uma cepa do vírus da gripe possa saltar de uma espécie
animal para outro, incluindo os seres humanos.
• Pode acontecer de três maneiras:
• Uma ave passa uma cepa aviária da gripe A para um
hospedeiro intermediário, como um frango ou porco.
• Uma pessoa passa uma cepa humana da gripe A para o
frango ou porco mesmo.
• Quando o vírus infecta a mesma célula, há mistura dos
genes da cepa aviária com genes da cepa humana
produzindo um novo vírus
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Influenza
• Drift antigênico –
Mutação antigênica minor resulta do acumulo de
mutações que alteram o tipo de aminoácidos nos
epítopos das proteínas, ocorrendo tanto na
hemaglutinina como na neuraminidase, resultando na
alteração gradual do vírus. Estas alterações vão reduzir
a ligação aos anticorpos e assim a imunidade que já
existia no hospedeiro facilitando a disseminação do
vírus (no entanto, pode ocorrer imunidade parcial)
Rabdovirus
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Rabdovirus
• RNA virus fita única com sentido negativo
• Vírions em forma de projétil com envelope
• A infecção resulta da mordida de um animal infectado
(raivoso)
• O vírus é secretado na saliva
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Rabdovirus
• Pode infectar diretamente as terminações nervosas por sua
ligação com receptores de acetilcolina (neurotransmissor)
• O vírus permanece no local do inóculo durante alguns dias
até meses antes de alcançar o SNC
• O virus dirige-se aos gânglios da raiz dorsal (aglomerado de
neurônios) e medula espinal (continuação do encéfalo que
se aloja no interior da coluna vertebral)
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Flavivirus
• Arbovirus – transmitidos por artrópodes
• Dengue e febre amarela (zoonose)
• São adquiridos em decorrência da picada de um
artrópode (mosquito Aedes)
• Pode causar infecções líticas ou persistentes em
hospedeiro vertebrados e invertebrados
• Nos invertebrados as infecções são persistentes com
produção contínua de virus
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Flavivirus
• Dengue e febre amarela
• Os mosquitos fêmeas adquirem o vírus alimentando-se
do sangue de um vertebrado virêmico
• O vírus infecta as células epiteliais do intestino do
mosquito, dissemina-se para a circulação até as
glândulas salivares
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Flavivirus
• Após a picada, o mosquito fêmea regurgita a saliva que
contem o vírus para a corrente sanguínea da “vítima”
• O vírus passa a circular livremente no plasma até atingir
células susceptíveis – macrófagos, monócitos e sistema
reticuloendotelial (células com capacidade fagocitária)
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Filoviridae
• Inclui três gêneros: Cuevavirus, Marburgvirus, e
Ebolavirus.
• Virus Ebola
• O vírus Ebola causa uma doença aguda, grave, sempre fatal quando não
tratada (EVD). É também conhecida como febre hemorrágica Ebola.
• A taxa de letalidade média EVD é em torno de 50%. As taxas de letalidade
variaram de 25% a 90% em surtos anteriores.
• A EVD surgiu, inicialmente, em 1976 em dois surtos simultâneos em Nzara
(Sudão), e em Yambuku, (República Democrática do Congo). Mais tarde
ocorreu em uma aldeia próxima ao rio Ebola, do qual recebeu seu nome.
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Transmissão
• Acredita-se que os morcegos frugívoros da família Pteropodidae são
os hospedeiros naturais do vírus Ebola.
• Ebola é introduzido na população humana através do contato com o
sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais
infectados, como os chimpanzés, gorilas, morcegos, macacos,
antílopes florestais e porcos-espinho encontrados doentes ou mortos
ou na floresta.
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Transmissão
• Ebola então se espalha de humano para humano via contato direto
(através da pele lesionada ou mucosas) com sangue, secreções, órgãos
ou outros fluidos corporais de pessoas infectadas, e com superfícies e
materiais (por exemplo, roupas de cama, roupas) contaminados por
estes fluidos.
• Os profissionais de saúde têm sido frequentemente infectados durante o
tratamento de pacientes com suspeita ou confirmação de EVD, devido
ao contato próximo com o paciente sem as devidas precauções.
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Transmissão
• Cerimônias fúnebres onde se tem contato direto com o corpo da pessoa
falecida, também podem desempenhar um papel na transmissão de
Ebola.
• Diversos fluidos corporais, incluindo semen e leite materno podem
conter o vírus.
• Homens que se recuperaram da doença ainda podem transmitir o vírus
por meio de seu sêmen por até sete semanas após sua recuperação.
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Sintomas da doença
• O período de incubação (intervalo entre a infecção e o início dos
sintomas) varia entre 2 a 21 dias
• Os humanos não são infectantes até o início dos sintomas.
• Os primeiros sintomas são o aparecimento súbito de febre, fadiga,
dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta.
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Sintomas da doença
• Seguem-se vômitos, diarreia, prurido, sintomas de perda de função
renal e hepática, e, em alguns casos, hemorragia (por exemplo, a
partir das gengivas, sangue nas fezes).
• Os achados laboratoriais incluem baixa quantidade de glóbulos
brancos e plaquetas, além de elevação das enzimas hepáticas.
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Prevenção e controle
• O controle adequado dos surtos depende da aplicação de um pacote
de intervenções: vigilância, rastreio dos contatos, serviço laboratorial,
funerais seguros e mobilização social
• Aumentar a conscientização sobre os fatores de risco para a infecção
por Ebola e medidas de proteção que as pessoas podem tomar são
formas eficazes de reduzir a transmissão humana.
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Prevenção e controle
• A redução de risco deve se concentrar em vários fatores:
• Reduzir o risco de transmissão da vida selvagem para humano de contato
com morcegos infectados frutas ou macacos / macacos e o consumo de
sua carne crua.
• Monitorar contactantes sadios por 21 dias
• Manter boa higiene, especialmente lavagem constante das mãos
• Ambiente limpo
• Os animais devem ser manuseados com luvas e outras peças de
vestuário de proteção adequado. Produtos de origem animal (sangue e
carne) devem ser bem cozidos antes do consumo.
Year Country
Ebolavirus
species
Cases Deaths Case fatality
2012
Democratic
Republic of
Congo
Bundibugyo 57 29 51%
2012 Uganda Sudan 7 4 57%
2012 Uganda Sudan 24 17 71%
2011 Uganda Sudan 1 1 100%
2008
Democratic
Republic of
Congo
Zaire 32 14 44%
2007 Uganda Bundibugyo 149 37 25%
2007
Democratic
Republic of
Congo
Zaire 264 187 71%
2005 Congo Zaire 12 10 83%
2004 Sudan Sudan 17 7 41%
2003 (Nov-Dec) Congo Zaire 35 29 83%
2003 (Jan-Apr) Congo Zaire 143 128 90%
2001-2002 Congo Zaire 59 44 75%
2001-2002 Gabon Zaire 65 53 82%
2000 Uganda Sudan 425 224 53%
1996
South Africa (ex-
Gabon)
Zaire 1 1 100%
1996 (Jul-Dec) Gabon Zaire 60 45 75%
1996 (Jan-Apr) Gabon Zaire 31 21 68%
1995
Democratic
Republic of
Congo
Zaire 315 254 81%
1994 Cote d'Ivoire Taï Forest 1 0 0%
1994 Gabon Zaire 52 31 60%
1979 Sudan Sudan 34 22 65%
1977
Democratic
Republic of
Congo
Zaire 1 1 100%
1976 Sudan Sudan 284 151 53%
1976
Democratic
Republic of
Congo
Zaire 318 280 88%
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Zika virus
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Formas de transmissão
• Vetorial
 Aedes aegypt
 Aedes africanus
 Aedes albopictus
 Ae. Dalzieli
 Ae. Hensilli
 Ae.luteocephalus
 Ae. Vittatus
 Ae. Unilineatus
 Culex – infecção
natural
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
• Potenciais formas de transmissão não vetorial
 Transfusional
 2,8% dos doadores assintomáticos da
Polinésia Francesa – positivos
 Semen
 Isolado de 3 pacientes – antes dos sintomas
e até 10 semanas pós-infecção
 Transplacentária/perinatal
 Amamentação
 Saliva
 Mordida de macacos
MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL
Quadro clínico
 ≥80% dos casos - assintomáticos
 Sintomáticos – auto limitados
 Febre dengue-like
 37,8 – 38,5°C
 Rash cutâneo
 Dor retro-orbital
 Conjuntivite
 Mialgia
 Artrite/artralgia
 Edema em tornozelos, pés e mãos
Quadro Clínico
Microcefalias
Características gerais
 As microcefalias e demais anomalias congênitas,
são definidas como alterações de estrutura ou
função do corpo que estão presentes ao
nascimento e são de origem pré-natal.
 Segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a microcefalia é uma anomalia em que o
Perímetro Cefálico (PC) é menor que dois(2) ou
mais desvios-padrão (DP) do que a referência
para o sexo, a idade ou tempo de gestação.
Microcefalias
Microcefalias
Microcefalia associada ao Zika virus
Universidade de Yale
HIV
• Retroviridae - lentívirus
• Vírus envelopados
• Ácido nucleico - RNA
• HIV1 e HIV2
• O genoma dos retrovírus é caracterizado por
codificar a transcriptase reversa(RT)
HIV
• O RNA viral precisa se integrar no DNA celular
para poder utilizar da maquinaria celular e
completar o seu ciclo celular, entretanto
tratam de materiais genéticos diferentes e não
seria possível realizar codificar um mRNA a
partir do RNA
HIV
• A transcriptase reversa é uma enzima que
auxiliará no processo de replicação do vírus.
• Essa enzima sintetiza uma fita de DNA
complementar ao RNA viral, sendo assim,
torna-se possível integrar o material na célula
hospedeira
História do HIV
• Final da década de 70
– Grande número de HSH, viciados em heroínas,
hemofílicos e haitianos (grupo dos 4H)
começaram a morrer por infecções oportunistas
normalmente benignas
– Impacto:
• social
• Econômico
• Banco de sangue
História do HIV
• A doença passou a se chamar GRID (gay related
infeccious disease)
• Só em 1981 foi descoberta a causa dessas doenças que
foi intitulada como HTLV III.
• Porém notou-se que os indivíduos infectados por esse
vírus apresentavam um declínio muito representável na
contagem dos linfócitos T
• Então surge o nome do vírus e da doenças
– HIV (Human immunodeficiency virus)
– AIDS (Acquired Immunodeficiency syndrome)
Ciclo viral
• A entrada do vírus é mediada pelo
reconhecimento do receptor CD4 presente em
células T e macrófagos, e em seguida utiliza
um co-receptor para completar o seu
reconhecimento:
– CXCR4
– CCR5
Ciclo viral
• Algumas enzimas essenciais atuarão em cada
etapa do ciclo viral
– Transcriptase reversa
– Integrase
– Protease
• Alvos importantes para o desenvolvimento de
drogas anti-retrovirais
AIDS
• O principal determinante na patogênese da
AIDS é o tropismmo viral por células T que
expressão CD4 (TCD4+)
• A imunodepressão induzida pelo HIV resulta
da redução no número dessas células, o que
dizima as funções de resposta imune.
Formas de transmissão
• Contato sanguíneo
– Sexual – secreções vaginais e sêmen
– Transfusão sanguínea
– Compartilhamento de materiais perfuro cortantes
– Perinatal a neonatos
• Não é transmitido
– Contato casual
– Secreções nasais ou salivares
Transmissão Sexual
• O ato sexual pode gerar pequenas fissuras no
epitélio vaginal/peniano, essas microfissuras
auxiliam no contato sanguíneo
• Pessoas sexualmente ativas
Síndromes Clínicas
• Em virtude da Imunodepressão grave causada
pelo vírus muitos agentes oportunistas podem
iniciar um processo infeccioso subsequente
– Toxoplasmose
– Tuberculose
– Outros vírus
– Pneumocystis carini
Síndrome Clínicas
• Neoplasias
– Sarcoma de Kaposi – herpesvírus humano 8
– Linfoma relacionado ao EBV
• Demência causada pelo HIV
– Infecção das células da microglia e neurônios, essa
infecção leva a uma deteorização neurológica.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia ClínicaMicrobiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia ClínicaKaren Zanferrari
 
Imunidades das mucosas
Imunidades das mucosasImunidades das mucosas
Imunidades das mucosasLABIMUNO UFBA
 
Virus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUSVirus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUSFagner Souza
 
ICSA17 - Ativação de linfócitos B e Resposta Imune Humoral
ICSA17 - Ativação de linfócitos B e Resposta Imune HumoralICSA17 - Ativação de linfócitos B e Resposta Imune Humoral
ICSA17 - Ativação de linfócitos B e Resposta Imune HumoralRicardo Portela
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação ViralAula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação ViralJaqueline Almeida
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologiaMessias Miranda
 
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificação
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificaçãoMicrobiologia: meios de cultura e provas de identificação
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificaçãoJoão Marcos
 
Virologia Geral - Patogenia das infecções virais
Virologia Geral - Patogenia das infecções viraisVirologia Geral - Patogenia das infecções virais
Virologia Geral - Patogenia das infecções viraisWilia Diederichsen
 
Imunidade nas mucosas e secreções
Imunidade nas mucosas e secreçõesImunidade nas mucosas e secreções
Imunidade nas mucosas e secreçõesLABIMUNO UFBA
 
Aula espermograma ( erika caldas e sergio piva)
Aula espermograma ( erika caldas e sergio piva)Aula espermograma ( erika caldas e sergio piva)
Aula espermograma ( erika caldas e sergio piva)gruposaocamilo
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesRicardo Portela
 

Mais procurados (20)

Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia ClínicaMicrobiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
Microbiota Natural do corpo humano - Microbiologia Clínica
 
Sistema Complemento
Sistema ComplementoSistema Complemento
Sistema Complemento
 
Imunidades das mucosas
Imunidades das mucosasImunidades das mucosas
Imunidades das mucosas
 
Virus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUSVirus, AULA DE VIRUS
Virus, AULA DE VIRUS
 
ICSA17 - Ativação de linfócitos B e Resposta Imune Humoral
ICSA17 - Ativação de linfócitos B e Resposta Imune HumoralICSA17 - Ativação de linfócitos B e Resposta Imune Humoral
ICSA17 - Ativação de linfócitos B e Resposta Imune Humoral
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação ViralAula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
Aula de Microbiologia Clínica sobre Estrutura, Replicação e Classificação Viral
 
Slides fungos
Slides  fungosSlides  fungos
Slides fungos
 
Sistema Imunológico
Sistema ImunológicoSistema Imunológico
Sistema Imunológico
 
Imunologia
ImunologiaImunologia
Imunologia
 
Introdução à imunologia
Introdução à imunologiaIntrodução à imunologia
Introdução à imunologia
 
Anticorpos Função
Anticorpos FunçãoAnticorpos Função
Anticorpos Função
 
Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas Fungos e doenças relacionadas
Fungos e doenças relacionadas
 
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificação
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificaçãoMicrobiologia: meios de cultura e provas de identificação
Microbiologia: meios de cultura e provas de identificação
 
PPT sobre técnicas moleculares
PPT sobre técnicas molecularesPPT sobre técnicas moleculares
PPT sobre técnicas moleculares
 
INFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICA
INFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICAINFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICA
INFLAMAÇÃO AGUDA E CRÔNICA
 
Virologia Geral - Patogenia das infecções virais
Virologia Geral - Patogenia das infecções viraisVirologia Geral - Patogenia das infecções virais
Virologia Geral - Patogenia das infecções virais
 
Imunidade nas mucosas e secreções
Imunidade nas mucosas e secreçõesImunidade nas mucosas e secreções
Imunidade nas mucosas e secreções
 
Leishmaniose tegumentar e visceral
Leishmaniose tegumentar e visceral Leishmaniose tegumentar e visceral
Leishmaniose tegumentar e visceral
 
Aula espermograma ( erika caldas e sergio piva)
Aula espermograma ( erika caldas e sergio piva)Aula espermograma ( erika caldas e sergio piva)
Aula espermograma ( erika caldas e sergio piva)
 
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecçõesICSA17 - Resposta Imune a infecções
ICSA17 - Resposta Imune a infecções
 

Semelhante a Mecanismos da patogenicidade viral

Semelhante a Mecanismos da patogenicidade viral (20)

Patogenese viral bmm280
Patogenese viral bmm280Patogenese viral bmm280
Patogenese viral bmm280
 
Trabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficialTrabalho de biologia oficial
Trabalho de biologia oficial
 
Aula sobre Papiloma Vírus Humano HPV
Aula sobre Papiloma Vírus Humano HPVAula sobre Papiloma Vírus Humano HPV
Aula sobre Papiloma Vírus Humano HPV
 
Virologia geral - Prof Jean Santos - Odontologia UENP
Virologia geral - Prof Jean Santos - Odontologia UENPVirologia geral - Prof Jean Santos - Odontologia UENP
Virologia geral - Prof Jean Santos - Odontologia UENP
 
Picornavírus
PicornavírusPicornavírus
Picornavírus
 
Sarampo
SarampoSarampo
Sarampo
 
Virus
VirusVirus
Virus
 
Virus
VirusVirus
Virus
 
Hiv
HivHiv
Hiv
 
1 ano aula 2 virus e bacterias.pptx
1 ano aula 2 virus e bacterias.pptx1 ano aula 2 virus e bacterias.pptx
1 ano aula 2 virus e bacterias.pptx
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologia
 
Viroses x antivirais
Viroses x antiviraisViroses x antivirais
Viroses x antivirais
 
Malária [ETEC KK]
Malária [ETEC KK]Malária [ETEC KK]
Malária [ETEC KK]
 
1AULA biologia do hpv.pdf
1AULA biologia do hpv.pdf1AULA biologia do hpv.pdf
1AULA biologia do hpv.pdf
 
1AULA+biologia+do+hpv_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
1AULA+biologia+do+hpv_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx1AULA+biologia+do+hpv_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
1AULA+biologia+do+hpv_abcdpdf_pdf_para_ppt.pptx
 
Curso Online 1 - Dengue.pptx
Curso Online 1 - Dengue.pptxCurso Online 1 - Dengue.pptx
Curso Online 1 - Dengue.pptx
 
Vírus
VírusVírus
Vírus
 
Principais Zoonoses fiocruz
Principais Zoonoses  fiocruzPrincipais Zoonoses  fiocruz
Principais Zoonoses fiocruz
 
Gripe comum, suina e aviaria
Gripe comum, suina e aviariaGripe comum, suina e aviaria
Gripe comum, suina e aviaria
 
Resumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologiaResumo teórico de virologia
Resumo teórico de virologia
 

Mais de Jaqueline Almeida

Aula de Microbiologia Clínica sobre Características Gerais dos Vírus
Aula de Microbiologia Clínica sobre Características Gerais dos VírusAula de Microbiologia Clínica sobre Características Gerais dos Vírus
Aula de Microbiologia Clínica sobre Características Gerais dos VírusJaqueline Almeida
 
Aula de Microbiologia Clínica Sobre Micologia Microbiologia
Aula de Microbiologia Clínica Sobre Micologia MicrobiologiaAula de Microbiologia Clínica Sobre Micologia Microbiologia
Aula de Microbiologia Clínica Sobre Micologia MicrobiologiaJaqueline Almeida
 
Aula de Bioética sobre Transplante de Órgãos
Aula de Bioética sobre Transplante de ÓrgãosAula de Bioética sobre Transplante de Órgãos
Aula de Bioética sobre Transplante de ÓrgãosJaqueline Almeida
 
Aula de Bioética sobre Eutanásia
Aula de Bioética sobre EutanásiaAula de Bioética sobre Eutanásia
Aula de Bioética sobre EutanásiaJaqueline Almeida
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacterianaAula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacterianaJaqueline Almeida
 
Bacteriologia Clínica E morfologia, Constituintes e o Crescimento Bacteriano
Bacteriologia Clínica E morfologia, Constituintes e o Crescimento BacterianoBacteriologia Clínica E morfologia, Constituintes e o Crescimento Bacteriano
Bacteriologia Clínica E morfologia, Constituintes e o Crescimento BacterianoJaqueline Almeida
 
Aula de Bromatologia sobre Rotulagem de Alimentos - Legislação Brasileira (1)
Aula de Bromatologia sobre Rotulagem de Alimentos - Legislação Brasileira (1)Aula de Bromatologia sobre Rotulagem de Alimentos - Legislação Brasileira (1)
Aula de Bromatologia sobre Rotulagem de Alimentos - Legislação Brasileira (1)Jaqueline Almeida
 
Aula de Bromatologia sobre Umidade e Sólidos Totais
Aula de Bromatologia sobre Umidade e Sólidos TotaisAula de Bromatologia sobre Umidade e Sólidos Totais
Aula de Bromatologia sobre Umidade e Sólidos TotaisJaqueline Almeida
 
Aula de Bromatologia sobre Lipídios
Aula de Bromatologia sobre Lipídios Aula de Bromatologia sobre Lipídios
Aula de Bromatologia sobre Lipídios Jaqueline Almeida
 
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato EtéreoAula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato EtéreoJaqueline Almeida
 
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre UmidadeRoteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre UmidadeJaqueline Almeida
 
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre UmidadeRoteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre UmidadeJaqueline Almeida
 
Aula de Bromatologia sobre nitrogênio e conteúdo proteico
Aula de Bromatologia sobre nitrogênio e conteúdo proteicoAula de Bromatologia sobre nitrogênio e conteúdo proteico
Aula de Bromatologia sobre nitrogênio e conteúdo proteicoJaqueline Almeida
 
Aula de Microbiologia sobre meios de cultura e características bacterianas
Aula de Microbiologia sobre meios de cultura e características bacterianasAula de Microbiologia sobre meios de cultura e características bacterianas
Aula de Microbiologia sobre meios de cultura e características bacterianasJaqueline Almeida
 
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Ciência dos Alimentos
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Ciência dos AlimentosAula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Ciência dos Alimentos
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Ciência dos AlimentosJaqueline Almeida
 
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia Jaqueline Almeida
 
Aula de Bioética e Exercício Profissional Sobre Plataforma Lattes
Aula de Bioética e Exercício Profissional Sobre Plataforma LattesAula de Bioética e Exercício Profissional Sobre Plataforma Lattes
Aula de Bioética e Exercício Profissional Sobre Plataforma LattesJaqueline Almeida
 
Aula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
Aula de Imagenologia sobre Tomografia ComputadorizadaAula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
Aula de Imagenologia sobre Tomografia ComputadorizadaJaqueline Almeida
 
Aula de Imagenologia sobre Bobinas e campo Magnético.
Aula de Imagenologia sobre Bobinas e campo Magnético.Aula de Imagenologia sobre Bobinas e campo Magnético.
Aula de Imagenologia sobre Bobinas e campo Magnético.Jaqueline Almeida
 
Aula de Imagenologia sobre Segurança em Ressonância Magnética
Aula de Imagenologia sobre Segurança em Ressonância MagnéticaAula de Imagenologia sobre Segurança em Ressonância Magnética
Aula de Imagenologia sobre Segurança em Ressonância MagnéticaJaqueline Almeida
 

Mais de Jaqueline Almeida (20)

Aula de Microbiologia Clínica sobre Características Gerais dos Vírus
Aula de Microbiologia Clínica sobre Características Gerais dos VírusAula de Microbiologia Clínica sobre Características Gerais dos Vírus
Aula de Microbiologia Clínica sobre Características Gerais dos Vírus
 
Aula de Microbiologia Clínica Sobre Micologia Microbiologia
Aula de Microbiologia Clínica Sobre Micologia MicrobiologiaAula de Microbiologia Clínica Sobre Micologia Microbiologia
Aula de Microbiologia Clínica Sobre Micologia Microbiologia
 
Aula de Bioética sobre Transplante de Órgãos
Aula de Bioética sobre Transplante de ÓrgãosAula de Bioética sobre Transplante de Órgãos
Aula de Bioética sobre Transplante de Órgãos
 
Aula de Bioética sobre Eutanásia
Aula de Bioética sobre EutanásiaAula de Bioética sobre Eutanásia
Aula de Bioética sobre Eutanásia
 
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacterianaAula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
Aula de Microbiologia Clínica sobre Meios de cultura bacteriana
 
Bacteriologia Clínica E morfologia, Constituintes e o Crescimento Bacteriano
Bacteriologia Clínica E morfologia, Constituintes e o Crescimento BacterianoBacteriologia Clínica E morfologia, Constituintes e o Crescimento Bacteriano
Bacteriologia Clínica E morfologia, Constituintes e o Crescimento Bacteriano
 
Aula de Bromatologia sobre Rotulagem de Alimentos - Legislação Brasileira (1)
Aula de Bromatologia sobre Rotulagem de Alimentos - Legislação Brasileira (1)Aula de Bromatologia sobre Rotulagem de Alimentos - Legislação Brasileira (1)
Aula de Bromatologia sobre Rotulagem de Alimentos - Legislação Brasileira (1)
 
Aula de Bromatologia sobre Umidade e Sólidos Totais
Aula de Bromatologia sobre Umidade e Sólidos TotaisAula de Bromatologia sobre Umidade e Sólidos Totais
Aula de Bromatologia sobre Umidade e Sólidos Totais
 
Aula de Bromatologia sobre Lipídios
Aula de Bromatologia sobre Lipídios Aula de Bromatologia sobre Lipídios
Aula de Bromatologia sobre Lipídios
 
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato EtéreoAula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
Aula de Bromatologia sobre Lipídios ou Extrato Etéreo
 
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre UmidadeRoteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
 
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre UmidadeRoteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
Roteiro de Aula Prática de Bromatologia sobre Umidade
 
Aula de Bromatologia sobre nitrogênio e conteúdo proteico
Aula de Bromatologia sobre nitrogênio e conteúdo proteicoAula de Bromatologia sobre nitrogênio e conteúdo proteico
Aula de Bromatologia sobre nitrogênio e conteúdo proteico
 
Aula de Microbiologia sobre meios de cultura e características bacterianas
Aula de Microbiologia sobre meios de cultura e características bacterianasAula de Microbiologia sobre meios de cultura e características bacterianas
Aula de Microbiologia sobre meios de cultura e características bacterianas
 
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Ciência dos Alimentos
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Ciência dos AlimentosAula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Ciência dos Alimentos
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Ciência dos Alimentos
 
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
Aula de Bromatologia e Tecnologia de Alimentos sobre Bromatologia
 
Aula de Bioética e Exercício Profissional Sobre Plataforma Lattes
Aula de Bioética e Exercício Profissional Sobre Plataforma LattesAula de Bioética e Exercício Profissional Sobre Plataforma Lattes
Aula de Bioética e Exercício Profissional Sobre Plataforma Lattes
 
Aula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
Aula de Imagenologia sobre Tomografia ComputadorizadaAula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
Aula de Imagenologia sobre Tomografia Computadorizada
 
Aula de Imagenologia sobre Bobinas e campo Magnético.
Aula de Imagenologia sobre Bobinas e campo Magnético.Aula de Imagenologia sobre Bobinas e campo Magnético.
Aula de Imagenologia sobre Bobinas e campo Magnético.
 
Aula de Imagenologia sobre Segurança em Ressonância Magnética
Aula de Imagenologia sobre Segurança em Ressonância MagnéticaAula de Imagenologia sobre Segurança em Ressonância Magnética
Aula de Imagenologia sobre Segurança em Ressonância Magnética
 

Último

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 

Último (8)

Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 

Mecanismos da patogenicidade viral

  • 2. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Os vírus causam doença quando: • transpõem barreiras protetoras naturais • escapam do controle imunológico e matam células de um tecido importante • deflagram resposta imune e inflamatória destrutiva
  • 3. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • A evolução de uma infecção viral é determinada: - pela natureza da interação entre vírus e hospedeiro - pela resposta imune do individuo - a infecção pode evoluir para doença ou não
  • 4. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • A doença viral é determinada por: - tecido-alvo - fatores virais: - cepa do vírus, tamanho do inoculo - resposta imune do individuo infectado
  • 5. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Processo de desenvolvimento das infecções/doenças: • Penetração – disseminação – replicação – lesão – doença • Infecção pode ou não levar a doença
  • 6. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Virulência Fatores virais: • Capacidade de produzir doenças (patologias) no hospedeiro • Cepa viral – H1N1 • Carga viral (inóculo)
  • 7. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Fatores do hospedeiro • Susceptibilidade ou resistência à infecção dependem de: • Potencial genético • Fatores nutricionais • Estado imune • Stress • Gravidez • Idade • Presença ou ausência de febre
  • 8. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Penetração • Vias de entrada: • Trato respiratório – gotículas ou aerossóis • Infecções localizadas (resfriados) ou generalizadas (sarampo) • Trato digestivo – fecal-oral • Infecção entérica – gastroenterocolites agudas • Doenças generalizadas
  • 9. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Penetração • Vias de entrada: • Trato genito-urinário – fluidos • Lesões locais – HPV • Doenças generalizadas – HIV • Conjuntivas – gotículas ou aerossóis • Infecções localizadas – conjuntivites
  • 10. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Penetração • Vias de entrada: • Lesões de pele ou mucosas • microfissuras (HIV, HSV) mordeduras (vírus da raiva), picada de artrópodes (virus da dengue) • Transmissão vertical • Infecções intra-utero (HIV, CMV, HSV)
  • 11. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Replicação • Susceptibilidade • Permissividade • Danos celulares • Bloqueio de síntese proteica, DNA e RNA • Citólise • Alteração das funções celulares normais • Alteração da membrana plasmática • Presença de proteínas ou glicoproteinas estranhas ao sistema imune • Presença de proteinas de fusão
  • 12. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Replicação viral • Replicação primária • Replicação inicial após entrada no hospedeiro • Dispersão sistêmica • Célula a célula ou vias hematogênica, linfática ou SNC • Replicação secundária • Ocorre em órgãos/tecidos susceptíveis após a disseminação sistêmica
  • 13. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Tropismo viral • Depende de: • Receptores celulares • Habilidade celular de suportar a replicação viral • Barreiras físicas • Temperatura local • pH • Resistência a enzimas digestivas e bile
  • 14. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Clearence viral ou persistência • A maioria das infecções virais é autolimitada, no entanto, algumas podem permanecer. Elas podem ser: • Latentes: os vírus permanecem completamente latentes, integrados à célula • Persistentes: os vírus continuam a se replicar em níveis muito baixos
  • 15. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Picornavirus – capsídeo pequeno sem envelope, RNA sentido +, resistentes a pHs de 3 a 9, detergentes, tratamento inadequado de esgotos. • Enterovirus • Poliovirus 1, 2 e 3 • Hepatite A • Rinovirus • 1 a 100
  • 16.
  • 17. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Enterovirus • Geralmente assintomáticos, mas podem produzir até doença paralítica (poliovirus) • Transmissão fecal-oral • Vias aéreas superiores, orofaringe e trato intestinal são as portas de entrada • A replicação viral inicia-se na mucosa e tecido linfoide
  • 18. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Poliovirus • 3 sorotipos – 1, 2 e 3 • Transmissão fecal-oral • O ser humano é o reservatório natural • O vírus se multiplica na orofaringe, placa de Peyer • Por via hematogênica atinge o SNC • Replicação viral ocorre no Corno anterior da anterior da medula e cortex motor • Leva a paralisia flácida em 2% das infecções • Prevenção - Sabin
  • 19.
  • 20.
  • 21. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Vírus da Hepatite A (HVA) • 40% dos casos agudos de hepatite são causados pelo HVA • Ingerido, atinge o fígado através da corrente sanguínea • Alvo – células parenquimatosas do fígado • Replica-se lentamente sem produzir sintomas aparentes • O vírus é liberado na bile e daí para as fezes onde é eliminado em altas concentrações
  • 22. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Vírus da Hepatite A (HVA) • Dissemina-se facilmente em uma comunidade já que a excreção inicia-se antes do surgimento dos sintomas • Aproximadamente 90% das crianças e até 50% dos adultos possuem infecções inaparentes porem produtivas • Os moluscos (mariscos, ostras e mexilhões) são fontes importantes de vírus
  • 23.
  • 24. MECANISMOS DA PATOGENIA VIRAL Virus da Hepatite C - HCV Características gerais do virus: Virion: envelopado, esférico, cerca de 50 nm de diâmetro Replicação: citoplasma Tropismo celular: hepatócitos Transmissão: Contato sexual Sangue Geografia: em todo o mundo Patologias: Hepatite C Carcinoma hepatoceluar
  • 25. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Rinovirus • São lábeis no trato gastrointestinal • Crescem melhor a 33ºC – predileção por regiões mais frias da mucosa nasal • O virus penetra atraves do nariz, olhos ou boca e inicia a infecção das vias aéreas superiores • A maior parte da replicação ocorre no nariz e a gravidade do quadro depende da carga viral • As células infectadas liberam bradicinina e histamina (vasodilatadores e permeabilizantes vasculares) causando a rinorreia
  • 26. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Paramixovirus • RNA fita simples, sentido negativo, pleomórficos (sem simetria), envelopados • Sarampo, caxumba, parainfluenza, virus sincicial respiratório
  • 27. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Sarampo • Causa fusão celular formando células gigantes (sincícios) • O virus passa de uma célula a outra • Transmissão interpessoal através de gotículas • Replicação em trato respiratório • Disseminação em sistema linfático e SNC
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Caxumba • Parotidite viral benigna aguda • Apenas um sorotipo conhecido • Provoca infecção lítica das células • Infecta células epiteliais das vias aéreas superiores e atinge a glândula parótida • Dissemina-se por viremia até: testículos, ovários, pâncreas, tireóide, entre outros • Ocorre infecção sintomática do sistema nervoso central em 50% dos indivíduos infectados
  • 36. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Virus Sincicial Respiratório (VRS) • Causa mais frequente de infecção fatal em lactentes e crianças de baixa idade • Infecta praticamente todas as crianças até os 4 anos, mas reinfecções ocorrem ao longo da vida • Produz infecção localizada nas vias respiratórias • Ocorre necrose dos brônquios resultando na formação de tampões (muco + fibrina + material necrótico) • As vias aéreas dos lactentes são rapidamente obstruídas
  • 37. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Parainfluenza • Existem quatro sorotipos do virus: parainfluenza 1, 2,3 e 4 • Infectam células epiteliais das vias aéreas superiores • Causa formação de células gigantes e lise celular • Em geral permanecem nas vias aéreas superiores causando resfriado • Em 25% dos casos atinge as vias aéreas inferiores • 2 a 3% dos casos assumem a forma grave de laringotrqueobronquite (crupe)
  • 38. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Ortomixovirus • Influenza A, B e C (apenas A e B produzem doença significativa) • Possuem genoma de RNA segmentado, de sentido negativo, com envelope • Duas glicoproteinas são fundamentais para a infecção viral: • Hemaglutinina – proteina de fixação do virus • Neuraminidade – facilita a liberação dos virus das células infectadas
  • 39.
  • 40. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Influenza • Estabelece, inicialmente, infecção local nas vias aéreas superiores (células secretoras de muco, células ciliadas e outras células epiteliais) • Quando o vírus se dissemina para as vias aéreas inferiores causa grave descamação do epitélio brônquico • Compromete as defesas naturais das vias respiratórias e promove a adesão de bactérias às células epiteliais • Pode ocorrer pneumonia viral ou bacteriana • Ocorre resposta imune inflamatória
  • 41. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Influenza – Classificação antigênica • Tipo de antígeno interno: A ou B • Animal em que se isolou (no caso do homem, omite-se) • Origem geográfica • Número da estirpe do laboratório de origem • Ano de isolamento • Forma dos antígenos superficiais: subtipo H e subtipo N (ocorre somente no Influenza A)
  • 42. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Influenza • Shift antigênico - alteração genética que permite que uma cepa do vírus da gripe possa saltar de uma espécie animal para outro, incluindo os seres humanos. • Pode acontecer de três maneiras: • Uma ave passa uma cepa aviária da gripe A para um hospedeiro intermediário, como um frango ou porco. • Uma pessoa passa uma cepa humana da gripe A para o frango ou porco mesmo. • Quando o vírus infecta a mesma célula, há mistura dos genes da cepa aviária com genes da cepa humana produzindo um novo vírus
  • 43.
  • 44.
  • 45. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Influenza • Drift antigênico – Mutação antigênica minor resulta do acumulo de mutações que alteram o tipo de aminoácidos nos epítopos das proteínas, ocorrendo tanto na hemaglutinina como na neuraminidase, resultando na alteração gradual do vírus. Estas alterações vão reduzir a ligação aos anticorpos e assim a imunidade que já existia no hospedeiro facilitando a disseminação do vírus (no entanto, pode ocorrer imunidade parcial)
  • 46.
  • 48. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Rabdovirus • RNA virus fita única com sentido negativo • Vírions em forma de projétil com envelope • A infecção resulta da mordida de um animal infectado (raivoso) • O vírus é secretado na saliva
  • 49. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Rabdovirus • Pode infectar diretamente as terminações nervosas por sua ligação com receptores de acetilcolina (neurotransmissor) • O vírus permanece no local do inóculo durante alguns dias até meses antes de alcançar o SNC • O virus dirige-se aos gânglios da raiz dorsal (aglomerado de neurônios) e medula espinal (continuação do encéfalo que se aloja no interior da coluna vertebral)
  • 50.
  • 51.
  • 52. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Flavivirus • Arbovirus – transmitidos por artrópodes • Dengue e febre amarela (zoonose) • São adquiridos em decorrência da picada de um artrópode (mosquito Aedes) • Pode causar infecções líticas ou persistentes em hospedeiro vertebrados e invertebrados • Nos invertebrados as infecções são persistentes com produção contínua de virus
  • 53. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Flavivirus • Dengue e febre amarela • Os mosquitos fêmeas adquirem o vírus alimentando-se do sangue de um vertebrado virêmico • O vírus infecta as células epiteliais do intestino do mosquito, dissemina-se para a circulação até as glândulas salivares
  • 54. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Flavivirus • Após a picada, o mosquito fêmea regurgita a saliva que contem o vírus para a corrente sanguínea da “vítima” • O vírus passa a circular livremente no plasma até atingir células susceptíveis – macrófagos, monócitos e sistema reticuloendotelial (células com capacidade fagocitária)
  • 55.
  • 56. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL Filoviridae • Inclui três gêneros: Cuevavirus, Marburgvirus, e Ebolavirus. • Virus Ebola • O vírus Ebola causa uma doença aguda, grave, sempre fatal quando não tratada (EVD). É também conhecida como febre hemorrágica Ebola. • A taxa de letalidade média EVD é em torno de 50%. As taxas de letalidade variaram de 25% a 90% em surtos anteriores. • A EVD surgiu, inicialmente, em 1976 em dois surtos simultâneos em Nzara (Sudão), e em Yambuku, (República Democrática do Congo). Mais tarde ocorreu em uma aldeia próxima ao rio Ebola, do qual recebeu seu nome.
  • 57. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Transmissão • Acredita-se que os morcegos frugívoros da família Pteropodidae são os hospedeiros naturais do vírus Ebola. • Ebola é introduzido na população humana através do contato com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais infectados, como os chimpanzés, gorilas, morcegos, macacos, antílopes florestais e porcos-espinho encontrados doentes ou mortos ou na floresta.
  • 58. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Transmissão • Ebola então se espalha de humano para humano via contato direto (através da pele lesionada ou mucosas) com sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de pessoas infectadas, e com superfícies e materiais (por exemplo, roupas de cama, roupas) contaminados por estes fluidos. • Os profissionais de saúde têm sido frequentemente infectados durante o tratamento de pacientes com suspeita ou confirmação de EVD, devido ao contato próximo com o paciente sem as devidas precauções.
  • 59. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Transmissão • Cerimônias fúnebres onde se tem contato direto com o corpo da pessoa falecida, também podem desempenhar um papel na transmissão de Ebola. • Diversos fluidos corporais, incluindo semen e leite materno podem conter o vírus. • Homens que se recuperaram da doença ainda podem transmitir o vírus por meio de seu sêmen por até sete semanas após sua recuperação.
  • 60. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Sintomas da doença • O período de incubação (intervalo entre a infecção e o início dos sintomas) varia entre 2 a 21 dias • Os humanos não são infectantes até o início dos sintomas. • Os primeiros sintomas são o aparecimento súbito de febre, fadiga, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta.
  • 61. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Sintomas da doença • Seguem-se vômitos, diarreia, prurido, sintomas de perda de função renal e hepática, e, em alguns casos, hemorragia (por exemplo, a partir das gengivas, sangue nas fezes). • Os achados laboratoriais incluem baixa quantidade de glóbulos brancos e plaquetas, além de elevação das enzimas hepáticas.
  • 62. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Prevenção e controle • O controle adequado dos surtos depende da aplicação de um pacote de intervenções: vigilância, rastreio dos contatos, serviço laboratorial, funerais seguros e mobilização social • Aumentar a conscientização sobre os fatores de risco para a infecção por Ebola e medidas de proteção que as pessoas podem tomar são formas eficazes de reduzir a transmissão humana.
  • 63. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Prevenção e controle • A redução de risco deve se concentrar em vários fatores: • Reduzir o risco de transmissão da vida selvagem para humano de contato com morcegos infectados frutas ou macacos / macacos e o consumo de sua carne crua. • Monitorar contactantes sadios por 21 dias • Manter boa higiene, especialmente lavagem constante das mãos • Ambiente limpo • Os animais devem ser manuseados com luvas e outras peças de vestuário de proteção adequado. Produtos de origem animal (sangue e carne) devem ser bem cozidos antes do consumo.
  • 64. Year Country Ebolavirus species Cases Deaths Case fatality 2012 Democratic Republic of Congo Bundibugyo 57 29 51% 2012 Uganda Sudan 7 4 57% 2012 Uganda Sudan 24 17 71% 2011 Uganda Sudan 1 1 100% 2008 Democratic Republic of Congo Zaire 32 14 44% 2007 Uganda Bundibugyo 149 37 25% 2007 Democratic Republic of Congo Zaire 264 187 71% 2005 Congo Zaire 12 10 83% 2004 Sudan Sudan 17 7 41% 2003 (Nov-Dec) Congo Zaire 35 29 83% 2003 (Jan-Apr) Congo Zaire 143 128 90% 2001-2002 Congo Zaire 59 44 75% 2001-2002 Gabon Zaire 65 53 82% 2000 Uganda Sudan 425 224 53% 1996 South Africa (ex- Gabon) Zaire 1 1 100% 1996 (Jul-Dec) Gabon Zaire 60 45 75% 1996 (Jan-Apr) Gabon Zaire 31 21 68% 1995 Democratic Republic of Congo Zaire 315 254 81% 1994 Cote d'Ivoire Taï Forest 1 0 0% 1994 Gabon Zaire 52 31 60% 1979 Sudan Sudan 34 22 65% 1977 Democratic Republic of Congo Zaire 1 1 100% 1976 Sudan Sudan 284 151 53% 1976 Democratic Republic of Congo Zaire 318 280 88%
  • 65.
  • 69. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Formas de transmissão • Vetorial  Aedes aegypt  Aedes africanus  Aedes albopictus  Ae. Dalzieli  Ae. Hensilli  Ae.luteocephalus  Ae. Vittatus  Ae. Unilineatus  Culex – infecção natural
  • 70. MECANISMOS DA PATOGENIAVIRAL • Potenciais formas de transmissão não vetorial  Transfusional  2,8% dos doadores assintomáticos da Polinésia Francesa – positivos  Semen  Isolado de 3 pacientes – antes dos sintomas e até 10 semanas pós-infecção  Transplacentária/perinatal  Amamentação  Saliva  Mordida de macacos
  • 72. Quadro clínico  ≥80% dos casos - assintomáticos  Sintomáticos – auto limitados  Febre dengue-like  37,8 – 38,5°C  Rash cutâneo  Dor retro-orbital  Conjuntivite  Mialgia  Artrite/artralgia  Edema em tornozelos, pés e mãos
  • 74. Microcefalias Características gerais  As microcefalias e demais anomalias congênitas, são definidas como alterações de estrutura ou função do corpo que estão presentes ao nascimento e são de origem pré-natal.  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a microcefalia é uma anomalia em que o Perímetro Cefálico (PC) é menor que dois(2) ou mais desvios-padrão (DP) do que a referência para o sexo, a idade ou tempo de gestação.
  • 77. Microcefalia associada ao Zika virus Universidade de Yale
  • 78. HIV • Retroviridae - lentívirus • Vírus envelopados • Ácido nucleico - RNA • HIV1 e HIV2 • O genoma dos retrovírus é caracterizado por codificar a transcriptase reversa(RT)
  • 79.
  • 80. HIV • O RNA viral precisa se integrar no DNA celular para poder utilizar da maquinaria celular e completar o seu ciclo celular, entretanto tratam de materiais genéticos diferentes e não seria possível realizar codificar um mRNA a partir do RNA
  • 81. HIV • A transcriptase reversa é uma enzima que auxiliará no processo de replicação do vírus. • Essa enzima sintetiza uma fita de DNA complementar ao RNA viral, sendo assim, torna-se possível integrar o material na célula hospedeira
  • 82.
  • 83. História do HIV • Final da década de 70 – Grande número de HSH, viciados em heroínas, hemofílicos e haitianos (grupo dos 4H) começaram a morrer por infecções oportunistas normalmente benignas – Impacto: • social • Econômico • Banco de sangue
  • 84. História do HIV • A doença passou a se chamar GRID (gay related infeccious disease) • Só em 1981 foi descoberta a causa dessas doenças que foi intitulada como HTLV III. • Porém notou-se que os indivíduos infectados por esse vírus apresentavam um declínio muito representável na contagem dos linfócitos T • Então surge o nome do vírus e da doenças – HIV (Human immunodeficiency virus) – AIDS (Acquired Immunodeficiency syndrome)
  • 85. Ciclo viral • A entrada do vírus é mediada pelo reconhecimento do receptor CD4 presente em células T e macrófagos, e em seguida utiliza um co-receptor para completar o seu reconhecimento: – CXCR4 – CCR5
  • 86.
  • 87. Ciclo viral • Algumas enzimas essenciais atuarão em cada etapa do ciclo viral – Transcriptase reversa – Integrase – Protease • Alvos importantes para o desenvolvimento de drogas anti-retrovirais
  • 88. AIDS • O principal determinante na patogênese da AIDS é o tropismmo viral por células T que expressão CD4 (TCD4+) • A imunodepressão induzida pelo HIV resulta da redução no número dessas células, o que dizima as funções de resposta imune.
  • 89.
  • 90. Formas de transmissão • Contato sanguíneo – Sexual – secreções vaginais e sêmen – Transfusão sanguínea – Compartilhamento de materiais perfuro cortantes – Perinatal a neonatos • Não é transmitido – Contato casual – Secreções nasais ou salivares
  • 91. Transmissão Sexual • O ato sexual pode gerar pequenas fissuras no epitélio vaginal/peniano, essas microfissuras auxiliam no contato sanguíneo • Pessoas sexualmente ativas
  • 92. Síndromes Clínicas • Em virtude da Imunodepressão grave causada pelo vírus muitos agentes oportunistas podem iniciar um processo infeccioso subsequente – Toxoplasmose – Tuberculose – Outros vírus – Pneumocystis carini
  • 93. Síndrome Clínicas • Neoplasias – Sarcoma de Kaposi – herpesvírus humano 8 – Linfoma relacionado ao EBV • Demência causada pelo HIV – Infecção das células da microglia e neurônios, essa infecção leva a uma deteorização neurológica.