BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
03 específicos auxiliar de saúde bucal
1. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
AUXILIAR DE SAÚDE
BUCAL
CONTROLE DA INFECÇÃO E
BIOSSEGURANÇA
O controle de infecção e a
biossegurança consistem em
minimizar os acidentes laborais na
redução dos riscos ocupacionais e na
prevenção da infecção cruzada,
constituindo-se em temas de grande
relevância para a prática
odontológica, despertando nos
últimos anos maior interesse em
virtude principalmente do avanço da
epidemia AIDS. Os profissionais de
saúde se encontram em um conflito
no que diz respeito à preocupação
em suprir as necessidades de seus
pacientes e, por outro lado, a
preocupação em não se contaminar
pelos mesmos. Somado a este dilema
existe ainda o risco de infecção pela
hepatite B, a mais preocupante das
doenças infecto-contagiosas entre os
profissionais de saúde. A infecção
pelo HBV pode levar ao
desenvolvimento de enfermidades
gravíssimas e muitas vezes até a
morte.
A biossegurança no Brasil
somente se estruturou como área
especifica, nas décadas de 1970 e
1980.
Controle da infecção
As medidas de precauções
universais ou medidas padrão,
representam conjunto de medidas de
controle de infecção, para serem
adotadas universalmente, como
forma eficaz de redução do risco
ocupacional e de transmissão de
microrganismos nos serviços de
saúde.
Precauções básicas:
- Utilizar Equipamentos de
Proteção Individual – EPIs;
- Lavar as mãos antes e após o
contato com o paciente e entre dois
procedimentos realizados no mesmo
paciente;
- Manipular cuidadosamente o
material perfuro-cortante;
- Não reencapar, entortar,
quebrar, ou retirar as agulhas das
seringas. Se o paciente precisar de
complementação anestésica de uma
única seringa, a agulha pode ser
reencapada pela técnica de para
dentro da tampa deixada sobre uma
superfície (bandeja do instrumental
ou mesa auxiliar);
- Transferir os materiais e
artigos, durante o trabalho a quatro
mãos, com toda
atenção e, sempre que possível,
utilizando-se uma bandeja;
- Manter as caixas de descarte
dispostas em locais visíveis e de fácil
acesso e não preenchê-las acima do
limite de 2/3 de sua capacidade total.
- Efetuar o transporte de
resíduos com cautela para evitar
acidentes.
- Não afixar papéis em murais
utilizando agulhas.
- Descontaminar as superfícies
com preconizados pelo controle de
infecção, caso haja presença de
sangue ou secreções potencialmente
infectantes.
- Submeter os artigos utilizados
à limpeza, desinfecção e/ou
esterilização, antes de serem
utilizados em outros pacientes.
- Não tocar os olhos, nariz,
boca, máscara ou cabelo durante a
realização dos
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2. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
procedimentos ou manipulação de
materiais orgânicos, assim como não
se alimentar, beber ou fumar no
consultório.
- Manter os cuidados
específicos na coleta e manipulação
das amostras de sangue.
- Durante os procedimentos
(com luvas), não atender telefones,
abrir portas usando a maçaneta nem
tocar com as mãos em locais
passiveis de contaminação.
A biossegurança no contexto
histórico
A preocupação do homem em
tornar os materiais isentos de
microorganismos data de muito
tempo. Ainda anterior a esta
preocupação foi o fato do homem
reconhecer a importância de se
proteger de fontes de infecção.
Assim, por exemplo, o exército de
Alexandre o Grande, fervia água para
beber. Muitas outras civilizações
antigas preservavam os gêneros
alimentícios com sal, pela secagem e
por aquecimento.
Na década de 70 o foco de
atenção voltava-se para a saúde do
trabalhador frente aos riscos
biológicos no ambiente ocupacional
de acordo com a Organização
Mundial de Saúde.
Segundo Hoefel e Schneider
(1997), biossegurança pode ser
definida como o conjunto de normas e
procedimentos elaborados com o
objetivo de proteger a saúde e evitar
a aquisição de doenças e/ou agravos
durante atividades profissionais de
risco.
Em Odontologia é definida
como sendo um conjunto de medidas
empregadas
com a finalidade de proteger a equipe
e os pacientes em ambiente clínico.
Tais medidas preventivas têm como
objetivo a redução dos riscos
ocupacionais e controle da infecção
cruzada.
Importância
A importância da Biossegurança
tem uma ampla aplicabilidade em
todas as áreas de ensino, indo desde
a Engenharia, Arquitetura, Biologia,
Direito, Educação Física,
Odontologia, até o Grupamento de
Bombeiros, os quais focalizam a
biossegurança conforme as suas
necessidades específicas.
Os principais aspectos que
devem ser analisados nas
formulações de um programa efetivo
de controle de contaminação são:
avaliação dos pacientes, proteção
pessoal, esterilização do instrumental,
desinfecção de superfícies e
equipamentos. Neste sentido, a
biossegurança requer
TREINAMENTO, CONHECIMENTO
CIENTÍFICO, RESPONSABILIDADE
e um CONSTANTE
MONITORAMENTO DE ATITUDES
por parte de cada profissional que
exerce atividades clínicas.
_____________________
A higienização das mãos é
considerada a ação isolada mais
importante para a prevenção e o
controle das infecções em serviços de
saúde. O simples ato de lavar as
mãos com água e sabonete líquido,
quando realizado com técnica correta,
pode
reduzir a população microbiana das
mãos e interromper a cadeia de
transmissão de infecção entre
pacientes e profissionais da área da
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3. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
saúde. Essa ação também é
fundamental na prática assistencial
em consultórios odontológicos.
Apesar das evidências, a
conscientização dos profissionais de
saúde sobre os mecanismos básicos
de transmissão das doenças
infecciosas e a necessidade da
higienização das mãos ainda é baixa,
com estudos mostrando variações
entre 16% e 81% na adesão, o que
favorece a transmissão cruzada das
infecções. Quanto mais freqüente a
necessidade de higiene das mãos,
durante um processo assistencial,
menor a probabilidade de sua
execução. Situações de maior
demanda para higienização, ou seja,
aquelas em que há maior risco de
contaminação das mãos com
secreções e sangue, como
atendimento em setores de
urgências, em unidades de terapia
intensiva e em consultórios
odontológicos, também reduzem a
disponibilidade do profissional para a
higienização oportuna das mãos.
O grande desafio é adequar
essa ação a real necessidade de
cada instituição, de acordo com o
grau de complexidade das ações
assistenciais ali desenvolvidas, com a
higienização sendo realizada no
momento certo, com utilização de
técnicas seguras, aplicando-se os
produtos mais adequados para cada
situação (SANTOS, 2002).
Higienização das mãos na prática
odontológica
A escolha entre os diferentes
métodos para a higienização das
mãos depende do processo de
trabalho adotado e do tipo de
procedimento realizado, que
determinam o tipo e a persistência da
contaminação nas mãos.
A higienização das mãos com
água e sabão deve ser escolhida
sempre que houver umidade ou
sujidade visível nas mãos. O álcool só
deve ser aplicado quando
as mãos estiverem livres de sujidade
ou umidade visível.
Na assistência à saúde, os
procedimentos e processos de
trabalho adotados criam
oportunidades de higienização das
mãos, com o uso de produtos que
dispensam enxágüe, em até 85% das
vezes. Por outro lado, durante a
assistência odontológica, são
freqüentes a utilização de água e a
manipulação de secreções orais e
sangue, com geração de aerossóis e
conseqüente contaminação do
ambiente. Nesse ambiente e nessas
circunstâncias, o uso de luvas é
mandatário e a indicação de lavar as
mãos predomina, com oportunidades
reduzidas para aplicação de anti-
sépticos em base alcoólica.
Ao se optar pela utilização de
produtos à base de álcool, a
concentração do princípio ativo deve
estar entre 60 e 90% p/p, de etanol
ou isopropanol (solução alcoólica). A
solução deve ter contato com toda a
superfície das mãos, com atenção
especial aos locais mais
freqüentemente esquecidos, ou seja,
as pontas dos dedos,
os espaços interdigitais e o polegar. A
pele deve ser friccionada até que a
solução evapore e as mãos fiquem
secas. É importante seguir as
recomendações do fabricante quanto
ao volume do produto necessário
para alcançar o efeito desejado.
Na rotina de consultório, para
proteção do paciente, o profissional
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4. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
de odontologia deve higienizar as
mãos imediatamente antes de iniciar
qualquer atendimento. Se as mãos
estão secas e limpas, basta aplicar
soluções que dispensam enxágüe.
Após retirar as luvas, é necessário
lavar as mãos, devido a resíduos
deixados pela cobertura interna deste
EPI, que podem causar irritação na
pele, e pela possibilidade de
contaminação da pele, mesmo que
reduzida, por secreções e sangue
que eventualmente possam ter
passado pelas porosidades do
material (microfuros).
Durante o atendimento a um
mesmo paciente, é possível que seja
necessário trocar as luvas e/ou
higienizar as mãos mais de uma vez.
Essa necessidade deriva do processo
de trabalho, que prevê o acesso a
vários equipamentos e instrumentais,
nem sempre à mão; do rompimento
ou perfuração das luvas; da
interrupção do atendimento (atender
telefone, preparar material, aguardar
tempo de reação de materiais de
preenchimento etc.); dentre outros.
Para minimizar a freqüência de
higienização das mãos e a troca de
luvas, os profissionais devem
desenvolver processos de trabalho
que reduzam as oportunidades de
contaminação das mãos e das luvas
enquanto prestam assistência a um
paciente.
Durante os procedimentos
cirúrgicos, existe risco de liberação de
microorganismos no campo cirúrgico,
por microfuros no material das luvas
ou perda acidental de sua integridade
(perfurações e rasgos). Além disso, a
umidade retida e o calor favorecem a
multiplicação de microorganismos na
pele de mãos enluvadas por períodos
prolongados.
Dessa forma, a higienização
das mãos, antecedendo
procedimentos cirúrgicos, deve ser
sempre realizada com anti-sépticos,
preferencialmente que apresentem
efeito residual, para eliminar a
microbiota transitória das mãos da
equipe cirúrgica, reduzir a microbiota
residente durante o procedimento e
manter a multiplicação microbiana
lenta.
Cuidados na escolha de produtos
para higienização das mãos
A higienização das mãos tem
sido amplamente discutida, assim
como as substâncias que devem ser
usadas para a sua realização. Efeitos
nocivos de substâncias químicas
empregadas, como sabões e anti-
sépticos, têm sido relatados por
diversos autores e contribuem para
diminuir a adesão dos profissionais a
essa prática. Dessa forma, alguns
cuidados devem ser seguidos antes
da adoção de determinado produto
pela instituição ou pelo profissional,
sendo a escolha do anti-séptico uma
decisão a ser tomada para cada tipo
de procedimento e cada instituição ou
clínica, respeitando-se as
particularidades locais.
Todos os produtos destinados à
higienização das mãos devem ser
registrados na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, conforme as
RDCs n.º 79, de 28 de agosto de
2000, n.º 133, de 29 de maio de
2003, e n.º 136, de 29 de maio de
2003, ou as que vierem substituí-las.
Essa é a garantia de que o produto
apresenta, em sua composição,
substâncias seguras para a aplicação
na pele, garantida por testes de
toxicidade dérmica e ocular, além de
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5. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
apresentarem a atividade
microbicidadesejada.
Os princípios ativos aceitos pelo
Ministério da Saúde para a anti-
sepsia das mãos são: álcool a 70%,
clorhexidina, compostos de iodo,
como por exemplo, polivinil
pirrolidona iodo (PVPI) e outros
iodóforos.
O sabonete utilizado para a
lavagem das mãos deve ser
preferencialmente líquido, para evitar
a contaminação do produto. Quando
não for possível, deve-se procurar
utilizar sabonete sólido em pedaços
pequenos, apoiados em suportes que
não retêm água, com o objetivo de
minimizar seu papel como
reservatório de microorganismos.
Sabonetes em pó, menos utilizados
na prática diária, também devem
estar disponíveis em dispensadores
que impeçam a contaminação pelas
mãos e a perda das características
originais por exposição à umidade.
Não devem ser aplicados nas mãos
sabões e detergentes destinados ao
uso em objetos e superfícies
(registrados na ANVISA como
saneantes - Portaria n.º 15/MS/SVS,
DOU de 05 de setembro de 1988),
pois podem provocar desde
dermatites superficiais até lesões
graves na pele.
Técnicas para a higienização das
mãos
Estudos bem desenhados têm
demonstrado o uso de anéis como
um fator isolado para a persistência
de patógenos nas mãos de
profissionais. Portanto, antes de
iniciar qualquer técnica de
higienização das mãos, o profissional
deve retirar relógio, pulseiras e anéis,
inclusive a aliança. As unhas devem
ser mantidas aparadas e, caso use
esmalte, este não deve apresentar
fissuras ou descamação.
O uso de escova no preparo
cirúrgico das mãos tem sido
questionado por alguns
pesquisadores, que demonstraram a
ocorrência de micro lesões
relacionadas ao uso desses artigos,
com possível favorecimento da
multiplicação de microorganismos
colonizantes das camadas mais
profundas da pele. Quando utilizadas,
as escovas devem ter cerdas macias
e ser destinadas apenas à escovação
das unhas e espaços subungueais.
Lavagem das mãos
1. Manter o corpo afastado da
pia.
2. Abrir a torneira e molhar as
mãos sem tocar na superfície da pia.
3. Aplicar a quantidade de
produto recomendada pelo fabricante
(3 a 5 ml, em geral), suficiente para
cobrir toda a superfície das mãos.
4. Ensaboar as mãos,
friccionando uma na outra por
aproximadamente 15 segundos, com
o objetivo de atingir toda a superfície.
5. Friccionar, com especial
atenção, os espaços interdigitais, as
unhas e as pontas dos dedos.
6. Enxaguar as mãos em água
corrente, retirando totalmente o
resíduo do sabonete, sem tocar na
superfície da pia ou na torneira.
7. Enxugar as mãos com papel-
toalha descartável (não utilizar
toalhas de uso múltiplo).
Aplicação de anti-séptico que
dispensa enxague (a base de
álcool)
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6. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
1. Aplicar a quantidade de
produto recomendada pelo fabricante
(3 a 5 ml, em geral), suficiente para
cobrir toda a superfície das mãos.
2. Friccionar as mãos uma na
outra, com o objetivo de aplicar o
produto em toda a superfície.
3. Friccionar, com especial
atenção, os espaços interdigitais, as
unhas e as pontas dos dedos.
4. Friccionar o produto até que
seque completamente (não usar
papel-toalha).
Anti-sepsia cirúrgica das mãos
1. Aplicar produto
antimicrobiano em quantidade
recomendada pelo fabricante,
suficiente para cobrir toda a superfície
das mãos e antebraço.
2. Limpar as unhas,
friccionando-as contra a palma da
mão ou escova macia.
3. Utilizar escova macia para
friccionar a pele (opcional).
4. Efetuar movimentos de
fricção iniciando pela extremidade
dos dedos, continuando pelos
espaços interdigitais, faces das mãos,
punhos e antebraços, despendendo
de dois a seis minutos.
5. Enxaguar as mãos em água
corrente, deixando escorrer das
pontas dos dedos para o antebraço,
até eliminar completamente o
produto.
6. Secar as mãos com
compressa estéril, com movimentos
compressivos, partindo das pontas
dos dedos e seguindo pelas mãos até
chegar ao cotovelo.
Termos mais frequentes em
higienização das mãos
• Higienização das mãos:
remoção ou redução de sujidade e/ou
de microorganismos das mãos por
meio de lavagem com água e
sabonete simples ou medicado, ou
por aplicação direta de produto anti-
séptico que dispensa enxágüe.
• Lavagem simples das mãos:
remoção mecânica de sujidade e
microorganismos, com auxílio de
água e sabonete não medicado.
• Lavagem das mãos com anti-
séptico: remoção mecânica de
sujidade e microorganismos, usando
água e sabonete medicado, com
atividade microbicida adicional.
• Agente anti-séptico:
substância com ação antimicrobiana,
para aplicação em pele. Exemplos
incluem: soluções alcoólicas, com
clorhexidina ou iodo.
• Agente anti-séptico que
dispensa enxágüe: substância com
ação antimicrobiana que não
necessita água para aplicação e não
requer enxágüe para retirada de
resíduos. Ex.: solução alcoólica
líquida a 70% ou gel alcoólico a 70%.
• Anti-sepsia das mãos:
remoção mecânica da sujidade e de
microorganismos com eliminação
química adicional.
• Solução alcoólica para fricção
das mãos: preparação contendo
álcool designado para aplicação nas
mãos para redução de número viável
de microorganismos. Essas
preparações usualmente contêm 60 a
90% de etanol ou isopropanol.
• Sabonete: produto que possui
ação de limpeza, usado para lavar as
mãos, com adição ou não de anti-
sépticos. Composto por partes
hidrofílicas e lipofílicas, possui quatro
grupos principais: aniônicos,
catiônicos, anfotéricos e não-iônicos.
• Atividade residual: aquela que
se mantém mesmo após a remoção
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7. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
do agente ativo, caracterizada pela
inibição da proliferação ou da
sobrevivência de microorganismos.
• Sabonete medicado: produto
para limpeza da pele que apresenta
atividade antimicrobiana.
______________________________
ACOLHIMENTO E PREPARO DE
PACIENTE PARA O ATENDIMENTO
O acolhimento é realizado por
todos os profissionais da unidade de
saúde durante todo o horário de
trabalho, nada mais é que escutar e
responder, com qualidade, todos os
usuários que lhe solicitam ajuda e/ou
informações sobre o funcionamento
da unidade. Quando um técnico em
saúde bucal está andando pela
unidade e é questionado por um
usuário sobre qual o horário de
funcionamento da farmácia, ele deve
acolher esse usuário, isso significa
escutá-lo, atendê-lo com educação e
gentileza e responder sua dúvida ou
encaminhá-lo a outro profissional ou
setor da unidade de saúde onde o
usuário possa obter sua resposta.
• Deve ser realizado durante
todo o dia, pois, a qualquer momento,
podemos ser solicitados a ajudar
alguém ou prestar informações sobre
o funcionamento do serviço na
unidade.
• Qualquer profissional – agente
comunitário de saúde, auxiliar de
enfermagem, técnico em saúde bucal,
auxiliar em saúde bucal, cirurgião-
dentista, médico, enfermeiro, porteiro,
gerente da unidade ou qualquer outro
profissional da unidade – deve
acolher um usuário quando solicitado.
• Escuta qualificada: é prestar
atenção na fala do usuário e tratá-lo
com gentileza e educação.
• Responsabilização: o
profissional a partir do momento em
que escutou o usuário deve dar uma
resposta a este, seja uma informação,
um encaminhamento ao atendimento,
uma explicação sobre a demora em
ser chamado na consulta ou sobre o
horário de funcionamento de algum
serviço. Mesmo que o profissional
não saiba prestar essa informação,
ele deve procurar outro profissional
capacitado para resolver o problema
do usuário.
Observamos em algumas
unidades de saúde horários fixos para
realizar o acolhimento, por exemplo
“horário de acolhimento da equipe
laranja: todos os dias às 8 horas da
manhã”, por quê, se o acolhimento
deve ocorrer durante todo o horário
de funcionamento da unidade? Isso
pode ser explicado pelo fato de a
demanda (número de pessoas que
procuram a unidade de saúde) ser
grande e espontânea (aparece sem
horário marcado), então a equipe
delimita um horário para acolher e ao
mesmo tempo classificar (segundo
necessidade e prioridade para o
atendimento) os usuários. Mas isso
não impede que os profissionais
dessa equipe acolham durante todo o
dia os usuários que os procurarem, a
diferença é que nesse acolhimento
que é realizado com horário marcado
é feita também a triagem dos
usuários que precisam de
atendimento de urgência, de agendar
consulta, de conversar com o
profissional ou de outro tipo de
atenção.
MÉTODOS DE
ESTERILIZAÇÃO E DESINFECÇÃO
Esterilização
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8. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
É um processo em que os
micro-organismos são completamente
eliminados, sendo utilizado para
garantir o uso seguro dos
instrumentais.
Meios de esterilização
Autoclave
• É o aparelho que garante a
eficiência do processo de
esterilização e seu uso deve ser
sempre incentivado
em substituição à estufa.
• A esterilização pelo vapor sob
pressão ocorre em três tipos de
autoclave:
• Gravitacional: 15 a 30 minutos,
a uma temperatura de 121 a 127ºC e
1 atm de pressão;
• Pré-vácuo: 4 a 7 minutos, a
uma temperatura de 132 a 134 ºC e 2
atm de pressão;
• Cicloflash: recomendada
para esterilização apenas em
situações de necessidade de uso
imediato do artigo, como em casos de
ausência de artigo de reposição.
• Material a ser esterilizado em
autoclave: brocas (aço, carbide,
tungstênio ou pedra), instrumental de
endodontia, moldeiras inox,
instrumental, bandejas ou caixas de
metal, placas e potes de vidro.
O empacotamento deve ser
feito em tecido permeável de algodão
cru de campo duplo (não pode ser
passado para não vedar os orifícios),
pacotes de papel crepado, vidro ou
embalagem de filme plástico.
Embalagens de papel ou filme
plástico devem ter o ar removido
antes da selagem, pois o ar atua
como um obstáculo à transmissão de
calor e umidade.
Testes
• A eficiência do processo de
esterilização deve ser comprovada
através de métodos físicos, químicos
e biológicos:
• Físicos: dizem respeito ao
desempenho do equipamento.
• Químicos: consistem no uso
de tiras de papel impregnadas com
tintas termocrômicas que alteram a
coloração quando expostas à
temperatura, por tempo suficiente.
• Biológicos: uso de tiras de
papel impregnadas com esporos de
bactérias, que são expostas ao ciclo
de esterilização para comprovação da
destruição dos micro-organismos.
• O teste deve ser feito
semanalmente.
Armazenamento do material
esterilizado
• Quando uma caixa é aberta,
não se pode mais garantir a
esterilidade do instrumental.
• Os artigos esterilizados devem
ser armazenados em condições
adequadas, evitando-se a sua
contaminação.
• O local da estocagem deve ser
limpo, protegido do meio externo e
utilizado apenas para esse fim.
Nessas condições, a
esterilidade do material é preservada
por até sete dias. No caso de
esterilização em autoclave, o tempo
de armazenamento varia de 15
(tecido de algodão) a 30 dias (papel
crepado).
Desinfecção
A desinfecção é um processo
que destrói grande parte dos micro-
organismos patogênicos.
• Pode ser feita com solução de
álcool etílico a 70% (fazer
desinfecção por fricção em três
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9. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
etapas intercaladas pelo tempo de
secagem natural, totalizando 10
minutos), ácido paracético a 0,2%
(imersão por 10 minutos),
glutaraldeído a 2% (imersão por 30
minutos), hipoclorito de sódio a 1%
(imersão por 30 minutos), detergentes
enzimáticos ou água em ebulição,
quando não houver outro recurso
(imersão por 15 minutos).
• O hipoclorito de sódio não
deve ser utilizado para desinfecção
de metais, pela sua ação corrosiva.
Lavagem e enxágue
• Lavar com água e sabão,
removendo todos os resíduos e
friccionando com escova.
• Enxaguar.
• Durante a lavagem dos
instrumentos, pode-se disseminar
microorganismos através de
aerossóis ou haver contaminação,
devendo-se, portanto, usar sempre
equipamento de proteção individual
(EPI) e evitar o uso de jato de água
muito forte ou pia muito rasa.
Secagem
• A secagem deve ser feita com
pano limpo e seco.
Empacotamento
Quando indicado, deve ser feito
com selamento hermético para
garantir a integridade do processo de
esterilização, identificando o conteúdo
e a data.
Normas e rotinas de limpeza
Para efeito de normas, as
expressões técnicas serão assim
definidas:
• Anti-sepsia: procedimento que
visa o controle de infecção a partir do
uso de substâncias microbicidas ou
microbiostáticas de uso tópico na pele
ou mucosa;
• Assepsia: Conjunto de
métodos empregados para impedir
que determinado local, equipamento
ou instrumental seja contaminado;
• Meio Asséptico: meio isento
de formas de microorganismos;
• Artigo: compreendem
instrumentos de naturezas diversas,
que podem ser veículos de
contaminação;
• Artigos Críticos: são aqueles
que penetram através da pele e
mucosas, atingindo tecidos
subepiteliais e sistema vascular.
Estão nesta categoria os materiais
como: agulhas, lâminas de bisturi,
sondas exploradoras, sondas
periodontais, materiais cirúrgicos e
outros.
Exigem a esterilização;
• Artigos Semi-críticos: são
aqueles que entram em contato com
a pele não íntegra ou com mucosas
íntegras, como condensadores de
amálgama, espátulas de inserção de
resinas, pincéis, etc. Exigem
desinfecção de alta atividade biocida
ou esterilização para ter garantida a
qualidade do múltiplo uso destes;
• Artigos Não Críticos: são
aqueles que entram em contato
apenas com a pele íntegra do
paciente como refletor, braço da
cadeira, maçanetas, interruptores,
piso e bancada. Exigem limpeza ou
desinfecção de atividade biocida
intermediária, dependendo do uso a
que se destinam ou do último uso
realizado.
Assepsia, preparo de material e
desinfecção do meio
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10. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
Descontaminação: Método de
eliminação parcial ou total dos
microorganismos de artigos e
superfícies. Obtém-se a
descontaminação através da limpeza,
desinfecção e esterilização.
Procedimentos de Anti-sepsia
- A lavagem das mãos é
obrigatória para toda a equipe de
saúde bucal;
- Para secagem das mãos
devem ser utilizadas toalhas de papel
descartáveis;
- É vedado o uso de secadores
de ar por turbilhonamento;
É obrigatório a utilização de
sabão líquido.
Procedimentos de Limpeza e
Desinfecção de Superfícies
- Todos os estabelecimentos de
assistência odontológica devem
realizar obrigatoriamente uma rotina
de procedimentos de limpeza e
desinfecção das superfícies das salas
clínicas antes do início das consultas,
entre estas e no final do turno de
trabalho, de acordo com técnicas e
produtos recomendados pelo
Ministério da Saúde para este fim.
Procedimentos de Desinfecção de
Materiais de Moldagens
- É obrigatória a desinfecção de
moldagens, devido a presença de
sangue e saliva nas mesmas.
Procedimentos de Limpeza,
Desinfecção e Esterilização de
Artigos
- A descontaminação deverá ser
feita por imersão completa dos artigos
em agentes desinfetantes ou
desincrostantes, procedendo
conforme especificação do fabricante;
- A limpeza de artigos deverá
ser efetuada após a
descontaminação;
- Para o enxágüe após a
limpeza ou descontaminação, a água
deve ser potável e corrente;
- A secagem dos artigos deverá
ser feita por compressas ou papel
toalha;
- Os equipamentos utilizados
para esterilização dos materiais
deverão atender as especificações
técnicas que permitam o efetivo
controle de temperatura e pressão;
- É obrigatória a manutenção,
no mínimo semestral, nos
equipamentos de esterilização
utilizados no estabelecimento
odontológico, com comprovação da
mesma através de certificado técnico;
Quando da impossibilidade de
utilização da autoclave, deverá ser
utilizado o Forno de Pasteur (estufa),
devendo ser observado o tempo de
exposição abaixo:
- O Forno de Pasteur (estufa)
deve ter um termostato para
manutenção efetiva da temperatura,
área mínima para circulação interna
do ar produzido e um termômetro de
bulbo para controle da temperatura
preconizada ;
- É proibido o uso de
equipamento a base de radiação
ultravioleta ou ebulidores como
métodos de esterilização;
- As Normas para utilização de
Óxido de Etileno estão estabelecidas
na Portaria Interministerial nº 4, de
31/07/91, dos Ministérios da Saúde e
do Trabalho ;
- É obrigatória a esterilização de
moldeiras plásticas e metálicas,
prioritariamente por autoclavagem;
O agente químico utilizado para
desinfecção no consultório deve ser
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11. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
registrado no Ministério da Saúde
como desinfetante hospitalar. As
especificações devem constar no
rótulo do produto;
- Externamente deve estar
identificado: a data da ativação das
soluções, assinatura do responsável,
nome do produto e data de
vencimento da solução;
- O tempo de exposição dos
artigos a solução desinfetante, bem
como o controle das suas
características, devem corresponder
as recomendações do fabricante e a
Portaria do MS;
- Os artigos devem estar
completamente submersos, livres de
matéria orgânica e com o interior
totalmente ocupado com a solução,
não devendo ocorrer a presença de
bolhas de ar. Para que ocorra a
desinfecção é necessário que todas
as superfícies estejam em contato
com a solução;
- Lavar adequadamente os
artigos submetidos a desinfecção
química, para eliminar os resíduos do
produto utilizado.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – EPIs EM
ODONTOLOGIA
Equipamento de Proteção
Individual – EPIs é todo dispositivo ou
produto de uso individual utilizado
pelo trabalhador, destinado à
proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
A Norma Regulamentadora -
NR6 do Ministério do Trabalho
descreve sobre a obrigatoriedade do
fornecimento dos equipamentos de
proteção individual (EPI) aos
empregados, gratuitamente,
adequado ao risco e em perfeito
estado de conservação e
funcionamento.
O uso de EPI é indicado
durante o atendimento ao paciente,
nos procedimentos de limpeza do
ambiente e no reprocessamento dos
artigos.
Todo EPI deverá apresentar o
nome comercial, o nome da empresa
fabricante, o lote de fabricação e o
número do Código de Autorização ou,
no caso de EPI importado, o nome do
importador, o lote de fabricação e o
número do Código de Autorização,
em caracteres indeléveis e bem
visíveis, que garantam a origem e a
qualidade e a rastreabilidade quando
necessário.
Cabe ao responsável técnico
pelo serviço odontológico
providenciar a aquisição dos EPIs e
orientar a equipe quanto aos tipos de
EPIs e as indicações de uso,
devendo:
a) Adquirir os EPIs adequados
ao risco de cada atividade.
b) Exigir seu uso.
c) Fornecer ao trabalhador
somente aqueles EPIs aprovados
pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no
trabalho.
d) Orientar e treinar o
trabalhador sobre o uso adequado e
conservação dos mesmos.
e) Substituí-los imediatamente,
quando danificados ou extraviados.
f) Orientar quanto à
higienização, manutenção periódica,
restauração, lavagem e guarda
correta do EPI.
g) Respeitar a sua indicação em
relação ao local e níveis de
contaminação.
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12. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
Tipos e indicações de EPIs para os
profissionais da equipe de saúde
odontológica
I – Gorro
É uma barreira mecânica contra
a possibilidade de contaminação por
secreções, aerossóis e produtos,
além de prevenir acidentes e evitar a
queda de cabelos nas áreas de
procedimento. Deve ser
preferencialmente descartável, cobrir
todo o cabelo e as orelhas e ser
trocado sempre que necessário ou a
cada turno de trabalho.
Recomenda-se o uso pelo
paciente em casos de procedimentos
cirúrgicos.
II – Óculos
Protegem os olhos das
secreções, aerossóis e produtos
químicos utilizados durante os
procedimentos odontológicos e na
limpeza e desinfecção de artigos,
equipamentos ou ambientes. Os
óculos devem possuir as laterais
largas, ser confortáveis, com boa
vedação lateral, e totalmente
transparentes, permitir a lavagem
com água e sabão, desinfecção
quando indicada, sendo guardados
em local limpo, secos e embalados.
Recomenda-se o uso também
pelo paciente para evitar acidentes.
Os óculos são medidas de segurança
que protegem os olhos contra:
a) Impactos de partículas
volantes.
b) Luminosidade intensa.
c) Radiação ultravioleta.
d) Respingos de produtos
químicos e material biológico.
III – Protetores faciais
Representam uma barreira
física de proteção à transmissão
aérea de infecções e inalação de
agentes e substâncias químicas, e,
ainda, protegem a face contra:
a) Impactos físicos
b) Impactos de partículas
volantes.
c) Respingos de produtos
químicos e material biológico.
Os protetores faciais atuam
como coadjuvantes na proteção
respiratória contra:
a) Gases emanados de
produtos químicos.
b) Vapores orgânicos ou gases
ácidos no ambiente.
c) Aerossóis.
Os protetores faciais são
fabricados em policarbonato e podem
substituir os óculos de proteção,
porém não substituem a máscara.
IV - Máscaras
As máscaras devem ser
descartáveis, de filtro duplo e
tamanho suficiente para cobrir
completamente a boca e o nariz,
permitindo a respiração normal e não
irritando a pele. Devem ser
descartadas após o atendimento a
cada paciente ou quando ficarem
umedecidas.
V - Avental
Deve ser de mangas longas,
tecido claro e confortável, podendo
ser de pano ou
descartável para os procedimentos
que envolvam o atendimento a
pacientes e impermeável nos
procedimentos de limpeza e
desinfecção de artigos, equipamentos
ou ambientes. Deve ser usado
fechado durante todos os
procedimentos.
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13. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
São equipamentos de
segurança aqueles que oferecem
proteção ao tronco contra:
a) Aerossóis e respingos
durante os procedimentos.
b) Riscos de origem térmica.
c) Acidentes de origem
mecânica.
d) Ação de produtos químicos.
e) Umidade proveniente de
operações com uso de água.
f) Contaminação por agentes
biológicos.
g) Exposições radiológicas –
vestimenta plumbífera que garante a
proteção do tronco dos pacientes
expostos a raios X (incluindo tireóide
e gônadas, com pelo menos o
equivalente a 0,25 mm de chumbo) e
o avental de chumbo para profissional
(vestimenta plumbífera que garante a
proteção do tronco, com pelo menos
o equivalente a 0,5 mm de chumbo).
VI - Luvas
Devem ser de boa qualidade e
usadas em todos os procedimentos.
Constituem uma barreira física eficaz
que previne a infecção cruzada e a
contaminação do profissional de
saúde e reduz os riscos de acidentes.
Atuam na proteção das mãos contra:
a) Agentes abrasivos e
escoriantes.
b) Agentes cortantes e
perfurantes.
c) Choques elétricos.
d) Agentes térmicos.
e) Agentes biológicos.
f) Agentes químicos.
Os principais tipos de luvas e
suas indicações de uso são as
seguintes:
a) Luvas grossas de borracha e
cano longo durante os processos de
limpeza de artigos e ambientes,
quando em contato com superfícies,
artigos, instrumentos e equipamentos
contaminados.
b) Luvas de látex de
procedimento para atividades clínicas
e estéreis para procedimentos
cirúrgicos, que devem ser
descartadas a cada paciente.
c) Luvas de plástico, usadas
como sobreluvas, quando houver
necessidade de manusear artigos
fora do campo de trabalho.
d) Luvas de amianto, couro ou
aramida, usadas na CME, no
manuseio de artigos esterilizados.
VI – Calçados
Devem ser fechados e com
solado antiderrapante. Atuam na
segurança para a
proteção dos pés contra:
a) Impactos de quedas de
objetos.
b) Choques elétricos.
c) Agentes térmicos.
d) Agentes cortantes e
escoriantes.
e) Umidade proveniente de
operações com uso de água.
f) Respingos de produtos
químicos.
PREPARO E ACONDICIONAMENTO
DE MATERIAIS, INSTRUMENTAIS E
EQUIPAMENTOS
• Todas as superfícies que são
passíveis de contaminação devem
ser descontaminadas com solução
desinfetante.
• Algumas superfícies devem
ainda ser cobertas com filme de PVC
transparente, folha de alumínio ou
capa plástica. Esse material deve ser
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14. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
trocado entre um usuário e outro com
o uso de luvas. Incluem-se:
• Alça e interruptor do foco;
• Haste da mesa auxiliar;
• Pontas de alta e baixa
rotações;
• Seringa tríplice;
• Ponta do fotopolimerizador;
• Ponta da mangueira do
sugador;
• Ponta do aparelho
ultrassônico;
• Botões de acionamento dos
diferentes equipamentos.
Após o término do expediente,
os reservatórios de água da seringa
tríplice e da caneta de alta rotação
devem ser esvaziados para evitar
proliferação de micro-organismos.
• Superfícies contaminadas por
sangue devem ser imediatamente
limpas com hipoclorito de sódio a 1%.
• Para a limpeza de paredes e
pisos, recomenda-se água e sabão.
Cuidados com o instrumental
O instrumental a ser utilizado no
atendimento deve passar por um
processo de esterilização, que
compreende as seguintes etapas:
Desinfecção
• A desinfecção é um processo
que destrói grande parte dos micro-
organismos patogênicos.
• Pode ser feita com solução de
álcool etílico a 70% (fazer
desinfecção por fricção em três
etapas intercaladas pelo tempo de
secagem natural, totalizando 10
minutos), ácido paracético a 0,2%
(imersão por 10 minutos),
glutaraldeído a 2% (imersão por 30
minutos), hipoclorito de sódio a 1%
(imersão por 30 minutos), detergentes
enzimáticos ou água em ebulição,
quando não houver outro recurso
(imersão por 15 minutos).
• O hipoclorito de sódio não
deve ser utilizado para desinfecção
de metais, pela sua ação corrosiva.
DESCONTAMINAÇÃO – É o
método de eliminação parcial ou total
de microorganismos dos artigos e
superfícies.
DESINFECÇÃO – Processo
físico ou químico que elimina as
formas vegetativas de
microorganismos, exceto os
esporulados.
DESINFECÇÃO DE
ATIVIDADE BIOCIDA ALTA –
Quando os desinfetantes são eficazes
contra todas as formas vegetativas e
destroem parcialmente os esporos.
DESINFECÇÃO DE
ATIVIDADE BIOCIDA BAIXA –
Quando os desinfetantes têm
somente ação contra as bactérias
vegetativas.
DESINFECÇÃO DE
ATIVIDADE BIOCIDA
INTERMEDIÁRIA – Quando os
desinfetantes não destroem esporos,
têm ação sobre o bacilo da
tuberculose, ampla ação sobre vírus e
fungos, porém não destroem todos
eles.
ESTERILIZAÇÃO – é o
processo de destruição de todas as
formas de vida microbiana, inclusive
os esporulados, mediante aplicação
de agentes físicos e/ou químicos.
LIMPEZA – É a remoção
mecânica e/ou química da sujidade,
visando a remoção de resíduos
orgânicos, realizada anteriormente à
desinfecção e à esterilização.
MONITORIZAÇÃO – É o
controle periódico de eficiência do
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15. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
processo, garantindo que as
especificações validadas para os
processos estão dentro do padrão
estabelecido.
Preparo do instrumental
odontológico
Sequência de preparo dos
instrumentais odontológicos após a
dispensa do paciente, ao final do
atendimento clínico:
1. O auxiliar deverá estar
devidamente paramentado, usando o
EPI completo. Antes de calçar as
luvas,
deverá lavar as mãos.
2. Utilizar as luvas de borracha
(grossa, utilizada para limpeza em
geral) ou de procedimentos (de látex,
usada nos atendimentos clínicos);
3. Recolher o material e colocá-
lo em um recipiente rígido de plástico
(com ou sem tampa) contendo
detergente enzimático; os
instrumentais deverão ficar totalmente
imerso por 15 minutos (para o
preparo do detergente enzimático,
seguir as recomendações do
fabricante);
4. O material perfurocortante
deverá se descartado em recipiente
especial (caixas para descarte do
material perfurocortante);
5. Todo o lixo produzido durante
o atendimento deverá ser descartado
em recipiente próprio, assim como os
panos de campo contaminados, e
avental ou jalecos;
6. Os óculos de proteção devem
ser limpos e desinfetados;
7. Proceder a limpeza do
material, que pode ser realizada de
duas maneiras:
a) manual: utilizando escovas
de cerdas macias e cabo longo,
escova de aço para brocas, escova
para limpeza de lúmen, pia com cuba
profunda específica para este fim e
preferencialmente com torneira de
jato direcionável e usando água e
detergente; ou
b) limpeza mecânica: através do
uso de lavadoras automáticas com
jatos de água ou com ultrassom de
baixa frequência que minimizam o
contato do profissional com o material
contaminado.
8. Em seguida o material deve
ser enxaguado em água potável e
corrente para remoção completa das
sujidades.
9. A inspeção visual deve ser
realizada para verificar eficácia da
limpeza e integridade do artigo. Caso
necessário deve ser repetida a
limpeza ou substituição do artigo.
10. A secagem deve ser
realizada com papel toalha, panos
limpos e secos exclusivos para este
fim, secadora de ar quente/frio, estufa
regulada para este fim ou ar
comprimido medicinal. Esta etapa
objetiva evitar a umidade que pode
promover a corrosão dos artigos.
11. Os artigos deverão em
seguida ser empacotados. Podem ser
utilizados papel grau cirúrgico, papel
crepado, tecido não tecido, tecido de
algodão cru (campo duplo), vidro,
nylon, cassetes e caixas metálicas
perfuradas. As embalagens devem
ser identificadas, conter a descrição
de seu conteúdo, a data de validade e
o nome do profissional que a
preparou, em fita ou etiqueta adesiva.
12. Em seguida proceder a
esterilização.
DESCARTE DE RESÍDUOS
ODONTOLÓGICOS
O gerenciamento de resíduos é
tido como um instrumento capaz de
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16. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
minimizar ou até mesmo impedir os
efeitos adversos causados pelos
resíduos sólidos de saúde, do ponto
de vista sanitário, ambiental e
ocupacional.
Tipos de resíduos produzidos no
atendimento odontológico
Resíduos biológicos – Grupo A
• São resíduos potencialmente
infectantes, devido à possível
presença de agentes biológicos que
podem apresentar riscos de infecção.
Devem ser embalados
adequadamente em sacos plásticos
brancos leitosos, com simbologia de
resíduo
infectante. Exemplo: recipientes e
materiais contendo sangue ou
líquidos corpóreos (luvas, óculos,
máscaras, gaze, etc.) e peças
anatômicas.
• O uso de sacos individuais
pequenos (como os usados para
sanduíches) como porta-detritos
permite o descarte prático e seguro
desses dejetos.
Resíduos químicos – Grupo B
• São resíduos contendo
substâncias químicas que
apresentam riscos à saúde pública ou
ao meio ambiente.
Exemplo: saneantes e
desinfetantes.
• Devem ser condicionados em
recipientes individualizados, de
compatibilidade química com o
resíduo – de forma a evitar reação
química entre os componentes – e
não permeáveis e encaminhados
para empresa devidamente licenciada
pelo órgão ambiental competente,
para tratamento.
Metais pesados
- Mercúrio: para o seu
manuseio, devem ser adotadas as
seguintes medidas:
• armazenar o mercúrio em
recipientes inquebráveis e vedados;
• usar amalgamadores
mecânicos seguros, sem
vazamentos;
• não expor os frascos de
mercúrio e os amalgamadores à luz
solar direta ou à proximidade de
fontes de calor (estufa, autoclave, ar
condicionado, etc.);
• usar cápsulas hermeticamente
vedadas durante o processo de
amalgamação;
• utilizar a proporção exata de
mercúrio na liga;
• usar técnica de manipulação
de amálgama que evite o toque das
mãos, usando EPI (luvas, óculos,
máscara e gorro);
• remover os excessos da fase
Gama 2 da liga utilizando dedeiras de
borracha;
• não utilizar condensadores
ultrassônicos a fim de minimizar o
calor;
• fazer a remoção de
restaurações de amálgama sob
refrigeração (spray ar-água);
• é importante, na remoção,
usar sugador de saliva potente,
orientando o usuário que evite engolir
durante a manobra. Se possível usar
isolamento absoluto durante o
procedimento;
• o piso do consultório deve ser
impermeável e liso (não poroso) e
sem frestas, já que imperfeições e
alguns materiais podem reter o
mercúrio e impedir sua remoção;
• caso haja derramamento de
mercúrio, retirar o excesso derramado
imediatamente com o auxílio de uma
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17. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
folha de papel e lançar no restante
enxofre em pó. Lavar a superfície
com água e sabão.
Coleta de resíduo de amálgama
• Coletar os resíduos de
amálgama em recipiente inquebrável,
com tampa rosqueável e com boca
larga.
Deixar uma lâmina de água
sobre o resíduo e colocar
identificação de risco à manipulação.
• Manter o recipiente
hermeticamente fechado e em local
de baixa temperatura, isento de luz
solar direta.
• Enviar os vidros que contêm o
mercúrio para laboratório de
reciclagem, a fim de serem tratados e
de se eliminarem possíveis
contaminações com mercúrio ao meio
ambiente.
Resíduos perfurocortantes ou
escarificantes – Grupo E
• São todos os objetos e
instrumentos contendo cantos,
bordas, pontos ou protuberâncias
rígidas e agudas capazes de cortar,
escarificar ou perfurar. Exemplo:
lâminas, agulhas, ampolas de vidro,
brocas, limas endodônticas, etc.
• Deve se enfatizar a prevenção
de acidentes perfurocortantes.
• As brocas devem ser retiradas
das pontas logo após o seu uso.
• Os materiais perfurocortantes,
como agulhas descartáveis, lâminas
de bisturi e agulhas de sutura,
também devem ser descartados logo
após o seu uso.
• Não se deve entortar ou
reencapar as agulhas, de modo a se
evitarem acidentes.
• Esse material deve ser
acondicionado em recipientes rígidos
com tampa vedante e encaminhados
para
disposição final com o símbolo
infectante e material perfurocortante.
Resíduos comuns – Grupo D
• São todos os resíduos
gerados nos serviços odontológicos
que não apresentam riscos biológico,
químico ou radioativo. Exemplo: papel
de uso sanitário, restos alimentares,
papel, caixas, etc.
• Devem ser descartados como
lixo comum.
• As lixeiras devem ser forradas
com plástico e ter tampas e pedais,
devendo a lixeira para lixo comum ser
separada da outra para material
contaminado.
PREOCUPAÇÃO E RISCOS
OCUPACIONAIS
A equipe odontológica está
exposta a vários fatores que podem
gerar danos para a saúde de seus
profissionais. Os riscos mais comuns
aos quais a equipe está exposta são:
físicos, químicos, ergonômicos,
mecânicos ou de acidente, falta de
conforto e higiene e biológicos.
Risco físico
Os profissionais da odontologia
estão expostos diariamente a ruídos,
vibração, radiação, altas
temperaturas, iluminação deficiente
ou excessiva, umidade e outros
fatores, causados pelo uso de:
canetas de alta rotação, compressor,
aparelho de Raios-x, equipamento de
laser, fotopolimerizador, autoclave, ar
condicionado, etc.
Para minimizar esses danos, as
seguintes medidas podem ser
adotadas: usar protetores auriculares,
óculos de proteção do EPI ou de
proteção contra a luz do
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18. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
fotopolimerizador ou laser; usar os
equipamentos de proteção
radiológica; trabalhar em locais com
iluminação adequada; proteger o
compressor de ar com caixa acústica;
ter cuidado no manuseio de materiais
em alta temperatura; e trabalhar em
locais arejados.
Risco químico
Caracterizado pelas poeiras,
névoas, vapores, gases, mercúrio e
produtos químicos. Os seguintes
materiais causam esses riscos:
amalgamadores, desinfetantes
(álcool, glutaraldeído, hipoclorito de
sódio, ácido peracético e clorexidina)
e gases medicinais (ex.: óxido
nitroso).
Medidas para evitar o risco
químico: limpar a sujeira do chão com
pano úmido para não levantar poeira;
usar EPI próprio para o atendimento e
para a limpeza de materiais e/ou
consultório; disponibilizar óculos de
proteção para o paciente; preferir,
quando possível, o uso do
amalgamador de cápsulas;
armazenar os restos de amálgama
cobertos por água em recipiente
rígido com tampa e encaminhar para
coleta especial de resíduos
contaminados; armazenar produtos
químicos de maneira correta e
segura, seguindo as instruções do
fabricante; fazer manutenção
preventiva das válvulas dos
recipientes contendo gases
medicinais.
Risco ergonômico
Para que o ambiente de
trabalho seja confortável, agradável e
saudável, as seguintes medidas
devem ser adotadas: organizar o
ambiente de trabalho; planejar as
atividades diárias; trabalhar em
equipe; realizar capacitações
permanentes; fazer atividades físicas,
alongamentos e relaxamentos entre
os atendimentos (com orientação de
profissional da área); e valorizar
momentos de lazer com a equipe.
Risco mecânico ou de acidente
Exposição a agentes mecânicos
ou que propiciem acidentes, como:
espaço físico pequeno, arranjo físico
inadequado, instrumental com defeito
ou impróprio para o procedimento,
perigo de incêndio ou explosão,
construção com defeito, improvisação
na instalação da rede hidráulica e
elétrica, ausência de EPI.
Maneiras de minimizar esses
perigos: utilizar equipamentos com
registro no Ministério da Saúde,
modernos e ergonômicos; instalar os
equipamentos em área adequada e
conforme a regulação da ANVISA;
utilizar materiais registrados na
ANVISA; manter instrumentais com
número e qualidade suficiente para o
atendimento; instalar extintores de
incêndio; realizar manutenção
preventiva e corretiva na estrutura
física, hidráulica e elétrica.
Risco pela falta de conforto e
higiene
De exposição a falta de higiene
e conforto no ambiente de trabalho,
são exemplos: banheiros em pequeno
número, distantes e sem separação
por sexo; falta de produtos de higiene
pessoal; ausência de água potável;
não fornecimento de uniformes;
ausência de ambientes arejados para
lazer e descanso; ausência de
vestiários com armários; ausência de
local para lanches ou refeições; falta
de proteção contra chuva, entre
outros. Para minimizar esses riscos,
basta proporcionar à equipe
condições de higiene, conforto e
saúde no ambiente de trabalho.
Pesquisas realizadas pela equipe da Digitações e Concursos
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19. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
Risco biológico
É causado pela exposição a
material biológico, por exemplo:
bactérias, vírus e fungos.
Transmissão por via aérea:
No ambiente do consultório
odontológico, esses micro-
organismos podem ser transmitidos
através do ar pelos aerossóis
(partículas suspensas geradas pelo ar
da caneta de alta rotação seringa
tríplice, uso de aparelhos de
ultrassom ou de jateamento) e pelas
gotículas geradas por tosse, espirro
ou fala.
Para prevenir esse tipo de
transmissão, deve-se usar: sugadores
de alta potência, isolamento absoluto
(dique de borracha), máscaras de
proteção respiratória e óculos de
proteção. Além disso, deve-se evitar
contato de risco com profissionais ou
pacientes com alguma doença
infecciosa.
Exemplos de doenças
transmitidas por via aérea: meningite,
gripe ou influenza, mononucleose,
rubéola, sarampo, tuberculose.
Transmissão por sangue e
outros fluidos:
Na profissão odontológica,
ocorre a manipulação de sangue e
outros fluidos que podem transmitir:
HIV e hepatite B e C. As
transmissões ocorrem das seguintes
formas: percutânea (lesão provocada
por instrumentos perfurocortantes),
mucosa (contato com respingos na
face, envolvendo olhos, nariz e boca),
cutânea (contato com pele com
dermatite ou feridas abertas) e
mordeduras humanas.
Maneiras de prevenir esse tipo
de transmissão: atenção durante o
atendimento odontológico; não
reencapar, entortar ou quebrar
agulhas; desprezar material
perfurocortante em recipiente
adequado (caixas de papelão
amarelas próprias para o descarte
desses materiais); respeitar a
capacidade e orientações do
fabricante desses recipientes; e usar
EPI.
Transmissão pelo contato direto
e indireto com os pacientes:
A equipe odontológica está
sujeita a diversas doenças
transmitidas pelo contato direto (mãos
ou pele) ou indireto (superfícies ou
objetos utilizados pelo paciente). Para
evitar esse tipo de transmissão, deve
se utilizar o EPI, higienizar as mãos,
manter os cabelos presos e desinfetar
os artigos contaminados.
Principais doenças adquiridas
através dessa via de transmissão:
herpes simples, escabiose ou sarna,
pediculose ou piolho, micoses e
conjuntivite.
ERGONOMIA APLICADA À
ODONTOLOGIA
Princípios De Ergonomia Na Prática
Odontológica
O objetivo da ergonomia é a
adaptação das condições de trabalho
às características físicas e
psicológicas dos trabalhadores.
Desse modo, o trabalho fica mais
confortável, saudável, agradável e
eficiente.
A seguir serão descritas
algumas medidas de ergonomia que
devem ser implementadas na rotina
do consultório odontológico:
• O planejamento do
atendimento: organizar a agenda,
estipular os horários e a duração de
cada atendimento, atender um
número de pacientes que não
Pesquisas realizadas pela equipe da Digitações e Concursos
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20. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
sobrecarregue a equipe. Quando
esses pontos não são observados, a
equipe fica estressada,
sobrecarregada e consequentemente
apresenta mais problemas
psicológicos e de saúde. O excesso
de trabalho pode causar desgaste
cardíaco, hipertensão, fadiga, artrites,
fibroses, calcificações, cansaço
muscular, ansiedade, frustrações,
tensões emocionais e angústias.
• Respeito à carga horária: é
recomendável uma carga horária
máxima de 50 a 60 horas semanais.
O descanso é necessário para o
corpo se recuperar após um dia de
serviço, por isso o respeito à carga
horária é tão importante.
• Trabalho a quatro mãos: é
importante trabalhar com um
profissional auxiliar, pois evita um
esforço maior e desgaste do dentista
ou técnico em saúde bucal.
• Postura e posição do
Cirurgião-dentista (CD), Auxiliar em
Saúde Bucal (ASB) e Técnico em
Saúde Bucal (TSB):
1. Deve-se utilizar um mocho de
base ampla (cinco rodas), o usuário
deve ser colocado em posição supina
(deitado de costas), o CD ou TSB
deve ter visão de todos os quadrantes
e utilizar equipamento correto de
acordo com a técnica de trabalho
adotada.
2. A área útil de trabalho do
profissional deve estar dentro de um
círculo com 1m de diâmetro (espaço
máximo de pega) que pode ser
alcançado com o movimento de
braço, procurando evitar movimentos
supérfluos, torções exageradas ou
inclinações laterais.
3. A posição ideal é de 9 horas
para o dentista ou TSB e 15 horas
para o ASB, o que permite a
visualização direta da mandíbula e
maxila pelo profissional. A perna
esquerda do CD ou TSB fica
posicionada sob o encosto da
cadeira, e a direita, do lado do braço
direito da cadeira. Para CD ou TSB
canhoto, a posição é invertida com a
do auxiliar. Com a regulagem do
encosto da cadeira é possível ainda a
posição de 12 horas com visão
indireta (através do espelho bucal) e
o usuário na posição supina.
Postura do profissional: o
profissional deve ter uma postura
correta para evitar patologias na
coluna, deste modo deve sentar-se
com as coxas paralelas ao solo e o
ângulo formado na articulação do
joelho deve ser de 90° para evitar
maior compressão da circulação
sanguínea e consequente
aparecimento de varizes. As costas
devem estar retas, apoiadas no
encosto do mocho, e a cabeça
levemente inclinada para baixo. Os
cotovelos devem estar junto ao corpo
ou apoiados para evitar lesões nas
articulações e/ou musculares.
Iluminação: a área de trabalho
deve estar bem iluminada para evitar
problemas de visão.
Cuidados com o usuário: usar
sugadores de alta potência para
evitar que o paciente tenha que
levantar a todo o momento para
cuspir.
Momentos de relaxamento e
descontração da equipe: a cada 90
minutos de atendimento, deve ser
feito um intervalo de 10 minutos, os
profissionais devem realizar
exercícios de alongamento entre os
atendimentos, com orientação de
profissional da área; devem ser
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21. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
valorizados momentos de lazer com a
equipe.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA
CAVIDADE BUCAL
Divisões da cavidade bucal
- Vestíbulo Bucal
- Processo alveolar e arcos
dentais
- Cavidade bucal propriamente
dita
A cavidade bucal é uma das
portas de entrada ao nosso
organismo, pertencendo ao sistema
digestório, também funciona como
uma via de acesso as vias
respiratórias.
Conhecer sua anatomia é
fundamental para um futuro
diagnóstico seja pelo médico ou pelo
dentista.
Divisões e limites:
A cavidade bucal é dividida em
duas partes: o vestíbulo da boca e a
cavidade própria da boca. O vestíbulo
da boca é o espaço semelhante a
uma fenda entre os dentes e a
gengiva e os lábios e as bochechas.
A cavidade própria da boca é o
espaço entre os arcos dentais
superior e inferior.
Anteriormente, encontra-se
limitada pelos arcos alveolares
maxilares e mandibulares que alojam
os dentes.
O teto da cavidade da boca é
formado pelo palato. Posteriormente,
a cavidade da boca se comunica com
a parte oral da faringe.
Estando a boca está fechada e
em repouso, a cavidade da boca é
completamente ocupada pela língua.
Regiões:
a) Gengivodentária
b) Palatina
c) Geniana
d) Lingual
Gengivas e dentições:
a.1) Gengiva
A gengiva é formada por tecido
fibroso coberto por mucosa. Está
subdividida em gengiva propriamente
dita, gengiva fixa, e em gengiva livre.
A gengiva fixa está firmemente
presa aos processos alveolares da
maxila e mandíbula e aos colos dos
dentes. Ela é rósea, pontilhada e
queratinizada.
A mucosa alveolar ou gengiva livre é,
normalmente, vermelho-brilhante e
não queratinizada.
Uma gengiva saudável é
resistente ao toque, não ocorrendo
sangramento.
Para o diagnóstico devemos avaliar:
1 - textura - firme e com aspecto
de "casca de laranja"
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22. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
2- coloração - normalmente rosa claro
Quando as gengivas estão
inflamadas normalmente estão
aumentadas, amolecidas e com
coloração vermelho mais escuro.
2) Dentes
O ser humano apresenta duas
dentições, a decídua, também
conhecida como a dos dentes de
"leite" e a definitiva. Ambas
diferenciam-se pela anatomia dental e
pelo número de dentes apresentadas.
a) Dentição decídua- -
características:
Apresenta 5 dentes por
hemiarcada: incisivo central, incisivo
lateral, canino, primeiro e segundo
molares. Os dentes possuem
coloração mais clara, raízes
divergentes são menores do que os
definitivos.
b) Dentição definitiva –
características:
Apresenta geralmente, 8 dentes
por hemiarcada: incisivo central,
incisivo lateral, canino, primeiro e
segundo pré-molares, primeiro,
segundo e terceiro molar por
hemiarcada. A presença do terceiro
molar é facultativa.
As raízes são convergentes. Os
dentes são maiores e mais escuros
do que nos decíduos
Nomenclatura dental:
Para compreensão de um
odontograma, primeiramente
dividiremos os arcos dentários em 4
quadrantes, 2 superiores e 2
inferiores. Cada quadrante receberá
uma numeração correspondente.
Assim, o quadrante superior direito
recebe o número 1, o superior
esquerdo o número 2, o inferior
esquerdo o número 3 e o inferior
direito o número 4, conforme segue
abaixo:
Superior direito - 1
Superior esquerdo - 2
Inferior esquerdo - 3
Inferior direito - 4
A seguir, cada elemento
dentário receberá uma numeração
correspondente:
1 -incisivo central,
2 - incisivo lateral,
3 - canino,
4 - primeiro pré-molar,
5 - segundo pré-molar,
6 - primeiro molar,
7 -segundo molar
8 - terceiro molar
Regra para nomenclatura.
O primeiro número indicará o
quadrante correspondente e o
segundo número, o elemento. Assim,
por exemplo, os dentes do quadrante
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23. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
superior direito serão: 41, 42, 43, 44,
45, 46, 47 e 48, conforme mostra a
figura abaixo.
OBS: Para os dentes decíduos
os quadrantes são numerados de 5 à
8 e os elementos de 1 à 5 conforme
ilustra a figura anterior.
LÍNGUA
A língua é o órgão muscular
relacionado ao sentido do paladar.
Fica localizado na parte ventral da
cavidade oral propriamente dita. Na
maior parte dos vertebrados serve
para "processar" os alimentos.
Participa na fonação sendo o único
músculo voluntário do corpo humano
que não fadiga.
Seus movimentos são
realizados pela musculatura
extrínseca - músculos genioglosso,
hioglosso e estiloglosso.
Os genioglossos projetam a
língua para fora da cavidade oral. Os
hioglossos mantem a língua próxima
ao assoalho da cavidade e os
estiloglossos, elevam a ponta da
língua e trazem a língua de volta ao
interior da cavidade.
Nos casos de fratura de
mandíbula, a língua poderá perder a
fixação dos músculos genioglossos e
em contrapartida, os músculos
estiloglossos, sagindo sem seu
antagonista, traciona a língua contra
a orofaringe, o q pode resultar em
morte por asfixia.
PALATO
O palato é o assoalho da
cavidade nasal e teto da cavidade
oral. Possui duas partes, uma óssea,
o palato anterior e outra
musculomembranácea, o palato
posterior.
Na parte oral do palato mole, há
riqueza de glândulas salivares. No
palato mole podem haver botões
gustativos.
O palato duro tem epitélio, um
tecido conjuntivo denso, mas não tem
glândulas salivares. Na base desse
palato não vai haver conjuntivo. Na
gengiva próxima ao dente incisivo
também não tem. O palato duro
humano é descamativo.
PLACA BACTERIANA
Identificação
Trata-se de uma película
pegajosa e incolor, constituída de
bactérias e açúcares que se forma
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24. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
sobre os dentes. É a principal causa
de cáries e gengivite. Se não for
removida diariamente, endurece e
formam o tártaro.
Todos nós temos placa
bacteriana porque as bactérias estão
sempre presentes em nossa boca. As
bactérias aproveitam os nutrientes
contidos nos alimentos que ingerimos
e aqueles contidos na saliva para se
desenvolver. A placa causa as cáries
quando os ácidos que ela produz
atacam os dentes, o que acontece
após as refeições. Sofrendo esses
ataques repetidos, o esmalte dos
dentes pode se desfazer e abrir
caminho para a formação de cáries.
Não sendo retirada, a placa
bacteriana pode também irritar a
gengiva ao redor dos dentes,
causando gengivite (as gengivas
ficam vermelhas, incham e sangram),
periodontite e perda dos dentes.
Relação com dieta
Dieta: Tudo que é ingerido
independente do valor nutricional ou
do aproveitamento no processo
digestivo. (Ação local em relação aos
efeitos bucais).
Nutrição: processo de ingestão
do alimento até a sua assimilação
pelas células. Ação sistêmica.
Psicologia X Dieta
Açúcar: fatores culturais
relacionam o açúcar com: Carinho,
afeto, recompensa
Choro: recompensado com peito,
mamadeira ou alguma guloseima
Relação com saliva
Fluxo – pode ser alterado:
- ao longo do dia
• aumenta com o estímulo
mastigatório
• diminui durante o sono
- ao longo da vida:
Idosos tendem a ter diminuição
do fluxo salivar
Relação com flúor
Atualmente, há um consenso de
que o flúor importante é aquele
mantido constante na cavidade bucal,
o qual é capaz de interferir com a
dinâmica do processo de cárie,
reduzindo a quantidade de minerais
perdidos quando do fenômeno da
desmineralização e ativando a
quantidade reposta quando da
remineralização salivar.
Assim, o flúor não é capaz de
interferir nos fatores responsáveis
pela doença, isto é, a formação de
placa dental e a transformação de
açúcares em ácido. A primeira
relevância clínica deste conceito é
que o flúor isoladamente não impede
a doença cárie. Isto mostra a
importância dos controles da placa
dental e/ou dieta para que um efeito
máximo seja obtido.
INSTRUÇÕES BÁSICAS DE
HIGIENE BUCAL
Uma boa higiene bucal é uma
das medidas mais importantes que
você pode adotar para manter de
seus dentes e gengivas em ordem.
Dentes saudáveis não só contribuem
para que você tenha uma boa
aparência, mas são também
importantes para que você possa
falar bem e mastigar corretamente os
alimentos. Manter uma boca saudável
é importante para o bem-estar geral
das pessoas. Os cuidados diários
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25. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
preventivos, tais como uma boa
escovação e o uso correto do fio
dental, ajudam a evitar que os
problemas dentários se tornem mais
graves. Devemos ter em mente que a
prevenção é a maneira mais
econômica, menos dolorida e menos
preocupante de se cuidar da saúde
bucal e que ao se fazer prevenção
estamos evitando o tratamento de
problemas que se tornariam graves.
Existem algumas medidas muito
simples que cada um de nós pode
tomar para diminuir significativamente
o risco do desenvolvimento de cáries,
gengivite e outros problemas bucais.
Escovação
Uma escovação adequada deve
durar, no mínimo, dois minutos, isto
é, 120 segundos! A maioria dos
adultos não chegam nem próximos a
este tempo. Escova-se com
movimentos suaves e curtos, com
especial atenção para a margem
gengival, para os dentes posteriores,
difíceis de alcançar e para as áreas
situadas ao redor de restaurações e
coroas. A limpeza de cada setor da
boca, se dá da seguinte maneira:
- Escovar as superfícies
voltadas para a bochecha dos dentes
superiores e, depois, dos inferiores.
- Escovar as superfícies
internas dos dentes superiores e,
depois, dos inferiores.
- Em seguida, escovar as
superfícies de mastigação.
- Para ter hálito puro, escova-se
também a língua, local onde muitas
bactérias ficam alojadas.
Uso de fio dental
O uso diário do fio dental de
maneira correta evita o aparecimento
de cáries e doenças gengivais
causados pela placa bacteriana. É o
fio dental que remove essa placa e os
resíduos deixados por alimentos,
onde a escova dental não tem
acesso, como entre os dentes e na
linha da gengiva. Por isso é
importante usar o fio dental a cada
escovação e de maneira correta.
Os fios dentais podem ser
encontrados de diferentes
formas no mercado, sendo eles:
encerados ou não encerados, finos
ou grossos, com ou sem sabor,
com ou sem flúor. Eles ocupam um
lugar importante na prevenção e
terapêutica periodontal,
disputando com as escovas a
primazia de ser o recurso mais
eficiente de higiene interdentária,
porém quando se domina a técnica
corretamente não esquecendo de
realizar por meio deste a limpeza
da região subgengival.
Controle e remoção da placa
bacteriana
A remoção mecânica da placa
pode ser realizada pelo próprio
paciente (controle mecânico da placa
através do autocuidado) ou
pelo dentista ou higienista
dental (limpeza profissional dos
dentes).
Sem dúvida alguma, a remoção
profissional de placa através de
instrumentos rotatórios, escovas de
dentes e fita/fio dental, exerce
impacto positivo tanto na prevalência
como incidência de cárie. Esse efeito
pode ser observado quando
escovação e uso de fio/fita dental são
realizados sob supervisão.
Contudo, o impacto exercido
pela remoção mecânica da placa,
através do autocuidado na cárie
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26. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
dentária é ainda incerto. Em uma
revisão de 1981, estudiosos
afirmaram que, com relação à cárie, o
efeito positivo da remoção de placa
através da escovação só podia ser
observado nas superfícies lisas e não
nas superfícies com fossas e fissuras.
Existem duas razões que
justificam a utilização deste método, a
primeira diz respeito que tanto a cárie
quanto a doença periodontal são de
origem bacteriana, e deste modo
substâncias antibacterianas poderiam
ser utilizadas para combatê-las; e a
segunda é pela existência de
indivíduos que possuem dificuldades
no controle mecânico de placa, e
assim as substâncias antibacterianas
poderiam tentar compensar a
desmotivação para uma boa limpeza
dos dentes.
Ainda existe a possibilidade de
se realizar o controle químico da
placa através de agentes que atuam
supra ou subgengivalmente.
Agentes Químicos no Controle
da Placa Supragengival
Dentifrícios
Os dentifrícios são ineficazes
para a remoção da placa, são muito
usados na veiculação de flúor e
outras substâncias que eliminam ou
reduzem a placa e a cárie.
Clorexidina
A clorexidina é um detergente
catiônico, uma Bisbiguanida não
tóxica disponível principalmente na
forma de sais de digluconato.
É considerada um antisséptico
de amplo espectro sobre as bactérias
gram positivas, gram negativas,
fungos e leveduras.
Ela atua na formação da
película adquirida e sobre
microrganismos gram positivos e
negativos, leva à diminuição
significativa da placa, pois há
alterações na aderência microbiana,
aumento da permeabilidade celular
com rompimento da bactéria ou
coagulação e precipitação dos
constituintes citoplasmáticos.
Dentre os estudos ela
apresentou melhores características
como: substantividade de 12 horas,
eficiência, estabilidade e segurança.
Pode ser utilizada como
dentifrícios de 0,12 a 0,2%; géis de
1,0 a 2,0%; dispositivos de ação lenta
e vernizes.
Deve ser usada somente 30
segundos após a escovação, pois os
íons livres, monofosfato de sódio e
detergentes dos dentifrícios diminuem
sua retenção.
Esta droga tem um potencial
promissor, porém se desconhece seu
correto papel na terapia periodontal.
Fluoretos
Os fluoretos são amplamente
usados na prevenção da cárie dental.
Atualmente o flúor dos dentifrícios é
considerado a razão principal do
declínio da cárie observado em todos
os países.
São encontrados no mercado
sob a forma de gel, solução ou verniz.
Os vernizes com flúor são utilizados
na prevenção de cárie, na redução do
acúmulo de placa e na diminuição da
hipersensibilidade dentinária.
Eles possuem alguns
inconvenientes como: fluorose até o
óbito, alterações de paladar, manchas
nos dentes, curta vida útil.
Óleos Essenciais
São compostos fenólicos que
agem inespecificamente sobre
bactérias, não havendo desequilíbrio
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27. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
nem proliferação de microrganismos
oportunistas. O único agente nesta
categoria é o Listerine.
São largamente utilizados como
desinfetantes, antifúngicos e
antissépticos, pois agem nos
microrganismos rompendo a parede
bacteriana, inibindo os sistemas
enzimáticos e diminuindo os
lipopolissacarídeos e o conteúdo
protéico da placa bacteriana.
Os óleos essenciais são
inalteráveis e possuem baixa
substantividade. Seus efeitos
colaterais são: sensação de
queimação, gosto amargo, manchas
nos dentes e injúrias no tecido bucal.
Sua posologia é de bochechos duas
vezes ao dia durante 30 segundos.
Agentes Químicos no Controle da
Placa Subgengival
O sulco gengival ou bolsa
periodontal não são alcançados pelos
agentes químicos dos enxaguatórios
e dentifrícios, pois estes só agem na
placa supragengival.
Atualmente têm sido utilizados
dispositivos de liberação lenta que
têm o objetivo de levar antibióticos e
antissépticos para o interior de bolsas
mais profundas para tratar sítios
ativos da doença periodontal
localizada.
Pode-se lançar mão dos
antibióticos, porém estes possuem
problemas com efeitos colaterais e
resistência microbiana. O principal
grupo indicado é dos betalactâmicos
associados ao metronidazol, pois
selecionam colônias responsáveis por
patologias periodontais. Alguns
autores ainda indicam a eritromicina,
espiramicina, vancomicina,
tetraciclina.
Realizar controle de placa
através do uso de antibióticos é um
método muito radical, pois induz a
formação de cepas bacterianas
resistentes, selecionando ainda mais
estes microrganismos. A melhor
opção é realizar a raspagem
subgengival e a manutenção da
saúde gengival.
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
BUCAL
Características da saúde-doença
bucal:
Estado ótimo da boca e
funcionamento normal dos órgãos da
boca sem evidência de doença,
conjunto de condições biológicas e
psicológicas que possibilita ao ser
humano exercer funções como
mastigação, deglutição e fonação e
também, tendo em vista a dimensão
estética inerente à região anatômica,
exercitar a autoestima e relacionar-se
socialmente sem inibição ou
constrangimento.
Os cinco princípios da
promoção da saúde, definidos pela
Organização Mundial da Saúde
na Ottawa Chapter for health
Promotion, são:
- desenvolvimento de
habilidades pessoais;
- ação comunitária; política
pública saudável;
- existência de um ambiente de
apoio adequado (supportive
environment);
- reorientação dos serviços de
saúde, dentro do que se pode
considerar como sendo a nova saúde
pública, na qual a saúde é cada vez
mais buscada por meio das
atividades de agências outras que
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28. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
não o serviço médico, como por
exemplo, à escola, o local de
trabalho, o comércio e a indústria, a
mídia.
Para uma prática clínica
responsável e correspondente às
expectativas da população local, cabe
aos profissionais das Equipes de
Saúde Bucal a devida apropriação
das principais características de
ordem social, econômica e biológica
que cercam o modo como as pessoas
vivem no território de abrangência da
Unidade Básica de Saúde,
identificando as áreas em que os
fatores de risco que determinam e/ou
condicionam o processo saúde-
doença possam se relacionar também
à etiologia das principais doenças
bucais. O Agente Comunitário de
Saúde (ACS) assume um papel de
extrema relevância nessa ação. Esse
momento em que se traça um olhar
mais acurado sobre a população
adstrita pode ser fundamental
também para o apontamento de
critérios capazes de eleger as
famílias mais vulneráveis do ponto de
vista social e biológico, em maior
situação de risco entre as demais,
para o consequente convite destas
para os grupos estabelecidos e a
triagem odontológica, instante em que
os profissionais das Equipes de
Saúde Bucal deverão avaliar as
condições de saúde bucal da
população residente em seu território.
Observou-se nas duas últimas
décadas uma mudança do perfil
epidemiológico da cárie dentária,
principalmente em crianças. Verificou-
se também nestas pesquisas de base
populacional que a redução não foi
uniforme, sendo que crianças e
famílias expostas a privações
econômicas e sociais apresentaram
maior prevalência de agravos; assim
sendo, a incorporação de critérios de
risco no diagnóstico e no tratamento
das necessidades é fundamental para
agilizar ações e otimizar recursos,
assim como a avaliação do risco
individual para doenças bucais é
instrumento valioso na organização
dos serviços.
Cárie
Fatores epidemiológicos: A
cárie dentária é uma doença
infecciosa que progride de forma
muito lenta na maioria dos indivíduos,
raramente é autolimitante e, na
ausência de tratamento, progride até
destruir totalmente a estrutura
dentária
O conceito supracitado nos traz
informações importantes que serão
discutidas ao longo desta
fundamentação teórica. O primeiro
deles é compreendermos que a cárie
dentária é uma doença resultante do
desequilíbrio do binômio saúde-
doença, podendo apresentar lesões-
sinais na população.
Esses sinais são erroneamente
conhecidos pela população como
“cáries”, mas, na verdade, são as
lesões da doença propriamente dita.
Essas lesões podem se apresentar
em estágios iniciais visíveis
clinicamente (lesões de mancha
branca ativa em esmalte) ou em
estágios mais avançados, como as
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29. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
cavitações dentárias, que são mais
uma vez compreendidas pela
população como “cáries”. O
entendimento da cárie dentária como
uma doença é mais facilmente
compreendido ao traçarmos um
paralelo com outras doenças
sistêmicas, como a catapora. Quando
um paciente é acometido pela
catapora (doença), ele apresenta
manifestações cutâneas (lesões) que
podem variar na quantidade e
extensão, ou seja, se a doença pode
se manifestar de forma mais
agressiva ou não. A diferenciação
entre a doença e a manifestação
(lesão) desta implica condutas
diferenciadas na abordagem da
prevenção e no tratamento da doença
cárie. Se o tratamento for centralizado
nas lesões pela restauração das
cavidades, e não nos fatores
etiológicos da doença, isso resultará
em um “ciclo restaurador repetitivo”,
ou seja, no fracasso do controle da
doença. O paciente teve as
manifestações e não a doença
tratada e, portanto, poderá apresentar
em um curto período de tempo novas
lesões ou recidivas da lesão no
mesmo elemento dentário.
Prevenção: Para evitar a cárie
dentária é necessário implementar
uma higiene oral cuidada. Esta
consiste em limpeza regular por um
profissional, a cada 6 meses,
escovação dos dentes 2 a 3 vezes
por dia e utilização de fio dental todos
os dias. Pode ainda fazer-se raios X
anualmente para averiguar da
existência de cáries de alto risco. Em
termos de alimentação, deve evitar-se
a ingestão de bebidas açucaradas,
balas e ingestão de doces de modo
frequente. Também os selantes
dentais contribuem para a prevenção
de cáries. É ainda usual recomendar
o uso de flúor, de modo a proteger os
dentes contra cáries, quer seja
ingerido através da água ou de
suplementos. Também a utilização de
flúor no creme dental é recomendado
como preventivo de cárie. Existem
muitos dentistas que aplicam
soluções tópicas de flúor, associadas
a consultas de rotina, aplicando-as
em determinadas áreas localizadas
do dente.
Doença Periodontal
Epidemologia: Afetam cerca de
75% da população mundial. Afeta
maior parte da população adulta após
os 35-40 anos.
Gravidade da DP pode ser
explicada por fatores como idade,
fumo, e higiene bucal.
Ocorrência de 100% de
periodontite destrutiva após os 40
anos de idade
A doença periodontal é muito
comum, atinge praticamente metade
da população infantil e a maioria da
população adulta. São seus fatores
predisponentes:
• Local - má higiene bucal;
dentes mal posicionados ou
parcialmente erupcionados;
• Geral - diabetes, AIDS,
leucemia , gravidez, stress.
Prevenção: O tratamento da
doença, no seu estágio inicial,
consiste em raspagem sub-
gengival da raiz do dente, pelo
cirurgião dentista, removendo o
principal causador, que é a placa
bacteriana aderida ao dente. Nos
estágios mais avançados da doença,
há a necessidade de cirurgias, e, às
vezes, antibioticoterapias.
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30. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
Métodos indicados para
prevenção e controle das doenças
periodontais:
- Controle individual: remoção
da placa dental através de escovação
dental e uso de fio dental. - Controle
profissional: remoção periódica de
placa e tártaro pelo dentista
(profilaxias).
Má Oclusão
Epidemiologia: OMS - 3ª
posição na escala de prioridades.
Brasil e Mundo - índices elevados.
Foram avaliadas as condições
oclusais de 2.416 escolares da cidade
de Bauru (São Paulo), de ambos os
sexos, no estágio da dentadura mista,
na faixa compreendida entre 7 e 11
anos, provenientes de 18 escolas
públicas e particulares. Os resultados
apontaram que apenas 11,47% da
população apresentaram
características de oclusão normal.
Das más oclusões, prevaleceram a
de Classe I (55% das más oclusões),
seguida pela Classe II (42%) e,
finalmente, pela Classe III (3%). A
condição socioeconômica influenciou
o porcentual de oclusão normal e de
má oclusão Classe I. As classes mais
inferiores exibiram um aumento de
má oclusão Classe I em detrimento
da redução de oclusão normal. As
más oclusões Classe II e III não
foram influenciadas pela condição
socioeconômica. Foram examinadas
313 crianças, 160 do sexo feminino e
153 do sexo masculino, com idades
entre 7 e 12 anos, alunos de uma
escola de rede municipal de ensino
de Florianópolis, Santa Catarina. Das
crianças examinadas, 93,6%
apresentavam contatos prematuros
em relação cêntrica, sendo 93,1%
das crianças do sexo feminino e
masculino.
Na má oclusão o fator
hereditário (genética) responde por
40%, enquanto 60% dependem do
meio ambiente.
Causas ambientais responsáveis pela
má oclusão:
- Hábitos bucais: chupeta, dedo,
mamadeira, etc.
- Problemas respiratórios:
adenóide, rinite, sinusite, etc.
- Alterações funcionais:
alimentação pastosa ou líquida, que
não oferece estímulo de atrição aos
dentes, que não estimula a função
- Perda precoce de dentes
decíduos
- Influências nutricionais
- Alterações hormonais
- Traumas e tumores
Prevenção: Níveis de
Prevenção
• Primeiro nível: Promoção de
Saúde
- Fatores genéticos ex: arcada
pequena e dentes grandes
• Segundo nível: Proteção
Específica
- Ortodontia Preventiva
• Terceiro nível: diagnóstico
precoce
- Ortodontia Interceptiva
• Quarto nível: limitação do
dano
- Ortodontia Corretiva
• Quinto nível: sequelas
Reabilitação Oral
A importância da amamentação na
prevenção da má oclusão
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31. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
A lactação natural atua nos
primeiros seis meses de vida, através
de músculos e articulações em
desenvolvimento, estimula fortemente
o crescimento da mandíbula para
frente. Sob esta influência, que se
repete a intervalos regulares várias
vezes ao dia, a mandíbula vai se
desenvolvendo e os roletes gengivais
(gengiva sem dentes), ao final de
cinco a seis meses, terminam por se
encontrar bem relacionados e em
posições normais.
Quando este mecanismo natural não
se processa, as possibilidades de
estabelecimento de uma desarmonia
óssea e,
consequentemente dentária no futuro,
atinge cerca de 70% dos casos. Além
da falta de estímulo de crescimento
mandibular, as crianças com
alimentação artificial nesta fase,
apresentam com frequência indícios
de super-alimentação e
consequentemente sobrecarga das
funções estomacais, além
de diminuição de sua resistência
orgânica, por falta de ingestão de
anticorpos presentes no leite
materno.
Lesões na mucosa
As lesões inflamatórias podem
ter diversas etiologias: infecciosas,
auto-imunes, traumáticas,
neoplásicas ou reações
medicamentosas. Podem representar
lesões isoladas, ser manifestação
local de um distúrbio sistêmico ou a
partir do comprometimento local,
levar a um acometimento geral do
indivíduo. Para fins didáticos,
classificamos as lesões orais de
acordo com seu aspecto
macroscópico em lesões brancas,
vesico-bolhosas, aftóides e lesões da
língua. As lesões orais podem se
apresentar nas formas
pseudomembranosa (mais comum),
atrófica aguda e crônica e
hiperplásica.
Tendo como exemplo indivíduos
da terceira idade, nota-se que estes
estão mais sujeitos a vários tipos de
lesões na mucosa bucal (como
candidíases e leucoplasias) e outras
doenças, como por exemplo, o câncer
bucal. A candidíase é uma infecção
por levedura das membranas da
mucosa da boca e da língua, sendo
que a principal causadora de infecção
em seres humanos é a Candida
albicans. Os sintomas incluem o
surgimento de placas esbranquiçadas
e aveludadas na membrana mucosa
da boca e da língua.
Auto-exame de prevenção
a) De frente para o espelho,
deve-se observar a pele do rosto e do
pescoço. Prestar atenção em
qualquer sinal que não tenha notado
antes. Apalpar suavemente, com a
ponta dos dedos, todo o rosto;
b) Puxar, com os dedos, o lábio
inferior para baixo, expondo a parte
interna (mucosa). Depois, repetir o
mesmo procedimento com o lábio
superior, puxando-o para cima;
c) Com a ponta do dedo
indicador, afastar a bochecha, para
examinar a parte interna. Repetir com
o outro lado de bochecha;
d) Com a ponta do dedo
indicador, sentir toda a gengiva na
região superior e inferior, verificando
se encontra alguma anormalidade;
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32. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
e) Colocar o dedo indicador por
baixo da língua e o polegar da
mesma mão por baixo do queixo e
procurar apalpar todo o assoalho da
boca;
f) Virar a cabeça para trás e,
abrindo a boca o máximo possível,
examinar atentamente o céu da boca.
Tocar com o dedo indicador todo o
céu da boca. Em seguida, dizer:
ÁÁÁÁÁ… e observar o fundo da
garganta;
g) Colocar a língua para fora e
observar a parte de cima. Repetir a
observação com a língua levantada
até o céu da boca. Em seguida, puxar
a língua para a esquerda, observar a
região da direita. Fazer o mesmo com
o lado esquerdo, movendo a língua
para a direita;
h) Colocar a língua para fora,
segurando-a com um pedaço de gaze
ou pano; apalpá-la em toda sua
extensão, com o dedo indicador e
polegar da outra mão;
i) Examinar o pescoço.
Comparar os lados direito e esquerdo
e ver se há diferença entre eles.
Depois, apalpar o lado esquerdo do
pescoço com a mão direita;
j) Repetir o procedimento para o
lado direito, apalpando com a mão
esquerda. Finalmente, introduzir o
polegar por debaixo do queixo e
apalpar suavemente todo o contorno
inferior.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM NÍVEL
INDIVIDUAL E COLETIVO
População-alvo: a educação em
saúde bucal é muito importante
dentro da promoção à saúde e deve
ser universalizada para toda a
população da área de abrangência,
utilizando-se estratégias diversas de
acordo com a realidade local.
O objetivo principal da
educação em saúde bucal é o
incentivo e o fortalecimento da
autonomia dos usuários no controle
do processo saúde-doença. Deve
fornecer instrumentos, apoio e
orientação ao usuário para se tornar
independente na condução de seus
hábitos, no conhecimento do seu
corpo, no acompanhamento e
manutenção da sua saúde bucal, e
para acessar o serviço de saúde
quando julgar necessário.
Visa estimular o usuário a sair
de um papel passivo para um papel
autônomo, participativo, de
colaborador e agente de sua própria
saúde. Isso significa também
desestimular uma dependência
muitas vezes desnecessária em
relação aos profissionais e serviços
de saúde.
A abordagem do processo de
educação em Saúde Bucal
Na avaliação de como a
educação em saúde bucal vem sendo
feita podemos observar:
• O processo de educação para
saúde tem se baseado na
transmissão de conhecimento por
parte da equipe de saúde para um
usuário passivo, partindo do princípio
de que a aquisição de conhecimento
causa mudança de hábito e que essa
mudança se encontra sob completo
domínio do usuário.
• Quando o usuário não
consegue mudar esse
comportamento, muitas vezes é
considerado culpado e incapaz por
não fazê-lo e responsável pelos
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33. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
danos que os maus hábitos possam
trazer à sua saúde.
• O modo como a educação em
saúde tem sido realizada mostra
grandes limitações na obtenção de
mudanças de comportamentos que
conduzam à saúde.
COMPETÊNCIA DA ACD PARA A
ABORDAGEM DOS PROBLEMAS
DE SAÚDE BUCAL DAS PESSOAS
POR CICLO DE VIDA
Um dos princípios da Atenção
Primária é o princípio da
Longitudinalidade, que está ligado à
necessidade de os profissionais da
equipe de saúde serem capazes de
fornecer a atenção a todos os
usuários de sua área de abrangência
ao longo de suas vidas. Isso significa
possuir o entendimento do processo
saúde-doença, das variações de
abordagens em relação a todas as
faixas etárias, e da importância de se
desenvolver um trabalho
multiprofissional que enfoque o
usuário como um todo.
Como a equipe de saúde bucal
pode ser a porta de entrada no
sistema, é interessante que ela esteja
atenta a sinais e sintomas nas
diferentes faixas etárias que
demandam encaminhamento para a
equipe de saúde para diagnóstico.
Nesse sentido, descreveremos
a seguir algumas particularidades
relacionadas aos diferentes ciclos de
vida.
Gestantes
A gestação é um acontecimento
fisiológico, com alterações orgânicas
naturais esperadas e evolução, na
maioria dos casos, sem
intercorrências, mas que impõe ao
CD a necessidade de conhecimentos
sobre essas alterações sistêmicas
para uma abordagem diferenciada.
Características que podem ser
observadas na fase de gestação
- A maior parte das doenças
gengivais pode ser evitada durante a
gravidez apenas pelo
estabelecimento de boa higiene bucal
desde o seu início.
- A gravidez por si só não
determina quadros de gengivite ou
doença periodontal.
Ela acentua a resposta gengival para
os irritantes locais, modificando o
quadro clínico resultante em usuárias
que já apresentam falta de controle
de placa.
- Alterações na composição da
placa subgengival, na resposta imune
da gestante e na concentração de
hormônios sexuais são fatores que
influenciam na resposta do
periodonto, tornando a gengivite da
gravidez muito frequente. A região
anterior
da boca é mais comumente afetada e
as áreas interproximais tendem a ser
mais envolvidas.
- Em alguns casos, a gengiva
forma massas discretas – “massas
em forma de tumor” – mais
freqüentemente nas papilas
interdentais dos dentes superiores,
com rápido crescimento e facilidade
para sangramento. Essa lesão tende
a regredir após a gravidez. A
remoção é indicada quando existe
interferência na mastigação, dor ou
problema estético (a gestante deseja
remover), e deve ser seguida de
raspagem e alisamento da superfície
do dente.
- Uma diminuição na
capacidade fisiológica do estômago
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34. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
faz com que a gestante passe a
ingerir menos quantidade de
alimento, mas com maior freqüência,
o que pode aumentar o risco à cárie.
- Os hábitos da gestante e o
cuidado com a sua saúde bucal são
importantes também para a educação
dos filhos, que se espelham na mãe
para a construção dos seus próprios
hábitos.
- Um reforço educacional
contínuo deve ser feito, pois, durante
a gravidez, a gestante tende a
descuidar de sua saúde em função de
ter sua atenção voltada para o bebê.
Pessoas com doenças crônicas
Hipertensão
A hipertensão é uma doença
assintomática na maioria dos
usuários adultos, portanto, o CD pode
ser de vital importância na sua
detecção por ocasião da
anamnese.
- Medida de pressão arterial
sistólica (máxima) maior do que
140mm Hg e/ou de
pressão diastólica (mínima) maior ou
igual 90 mm Hg significam
necessidade de encaminhamento ao
médico para avaliação do caso.
- A assistência odontológica é
orientada em função da classificação
da pressão arterial, tratamento,
controle e possíveis complicações
decorrentes.
- A avaliação da hipertensão
pelo CD para determinação da
gravidade da doença
é baseada nas informações obtidas
na história médica: época da
descoberta da doença, tratamento e
controle, esquema terapêutico (tipo
de medicamento e doses), alteração
recente na medicação e registro da
pressão arterial a cada consulta.
- Caso a hipertensão seja
diagnosticada por ocasião da
consulta odontológica, o usuário deve
ser encaminhado ao médico para
controle. À medida que a pressão for
controlada, deve-se dar
prosseguimento ao tratamento
odontológico.
- É prudente e sempre
importante informar ao médico
assistente a natureza
dos procedimentos odontológicos e
solicitar uma avaliação clínica
médica, especialmente nos casos de
cirurgia. Quando necessário,
estabelecer junto com o médico a
condução do tratamento odontológico
e a indicação de medicamentos.
- A realização do tratamento
odontológico em usuários com
diagnóstico de hipertensão deve ser
baseada na medida da pressão
arterial no momento do
atendimento e na classificação da
hipertensão e tem como parâmetros
gerais:
Hipertensão controlada
- Procedimentos não cirúrgicos
e cirúrgicos simples executados
normalmente em usuários com
hipertensão leve.
- Em cirurgias maiores
(extrações múltiplas, por exemplo),
considerar o uso de sedativos
juntamente com o médico.
- Em casos de hipertensão
moderada ou grave, mesmo
controladas, interagir sempre com o
médico assistente para definir
conduta para todos os
procedimentos, baseando-se no
custo-benefício e na necessidade
individual de cada usuário para o uso
de ansiolíticos.
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35. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
Hipertensão não controlada
- Nenhum procedimento deve
ser realizado.
- Em caso de urgência, o
tratamento deve ser conservador
(antibióticos e/ou antiinflamatórios
e/ou analgésicos).
Diabete mellitus
Sinais e sintomas que sugerem
possível diagnóstico de diabete tais
como polidpsia (sede intensa),
poliúria (micções frequentes),
polifagia (fome exagerada),
emagrecimento, fadiga, fraqueza,
xerostomia, dor nas pernas, alteração
na visão, e lesões cutâneas de difícil
cicatrização, podem ser relatados ao
CD por usuários que desconhecem
serem diabéticos.
Caso ocorra essa suspeita o
usuário deve ser encaminhado ao
médico para diagnóstico.
Portador de HIV/AIDS
O CD pode identificar as
doenças bucais mais comuns que são
decorrentes do estado imunológico de
portadores do HIV, atuando, inclusive,
no diagnóstico precoce da doença, o
que pode aumentar a sobrevida e
melhorar a qualidade de vida do
portador.
Muitos usuários podem
desconhecer que são portadores ou
optarem por não informar que são
portadores do HIV por medo de
preconceito ou recusa de
atendimento. Portanto, o CD está
exposto a atender ao usuário HIV,
sem saber, o que enfatiza a
necessidade da adoção de medidas
universais de biossegurança.
O usuário portador de HIV
geralmente pode ser atendido pelas
equipes de saúde bucal da atenção
primária. Casos em que o usuário
apresente complicações sistêmicas
avançadas, necessidade de
encaminhamento para tratamento de
lesões de tecidos moles ou doença
periodontal grave são as principais
indicações para referenciamento.
Nestes casos, justificam-se
profissionais especializados e os
centros de referência.
É muito importante que a
interação usuário/profissional seja
baseada na confiança.
Hipoglicemia
- Acontece quando a glicose se
encontra abaixo de 45mg.
- O usuário apresenta sudorese
fria e pegajosa, tremor, palidez,
fraqueza, salivação abundante e
palpitações, podendo evoluir para
convulsões, inconsciência e coma.
- As causas predisponentes são
doses excessivas de insulina, jejum
prolongado, aumento da atividade
física, ansiedade.
- O procedimento odontológico
deve ser interrompido, soluções
açucaradas ministradas de imediato,
e solicitada a presença do médico.
Cetoacidose
- Apresenta-se quando há
aumento de corpos cetônicos no
plasma levando à acidose (pH
sanguíneo abaixo de 7,35),
envolvendo uma alta taxa de glicose
sangüínea.
- Tem como causas
predisponentes: não estar fazendo
uso da insulina, infecções, doença
intercorrente, resistência à insulina,
inanição.
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36. DIGITAÇÕES E CONCURSOS
- Pode ameaçar a vida do
usuário e o quadro clínico em geral é
dramático.
- Normalmente desenvolve-se
num período de semanas a meses,
podendo, entretanto, instalar-se em
algumas horas.
- O usuário apresenta sinais de
glicose alta (polidpsia, poliúria, hálito
cetônico), seguindo-se desidratação,
desorientação, e hiperpnéia
compensatória (respiração de
Kussmaul).
- Os usuários com estes sinais
e sintomas devem ser encaminhados
ao médico para avaliação imediata.
Pessoas portadoras de deficiência
Para fins de assistência
odontológica, é considerado paciente
com necessidades especiais (PNE)
todo aquele que apresente um limite
tão acentuado no que se refere aos
padrões de “normalidade” para o ser
humano, que o impossibilite ou que
demande uma abordagem
diferenciada para se beneficiar da
assistência odontológica
convencional.
Condições geralmente
relacionadas a esta população
Paralisia cerebral
- A paralisia cerebral é uma
disfunção neuromuscular decorrente
de uma lesão no cérebro ocorrida no
período pré, peri ou pós-natal, antes
da maturação do sistema nervoso
central.
- A função motora está
comprometida e problemas como
convulsão, deficiência mental,
alteração da fala e distúrbios
sensoriais podem estar associados.
- Geralmente ocorrem
contraturas, deformidades e limitação
de movimentos, sendo comum o
desenvolvimento de posições
viciosas.
- Os usuários podem apresentar
espasmos musculares involuntários,
dificuldade de deglutição, tendência a
engasgar, salivação excessiva e
sensibilidade a toques, jatos de ar e
água.
- Alguns problemas bucais
podem ser encontrados com maior
freqüência ou apresentar-se com
maior gravidade: má higiene bucal;
doença periodontal; cárie; lesões
traumáticas nos dentes; má oclusão;
alterações da articulação
temporomandibular e bruxismo.
Deficiência mental
- O retardo mental,
compreendido como síndrome
comportamental, tem como
características o prejuízo da função
intelectual e das habilidades
adaptativas.
- A maioria consegue ser
independente em atividades diárias,
necessitando, porém, de supervisão
durante toda a vida.
- Os retardos mais severos são
geralmente acompanhados de
desenvolvimento motor deficiente,
comprometimento da visão e audição,
crise convulsiva, deficiências
sensoriais e cardiopatias.
Síndrome de Down
- A grande maioria dos
portadores de Síndrome de Down é
educável, colaboradora e carinhosa.
- Os portadores de Síndrome de
Down apresentam alta freqüência de
cardiopatias congênitas e maior
suscetibilidade a doenças infecciosas.
- Os aspectos bucais mais
freqüentes são a micrognatia, língua
fissurada, anodontias, hipotonia com
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