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Lodos Ativados
Introdução
O sistema de lodos ativados é mundialmente utilizado para
o tratamento de despejos domésticos e industriais, em
situações em que são necessários uma elevada qualidade
do efluente tratado e reduzidos requisitos de área .
As seguintes unidades são parte integrante da etapa
biológica do sistema de lodos ativados:
 Tanque de aeração (reator);
 Tanque de decantação (decantador secundário);
 Recirculação de lodo.
 Sistema de introdução de oxigênio.
Fluxograma de Lodos Ativados
X; S; Q
Reator
X
S
Q+Qr
Decantador
X0
S0
Q
Afluente Efluente
Xe
S
Q-Qex
Xr
S
Qr
Xr
S
Qex
Recirculação
Q = vazão de alimentação (m3/d)
Qr = vazão de recirculação (m3/d)
Qex = vazão de lodo excedente (m3/d)
So = concentração de DBO afluente (mg/l)
S = concentração de DBO efluente (mg/l)
X = concentração de sólidos em suspensão no reator (mg/l)
Xo = concentração de sólidos em suspensão no afluente (mg/l)
Xe = concentração de sólidos em suspensão no efluente (mg/l)
Xr = concentração de sólidos em suspensão do lodo excedente (mg/l)
V = volume do reator (m3)
Lodos Ativados
O tratamento opera basicamente pelo
sincronismo de algumas variáveis:
 Reinoculação de biomassa ativa através do retorno de
lodo do decantador secundário;
 Manutenção do suprimento de ar ao tanque de aeração;
 Manutenção de condições adequadas de mistura, e
ausência de condições toxicas;
 Descarte de biomassa em excesso
Lodos Ativados
Intervalos sugeridos:
 OD Tanque de Aeração 1 - 4 (mg/l);
 OD Manto de lodo do Dec. 2a >0,5 (mg/l);
 SST Tanque de Aeração 4000 - 5000 (mg/l);
 Idade do lodo  25 dias;
 F/M 0,12 kgDBO/kgSSV.d.
 IVL 80250 ml/g
Lodos Ativados
Processo de Nitrificação
NH4
+-N + 2 O2  NO3
- + 2 H+ + H2O (1)
A transformação da amônia em nitritos é
efetivada através de bactérias, como as do
gênero Nitrosomonas. Já a oxidação dos nitritos
a nitratos dá-se principalmente pela atuação das
bactérias do gênero Nitrobacter.
A equação global da nitrificação é :
Processo de Nitrificação
Essa reação global caracteriza o processo de
nitrificação com:
 Consumo de oxigênio livre, referido como
demanda nitrogenada;
 Liberação de H+, consumindo alcalinidade
do meio e possivelmente reduzindo o pH;
Processo de Desnitrificação
NO3
--N + 2 H+  N2 + 2,5 O2 + H2O (2)
Em condições anóxicas (ausência de oxigênio
mas presença de nitratos), os nitratos são
utilizados por microrganismos heterotróficos.
Neste processo, denominado de desnitrificação,
o nitrato é reduzido a nitrogênio gasoso,
segundo a reação:
Processo de Desnitrificação
Contrariamente a nitrificação, na reação de
desnitrificação deve-se destacar:
 Economia de oxigênio, pois a matéria
orgânica pode ser estabilizada na ausência de
oxigênio;
 Consumo de H+, implicando na economia
de alcalinidade e no aumento da capacidade
tampão do meio.
Os principais parâmetros que devem ser controlados
pelo operador são :
 Oxigênio dissolvido (OD);
 Concentração do lodo ativado e suas características;
 Tempo de retenção e vazão afluente;
 pH e temperatura de entrada;
 Concentração de nutrientes no afluente;
 Entrada de produtos tóxicos;
 Odor e Cor;
Controle do Processo de
Lodos Ativados
Com o conhecimento das variabilidades dos
parâmetros e sabendo como controlá-los, o operador
se acostumará e definirá as posições ideais de
operação de válvulas manuais, instrumentos de
medição, alturas de água nos tanques, etc.
Controle do Processo de
Lodos Ativados
Quando for necessário fazer alguma alteração ou correção no
sistema, o operador deve:
Controle do Processo de
Lodos Ativados
 Não alterar muitos parâmetros de controle ao mesmo tempo;
 Permitir que o sistema se recupere, antes de passar para uma
próxima etapa de ajuste;
 Ajustar os controles de modo gradual. Uma mudança ou correção
necessita normalmente de 24 a 36 horas para se ter início a
visualização dos resultados, podendo atingir uma semana para que os
resultados sejam de fato observados.
Controle da relação alimento/microrganismos
F/M (‘Food/Microorganism”)
 O termo alimento (F) é comumente dado como o
valor de DBO afluente ao sistema, expresso em kg
DBO/dia.
 Já o termo microrganismo (M) é dado como a massa
total de sólidos suspensos voláteis no sistema de
aeração, expresso em kg SSVTA.
Controle do Processo de
Lodos Ativados
A carga de alimentos (F) fornecida é dada por:
F = Q . So
enquanto que a massa de microrganismos é calculada por:
M = V . Xv
onde:
Q=vazão afluente (m3/dia)
So=concentração de DBO afluente (g/m3)
V= volume do reator aeróbio (m3)
Xv=concentração de sólidos em suspensão voláteis (g/m3)
Controle do Processo de
Lodos Ativados
Dessa forma a relação F/M é expressa
como:
Controle do Processo de
Lodos Ativados
dia
.
KgSSV
kgDBO
X
.
V
S
.
Q
M
F
v
0


O uso da relação F/M como método de
controle indica se a quantidade de matéria
orgânica biodegradável que está alimentando o
processo durante um determinado tempo
coincide diretamente com a taxa de
crescimento dos microrganismos.
Controle do Processo de
Lodos Ativados
Com esse método, o operador pode variar a
quantidade de microrganismos no sistema em
resposta às alterações da carga de DBO
influente. Para controlar a quantidade dos
microrganismos ativos disponíveis, o operador
deve fazer ajustes no descarte do lodo da planta
e na taxa de recirculação do lodo.
Controle do Processo de
Lodos Ativados
A idade do lodo (qc) é também comumente
referenciada como tempo de retenção de sólidos
ou tempo médio de residência celular. Este
método de controle relaciona os sólidos
presentes no sistema biológico com a taxa de
crescimento biológico.
Controle do Processo de
Lodos Ativados
A idade de lodo (qc) média da planta será definida por:
Controle do Processo de
Lodos Ativados
tempo
de
unidade
por
sistema
do
retirada
sólidos
de
massa
sistema
no
sólidos
de
massa
c 
q
  vr
ex
ve
ex
V
c
X
.
Q
X
.
Q
Q
V
.
X



q
onde;
Xve = concentração de SSV no efluentes (g/m3)
Xvr = concentração de SSV no lodo de retorno (g/m3).
Normalmente, a concentração de SS no efluente final é baixa
(Xve = 0), comparada com os valores de Xv e Xvr
Em decorrência, a idade do lodo pode ser
simplifica para:
Controle do Processo de
Lodos Ativados
 
dias
X
.
Q
V
.
X
vr
ex
V
c 
q
Exemplo de aplicação:
Um sistema de lodo ativados apresenta idade do lodo (qc) igual
a 25 dias (valor de projeto). Supondo que a concentração de
SSV nos tanques de aeração esteja em 3 500 mg/l (3,5 kg/m3)
e que a concentração no retorno de lodo em 8 000 mg/l (8,0
kg/m3), calcular a vazão de retirada do excesso de lodo Qex
para manter o valor de qc estimado acima. O volume do
tanque é de 1235 m3.
Controle do Processo de
Lodos Ativados
Controle do Processo de
Lodos Ativados
Onde:
Xv = 3,5 kg/m3
Xvr = 8,0 kg/m3
V = 1235 m3
qc = 25 dias
Portanto,
vr
ex
V
c
X
.
Q
V
.
X

q
   
    h
/
m
9
,
0
h
/
m
61
,
21
m
/
kg
0
,
8
.
dias
25
m
1235
.
m
/
kg
5
,
3
Q 3
3
3
3
3
ex 


Microbiologia do Lodo
Microbiologia do Lodo
Microbiologia do Lodo
Microrganismos Características do processo
Predominância de flagelados e
rizópodes
Lodo jovem, características de início
de operação ou idade do lodo baixa
Predominância de flagelados Deficiência de aeração, má
depuração e sobrecarga orgânica
Predominância de ciliados
pedunculados e livres
Boas condições de depuração
Presença de Arcella (rizópode
com teca)
Boa depuração
Microbiologia do Lodo
Microrganismos Características do processo
Presença de Aspidisca costata
(ciliado livre)
Nitrificação
Presença de Trachelophyllum
(ciliado livre)
Idade do lodo alta
Presença de Vorticella microstoma
(ciliado pedunculado)
Efluente de má qualidade e baixa
concentração de ciliados livres
Predominância de anelídeos do
gênero Aelosoma
Excesso de oxigênio dissolvido
Predominância de filamentos (*) Intumescimento do lodo ou
bulking filamentoso
(*) para caracterizar o intumescimento do lodo é necessário
avaliar os flocos.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA
1. Rápido aumento
na concentração de
OD
- Carga de choque
altamente tóxica com
possível morte dos
microrganismos
- Parar ou reduzir a entrada dos
despejos.
- Aumente a taxa de recirculação
de lodo
- Verifique a fonte dos tóxicos.
2. Rápido
decréscimo na
concentração de
OD.
- Falta de energia.
- Bloqueio na linha de
fornecimento de oxigênio
ou dos difusores.
- Derramamento químico.
- Restabelecer energia.
- Limpar linha e difusores.
- Investigar origem dos despejos.
OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA
3. Pequenas variações
no OD (aumento e
diminuição)
-Flutuaçoes normais nas
características dos
despejos
-Nenhuma, deixar o sistema
agir por si só.
4. Variações
persistentes no OD
(aumento e diminuição)
-Sistema saindo do
equilíbrio
-Ajustar o ar introduzido.
5. Pequena ação de
mistura na zona de
aeração.
-Entupimento dos
difusores.
-Limpe-os ou substitua-os.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA
6. Mau odor (ovo
podre)
- Microrganismos
mudando para
anaeróbios.
-Aumentar taxa de transferência de ar
-Verificar temperatura efluente
-Aumentar o descarte de lodo
7. Mau odor
(químico)
-Presença de
químicos (cloretos,
sulfitos).
-Nada, mas ficar de olho na
concentração de OD.
-Pode ocorrer morte de
microrganismo
8. Retorno de
lodo com cor
cinza.
-Condições
anaeróbias próximas.
- Ver ítem 6.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVELCAUSA AÇÃO RECOMENDADA
9. Retorno de lodo
com cor preta
(iniciando mau odor)
-Condições anaeróbias
próximas.
-Ver ítem 6.
10. Retorno de lodo
quase com água
limpa.
- “Armadilhas” no manto
de lodo.
-Reduzir retorno de lodo.
-Resuspender o lodo decantado
pela introduçao de ar comprimido.
-Verificar funcionamento do
raspador de fundo.
11. Diminuição da
taxa de recirculação
de lodo.
-Problemas de reciclo. -Verifique problemas nas bombas
de recirculação.
-Verifique entupimento nas linhas
de recirculação.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVELCAUSA AÇÃO RECOMENDADA
12. Relação
SSVTA/SSTA
menor do que 0,6.
-Entrada de inertes no
sistema.
-Idade de lodo muito alta.
-Aumentar descarte de lodo, mas
sem perder o manto de lodo no
decantador.
-Observar no microscópio.
13. Relação
SSVTA/SSTA
maior do que 0,6.
-Verificar atividade do
lodo. Baixa
mineralização,
provavelmente elevada
produção de lodo.
-Não é perigoso, porém fique de
olho na capacidade de disposição
de lodo do sistema. Se possível,
elevar um pouco a manta de lodo
através do decréscimo da taxa
de recirculação.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA
14. Baixo valor de
SSTA (ver ítem 10
e 11)
-Sedimentabilidade pobre.
-Baixa taxa de
transferência de ar.
-Aumentar retorno de lodo (ver
também ítem 16).
15. Espumação
excessiva.
-Relação F/M muito alta.
-Presença de resinas
-Presença de detergentes
no meio.
-Aumentar retorno de lodo e
assim o SSTA. Descarte de lodo
lentamente.
-Adicionar anti-espumante.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA
16. Valor alto de
IVL.
-Características de
sedimentabilidade .
Pode ocorrer “bulking”
em pouco tempo.
-Crescimento de
bactérias filamentosas.
-Aumentar descarte de lodo. Agitar
lentamente o manto de lodo para
eliminar gases.
-Ajustar F/M aumentando o reciclo.
Adicionar floculantes
temporáriamente.
17. Elevada
concentração de
SS no efluente
final
-Idade de lodo incorreta.
-Ver ítem 16.
-Checar idade do lodo: se velho,
diminuir SSTA; se novo, aumentar
SSTA.
-Ver ítem 16.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA
18. Aumento do
manto de lodo no
decantador
-Elevação do nível de lodo.
-Lodo volumoso (“bulking”).
- Aumentar recirculação de lodo.
- Ver ítem 16.
19. Saída de
sólidos no
decantador.
- Elevado manto de lodo.
- Sedimentabilidade pobre.
Checar concentração.
- Sobrecarga hidráulica.
- Perda da taxa de reciclo.
- Aumentar reciclo de lodo.
- Descartar lodo.
- Checar vazões.
- Checar sistema de recirculação
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA
20. Bioensaio
indica a falta de
um tipo desejável
e/ou quantidade
de
microrganismos.
- Concentração de OD
incorreta.
-Abundância de
filamentosas.
-Carga de choque
tóxica.
-Baixa relação F/M.
-Crescimento disperso.
- Checar concentração de OD.
- Ver ítem 16.
- Ver ítem 1.
- Ajustar F/M. se necessário,
adicionar matéria orgânica de fácil
degradação, como o amido.
- Diminuir o descarte de lodo.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA
21. Borbulhamento
na superfície do
decantador.
-Bolhas de ar provenientes
dos tanques de aeração.
-Possível início de
desnitrificação (poderá ser
visto grande acúmulo de
lodo não anaeróbio)
-Checar vazão de alimentação e
recirculação da planta. Checar
agitação na zona de aeração.
Reduzir, se muita.
-Diminuir SSTA e aumentar
descarte de lodo. Idade do lodo
muito alta. Verificar se não está
havendo superdosagem de
nutrientes.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)
OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA
22. Lodo volumoso
(“bulking”).
- Lodo jovem.
-Crescimento de
filamentosas.
- Observar no microscópio. Diminuir
descarte de lodo, aumentar SSTA
para aumentar idade do lodo e
diminuir F/M. Adicionar floculantes,
se necessário.
- Ver ítem 16.
Dificuldades Operacionais
(“troubleshooting”)

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Sistema Lodos Ativados

  • 2. Introdução O sistema de lodos ativados é mundialmente utilizado para o tratamento de despejos domésticos e industriais, em situações em que são necessários uma elevada qualidade do efluente tratado e reduzidos requisitos de área . As seguintes unidades são parte integrante da etapa biológica do sistema de lodos ativados:  Tanque de aeração (reator);  Tanque de decantação (decantador secundário);  Recirculação de lodo.  Sistema de introdução de oxigênio.
  • 3. Fluxograma de Lodos Ativados X; S; Q Reator X S Q+Qr Decantador X0 S0 Q Afluente Efluente Xe S Q-Qex Xr S Qr Xr S Qex Recirculação
  • 4. Q = vazão de alimentação (m3/d) Qr = vazão de recirculação (m3/d) Qex = vazão de lodo excedente (m3/d) So = concentração de DBO afluente (mg/l) S = concentração de DBO efluente (mg/l) X = concentração de sólidos em suspensão no reator (mg/l) Xo = concentração de sólidos em suspensão no afluente (mg/l) Xe = concentração de sólidos em suspensão no efluente (mg/l) Xr = concentração de sólidos em suspensão do lodo excedente (mg/l) V = volume do reator (m3) Lodos Ativados
  • 5. O tratamento opera basicamente pelo sincronismo de algumas variáveis:  Reinoculação de biomassa ativa através do retorno de lodo do decantador secundário;  Manutenção do suprimento de ar ao tanque de aeração;  Manutenção de condições adequadas de mistura, e ausência de condições toxicas;  Descarte de biomassa em excesso Lodos Ativados
  • 6. Intervalos sugeridos:  OD Tanque de Aeração 1 - 4 (mg/l);  OD Manto de lodo do Dec. 2a >0,5 (mg/l);  SST Tanque de Aeração 4000 - 5000 (mg/l);  Idade do lodo  25 dias;  F/M 0,12 kgDBO/kgSSV.d.  IVL 80250 ml/g Lodos Ativados
  • 7. Processo de Nitrificação NH4 +-N + 2 O2  NO3 - + 2 H+ + H2O (1) A transformação da amônia em nitritos é efetivada através de bactérias, como as do gênero Nitrosomonas. Já a oxidação dos nitritos a nitratos dá-se principalmente pela atuação das bactérias do gênero Nitrobacter. A equação global da nitrificação é :
  • 8. Processo de Nitrificação Essa reação global caracteriza o processo de nitrificação com:  Consumo de oxigênio livre, referido como demanda nitrogenada;  Liberação de H+, consumindo alcalinidade do meio e possivelmente reduzindo o pH;
  • 9. Processo de Desnitrificação NO3 --N + 2 H+  N2 + 2,5 O2 + H2O (2) Em condições anóxicas (ausência de oxigênio mas presença de nitratos), os nitratos são utilizados por microrganismos heterotróficos. Neste processo, denominado de desnitrificação, o nitrato é reduzido a nitrogênio gasoso, segundo a reação:
  • 10. Processo de Desnitrificação Contrariamente a nitrificação, na reação de desnitrificação deve-se destacar:  Economia de oxigênio, pois a matéria orgânica pode ser estabilizada na ausência de oxigênio;  Consumo de H+, implicando na economia de alcalinidade e no aumento da capacidade tampão do meio.
  • 11. Os principais parâmetros que devem ser controlados pelo operador são :  Oxigênio dissolvido (OD);  Concentração do lodo ativado e suas características;  Tempo de retenção e vazão afluente;  pH e temperatura de entrada;  Concentração de nutrientes no afluente;  Entrada de produtos tóxicos;  Odor e Cor; Controle do Processo de Lodos Ativados
  • 12. Com o conhecimento das variabilidades dos parâmetros e sabendo como controlá-los, o operador se acostumará e definirá as posições ideais de operação de válvulas manuais, instrumentos de medição, alturas de água nos tanques, etc. Controle do Processo de Lodos Ativados
  • 13. Quando for necessário fazer alguma alteração ou correção no sistema, o operador deve: Controle do Processo de Lodos Ativados  Não alterar muitos parâmetros de controle ao mesmo tempo;  Permitir que o sistema se recupere, antes de passar para uma próxima etapa de ajuste;  Ajustar os controles de modo gradual. Uma mudança ou correção necessita normalmente de 24 a 36 horas para se ter início a visualização dos resultados, podendo atingir uma semana para que os resultados sejam de fato observados.
  • 14. Controle da relação alimento/microrganismos F/M (‘Food/Microorganism”)  O termo alimento (F) é comumente dado como o valor de DBO afluente ao sistema, expresso em kg DBO/dia.  Já o termo microrganismo (M) é dado como a massa total de sólidos suspensos voláteis no sistema de aeração, expresso em kg SSVTA. Controle do Processo de Lodos Ativados
  • 15. A carga de alimentos (F) fornecida é dada por: F = Q . So enquanto que a massa de microrganismos é calculada por: M = V . Xv onde: Q=vazão afluente (m3/dia) So=concentração de DBO afluente (g/m3) V= volume do reator aeróbio (m3) Xv=concentração de sólidos em suspensão voláteis (g/m3) Controle do Processo de Lodos Ativados
  • 16. Dessa forma a relação F/M é expressa como: Controle do Processo de Lodos Ativados dia . KgSSV kgDBO X . V S . Q M F v 0  
  • 17. O uso da relação F/M como método de controle indica se a quantidade de matéria orgânica biodegradável que está alimentando o processo durante um determinado tempo coincide diretamente com a taxa de crescimento dos microrganismos. Controle do Processo de Lodos Ativados
  • 18. Com esse método, o operador pode variar a quantidade de microrganismos no sistema em resposta às alterações da carga de DBO influente. Para controlar a quantidade dos microrganismos ativos disponíveis, o operador deve fazer ajustes no descarte do lodo da planta e na taxa de recirculação do lodo. Controle do Processo de Lodos Ativados
  • 19. A idade do lodo (qc) é também comumente referenciada como tempo de retenção de sólidos ou tempo médio de residência celular. Este método de controle relaciona os sólidos presentes no sistema biológico com a taxa de crescimento biológico. Controle do Processo de Lodos Ativados
  • 20. A idade de lodo (qc) média da planta será definida por: Controle do Processo de Lodos Ativados tempo de unidade por sistema do retirada sólidos de massa sistema no sólidos de massa c  q   vr ex ve ex V c X . Q X . Q Q V . X    q onde; Xve = concentração de SSV no efluentes (g/m3) Xvr = concentração de SSV no lodo de retorno (g/m3). Normalmente, a concentração de SS no efluente final é baixa (Xve = 0), comparada com os valores de Xv e Xvr
  • 21. Em decorrência, a idade do lodo pode ser simplifica para: Controle do Processo de Lodos Ativados   dias X . Q V . X vr ex V c  q
  • 22. Exemplo de aplicação: Um sistema de lodo ativados apresenta idade do lodo (qc) igual a 25 dias (valor de projeto). Supondo que a concentração de SSV nos tanques de aeração esteja em 3 500 mg/l (3,5 kg/m3) e que a concentração no retorno de lodo em 8 000 mg/l (8,0 kg/m3), calcular a vazão de retirada do excesso de lodo Qex para manter o valor de qc estimado acima. O volume do tanque é de 1235 m3. Controle do Processo de Lodos Ativados
  • 23. Controle do Processo de Lodos Ativados Onde: Xv = 3,5 kg/m3 Xvr = 8,0 kg/m3 V = 1235 m3 qc = 25 dias Portanto, vr ex V c X . Q V . X  q         h / m 9 , 0 h / m 61 , 21 m / kg 0 , 8 . dias 25 m 1235 . m / kg 5 , 3 Q 3 3 3 3 3 ex   
  • 26. Microbiologia do Lodo Microrganismos Características do processo Predominância de flagelados e rizópodes Lodo jovem, características de início de operação ou idade do lodo baixa Predominância de flagelados Deficiência de aeração, má depuração e sobrecarga orgânica Predominância de ciliados pedunculados e livres Boas condições de depuração Presença de Arcella (rizópode com teca) Boa depuração
  • 27. Microbiologia do Lodo Microrganismos Características do processo Presença de Aspidisca costata (ciliado livre) Nitrificação Presença de Trachelophyllum (ciliado livre) Idade do lodo alta Presença de Vorticella microstoma (ciliado pedunculado) Efluente de má qualidade e baixa concentração de ciliados livres Predominância de anelídeos do gênero Aelosoma Excesso de oxigênio dissolvido Predominância de filamentos (*) Intumescimento do lodo ou bulking filamentoso (*) para caracterizar o intumescimento do lodo é necessário avaliar os flocos.
  • 28. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”) OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 1. Rápido aumento na concentração de OD - Carga de choque altamente tóxica com possível morte dos microrganismos - Parar ou reduzir a entrada dos despejos. - Aumente a taxa de recirculação de lodo - Verifique a fonte dos tóxicos. 2. Rápido decréscimo na concentração de OD. - Falta de energia. - Bloqueio na linha de fornecimento de oxigênio ou dos difusores. - Derramamento químico. - Restabelecer energia. - Limpar linha e difusores. - Investigar origem dos despejos.
  • 29. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 3. Pequenas variações no OD (aumento e diminuição) -Flutuaçoes normais nas características dos despejos -Nenhuma, deixar o sistema agir por si só. 4. Variações persistentes no OD (aumento e diminuição) -Sistema saindo do equilíbrio -Ajustar o ar introduzido. 5. Pequena ação de mistura na zona de aeração. -Entupimento dos difusores. -Limpe-os ou substitua-os. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)
  • 30. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 6. Mau odor (ovo podre) - Microrganismos mudando para anaeróbios. -Aumentar taxa de transferência de ar -Verificar temperatura efluente -Aumentar o descarte de lodo 7. Mau odor (químico) -Presença de químicos (cloretos, sulfitos). -Nada, mas ficar de olho na concentração de OD. -Pode ocorrer morte de microrganismo 8. Retorno de lodo com cor cinza. -Condições anaeróbias próximas. - Ver ítem 6. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)
  • 31. OBSERVADO POSSÍVELCAUSA AÇÃO RECOMENDADA 9. Retorno de lodo com cor preta (iniciando mau odor) -Condições anaeróbias próximas. -Ver ítem 6. 10. Retorno de lodo quase com água limpa. - “Armadilhas” no manto de lodo. -Reduzir retorno de lodo. -Resuspender o lodo decantado pela introduçao de ar comprimido. -Verificar funcionamento do raspador de fundo. 11. Diminuição da taxa de recirculação de lodo. -Problemas de reciclo. -Verifique problemas nas bombas de recirculação. -Verifique entupimento nas linhas de recirculação. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)
  • 32. OBSERVADO POSSÍVELCAUSA AÇÃO RECOMENDADA 12. Relação SSVTA/SSTA menor do que 0,6. -Entrada de inertes no sistema. -Idade de lodo muito alta. -Aumentar descarte de lodo, mas sem perder o manto de lodo no decantador. -Observar no microscópio. 13. Relação SSVTA/SSTA maior do que 0,6. -Verificar atividade do lodo. Baixa mineralização, provavelmente elevada produção de lodo. -Não é perigoso, porém fique de olho na capacidade de disposição de lodo do sistema. Se possível, elevar um pouco a manta de lodo através do decréscimo da taxa de recirculação. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)
  • 33. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 14. Baixo valor de SSTA (ver ítem 10 e 11) -Sedimentabilidade pobre. -Baixa taxa de transferência de ar. -Aumentar retorno de lodo (ver também ítem 16). 15. Espumação excessiva. -Relação F/M muito alta. -Presença de resinas -Presença de detergentes no meio. -Aumentar retorno de lodo e assim o SSTA. Descarte de lodo lentamente. -Adicionar anti-espumante. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)
  • 34. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 16. Valor alto de IVL. -Características de sedimentabilidade . Pode ocorrer “bulking” em pouco tempo. -Crescimento de bactérias filamentosas. -Aumentar descarte de lodo. Agitar lentamente o manto de lodo para eliminar gases. -Ajustar F/M aumentando o reciclo. Adicionar floculantes temporáriamente. 17. Elevada concentração de SS no efluente final -Idade de lodo incorreta. -Ver ítem 16. -Checar idade do lodo: se velho, diminuir SSTA; se novo, aumentar SSTA. -Ver ítem 16. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)
  • 35. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 18. Aumento do manto de lodo no decantador -Elevação do nível de lodo. -Lodo volumoso (“bulking”). - Aumentar recirculação de lodo. - Ver ítem 16. 19. Saída de sólidos no decantador. - Elevado manto de lodo. - Sedimentabilidade pobre. Checar concentração. - Sobrecarga hidráulica. - Perda da taxa de reciclo. - Aumentar reciclo de lodo. - Descartar lodo. - Checar vazões. - Checar sistema de recirculação Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)
  • 36. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 20. Bioensaio indica a falta de um tipo desejável e/ou quantidade de microrganismos. - Concentração de OD incorreta. -Abundância de filamentosas. -Carga de choque tóxica. -Baixa relação F/M. -Crescimento disperso. - Checar concentração de OD. - Ver ítem 16. - Ver ítem 1. - Ajustar F/M. se necessário, adicionar matéria orgânica de fácil degradação, como o amido. - Diminuir o descarte de lodo. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)
  • 37. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 21. Borbulhamento na superfície do decantador. -Bolhas de ar provenientes dos tanques de aeração. -Possível início de desnitrificação (poderá ser visto grande acúmulo de lodo não anaeróbio) -Checar vazão de alimentação e recirculação da planta. Checar agitação na zona de aeração. Reduzir, se muita. -Diminuir SSTA e aumentar descarte de lodo. Idade do lodo muito alta. Verificar se não está havendo superdosagem de nutrientes. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)
  • 38. OBSERVADO POSSÍVEL CAUSA AÇÃO RECOMENDADA 22. Lodo volumoso (“bulking”). - Lodo jovem. -Crescimento de filamentosas. - Observar no microscópio. Diminuir descarte de lodo, aumentar SSTA para aumentar idade do lodo e diminuir F/M. Adicionar floculantes, se necessário. - Ver ítem 16. Dificuldades Operacionais (“troubleshooting”)