O documento fornece informações sobre os Picornavírus, incluindo sua estrutura, replicação, gêneros que infectam humanos e vírus específicos como Coxsackie, febre aftosa, poliovírus e echovírus.
2. Introdução
• Picornaviridae é uma família constituída de pequenos vírus
contendo RNA de fita simples. O nome Picornavírus (pico:
pequeno; rna: ácido ribonucléico ) foi introduzido em 1963;
• É composta por nove gêneros: Enterovirus, Rhinovirus,
Hepatovirus, Cardiovirus, Aphthovirus , Parechovírus,
Erbovirus, Kobovirus e Teschovirus, sendo os seis primeiros
gêneros os que infectam o homem.(PALLANSCH E
ROOS,2001).
4. • Os Picornavirus possuem o tamanho entre 20-30 nm de
diâmetro com forma icosaédrica;
• Possui RNA de filamento único, lienar e positivo;
• Não possuem envoltório;
• Por não conter lipídios os Picornavírus são resistentes a
solventes lipídicos, já os Rinovirus e os Enterovirus possuem
envoltura externa lipídica ;
• O Rinovirus e a febre aftosa não são resistentes a agentes
orgânicos e nem a baixo ph;
• Os Picornavírus são geralmente termossensíveis;
• A sensibilidade ao meio mais ácido é mais seguro na
diferenciação entre Rinovirus e Enterovirus.
• região 3’: poli (A) – controle da sintese de RNA viral ; Região
5’: VPg (essencial para replicação do RNA).
5. • Poliovirus é um modelo importante:
- Primeiro vírus purificado e cristalizado;
- Vacina inativada usado pela primeira vez (Salk 1950);
- Picornavírus primeiro a ser seqüenciado;
- Primeiro clone de cDNA infeccioso de um vírus animal;
• O RNA do viríon é chamado de fita senso( ou fita positiva)
porque pode funcionar como mRNA;
• O ácido nucléico constitui 30 % e as protéinas 70 % do viríus,
sendo 4 a quantidade de protéinas estruturais (VP1-VP4).
Podendo ocorrer uma 5ª essa é chamada de VPO, se clivaria
para formar a VP2 e VP4.
7. • O primeiro passo é a absorção dos vírus pelos sitios
receptores existentes na membrana plasmática.
• Após a aderência ocorre a penetração e a decapsidação,
sendo assim liberado o RNA no citoplasma, onde ocorrerá o
processo de replicação;
• A simples fita do RNA viral é traduzida em duas proteínas
principais que inibem a síntese de RNA e das proteínas do
hospedeiro e sintetizam uma enzima chamada de RNA
polimerase dependente de RNA.
• Esta enzima catalisa a síntese da outra fita de RNA cuja
sequência de bases é complementar à fita infectiva original,
essa nova fita é chamada de anti-senso, irá servir como molde
para a produção de fitas senso.
8. • As fitas senso podem servir como mRNA para tradução das
proteinas dos capsideos , podem se incorporar a elas para
formar um novo vírus ou, podem servir como molde para a
continuação da multiplicação do RNA viral.
• A matruação acontece alogo após a síntese de RNA e das
proteinas virais.
• O tempo requerido para um ciclo de multiplicação completo
varia entre 5 a 10 horas, dependendo da variabilidade de pH,
da temperatura, do vírus, da célula hospedeira, do número de
partículas infectadas, em baixas condições favoravéis são
liberadas de 25 000 a 100 000 partículas vírais por célula.
10. COXSACKIEVÍRUS
• Foram isolados pela primeira vez em 1948, de pacientes com
uma doença parecida com a poliomielite.
• Essa denominação é derivada do local onde ocorreu o surto.
• São membros do sub-grupo
•
enterovírus.
• São patogênicos para o
homem.
http://www.city-data.com/city/Coxsackie-
New-York.html
11. COXSACKIEVÍRUS
• As partículas de coxsackievírus medem de 28 a 30 nm
• São termoestáveis
• São divididos em dois grupos (A e B)
http://laguna-
design.jalbum.net/Lagu
na_Design_Showcase1 http://www.microbiologybyt
/Virus_capsid_surfaces es.com/virology/Picornavir
/thumbs/Coxsackie_vir uses.html
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12. COXSACKIEVÍRUS
Doenças Agentes Etiológicos
Herpangina Coxsackievírus tipos A 2,4,5,6,8,10,22
Meningite asséptica Coxsackievírus tipos A 2,4,7,9; tipos B
1,2,3,4,5,6
Exantema Coxsackievírus tipos A 4,16,19;
ocasionalmente B 5
Resfriado Comun Tipos A 21,24
Hepatite Tipos A 4,9; ocasionalmente B 5
Pneumonite Infantil Tipos A 9,16
Doença Febril indiferenciada Todos tipos A
Paralisia Tipos A 7,9; ocasionalmente tipos B
2,3,4,5
Doenças das mãos, pés e boca Tipos A 5,10, 16
Pleurodinia Tipos B 1,2,3,4,5
13. COXSACKIEVÍRUS
Patologia
•As lesões histológicas dos dois grupos sobres os músculos são
semelhantes.
•As alterações patológicas do vírus no homem e nos animais são
diferentes.
http://keiji-
hagiwara.blogspot.com/20
09_03_01_archive.html
14. COXSACKIEVÍRUS
Diagnóstico
•Isolamento do Vírus através da inoculação de espécimes em
camudongos.
Tratamento
•Não existe tratamento específico
Epidemiologia e Controle
•Estao distribuidos amplamente e universal
•São propagados por via fecal-oral e gotículas salivares
•Difícil controle das Infecções
15. FEBRE AFTOSA
• Infecção viral muito contagiosa.
• Atinge bovinos, caprinos, suínos e ovinos.
• Caracterizada por febre, salivação excessiva e
erupções vesiculares.
http://www.intervet.com.b
r/Doencas/Aftosa/030_Si
ntomas.aspx
16. FEBRE AFTOSA
• Vírus (R/1:2,8/30:S/S:V/O)
• Tamanho cerca de 30nm
• Destituido de envelope
• Sensível aos ácidos
• Sete tipos
http://www.canalrural.com.br/rbs/
image/4196585.jpg
18. POLIOVÍRUS
• É um vírus praticamente universal
• Infecção branda, com febre, dor de cabeça,
sonolência, e alguma dor muscular
• Afeta o trato respiratório superior e
gastrintestinal
• Em um pequeno número de pacientes afeta o
sistema nervoso central causando poliomielite
paralítica (destruição das células nervosa)
19. POLIOVIRUS
• Virus (R/1:2,5/30:S/S:V/O),gênero enterovirus
• Tamanho cerca de 27 a 30nm
• É um dos vírus mais estáveis em condições
naturais
• Tolera faixa de pH(3,8 a 8,5)
• Suscetível a agentes oxidantes, à
pasteurização e à dessecação
• Se conhecem 3 tipos
20. POLIOVIRUS
Diagnóstico
• Isolamento e identificação do vírus, e
determinação dos níveis de anticorpos
• Teste sorológico necessita de uma elevação
no nível de anticorpos
21. POLIOVIRUS
Epidemiologia
• Ocorre principalmente no verão
• O homem é o único hospedeiro natural
• O vírus presente nas fezes antes ,durante
semanas ou meses na fase aguda da infecção
• Transmissão normalmente por contato direto
22. POLIOVIRUS
Prevenção e controle
• Nenhuma terapia especifica foi desenvolvida
ainda
• A vacina é principal forma de controle do vírus
23. ECHOVIRUS
• Muitos tipos de Echovirus estão associados a
doenças respiratórias brandas até meningite
asséptica
• Tamanho cerca de 24-30nm
• São encontrados mais no verão e outono
• Estáveis em pH baixo
• Geralmente termoestáveis
• Habitantes do trato digestivo do homem
24. ECHOVIRUS
• Patologia da infecção é desconhecida
• Em casos fatais ocorreram edemas cerebrais
Diagnóstico
• Isolamento do mesmo e detecção do aumento
de anticorpos
• Características com febre e exantema,surtos
de meningite asséptica ou epidemia de
diarréia não bacteriana
25. BIBLIOGRAFIA
• Tortora, Gerard J. – Microbiologia- 8.ed.-Porto Alegre:
Artmed, 2005;
• Hernández, Alina Llop .Microbiología, Parasitología Médicas-
La Habana: Editorial Ciencias Médicas, 2001;
• Microbiologia oral & doenças infecciosas;;
• SANTOS, D.C. Estabelecimento de métodos moleculares para
aplicação no diagnostico rápido de virus neurotrópicos.
2009.165f. Tese (Doutorado em microbiologia) – Instituto de
Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, 2009.