O documento discute a estrutura, classificação e replicação de vírus. Os vírus são organismos muito pequenos formados por material genético envolvido por uma cápsula proteica. Eles infectam diversos tipos de células e dependem delas para se replicar. Existem vários métodos de classificação de vírus, incluindo por estrutura, tipo de doença causada e local de isolamento. O ciclo de replicação viral envolve reconhecimento da célula hospedeira, penetração, liberação do material gen
2. O QUE SÃO VÍRUS?
Os vírus são organismos muito simples e
pequenos (medem menos de 0,2 µm),
formados basicamente por uma cápsula
proteica envolvendo o material genético,
que, dependendo do tipo de vírus, pode ser
DNA, RNA.
3. BREVE HISTÓRICO
Primeiras referências aos vírus:
Menção de Homer – “cães raivosos” –
Mesopotâmia
Poliomielite – causada por vírus, levando a
paralisia – Egito
Varíola – grande impacto na história das
Américas Central e do Sul
4. VIROLOGIA
Estudo dos vírus
Experimentos iniciados
em 1798
Inóculo de varíola
bovina em criança
5. Virologia
Postulados de Koch e Henle (microbiologia das
doenças)
O organismo deve ser encontrado regularmente
na lesão da doença
Precisa ser isolado do hospedeiro e crescer em
cultura
A inoculação desse organismo em um hospedeiro
deve iniciar a doença e ser recuperado de um
organismo secundariamente infectado
6. Virologia
Descoberta dos vírus
Louis Pasteur (1881-1885) – uso de modelos
animais – raiva cultivada em cérebros de
coelhos
Charles Chamberland (1884) – inventou um
filtro com poros menores do que bactérias –
filtráveis
Ivanowski (1886-1903) – demonstrou as
características filtráveis dos vírus e seu
parasitismo obrigatório
7. Virologia
Descoberta dos vírus
Ellerman e Bang (1908) demonstraram que certos
tipos de tumores (leucemia de galinha) foram
causadas por vírus.
Peyton Rous (1911) descobriu que os agentes não
celulares, como vírus poderia se espalhar em
tumores sólidos. Este foi denominado vírus do
Sarcoma de Rous (RSV).
8. Virologia
Descoberta dos vírus
Elford (1930) desenvolveu membranas coloidais
que poderiam prender os vírus e descobriram que
os vírus tinha um tamanho de 1 nm.
Twort (1915) trabalhando com o vírus vaccinia
descobriu que o vírus cresceu em culturas de
bactérias. Ele chamou então bacteriófago.
9. VIROLOGIA
Imagens de vírus
Ernst Ruska e Max Knoll (1931) desenvolveram o
microscopio eletrônico, que permitiu as primeiras
imagens do vírus.
10. VIROLOGIA
Wendell Stanley (1935) bioquímico e virologista
americano analisou o vírus do mosaico do tabaco e
verificou ser feito principalmente de proteínas.
Pouco tempo depois, esse vírus foi separado em
proteína e RNA. Vírus do mosaico do tabaco foi o
primeiro a ser cristalizado e cuja estrutura pode,
portanto, ser elucidada em pormenor.
11. VIROLOGIA
Biologia molecular
Entre 1938 e 1970 a virologia se desenvolveu com
a biologia molecular.
Os anos de 1940 e 1950 foi a era do Bacteriófago
e o vírus animal.
12. DEFINIÇÃO E PROPRIEDADES
Não apresentam organização celular
Não possuem metabolismo próprio
Não se reproduzem fora da célula
hospedeira - parasitas intracelulares
obrigatórios
Infectam bactérias, fungos,
protozoários, plantas e animais
Possuem especificidade celular
13. DEFINIÇÃO E PROPRIEDADES
Os virus são vivos?
Não há um consenso a respeito.
Se forem considerados como seres vivos, eles
têm de ser entendidos como uma categoria
especial: a única que não é formada por
organismos com estrutura celular.
14. DEFINIÇÃO E PROPRIEDADES
Os vírus se encontram no limite entre o
vivo e não-vivo, pois a única característica que
eles possuem em comum com seres vivos é a sua
capacidade de reprodução.
Por essa razão, prefere-se utilizar os
termos “funcionalmente ativos” ou “inativos”, em
vez de “vivos” ou “mortos” para se referir a eles.
15. CONSEQUÊNCIAS DESSAS
PROPRIEDADES
Devem ser infecciosos
Devem utilizar a célula para produzir seus
componentes (RNAm, proteínas e cópias do
genoma)
Capacidade de auto-organização
16. CLASSIFICAÇÃO
Os vírus foram nomeados de acordo com:
estrutura viral
tipo de doença causada
regiões afetadas do corpo ou a partir das
quais o vírus foi isolado
locais (geográficos) onde foram isolados
os cientistas que as descobriram
percepções culturais comuns
29. ESTRUTURA
CAPSÍDIO
Componente proteico
Estrutura rígida – proteção do genoma
Proteção - confere resistência ao
ressecamento, ácidos e detergentes
Veículo – transmissão e disseminação
30. ESTRUTURA
CAPSÍDIO
Interação do vírus com a célula alvo
Induz a formação de anticorpos
Facilmente disseminados em fômites,
mãos, poeira e pequenas gotículas
Sobrevivem às condições adversas do
intestino
Rompe as células para se disseminar
33. ESTRUTURA
ENVELOPE
Membrana formada por lipídios, proteínas e
glicoproteínas
Composição semelhante à membrana celular
Rompe-se facilmente em presença de
ácidos, detergentes,solventes e
ressecamento
36. SIMETRIA
Helicoidal: forma de bastão
vírus do mosaico do tabaco
Icosaédrica: esfera formada por sub-unidades
simétricas
Icosaedro – 12 capsômeros – simetria em
pentâmero ou penton
Complexa: não simétricos
37.
38. GLICOPROTEÍNAS
Atuam como proteínas de ligação viral às
células alvo
Antígenos indutores de resposta imune
Hemaglutininas
Neuraminidases
Glicoproteínas de fusão
41. REPLICAÇÃO VIRAL
Fase tardia
replicação do genoma
síntese macromolecular
organização
liberação – lise ou brotamento
42. REPLICAÇÃO VIRAL
Reconhecimento e fixação
Adsorção
A primeira etapa é a fixação à superfície da
célula
A fixação se dá via interações iônicas
43. REPLICAÇÃO VIRAL
Reconhecimento e fixação
Adsorção
As proteínas de ligação viral (VLPs) reconhecem
receptores específicos (proteínas, carboidratos
ou lipídios), na parte externa da célula
Células sem os receptores apropriados não são
susceptíveis ao vírus.
48. REPLICAÇÃO VIRAL
Desnudamento
Liberação do material genômico
Maioria dos DNAs – núcleo
Maioria dos RNAs – citoplasma
Processo inicia-se por:
Fixação ao receptor
Meio ácido ou proteases
50. REPLICAÇÃO VIRAL
Síntese macromolecular – DNA vírus
A célula fornece: desoxirribonucleotídeos,
polimerases
Transcrição do genoma – núcleo – síntese do mRNA
Regulação – interação de proteínas de ligação do
DNA com “promoters-enhancers”
51. REPLICAÇÃO VIRAL
Síntese macromolecular – DNA vírus
Produtos gênicos iniciais:
proteínas de ligação do DNA e polimerases
Genes virais tardios:
Codificam proteínas estruturais
52. REPLICAÇÃO VIRAL
Montagem
Novas partículas virais são montadas
Deve haver uma etapa de maturação que se segue
ao processo inicial de montagem.
53. REPLICAÇÃO VIRAL
Liberação
Lise celular – capsídio desnudo
Brotamento – envelopado
não necessariamente mata a célula
Alguns vírus que saem da célula podem causar
infecções persistentes
Nem todas as partículas virais liberadas são
infecciosas.