SlideShare uma empresa Scribd logo
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
17 - Circuito CA em paralelo (Fig. 17 – 01)
17.1 - Parâmetros a serem estudados neste tipo de circuito:
Circuito em paralelo é um divisor de corrente, com a mesma tensão em todos os elementos.
Se o módulo da tensão total estiver como referência de fase V ∠0° → ω t =0 rad , isso significa
que a condutância G , sua queda de tensão VdG e a potência eficaz P , estarão
vetorialmente na mesma reta suporte do vetor do módulo da tensão V , sobre o eixo Real
positivo do plano complexo, enquanto que, a susceptância indutiva BL , sua queda de tensão
VdBL e a potência reativa QL são representadas nos quadrantes − j , e que a susceptância
capacitiva BC , sua queda de tensão VdBC e a potência reativa QC , ficam nos quadrantes
+ j . Notar que houve uma inversão das grandezas imaginárias, em relação ao circuito em
série.
Nos tópicos seguintes trataremos da tensão com “fase zero”, sobre o eixo Real positivo, exceto nos
casos em que for dado um ângulo diferente de fase inicial da tensão. As tensões e correntes com
valores RMS.
17.2 – Triângulo da admitância (Fig. 17 – 02)
Susceptâncias: unidade de medida Siemens S .
Capacitiva jBC =
1
XC
e indutiva −jBL =
1
XL
.
A admitância complexa: unidade de medida Siemens (S)
é dada por Y =
1
Z
ou, em função do módulo da tensão RMS e
da corrente complexa Y =
I
V
.
Na forma retangular Y =G + J BC ou Y =G −J BL .
1
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Na forma polar: Módulo da admitância Y = √G
2
+ BEQ
2
.
Predominância indutiva: Y =Y ∠m .d. p.(−ϕ ) .
Predominância capacitiva: Y =Y ∠ ϕ .
Com o módulo da admitância poderemos ter: Y =Ycosϕ ± j(Y senϕ ) onde G =Y cosϕ é a
parte real e BL = j(Y senϕ ) ou BC =−j(Y senϕ ) a parte Imaginária.
Comparação das relações fasoriais nos circuitos em série e paralelo:
Ângulo da defasagem entre a tensão e a corrente:
• Circuito RL . ϕ =tg
−1
[− j BL
G ]
• Circuito RC . ϕ =tg
−1
[j BC
G ]
• Circuito RLC ϕ =tg−1
[±j BEQ
G ] .
Como consequência, teremos: cosϕ =
G
Y
senϕ L =
−jBL
Y
senϕ C =
jBC
Y
.
Para ângulo negativo (predominância indutiva), converter para a “menor determinação positiva”:
m.d . p. (−ϕ )=−ϕ + 360° .
17.2 – Triângulo das correntes (Fig. 17-03):
Como adotamos o módulo da tensão como referência fasorial, a corrente complexa será dada plela
Lei de Ohm I =V .YEQ , mostrando que a corrente cresce diretamente proporcional à
admitância complexa do circuito.
A corrente total de um circuito em paralelo é a soma das
correntes de cada braço. Se o circuito tiver “n” braços, pela LCK,
teremos : IEQ = I1 + I2 + I3 + ….In .
LCK→IR+( jIC−jIL)= I ou I = IR± j Ireativo onde
Ireativo =( jIC− jI L) é a corrente resultante dos elementos
reativos opostos.
Corrente no resistor em paralelo, pela Lei de Ohm: IR =
V
R
.
2
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Corrente no capacitor em paralelo: IC =
V
jXC
.
Corrente instantânea no capacitor, em função da capacitância e a derivada da tensão instantânea
(relação constitutiva): i(t)=C[dv(t)
dt ] .
Corrente no indutor em paralelo: IL =
V
−jXL
.
Corrente instantânea no indutor, em função da capacitância e a integral da tensão instantânea
(relação constitutiva): i(t)=
1
L
∫
0
t
v(t)dt .
Módulo da corrente total: I =√(IR)
2
+(Ireativo)
2
.
17.4 – Triângulo das Potências na carga (Fig. 17- 04):
Todas as fórmulas de potência dos circuitos em série são válidas
para os circuitos em paralelo.
Potência total na forma retangular S= PG ± jQEQ , com:
PG =V ²G ou PG =
I
2
G
e Q =V
2
(± j BEQ) ou
Q =
I
2
± j BEQ
. Módulo da potência total ou potência aparente
S =√P
2
+(±j QEQ)
2
.
Potência total na forma polar S=S ∠ϕ para carga capacitiva e S=S ∠m.d . p.(−ϕ ) para
carga indutiva.
Fator de potência FP=cosϕ ou FP=
P
S
.
Em função da frequência do gerador, num circuito RCL em paralelo, teremos:
Se f → 0 a máxima potência reativa é trocada entre o indutor e o gerador; se f →+∞ a
máxima potência reativa é trocada entre o capacitor e o gerador e, nos dois casos, a potência
trocada entre a fonte e as reatâncias será máxima S= P± jQ , onde P é a potência média
dissipada no resistor P=
V
2
R
ou P=I2
R ou P=VI cosϕ .
3
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Na frequência de sintonia ω0 a potência reativa trocada entre a fonte e as reatâncias será nula
± jQ =0 , pois as reatâncias anulam-se, em função das correntes com fases e amplitudes
opostas. Neste caso, a potência total será mínima, com S =P , o que dá o fator de potência
unitário.
17.5 – Ressonância de um circuito RLC em paralelo (Fig. 17- 05):
Devido ao conceito de Admitância Y =
1
Z
, devemos entender que a corrente no circuito cresce
diretamente proporcional ao aumento das cargas em paralelo, isto porque, em CA, o comportamento
dos elementos reativos depende da frequência e da reatância. Enquanto a condutância se mantém
constante, a susceptância capacitiva cresce linearmente BC =ω C , e a susceptância indutiva
decresce inversamente BL −
1
2π f L
.
Se ω < ω0
a admitância indutiva é alta, pois se ω → 0rad/s ⇒ − j BL→−∞ , e
consequentemente a corrente indutiva será alta também. Quando ω = 0 , o indutor ideal é visto
como um curto-circuito.
Em ω0 o circuito torna-se puramente resistivo:
• Os módulos das correntes através de L e C terão amplitudes iguais, mas opostas
fasorialmente, anulado-se, e estes componentes comportam-se como circuito aberto
BEQ =0 Siemens .
• AAdmitância será mínima, assumindo o valor de Y =G , e a corrente será
IMIN =Vf G . Na verdade, neste ponto, o circuito atinge a máxima Impedância Z = R ,
ou “impedância dinâmica”.
Como a corrente é diretamente proporcional à admitância I =Vf .Y , um gráfico “corrente x
frequência” vai nos mostrar uma curva idêntica à curva “módulo da admitância x frequência”, e no
ponto ω0 , vai tangenciar a reta representativa da condutância.
4
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Se ω >ω0 , a admitância capacitiva é alta, pois quando ω → ∞rad/s ⇒ +JBC →+∞ , e
consequentemente a corrente capacitiva será alta também. Quando ω → ∞ , o capacitor ideal
tende para um curto-circuito.
• Na frequência de ressonância teremos XL = XC ω0 L=
1
ω0C
ω0
2
=
1
LC
ou
ω0 =
1
√LC
rad /s .
Fator de qualidade “Q”
Já vimos no capítulo 16 (circuitos CA em série) que o fator de qualidade Q de um circuito
ressonante é a razão entre a energia armazenada nos elementos reativos e a energia dissipada no
resistor em série, a cada ciclo: Q =
U X
U R
(16.04). A definição já sugere que, se as reatâncias
LC estão em paralelo, tem que haver um resistor em série RS (fig. 17 - 06), além do que, a
expressão do fator Q será invertida em relação à expressão vista quando temos LC em série: e
Q =Rω0C e Q =
R
ω0 L
ou Q =R
√C
L
.
O fator Q é visto num gráfico “impedância x
frequência” nas vizinhanças de ω0 , (fig.17 – 07)
como a curva do módulo da impedância, com vértice
para cima, centrado em ω0 , e ordenada Z = R
, ou seja, ponto da impedância máxima.
Uma resistência alta em série produzirá um Q
maior, cujo gráfico será um pico elevado e delgado,
com a banda de atenuação mais estreita, tornando o
circuito mais seletivo, enquanto que uma resistência
mais baixa vai produzir um Q menor, cujo gráfico
será uma curva com pico baixo e achatado, com uma
banda de atenuação mais larga e menos seletiva.
5
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
A impedância de corte também é definida em ZC =0,707Zpico e uma reta nessa ordenada vai
cruzar a curva da impedância nas abcissas f CA e f CB , correspondentes à largura da banda de
atenuação Δ f =f CA−f CB e também Δ f =
f 0
Q
, o que nos dá Q =
f 0
Δ
f .
Uma correlação entre 0,707Z e 0,5 P , na ordenada que define a banda de atenuação, pode
ser feita a partir do fato da tensão ser diretamente proporcional à impedância V =IZ , como
P=
V
2
Z
e 0,707
2
=0,5 , então 0,5 P=
0,707V
2
Z
.
A atenuação, dada em logaritmo, é a mesma calculada para o circuito RLC em série: A =−3dB .
17.6 - Exemplos
17.6.1 - CIRCUITO RC
Dados (Fig. 17- 08):
Vf P = 311,174V ω=377rd/ s R=5Ω C =100μ F
Pedem-se: IC , IR , V , Z , P , Q e FP .
Triângulo da Admitância
Considerar o módulo da tensão como referência fasorial
V ∠0° → ωt =0 rad .
Condutância: G =
1
R
G =
1
5
G =0,2S
Reatância capacitiva: XC =− j
1
ω C
XC =− j
1
377∗0,0001
XC =− j
1
0,0377
então
XC =− j26,526Ω ou na forma polar
XC =26,526Ω∠−90° .
Susceptância capacitiva: BC =
1
−j XC
BC =
[ 1
−j 26,526]
BC = j 0,0377S . Na forma polar: BC =0,0377∠90° .
Defasagem entre a tensão e a corrente: ϕ =tg−1
[j BC
G ]
ϕ =tg−1
[j0,0377
0,2 ] ϕ =10,67° .
6
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Funções trigonométricas de ϕ : cosϕ =0,98 e senϕ =0,185 .
Módulo da admitância: Y =√G
2
+ BC
2
Y =√(0,2)
2
+(0,0377)
2
Y =0,2035 S .
Admitância complexa na forma retangular: Y =G+ j BC ou Y = 0,2 + j 0,0377 S .
Na forma polar: Y =Y ∠ϕ ou Y = 0,2035∠10,67° S .
Triângulo das correntes
Corrente eficaz no resistor: IR = V G IR =220x 0,2
IR =44 A∠ 0° A
Corrente eficaz no capacitor: IC =V ( jBC )
IC =220( j0,03769) IC = j 8,29 A ou na forma polar
IC = Ic ∠ϕ ou IC =8,29∠10,67° .
Módulo da corrente total : I =√IR
2
+IC
2
I =√442
+8,292
I =44,77 A .
Corrente total: I = IR+ j IC I =44+ j 8,29 A na forma polar I = I ∠ϕ ou
I =44,77∠10,67° A .
Também pode ser calculada com o módulo da admitância:
I =V Y ∠ϕ I =220 x0,2035∠10,67° ou I =44,77 A∠10,67° .
Triângulo das potências:
Potência no resistor: P=IR
2
R P=442
x5 ou P=9.680 W .
Potência reativa no Capacitor:
Q =V x jIC Q =220 x j 8,29
Q = j1.824VAR na forma polar
Q =1.824 ∠90°VAR .
Módulo da potência total ou potência
aparente consumida S =√P²+Q ² S =√9.6802
+1.8242
ou S =9.850,35 VA .
Potência complexa total consumida S= P+ jQ ou S=9.680 + j1.824 . Na forma polar
S=S ∠ϕ ou S=9.850,35∠10,67° VA .
Potência total fornecida pela fonte: Sf =−(Scarga) .
Fator de potência FP=cos ϕ ou cos10,67° =0,98 .
7
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
17.6.2 - CIRCUITO RL
Dados (Fig. 17- 09):
Vf P =311,174V ω=377rd/ s R=20Ω
L=60 mH com RL=0Ω
Pedem-se: IC , IR , V , Z , P , Q e
FP .
Triângulo da Admitância
Condutância: G =
1
R
G =
1
20
ou G =0,05S .
Reatância indutiva: X L = jω L Ω XL = j 377∗0,06 XL = j 22,62Ω ou na forma polar
XL =22,62∠ 90° Ω .
Susceptância indutiva: BL =− j
[ 1
XL
]S BL =− j
[ 1
22,62 ]
ou BL =−j 0,044S .
Defasagem entre a tensão e a corrente: ϕ =(tg
−1
)[−j BL
G ]
ϕ =(tg−1
)
[−0,044
0,05 ] ϕ =(tg
−1
) [− j0,88]
ϕ =−41,347° adequar o ângulo para −j com a m.d.p. m.d . p.(−ϕ )=318,653° .
Funções trigonométricas de ϕ : cosϕ =0,75 e senϕ =−0,66 .
Módulo da Admitância: Y = √G
2
+BL
2
Y = √(0,05)2
+(−0,044)2
ou Y =0,164122 S .
Admitância complexa: Y =G− j BL Y =0,05−j 0,044 S . Na forma polar
Y =Y ∠m .d. p. (−ϕ ) ou Y =0,164122∠318,653° S .
Triângulo das correntes
Corrente no resistor:
IR =V G IR =220x 0,05 ou IR =11 ∠ 0° A .
Corrente no indutor:
8
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
IL =V (− jBL) A IL =220(− j0,044) IL =− j 9,68 A na forma polar
IL =9,68∠−90° A .
Corrente total:
Módulo I = √IR
2
+IL
2
I =√112
+9,682
ou I =14,65 A .
Corrente total: I = IR− j I L A I =11− j 9,68 A na forma polar I = I ∠m .d. p.(−ϕ ) ou
I =14,65∠318,653° A .
Triângulo das potências
Potência eficaz no resistor: P =IR
2
R P=11
2
x 20 ou P =2.420∠ 0° W .
Potência reativa no Indutor : QL =V (−j I L) QL =220(−j 13,7566) ou
Q =− j2.140,345 VAR . Na forma polar Q =2.140,345∠−90° VAR .
Módulo da potência total ou potência aparente;
S =√P²+Q ² S =√2.420²+2.140,345²
ou S =3.230,7VA .
Potência complexa total da carga:
S= P– j Q ou
S=2.420−j 2.140,345 VA . Na forma polar
S= 3230.71∠ 318,653° VA .
Potência total fornecida pela fonte: Sf = Vr I Sf =−220(11 − j 9,68)
Sf =−2.420 + 2.129,6 VA . Na forma polar Sf =−S∠ m.d. p.(−ϕ ) ou
Sf =−3.230,7∠318,653° VA .
Fator de potência: FP=cosϕ ou cos 41,49° =0,75 .
9
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
17.6.3 - CIRCUITO RLC (anti-ressonante)
Dados (Fig. 17 - 10):
VS =311,174 VP ω=377rd/ s R=30Ω L=120 mH com RL=0Ω e C= 50μ F
Pedem-se: IC , IL , IR , V , Z , P , Q e FP .
Considerar a tensão como referência fasorial 220∠0° V .
Triângulo da Admitância
Condutância: G =
1
R
G =
1
30
G =0,033 S .
Reatância capacitiva: XC =− j
1
ω C
XC =− j
1
377∗0,00005
XC =− j
1
0,0188495
então
XC =− j53,05Ω ou na forma polar XC = 53,05∠−90° Ω .
Susceptância capacitiva: BC =
1
− j XC
BC = j[ 1
53,05] BC = j 0,01885 S .
Reatância indutiva: XL = jω L XL = j 376,99x 0,12 XL = j 45,2388Ω ou na forma polar
XL =45,2388Ω∡90° .
Susceptância indutiva: BL =
1
j XL
BL =− j
[ 1
45,238]
BL =− j 0,022 S .
Susceptância equivalente: BEQ = BC−BL
BEQ = 0,01885− 0,022 BEQ =− j 0,00315 S com
predominância indutiva.
Ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente:
10
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
ϕ =(tg−1
)[BEQ
G ] ϕ =(tg
−1
)
[−0,00315
0,033 ] ϕ =(tg−1
)[−0,0954] ϕ =−5,45° . Adequar
o ângulo para −j com a m.d.p. m.d . p. (−ϕ )=354,55° .
Funções trigonométricas: cosϕY =0,99 e senϕ Y =−0,095 .
Admitância
Módulo : Y =√G
2
+BEQ
2
Y =√0,0332
+ 0,003152
ou Y =0,0317 S .
Admitância total complexa: Y =G− j BEQ ou Y =0,033− j 0,0315 S . Na forma polar
Y =Y ∠m .d. p. (−ϕ ) ou Y =0,031 ∠ 354,55° S com predominância indutiva.
Triângulo das correntes
Corrente no resistor: IR =V G IR =220x 0,033... ou IR =7,33...∠0° A .
Corrente no capacitor: IC =V ( jBC ) IC =220( j0,01885) ou IC = j 4,147 A . Na forma
polar IC =4,147 ∠90° A .
Corrente no indutor: IL =V (− jBL)
IL =220(− j0,0221) ou IL =−j 4,862 A . Na forma
polar IL =4,862∠−90° .
Corrente reativa equivalente: IBEQ =IC + IL
IBEQ = j 4,147− j 4,862 ou IBEQ =− j0,715 A .
Módulo da corrente total: I =√IR
2
+IBEQ
2
I =√7,332
+0,7152
ou I = 7,368 A .
Corrente total: I = IR− j IBEQ ou I =7,33− j0,715 A . Na forma polar
I = IS ∠m.d . p. (−ϕ ) ou I =7,368∠354,55° A .
Triângulo das potências
Potência eficaz no resistor: P=IR
2
R P =7,33...2
(30) ou P=1.612 W .
Potência reativa no indutor: QL =V (−jIL) QL =220(−j 4,862) ou QL =− j1.069,64 .
Potência reativa no capacitor: QC =V ( jIC ) .
QC =220( j 4,147) QC = j 912,34 .
11
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Potencia reativa equivalente:
QEQ =QC + QL
QEQ =( j 912,34−j1.069,64) ou
QEQ =−j 157,3 VAR .
Potência aparente (módulo):
S = √1.6122
+ 157,322
ou
S =1.619,658 VA
Potência total fornecida pela fonte:
Sf =−V I .
Sf =−220(7,33 − j0,715) Sf =−1.612+ j157,3 VA . Na forma polar
Sf =−S∠ m.d. p.(−ϕ ) ou Sf =−1.619,658∠354,55° VA .
Fator de potência
FP=cos m.d. p. ϕ como cos354,55° =0,995 , então FP=0,995 .
Exemplo com duas impedâncias em paralelo
Dados: Fig. 17 – 20
f =
ω
2π
f =
377
6,283
ou f =60 Hz
L=
XL
ω
L=
12
377
ou L=0,031.83 H .
C =
1
ω . XC
C=
1
377x 20
ou C =0,001.326.6 F .
VP =
V
0,707
VP =
200
0,707
ou VP =282,9 V .
12
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
Triângulo da admitância (Fig. 17 - 21)
 Z1 =2 + j12 Ω então Y1=
1
2+ j 12
ou Y1=0,0135...− j0,081... S . Na forma
polar Y1= √0,0135
2
+ 0,081
2
tg
−1
[−0,081
0,0135 ] ou Y1=0,08211…∠ – 80,54 adequar
o ângulo para −j com m.d . p.(ϕ 1)=279,46° então Y1=0,08211…∠279,46° .
 Z2 =3− j 20 Ω então Y2=
1
3− j20
ou Y2= 0,007335 + j 0,0489 S . Na forma
polar Y2=√0,007335
2
+ 0,0489
2
tg
−1
[ 0,0489
0,007335] ou Y2=0,04944…∠ 81,5° .
 YEQ =(0,00135...− j 0,081...)+(0,007335 + j 0,0489) ou
YEQ =0,020835− j 0,0321 S com predominância indutiva. Na forma polar
YEQ =√0,0208352
+ 0,03212
tg−1
[ −0,0321
0,0208355] ou YEQ =0,03826...∠−57° adequar
o ângulo para −j com m.d . p.(ϕ EQ)=303° , então YEQ =0,08211…∠303° .
Triângulo das correntes (Fig. 17 - 22)
 I1 =V (Y1) I1 =200(0,0135...−j 0,0081...) ou I1 =2,7− j16,2 A . Módulo
I1 =√2,7
2
+ 16,2
2
=16,42 A . Na forma polar I1 =I1 ∠m.d . p.(ϕ 1) ou
I1 =16,42∠279,46° A .
13
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
 I2 =V (Y2) I2 =200(0,007335 + j 0,0489) ou I2 =1,467+ j9,78 A . Módulo
I2 =√1,4672
+ 9,782
=9,89 A . Na forma polar I2 =I2 ∠ϕ 2
I2 =9,89∠81,5° A .
 IEQ =V (YEQ) IEQ =200(0,020835− j 0,0321) ou IEQ =4,167− j 6,42 A .
Módulo IEQ =√4,167
2
+ 6,42
2
=7,65377... A . Na forma polar
IEQ =I EQ ∠m.d. p.(ϕ EQ) ou IEQ =7,65377...∠303° A .
Triângulo das potências (Fig. 17 – 23)
Com a expressão (9.21) S=
V 2
Z
.
 S1 =
200
2
2 + j12
S1 =540,54− j3.243,243 VA , onde P1 =540,54 W e
Q1 =−j 3.243,243VAR . Módulo S1 =√540,54
2
+ 3.243,243
2
=3.287,98 VA .Na
forma polar S1 =S1∠ m.d. p.(ϕ 1) ou S1 =3.287,98∠279,46° VA .
 S2 =
2002
3− j20
S2 =293,4 + j1.956 VA , onde P2 =293,4 W e
Q2 = j1.956VAR . Módulo S2 =√293,4
2
+ 1.956
2
=1.977,9 VA .Na forma polar
S2 =S2 ∠m.d. p.(ϕ 2) ou S2 =1.977,9∠81,5° VA .
 SEQ = S1 + S2 SEQ =(540,54− j3.243,243)+(293,4 + j 1.956)
SEQ = 833,94− j 1.287,243 VA , onde PEQ = 833,94 W e
14
Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto
QEQ =−j 1.287,243VAR . Módulo SEQ =√833,942
+ 1.287,2432
=1.533,77 VA .Na
forma polar SEQ =SEQ ∠m .d. p.(ϕ EQ) ou SEQ =1.533,77∠303° VA .
Fator de potência
FP=cosϕ EQ sendo cos303° =0,54 , então FP=0,54 .
15

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apostila profissional do senai circuitos eletricos[1]
Apostila profissional   do senai  circuitos eletricos[1]Apostila profissional   do senai  circuitos eletricos[1]
Apostila profissional do senai circuitos eletricos[1]
Rodrigo Amorim
 
Redes e Subestação de Energia Iª PARTE
Redes e Subestação de Energia Iª PARTERedes e Subestação de Energia Iª PARTE
Redes e Subestação de Energia Iª PARTE
Adão manuel Gonga
 
Relatório diodos
Relatório diodos Relatório diodos
Relatório diodos
Victor Said
 
5ª aula pratica com inversor de frequencia
5ª aula pratica com inversor de frequencia5ª aula pratica com inversor de frequencia
5ª aula pratica com inversor de frequencia
AnaMacedoeletrical
 
Teste transformador
Teste transformadorTeste transformador
Teste transformador
Mikoian Rios Rios
 
Transformadores
TransformadoresTransformadores
Transformadores
Thatá Freitas
 
Correntes+e+tensões+alternadas
Correntes+e+tensões+alternadasCorrentes+e+tensões+alternadas
Correntes+e+tensões+alternadas
marden matias
 
Sinal senoidal
Sinal senoidalSinal senoidal
Sinal senoidal
Vinicius Cesar
 
Corrente alternada
Corrente alternadaCorrente alternada
Corrente alternada
Palloma Cidrim
 
Circuito em séria, paralelo e misto
Circuito em séria, paralelo e mistoCircuito em séria, paralelo e misto
Circuito em séria, paralelo e misto
John Marcos Souza
 
Elementos de eletrotecnica
Elementos de eletrotecnicaElementos de eletrotecnica
Elementos de eletrotecnica
Paulo Chaves
 
Sistema Elétrico de Potência - SEP - UCP - Engenharia Eétrica
Sistema Elétrico de Potência - SEP - UCP - Engenharia EétricaSistema Elétrico de Potência - SEP - UCP - Engenharia Eétrica
Sistema Elétrico de Potência - SEP - UCP - Engenharia Eétrica
Katia Ribeiro
 
Instalacoes eletricas 1
Instalacoes eletricas 1Instalacoes eletricas 1
Instalacoes eletricas 1
Eduardo Teixeira
 
Circuitos de corrente continua
Circuitos de corrente continuaCircuitos de corrente continua
Circuitos de corrente continua
Ualasse Fernando Santos Silva
 
Coluna montante
Coluna montanteColuna montante
Coluna montante
Marco Silva
 
Mecanica aplicada-apostila
Mecanica aplicada-apostilaMecanica aplicada-apostila
Mecanica aplicada-apostila
Jozadaque Tomaz Tomaz
 
Transistor bipolar de juncao (TBJ) 1
Transistor bipolar de juncao (TBJ)   1Transistor bipolar de juncao (TBJ)   1
Transistor bipolar de juncao (TBJ) 1
REGIANE APARECIDA RAGI PEREIRA
 
Eletronica de potencia
Eletronica de potenciaEletronica de potencia
Eletronica de potencia
Fernando Freitas
 
Aula3 retificadores
Aula3 retificadoresAula3 retificadores
Aula3 retificadores
betrovinc
 
Eletrica.ppt 2
Eletrica.ppt 2Eletrica.ppt 2
Eletrica.ppt 2
ragrellos
 

Mais procurados (20)

Apostila profissional do senai circuitos eletricos[1]
Apostila profissional   do senai  circuitos eletricos[1]Apostila profissional   do senai  circuitos eletricos[1]
Apostila profissional do senai circuitos eletricos[1]
 
Redes e Subestação de Energia Iª PARTE
Redes e Subestação de Energia Iª PARTERedes e Subestação de Energia Iª PARTE
Redes e Subestação de Energia Iª PARTE
 
Relatório diodos
Relatório diodos Relatório diodos
Relatório diodos
 
5ª aula pratica com inversor de frequencia
5ª aula pratica com inversor de frequencia5ª aula pratica com inversor de frequencia
5ª aula pratica com inversor de frequencia
 
Teste transformador
Teste transformadorTeste transformador
Teste transformador
 
Transformadores
TransformadoresTransformadores
Transformadores
 
Correntes+e+tensões+alternadas
Correntes+e+tensões+alternadasCorrentes+e+tensões+alternadas
Correntes+e+tensões+alternadas
 
Sinal senoidal
Sinal senoidalSinal senoidal
Sinal senoidal
 
Corrente alternada
Corrente alternadaCorrente alternada
Corrente alternada
 
Circuito em séria, paralelo e misto
Circuito em séria, paralelo e mistoCircuito em séria, paralelo e misto
Circuito em séria, paralelo e misto
 
Elementos de eletrotecnica
Elementos de eletrotecnicaElementos de eletrotecnica
Elementos de eletrotecnica
 
Sistema Elétrico de Potência - SEP - UCP - Engenharia Eétrica
Sistema Elétrico de Potência - SEP - UCP - Engenharia EétricaSistema Elétrico de Potência - SEP - UCP - Engenharia Eétrica
Sistema Elétrico de Potência - SEP - UCP - Engenharia Eétrica
 
Instalacoes eletricas 1
Instalacoes eletricas 1Instalacoes eletricas 1
Instalacoes eletricas 1
 
Circuitos de corrente continua
Circuitos de corrente continuaCircuitos de corrente continua
Circuitos de corrente continua
 
Coluna montante
Coluna montanteColuna montante
Coluna montante
 
Mecanica aplicada-apostila
Mecanica aplicada-apostilaMecanica aplicada-apostila
Mecanica aplicada-apostila
 
Transistor bipolar de juncao (TBJ) 1
Transistor bipolar de juncao (TBJ)   1Transistor bipolar de juncao (TBJ)   1
Transistor bipolar de juncao (TBJ) 1
 
Eletronica de potencia
Eletronica de potenciaEletronica de potencia
Eletronica de potencia
 
Aula3 retificadores
Aula3 retificadoresAula3 retificadores
Aula3 retificadores
 
Eletrica.ppt 2
Eletrica.ppt 2Eletrica.ppt 2
Eletrica.ppt 2
 

Semelhante a 17 circuitos ca em paralelo

10 circuito capacitivo em ca
10 circuito capacitivo em ca10 circuito capacitivo em ca
10 circuito capacitivo em ca
Pedro Barros Neto
 
15 circuitos elétricos de 2a ordem
15 circuitos elétricos de 2a ordem15 circuitos elétricos de 2a ordem
15 circuitos elétricos de 2a ordem
Pedro Barros Neto
 
1 teoria da corrente elétrica
1 teoria da corrente elétrica1 teoria da corrente elétrica
1 teoria da corrente elétrica
Pedro Barros Neto
 
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
DavidSouza163
 
fisca
fiscafisca
4a aula
4a aula4a aula
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
BaptistaBoanha
 
Amplificador sinais
Amplificador sinaisAmplificador sinais
Amplificador sinais
Andre da Silva Barbosa
 
Lista exerc 1
Lista exerc 1Lista exerc 1
Lista exerc 1
jcpericles
 
Eletronica 1.ppt
Eletronica 1.pptEletronica 1.ppt
Eletronica 1.ppt
ssusereca1c7
 
Professor helanderson sousa
Professor helanderson sousaProfessor helanderson sousa
Professor helanderson sousa
Dayanne Sousa
 
6ª prática de lab ckt eleótimo!!
6ª prática de lab  ckt eleótimo!!6ª prática de lab  ckt eleótimo!!
6ª prática de lab ckt eleótimo!!
Jota Frauches
 
14 análise por malhas em cc
14 análise por malhas em cc14 análise por malhas em cc
14 análise por malhas em cc
Pedro Barros Neto
 
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdfPrática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
AnthonyLima19
 
Cálculos de resistências
Cálculos de resistênciasCálculos de resistências
Cálculos de resistências
Branco Branco
 
Circuitos eletricos 01
Circuitos eletricos 01Circuitos eletricos 01
Circuitos eletricos 01
Adriano Silva
 
13 análise nodal em cc
13 análise nodal em cc13 análise nodal em cc
13 análise nodal em cc
Pedro Barros Neto
 
Lista de exercício 1 circuitos elétricos I
Lista de exercício 1   circuitos elétricos ILista de exercício 1   circuitos elétricos I
Lista de exercício 1 circuitos elétricos I
Regiane Cristina Ferreira dos Santos
 
2 elementos dos circuitos elétricos
2 elementos dos circuitos elétricos2 elementos dos circuitos elétricos
2 elementos dos circuitos elétricos
Pedro Barros Neto
 
Corrente ac
Corrente acCorrente ac
Corrente ac
Alex Soares
 

Semelhante a 17 circuitos ca em paralelo (20)

10 circuito capacitivo em ca
10 circuito capacitivo em ca10 circuito capacitivo em ca
10 circuito capacitivo em ca
 
15 circuitos elétricos de 2a ordem
15 circuitos elétricos de 2a ordem15 circuitos elétricos de 2a ordem
15 circuitos elétricos de 2a ordem
 
1 teoria da corrente elétrica
1 teoria da corrente elétrica1 teoria da corrente elétrica
1 teoria da corrente elétrica
 
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
12 circuitosde correntealternada-i - resistivo capacitivo indutivo
 
fisca
fiscafisca
fisca
 
4a aula
4a aula4a aula
4a aula
 
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
31_oscilacoes_eletromag_e_corr_alternada.pdf
 
Amplificador sinais
Amplificador sinaisAmplificador sinais
Amplificador sinais
 
Lista exerc 1
Lista exerc 1Lista exerc 1
Lista exerc 1
 
Eletronica 1.ppt
Eletronica 1.pptEletronica 1.ppt
Eletronica 1.ppt
 
Professor helanderson sousa
Professor helanderson sousaProfessor helanderson sousa
Professor helanderson sousa
 
6ª prática de lab ckt eleótimo!!
6ª prática de lab  ckt eleótimo!!6ª prática de lab  ckt eleótimo!!
6ª prática de lab ckt eleótimo!!
 
14 análise por malhas em cc
14 análise por malhas em cc14 análise por malhas em cc
14 análise por malhas em cc
 
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdfPrática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
Prática_3_Circuitos elétricos^.docx.pdf
 
Cálculos de resistências
Cálculos de resistênciasCálculos de resistências
Cálculos de resistências
 
Circuitos eletricos 01
Circuitos eletricos 01Circuitos eletricos 01
Circuitos eletricos 01
 
13 análise nodal em cc
13 análise nodal em cc13 análise nodal em cc
13 análise nodal em cc
 
Lista de exercício 1 circuitos elétricos I
Lista de exercício 1   circuitos elétricos ILista de exercício 1   circuitos elétricos I
Lista de exercício 1 circuitos elétricos I
 
2 elementos dos circuitos elétricos
2 elementos dos circuitos elétricos2 elementos dos circuitos elétricos
2 elementos dos circuitos elétricos
 
Corrente ac
Corrente acCorrente ac
Corrente ac
 

Mais de Pedro Barros Neto

A - MATEMÁTICA PARA ANÁLISE DE CIRCUITOS CA edição.pdf
A - MATEMÁTICA PARA ANÁLISE DE CIRCUITOS CA edição.pdfA - MATEMÁTICA PARA ANÁLISE DE CIRCUITOS CA edição.pdf
A - MATEMÁTICA PARA ANÁLISE DE CIRCUITOS CA edição.pdf
Pedro Barros Neto
 
Manutenção industrial
Manutenção industrialManutenção industrial
Manutenção industrial
Pedro Barros Neto
 
Aeronaves e motores
Aeronaves e motoresAeronaves e motores
Aeronaves e motores
Pedro Barros Neto
 
Meteorologia aeronáutica
Meteorologia aeronáuticaMeteorologia aeronáutica
Meteorologia aeronáutica
Pedro Barros Neto
 
Navegação aérea vfr
Navegação aérea vfrNavegação aérea vfr
Navegação aérea vfr
Pedro Barros Neto
 
Teoria do voo 2021
Teoria do voo 2021Teoria do voo 2021
Teoria do voo 2021
Pedro Barros Neto
 
Manutenção ferroviária - socadoras
Manutenção ferroviária - socadorasManutenção ferroviária - socadoras
Manutenção ferroviária - socadoras
Pedro Barros Neto
 
3 a desembaçador de pára brisa traseiro
3 a   desembaçador de pára brisa traseiro3 a   desembaçador de pára brisa traseiro
3 a desembaçador de pára brisa traseiro
Pedro Barros Neto
 
Equações transcendentais e a função Lambert
Equações transcendentais e a função LambertEquações transcendentais e a função Lambert
Equações transcendentais e a função Lambert
Pedro Barros Neto
 
18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitos18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitos
Pedro Barros Neto
 
19 convolução em sinais contínuos
19 convolução em sinais contínuos19 convolução em sinais contínuos
19 convolução em sinais contínuos
Pedro Barros Neto
 
7 indutores
7 indutores7 indutores
7 indutores
Pedro Barros Neto
 
9 potência elétrica em cc e ca
9 potência elétrica em cc e ca9 potência elétrica em cc e ca
9 potência elétrica em cc e ca
Pedro Barros Neto
 
8 impedância e admitância
8 impedância e admitância8 impedância e admitância
8 impedância e admitância
Pedro Barros Neto
 
6 capacitores
6 capacitores6 capacitores
6 capacitores
Pedro Barros Neto
 
5 medições elétricas
5 medições elétricas5 medições elétricas
5 medições elétricas
Pedro Barros Neto
 
4 fontes cc
4 fontes cc4 fontes cc
4 fontes cc
Pedro Barros Neto
 
Navegação aérea ifr
Navegação aérea ifrNavegação aérea ifr
Navegação aérea ifr
Pedro Barros Neto
 

Mais de Pedro Barros Neto (18)

A - MATEMÁTICA PARA ANÁLISE DE CIRCUITOS CA edição.pdf
A - MATEMÁTICA PARA ANÁLISE DE CIRCUITOS CA edição.pdfA - MATEMÁTICA PARA ANÁLISE DE CIRCUITOS CA edição.pdf
A - MATEMÁTICA PARA ANÁLISE DE CIRCUITOS CA edição.pdf
 
Manutenção industrial
Manutenção industrialManutenção industrial
Manutenção industrial
 
Aeronaves e motores
Aeronaves e motoresAeronaves e motores
Aeronaves e motores
 
Meteorologia aeronáutica
Meteorologia aeronáuticaMeteorologia aeronáutica
Meteorologia aeronáutica
 
Navegação aérea vfr
Navegação aérea vfrNavegação aérea vfr
Navegação aérea vfr
 
Teoria do voo 2021
Teoria do voo 2021Teoria do voo 2021
Teoria do voo 2021
 
Manutenção ferroviária - socadoras
Manutenção ferroviária - socadorasManutenção ferroviária - socadoras
Manutenção ferroviária - socadoras
 
3 a desembaçador de pára brisa traseiro
3 a   desembaçador de pára brisa traseiro3 a   desembaçador de pára brisa traseiro
3 a desembaçador de pára brisa traseiro
 
Equações transcendentais e a função Lambert
Equações transcendentais e a função LambertEquações transcendentais e a função Lambert
Equações transcendentais e a função Lambert
 
18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitos18 laplace aplicada a circuitos
18 laplace aplicada a circuitos
 
19 convolução em sinais contínuos
19 convolução em sinais contínuos19 convolução em sinais contínuos
19 convolução em sinais contínuos
 
7 indutores
7 indutores7 indutores
7 indutores
 
9 potência elétrica em cc e ca
9 potência elétrica em cc e ca9 potência elétrica em cc e ca
9 potência elétrica em cc e ca
 
8 impedância e admitância
8 impedância e admitância8 impedância e admitância
8 impedância e admitância
 
6 capacitores
6 capacitores6 capacitores
6 capacitores
 
5 medições elétricas
5 medições elétricas5 medições elétricas
5 medições elétricas
 
4 fontes cc
4 fontes cc4 fontes cc
4 fontes cc
 
Navegação aérea ifr
Navegação aérea ifrNavegação aérea ifr
Navegação aérea ifr
 

Último

AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
Consultoria Acadêmica
 
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptxMAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
Vilson Stollmeier
 
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
carlos silva Rotersan
 
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenhariaAula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
JosAtila
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
Consultoria Acadêmica
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
Consultoria Acadêmica
 
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Tronicline Automatismos
 

Último (7)

AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
AE02 - FORMAÇÃO SOCIOCULTURAL E ÉTICA II UNICESUMAR 52/2024
 
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptxMAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
 
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
 
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenhariaAula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL  INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL INDÚSTRIA E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ...
 
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
AE03 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE UNIC...
 
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
 

17 circuitos ca em paralelo

  • 1. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto 17 - Circuito CA em paralelo (Fig. 17 – 01) 17.1 - Parâmetros a serem estudados neste tipo de circuito: Circuito em paralelo é um divisor de corrente, com a mesma tensão em todos os elementos. Se o módulo da tensão total estiver como referência de fase V ∠0° → ω t =0 rad , isso significa que a condutância G , sua queda de tensão VdG e a potência eficaz P , estarão vetorialmente na mesma reta suporte do vetor do módulo da tensão V , sobre o eixo Real positivo do plano complexo, enquanto que, a susceptância indutiva BL , sua queda de tensão VdBL e a potência reativa QL são representadas nos quadrantes − j , e que a susceptância capacitiva BC , sua queda de tensão VdBC e a potência reativa QC , ficam nos quadrantes + j . Notar que houve uma inversão das grandezas imaginárias, em relação ao circuito em série. Nos tópicos seguintes trataremos da tensão com “fase zero”, sobre o eixo Real positivo, exceto nos casos em que for dado um ângulo diferente de fase inicial da tensão. As tensões e correntes com valores RMS. 17.2 – Triângulo da admitância (Fig. 17 – 02) Susceptâncias: unidade de medida Siemens S . Capacitiva jBC = 1 XC e indutiva −jBL = 1 XL . A admitância complexa: unidade de medida Siemens (S) é dada por Y = 1 Z ou, em função do módulo da tensão RMS e da corrente complexa Y = I V . Na forma retangular Y =G + J BC ou Y =G −J BL . 1
  • 2. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto Na forma polar: Módulo da admitância Y = √G 2 + BEQ 2 . Predominância indutiva: Y =Y ∠m .d. p.(−ϕ ) . Predominância capacitiva: Y =Y ∠ ϕ . Com o módulo da admitância poderemos ter: Y =Ycosϕ ± j(Y senϕ ) onde G =Y cosϕ é a parte real e BL = j(Y senϕ ) ou BC =−j(Y senϕ ) a parte Imaginária. Comparação das relações fasoriais nos circuitos em série e paralelo: Ângulo da defasagem entre a tensão e a corrente: • Circuito RL . ϕ =tg −1 [− j BL G ] • Circuito RC . ϕ =tg −1 [j BC G ] • Circuito RLC ϕ =tg−1 [±j BEQ G ] . Como consequência, teremos: cosϕ = G Y senϕ L = −jBL Y senϕ C = jBC Y . Para ângulo negativo (predominância indutiva), converter para a “menor determinação positiva”: m.d . p. (−ϕ )=−ϕ + 360° . 17.2 – Triângulo das correntes (Fig. 17-03): Como adotamos o módulo da tensão como referência fasorial, a corrente complexa será dada plela Lei de Ohm I =V .YEQ , mostrando que a corrente cresce diretamente proporcional à admitância complexa do circuito. A corrente total de um circuito em paralelo é a soma das correntes de cada braço. Se o circuito tiver “n” braços, pela LCK, teremos : IEQ = I1 + I2 + I3 + ….In . LCK→IR+( jIC−jIL)= I ou I = IR± j Ireativo onde Ireativo =( jIC− jI L) é a corrente resultante dos elementos reativos opostos. Corrente no resistor em paralelo, pela Lei de Ohm: IR = V R . 2
  • 3. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto Corrente no capacitor em paralelo: IC = V jXC . Corrente instantânea no capacitor, em função da capacitância e a derivada da tensão instantânea (relação constitutiva): i(t)=C[dv(t) dt ] . Corrente no indutor em paralelo: IL = V −jXL . Corrente instantânea no indutor, em função da capacitância e a integral da tensão instantânea (relação constitutiva): i(t)= 1 L ∫ 0 t v(t)dt . Módulo da corrente total: I =√(IR) 2 +(Ireativo) 2 . 17.4 – Triângulo das Potências na carga (Fig. 17- 04): Todas as fórmulas de potência dos circuitos em série são válidas para os circuitos em paralelo. Potência total na forma retangular S= PG ± jQEQ , com: PG =V ²G ou PG = I 2 G e Q =V 2 (± j BEQ) ou Q = I 2 ± j BEQ . Módulo da potência total ou potência aparente S =√P 2 +(±j QEQ) 2 . Potência total na forma polar S=S ∠ϕ para carga capacitiva e S=S ∠m.d . p.(−ϕ ) para carga indutiva. Fator de potência FP=cosϕ ou FP= P S . Em função da frequência do gerador, num circuito RCL em paralelo, teremos: Se f → 0 a máxima potência reativa é trocada entre o indutor e o gerador; se f →+∞ a máxima potência reativa é trocada entre o capacitor e o gerador e, nos dois casos, a potência trocada entre a fonte e as reatâncias será máxima S= P± jQ , onde P é a potência média dissipada no resistor P= V 2 R ou P=I2 R ou P=VI cosϕ . 3
  • 4. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto Na frequência de sintonia ω0 a potência reativa trocada entre a fonte e as reatâncias será nula ± jQ =0 , pois as reatâncias anulam-se, em função das correntes com fases e amplitudes opostas. Neste caso, a potência total será mínima, com S =P , o que dá o fator de potência unitário. 17.5 – Ressonância de um circuito RLC em paralelo (Fig. 17- 05): Devido ao conceito de Admitância Y = 1 Z , devemos entender que a corrente no circuito cresce diretamente proporcional ao aumento das cargas em paralelo, isto porque, em CA, o comportamento dos elementos reativos depende da frequência e da reatância. Enquanto a condutância se mantém constante, a susceptância capacitiva cresce linearmente BC =ω C , e a susceptância indutiva decresce inversamente BL − 1 2π f L . Se ω < ω0 a admitância indutiva é alta, pois se ω → 0rad/s ⇒ − j BL→−∞ , e consequentemente a corrente indutiva será alta também. Quando ω = 0 , o indutor ideal é visto como um curto-circuito. Em ω0 o circuito torna-se puramente resistivo: • Os módulos das correntes através de L e C terão amplitudes iguais, mas opostas fasorialmente, anulado-se, e estes componentes comportam-se como circuito aberto BEQ =0 Siemens . • AAdmitância será mínima, assumindo o valor de Y =G , e a corrente será IMIN =Vf G . Na verdade, neste ponto, o circuito atinge a máxima Impedância Z = R , ou “impedância dinâmica”. Como a corrente é diretamente proporcional à admitância I =Vf .Y , um gráfico “corrente x frequência” vai nos mostrar uma curva idêntica à curva “módulo da admitância x frequência”, e no ponto ω0 , vai tangenciar a reta representativa da condutância. 4
  • 5. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto Se ω >ω0 , a admitância capacitiva é alta, pois quando ω → ∞rad/s ⇒ +JBC →+∞ , e consequentemente a corrente capacitiva será alta também. Quando ω → ∞ , o capacitor ideal tende para um curto-circuito. • Na frequência de ressonância teremos XL = XC ω0 L= 1 ω0C ω0 2 = 1 LC ou ω0 = 1 √LC rad /s . Fator de qualidade “Q” Já vimos no capítulo 16 (circuitos CA em série) que o fator de qualidade Q de um circuito ressonante é a razão entre a energia armazenada nos elementos reativos e a energia dissipada no resistor em série, a cada ciclo: Q = U X U R (16.04). A definição já sugere que, se as reatâncias LC estão em paralelo, tem que haver um resistor em série RS (fig. 17 - 06), além do que, a expressão do fator Q será invertida em relação à expressão vista quando temos LC em série: e Q =Rω0C e Q = R ω0 L ou Q =R √C L . O fator Q é visto num gráfico “impedância x frequência” nas vizinhanças de ω0 , (fig.17 – 07) como a curva do módulo da impedância, com vértice para cima, centrado em ω0 , e ordenada Z = R , ou seja, ponto da impedância máxima. Uma resistência alta em série produzirá um Q maior, cujo gráfico será um pico elevado e delgado, com a banda de atenuação mais estreita, tornando o circuito mais seletivo, enquanto que uma resistência mais baixa vai produzir um Q menor, cujo gráfico será uma curva com pico baixo e achatado, com uma banda de atenuação mais larga e menos seletiva. 5
  • 6. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto A impedância de corte também é definida em ZC =0,707Zpico e uma reta nessa ordenada vai cruzar a curva da impedância nas abcissas f CA e f CB , correspondentes à largura da banda de atenuação Δ f =f CA−f CB e também Δ f = f 0 Q , o que nos dá Q = f 0 Δ f . Uma correlação entre 0,707Z e 0,5 P , na ordenada que define a banda de atenuação, pode ser feita a partir do fato da tensão ser diretamente proporcional à impedância V =IZ , como P= V 2 Z e 0,707 2 =0,5 , então 0,5 P= 0,707V 2 Z . A atenuação, dada em logaritmo, é a mesma calculada para o circuito RLC em série: A =−3dB . 17.6 - Exemplos 17.6.1 - CIRCUITO RC Dados (Fig. 17- 08): Vf P = 311,174V ω=377rd/ s R=5Ω C =100μ F Pedem-se: IC , IR , V , Z , P , Q e FP . Triângulo da Admitância Considerar o módulo da tensão como referência fasorial V ∠0° → ωt =0 rad . Condutância: G = 1 R G = 1 5 G =0,2S Reatância capacitiva: XC =− j 1 ω C XC =− j 1 377∗0,0001 XC =− j 1 0,0377 então XC =− j26,526Ω ou na forma polar XC =26,526Ω∠−90° . Susceptância capacitiva: BC = 1 −j XC BC = [ 1 −j 26,526] BC = j 0,0377S . Na forma polar: BC =0,0377∠90° . Defasagem entre a tensão e a corrente: ϕ =tg−1 [j BC G ] ϕ =tg−1 [j0,0377 0,2 ] ϕ =10,67° . 6
  • 7. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto Funções trigonométricas de ϕ : cosϕ =0,98 e senϕ =0,185 . Módulo da admitância: Y =√G 2 + BC 2 Y =√(0,2) 2 +(0,0377) 2 Y =0,2035 S . Admitância complexa na forma retangular: Y =G+ j BC ou Y = 0,2 + j 0,0377 S . Na forma polar: Y =Y ∠ϕ ou Y = 0,2035∠10,67° S . Triângulo das correntes Corrente eficaz no resistor: IR = V G IR =220x 0,2 IR =44 A∠ 0° A Corrente eficaz no capacitor: IC =V ( jBC ) IC =220( j0,03769) IC = j 8,29 A ou na forma polar IC = Ic ∠ϕ ou IC =8,29∠10,67° . Módulo da corrente total : I =√IR 2 +IC 2 I =√442 +8,292 I =44,77 A . Corrente total: I = IR+ j IC I =44+ j 8,29 A na forma polar I = I ∠ϕ ou I =44,77∠10,67° A . Também pode ser calculada com o módulo da admitância: I =V Y ∠ϕ I =220 x0,2035∠10,67° ou I =44,77 A∠10,67° . Triângulo das potências: Potência no resistor: P=IR 2 R P=442 x5 ou P=9.680 W . Potência reativa no Capacitor: Q =V x jIC Q =220 x j 8,29 Q = j1.824VAR na forma polar Q =1.824 ∠90°VAR . Módulo da potência total ou potência aparente consumida S =√P²+Q ² S =√9.6802 +1.8242 ou S =9.850,35 VA . Potência complexa total consumida S= P+ jQ ou S=9.680 + j1.824 . Na forma polar S=S ∠ϕ ou S=9.850,35∠10,67° VA . Potência total fornecida pela fonte: Sf =−(Scarga) . Fator de potência FP=cos ϕ ou cos10,67° =0,98 . 7
  • 8. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto 17.6.2 - CIRCUITO RL Dados (Fig. 17- 09): Vf P =311,174V ω=377rd/ s R=20Ω L=60 mH com RL=0Ω Pedem-se: IC , IR , V , Z , P , Q e FP . Triângulo da Admitância Condutância: G = 1 R G = 1 20 ou G =0,05S . Reatância indutiva: X L = jω L Ω XL = j 377∗0,06 XL = j 22,62Ω ou na forma polar XL =22,62∠ 90° Ω . Susceptância indutiva: BL =− j [ 1 XL ]S BL =− j [ 1 22,62 ] ou BL =−j 0,044S . Defasagem entre a tensão e a corrente: ϕ =(tg −1 )[−j BL G ] ϕ =(tg−1 ) [−0,044 0,05 ] ϕ =(tg −1 ) [− j0,88] ϕ =−41,347° adequar o ângulo para −j com a m.d.p. m.d . p.(−ϕ )=318,653° . Funções trigonométricas de ϕ : cosϕ =0,75 e senϕ =−0,66 . Módulo da Admitância: Y = √G 2 +BL 2 Y = √(0,05)2 +(−0,044)2 ou Y =0,164122 S . Admitância complexa: Y =G− j BL Y =0,05−j 0,044 S . Na forma polar Y =Y ∠m .d. p. (−ϕ ) ou Y =0,164122∠318,653° S . Triângulo das correntes Corrente no resistor: IR =V G IR =220x 0,05 ou IR =11 ∠ 0° A . Corrente no indutor: 8
  • 9. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto IL =V (− jBL) A IL =220(− j0,044) IL =− j 9,68 A na forma polar IL =9,68∠−90° A . Corrente total: Módulo I = √IR 2 +IL 2 I =√112 +9,682 ou I =14,65 A . Corrente total: I = IR− j I L A I =11− j 9,68 A na forma polar I = I ∠m .d. p.(−ϕ ) ou I =14,65∠318,653° A . Triângulo das potências Potência eficaz no resistor: P =IR 2 R P=11 2 x 20 ou P =2.420∠ 0° W . Potência reativa no Indutor : QL =V (−j I L) QL =220(−j 13,7566) ou Q =− j2.140,345 VAR . Na forma polar Q =2.140,345∠−90° VAR . Módulo da potência total ou potência aparente; S =√P²+Q ² S =√2.420²+2.140,345² ou S =3.230,7VA . Potência complexa total da carga: S= P– j Q ou S=2.420−j 2.140,345 VA . Na forma polar S= 3230.71∠ 318,653° VA . Potência total fornecida pela fonte: Sf = Vr I Sf =−220(11 − j 9,68) Sf =−2.420 + 2.129,6 VA . Na forma polar Sf =−S∠ m.d. p.(−ϕ ) ou Sf =−3.230,7∠318,653° VA . Fator de potência: FP=cosϕ ou cos 41,49° =0,75 . 9
  • 10. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto 17.6.3 - CIRCUITO RLC (anti-ressonante) Dados (Fig. 17 - 10): VS =311,174 VP ω=377rd/ s R=30Ω L=120 mH com RL=0Ω e C= 50μ F Pedem-se: IC , IL , IR , V , Z , P , Q e FP . Considerar a tensão como referência fasorial 220∠0° V . Triângulo da Admitância Condutância: G = 1 R G = 1 30 G =0,033 S . Reatância capacitiva: XC =− j 1 ω C XC =− j 1 377∗0,00005 XC =− j 1 0,0188495 então XC =− j53,05Ω ou na forma polar XC = 53,05∠−90° Ω . Susceptância capacitiva: BC = 1 − j XC BC = j[ 1 53,05] BC = j 0,01885 S . Reatância indutiva: XL = jω L XL = j 376,99x 0,12 XL = j 45,2388Ω ou na forma polar XL =45,2388Ω∡90° . Susceptância indutiva: BL = 1 j XL BL =− j [ 1 45,238] BL =− j 0,022 S . Susceptância equivalente: BEQ = BC−BL BEQ = 0,01885− 0,022 BEQ =− j 0,00315 S com predominância indutiva. Ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente: 10
  • 11. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto ϕ =(tg−1 )[BEQ G ] ϕ =(tg −1 ) [−0,00315 0,033 ] ϕ =(tg−1 )[−0,0954] ϕ =−5,45° . Adequar o ângulo para −j com a m.d.p. m.d . p. (−ϕ )=354,55° . Funções trigonométricas: cosϕY =0,99 e senϕ Y =−0,095 . Admitância Módulo : Y =√G 2 +BEQ 2 Y =√0,0332 + 0,003152 ou Y =0,0317 S . Admitância total complexa: Y =G− j BEQ ou Y =0,033− j 0,0315 S . Na forma polar Y =Y ∠m .d. p. (−ϕ ) ou Y =0,031 ∠ 354,55° S com predominância indutiva. Triângulo das correntes Corrente no resistor: IR =V G IR =220x 0,033... ou IR =7,33...∠0° A . Corrente no capacitor: IC =V ( jBC ) IC =220( j0,01885) ou IC = j 4,147 A . Na forma polar IC =4,147 ∠90° A . Corrente no indutor: IL =V (− jBL) IL =220(− j0,0221) ou IL =−j 4,862 A . Na forma polar IL =4,862∠−90° . Corrente reativa equivalente: IBEQ =IC + IL IBEQ = j 4,147− j 4,862 ou IBEQ =− j0,715 A . Módulo da corrente total: I =√IR 2 +IBEQ 2 I =√7,332 +0,7152 ou I = 7,368 A . Corrente total: I = IR− j IBEQ ou I =7,33− j0,715 A . Na forma polar I = IS ∠m.d . p. (−ϕ ) ou I =7,368∠354,55° A . Triângulo das potências Potência eficaz no resistor: P=IR 2 R P =7,33...2 (30) ou P=1.612 W . Potência reativa no indutor: QL =V (−jIL) QL =220(−j 4,862) ou QL =− j1.069,64 . Potência reativa no capacitor: QC =V ( jIC ) . QC =220( j 4,147) QC = j 912,34 . 11
  • 12. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto Potencia reativa equivalente: QEQ =QC + QL QEQ =( j 912,34−j1.069,64) ou QEQ =−j 157,3 VAR . Potência aparente (módulo): S = √1.6122 + 157,322 ou S =1.619,658 VA Potência total fornecida pela fonte: Sf =−V I . Sf =−220(7,33 − j0,715) Sf =−1.612+ j157,3 VA . Na forma polar Sf =−S∠ m.d. p.(−ϕ ) ou Sf =−1.619,658∠354,55° VA . Fator de potência FP=cos m.d. p. ϕ como cos354,55° =0,995 , então FP=0,995 . Exemplo com duas impedâncias em paralelo Dados: Fig. 17 – 20 f = ω 2π f = 377 6,283 ou f =60 Hz L= XL ω L= 12 377 ou L=0,031.83 H . C = 1 ω . XC C= 1 377x 20 ou C =0,001.326.6 F . VP = V 0,707 VP = 200 0,707 ou VP =282,9 V . 12
  • 13. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto Triângulo da admitância (Fig. 17 - 21)  Z1 =2 + j12 Ω então Y1= 1 2+ j 12 ou Y1=0,0135...− j0,081... S . Na forma polar Y1= √0,0135 2 + 0,081 2 tg −1 [−0,081 0,0135 ] ou Y1=0,08211…∠ – 80,54 adequar o ângulo para −j com m.d . p.(ϕ 1)=279,46° então Y1=0,08211…∠279,46° .  Z2 =3− j 20 Ω então Y2= 1 3− j20 ou Y2= 0,007335 + j 0,0489 S . Na forma polar Y2=√0,007335 2 + 0,0489 2 tg −1 [ 0,0489 0,007335] ou Y2=0,04944…∠ 81,5° .  YEQ =(0,00135...− j 0,081...)+(0,007335 + j 0,0489) ou YEQ =0,020835− j 0,0321 S com predominância indutiva. Na forma polar YEQ =√0,0208352 + 0,03212 tg−1 [ −0,0321 0,0208355] ou YEQ =0,03826...∠−57° adequar o ângulo para −j com m.d . p.(ϕ EQ)=303° , então YEQ =0,08211…∠303° . Triângulo das correntes (Fig. 17 - 22)  I1 =V (Y1) I1 =200(0,0135...−j 0,0081...) ou I1 =2,7− j16,2 A . Módulo I1 =√2,7 2 + 16,2 2 =16,42 A . Na forma polar I1 =I1 ∠m.d . p.(ϕ 1) ou I1 =16,42∠279,46° A . 13
  • 14. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto  I2 =V (Y2) I2 =200(0,007335 + j 0,0489) ou I2 =1,467+ j9,78 A . Módulo I2 =√1,4672 + 9,782 =9,89 A . Na forma polar I2 =I2 ∠ϕ 2 I2 =9,89∠81,5° A .  IEQ =V (YEQ) IEQ =200(0,020835− j 0,0321) ou IEQ =4,167− j 6,42 A . Módulo IEQ =√4,167 2 + 6,42 2 =7,65377... A . Na forma polar IEQ =I EQ ∠m.d. p.(ϕ EQ) ou IEQ =7,65377...∠303° A . Triângulo das potências (Fig. 17 – 23) Com a expressão (9.21) S= V 2 Z .  S1 = 200 2 2 + j12 S1 =540,54− j3.243,243 VA , onde P1 =540,54 W e Q1 =−j 3.243,243VAR . Módulo S1 =√540,54 2 + 3.243,243 2 =3.287,98 VA .Na forma polar S1 =S1∠ m.d. p.(ϕ 1) ou S1 =3.287,98∠279,46° VA .  S2 = 2002 3− j20 S2 =293,4 + j1.956 VA , onde P2 =293,4 W e Q2 = j1.956VAR . Módulo S2 =√293,4 2 + 1.956 2 =1.977,9 VA .Na forma polar S2 =S2 ∠m.d. p.(ϕ 2) ou S2 =1.977,9∠81,5° VA .  SEQ = S1 + S2 SEQ =(540,54− j3.243,243)+(293,4 + j 1.956) SEQ = 833,94− j 1.287,243 VA , onde PEQ = 833,94 W e 14
  • 15. Análise de circuitos elétricos CC e CA Pedro Barros Neto QEQ =−j 1.287,243VAR . Módulo SEQ =√833,942 + 1.287,2432 =1.533,77 VA .Na forma polar SEQ =SEQ ∠m .d. p.(ϕ EQ) ou SEQ =1.533,77∠303° VA . Fator de potência FP=cosϕ EQ sendo cos303° =0,54 , então FP=0,54 . 15