O documento discute as diferenças cognitivas entre aprendizagem presencial e a distância. A aprendizagem presencial envolve todos os sentidos de forma integrada, enquanto a educação a distância ocorre através de interfaces digitais de forma assíncrona. A convergência de mídias na educação a distância requer estratégias comunicacionais diferenciadas, como vídeos e discussões online.

1. Diferenças Cognitivas entre o aprendizado presencial e o a
distância
RESENHA
Por Michelle Siquet
Quando pensamos em aprendizagem nos remetemos a realizar atividades,
discussões, leituras, etc., todas inerentes ao um processo saudável de
apreensão de informação, que havendo ou construindo significado adquirimos
conhecimento, como produto, conforme discorre GARRIDO (2012).
E quando ela se dá pela mediação? Atualmente, pelas tecnologias de
comunicação e informação: A Internet.
É importante refletirmos que o processo cognitivo que se dá “olho no olho” é
diferente daquele que se dá através de uma interface. Essa interface também
nos possibilita uma interação “ao vivo”, isto é, síncrona, como também
assíncrona. Isso significa que materiais, leituras, vídeos e respostas a esses
estímulos se dão em momentos diferentes, para cada um.
Para contribuir com a essa reflexão há de se pensar nos processos de memória
e percepção e que eles agem conformem o ambiente que está a sua volta. A
educação presencial possibilita uma experiência global, onde olfato, tato, visão,
audição e fala colaboram, juntos, para essa experiência.
Já no trato da Educação a distância, temos com as tecnologias, a experiência da
convergência, que segundo GARRIDO (2012) é uma “era de conhecimentos
(interdisciplinar), de mídias (áudios-vídeos-animações-imagens-RA), de
interesses, de níveis cognitivos, de ambientes, de tempo e espaço;
definitivamente, uma era de REDES”.
Essa convergência demonstra que as estratégias que são adotadas no
presencial, tem suas próprias particularidades quando no âmbito a distância.
Isso significa que se apropriar de várias formas de comunicar e promover que o
aluno também seja um pólo emissor (LEMOS, 2002 apud SILVA 2010) também
de informação potencializa essa relação, como também a dinamiza e a leva para

2. um processo que não terá nem começo e nem fim, sendo um sistema que
sempre se retroalimenta.
Essa convergência nos impõem pensarmos em uma lógica de comunicação
diferenciada. Podemos exemplificar com a visual, através de materiais como
vídeo e apresentações em Power point, que tragam uma linguagem visual mais
elaborada.
A comunicação escrita é parte fundamental do processo de aprendizagem, e
nesse caso, promover web conferências, fóruns e desafios durante esse
processo, faz a leitura saltar para outro patamar, onde quem estuda, reflete e
discute sobre o que aprende.
As inúmeras redes sociais e canais de comunicação servem como repositório de
informação e como opções para a criação de seus próprios materiais.
Aqui temos alguns exemplos, onde a EAD possui particularidades inerentes a
convergência, que precisam ser pensadas e praticadas, para que essa
modalidade possa responder as necessidades que se apresentam na
contemporaneidade.
LITTO, Frederic. FORMIGA, Marcos (Org). EAD: Educação a Distância: O
Estado da Arte. GARRIDO, Susane. As Tecnologias Digitais e as
neurociências. Capítulo 1. Editora ABED. 2012
SILVA, José Erigleidson da. Mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design
Digital. Operadores de Inteligência Coletiva em Ambientes Virtuais de
Aprendizagem. PUC. São Paulo. 2010.
GARRIDO, Suzane. Vídeo http://vimeo.com/21242317. 2012.