O documento discute a importância histórica da higienização das mãos na prevenção de infecções hospitalares desde o século XIX. Apresenta os principais métodos e produtos utilizados atualmente para a higienização das mãos, ressaltando sua eficácia na redução da transmissão de microrganismos e infecções.
2. SEMMELWEIS
Foi o médico húngaro Ignaz Philip Semmelweis (1818-1865) que, em
1846, comprovou a íntima relação da febre puerperal com os
cuidados médicos.
Ignaz Semmelweis foi um médico húngaro do século XIX que descobriu a
importância da lavagem das mãos na prevenção de infecções. Implementando
essa prática rigorosa em hospitais, ele reduziu drasticamente a taxa de
mortalidade. Sua descoberta revolucionou a medicina e estabeleceu a higiene
das mãos como uma medida essencial na área da saúde para proteger
pacientes e profissionais contra infecções.
3. A enfermagem
e a prevenção
de infecções.
Florence Nightingale e sua equipe de
enfermeiras introduziram uma série de
medidas para organizar a enfermaria, como
higiene pessoal de
cada paciente, utensílios de uso individual,
instalação de cozinha, preparo de dieta
indicada, lavanderia e desentupimento de
esgotos. Com a implantação dessas medidas
básicas, conseguiram reduzir sensivelmente
a taxa de mortalidade
4. Atualmente, as ações para o controle de infecÇões em serviços
de saúde são coordenadas, no âmbito federal, pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, por meio da Unidade de
Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos
Adversos (Uipea) da Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços
de Saúde (GGTES), que incentiva medidas voltadas à
prevenção de riscos e à promoção da segurança do paciente.
Em consonância com as diretrizes da OMS, a Anvisa vem
desenvolvendo ações relacionadas à higienização das mãos,
com o objetivo de aumentar a adesão a essa prática pelos
profissionais de saúde.
ANVISA
5. A higienização das mãos é uma medida
fundamental no cuidado ao paciente.
Desde o estudo de Semmelweis no século
XIX, as mãos dos profissionais de saúde
têm sido identificadas como fonte de
transmissão de microrganismos em
ambientes hospitalares.
As mãos podem ser contaminadas
durante o contato direto com pacientes
ou através de produtos e equipamentos
no entorno. Bactérias multirresistentes e
fungos também podem fazer parte da
microbiota transitória das mãos e se
disseminar entre pacientes. Portanto, a
prática adequada de higienização das
mãos é essencial para prevenir infecções
e garantir a segurança dos pacientes.
6. Porque
higienizar as
mãos?
A pele das mãos alberga duas populações de microorganismos a
microbiólogo tá residente a microbiólogo tá transitória.
A microbiota transitória coloniza camada
mais superficial da pele permitir remoção
mecânica pela Higienização das mãos
com água e sabão sendo eliminada com
mais facilidade quando se utiliza uma
solução antisséptico.
A microbiota residente é mais difícil de ser
removida pela higienização das mãos com água e
sabão uma vez que colonizasse camadas mais
internas da pele
7. Porque
higienizar as
mãos?
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que a lavagem
das mãos reduz em até 40% as infecções respiratórias, como gripes e
resfriados, e em até 50% as infecções gastrointestinais, como diarreia. Além
disso, a lavagem adequada das mãos também é crucial para evitar a
propagação de infecções multirresistentes, um desafio crescente na área da
saúde.
8. PRODUTOS
UTILIZADOS NA
HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
Vamos falar de determinados produtos que podem ser
utilizados para a higienização das mãos: o sabonete comum
e os anti-sépticos (álcool, clorexidina, iodo/iodóforos e
triclosan), considerando o modo de ação, a ação
antimicrobiana e os problemas decorrentes do seu uso.
9. Sabonete
Comum
O sabonete comum não contém agentes
antimicrobianos ou os contém em baixas
concentrações, funcionando apenas como
conservantes.
Os sabonetes para uso em serviços de saúde
podem ser apresentados sob várias formas: em
barra, em preparações líquidas (as mais
comuns) e em espuma. Favorecem a remoção
de sujeira, de
substâncias orgânicas e da microbiota
transitória
das mãos pela ação mecânica.
10. Em geral, a higienização com sabonete líquido
remove a microbiota transitória, tornando as
mãos limpas. Esse nível de descontaminação
é suficiente para os contatos sociais em geral e
para a maioria das atividades práticas nos
servi-
ços de saúde. A eficácia da higienização
simples das mãos com água e sabonete,
porém, depende da técnica utilizada e do
tempo gasto durante
o procedimento, que normalmente dura, em
média, 8 a 20 segundos – sem contar o tempo
necessário para se deslocar até a pia e retornar.
O processo completo leva muito mais tempo,
sendo estimado em 40 a 60 segundos.
11. Nos serviços de saúde, recomenda-se o uso
de sabonete líquido, tipo refil, devido ao
menor risco de contaminação do produto. e
para não criar obstáculos para a execução
do procedimento, recomenda-se que o
sabonete seja agradável ao uso, suave e de
fácil enxágüe, além de não ressecar a pele,
possuir fragrância leve ou ausente e ter boa
aceitação entre os usuários.
12.
13. Agentes
antisepticos
Os agentes anti-sépticos utilizados para a higienização
das mãos devem ter ação antimicrobiana imediata e
efeito residual ou persistente. Não devem ser tóxicos,
alergênicos ou irritantes para a pele. Recomenda-se que
sejam agradáveis de utilizar, suaves e, ainda, custo-
efetivos
14. O álcool é um antisséptico
usado para lavar as mãos em
ambientes de saúde. É eficaz
contra bactérias, vírus e
alguns fungos, agindo através
da desnaturação de proteínas
e ruptura das células dos
microrganismos. É importante
aplicá-lo corretamente,
cobrindo toda a superfície das
mãos e esfregando até secar.
O uso adequado do álcool
ajuda a prevenir infecções e
proteger a saúde dos
profissionais e pacientes.
Álcool
15.
16. Clorexidina
A clorexidina é um antisséptico amplamente usado na área da
saúde devido à sua eficácia na eliminação de microrganismos e
prevenção de infecções. É um agente com propriedades
antimicrobianas de amplo espectro, eficaz contra bactérias, vírus
e alguns fungos. Pode ser encontrada em formulações líquidas ou
em gel, sendo usada para desinfetar a pele antes de
procedimentos cirúrgicos ou em soluções para higienização das
mãos. Sua ação residual prolongada proporciona proteção
adicional contra microrganismos por várias horas. No entanto, é
importante estar atento a possíveis reações alérgicas e evitar o
uso em áreas extensas do corpo ou em feridas abertas. A
clorexidina é uma opção valiosa para prevenir infecções, mas
deve ser usada com cautela e seguindo as orientações
adequadas.
17. Iodóforos - PVPI
(Polivinilpirrolidona
iodo)
Os Iodóforos, como o PVPI (Polivinilpirrolidona iodo), são
antissépticos amplamente utilizados na área da saúde
devido à sua eficácia comprovada na eliminação de
microrganismos e controle de infecções. O PVPI é uma
solução química que contém iodo em combinação com
polivinilpirrolidona, um polímero que atua como um
agente carreador de iodo. Essa combinação resulta em
um complexo que libera gradualmente o iodo, tornando-o
seguro para uso tópico em pele e mucosas.
18. Iodóforos - PVPI
(Polivinilpirrolidona
iodo)
Em ambientes de saúde, o PVPI é comumente utilizado
para a antissepsia da pele antes de procedimentos
cirúrgicos, inserção de cateteres, punções venosas e
outros procedimentos invasivos. Além disso, também é
encontrado em formulações para a higienização das
mãos e lavagem das mucosas, como a cavidade oral.
19. Triclosan
O Triclosan é um agente antimicrobiano usado em produtos de
cuidados pessoais e limpeza devido a sua ação contra bactérias
e fungos. Porém, preocupações surgiram sobre seu uso excessivo
e possível resistência bacteriana. Além disso, o acúmulo no meio
ambiente também é uma preocupação. Algumas agências
reguladoras restringiram seu uso em certos produtos devido a
essas preocupações. É necessário pesquisar e avaliar seu uso
responsável para garantir a segurança e minimizar impactos
negativos na saúde humana e no meio ambiente.