SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 11
Baixar para ler offline
20/09/2013
1
Prof. D.Sc. Ricardo Erthal Santelli
ANÁLISE GRAVIMÉTRICA
Química Analítica – IQA 121
Professor Titular – Departamentode Química Analítica – UFRJ 2
Análise Quantitativa
ANÁLISE
QUÍMICA
QUANTITATIVA
TÉCNICAS
CLÁSSICAS
TÉCNICAS
INSTRUMENTAIS
GRAVIMETRIA
VOLUMETRIA
3
Definindo...
Mas então... O que é a GRAVIMETRIA
É uma técnica analítica baseada na medida de
MASSA de uma substância, PREVIAMENTE
SEPARADA dos outros constituintes da amostra.
Instrumentação fundamental: BALANÇA ANALÍTICA.
A balança analítica
Balança analítica: precisão 0,1 mg.
4
5
A balança analítica
6
Classificação dos métodos gravimétricos
A classificação dos métodos gravimétricos é realizada de
acordo com o método de separação empregado:
Método da Volatilização;
Método da Precipitação;
Método da Eletrodeposição.
● Método da volatilização direta;
● Método da volatilização indireta.
20/09/2013
2
7
Classificação dos métodos gravimétricos
MÉTODO DA VOLATILIZAÇÃO
Baseado na volatilização do constituinte de interesse, volatilizado ou por ação de um
agente físico ou químico, ou transformado adequadamente em uma espécie volátil.
MÉTODO DA VOLATILIZAÇÃO DIRETA: o constituinte volatilizado da amostra é
absorvido por um meio adequado, sendo o ganho de massa do absorvente utilizado na
medida.
MÉTODO DA VOLATILIZAÇÃO INDIRETA: baseada na medida da perda de massa da
amostra pela volatilização de uma espécie. É mais simples do que o método direto.
AMBOS SÓ SÃO ESPECÍFICOS SE APENAS UM COMPONENTE FOR VOLÁTIL
8
Classificação dos métodos gravimétricos
Exemplo da aplicação do método da volatilização direta: determinação do teor
de umidade de uma amostra.
AQUECIMENTO DA AMOSTRA A
UMA TEMPERATURA ADEQUADA
LIBERAÇÃO DE ÁGUA SOB A FORMA DE VAPOR
ABSORÇÃO DO VAPOR DE ÁGUA POR UM
ABSORVENTE ADEQUADO. Ex.: Mg(ClO4)2;
9
Classificação dos métodos gravimétricos
Exemplo da aplicação do método da volatilização direta: determinação da
concentração de carbonato/bicarbonato.
TRATAMENTO DA AMOSTRA COM EXCESSO
DE ÁCIDO PARA EVOLUÇÃO DE CO2
ABSORÇÃO DO CO2 PELO NaOH
Na2CO3CO2 NaOH H2O+ +
CO2CO3
2- 2 H+ H2O+ +
CO2HCO3
- H+ H2O+ +
10
Classificação dos métodos gravimétricos
Exemplo da aplicação do método da volatilização direta: determinação da
concentração de carbonato/bicarbonato.
11
Classificação dos métodos gravimétricos
Exemplo da aplicação do método da volatilização indireta: determinação do teor
de sólidos totais dissolvidos.
Etapas: Evaporação de um volume conhecido de
amostra de água até a obtenção de um resíduo seco.
SÓ PODE SER APLICADO QUANDO OS SEUS CONSTITUINTES
NÃO SÃO DECOMPOSTOS PELO AQUECIMENTO 12
Classificação dos métodos gravimétricos
MÉTODO DA ELETRODEPOSIÇÃO
Baseado na deposição de um elemento sobre um eletrodo
inerte de platina, sob a ação de corrente elétrica.
Determinação de cobre em minérios, pela conversão de Cu2+ a Cu0
Etapa 1: Tratamento da amostra (processo de dissolução)
Etapa 2: Aplicação de diferença de potencial;
Etapa 3: Lavagem, secagem, pesagem do precipitado.
+Cu2+ Cu02e-
+H2O ½ O2 2H+ + 2e-
+H2O ½ O2 2H++Cu2+ Cu0 +
20/09/2013
3
13
Método da eletrodeposição
ANTES
DEPOIS
14
Classificação dos métodos gravimétricos
MÉTODO DA PRECIPITAÇÃO
Baseado no tratamento da amostra com um reagente que forma um
composto pouco solúvel com a espécie de interesse (analito), o qual
precipita e pode ser separado facilmente.
Exemplo da aplicação do método da precipitação: determinação gravimétrica
de Ni2+ através da reação com a dimetilglioxima (DMG) para a formação do
dimetilglioximato de níquel.
Etapa 1: tratamento da amostra (ligeiramente ácida) com excesso de DMG, a ~ 90 ⁰C;
Etapa 2: adição de ligeiro excesso de DMG;
Etapa 3: Ajuste do pH (com NH4OH);
Etapa 4: Filtração, lavagem, secagem, pesagem do precipitado.
15
Classificação dos métodos gravimétricos
MÉTODO DA PRECIPITAÇÃO
Exemplo da aplicação do método da precipitação: determinação
gravimétrica de Ni2+ através da reação com a dimetilglioxima (DMG) para
a formação do dimetilglioximato de níquel.
16
Classificação dos métodos gravimétricos
MÉTODO DA PRECIPITAÇÃO
Exemplo da aplicação do método da precipitação: determinação gravimétrica de Mg2+ através
da reação com a (NH4)3PO4 para a formação de MgNH4PO4.6H2O e conversão em Mg2P2O7.
 Etapa 1: tratamento da amostra (ligeiramente ácida) com excesso de (NH4)3PO4 ;
 Etapa 2: adição de ligeiro excesso de (NH4)3PO4 ;
Mg2+ MgNH4PO4 . 6 H2O ↓PO4
3-+ NH4
+ + 6 H2O+
 Etapa 3: Dissolução com HCl e re-precipitação com NH4OH em presença de pequena
quantidade de (NH4)3PO4;
 Etapa 4: digestão, filtração, lavagem e calcinação a 1100 ⁰C.
 Etapa 5: Resfriamento, pesagem, cálculos e resultados.
Mg2P2O7 (s)2 MgNH4PO4 . 6 H2O (s) + 2 NH3
∆ 13 H2O+
17
Método da precipitação
FORMAS DE PESAGEMFORMAS DE PRECIPITAÇÃO
Forma química na qual
se realiza a pesagem
Forma química em que
o analito é precipitado
Exemplo: Determinação gravimétrica de cálcio
Precipitação sob a forma de oxalato de cálcio Pesagem sob a forma de óxido de cálcio
forma de
precipitação
Ca2+ CaC2O4 ↓C2O4
2-+ CaOCaC2O4 (s) CO2+ CO+
∆
forma de
pesagem
18
Método da precipitação
Mas... Por que nem sempre podemos pesar o sólido
que precipitamos?
Exemplo: Fe2O3 . x H2O (mesmo após secagem)
Porque, muitas vezes, o precipitado pode
ter uma estequiometria indefinida
20/09/2013
4
19
Método da precipitação
FORMAS DE PRECIPITAÇÃO X FORMAS DE PESAGEM
Quais características são desejáveis ao composto precipitado?
Pouco solúvel, precipitação completa (quantitativa);
Agente precipitante deve ser específico (evitar interferências);
Precipitado formado não deve ter tendência a ser contaminado com substâncias
solúveis (co-precipitação por oclusão);
Não deve ser solúvel no solvente de lavagem;
Deve ser fácil de filtrar, de lavar e de ser convertido na forma de pesagem.
20
Método da precipitação
FORMAS DE PRECIPITAÇÃO X FORMAS DE PESAGEM
Quais características são desejáveis ao composto pesado?
Deve ser estável;
Não decompor com efeito de temperatura (especialmente quando a função
do aquecimento é apenas a secagem);
Não absorver umidade;
Não ser volátil;
Apresentar massa molecular maior que a forma de precipitação (minimizar
erros de pesagem).
21
Tipos de precipitados
CRISTALINOS
Formado por cristais de maior tamanho, maior pureza
e mais bem-formados. Maior facilidade de filtração.
Ideais para uma análise gravimétrica
GELATINOSOS
Formados pela floculação de colóides hidrofóbicos e
hidrofílicos
Ex.: Fe(OH)3
AMORFOS
Formado por cristais minúsculos, dificultando o processo
de filtração (torna-se lento) e reduzindo a recuperação
22
Contaminação de precipitados
OS PRECIPITADOS TENDEM SEMPRE A CARREAR
IMPUREZAS, CAUSANDO SUA CONTAMINAÇÃO.
PROCESSO DE CO-PRECIPITAÇÃO
23
Contaminação de precipitados
OCLUSÃO
ADSORÇÃO
PÓS-PRECIPITAÇÃO
Quando o precipitado aprisiona no
seu interior material que não faz
parte de sua estrutura.
(Ex.: água, outras impurezas)
Quando íons de tamanho e carga
similaressão aprisionados na estrutura
cristalinado precipitado.
(Ex.: NH4
+ e K+)
ISOMORFISMO
DIGESTÃO E
RE-PRECIPITAÇÃO
Quando as impurezas estão
adsorvidas (ou seja, retidas na
superfíciedo precipitado).
LAVAGEM
Quando o precipitado permanece em
contato com a solução mãe (em digestão),
uma segunda substância, também
insolúvel,pode, lentamente,precipitar.
24
Método da precipitação: as etapas de uma análise gravimétrica
Pesagem de uma massa
ou volume de amostra
Dissolução da amostra
em solvente adequado
Adição LENTA do
reagenteprecipitante
Digestão do
precipitado
Filtração e lavagen
Secagem e calcinaçãoPesagem final Resfriamento
20/09/2013
5
25
Método da precipitação: as etapas de uma análise gravimétrica
PESAGEM DE UMA
MASSA EXATA DE
AMOSTRA SÓLIDA
DISSOLUÇÃO DA
AMOSTRA EM
SOLVENTE ADEQUADO
ADIÇÃO LENTA
DO REAGENTE
PRECIPITANTE
DIGESTÃO DO
PRECIPITADO
FILTRAÇÃO E
LAVAGEM
SECAGEM
ALÍQUOTA DE UM
VOLUME EXATO DE
AMOSTRA LÍQUIDA
CALCINAÇÃO
RESFRIAMENTO PESAGEM
CÁLCULOS E
RESULTADOS
26
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Pesagem da amostra a ser analisada
Sensibilidade
= 0,1 mg
27
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Dissolução da amostra em um solvente
adequado
28
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Adição lenta do agente precipitante
29
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Digestão do precipitado
30
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Filtração
20/09/2013
6
31
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Filtração
32
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Filtração à vácuo
33
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Secagem e calcinação
34
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Secagem e calcinação
35
Etapas de uma Análise Gravimétrica
Pesagem do precipitado ou da forma
de pesagem
36
Nucleação e Crescimento Cristalino
A formação de um precipitado é um FENÔMENO
FÍSICO E QUÍMICO
O Processo Físico consiste de:
- Nucleação;
- Crescimento Cristalino.
Nucleação: formação de pequenas partículas do
precipitado em uma solução supersaturada.
Crescimento Cristalino: deposição de íons sobre
a superfície das partículas do precipitado que
foram nucleadas.
20/09/2013
7
37
Nucleação e Crescimento Cristalino
O NÚMERO DE PARTÍCULAS (e portanto, o SEU
TAMANHO) de uma massa de precipitado, depende do
NÚMERO DE NÚCLEOS FORMADOS.
A NUCLEAÇÃO vai depender da
SUPERSATURAÇÃO
A SUPERSATURAÇÃO é uma situação onde a solução
contém mais precipitado dissolvido do que pode estar em
equilíbrio.
É uma SITUAÇÃO TRANSITÓRIA (de não equilíbrio).
A tendência é atingir o equilíbrio e o excesso da
substância dissolvida irá precipitar.
38
Nucleação e Crescimento Cristalino
A Velocidade de Precipitação depende
do Grau de Supersaturação
Grau de Supersaturação = Q - S
S
onde:
Q = concentração do soluto no momento que a
precipitação se inicia
S = concentração de equilíbrio (solubilidade
do precipitado)
39
Nucleação e Crescimento Cristalino
Ex.: Precipitação do BaSO4
Mistura instantânea de: 100 mL de BaCl2 1 x 10-2 mol /
L com 1 mL de Na2SO4 1 mol / L
No início: [ Ba2+ ] = [SO4
2- ] = 1 x 10-2 mol / L
Como o Kps BaSO4 = 1 x 10-10
s = 1 x 10-5 mol / L
1 x 10-2 mol / L (conc. inicial)
É MIL VEZES MAIOR QUE
1 x 10-5 mol / L ( s )
40
Nucleação e Crescimento Cristalino
Quanto MAIOR o Grau de Supersaturação
MENOR será o Tamanho da Partícula.
Resultado: o precipitado será muito FINO (difícil de ser
filtrado).
O que fazer?
Realizar a precipitação em condições onde a
supersaturação é menor.
Ex.: acidificar a solução sulfato de bário é mais
solúvel em meio ácido.
Depois, ao final, antes da filtração, neutraliza-se a
solução.
41
Nucleação e Crescimento Cristalino
Tipos de Nucleação:
NUCLEAÇÃO ESPONTÂNEA: união natural de íons
formando núcleos iniciais do precipitado.
NUCLEAÇÃO INDUZIDA: nucleação auxiliada pela
presença de algum sólido (impurezas), descontinuidades
nos recipientes, etc.
(É A MAIS IMPORTANTE)
42
Nucleação e Crescimento Cristalino
Ex.: Impurezas dos Reagentes
20/09/2013
8
43
Nucleação e Crescimento Cristalino
44
Nucleação e Crescimento Cristalino
Processos de Crescimento Cristalino:
Uma vez formado o núcleo, ele tende a crescer
(é espontâneo).
Duas etapas:
1) Difusão de íons da solução para a superfície
do núcleo do precipitado;
2) Depósito destes íons formando partículas do
precipitado.
Velocidade de difusão dos íons depende: da natureza
dos íons, da concentração, da temperatura e da agitação.
45
Nucleação e Crescimento Cristalino
Pureza dos Precipitados
Tipos de Precipitados
1) Precipitados Coloidais
Estado coloidal – dispersão de uma fase em outra
(fase sólida na fase líquida)
Tamanho das partículas coloidais: 0,0001 a 0,2 µm.
SÃO PARTÍCULAS TÃO PEQUENAS QUE
ATRAVESSAM OS MEIOS FILTRANTES
CONVENCIONAIS
(PAPEL DE FILTRO / MEMBRANAS FILTRANTES)
46
Nucleação e Crescimento Cristalino
Estabilidade dos coloides
Partículas dos coloides adquirem carga por adsorção
de íons da solução.
Todas as partículas adquirem a mesma carga (ou
positiva ou negativa) e se repelem.
Possuem movimento – Browniano
47
Nucleação e Crescimento Cristalino
Coagulação e Peptização
Coagulação – processo no qual as partículas coloidais se
aglomeram para formar partículas maiores que
sedimentam
Peptização – volta do precipitado coagulado ao estado
coloidal (adquirindo novamente cargas na sua superfície)
Ex.: Pode ocorrer durante a lavagem do precipitado
na análise gravimétrica.
48
Nucleação e Crescimento Cristalino
2) Precipitados Cristalinos
A maioria dos sólidos inorgânicos são formados por
cátions e ânions dispostos em uma estrutura cristalina
bem definida (cristais)
Razão massa / área (superficial) de um precipitado
20/09/2013
9
49
Nucleação e Crescimento Cristalino
Técnicas de Precipitação Lenta
velocidade de precipitação depende de: Q - S
S
Precipitação a partir de soluções homogêneas
Neste caso não se adiciona diretamente o AGENTE
PRECIPITANTE sobre a amostra, mas ele é GERADO,
LENTAMENTE, através de uma reação química, com uma
velocidade compatível com a velocidade de crescimento
cristalino.
Assim, mantêm-se o GRAU DE SUPERSATURAÇÃO, o
menor possível.
50
Nucleação e Crescimento Cristalino
Ex.: precipitação usando uréia
NH2CONH2 + H2O CO2 + NH3
NH3 + H2O NH4
+ + OH-
(Geração lenta de OH- )
Aplicação:
Ex.: Determinação gravimétrica de íons Al3+ , Cr3+ , Fe3+
como hidróxidos
Al3+ + OH- Al(OH)3
Cr3+ + OH- Cr(OH)3
Fe3+ + OH- Fe(OH)3
TENDEM A
FORMAR
PRECIPITADOS
COLOIDAIS
51
Nucleação e Crescimento Cristalino
Ex.: precipitação usando ácido sulfâmico
NH2HSO3 + H2O H+ + NH4
+ + SO4
2-
(Geração lenta de SO4
2-)
Aplicação:
Ex.: Determinação gravimétrica de íons Ba2+
Ba2+ + SO4
2- BaSO4
52
Nucleação e Crescimento Cristalino
Ex.: precipitação usando tioacetamida
CH3CSNH2 + H2O H2S + CH3CONH2
( Geração lenta de H2S )
Aplicação:
Ex.: Determinação gravimétrica (ou mesmo
identificação) de diversos íons metálicos
Cu2+ + H2S CuS + H+
53
Cálculos em Análise Gravimétrica
SÃO SIMPLES, BASEADOS NA ESTEQUIOMETRIA
FATOR GRAVIMÉTRICO: expressa a relação
entre o analito por unidade de massa do
precipitado ou da forma de pesagem.
54
Cálculos em Análise Gravimétrica
Exemplo 1: Determinação de bário sob a forma de sulfato
de bário.
Ba2+ BaSO4 ↓SO4
2-+
FG =
MABa
MMBaSO4
=
137,34
233,40
= 0,5884
Cada 1,0000 g de BaSO4 contém 0,5884 g de Ba2+
20/09/2013
10
55
Cálculos em Análise Gravimétrica
Exemplo 2: Determinação de fósforo sob a forma de
pirofosfato de magnésio.
FG =
2 MAP
MMMg2P2O7
= = 0,2783
Cada 1,0000 g de Mg2P2O7 contém 0,2783 g de P
Mg2+ MgNH4PO4 . 6 H2O ↓PO4
3-+ NH4
+ + 6 H2O+
Mg2P2O7 (s)2 MgNH4PO4 . 6 H2O (s) + 2 NH3
∆
13 H2O+
2 x 30,9738
222,5534
56
Cálculos em Análise Gravimétrica
Exercício 1: Um minério contendo magnetita (Fe3O4) foi analisado
pela dissolução de 1,5419 g de minério em HCl concentrado,
formando uma mistura de Fe3+ e Fe2+. Após a adição de HNO3 para
oxidar Fe2+ a Fe3+, a solução resultante foi diluída com água e o
Fe3+ foi precipitado como Fe(OH)3 pela adição de amônia. Após
filtração o resíduo foi calcinado, originando 0,8525 g de Fe2O3
puro . Qual a percentagem de Fe3O4 na amostra de minério?
Dados massa atômica: Fe = 55,845 e O = 15,9994
57
Cálculos em Análise Gravimétrica
FG =
2 MMFe3O4
3 MMFe2O3
=
2 x 231,5326
3 x 159,6882
= 0,9666
0,9666 g de Fe3O4 ---- 1,0000 g de Fe2O3
m (g de Fe3O4) ---- 0,8525 g de Fe2O3
Massa de precipitado
m = 0,8421 g de Fe3O4
58
Cálculos em Análise Gravimétrica
0,8421 g de Fe3O4 ---- 1,5419 g de amostra de minério
x = 53,45 g de Fe3O4
x (g de Fe3O4) ---- 100 g de amostra de minério
Fe3O4 = 53,45 %
59
Cálculos em Análise Gravimétrica
Exercício 2: Uma amostra impura de Na3PO3 pesando 0,1392 g foi
dissolvida em 25 mL de água. Em seguida, a solução da amostra foi
lentamente misturada a uma solução resultante da mistura de 50 mL
de uma solução contendo cloreto mercúrico 3 % (m/v), 20 mL de
acetato de sódio 10 % (m/v) e 5 mL de ácido acético glacial. Após a
mistura das soluções, o fosfito foi oxidado a fosfato resultando na
precipitação do cloreto mercuroso. Após a filtração, digestão,
lavagem e secagem, o precipitado pesou 0,4320 g. Qual a pureza do
fosfito de sódio em %?
Dados massa atômica: Na = 22,9897; P = 30,9738; O = 15,9994; Hg = 200,59; Cl = 35,453
60
Cálculos em Análise Gravimétrica
FG =
MMNa3PO3
MMHg2Cl2
=
147,9411
472,086
= 0,3134
0,3134 g de Na3PO3 ---- 1,0000 g de Hg2Cl2
m (g de Na3PO3) ---- 0,4320 g de Hg2Cl2
m = 0,1354 g de Na3PO3
PO3
3- + H2O+2 HgCl2 PO4
3- + 2 H++Hg2Cl2 ↓ Cl-+
20/09/2013
11
61
Cálculos em Análise Gravimétrica
0,1354 g de Na3PO3 ---- 0,1392 g de amostra
x = 97,27 g de Na3PO3
x (g de Na3PO3) ---- 100 g de amostra
Na3PO3 = 97,27 %

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Dhion Meyg Fernandes
 
Relatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de PrecipitaçãoRelatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de PrecipitaçãoDhion Meyg Fernandes
 
Determinação de calcio no leite
Determinação de  calcio no leiteDeterminação de  calcio no leite
Determinação de calcio no leiteAdrianne Mendonça
 
Determinação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTADeterminação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTAAdrianne Mendonça
 
Recristalização acido benzoico.
Recristalização acido benzoico.Recristalização acido benzoico.
Recristalização acido benzoico.Michele Netseb
 
Padronização de HCl e teor de NaOH
Padronização de HCl e teor de NaOHPadronização de HCl e teor de NaOH
Padronização de HCl e teor de NaOHRodrigo Henrique
 
Relatório 03 - Química Analítica Quantitativa 1 - Dosagem de AAS e Mg(OH)2
Relatório 03 - Química Analítica Quantitativa 1 - Dosagem de AAS e Mg(OH)2Relatório 03 - Química Analítica Quantitativa 1 - Dosagem de AAS e Mg(OH)2
Relatório 03 - Química Analítica Quantitativa 1 - Dosagem de AAS e Mg(OH)2Jenifer Rigo Almeida
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃORELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃOEzequias Guimaraes
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO
 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDOEzequias Guimaraes
 
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreRelatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreDhion Meyg Fernandes
 
Relatório de Cromatografia
Relatório de CromatografiaRelatório de Cromatografia
Relatório de CromatografiaMario Monteiro
 
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)Cybele Sobrenome
 
Apostila de Química Analítica Qualitativa
Apostila de Química Analítica QualitativaApostila de Química Analítica Qualitativa
Apostila de Química Analítica QualitativaDharma Initiative
 
Relatório prática 1 volumetria de neutralização
Relatório prática 1 volumetria de neutralizaçãoRelatório prática 1 volumetria de neutralização
Relatório prática 1 volumetria de neutralizaçãoAna Morais Nascimento
 

Mais procurados (20)

Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
Relatório - Volumetria de Complexação: determinação de dureza da água.
 
Relatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de PrecipitaçãoRelatório - Volumetria de Precipitação
Relatório - Volumetria de Precipitação
 
Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)Complexos aula 1 (1)
Complexos aula 1 (1)
 
Determinação de calcio no leite
Determinação de  calcio no leiteDeterminação de  calcio no leite
Determinação de calcio no leite
 
Relatorio analitica ii_04
Relatorio analitica ii_04Relatorio analitica ii_04
Relatorio analitica ii_04
 
Determinação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTADeterminação da dureza total de água com EDTA
Determinação da dureza total de água com EDTA
 
Recristalização acido benzoico.
Recristalização acido benzoico.Recristalização acido benzoico.
Recristalização acido benzoico.
 
Padronização de HCl e teor de NaOH
Padronização de HCl e teor de NaOHPadronização de HCl e teor de NaOH
Padronização de HCl e teor de NaOH
 
Aula 8 -_proc_redox
Aula 8 -_proc_redoxAula 8 -_proc_redox
Aula 8 -_proc_redox
 
Equilibrio de precipitação
Equilibrio de precipitaçãoEquilibrio de precipitação
Equilibrio de precipitação
 
Relatório 03 - Química Analítica Quantitativa 1 - Dosagem de AAS e Mg(OH)2
Relatório 03 - Química Analítica Quantitativa 1 - Dosagem de AAS e Mg(OH)2Relatório 03 - Química Analítica Quantitativa 1 - Dosagem de AAS e Mg(OH)2
Relatório 03 - Química Analítica Quantitativa 1 - Dosagem de AAS e Mg(OH)2
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃORELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: DESTILAÇÃO FRACIONADA E PONTO DE EBULIÇÃO
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO
 RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO LÍQUIDO - LÍQUIDO
 
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do VinagreRelatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
Relatorio de Química Analítica II - Determinação da Acidez total do Vinagre
 
Reações de Adição a Alcenos e Alcinos
Reações de Adição a Alcenos e AlcinosReações de Adição a Alcenos e Alcinos
Reações de Adição a Alcenos e Alcinos
 
Análise Gravimétrica
Análise GravimétricaAnálise Gravimétrica
Análise Gravimétrica
 
Relatório de Cromatografia
Relatório de CromatografiaRelatório de Cromatografia
Relatório de Cromatografia
 
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
Síntese e caracterização do cloreto de hexaamminníquel (ii)
 
Apostila de Química Analítica Qualitativa
Apostila de Química Analítica QualitativaApostila de Química Analítica Qualitativa
Apostila de Química Analítica Qualitativa
 
Relatório prática 1 volumetria de neutralização
Relatório prática 1 volumetria de neutralizaçãoRelatório prática 1 volumetria de neutralização
Relatório prática 1 volumetria de neutralização
 

Destaque

Destaque (20)

Gravimetria
GravimetriaGravimetria
Gravimetria
 
Gravimetria
GravimetriaGravimetria
Gravimetria
 
41054480 unidade-1-gravimetria-a06-m-web-161008
41054480 unidade-1-gravimetria-a06-m-web-16100841054480 unidade-1-gravimetria-a06-m-web-161008
41054480 unidade-1-gravimetria-a06-m-web-161008
 
Qaq gravimetria
Qaq   gravimetriaQaq   gravimetria
Qaq gravimetria
 
Gravimetria skoog harris
Gravimetria skoog harrisGravimetria skoog harris
Gravimetria skoog harris
 
Gravimetria
GravimetriaGravimetria
Gravimetria
 
66417574 manual-gravimetria
66417574 manual-gravimetria66417574 manual-gravimetria
66417574 manual-gravimetria
 
Modulo1 tema 2 metodo gravimetrico
Modulo1 tema 2 metodo gravimetricoModulo1 tema 2 metodo gravimetrico
Modulo1 tema 2 metodo gravimetrico
 
Análise gravimétrica
Análise gravimétricaAnálise gravimétrica
Análise gravimétrica
 
Gravimetría
GravimetríaGravimetría
Gravimetría
 
Gravimetria
GravimetriaGravimetria
Gravimetria
 
Análise instrumental aula1 introducao
Análise instrumental   aula1 introducaoAnálise instrumental   aula1 introducao
Análise instrumental aula1 introducao
 
Gravimetria
GravimetriaGravimetria
Gravimetria
 
Métodos para o estudo do interior da geosfera
Métodos para o estudo do interior da geosferaMétodos para o estudo do interior da geosfera
Métodos para o estudo do interior da geosfera
 
Gravimetría
GravimetríaGravimetría
Gravimetría
 
MéTodos De Estudo Para O Interior Da Geosfera
MéTodos De Estudo Para O Interior Da GeosferaMéTodos De Estudo Para O Interior Da Geosfera
MéTodos De Estudo Para O Interior Da Geosfera
 
Método gravimétrico
Método gravimétricoMétodo gravimétrico
Método gravimétrico
 
Tema 1. gravimetría
Tema 1. gravimetríaTema 1. gravimetría
Tema 1. gravimetría
 
Gravimetría
GravimetríaGravimetría
Gravimetría
 
Métodos gravimetrico
Métodos gravimetricoMétodos gravimetrico
Métodos gravimetrico
 

Semelhante a Aula 6 gravimetria - 12-09-13

47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetricaaifa230600
 
Quimica analitica -Valdo
 Quimica analitica -Valdo Quimica analitica -Valdo
Quimica analitica -ValdoRock Dellura
 
Roteiro de laboratório 2
Roteiro de laboratório 2Roteiro de laboratório 2
Roteiro de laboratório 2Itamar Juliana
 
Minicurso preparo padronizacao_solucoes
Minicurso preparo padronizacao_solucoesMinicurso preparo padronizacao_solucoes
Minicurso preparo padronizacao_solucoesUFRJ
 
Aula-análise-térmica-REVISADO.pptx
Aula-análise-térmica-REVISADO.pptxAula-análise-térmica-REVISADO.pptx
Aula-análise-térmica-REVISADO.pptxLucasPortilhodaCunha1
 
Cromatografia 121123210622-phpapp01
Cromatografia 121123210622-phpapp01Cromatografia 121123210622-phpapp01
Cromatografia 121123210622-phpapp01Sonia Ibarra Luna
 
Aula-análise-térmica-REVISADO.pdf
Aula-análise-térmica-REVISADO.pdfAula-análise-térmica-REVISADO.pdf
Aula-análise-térmica-REVISADO.pdfphpupucha
 
Cristalização -_ Operações unitárias B
Cristalização -_ Operações unitárias BCristalização -_ Operações unitárias B
Cristalização -_ Operações unitárias BJúlia Figueiredo
 
Operações unitárias
Operações unitárias Operações unitárias
Operações unitárias Maria Teixiera
 
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seuCurs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seuMatheusVincius36
 
Cap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdf
Cap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdfCap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdf
Cap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdfLabCat
 
Workshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de Processo
Workshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de ProcessoWorkshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de Processo
Workshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de ProcessoGrupo EP
 

Semelhante a Aula 6 gravimetria - 12-09-13 (20)

47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
47029772 relatorio-de-quimica-analitica-analise-gravimetrica
 
Quimica analitica -Valdo
 Quimica analitica -Valdo Quimica analitica -Valdo
Quimica analitica -Valdo
 
Cromatografia
CromatografiaCromatografia
Cromatografia
 
Roteiro de laboratório 2
Roteiro de laboratório 2Roteiro de laboratório 2
Roteiro de laboratório 2
 
Minicurso preparo padronizacao_solucoes
Minicurso preparo padronizacao_solucoesMinicurso preparo padronizacao_solucoes
Minicurso preparo padronizacao_solucoes
 
CoagulaçãO
CoagulaçãOCoagulaçãO
CoagulaçãO
 
Gravimetria.pdf
Gravimetria.pdfGravimetria.pdf
Gravimetria.pdf
 
Resumos experimentos QG109
Resumos experimentos QG109Resumos experimentos QG109
Resumos experimentos QG109
 
Aula-análise-térmica-REVISADO.pptx
Aula-análise-térmica-REVISADO.pptxAula-análise-térmica-REVISADO.pptx
Aula-análise-térmica-REVISADO.pptx
 
Cromatografia 121123210622-phpapp01
Cromatografia 121123210622-phpapp01Cromatografia 121123210622-phpapp01
Cromatografia 121123210622-phpapp01
 
Lodo.ppt
Lodo.pptLodo.ppt
Lodo.ppt
 
Aula-análise-térmica-REVISADO.pdf
Aula-análise-térmica-REVISADO.pdfAula-análise-térmica-REVISADO.pdf
Aula-análise-térmica-REVISADO.pdf
 
Cristalização -_ Operações unitárias B
Cristalização -_ Operações unitárias BCristalização -_ Operações unitárias B
Cristalização -_ Operações unitárias B
 
Operações unitárias
Operações unitárias Operações unitárias
Operações unitárias
 
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seuCurs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
Curs-1.pdfz rx es diz-nos Jack tak crês seu
 
Cap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdf
Cap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdfCap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdf
Cap7-Preparacao de Catalisadores-7.pdf
 
Workshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de Processo
Workshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de ProcessoWorkshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de Processo
Workshop - Estudo de Tratabilidade para Definição de Processo
 
Cristalização
CristalizaçãoCristalização
Cristalização
 
AULÃO DE QUÍMICA 3º ano.pptx
AULÃO DE QUÍMICA 3º ano.pptxAULÃO DE QUÍMICA 3º ano.pptx
AULÃO DE QUÍMICA 3º ano.pptx
 
Química aula 4 - estequiometria
Química   aula 4 - estequiometriaQuímica   aula 4 - estequiometria
Química aula 4 - estequiometria
 

Último

Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...ArianeLima50
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasCasa Ciências
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 

Último (20)

Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
Cultura e Literatura indígenas: uma análise do poema “O silêncio”, de Kent Ne...
 
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de PartículasRecurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
Recurso Casa das Ciências: Sistemas de Partículas
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 

Aula 6 gravimetria - 12-09-13

  • 1. 20/09/2013 1 Prof. D.Sc. Ricardo Erthal Santelli ANÁLISE GRAVIMÉTRICA Química Analítica – IQA 121 Professor Titular – Departamentode Química Analítica – UFRJ 2 Análise Quantitativa ANÁLISE QUÍMICA QUANTITATIVA TÉCNICAS CLÁSSICAS TÉCNICAS INSTRUMENTAIS GRAVIMETRIA VOLUMETRIA 3 Definindo... Mas então... O que é a GRAVIMETRIA É uma técnica analítica baseada na medida de MASSA de uma substância, PREVIAMENTE SEPARADA dos outros constituintes da amostra. Instrumentação fundamental: BALANÇA ANALÍTICA. A balança analítica Balança analítica: precisão 0,1 mg. 4 5 A balança analítica 6 Classificação dos métodos gravimétricos A classificação dos métodos gravimétricos é realizada de acordo com o método de separação empregado: Método da Volatilização; Método da Precipitação; Método da Eletrodeposição. ● Método da volatilização direta; ● Método da volatilização indireta.
  • 2. 20/09/2013 2 7 Classificação dos métodos gravimétricos MÉTODO DA VOLATILIZAÇÃO Baseado na volatilização do constituinte de interesse, volatilizado ou por ação de um agente físico ou químico, ou transformado adequadamente em uma espécie volátil. MÉTODO DA VOLATILIZAÇÃO DIRETA: o constituinte volatilizado da amostra é absorvido por um meio adequado, sendo o ganho de massa do absorvente utilizado na medida. MÉTODO DA VOLATILIZAÇÃO INDIRETA: baseada na medida da perda de massa da amostra pela volatilização de uma espécie. É mais simples do que o método direto. AMBOS SÓ SÃO ESPECÍFICOS SE APENAS UM COMPONENTE FOR VOLÁTIL 8 Classificação dos métodos gravimétricos Exemplo da aplicação do método da volatilização direta: determinação do teor de umidade de uma amostra. AQUECIMENTO DA AMOSTRA A UMA TEMPERATURA ADEQUADA LIBERAÇÃO DE ÁGUA SOB A FORMA DE VAPOR ABSORÇÃO DO VAPOR DE ÁGUA POR UM ABSORVENTE ADEQUADO. Ex.: Mg(ClO4)2; 9 Classificação dos métodos gravimétricos Exemplo da aplicação do método da volatilização direta: determinação da concentração de carbonato/bicarbonato. TRATAMENTO DA AMOSTRA COM EXCESSO DE ÁCIDO PARA EVOLUÇÃO DE CO2 ABSORÇÃO DO CO2 PELO NaOH Na2CO3CO2 NaOH H2O+ + CO2CO3 2- 2 H+ H2O+ + CO2HCO3 - H+ H2O+ + 10 Classificação dos métodos gravimétricos Exemplo da aplicação do método da volatilização direta: determinação da concentração de carbonato/bicarbonato. 11 Classificação dos métodos gravimétricos Exemplo da aplicação do método da volatilização indireta: determinação do teor de sólidos totais dissolvidos. Etapas: Evaporação de um volume conhecido de amostra de água até a obtenção de um resíduo seco. SÓ PODE SER APLICADO QUANDO OS SEUS CONSTITUINTES NÃO SÃO DECOMPOSTOS PELO AQUECIMENTO 12 Classificação dos métodos gravimétricos MÉTODO DA ELETRODEPOSIÇÃO Baseado na deposição de um elemento sobre um eletrodo inerte de platina, sob a ação de corrente elétrica. Determinação de cobre em minérios, pela conversão de Cu2+ a Cu0 Etapa 1: Tratamento da amostra (processo de dissolução) Etapa 2: Aplicação de diferença de potencial; Etapa 3: Lavagem, secagem, pesagem do precipitado. +Cu2+ Cu02e- +H2O ½ O2 2H+ + 2e- +H2O ½ O2 2H++Cu2+ Cu0 +
  • 3. 20/09/2013 3 13 Método da eletrodeposição ANTES DEPOIS 14 Classificação dos métodos gravimétricos MÉTODO DA PRECIPITAÇÃO Baseado no tratamento da amostra com um reagente que forma um composto pouco solúvel com a espécie de interesse (analito), o qual precipita e pode ser separado facilmente. Exemplo da aplicação do método da precipitação: determinação gravimétrica de Ni2+ através da reação com a dimetilglioxima (DMG) para a formação do dimetilglioximato de níquel. Etapa 1: tratamento da amostra (ligeiramente ácida) com excesso de DMG, a ~ 90 ⁰C; Etapa 2: adição de ligeiro excesso de DMG; Etapa 3: Ajuste do pH (com NH4OH); Etapa 4: Filtração, lavagem, secagem, pesagem do precipitado. 15 Classificação dos métodos gravimétricos MÉTODO DA PRECIPITAÇÃO Exemplo da aplicação do método da precipitação: determinação gravimétrica de Ni2+ através da reação com a dimetilglioxima (DMG) para a formação do dimetilglioximato de níquel. 16 Classificação dos métodos gravimétricos MÉTODO DA PRECIPITAÇÃO Exemplo da aplicação do método da precipitação: determinação gravimétrica de Mg2+ através da reação com a (NH4)3PO4 para a formação de MgNH4PO4.6H2O e conversão em Mg2P2O7.  Etapa 1: tratamento da amostra (ligeiramente ácida) com excesso de (NH4)3PO4 ;  Etapa 2: adição de ligeiro excesso de (NH4)3PO4 ; Mg2+ MgNH4PO4 . 6 H2O ↓PO4 3-+ NH4 + + 6 H2O+  Etapa 3: Dissolução com HCl e re-precipitação com NH4OH em presença de pequena quantidade de (NH4)3PO4;  Etapa 4: digestão, filtração, lavagem e calcinação a 1100 ⁰C.  Etapa 5: Resfriamento, pesagem, cálculos e resultados. Mg2P2O7 (s)2 MgNH4PO4 . 6 H2O (s) + 2 NH3 ∆ 13 H2O+ 17 Método da precipitação FORMAS DE PESAGEMFORMAS DE PRECIPITAÇÃO Forma química na qual se realiza a pesagem Forma química em que o analito é precipitado Exemplo: Determinação gravimétrica de cálcio Precipitação sob a forma de oxalato de cálcio Pesagem sob a forma de óxido de cálcio forma de precipitação Ca2+ CaC2O4 ↓C2O4 2-+ CaOCaC2O4 (s) CO2+ CO+ ∆ forma de pesagem 18 Método da precipitação Mas... Por que nem sempre podemos pesar o sólido que precipitamos? Exemplo: Fe2O3 . x H2O (mesmo após secagem) Porque, muitas vezes, o precipitado pode ter uma estequiometria indefinida
  • 4. 20/09/2013 4 19 Método da precipitação FORMAS DE PRECIPITAÇÃO X FORMAS DE PESAGEM Quais características são desejáveis ao composto precipitado? Pouco solúvel, precipitação completa (quantitativa); Agente precipitante deve ser específico (evitar interferências); Precipitado formado não deve ter tendência a ser contaminado com substâncias solúveis (co-precipitação por oclusão); Não deve ser solúvel no solvente de lavagem; Deve ser fácil de filtrar, de lavar e de ser convertido na forma de pesagem. 20 Método da precipitação FORMAS DE PRECIPITAÇÃO X FORMAS DE PESAGEM Quais características são desejáveis ao composto pesado? Deve ser estável; Não decompor com efeito de temperatura (especialmente quando a função do aquecimento é apenas a secagem); Não absorver umidade; Não ser volátil; Apresentar massa molecular maior que a forma de precipitação (minimizar erros de pesagem). 21 Tipos de precipitados CRISTALINOS Formado por cristais de maior tamanho, maior pureza e mais bem-formados. Maior facilidade de filtração. Ideais para uma análise gravimétrica GELATINOSOS Formados pela floculação de colóides hidrofóbicos e hidrofílicos Ex.: Fe(OH)3 AMORFOS Formado por cristais minúsculos, dificultando o processo de filtração (torna-se lento) e reduzindo a recuperação 22 Contaminação de precipitados OS PRECIPITADOS TENDEM SEMPRE A CARREAR IMPUREZAS, CAUSANDO SUA CONTAMINAÇÃO. PROCESSO DE CO-PRECIPITAÇÃO 23 Contaminação de precipitados OCLUSÃO ADSORÇÃO PÓS-PRECIPITAÇÃO Quando o precipitado aprisiona no seu interior material que não faz parte de sua estrutura. (Ex.: água, outras impurezas) Quando íons de tamanho e carga similaressão aprisionados na estrutura cristalinado precipitado. (Ex.: NH4 + e K+) ISOMORFISMO DIGESTÃO E RE-PRECIPITAÇÃO Quando as impurezas estão adsorvidas (ou seja, retidas na superfíciedo precipitado). LAVAGEM Quando o precipitado permanece em contato com a solução mãe (em digestão), uma segunda substância, também insolúvel,pode, lentamente,precipitar. 24 Método da precipitação: as etapas de uma análise gravimétrica Pesagem de uma massa ou volume de amostra Dissolução da amostra em solvente adequado Adição LENTA do reagenteprecipitante Digestão do precipitado Filtração e lavagen Secagem e calcinaçãoPesagem final Resfriamento
  • 5. 20/09/2013 5 25 Método da precipitação: as etapas de uma análise gravimétrica PESAGEM DE UMA MASSA EXATA DE AMOSTRA SÓLIDA DISSOLUÇÃO DA AMOSTRA EM SOLVENTE ADEQUADO ADIÇÃO LENTA DO REAGENTE PRECIPITANTE DIGESTÃO DO PRECIPITADO FILTRAÇÃO E LAVAGEM SECAGEM ALÍQUOTA DE UM VOLUME EXATO DE AMOSTRA LÍQUIDA CALCINAÇÃO RESFRIAMENTO PESAGEM CÁLCULOS E RESULTADOS 26 Etapas de uma Análise Gravimétrica Pesagem da amostra a ser analisada Sensibilidade = 0,1 mg 27 Etapas de uma Análise Gravimétrica Dissolução da amostra em um solvente adequado 28 Etapas de uma Análise Gravimétrica Adição lenta do agente precipitante 29 Etapas de uma Análise Gravimétrica Digestão do precipitado 30 Etapas de uma Análise Gravimétrica Filtração
  • 6. 20/09/2013 6 31 Etapas de uma Análise Gravimétrica Filtração 32 Etapas de uma Análise Gravimétrica Filtração à vácuo 33 Etapas de uma Análise Gravimétrica Secagem e calcinação 34 Etapas de uma Análise Gravimétrica Secagem e calcinação 35 Etapas de uma Análise Gravimétrica Pesagem do precipitado ou da forma de pesagem 36 Nucleação e Crescimento Cristalino A formação de um precipitado é um FENÔMENO FÍSICO E QUÍMICO O Processo Físico consiste de: - Nucleação; - Crescimento Cristalino. Nucleação: formação de pequenas partículas do precipitado em uma solução supersaturada. Crescimento Cristalino: deposição de íons sobre a superfície das partículas do precipitado que foram nucleadas.
  • 7. 20/09/2013 7 37 Nucleação e Crescimento Cristalino O NÚMERO DE PARTÍCULAS (e portanto, o SEU TAMANHO) de uma massa de precipitado, depende do NÚMERO DE NÚCLEOS FORMADOS. A NUCLEAÇÃO vai depender da SUPERSATURAÇÃO A SUPERSATURAÇÃO é uma situação onde a solução contém mais precipitado dissolvido do que pode estar em equilíbrio. É uma SITUAÇÃO TRANSITÓRIA (de não equilíbrio). A tendência é atingir o equilíbrio e o excesso da substância dissolvida irá precipitar. 38 Nucleação e Crescimento Cristalino A Velocidade de Precipitação depende do Grau de Supersaturação Grau de Supersaturação = Q - S S onde: Q = concentração do soluto no momento que a precipitação se inicia S = concentração de equilíbrio (solubilidade do precipitado) 39 Nucleação e Crescimento Cristalino Ex.: Precipitação do BaSO4 Mistura instantânea de: 100 mL de BaCl2 1 x 10-2 mol / L com 1 mL de Na2SO4 1 mol / L No início: [ Ba2+ ] = [SO4 2- ] = 1 x 10-2 mol / L Como o Kps BaSO4 = 1 x 10-10 s = 1 x 10-5 mol / L 1 x 10-2 mol / L (conc. inicial) É MIL VEZES MAIOR QUE 1 x 10-5 mol / L ( s ) 40 Nucleação e Crescimento Cristalino Quanto MAIOR o Grau de Supersaturação MENOR será o Tamanho da Partícula. Resultado: o precipitado será muito FINO (difícil de ser filtrado). O que fazer? Realizar a precipitação em condições onde a supersaturação é menor. Ex.: acidificar a solução sulfato de bário é mais solúvel em meio ácido. Depois, ao final, antes da filtração, neutraliza-se a solução. 41 Nucleação e Crescimento Cristalino Tipos de Nucleação: NUCLEAÇÃO ESPONTÂNEA: união natural de íons formando núcleos iniciais do precipitado. NUCLEAÇÃO INDUZIDA: nucleação auxiliada pela presença de algum sólido (impurezas), descontinuidades nos recipientes, etc. (É A MAIS IMPORTANTE) 42 Nucleação e Crescimento Cristalino Ex.: Impurezas dos Reagentes
  • 8. 20/09/2013 8 43 Nucleação e Crescimento Cristalino 44 Nucleação e Crescimento Cristalino Processos de Crescimento Cristalino: Uma vez formado o núcleo, ele tende a crescer (é espontâneo). Duas etapas: 1) Difusão de íons da solução para a superfície do núcleo do precipitado; 2) Depósito destes íons formando partículas do precipitado. Velocidade de difusão dos íons depende: da natureza dos íons, da concentração, da temperatura e da agitação. 45 Nucleação e Crescimento Cristalino Pureza dos Precipitados Tipos de Precipitados 1) Precipitados Coloidais Estado coloidal – dispersão de uma fase em outra (fase sólida na fase líquida) Tamanho das partículas coloidais: 0,0001 a 0,2 µm. SÃO PARTÍCULAS TÃO PEQUENAS QUE ATRAVESSAM OS MEIOS FILTRANTES CONVENCIONAIS (PAPEL DE FILTRO / MEMBRANAS FILTRANTES) 46 Nucleação e Crescimento Cristalino Estabilidade dos coloides Partículas dos coloides adquirem carga por adsorção de íons da solução. Todas as partículas adquirem a mesma carga (ou positiva ou negativa) e se repelem. Possuem movimento – Browniano 47 Nucleação e Crescimento Cristalino Coagulação e Peptização Coagulação – processo no qual as partículas coloidais se aglomeram para formar partículas maiores que sedimentam Peptização – volta do precipitado coagulado ao estado coloidal (adquirindo novamente cargas na sua superfície) Ex.: Pode ocorrer durante a lavagem do precipitado na análise gravimétrica. 48 Nucleação e Crescimento Cristalino 2) Precipitados Cristalinos A maioria dos sólidos inorgânicos são formados por cátions e ânions dispostos em uma estrutura cristalina bem definida (cristais) Razão massa / área (superficial) de um precipitado
  • 9. 20/09/2013 9 49 Nucleação e Crescimento Cristalino Técnicas de Precipitação Lenta velocidade de precipitação depende de: Q - S S Precipitação a partir de soluções homogêneas Neste caso não se adiciona diretamente o AGENTE PRECIPITANTE sobre a amostra, mas ele é GERADO, LENTAMENTE, através de uma reação química, com uma velocidade compatível com a velocidade de crescimento cristalino. Assim, mantêm-se o GRAU DE SUPERSATURAÇÃO, o menor possível. 50 Nucleação e Crescimento Cristalino Ex.: precipitação usando uréia NH2CONH2 + H2O CO2 + NH3 NH3 + H2O NH4 + + OH- (Geração lenta de OH- ) Aplicação: Ex.: Determinação gravimétrica de íons Al3+ , Cr3+ , Fe3+ como hidróxidos Al3+ + OH- Al(OH)3 Cr3+ + OH- Cr(OH)3 Fe3+ + OH- Fe(OH)3 TENDEM A FORMAR PRECIPITADOS COLOIDAIS 51 Nucleação e Crescimento Cristalino Ex.: precipitação usando ácido sulfâmico NH2HSO3 + H2O H+ + NH4 + + SO4 2- (Geração lenta de SO4 2-) Aplicação: Ex.: Determinação gravimétrica de íons Ba2+ Ba2+ + SO4 2- BaSO4 52 Nucleação e Crescimento Cristalino Ex.: precipitação usando tioacetamida CH3CSNH2 + H2O H2S + CH3CONH2 ( Geração lenta de H2S ) Aplicação: Ex.: Determinação gravimétrica (ou mesmo identificação) de diversos íons metálicos Cu2+ + H2S CuS + H+ 53 Cálculos em Análise Gravimétrica SÃO SIMPLES, BASEADOS NA ESTEQUIOMETRIA FATOR GRAVIMÉTRICO: expressa a relação entre o analito por unidade de massa do precipitado ou da forma de pesagem. 54 Cálculos em Análise Gravimétrica Exemplo 1: Determinação de bário sob a forma de sulfato de bário. Ba2+ BaSO4 ↓SO4 2-+ FG = MABa MMBaSO4 = 137,34 233,40 = 0,5884 Cada 1,0000 g de BaSO4 contém 0,5884 g de Ba2+
  • 10. 20/09/2013 10 55 Cálculos em Análise Gravimétrica Exemplo 2: Determinação de fósforo sob a forma de pirofosfato de magnésio. FG = 2 MAP MMMg2P2O7 = = 0,2783 Cada 1,0000 g de Mg2P2O7 contém 0,2783 g de P Mg2+ MgNH4PO4 . 6 H2O ↓PO4 3-+ NH4 + + 6 H2O+ Mg2P2O7 (s)2 MgNH4PO4 . 6 H2O (s) + 2 NH3 ∆ 13 H2O+ 2 x 30,9738 222,5534 56 Cálculos em Análise Gravimétrica Exercício 1: Um minério contendo magnetita (Fe3O4) foi analisado pela dissolução de 1,5419 g de minério em HCl concentrado, formando uma mistura de Fe3+ e Fe2+. Após a adição de HNO3 para oxidar Fe2+ a Fe3+, a solução resultante foi diluída com água e o Fe3+ foi precipitado como Fe(OH)3 pela adição de amônia. Após filtração o resíduo foi calcinado, originando 0,8525 g de Fe2O3 puro . Qual a percentagem de Fe3O4 na amostra de minério? Dados massa atômica: Fe = 55,845 e O = 15,9994 57 Cálculos em Análise Gravimétrica FG = 2 MMFe3O4 3 MMFe2O3 = 2 x 231,5326 3 x 159,6882 = 0,9666 0,9666 g de Fe3O4 ---- 1,0000 g de Fe2O3 m (g de Fe3O4) ---- 0,8525 g de Fe2O3 Massa de precipitado m = 0,8421 g de Fe3O4 58 Cálculos em Análise Gravimétrica 0,8421 g de Fe3O4 ---- 1,5419 g de amostra de minério x = 53,45 g de Fe3O4 x (g de Fe3O4) ---- 100 g de amostra de minério Fe3O4 = 53,45 % 59 Cálculos em Análise Gravimétrica Exercício 2: Uma amostra impura de Na3PO3 pesando 0,1392 g foi dissolvida em 25 mL de água. Em seguida, a solução da amostra foi lentamente misturada a uma solução resultante da mistura de 50 mL de uma solução contendo cloreto mercúrico 3 % (m/v), 20 mL de acetato de sódio 10 % (m/v) e 5 mL de ácido acético glacial. Após a mistura das soluções, o fosfito foi oxidado a fosfato resultando na precipitação do cloreto mercuroso. Após a filtração, digestão, lavagem e secagem, o precipitado pesou 0,4320 g. Qual a pureza do fosfito de sódio em %? Dados massa atômica: Na = 22,9897; P = 30,9738; O = 15,9994; Hg = 200,59; Cl = 35,453 60 Cálculos em Análise Gravimétrica FG = MMNa3PO3 MMHg2Cl2 = 147,9411 472,086 = 0,3134 0,3134 g de Na3PO3 ---- 1,0000 g de Hg2Cl2 m (g de Na3PO3) ---- 0,4320 g de Hg2Cl2 m = 0,1354 g de Na3PO3 PO3 3- + H2O+2 HgCl2 PO4 3- + 2 H++Hg2Cl2 ↓ Cl-+
  • 11. 20/09/2013 11 61 Cálculos em Análise Gravimétrica 0,1354 g de Na3PO3 ---- 0,1392 g de amostra x = 97,27 g de Na3PO3 x (g de Na3PO3) ---- 100 g de amostra Na3PO3 = 97,27 %