SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 142
• A cultura é algo complexo que implica todo um conjunto de fenómenos.
• Em tudo o que é humano há sempre um conflito interno, o qual representa uma dualidade
entre um Pólo positivo e um polo negativo, podendo gerar conflitos devido à pluralidade
de sentidos, o que torna as coisas difíceis de compreender.
•
• Não existe uma mas várias culturas e todas elas diferentes entre si, pois são constituídas
por coisas diferentes (basta um pequeno pormenor diferente para que a cultura ou
produto final seja diferente).
• A cultura é um produto único que assume a sua unicidade consoante os elementos que a
compõem. Cada cultura corresponde a um povo, o qual é influenciado por ela,
representa-a e contribui para o seu desenvolvimento.
Cultura
CP4 – Processos Identitários :
Património Cultural Português
Ponte Lima
Formadora: Patrícia Batista
Formanda: Rute Pancha
Mediadora: Drª Claúdia Lameiras
Coordenadora: Drª Susana Carvalho
• Língua – característica que identifica os portugueses , e a maneira como é utilizada no país . Pode ser
transmitida através de vários dialetos, diferentes pronuncias , com diferentes significados , mas provém da
mesma base .
• Raça – o povo original português (continental) contem características muçulmanas . Características
genéticas não são respostas ás perguntas colocadas em questão da personalidade portuguesa . As
determinantes podem ser erróneas , podem deixar cair as pessoas em falsas ideias . As ideias de que se
pensa serem características físicas do povo português provem principalmente do uso em massa do mesmo
estilo de roupa , corte de cabelo , estatura física , que originalmente provem da cultura e é isso que nos faz
tão parecidos .
• História – acaba por ser um fator importante para podermos analisar características
determinantes para nos identificarmos como portugueses
• Território – a historia vai ser determinado para identificar o português porque ao
longo dos tempos houve modificações , mas os colonos não deixam de ser tão
portugueses como os continentais . Tal como viver em território português não é o
mesmo que ser português .
• Gastronomia – pode ajudar a caracterizar o português devido á
confeção dos pratos tradicionais , os condimentos , entre outros .
• Atividades económicas – é importante ter em conta os valores
transmitidos de geração em geração , o mar é só um símbolo de
muita importância para o povo português . Ideologia dos
Descobrimentos , traço cultural incutido , mas ao nível da pratica
já não é relevante para o facto de caracterizar o atual povo mas
sim o do passado .
• Estas influencias faladas e outras como por exemplo , o clima , os
santos populares , o fado , servem para caracterizar a típica
personalidade portuguesa .
Características mais
pertinentes da
“Personalidade Cultural
Portuguesa”.
• A definição de uma personalidade é feita à
luz da comparação, sobretudo pelas
dificuldades que lhe são inerentes. A cultura
nacional é um fenómeno que resulta da
combinação de muitos elementos. É uma
integração de todas as culturas regionais,
resultando uma coisa nova em que elas estão
contidas mas transformadas por uma espécie
de sublimação espiritual. Como principais
características podemos referir o facto de
Portugal sofrer de uma grande influência do
mar, o que, dado esse aspeto geográfico, lhe
confere um carácter expansivo. É um
sonhador ativo, é um humano, sensível e
bondoso, evitando conflitos num frente a
frente. Tem um fundo de solidariedade e
ajuda. Porém, tem uma grande capacidade
de adaptação e improviso, de “desenrasca”.
É tolerante e inibido. Tem noção do ridículo
e medo da opinião alheia. É idealista,
emotivo e imaginativo, tendo uma forte
crença no milagre, em soluções milagrosas
“tem sorte”. Tem uma religiosidade humana,
mais à escala do homem e não tanto mística
ou abstrata.
Épocas da
Cultura
Portuguesa
• Várias épocas da cultura portuguesa. Mitos, classe social dominante, sistema cultural em que Portugal se insere e o valor da
língua. Os mitos são histórias com fundo de verdade ou não, criadas para explicar certas situações ou para dar alento a um povo e
que justificam a estrutura social e religião atual. O 1º mito mais importante é o do Milagre de Ourique. Este provém do mito da
cruzada – guerra santa entre mouros e cristãos que visava a expansão da fé cristã em todo o mundo. Nossa senhora apareceu a D.
Henrique e disse que ganhariam a guerra, o que aconteceu! Saíram do domínio dos mouros e formaram um reino, Portugal.
Portugal passa a ser o paladino da fé cristã, todas as ações são em nome da difusão da fé cristã. O 2º mito é o do Sebastianismo. D.
Sebastião vai ser o messias que salvará o povo português do domínio espanhol. Este mito vem demarcar a sobrenaturalidade do
reino que o milagre de Ourique dizia ter sido fundado por Deus. O 3º mito é o do V Império. O padre António Vieira, na sua obra
“História do Futuro” – 1664, destaca os portugueses na consumação do reino de Cristo na terra. Projetou o mito no futuro e
anteviu um novo império mundial com um só rei, um pastor e uma só fé. É uma adaptação do mito judaico e pressupõe uma ideia
de linear de tempo em que se antevê o fim do mundo: juízo final e paraíso na terra. A partir do Iluminismo os mitos começam a ser
postos em causa, pois a realidade é vista à luz da razão. O segundo critério refere-se às classes dominantes. Estas foram variando
ao longo das épocas. No séc. XII eram os cavaleiros – padrão guerreiro. No séc. XV eram também os cavaleiros, mas com um
padrão cortesão. No séc. XVI eram os clérigos, devido à reforma católica, inquisição e perda do poder político. No séc. XVIII foi a
burguesia, tendo havido uma racionalização do pensamento
•
• que separou o poder político da igreja, os homens eram considerados iguais à nascença, os jesuítas foram expulsos e
houve a laicização do ensino. Houve então uma lenta desintegração cultural da sociedade portuguesa. Quanto ao terceiro
critério, podemos dividi-lo em 2 fases: a primeira até ao séc. XVIII e a segunda o divórcio. Na primeira houve várias
oscilações em relação a Castela/Espanha. Antes da formação do reino havia um sistema de complementaridade. Já depois
da independência política, passou-se para a oposição, afirmando-se o sentimento de nacionalidade. Entre 1385 e 1580
houve uma rivalidade. Já depois disso, houve o domínio castelhano até 1640, em que houve uma provincialização, ou
seja, a cultura portuguesa foi subalternizada e provincializada. Na segunda fase Portugal virou-se para o domínio europeu,
numa tentativa constante de europeização. Assim, Portugal e Espanha abandonam a cultura peninsular e procuram
modelos e valores no ocidente europeu.
• O quarto critério divide-se em 3 fases culturais. A primeira foi até à primeira metade do séc. XVI, em que se praticava
uma linguagem simples. A segunda fase foi do séc. XVI até ao séc. XVIII, caracterizou-se por um discurso engenhoso. A
última foi a partir do séc. XVIII e foi quando se adotou como modelo a linguagem das camadas mais cultas. Combinando
estes 4 critérios, a mudança crucial dá-se no séc. XVIII, em que se extingue o mito da cruzada, dá-se o divórcio entre
Portugal e Espanha, é o fim do discurso engenhoso e os mercadores passaram a ser a classe dominante.
Idade média
• Abrange o período do séc. V ao séc. XIV. Teve inicio na Europa com as invasões barbaras,
sobre o império romano do ocidente. Esta época estende-se até ao séc. XV – com a retoma
comercial e o renascimento urbano.
• Características:
• Economia ruralizada.
• Enfraquecimento comercial.
• Supremacia da Igreja católica.
• Sistema de produção feudal.
• Sociedade Hierarquizada
• Politicamente: Relações de vassalagem e soberania. O senhor doava os lotes do
vassalo, sendo que este ultimo deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu senhor. As
redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o ser, o senhor máximo.
Todos os poderes jurídico, económico e politico concentravam-se nas mãos dos
senhores feudais.
• Socialmente: Sociedade com pouca mobilidade(mudar de extrato social). A nobreza
feudal era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O claro tinha
um grande poder, responsável pela proteção espiritual da sociedade. Isento de
impostos e arrecadava o dizimo. Povo, servos e camponeses. Deviam de pagar várias
taxas e tributos aos senhores feudais.
• Economicamente: Baseava-se
na agricultura. Existiam moedas
mas era pouco utilizadas, mas
trocas comerciais efetuavam-se
pelas mercadorias - comum
numa economia feudal. O feudo
era a base da economia, quem o
detinha era o mais poderoso.
Produção era baixa e as técnicas
rudimentares.
• Religião: A Igreja católica
dominava o cenário religioso.
Influenciava o modo de pensar, a
psicologia e as normas de
comportamento. Tinha grande
poder económico pois tinham
grandes terrenos e servos a
trabalharem para eles. Os
monges viviam em mosteiros,
passavam grande parte do tempo
a rezar e a copiar livros da
bíblia. Letrados.
• Educação, Cultura e Arte: Só os filhos dos nobres estudavam, o clero ensinava o
latim, doutrinas religiosas e tácitas guerreiras. Grande parte da população não tinha
acesso aos livros. A arte também era marcada pela religiosidade da época. As
pinturas e os vitrais eram um modo de ensinar um pouco mais sobre religião.
• Guerras: Principal forma de poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos
medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas.
Representavam o que havia de mais nobre no período medieval.
Fisionomia cultural dos grupos
sociais portugueses durante a
Idade Média.
• A Idade Média inicia-se no séc. XI com a fundação do condado portucalense, em 1096, e vai até ao séc. XV,
quando surge o humanismo e o renascimento.
• Os grupos sociais portugueses dividiam-se em 3 grandes classes: nobreza, clero e povo. A nobreza tinha como
função a defesa do reino e a guerra em que o mais importante era a linhagem e não a força física. Era a classe
com mais privilégios. Eram senhores com grandes feudos. O clero, formado pelos religiosos, tinha como
função rezar, orar, fazer a ligação com o sagrado e a salvação eterna. Não pagava impostos, tinha protecção
superior e tinha direitos sobre os populares. Eram os homens das letras que dominavam a escrita. O povo era
constituído pelos labradores (não privilegiados). Faziam parte a burguesia, mestrais, homens bons, peonagem,
servos, escravos e assalariados rurais. Eram os iletrados.
• É uma época de grande fervor religioso em que se construíram grandes castelos para protecção dos ataques dos
mouros e espanhóis. Considerada como idade das pedras, marcada pela peste negra e repressão ideológica por
parte da igreja, é uma época repressiva em que dominou o feudalismo.
Fundação do Condado
portucalense
• A reconquista cristã deu-se com a formação do
condado Portucale em 1096 – D. Afonso VI
separou-o da Galiza e concedeu-o ao conde D.
Henrique de Borgonha.
• O contado foi concedido a D. Henrique – Dote
hereditário – por ter casado com a sua filha D.
Teresa. E veio ajudar D. Afonso na reconquista
aos mouros.
• Foi o seu sucesso militar que permito ter um
território suficientemente amplo para viabilizar a
existência de Portugal como reino independente.
(Alarga a fronteira até a linha do Sado;
Conquista Santarém; A sua posse abriu-lhe
caminho á tomada de Lisboa; Conquista de
Sintra, Almada e Palmela par a defesa de
Lisboa.)
• Com o aumento do território D. Afonso
Henriques (filho D. Teresa e D. Henrique) e
sucessores dividiam esforços para o povoamento
e organização administrativa, económica e social
das áreas conquistadas. Foram concedidas
inúmeras cartas de foral, criaram-se os primeiros
órgão de administração central e fizeram-se
importantes doações de terra e privilégios a
ordens religiosas e militares.
Resumindo:
• EM 1128, Afonso Henriques, proclamou a
independência do condado Portucale, iniciando um
longo período de lutas com as forças do reino de Leão.
Somente em 1143, pelo Convénio de Zamora, tratado
de paz (D.AH tinha de prestas vassalagem a D.A VII)
ergueu o titulo de rei de Portugal. Em 1185, Afonso
Henriques morreu, nesta altura os muçulmanos
dominavam apenas o extremo sul de Portugal. O
sucessor foi D. Sancho, que continuou a luta até a
expulsão dos mouros. Desta forma consolidou-se a
primeira dinastia portuguesa: dinastia de Borgonha.
Renascimento
• Durante os séc. XV e XVI na Europa intensificou-se a
produção artística e cientifica. Este período ficou
conhecido como o renascimento. Itália berço do
renascimento.
Contexto histórico:
• As conquistas marítimas e o contacto mercantil, ampliaram o comércio e a
diversificação de produtos. Como o aumento comércio do orientes, muitos
comerciantes e europeus fizeram riquezas e acumulavam fortunas, dispunham de
condições financeiras para investir na produção artística. Os governantes europeus
e o clero financiavam os mecenas. Era muito comum as famílias pedirem grandes
retratos e esculturas junto destes artistas em ascensão. Em Portugal fez-se sentir a
influência de Itália, foi onde o comercio mais se desenvolveu, dando origem a uma
grande quantidade de locais de produção artística. (Veneza, Florença, Génova)
Características:
• Valorizavam a cultura greco-romana.
• Despertar do interesse pelos estudos clássicos da antiguidade.
• As qualidade mais valorizadas possam a ser a inteligência, o conhecimento e
o dom artístico.
• Antropocentrismo – O homem passa a ser a personagem principal.
• Homem renascentista passa a utilizar métodos experimentais e de observação
da natureza e do universo.
Significado e importância
que adquiriu a Reforma
Católica na Cultura
Portuguesa Renascentista.
• .
• O Renascimento surgiu em Itália e foi um vasto movimento
cultural que se caracterizou pelo renascer das culturas greco-
romanas, tendo-se iniciado em Portugal no século XVI. Aliado
a este movimento surge o humanismo, que se caracterizou pela
importância dada ao homem e à sua condição. Esta
importância dada ao homem fez com que se passasse do
teocentrismo (deus é o centro do mundo) para o
antropocentrismo (homem como centro do mundo). Havia,
portanto, uma aposta no homem. Acreditava-se que o homem
devia ser feliz, apostava-se na formação de homens cultos e
racionais que criticassem a sociedade, pois a virtude estava na
razão. Cria-se então uma nova conceção do mundo, surgindo
assim valores culturais contrários aos da igreja. Deste modo
surge uma fragmentação do cristianismo e propagam-se ideias
protestantes. Com a reforma protestante, criam-se condições
mais favoráveis à expansão da ciência, difunde-se uma cultura
laica – é invocada a liberdade de crença -, iniciando-se o
declínio do domínio cristão. Assim, a igreja sente a perda do
poder e reage, com a reforma católica em jeito de recuperar o
domínio. Dá-se o Concílio de Trento, onde é reafirmado o
dogma e o culto. Surge a Companhia de Jesus, que geria toda a
rede de ensino e era responsável pela difusão do catolicismo. É
criada a Inquisição, para suprimir a heresia, e o Index,
conjunto de livros proibidos. Com a aplicação destas medidas,
desenvolvem-se formas exteriores de devoção (espetáculos
com música), tenta-se recuperar a escolástica (harmonia entre
a fé e a razão), a religião serve de fundamento à ação política
e, uma vez que a maioria das pessoas era analfabeta, usa-se a
imagem como forma pedagógica para captar as massas, sendo
histórias pintadas em azulejos.
HUMANISMO
• Movimento Intelectual europeu que se caracteriza pela
importância dada ao homem, à sua condição humana e
individual. Difundiu-se na Itália e Flandes.
• Fazem com que se valorize a identidade do homem.
Apesar de continuarem a valorizar Deus, afirmam que
o homem é um ser racional e com poder critico. Há
uma redescoberta das artes da antiguidade clássica. Foi
importante um estudo aprofundado das línguas gregas e
latinas para possibilitar o contacto direto com as fontes,
obres literárias dessa época.
• 1550 – Apogeu do Humanismo em Portugal.
• Alterações Ideológicas: Valores culturais Greco-
Romanos em confronto com as doutrinas da Igreja.
Atitudes autoritárias por parte da desta geram
descontentamento. Fragmentação da cristandade.
Lutero:
• Teólogo Alemão.
• Fundados espiritual da reforma protestante.
• Ligado à cultura e às letras.
• Debate teológico em toro da venda de indulgencias pela igreja.
• Considerado como herege pelo Papa Leão X.
• Excomungado
Erasmo de
Roterdão:
• Teólogo e Humanista
• Revolta contra as forma de vida da Igreja.
• Purificação da doutrina e liberalização das instituições
cristãs.
• A correta educação é liberal.
• Não queria ser dominado pelas ideias dogmáticas da
igreja, por isso nasceu a inquisição.
Reforma
Protestante:
• Vontade de criar novas reformas na religião. O
homem estudava sociedades perfeitas, no
entanto a vida atual não o era. A questão da
perfeição anteriormente era algo só ligado a
Deus, agora o homem consegue atingi-lo.
Contra-Reforma:
• Concílio de Trento: Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda
de fieis, bispos e papal reuniram-se na cidade Italiana com o objetivo de traçar um
plano de reação. Ficou decidido: catequização dos habitantes de terras descobertas;
Retomada de tribunal do Santo Oficio que punia e condenava os acusados de
heresias; Criação do índice de livros proibidos.
• Inquisição: Principal instrumento de repressão ideológica. Base de controlo:
denuncia. Pressuponha a expulsão dos judeus, os reis católicos sabiam que eles
fugiam para Portugal por isso queriam a sua expulsão. Pretendia-se que houve-se
um batismo geral da população judaica.
Expansão
Marítima
• Descoberta do caminho marítimo para a índia.
Descoberta da América. Nova conceção do mundo.
Artes decorativas. Encontro de novas civilizações e
culturas.
• A expansão foi feita pelo povo português para
expandir a fé cristã, intrínseca ás viagens.
• Cultura Portuguesa: Muitos portugueses fazem
viagens pela Europa. Em Portugal apenas um grupo
restrito recebia as novidade da cultura humanista.
• Filosofia: Estudos específicos e aprofundados dos
textos religiosos. Uso do latim.
• Muito devido á reforma católica , o renascimento e o
humanismo em Portugal vão durar muito pouco tempo
. Há uma perseguição aos artistas renascentistas pela
Inquisição . Damião Gois é um dos mais procurados
pela Igreja .
• Na Europa , porto como a Antuérpia e Bruges , portos
protestantes aceitam muito bem o Renascentismo e o
humanismo . Deste modo a Inquisição em Portugal vai
controlar todo o transporte marítimo e trocas
comerciais com os países protestantes ,criando
algumas barreiras com os mesmos
Mito de Cruzada ,
Milagre de
Ourique
• Foi a partir da Batalha de Ourique que D. Afonso Henriques começa a conquistar o
território . Pelo Mito de Cruzada , Portugal como nação desenvolveu-se como se
fosse a vontade de Deus , e esta nação tinha o destino de espalhar a critica sobre o
pecado e instaurar o cristianismo pelo mundo . Portugal é o país escolhido para
resolver todos os males e salvar o mundo através de Jesus Cristo . Até ao séc. XIII o
território continental foi conquistado até ao Algarve pela mão dos portugueses . E em
meados dos séc. XV e séc. XVI , época da expansão marítima este mito adapta-se á
realidade portuguesa . Este mito vem assim confirmar a ideia tida na altura do
aparecimento deste povo e desta nação .
Mito
Joaquimita
• É uma referência na cultura
medieval. Divide o tempo
da historia em 3 idades, em
que na 3ª toda a gente era
civilizada e iria haver
salvação. 1º Império: da
época espiritual; Deus
impera e é o modelo. 2ª
Império: Cristo está na
natureza. 3º Império:
Espírito Santo  máximo
saber e comunhão com
Deus.
5º Império
• (Cultura Judaica): redenção total.
• D. Sebastião assume o nosso
império, partiu para o desconhecido
num período de cruzada em que há o
perigo de invasão do infiel.
V Império
•
• Descrito na sua obra História do Futuro (1664), o Padre António Vieira
apresenta os portugueses com um lugar de destaque na consumação do reino de
Cristo na Terra
•
• Projetou assim, o mito no futuro e anteviu um novo império mundial com:
– um só rei
– um pastor
– uma só fé
•
• Não é um mito inovador mas sim uma adaptação de um mito judaico e outro
medieval e de profecias
•
• Pressupõe uma ideia linear de tempo, em que se antevê o Fim do Mundo:
– Juízo Final
– Paraíso na Terra
•
• O V Império é o último momento da História do Mundo, quando todos se
salvarão
•
• Envolve um Messianismo - vinda do Messias, do Salvador à terra
•
• Como podemos verificar, os mitos portugueses apresentados acabam por ter
uma força imensa no que diz respeito às representações ideológicas que
formaram mentalidades e que serviram o poder ao longo do tempo
2º Época de mitos:
•
• A partir do século XVIII, com a influência do Iluminismo, os mitos começam a ser
postos em causa. A realidade devia ser vista à luz da RAZÃO. A realidade
portuguesa estava muito afastada dos mitos.
•
• Contramito – não é um mito, mas uma tese de Alexandre Herculano (Séc. XIX),
uma explicação racional que refuta e desmente todos os mitos passados começando
pelo MILAGRE DE OURIQUE.
•
As áreas e épocas
culturais do
Portugal Medieval
• A sociedade portuguesa na época medieval funcionava segundo uma tripartição funcional: oratores – clero, belatores
– nobreza e laboratores – povo. Portugal dividia-se em duas grandes áreas: norte e sul. Havia uma acentuada diferença
entres estas áreas. A norte existia uma cultura mais cristã e rural, enquanto a sul era uma cultura mais árabe e urbana.
As montanhas do norte estavam bem separadas das planícies do sul. A norte praticava-se um culto à religião mais
fervoroso e havia também maior ostentação religiosa. Praticava-se um feudalismo acérrimo a norte e a sul a figura do
senhor feudal não existia. As pessoas do sul eram mais racionais e pragmáticas que as do norte.
• Relativamente às épocas, podemos distinguir 2: uma entre o séc. XII e XIII e outra no séc. XIV. Na primeira época,
havia um grande contacto com árabes e moçárabes. Houve um alargamento da corte régia e complexidade do aparelho
político. Havia contacto com a escolástica e houve evolução em alguns mosteiros. Inovou-se a poesia lírica e satíria,
havia uma grande criatividade cultural e a população encontrava-se em expansão demográfica. Na segunda época,
vivia-se um clima de instabilidade e angústia coletiva devido aos sucessivos maus anos agrícolas, às guerras civis,
epidemias e atrofiamento da criatividade literária
BARROCO
• Forma de arte emocional e sensual, ao mesmo tempo opulento, monumental e
excesso de ornamentação. Contradição e dualidade.
• Características:
• Artes como elemento de prestigio e dominação.
• Arte como ostentação de poder.
• Função de propaganda – objetivo – levar a imagem do país e do império..
• D. João V – tenta manter o poder. Ambiente de corte como para o grande publico.
• Consciência e importância dada á ostentação do luxo.
• Socialmente: Clero – Grande
influência nos valores e atitudes
da época; Os Jesuítas ganham
cada vez mais prestigio.
Burguesia sem Reconhecimento
social; Dualidade no
existencialismo do Homem:
Poder nobiliárquico, o corpo, os
prazeres e as paixões do mundo.
& Céu, devoção, busca de
salvação da alma, necessidade
de Deus e da eternidade. O
barroco em Portugal é um visto
como a centralização do poder
porque as estruturas da
inquisição estão a ser abaladas
pela burguesia. Reis
encarregam-se de manter a
ordem.
Histórico:
• A arte barroca surge como
contraste, pós o processo de
reformas religiosas, os
católicos continuavam a
influenciar o cenário
politico, económico e
religioso. Os artistas
barrocos eram patrocinados
pelos monarcas, burgueses e
pelo clero.
Economicamente:
• O império marítimo português é cada vez mais atacado por ingleses, franceses e
holandeses. Estado tenta resolver alguns problema financeiros. Tratado de methuen
- incremento da exportações do vinho. Descoberta das minas de ouro do Brasil –
desenvolvimento cultural.
Politicamente:
• Poder Politico (pós restauração da independência) –
Estrutura especial do absolutismo; centralização régia
levada ao auge.
Religiosamente:
• Os efeitos reforma
católica – séc.
XVII. Reforço da
autoridade Papal e
da disciplina
católica. Reforço
da autoridade
politica e religiosa
situação favorável
economia.
D. João V:
• A sua ação ,mecânica favorece a divulgação da sua imagem. Exibição da grandeza
régia além fronteiras. A ostentação de luxo passa a adquirir um valor simbólico dos
hábitos sociais, culturais, dos comportamentos e ideologias. Politica e cultura com
valor cénico.
Caracterização do Barroco
como reflexo da mentalidade
portuguesa da época
• O barroco designava, inicialmente, pérolas
imperfeitas, tendo depois passado a designar
toda a arte e cultura europeia dos séculos
XVII e XVIII. Nesta altura Portugal estava
rico devido à vinda de ouro e diamantes do
Brasil. Porém, não importava ter, mas sim
parecer! O regime político da altura era o
absolutismo e D. João V era o rei. Este tinha
o poder absoluto sobre o reino. As suas
decisões dependiam apenas de si. O rei
devia governar como sendo o pai do povo.
Foi um período de grande ostentação do
luxo, expressão da vaidade e consumos
individuais e o estado fazia exatamente isso.
O rei encomendava roupas da moda de
França. Era importante parecer bem. Muitas
das vezes os retratos que eram feitos,
inclusive do rei, não ilustravam exatamente
o que ele era, mas sim o que gostava de ser.
O barroco era isto mesmo. Foi um mascarar
da realidade, que não era o que parecia. No
retrato barroco a personagem era retratada
num ambiente heroico, como ela gostava de
se mostrar. O importante era o que as
pessoas pensavam e tinham de pensar bem!
O barroco era, portanto, a força da
aparência, o cerimonial da corte estava no
centro das atenções e era importante ostentar
o luxo. E esta é uma característica do
barroco bem semelhante à mentalidade
portuguesa. O emocional sobrepunha-se ao
racional, o propósito era impressionar os
sentidos do observador. Estavam presentes
efeitos decorativos, que serviam apenas para
compor e fingir a cena.
ILUMINISMO
• Surgiu em França, séc. XVII.
• Defendia – domínio da razão sobre a visão teo
Centrica. Esta forma do pensamento tinha o propósito
de iluminar as trevas em que se encontrava a
sociedade.
• Razão - Meio capaz de conduzir os homem á ciência e
a sabedoria.
• Luzes – Naturais que guiam os homens dando-lhes
maioridade e autonomia.
• Acreditavam que o pensamento racional deveria ser
levado adiantes substituindo as crenças religiosa e o
misticismo que bloqueava a evolução do homem.
Busca de respostas e justificações até agora só
justificadas pela fé. Século das luzes.
•
• Liga-se ao experimentalismo e á
ciência, afasta conceitos teológicos.
Só o homem é responsável – decide,
têm coragem. Viajam bastante para
conhecer a realidade, interesses
pelas línguas. Liberdade da
consciência. Aspeto cético – ponto
de partida. Mobilidade social –
conseguia-se subir de extrato social.
• Os burgueses foram os principais
interessados nesta filosofia, pois
apesar do dinheiro que possuíam,
não tinham poder nas questões
politicas. Caminhamos para a
perfeição, tudo o que está para trás é
pior.
•
• Na historia começa-se a estudar
outro ramos, novas mentalidades,
usos e costumes, leva a um conceito
de progresso muito importante.
• O iluminismo vêm por em causa
uma estrutura da sociedade, critica o
poder do clero, todas as suas ideias e
instituições.
Caracterização do Iluminismo português
tendo em conta os seus principais
percursores.
• O percursor do iluminismo em Portugal foi D. João V (1706-1750), mas é com a intervenção do
Marquês de Pombal que o iluminismo triunfa em Portugal. Influenciado por França e Inglaterra,
Portugal vira-se para a Europa e corta relações com Espanha.
• A corte enche-se de gente nova que não fazia parte dos grupos sociais já existentes tais como
licenciados, filhos de mercadores ou fidalgos ilustres que dominavam as línguas estrangeiras e
viajavam bastante. A burguesia passa a ser o grupo social dominante.
• O Marquês de Pombal reestrutura a inquisição que passa a depender do estado, acaba a perseguição
aos cristãos novos a fim de atrair os seus capitais. Fomenta o comércio através da fundação e apoio de
fábricas e criação da junta de comércio. O país passava por uma crise económica devido à má gestão e
escassez de ouro do Brasil. Expulsa os jesuítas, implementa uma política fiscal cuidada e reforma o
ensino e o sistema judicial.
Em que medida a reconstrução da
Baixa Pombalina Lisboeta, após o
terramoto de 1755, reflete o
contexto cultural da época?
• Também no urbanismo se sentiram os ideais iluministas. Após o terramoto de 1755,
Pombal teve a oportunidade de reconstruir a cidade de Lisboa. Em especial a baixa,
segundo um urbanismo moderno para a época. Essa nova organização urbana refletia a
sua conceção de estado. Os trabalhos foram confiados a dois grandes engenheiros:
Manuel da Maia, e Eugénio dos Santos Carvalho. Essa planta pombalina tinha
características uniformizadas: - Ruas largas para a passagem de cavalos e carruagens,
passeios para peões, sistemas de esgotos, águas pluviais e de saneamento. - Edifícios com
estilo semelhante: sóbrios e harmoniosos, reservando o rés-do-chão para o comércio, a
sobreloja para escritórios e dois andares para habitação. -Construção em gaiola. O poder
absoluto e centralizador de Marquês de Pombal levou-o a mandar distribuir pelas ruas
novo plano da cidade as lojas e ofícios.
Principais
representantes
portugueses:
• D. Francisco Xavier(fundou a academia
portuguesa); Bartolomeu Gusmão (teórico do
mercantilismo); Luís António Verney (sumariou e
reuniu o que havia de mais inovador em muitos
sectores da cultura europeia);
Romantismo
• Inicia-se séc. XVIII até finais do séc. XIX
• Movimento artístico ocorrido na Europa, nos campos da literatura e da filosofia, vindo mais tarde a alcançar as
artes plásticas.
• Característica:
• Corrente antirracionalista.
• Valoriza os sentimento, a imaginação e o nacionalismo em contraste da razão.
• Estreita relação entre a literatura e a poesia.
• Favorece a espontaneidade e defendia a liberdade do individuo.
• A arte e a beleza nascem da imaginação do autor e não pelas regras impostas pelas academias.
• Historicismo e revivalismo.
• Tal como acontecera com o neoclássico, o reviver historicista seria uma
das características do romantismo. No entanto, este regresso ao passado
far-se-á, agora, com a substituição da antiguidade clássica pela idade
média, como expressão do mundo intimo do artista, na medida em que
este passado histórico o emociona. A temática: integração de ruínas
medievais na paisagem; representação de figuras heroicas e de
acontecimentos desse período, por influencia da literatura. A Historia
também como exaltação dos heróis e de acontecimentos recentes,
sobretudo na pintura francesa, onde a articulação entre o passado e o
presente é constante. França sendo um país potencialmente de
escultores cria uma escultura que apela aos sentidos que se caracteriza
pela sua energia e dinamismo. Expressa um pensamento do séc. XIX, o
culto da heroicidade e da mitologia nórdica.
Principais fases do
Romantismo Literário
Português, tendo em
conta os autores que
mais de destacaram
• O Romantismo teve 3 fases: 1º geração (valores
neoclássicos) — As características centrais do
romantismo viriam a ser o lirismo, o subjetivismo, o
sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e
pelo inóspito de outro. Também se destaca o
nacionalismo, presente na coletânea de textos e
documentos que remetem para o nascimento de uma
nação, facto atribuído à época medieval, a idealização
do mundo e da mulher e a depressão por essa mesma
idealização não se materializar, assim como a fuga da
realidade e o escapismo. A mulher era uma musa, era
amada e desejada mas não era tocada. Almeida
Garrett, Alexandre Herculano.
• 2º geração (movimento ultrarromântico) —
Eventualmente também serão notados o pessimismo e
um certo gosto pela morte, religiosidade e
naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade
não era atingida. Camilo Castelo Branco.
• 3º geração — Seria a fase de transição para outra
corrente literária, o realismo, a qual denuncia os
vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de
forma enfatizada e irónica (vide Eça de Queiróz),
com o intuito de pôr a descoberto realidades
desconhecidas que revelam fragilidades. A mulher era
idealizada e acessível. Júlio Dinis e João de Deus
• Além das características gerais (individualismo e
subjetivismo, ânsia de liberdade, culto da natureza,
idealização da mulher, insatisfação ou “mal do
século”, etc.), convém destacar que o Romantismo
português caracteriza-se por um retorno ao passado.
Os escritores portugueses procuram ambientar os seus
romances na Idade Média, tentando recuperar ideais
de coragem. Esta tendência dá forte cunho
nacionalista às obras do Romantismo português, pois
ao evocar o passado, exalta-se a Pátria, cultuam-se as
tradições lusitanas. Trata-se da evocação saudosista
de um passado de glórias, em que Portugal expulsava
os mouros de suas terras e afirmava-se como nação.
Surgem, então, os romances históricos, os poemas
inspirados no cenário da Idade Média
REALISMO
• 1830/1870
• Movimento artístico e cultural que se desenvolveu
na segunda metade do séc. XIX.
• Possuía forte carácter ideológico, marcado por uma
linguagem politica e de denúncia dos problemas
sociais.
• Com uma linguagem clara, artista e escritores iam
diretamente ao foco da questão, reagindo com
subjetivismo do romantismo.
• Naturalismo correto do realismo mas sem conteúdo
ideológico.
• Artes: Poeposta artística oitocentista antiacadémica
que intimamente ligada á literatura se desenvolveu
inicialmente em França. Pretendeu retratar de modo
fotográfico a natureza e a realidade física e humana.
Denunciando contradições e injustiças sociais,
atribuindo uma função social à arte. Os conteúdos
temáticos principais centram-se na paisagem e em
temas de compromisso social ligados ao mundo
rural e urbano. (camponeses e operários). Na
literatura temos também criticas à igreja e
burguesia, preconceito e intolerância. (protagonista:
Eça Queirós e Flaubert. E Courbet, Carot e Millet)
Em que contexto sociocultural se inserem
a Questão Coimbrã e as Conferências do
Casino?
• Estes dois aspetos inserem-se na fase de transição do romantismo para o realismo. A Questão Coimbrã
foi o que ditou o fim do romantismo em Portugal. A questão coimbrã foi uma revolta em defesa dos
jovens escritores que defendiam novas ideias. Este acontecimento acabou por pôr fim ao romantismo,
dando início ao realismo. Corrente literária baseada nos factos, que muda do belo e do ideal para o real
e objetivo. Tanto que, numa das conferências do casino, Eça de Queiroz afirmou “O Realismo é uma
reação contra o Romantismo: O Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia
do carácter. É a crítica do homem”. A implementação desta nova corrente veio gerar uma reviravolta a
nível cultural. A intenção não era destabilizar, mas incentivar a procura de novos princípios e ideias
que fortalecessem a estabilidade e progresso cultural. Para a geração de 70 (responsáveis pela questão
coimbrã e pelas conferências do casino) a cultura portuguesa estava apática e “adormecida”. Era
preciso despertá-la. Daí se ter criado este movimento, impulsionador de uma mudança ideológica.
Geração 70 e 90
• Ultima tum:
• Mapa cor-de-rosa.
• Portugal tinha Angola e Moçambique.
• Discutia-se o poder de Portugal entre ambas as terra e não o poder nas terras.
• Com a conferencia de Berlim surge uma nova ideia territorial – direitos adquiridos presenciais pois até então o poder histórico prevalecia.
• Inglaterra: Potencial mundial e financeira.
• Pretendia alargar o seu território.
• Tinham grande produção de bens e matérias-primas mas que para ir ao encontro de novos domínios têm de ter esses territórios.
•
• Ideia de decadentismo já era anunciada na geração de 70.
• Os intelectuais vão-se reunir no manifesto do decadentismo – monarquia fraca.
• Movimentos republicamos ganham terreno: Portugal não consegui fazer face ao ultima tum; Monarquia entra em declínio; ódio aos ingleses;
contestação geral;
• Decadentismo: corrente literária que surge nos anos 80; mantêm-se até ao séc. XX; população desiludida; ausência de esperança no futuro.
Ultimatum-map cor de rosa
SÉCULO XX
• Primeira Republica
• A primeira republica foi o sistema politico que sucedeu ao governo provisório de
Teófilo Braga. Instável devido a divergências internas entre os mesmos republicanos
que originaram a revolução de 5 de Outubro.
• Vanguardas: Fauvismo, expressionismo, cubismo, futurismo, orfismo,
abstracionismo.
• A vida tão propagada pelos artista intelectuais modernos passa a ser uma realidade.
Novos hábitos, costumes afetam o quotidiano das pessoas. A população vivia eufórica
com a revolução industrial.
Modernismo
Português:
• É marcado pela presença dos artistas
portugueses em Paris, centro das
vanguardas artísticas. Permitiu o
contacto com as mesmas dando origem
a um grupo de artistas que cortaria com
a tradição naturalista em Portugal de
então. Deste grupo salienta-se Amadeu
de Souza-Cardoso, sendo a nossa
principal ligação com as vanguardas. O
regresso a Portugal foi determinam-te
para o contacto do publico geral com
essas vanguardas.
ESTADO NOVO
• Regime politico autoritário e corporativista do estado. Vigorou durante 41
anos. Foi criada por: Razões ideológicas e propagandistas; entrada de uma
nova era; Conceção antiparlamentar e antiliberal.
• Fundador foi Salazar (salazarismo: reflete a figura do “chefe”, o seu estilo
pessoal de governação)
• Seguiu-se Marcelo Caetano (Marcelismo)
• O estado novo foi derrubado pela revolução de 25 de Abril de 1974.
Principais mecanismos que determinam a
cultura portuguesa durante o Estado Novo.
• Em 1933 é elaborada a nova constituição que concentra os poderes no presidente do conselho (António
Oliveira Salazar) e no presidente da república (Óscar Carmona), o chamado presidencialismo bicéfalo.
• Toda a cultura portuguesa foi determinada pela forma ditatorial como o governo geria o país, com um regime
de partido único, que sobrepunha os interesses da nação aos interesses individuais. O governo suprimiu todas
as liberdades, substituindo-as por “leis especiais” que ficavam ao seu livre arbítrio. Nada era feito sem prévia
autorização do governo, como por exemplo: a constituição de associações
políticas/culturais/recreativas/desportivas/sociais. A opinião pública era gerida de forma a evitar excessos e
cultivar os bons princípios. Culturas, ideias e valores estrangeiros em que a liberdade predominava tinham
acesso negado na fronteira portuguesa. O governo receava a entrada de ideias revolucionárias ou contra a
chamada ordem estabelecida. Conservador, o regime de Salazar assentava na trilogia Deus-Pátria-Família e
tinha como grande aliado a repressão da polícia política (PIDE). A censura nas suas mais diversas formas
também fazia parte desse aparelho de repressão.
25 de ABRIL
• Golpe de estado militar que derrubou num só dia, o regime politico mais antigo da
Europa, sem resistência das forças leais do governo, que cederam perante a revolta
das forças armadas. Foi conduzido pelos oficiais intermédio da hierarquia militar
(MFA) na sua maioria capitães. A revolução trouxe a liberdade ao povo português.
Programa dos 3 D’s: Democratizar; Descolonizar; Desenvolver.
Cultura
Portuguesa
• Portugal – Origens
• I – Peninsula Ibérica – Mescla Étnica
• - Sobreposição de numerosas civilizações correspondentes a Povos cujo movimento emigratório era interrompido pelo mar;
• - Vestígios arqueológicos – Paleolítico Superior (C. 500 000 a.C.);
• - Sucessivas técnicas de trabalho da pedra até ao período dos metais;
• - Riqueza mineira – cobre e estanha – atrai exploradores – Castro de Zambujal (Torres Vedras) – mais antigo vestígio de exploração económica
vindo do Oriente;
• - Duas culturas mais típicas do ocidente peninsular com influência oriental;
• - Cultura megalítica – construção de grandes pedras (Antas/Dolmens) (menir – Odrinhas);
• - Cultura campaniforme – região do Tejo – vasos de cerâmica em forma de Campanula;
• - Invasões dos Povos do Centro da Europa – 1º milénio;
• - Celtas (instrumentos de ferro/artesãos – arrecadas de ouro);
• - Misturam-se com as populações já instaladas – Celtiberos/Tribos Celtibéricos;
• - Lusitanos – são os celtiberos que vivem entre o Douro e o Tejo;
• - Galaicos – vivem a norte do Tejo (origem Celta).
II – Domínio
Romano
• - 219 A.C. desembarcam as primeiras tropas romanas na Península
(Catalunha – Ampúrias);
• - 200 anos depois – Península romanizada (exceto País Basco);
• - Resistência lusitana – Viriato (147 a.C. a 139 a.C.);
• - Ação colonizadora romana;
• - Elimina quase completamente as diferenças culturais e linguísticas;
• - Conduz à formação de uma população homogénea – a população
hispano romana; (Anterior organização económica – tribos,
propriedade coletiva, economia de subsistência).
Organização Colonial
Romana
• 1 – Exploração dos recursos locais – agricultura (ex: vinha),
exploração de minérios e pesca (exportação de peixe conservado
com sal);
• 2 – Emprego da moeda (instrumento de troca – cunhagem de
moedas);
• 3 – Unidade agrícola predominante – villa, núcleo de terras férteis
que o proprietário explora diretamente com os escravos ou parcelas
dispersas, cultivadas por colonos semilivres, que entregavam uma
parte da produção ao proprietário da villa. (Com a decadência
económica do século III a situação dos colonos aproximou-os da dos
escravos).
• 4 – Unidade social das Províncias Romanas – rede de estradas,
construção de pontes e ação administrativa;
• 5 – Províncias Romanas – capitais (Galécia – capital Bracara;
Lusitânia – capital Mérida).
III – Invasões
Bárbaras (século V
– 409-420 D.C.)
• - Populações peninsulares quase não opuseram resistência às invasões bárbaras (“Os proprietários eram
mais bárbaros que os próprios bárbaros” – S. Jerónimo);
• - Suevos – fundam um reino que dominava, aproximadamente, o atual território português, com sede em
Braga, tornam-se agricultores;
• - Visigodos – unem toda a Península sob o seu domínio político;
• - Clero – representante da Antiga Cultura Peninsular, torna-se na classe socialmente dominante.
• - Trabalhador da villa – é filho da Igreja (filii ecclesiae – filigrés – freguês – junta de freguesia…);
• - Sobre a villa, unidade de exploração agrícola, surge a freguesia, unidade moral, nascida do culto e da
vizinhança;
• - Durante o domínio visigótico – instala-se a organização de dioceses e paróquias.
IV – Ocupação Muçulmana (711
D.C.)
• - Invasão árabe destrói a Monarquia visigótica e a organização senhorial, baseada
na posse de villas, mas não elimina a organização moral das paróquias;
• - O proprietário nobre era obrigado ao serviço militar (nobres resistem);
• - Os servos não tinham esse dever (não resistem).
Lei
• - Igualdade de Direitos para quem aceitasse a nova religião;
• - Tributação e liberdade de culto para quem conservasse a antiga fé;
• - Morte ou venda como escravo para quem resistisse pela força.
Servos
• - Ficam nas villas (destruída a organização senhorial);
• - Reúnem-se para resolverem os problemas da vida coletiva (afolhamentos,
pastagens, águas, moagens, justiça, defesa) e tomam decisões;
Nascimento
dos
Concelhos
• - Forma de organização
social assente na
autoridade da vizinhança
(conciliu – concelho-
reunião…)
Contributos Muçulmanos
• - Novas plantas (citrinos, produtos hortícolas);
• - Técnicas de aproveitamento da água;
• - Moagem hidráulica (roda vertical da azenha – a horizontal já vinha da época romana)
• a) Aumentam a produtividade da terra;
• b) Dispensam o trabalho do escravo;
• c) Facilitam a propriedade individual.
• - Nascimento da horta (pequena exploração agrícola, relacionada com o abastecimento
urbano);
• - Nascimento da pequena classe média rural.
A Reconquista
• - Os nobres proprietários visigodos aquando da ocupação muçulmana, refugiam-se nas
montanhas do norte da Península (Astúrias);
• - Séculos IX e X – início da Reconquista (lenda de Pelágio – rei das Astúrias, fundou o seu
reino com refugiados visigodos e alcançou a primeira vitória sobre os muçulmanos na
Reconquista, em Covadonga, Astúrias – 718 D.C.);
• - Galiza – uma das regiões onde a luta entre cristãos e árabes foi mais renhida – modelou
alguns dos traços sociais da população e foi o local de origem da sociedade medieval
portuguesa;
• 1º Grande local de peregrinação – Terra Santa;
• 2º Grande local de peregrinação – Roma.
Consequências
da Reconquista
• - As populações revoltaram-se
diversas vezes contra os
reconquistadores (nobres…);
• a) Porque estes não aceitavam
as organizações dos vizinhos;
• b) Porque os reconquistadores
só tinham um objetivo:
apoderarem-se da Terra e de
tudo aquilo que aí havia,
incluindo pessoas (Servos…);
• - As revoltas não eram de caráter
religioso (ideia de cruzada só
surge em 1096 – 1ªcruzada);
• - As populações voltaram à sua
primitiva servidão.
• 1) Norte do Douro – a
população é constituída
por senhores e servos
(Norte Senhorial, Nobreza
e Clero);
• 2) Sul do Douro – As
instituições espontâneas de
governo popular e a
moçarabização da
população duraram mais
tempo (conquista
definitiva de Coimbra em
1064);
• 3) Entre Douro e Minho –
terra de senhores e
mosteiros (topónimos:
vila, paço-casa de
proprietários);
• 4) Entre Tejo e Douro –
terra de concelhos e do rei;
• 5) Alentejo – terra de
Ordens Militares e de
trabalhadores por conta
alheia.
• - As condições sociais anteriores à fundação da nacionalidade geram uma
tensão entre as zonas de servidão e as zonas de liberdade; (Coutos – a
importância dos coutos resulta desse desnível – gozavam de privilégios
quanto à justiça, impostos, etc…; Em 1082 – extensão de terras onde é
proibida a entrada a estranhos);
• - Reconquista (ritual) – a ocupação das terras conquistadas fazia-se com o
toque de trombetas e a bandeira (real) desfraldada. Este ritual era,
simbolicamente, a exteriorização da implantação:
• a) de um domínio religioso, político e social;
• b) do domínio do evangelho contra o Corão (novo Estado cristão contra o
Sarraceno);
• c) do domínio dos senhores contra os “servos”, ou seja, da sociedade
senhorial contra a sociedade foral.
• - “Norte Atlântico” – país
senhorial e feudal, origem da
nobreza medieval e da nobreza
portuguesa em todas as épocas.
Forneceu ao país o modelo de
repartição social que predominou
em toda a sua história até ao fim
do século XIX;
• - “Norte Interior” – local onde se
forma o espírito municipalista, a
partir dos concelhos do tempo da
reconquista. Oferece ao país o
modelo de organização
municipal, que se estenderá ao
resto do país com a ajuda do
Estado;
• - “Sul Mediterrâneo” – área onde
sempre se manteve a tradição de
uma economia urbana, que
sempre predominou sobre a
economia rural. Oferece ao país o
modelo urbano, a partir do qual se
desenvolveu uma política
nacional, com a ajuda do Estado.
Sempre se fortaleceu mais na
utilização de recursos materiais e
de processos de dominações de
tipo urbano do que dos
correspondentes recursos
agrícolas.
V – Os Condados
• - Governo/defesa dos territórios era entregue a ricos homens, nobres que os governavam com o título
de condes;
• - Portugal (Portucale) – nome de uma povoação próxima da foz do Douro;
• - Condado de Portugal foi durante mais de um século governada por ricos homens da mesma família,
os Mendes;
• - O governo de Coimbra funda também um condado desde a sua primeira conquista (878) até ser
novamente conquistado pelos mouros; (Após a segunda conquista cristã – 1064 – o governo foi
exercido não por um nobre hereditário mas por Sesnando, moçárabe descendente de Judeus de
Tentugal, que tinha sido governador em Sevilha e vai exercer uma importante ação administrativa).
• - Em 1111 a população burguesa de Coimbra e Sesnando revoltam-se contra o Conde D. Henrique,
impondo-lhe a concessão de garantias e a proibição de entrada na cidade dos seus funcionários;
• "Ponte de Lima oferece, a mais
bela coleção de casas fidalgas de
Portugal. Ainda nas mãos dos seus
morgados, algumas, deterioradas,
tantas destas; nas mãos de caseiros,
as ruínas de outras; reduzidas a um
portal brasonado, a maioria.
Representam, porém, o mais vasto
campo para o estudo de heráldica,
de genealogia, de arquitetura, para
o simples diletante, o artista, o
curioso, o poeta." (Conde D'Aurora,
Monografia do Concelho de Ponte
do Lima, 1946)
• https://www.vagamundos.pt/visitar-
ponte-de-lima-roteiro/
• A monumentalidade do concelho de Ponte
de Lima congrega um sem fim de
testemunhos histórico-culturais pelas
freguesias do concelho, representando o
casco histórico da vila, uma relíquia de
Portugal. Dignos de relevância, os
monumentais fontenários, chafarizes,
alminhas, cruzeiros, pelourinhos, capelas,
pórticos, pequenas pontes românicas.
Destaque-se a importância do conjunto
patrimonial edificado, testemunho da Casa
Portuguesa do Século XVII e XVIII,
arquitetura erudita ou popular que marcaram
na história os Solares da Ribeira Lima,
constituindo a referência no produto turístico
" Solares de Portugal" imagem de marca do
Turismo de Habitação.
A Ruralidade
• Ponte de Lima celebra cada ano
noventa e sete Festas e Romarias
calendarizadas. Há 800 anos,
quinzenalmente, acontece a Feira,
privilégio dado por D. Teresa em
1125, conservando a sua
peculiaridade até aos nossos dias e
reunindo todas as gentes, artes e
ofícios da Ribeira Lima.
Considerado dia da féria -
pagamento da quinzena - dia de
festa - dia de namorar para as
gentes do campo e dia de vir à vila
"para tratar do negócio".
- A conquista da
Independência
• a) Os fatores da independência
• 1 – O Feudalismo – tendência da Alta Nobreza para
fugir à vassalagem;
• 2 – Existência de uma comunidade etnicamente
diferenciada;
• 3 – Antagonismo de interesses entre o Norte senhorial
e o Sul municipal. Existência de forças populares que
apoiaram o rei;
• 4 – Rivalidade dos nobres portucalenses em relação
aos da Galiza;
• 5 – Luta do Clero (bispos) no sentido da
independência das suas dioceses em relação às Sés de
Compostela e Toledo (ação de D. João Peculiar, bispo
de Braga).
• b) Fundação da Monarquia (a unificação política do
Norte e do Sul dará origem ao reino de Portugal)
• 1 – Em 1096 Afonso VI, rei de Leão e
Castela reuniu num só condado os
territórios de Portucale e Coimbra;
• 2 – Os territórios foram concedidos a um
cavaleiro francês, Henrique de
Borgonha, que casou com D. Teresa,
filha do rei (D. Henrique morre 1112?
1114?);
• 3 – Em 1128 D. Afonso Henriques
enfrenta a mãe na Batalha de São
Mamede, ajudado pelos burgueses de
Guimarães; apodera-se do governo do
Condado; recusa a autoridade do rei de
Leão; (1139 – Batalha de Ourique);
• 4 – Tratado de Zamora – 1143 – é
concedido a D. Afonso Henriques o
título de rei (que já usa desde 1139…).
Só em 1179 o título é reconhecido pelo
papa;
• c) Conquista do Sul (conquista de Lisboa, Alcácer do Sal, Silves – auxílio dos cruzados estrangeiros, que
passavam nos portos portugueses a caminho do Oriente – Terra Santa).
• 1 – Conquistas de Santarém e Lisboa – 1147 – colocam a fronteira na linha do Tejo;
• 2 – Em 1158 conquista de Alcácer do Sal – tenta-se ocupação do Alentejo (Beja e Évora – 1159);
• 3 – Entre 1165/6 – 1167/9 – Geraldo, o Sem-Pavor, apoderou-se de grande parte do Alentejo, dos dois lados
do Guadiana. (1167 – Afonso Henriques prisioneiro do rei de Leão, aliado dos mouros de Badajoz).
• 4 – 1189 – Conquista de Silves e de todo o Ocidente algarvio (Almorávidas – confraria de monges e nobres
berberes, que reinou no Magreb e na Andaluzia – Al Andaluz – nos séculos XI e XII – capital Marraquexe.
Os Almorávidas refizeram a unidade da Espanha muçulmana, ameaçada pelos reinos cristãos e receberam a
herança cultural andaluza. Foram derrubados pelos Almoádas – Tomada de Marraquexe em 1147). (1160 –
Ofensiva almóada na Península Ibérica – Dinastia berbere que destronou os Almorávidas e reinou no Norte de
África e Andaluzia de 1147 a 1269. Invadiram e dominaram o sul da Península Ibérica, pondo em causa a
segurança dos reinos cristãos). (anos 80/90 – perda de territórios cristãos a sul do Tejo). Almoádas foram
derrotados em Espanha, na Batalha de Navas de Tolosa – 1212 – entraram em decadência na África do Norte,
acabando por ser derrotados pelos Merínidas.
• d) A política Real: proteção aos concelhos, não se conhece nenhuma nomeação de Condes nos
reinados dos primeiros reis;
• - Não há notícias de governos locais, além dos concelhos e das ordens monástico – militares;
• - Os ricos homens exerciam a sua autoridade em nome do rei;
• - Só o rei tinha direito de cunhar moeda;
• - A orientação política predominante é a de apoio aos concelhos, que asseguram a
administração e o pagamento dos impostos, e fornecem as tropas aos reis;
• - As terras dos nobres e da igreja estavam isentos do pagamento de imposto, ao contrário do
que acontecia com a propriedade popular;
• - A administração através dos municípios representava uma vantagem económica para a coroa;
• - D. Sancho I chega a confiscar os bens dos nobres que o não quiseram servir e doa esses bens
a concelhos recentemente criados, para a construção das muralhas.
Portugal séculos
XII-XIII
• D. Afonso Henriques (1127/1139-1185)
• - Entre 1127 e 1184 – concessão de 44
forais;
• - Entre 1170 e 1185 – cunhagem das
primeiras moedas de ouro portuguesas –
“Morabitinos”;
• - Entre 1130 e 1150 – início da construção
da Igreja Românica de Cedofeita e das Sés
do Porto e Coimbra (Ordem de Santa
Cruz);
• - 1153 – Fundação da Abadia de Alcobaça
(Ordem de Cister);
• - 1160 – Construção do Castelo de Tomar
e início da construção da Sé de Lisboa.
D. Sancho I (1185-1211)
• - Foral da Covilhã (mais 57 forais);
• - Revolta da nobreza;
• - Esquadra de cruzados saqueia e abandona Silves;
• - Fundação da Guarda (1199);
• - Guerras com Leão;
• - Conflitos do rei com bispos de Coimbra e Porto;
• - Revolta dos burgueses portuenses contra o bispo.
Cultura –
séculos XII-XIII
• a) As 3 matrizes culturais
• 1 – Cristã – difundida pelo culto religioso e pela pregação;
• 2 – Árabe – irradia dos centros urbanos e é absorvida por importantes setores da população – tem
alto nível literário e técnico;
• 2.1) Nível literário: poesia “Carjas” (Silves);
• 2.2) Nível técnico: ourivesaria, metalurgia, astrologia (“Astronomia”), advocacia, arquitetura…
• 3 – Judaica – ministrada nas escolas das comunidades judaicas existentes em todas as povoações
importantes;
• Judeus: afirmam-se a nível das profissões que assumem maior preparação cultural – medicina,
farmácia, astrologia, advocacia e finanças.
• (Talnude – toda a cidade onde as crianças não forem à escola, está destinada a perecer);
• Talnude – vasta confilação de comentários sobre a lei religiosa do Tora (lei escrita);
• Constitui a obra mais importante do judaísmo pós-bíblico. Está escrito em hebraico
e em aromático. Foi elaborado nas escolas da Palestina, no séc. IV e na da
Babilónia nos séculos VI-VII. Tem duas redações distintas: o Talnude Palestiniano,
chamado impropriamente de “Jerusalém” e o Talnude Babilónico, mais importante
e mais aprofundado.
• As 3 culturas estão ligadas territorialmente, apesar dos credos religiosos serem
“incompatíveis”;
• Cultura cristã – grupo portador da cultura literária e técnica mais atrasada, levará à
destruição de tudo o que pudesse recordar as culturas vencidas, monumentos,
documentos, práticas, ideias…
• A Inquisição (1536) será a última fase dessa destruição.
• A contradição cultural e o triunfo da cultura menos avançada,
deixarão marcas na maneira de ser racional: intolerância religiosa,
subestimação da cultura/aprendizagem.
• b) Cultura literária e tradição oral
• 1 – São do século XII os
mais antigos documentos
escritos em português
(testamento de Afonso II);
• 2 – Nas catedrais e em
alguns mosteiros o Clero é
ensinado (em 1192, Sancho
I doa 400 morabitanos a
Santa Cruz de Coimbra
para os monges irem
estudar para França). No
século XII, Alcobaça torna-
se um dos mais
importantes centros
culturais de Portugal:
• - Biblioteca com códices
de quase todas as regiões
da Europa;
• - Esses códices (obras
religiosas) serão traduzidos
pelos monges de Cister
(teocentrismo a nível do
Clero, Nobreza e Povo…);
• 3 – O mais antigo trovador
(tradição celta – bordo) é
João Soares de Paiva
(1141, pertence à geração
de D. Sancho I, cantigas de
escárnio). O mais recente é
o Conde de Barcelos
(1354);
• 4 – Cancioneiros – contém a
fixação escrita – “cantigas” –
de uma antiga tradição oral.
• 4.1) Cancioneiro da Ajuda
(fins do século XIII);
• 4.2) Cancioneiro da
Biblioteca Nacional (século
XVI);
• 4.3) Cancioneiro do Vaticano
(século XIV – desaparece –
século XVI).
5 – Cantigas:
• 5.1) Cantigas de amigo: têm origem na
tradição folclórica do Nordeste
Peninsular, que se combinam com as
corjas, poesia de origem árabes e com a
tradição lírica Judaica – barcarolas ou
marinhas, bailias ou bailadas, cantigas
de romaria, albas…
• 5.2) Cantigas de amor: influência
provençal – cantigas de mestria,
tenções…
• 5.3) Cantigas de escárnio e maldizer:
sátira, direta ou velada, a certos aspetos
da vida da Corte, em especial recaindo
sobre os jograis.
• 6 – Romance/rimances – género de
composição transmitida oralmente em
que pela primeira vez, a língua falada
ganha forma literária (género poético-
narrativo), ponto de partida para o atual
romance.
Mitos importantes da história de
Portugal:
• Milagre de Ourique
•
• - Este mito provém do Mito da Cruzada (nasce da guerra santa travada entre mouros e cristãos de todas as nacionalidades e visava a
expansão da fé cristã a todo o mundo)
• A adaptação deste mito à história nacional:
•
• Nossa Senhora apareceu a D. Henrique, na altura príncipe, e disse que ganhariam a guerra, escapando, assim, do domínio dos mouros e
que assim se formaria um reino – > o que acabou por acontecer
•
• Com a adaptação do Mito da Cruzada a realidade portuguesa, Portugal passa a ser o paladino da fé cristã – a partir desse momento
todas as ações são em nome da difusão da fé cristã.
•
• Sebastianismo
•
• D. Sebastião acaba por encarnar a figura do Messias que irá salvar o povo português do domínio espanhol (messianismo)
• Este mito acaba mais uma vez por demarcar a sobrenaturalidade do reino que Milagre de Ourique demonstrava ter sido fundado por
Deus.
Gastronomic Ponte Lima
Gastronomia
• Em Ponte de Lima a gastronomia,
suculenta e saborosa, tem o seu ex-libris
no Arroz de Sarrabulho, servido com
rojões de porco, um prato rico em
sabores e tradição. A lampreia do Rio
Lima também é muito apreciada. Esta
iguaria pode ser cozinhada de diversas
formas, com destaque para o Arroz de
Lampreia e para a Lampreia à
Bordaleza. Uma palavra de realce para o
Bacalhau de Cebolada, prato tradicional
estimado a nível popular, confecionado
nas tascas e nos restaurantes limianos,
tornando-se num pitéu afamado e muito
procurado. Os mais gulosos, os que
gostam de doces, não podem deixar de
saborear a textura do Leite-Creme
queimado
A Gastronomia
• Considerado o Santuário da Gastronomia Portuguesa, Ponte de Lima recebe
semanalmente milhares de apreciadores da cozinha tradicional rural, salientando-se
o Sarrabulho e a Lampreia, acompanhados de vinho verde branco e tinto,
produzidos no concelho (Adega de Ponte de Lima tem 10 mil produtores de vinho),
acrescentando-se a doçaria tradicional.
Ponte de Lima no
Coração do Vale
do Lima
• O Vale do Lima apresenta um
turismo vivo no contexto da sub-
região Norte Litoral de Portugal,
testemunhando a vocação do
descobrir da cultura local específica
e a aliança feliz com a natureza. A
situação estratégica, completando os
concelhos de Ponte de Lima, Arcos
de Valdevez, Ponte da Barca e Viana
do Castelo, entre dois eixos
transversais fortemente
industrializados - Vigo/Pontevedra a
Norte e Braga/Porto a Sul, destaca as
características peculiares de
ruralismo no seio de um Património
Humano, Cultural e Paisagístico
intocado.
. Centros de
Interesse • Marginando o Lima ou
penetrando no seu coração,
embebidos na sua luminosidade
dum encanto único, descobrimos
o concelho de Ponte de Lima em
toda a sua dimensão espácio-
temporal primando um turismo de
qualidade e diferenciado,
valorizando o amanhã na defesa
do sábio pensamento, "não
herdamos a Terra dos Nossos Pais
tomamo-la emprestada aos nossos
filhos". O concelho de Ponte de
Lima forma o conjunto de 51
freguesias, numa área de 32.120
hectares e a população de 45.000
habitantes, concentrando-se na
sede do concelho 4.000
habitantes.
A monumentalidade:
• Com o espírito preocupado e atento oferece às gentes de todo o lado, montanhistas, viajantes, poetas,
aventureiros, caçadores, curiosos, geólogos e historiadores, a descoberta dos caminhos e trilhos culturais,
históricos e religiosos; a contemplação das florestas, bosques e bosquetes, matos e pastagens, das montanhas
aos penedos e lagos, dos milhos e hortas e ramadas, das espécies únicas no mundo, um sem fim de
monumentos com o usufruto da hospitalidade personalizada, livro aberto da História de Portugal. As feiras do
Lima, romaria, gastronomia e artesanato tradicionais, a arquitetura no granito rijo e grosso da terra afeiçoado
por oito séculos de artistas, quantos exemplos raros e belos de Portugal. O Românico e Heráldica, as Igrejas, os
Mosteiros, os Conventos, Recolhimentos, Ermidas, Capelas, Chafarizes, Cruzeiros, Lápides, Espigueiros, os
Caminhos de Santiago de Compostela, os folguedos populares, tradicionais e típicos na sua rude pureza
folclórica, os ranchos de aldeia cantando ao desafio em pleno virar do século. O simbolismo pagão trespassado,
a cristandade, a Vaca das Cordas nas vésperas do Corpo de Deus, pipas de Verdasco da cepa da terra, Terra de
Lendas vivas, vestígios que precederam Roma, fontes medievais, frescos góticos, azulejos de padrão único no
mundo
• Na vila de Ponte de Lima é presença obrigatória a monumentalidade em
cada esquina, atravessada pela ponte e o rio batizando a vila; rio romano,
árabe e Grego. Nestas terras velhas como o mundo, velhas como a
humanidade, alberga o rio a cultura castreja, romana e românica mais
antiga da Galiza e do Norte de Portugal. A história e a lenda confundem-
se nestas paisagens milenares.
A Ruralidade
• Ponte de Lima, conhecida pela sua localização estratégica no
Vale do Lima, entre uma área litoral urbana e um interior
complementado com o Parque Nacional da Peneda Gerês
constitui uma bolsa rural por excelência em Portugal.
Conservando e preservando as suas origens rurais, o visitante
pode usufruir da paz bucólica das paisagens, das estâncias e
miradouros, do sossego e do musicar das gentes rurais, o
Turismo no Espaço Rural, nas suas vertentes de Turismo de
Habitação, Turismo Rural e Agroturismo.
Feiras, Festas e
Romarias
• Ponte de Lima celebra cada ano noventa e sete Festas e
Romarias calendarizadas. Há 800 anos, quinzenalmente,
acontece a Feira, privilégio dado por D. Teresa em 1125,
conservando a sua peculiaridade até aos nossos dias e reunindo
todas as gentes, artes e ofícios da Ribeira Lima. Considerado dia
da féria - pagamento da quinzena - dia de festa - dia de namorar
para as gentes do campo e dia de vir à vila "para tratar do
negócio".
• As Feiras Novas, denominação adotada para se diferenciar ou destacar
da feira quinzenal acima referida, constitui-se em três dias de folia, das
gentes limianas por altura das colheitas, terceiro fim de semana de
Setembro. Hoje representa uma das maiores concentrações festivas de
Portugal, congregando em Ponte de Lima 200 mil participantes, em
maioria jovens, num arraial permanente de espontâneos, que dançam e
cantam ao desafio, animados pelas concertinas, noite e dia. Desfilam as
gentes da terra num Cortejo Etnográfico, ilustrativo das tradições, da
cultura, da lide agrícola, das artes e dos mesteres. Concursam e
avaliam-se as espécies autóctones, realizam-se as corridas de Garranos
e as Touradas. No contexto das festas, Ponte de Lima usufrui uma
variedade infindável de usos e costumes, pagãos e cristãos ,
confundindo-se num místico e único atrativo de multidões, tal como, a
Vaca das Cordas, em vésperas do Corpo de Deus, a Procissão do Corpo
de Deus e os Tapetes Floridos, a Serrada da Velha, o Jogo do Cântaro, o
Compasso Pascal, a Queima do Judas e os Maios. Ponte de Lima prima
a adesão da juventude nos rituais populares, onde o folclore assume
particular importância, manifestação de estúrdias, nas festadas, nas
chuladas, nos arraiais, nas rezas, nos contos e lendas, nas rimas e nas
cantigas, nas concertinas e no linguajar limiano
Alojamento
• Ponte de Lima constitui o
berço e a capital do
Turismo de Habitação e
do Turismo no Espaço
Rural, desde o início da
década de 80, dispondo
atualmente de 562 camas,
classificadas em Turismo
de Habitação, Turismo
Rural e Agroturismo.
Dispõe ainda de uma
Albergaria, 4 residenciais
(num total de 256 camas)
perfazendo no concelho
818 camas.
Ambiente
• Constatamos a particularidade do alojamento oferecido representar o principal catalisador do
destino turístico, numa perfeita harmonia do Ambiente versus Turismo, e o Turismo versus
Ambiente. O Turismo no Espaço Rural consegue criar contornos de amplitude e diversidade
originais, de impacto económico, social, cultural e ambiental. O Turismo no Espaço Rural
caracteriza-se pelo regresso às origens, por forma a que o binário Homem/Natureza recupere o
equilíbrio quebrado pelos modelos de desenvolvimento industrial, redescobre-se a humanização
do relacionamento do homem e da natureza, protegendo e conservando a natureza. A reorientação
do desenvolvimento sustentado rural no Lima, concentrado nas modalidades de Turismo no
Espaço Rural como complemento alternativo à agricultura, o Turismo de Habitação ou Casas
Antigas, o Turismo Rural ou Casas Rústicas e o Agroturismo ou Quintas & Herdades
desempenham uma força catalisadora de fluxos migratórios, através da criação de alternativas de
emprego, estímulo do comércio e dos serviços, do Artesanato e da construção civil.
Equipamentos
- Áreas de
Lazer:
• Parque da Madalena, N. Sra. da Boa Morte, Monte de
Santo Ovídeo - Praia Fluvial do Lima, - atividades
lúdicas: Canoagem, vela, caça e pesca; - Turismo no
Espaço Rural: representa uma globalidade de
infraestruturas de apoio ao hóspede, tais como
picadeiros e cavalos, piscinas, ténis, jardins e matas; -
Campo de Tiro da Madalena; - Campo de Caça de
Calheiros; - Hipódromo de Calvelo; - Campo de Golfe
de Ponte de Lima;
• Na área cultural e da promoção de
conferências, seminários e congressos
existe o Anfiteatro da Biblioteca, o
Arquivo Municipal, o Anfiteatro da
Assembleia Municipal, o Cinema, o
Teatro Diogo Bernardes, o Anfiteatro do
Convento de Refoios e o Museu dos
Terceiros (Arte Sacra e Arqueologia).
Todas as freguesias possuem instalações
que possibilitam atividades culturais e
desportivas das 93 associações culturais
existentes no concelho. Saliente-se a
implementação de um Campo de Golfe
de Montanha, de 18 buracos.
Serviços
Turísticos
• - Posto de Informação de Turismo ; -
TURIHAB - Associação do Turismo de
Habitação; - Câmara Municipal - Serviço de
Reservas de Pesca; - Agências de Viagem:
Avic, Ovnitur e Límia; - Bancos (Agências); -
Hospital Distrital; - Centro de Saúde; -
Correios e Telecomunicações; -
Acessibilidades: Operam no concelho várias
empresas de transporte, cujas carreiras se
desenvolvem pelos principais eixos viários,
dando resposta satisfatória à procura de
transporte, com exceção da procura da
população escolar, para a qual circuitos
especiais estão constituídos, por forma a
satisfazer a demanda atual. - Rede Viária
Ambiente
• Usufruindo o Prémio de Honra das vilas e cidades mais floridas da Europa e o direito ao uso da Bandeira Verde "Cidades limpas de
Portugal" o destino revela um clima ameno atlântico, constituído por verões quentes e invernos frescos. Com um agro sistema
adaptado naturalmente às características climáticas, evidencia uma pluviosidade superior a 1500 milímetros anuais, sendo a
precipitação frequente na primavera e fins de Outono. A altitude condiciona largamente as características do clima, constituindo o
Vale do Lima um largo anfiteatro aberto ao Oceano Atlântico, oferecendo várzeas modeladas pela rede hidrográfica do Rio Lima e
das principais bacias afluentes. De salientar a riqueza de todo o espaço, da agricultura baseada em técnicas de defesa do solo muito
aprimoradas e de fertilização intensiva, com um vasto regadio implantado, dando fortíssimo apoio à exploração pecuária e pastoril.
Os solos de origem predominantemente granítica ofereceram estrutura física favorável ao trabalho contínuo do agricultor para os
tornar férteis, incorporando matos obtidos em exploração florestal integrada, depois de transformado em estrumes através da
estabulação do gado. A "humanização" dos solos pelo trabalho neles acumulado sob incidência dos climas favoráveis à intensificação
agrícola constitui o quadro mais característico da produtividade limiana baseada no regadio, nas rotações culturais permanentes, nas
consociações que chegam a formar "andares" de produção, como as do chão hortícola, o da vinha a trepar a seus tutores, ou do
laranjal que conserva a fruta até ao Verão, tudo a coberto de enormes oliveiras que defendem contra o risco das geadas. A fauna e a
flora mantêm o seu encanto primitivo, sustentado por uma agricultura sã, ecológica e tradicional. A inexistência de indústria e outros
meios poluentes confere ao destino um ambiente de qualidade e bem estar local. O património ambiental, geológico, florístico,
faunístico, construído, e uma diversidade cultural e biodiversidade, são promovidos e preservados, através de uma estratégia, de
desenvolvimento integrado sustentável de um Turismo no Espaço Rural.
Imperativos:
• . Trabalhos que visem a conservação,
recuperação, classificação ou inventariação da
flora, da fauna, e seus respetivos habitats;
programas ecológicos; recuperação das zonas
degradadas em espaços verdes; reabilitação das
zonas fluviais e ações similares, tendo como
prioridade a classificação ecológica; - Como
reserva natural da Lagoa húmida de Bertiandos e
S. Pedro d'Arcos, que poderá tornar-se o pivot
cultural da Ribeira Lima; - A dinamização da
agricultura biológica e a implementação de
circuitos e itinerários biológicos;
Promoção de campanhas de
sensibilização pró-ambiental
• Através da comunicação social e formação junto das
instituições, dando seguimento às ações desenvolvidas
junto das populações mais jovens; - A conservação do
património histórico-cultural; trabalhos que visem a
preservação ou restauração de edifícios antigos, sítios,
equipamentos, meios de transporte, ou outros artefactos
ou símbolos que constituam valores patrimoniais ; -
Implementação efetiva do Plano Diretor para o
ordenamento do território. A criação dos Aterros
Sanitários Intermunicipal, Rede de Esgotos
Intermunicipais, Rede de Água Intermunicipal; -
Supressão das antenas e cabos elétricos e de telefones; -
Melhoria das infraestruturas e equipamentos de lazer e
outras ações similares.
"Pinha de flores, que a
frescura anima, Ponte de
Lima que ideal tu és !
Tinges o cisne a retratar a
face n'água que nasce e
que te corre aos pés"
António Feijó
• Ponte de Lima, no coração do Vale do Lima, vem encantar em beleza paisagística e cultura. A
ambivalência entre as paisagens litorais e de montanha testemunha o contributo num passado histórico e
cultural, para a existência de populações ribeirinhas que, ora viviam do rio, ora subsistiam dos frutos da
terra, e nas áreas serranas para o surgimento de sociedades comunitárias fechadas, caracterizando o
pitoresco diferenciado destas regiões. A multiplicidade de formas pode revestir o usufruto dos valores
patrimoniais estendendo-se entre as paisagens de beleza infindável, tanto fluviais como montanhosas, até
à riqueza histórico-cultural desde a existência de monumentos e vestígios megalíticos, celtas, romanos e
medievais, a Casas Solarengas, a descoberto das raízes de Portugal e, ainda, elementos tradicionais
representativos de vários períodos históricos.
O PATRIMÓNIO NATURAL
• "Esta é a terra da
promissão para os
artistas e para os
abades: a paisagem do
Lima deslumbra e
engorda..." Guerra
Junqueiro
• Na variedade das parcelas do concelho de Ponte de Lima, submetidas a diversos fatores geográficos - latitude, altitude, exposição ao sol - a evolução das
diferentes espécies florestais e animais e a estruturação dos solos ofereceram ao longo da história paisagens diversificadas que vão desde a floresta
profusa às matas e aos jardins. O território do concelho é caracterizado por elementos maiores que acabam por definir o seu potencial paisagístico e os
seus recursos nesse domínio. É o Vale do Rio Lima que alimenta veigas e terrenos agrícolas muito ricos, são as linhas das elevações principais que se
destacam: a Serra d'Arga a Norte e a Serra da Nora a Sul. A distribuição das principais estradas naturalmente que foi condicionada pela física do terreno e
pelos sítios mais acessíveis aonde o relevo é menos intenso. Os percursos transversais situam-se paralelos ao Rio Lima a Norte (EN 202) e ao Sul (EN
203); os percursos longitudinais vão serpenteando pela meia-encosta, tanto para o Norte (EN 201 e 306) como para o Sul (EN 201,204 e 306). São estas
estradas que constituem os principais circuitos de ligação do concelho, atravessam as zonas paisagísticas com maior interesse, dando também, na maioria
dos casos, acesso aos melhores exemplares do património construído. Como pontos fulcrais podemos destacar: as veigas de Bertiandos, Correlhã,
Refoios/Nogueira e junto a Ponte de Lima; os pontos panorâmicos da Serra d'Arga, Boa Morte, Labruja, Calheiros, Cardido, Santo Ovídeo, Madalena,
Boa Nova. Preservar espécies animais e vegetais autóctones, incentivando pesquisas científicas e no âmbito da medicina popular; espécies botânicas ou
fruteiras tradicionais, as raças de gado bovino e cavalar autóctones
• Disposições tomadas para a protecção e/ou valorização * Valorização das espécies
locais (Barrosã, Cachena, Garrano); * Classificação dos Parques da Madalena, Vila
Morais; zona húmida de Bertiandos e S. Pedro de Arcos; * Criação de associações de
preservação de raças autóctones,
* Acções do Património Construído e Natural:
- Renovação das zonas de lazer e de utilidade
pública
- Inovação na recolha de Resíduos Sólidos
- Tratamento de efluentes
- Centro Ecológico
* O patrocínio de uma imagem de qualidade do
Vinho Verde (Adega Cooperativa de Ponte de Lima
e Adega Cooperativa de Ponte da Barca); * Apoio a
iniciativas de apuramento genético de raças
autóctones e sua divulgação
- Gado Barrosão (Escola Profissional Agrícola de
Ponte de Lima) e Garrano (Escola Superior Agrária
de Ponte de Lima e O GARRANO, Clube Hípico de
Ponte de Lima);
* O melhoramento do sistema de recolha e
transporte de leite de vaca "Cachena", visando a
criação de uma unidade especial de fabrico de
queijo.
* Formação Profissional na área do Ambiente,
projeto implementado pela Escola Profissional
Agrícola de Ponte de Lima;
* Implementação de Estações de Tratamento
Intermunicipais da Água e Resíduos Sólidos;
* Repovoamento Piscícola e Florestal
• Acções Empreendidas na Gestão dos
Recursos Naturais - Criação de circuitos de
contacto com a natureza, de trilhos pedestres e
equestres. Organização de campeonatos
desportivos, canoagem natação, hovercraft,
pesca, potenciando os recursos da bacia do Rio
Lima. Aproveitamento do areal como suporte
imprescindível da feira quinzenal e atividades
lúdicas. O ordenamento do território, assim
como o desenvolvimento adequado a uma
correta utilização dos recursos naturais
constituem soluções básicas para um
desenvolvimento sustentável, passando pela
conservação de habitats e ecossistemas,
identificação, inventariação e classificação da
fauna e da flora, criação de infraestruturas de
informação, formação e apoio a visitantes. -
Classificação da Área de Reserva Ecológica
Nacional de Bertiandos e S. Pedro de Arcos
Estamos perante uma zona húmida de capital
importância com um maravilhoso acervo
biogenético com perigo de desaparecer, que se
poderá tornar o pivot cultural da Ribeira Lima.
• - Ecossistema único com espécies animais e vegetais em extinção - Área - 300 ha,
acessível pela Estrada Nacional 202 e localizada na margem direita do Lima, a cerca de 4
quilómetros de Ponte de Lima - Zona húmida bastante arborizada e muito irrigada por
canais naturais - Zona lagunar permanente, atravessada pelo rio Estorãos e linhas de água
locais que nele desaguam. Com a classificação pretende-se caminhar para uma reserva ou
Parque Natural, com fins ecológicos, didáticos e turísticos. Os primeiros visam a
protecção dos sistemas naturais, os segundos pretendem criar na zona uma escola viva
para a educação dos jovens, investigação académica e científica. Os terceiros visam
integrar o futuro parque nos circuitos turísticos regionais, dada a complementaridade das
atracões ali existentes. - Valorização das margens do Rio Lima; - Preservação da Alameda dos
Plátanos - Parque de Recreio e Horto Botânico Municipal e Jardins Temáticos
• Acções Empreendidas no Tratamento dos Lixos e
Efluentes Ponte de Lima compõe-se de três ETAR's
_ estações de Tratamento de Águas e Resíduos; -
Remodelação e preparação da rede de saneamento
básico da zona urbana: água, esgotos e águas
fluviais; - Ampliação de saneamento do concelho de
Ponte de Lima, incluindo as freguesias da Ribeira,
Arca, Feitosa e Correlhã; - Conclusão da obra de
saneamento do núcleo urbano de S. Julião de Freixo.
(ETAR biológica); - Sistema integrado de
saneamento da orla ribeirinha do Rio Lima, projeto
em consórcio com outros municípios e referentes a
ETAR intercetor, bombagem e drenagem em alto
(apoio do Fundo de Coesão e Programa do
Ambiente); - Neste domínio será garantida a
possibilidade de drenagem das águas residuais em
todas as freguesias da orla ribeirinha do Lima; - Na
área da higiene pública, o desenvolvimento de
campanha de sensibilização junto das populações e
das escolas no sentido de disciplinar a forma de
tratar o lixo e eventual embalagem e colocação para
posterior transporte e tratamento; - A reciclagem,
através da recolha seletiva deverá ser um dos
objetivos dessa campanha; - O sistema integrado de
recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos;
Realizações relativas à valorização Turística do Património
natural e sua Interpretação. Pedido para Património
Classificado e criação de Reserva Ecológica Nacional: - A
Lagoa de Bertiandos - Monte de Santa Maria Madalena -
Monte de S. Cristóvão - Encosta da Vacariça e do Penedo
Branco - Zona da Boalhosa - As veigas de Estorãos,
Bertiandos e da Correlhã - O Rio Lima e os seus afluentes -
O Rio Neiva - Monte do Castelo - Mesa dos Quatro Abades
Floresta
• - Encosta da Cabração e Pedras Finas - Mata da
Casa da Aurora e da Garrida, consideradas o
pulmão da vila de Ponte de Lima. Vila onde a
profusão de jardins particulares, riqueza existente
na presença de papiros, camélias, tílias, árvores
exóticas e tropicais, reminiscências das ex-
colónias portuguesas. O aproveitamento das
florestas e pontos paisagísticos para estâncias
turísticas e parques de lazer, entre os quais se
salientam, o Parque do Monte da Madalena, com
a implementação de um restaurante e áreas de
merenda, circuitos pedestres com identificação de
espécies arbóreas, integrando-se nesta área o
Golfe de Ponte de Lima. O Parque da Boa Morte,
a área envolvente de 10 ha de matas tratadas
apanhando o Santuário da Boa Morte,
constituindo uma simbiose de tradição religiosa
local e património natural, catalisando alguns
milhares de visitantes anuais, provocando o
aparecimento de serviços complementares. Rio
Lima e suas margens - O AREAL - Ponte de Lima
goza do privilégio de rentabilizar economias,
cultural e socialmente: a) Feira Quinzenal -
demonstração da vivência local, hérdimo de
oitocentos anos; b) Desporto e lazer - cenário
ideal e curso peculiar para a prática e realização
de campeonatos de canoagem, remo, vela e
hovercraft, natação e pesca, c) Abastecimento de
águas O Parque da Vila Morais, alvo de estudo de
todas as espécies florísticas existentes,
identificando-se espécies raras.
PATRIMÓNIO HISTÓRICO
• Povos da Ribeira Lima ! Guardai na vossa melhor arca as relíquias dos avoengos! Seja o respeito pelo
passado e a preocupação do futuro o fulcro e a razão da existência!
• (Júlio de Lemos, Almanaque de Ponte de Lima, 1924)
• A vila de Ponte de Lima, juridicamente consumada no Foral de 4 de Março de 1125, aos 4 dias das Nonas de
Março da era de 1163. herdeira e continuadora de um vivo passado histórico, o nascimento de Ponte de Lima
está intimamente ligado ao nascimento de Portugal. O concelho de Ponte de Lima, pode-se considerar dividido
em construções eruditas (urbanas e rurais), construções rurais e construções urbanas. É reconhecido o enorme
repositório de construções eruditas existente no concelho, designadamente edifícios religiosos, paços e solares,
muitos deles objeto de classificação (Monumentos Nacionais), imóveis de interesse público e valores
concelhios. Não referiremos nenhuma tipologia em especial porque não nos parece que exista uma
marcadamente regional. Os paços e os solares correspondem, muitas vezes, a um surto de prosperidade que se
encontra patente no seu alçado principal. As construções histórico-religiosas que são geralmente património da
Igreja, tem vindo ser cuidadas pela comunidade com maior ou menor felicidade. Na maioria dos casos
sofreram obras de ampliação e restauro.
• Existem empreendimentos com interesse (Mosteiro de
Labruja e Boa Morte, por ex.) cuja primeira fase de
construção não teve a correspondência, como seria de
esperar, em termos arquitetónicos e funcionais, nas fases
subsequentes. As construções rurais obedecem aos
padrões habituais da área: alvenarias de pedra, paredes
divisórias interiores em fasquiado, madeira nos caixilhos.
Estruturas simples, muito condicionadas pelas qualidades
físicas dos materiais empregues, (madeira e pedra de
granito) raramente exorbitante do abrigo humano e dos
animais e inspirando-se muito na estrutura do espigueiro.
Existe algumas construções rurais, a que obras sucessivas
procuraram emprestar um ar mais solene através, por
vezes, de escadarias principais e adornos de fachada.
Constitui interesse primordial dar seguimento ao Plano
de Salvaguarda que foi feito para o Núcleo Histórico que
contempla; numa perspetiva atual, as qualidades do sítio.
O núcleo medieval e a ponte são o polo irradiador da
construção, nomeadamente através das vias que saem
para Ponte da Barca, Braga e Viana. Ponte de Lima
testemunha o tempo dos Túrdulos, dos Suevos, dos
Romanos e dos Gregos, com a sua admirável paisagem
humanizada, a suas claras montanhas, as suas terras
salpicadas de casitas brancas, as suas vinhas "de cachos
de oiro" e a ponte majestosa atravessando o "rio do
esquecimento" mostra bem como há pérolas da natureza,
onde se erguem castelos, torres, fortalezas medievais,
escudos de armas e grandes coroas talhadas em pedra de
granito, nas ruas a presença de recordações da realeza
distante e do domínio, as escadarias, as fontes, as igrejas,
os vestígios heráldicos, os templos cristãos, os chafarizes
• A Torre Velha de Santo António de Além da Ponte, os Solares e mais Solares,
recanto único em Portugal, nascendo o Turismo de Habitação, testemunho da
arquitetura dos séculos XVII e XVIII, ressaltam os mais belos exemplares: o
Palácio de Bertiandos, em Bertiandos, o Paço de Calheiros, em Calheiros, a
Casa de Pomarchão, em Arcozelo, a Casa de Nossa Senhora da'Aurora, em
Ponte de Lima, a Casa do Outeiro, em Arcozelo, ainda quintas e casas
rústicas. Um indescritível património histórico, realidade histórico-cultural
preservada e presente por todo o lado, acessível ao visitante.
Disposições tomadas para a
protecção e/ou recuperação
• A Câmara Municipal aprovou uma candidatura ao PRONORTE - Programa
Operacional do Norte - para a protecção do Património Arqueológico e
Arquitetónico, incluindo a marcação do Caminho Português de Santiago no
concelho de Ponte de Lima, bem como a sinalização de todos os
monumentos e vestígios arqueológicos suscetíveis de justificar tal
intervenção e atenção do grande público. Foram recolocadas as Pedras da
Ponte Medieval e outras retiradas dos diversos locais e guardadas no
Museu dos Terceiros. Continuação da Recuperação do Centro Histórico e
Acão de Sensibilização para a recuperação dos prédios urbanos, criando, a
Câmara, alguns incentivos e facilidades. Centro Histórico da vila e ruas
Organização do trânsito com proibição de estacionamento no centro
histórico, criação de parques alternativos Uso de materiais tradicionais
Incentivação da substituição da zona Norte da vila de portas e janelas de
alumínio por materiais típicos Ponte Medieval, retirado o trânsito
Classificação do de Trás de Cidades e Castro do Alto das Valadas
Protecção de desenhos rupestres no Monte de Santo Ovídeo O Santuário do
Senhor do Socorro, integrado no caminho de Santiago de Compostela.
Recuperação de Casas para Turismo no Espaço Rural
• - Acções a favor do Acesso público
Museu, utilização do Convento dos
Terceiros Escola Superior Agrária,
anterior Convento Torre de Refoios,
reconvertida para Turismo no Espaço
Rural Quartel da Guarda, transformado
em Biblioteca Torre da Cadeia,
transformada em Arquivo Municipal
Hospital S. João de Deus, recuperado
para Quartel dos Bombeiros Velho
Hospital da Misericórdia, transformado
em Farmácia Castelo dos Alcaides,
adaptado para a Câmara Municipal de
Ponte de Lima Vila Morais, adaptado
para o Instituto Superior Erasmus Casa
da Garrida, Ensino Superior Matadouro,
Casa da Cultura Reedição Carta
Arqueológica do concelho e do
Património edificado do Concelho de
Ponte de Lima.
Animação Turística do
Património Histórico
• Percurso de Santiago de Compostela foi identificando-se o verdadeiro caminho
e sendo promovida uma exposição para sensibilização e divulgação junto das
populações e dos turistas visitantes. Circuito do Românico, integrando a Ponte
sobre o Lima, a capelinha do Espírito Santo em Moreira do Lima, Igreja de
Arcozelo, Igreja Matriz de Ponte de Lima, Santo Abdão na Correlhã, Igreja da
Labruja. Trilhos Históricos, religiosos e Culturais - Ponte de Lima, Refoios do
Lima - Castelo - Ponte de Lima - Ponte de Lima, Santo Ovídeo, Ponte de Lima
- Ponte de Lima - Castelo - Monte de Santa Maria Madalena, Ponte de Lima -
Ponte de Lima, Bertiandos, Estorãos - Ponte de Lima, Vale da Labruja, Alto
dos Carvalhinhos - Ponte de Lima, Rebordões (Santa Maria), Ponte de Lima -
Peneda-Gerês: Percurso 1 - Branda de Murça, Adrão Percurso 2 - Branda de
Murça, Soajo Circuitos das Fontes - Fonte ornamental do jardim da Casa de
Nossa Senhora da Aurora; - Fonte incrustada no muro da Casa de Nossa
Senhora da Aurora; - Fonte reaproveitada na Casa de D. Carlos Pinheiro; -
Chafariz monumental, desenho do largo da Regeneração; - Chafariz
monumental no Largo de Camões; - Fonte da Vila; - Fonte Municipal na Rua
General Norton de Matos; - Fonte ornamental na Avenida António Feijó; -
Fonte popularmente conhecida pela designação de Fonte da Maria da Fonte; -
Fonte de S. João; - Fonte Batismal da Igreja Matriz de Ponte de Lima; - Fonte
do Claustro dos Terceiros; - Fontenário Purificatório da Igreja de António dos
Frades Capuchos. Organização de Ceias Medievais, Seminários e Congressos
no Convento de Refoios;
• A Feira de Ponte é o mercado mais pitoresco, mais típico, mais colorido de todo o
país. É às segundas-feiras alternadas. O povo chama solteiras às outras - "esta é
sorteira, a feira de Ponte é prá que vem).
• As Feiras Novas Transações comerciais da feira, animado e ruidoso o arraial;
Festival, tourada, feéricas iluminações: concertos musicais de bandas; exposições,
os touros e as corridas de cavalos. Colóquios Galaico-Minhotos, promovidos pelo
Pelouro da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Ponte de Lima.
Produtos Turísticos
Concebidos a Partir do
Património Histórico
• - O turismo instituído nas formas
do Turismo no Espaço Rural de
qualidade reconhecida,
constituindo a maior bolsa da
oferta do país, exigiu a criação de
animação complementar, a
valorização dos recursos
endógenos, particularmente das
potencialidades turísticas e dos
produtos locais, atenuando a
sazonalidade e elevando as taxas
de ocupação. -Turismo de
Habitação - Turismo Rural -
Agroturismo - Circuitos Culturais:
Românico e Arqueológico
O
PATRIMÓNIO
HUMANO
• Ponte de Lima incorpora uma ruralidade onde a abundância da tradição cultural, usos e costumes, o
artesanato, as festas, a literatura popular e o folclore renascem na vivência diária dos limianos. O
artesanato em Ponte de Lima, memória viva do povo, desde as artes e ofícios da pedra onde se
podem assistir a exposições dos "Sequeiros", do linho e lã nos teares em muitas casas e salas
expostas, os bordados, a tecelagem, as rendas, as rodilhas, as mantas, as toalhas, as cobertas, os
lençóis, das matérias primas da terra, a cestaria, as canangas e cangalhos, as rocas e espadeladas, a
tanoaria, os tamanqueiros, o mobiliário rústico, as bengalas artísticas, as alfaias marítimas e rurais,
os trabalhos em couro, os trabalhos em pedra, a arte floral - palmitos e flores - a cerâmica de
azulejaria de Lanços, Refoios. Toda esta expressão da cultura e da vivência, encontra-se
aproveitada economicamente, como forma de emprego e fonte de rendimento, consistindo num
instrumento pedagógico da expressão criadora de arte e beleza de grande qualidade. Ainda digno
de referência, a amplitude costumeira da vivência popular, do nascimento ao falecimento, os ritos e
procissões, os jogos populares, os trabalhos da lavoura, como as rodedas e vindimadas, as cavadas,
as rosadas de Maio, as plantadas de batatas, as apanhas da azeitona, as espadeladas e as fiadas. A
medicina popular, os provérbios, as lendas populares, os contos, as rezas e os desconjuro, o falar
limiano, os cabeçudos e os gigantones...enfim, uma profusão de tradições e costumeiras religiosas e
etnográficas evidenciando a hospitalidade e alegria do povo limiano.
Constituindo o extravasar constante da
faina agrícola, onde a riqueza dos valores
tradicionais conserva a sua genuína
autenticidade, podemos encontrar também
um leque grandioso tradições únicas na
Ribeira Lima:
• A Serrada da Velha Peregrinações a
Santiago de Compostela Vaca das Cordas
Carnaval - Jogo do Cântaro O Compasso
Pascal Festas e Romarias Os Maios A
Procissão do Corpo de Deus Feiras Novas
Grupos Folclóricos Gastronomia - Vinhos
• Pesquisa com continuidade A Câmara
Municipal de Ponte de Lima, promove desde o
ano de 1993, publicações regulares que visam
o Património Humano e Cultural, tal como o
Arquivo Municipal. Durante o presente ano
serão reeditadas as "Obras Completas de
António Feijó" por forma a fomentar nos
limianos e, principalmente na população
estudantil, o gosto pelas obras dos numerosos
escritores e poetas limianos. A LIMICI,
Associação de Património e Ambiente de
Ponte de Lima, responsável pela publicação da
"Limiana" publicará este ano o Almanaque de
Ponte de Lima. A elaboração de estudos e
monografias, tais como, "O Serão", "A
Limiana", "Os Artesãos". A publicação de
pesquisas relativas às lendas e tradições, o
folclore e Costumes, realizados pelo Instituto
Erasmus, Escola Preparatória e Secundária de
Ponte de Lima.
• Acções de Acesso do Público ao Património Humano, realçando a
Necessidade da Manutenção da sua Estabilidade e Continuidade Criação de
Associações Culturais em cada Freguesia de todos os grupos folclóricos do
concelho, cerca de catorze, e promoção de várias atividades conjuntas entre
as quais o I e II Festival de Folclore de Ponte de Lima. Na área da
gastronomia incentiva-se o controlo da qualidade, através de concursos e
inspeções gastronómicas ou de cozinha tradicional, promovidos pela
Câmara Municipal de Ponte de Lima e pelo Instituto Superior Erasmus de
Ponte de Lima. A Câmara Municipal prevê, durante o ano de 1995, a
recuperação do antigo matadouro para um Centro de Animação, Arte e
Cultura, que permitirá a realização de atividades culturais e exposições
temáticas, a associações, quer patrimoniais quer ambientais. No âmbito da
ADRIL e do Programa Comunitário LEADER, desencadearam-se Acções
de Apoio a Pequenos Investimentos nas Empresas Artesanais (vinho,
bordados, cerâmica, pedra, madeiras, ferro, pirotecnia, fumeiros, doçaria
tradicional); a elaboração de um Catálogo de Artesanato do Lima, assim
como Apoio a Mostras e Feiras, quer nacionais quer estrangeiras; e ainda, o
reforço do associativismo Local. Manifestações públicas ao vivo com a
realização de Cortejos Histórico-Etnográficos e Lendários. Implementação
de centros de artesanato, organizados com escolas e exposições itinerantes,
através de cooperativas de artesãos. Participação em Feiras de Artesanato.
Organização de mapas artesanais de orientação e planificação dos valores
de autenticidade. - Promoção de festivais culturais e ambientais; -
Valorização das comunidades locais, através de informação e formação
para a melhoria do bem-estar e a própria evolução equilibrada dos meios
rurais; - Investigação etnográfica - Organização de programas de excursões
etnográficas, onde as cantigas ao desafio, contadores de histórias e
recitadores de versos, poetas populares... para grupos restritos (viagens
educacionais dirigidos à comunicação social, agentes de viagem,
operadores turísticos...); - Exposições no local de trabalho, tais como:
Pedras Sequeiros, Fábrica Lanços de Azulejaria Armada e Artesãos
Reunidos do Vale do Lima - trabalhos de tecelagem e linhos...
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários
UFCD - CP4 - Processos Identitários

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Império bizantino e islamismo
Império bizantino e islamismoImpério bizantino e islamismo
Império bizantino e islamismoprofcacocardozo
 
O IMPÉRIO BIZANTINO
O IMPÉRIO BIZANTINOO IMPÉRIO BIZANTINO
O IMPÉRIO BIZANTINOandersonsenar
 
Cultura do mosteiro contextualização
Cultura do mosteiro   contextualizaçãoCultura do mosteiro   contextualização
Cultura do mosteiro contextualizaçãocattonia
 
Bizantinos e carolíngios
Bizantinos e carolíngiosBizantinos e carolíngios
Bizantinos e carolíngiosLú Carvalho
 
Bizantinos bárbaros - árabes - 3º Ano
Bizantinos   bárbaros - árabes - 3º AnoBizantinos   bárbaros - árabes - 3º Ano
Bizantinos bárbaros - árabes - 3º AnoAuxiliadora
 
Idade Média: feudalismo e Igreja Católica
Idade Média: feudalismo e Igreja CatólicaIdade Média: feudalismo e Igreja Católica
Idade Média: feudalismo e Igreja CatólicaPaulo Alexandre
 
Idade Media Oriental - Prof Iair
Idade Media Oriental - Prof IairIdade Media Oriental - Prof Iair
Idade Media Oriental - Prof IairTricia Carnevale
 
Módulo 3 contexto histórico regular
Módulo 3   contexto histórico regularMódulo 3   contexto histórico regular
Módulo 3 contexto histórico regularCarla Freitas
 
A civilização bizantina
A civilização bizantinaA civilização bizantina
A civilização bizantinaDione Pereira
 
Slides bizantinos 1º. ano
Slides bizantinos    1º. anoSlides bizantinos    1º. ano
Slides bizantinos 1º. anoFatima Freitas
 
Bizantinos e francos
Bizantinos e francosBizantinos e francos
Bizantinos e francosLú Carvalho
 
Império Bizantino e Carolingeo
Império Bizantino e CarolingeoImpério Bizantino e Carolingeo
Império Bizantino e CarolingeoLú Carvalho
 
Módulo 3 contexto histórico profissional
Módulo 3   contexto histórico profissionalMódulo 3   contexto histórico profissional
Módulo 3 contexto histórico profissionalCarla Freitas
 
Alta idade média
Alta idade médiaAlta idade média
Alta idade médiamarcos ursi
 
Império bizantino filé
Império bizantino filéImpério bizantino filé
Império bizantino filémundica broda
 

Mais procurados (20)

Império bizantino e islamismo
Império bizantino e islamismoImpério bizantino e islamismo
Império bizantino e islamismo
 
O IMPÉRIO BIZANTINO
O IMPÉRIO BIZANTINOO IMPÉRIO BIZANTINO
O IMPÉRIO BIZANTINO
 
Cultura do mosteiro contextualização
Cultura do mosteiro   contextualizaçãoCultura do mosteiro   contextualização
Cultura do mosteiro contextualização
 
Bizantinos e carolíngios
Bizantinos e carolíngiosBizantinos e carolíngios
Bizantinos e carolíngios
 
Revisão do conteúdo do 7º ano.
Revisão do conteúdo do 7º ano.Revisão do conteúdo do 7º ano.
Revisão do conteúdo do 7º ano.
 
Bizantinos bárbaros - árabes - 3º Ano
Bizantinos   bárbaros - árabes - 3º AnoBizantinos   bárbaros - árabes - 3º Ano
Bizantinos bárbaros - árabes - 3º Ano
 
Império bizantino
Império bizantinoImpério bizantino
Império bizantino
 
Idade Média: feudalismo e Igreja Católica
Idade Média: feudalismo e Igreja CatólicaIdade Média: feudalismo e Igreja Católica
Idade Média: feudalismo e Igreja Católica
 
Idade Media Oriental - Prof Iair
Idade Media Oriental - Prof IairIdade Media Oriental - Prof Iair
Idade Media Oriental - Prof Iair
 
Módulo 3 contexto histórico regular
Módulo 3   contexto histórico regularMódulo 3   contexto histórico regular
Módulo 3 contexto histórico regular
 
A civilização bizantina
A civilização bizantinaA civilização bizantina
A civilização bizantina
 
Império Bizantino
Império BizantinoImpério Bizantino
Império Bizantino
 
Slides bizantinos 1º. ano
Slides bizantinos    1º. anoSlides bizantinos    1º. ano
Slides bizantinos 1º. ano
 
Bizantinos e francos
Bizantinos e francosBizantinos e francos
Bizantinos e francos
 
Império Bizantino e Carolingeo
Império Bizantino e CarolingeoImpério Bizantino e Carolingeo
Império Bizantino e Carolingeo
 
Módulo 3 contexto histórico profissional
Módulo 3   contexto histórico profissionalMódulo 3   contexto histórico profissional
Módulo 3 contexto histórico profissional
 
Bizantinos
BizantinosBizantinos
Bizantinos
 
Império bizantino
Império bizantinoImpério bizantino
Império bizantino
 
Alta idade média
Alta idade médiaAlta idade média
Alta idade média
 
Império bizantino filé
Império bizantino filéImpério bizantino filé
Império bizantino filé
 

Semelhante a UFCD - CP4 - Processos Identitários

UFCD- CP4- Cidadania e Profissionalidade - Cultura
UFCD- CP4- Cidadania e Profissionalidade - Cultura UFCD- CP4- Cidadania e Profissionalidade - Cultura
UFCD- CP4- Cidadania e Profissionalidade - Cultura Nome Sobrenome
 
Renascimento, reforma, e pre colombiana
Renascimento, reforma, e pre colombianaRenascimento, reforma, e pre colombiana
Renascimento, reforma, e pre colombianadaviprofessor
 
Idade moderna período de transformações prof paulo a
Idade moderna período de transformações prof paulo aIdade moderna período de transformações prof paulo a
Idade moderna período de transformações prof paulo aPaulo Billi
 
Idade moderna período de transformações prof paulo a
Idade moderna período de transformações prof paulo aIdade moderna período de transformações prof paulo a
Idade moderna período de transformações prof paulo aPaulo Billi
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroAna Barreiros
 
A Influência da Igreja Católica Romana no cotidiano do homem medieval - Rosim...
A Influência da Igreja Católica Romana no cotidiano do homem medieval - Rosim...A Influência da Igreja Católica Romana no cotidiano do homem medieval - Rosim...
A Influência da Igreja Católica Romana no cotidiano do homem medieval - Rosim...CAHRA
 
Slide reflexo e conquista da América
Slide reflexo e conquista da AméricaSlide reflexo e conquista da América
Slide reflexo e conquista da AméricaCélia Tavares
 
Introdução ao módulo 5
Introdução ao módulo 5Introdução ao módulo 5
Introdução ao módulo 5cattonia
 
adiversidadehumana-160531160257 (1).pdf
adiversidadehumana-160531160257 (1).pdfadiversidadehumana-160531160257 (1).pdf
adiversidadehumana-160531160257 (1).pdfRAFAEL COSTA
 
A Diversidade Humana
A Diversidade HumanaA Diversidade Humana
A Diversidade HumanaDiogo Mateus
 
História da Economia.pptx
História da Economia.pptxHistória da Economia.pptx
História da Economia.pptxDenisAurlio2
 

Semelhante a UFCD - CP4 - Processos Identitários (20)

UFCD- CP4- Cidadania e Profissionalidade - Cultura
UFCD- CP4- Cidadania e Profissionalidade - Cultura UFCD- CP4- Cidadania e Profissionalidade - Cultura
UFCD- CP4- Cidadania e Profissionalidade - Cultura
 
Renascimento, reforma, e pre colombiana
Renascimento, reforma, e pre colombianaRenascimento, reforma, e pre colombiana
Renascimento, reforma, e pre colombiana
 
Idade moderna período de transformações prof paulo a
Idade moderna período de transformações prof paulo aIdade moderna período de transformações prof paulo a
Idade moderna período de transformações prof paulo a
 
Idade moderna período de transformações prof paulo a
Idade moderna período de transformações prof paulo aIdade moderna período de transformações prof paulo a
Idade moderna período de transformações prof paulo a
 
Ciência da sociedade
Ciência da sociedadeCiência da sociedade
Ciência da sociedade
 
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do MosteiroFicha formativa Cultura do Mosteiro
Ficha formativa Cultura do Mosteiro
 
A Influência da Igreja Católica Romana no cotidiano do homem medieval - Rosim...
A Influência da Igreja Católica Romana no cotidiano do homem medieval - Rosim...A Influência da Igreja Católica Romana no cotidiano do homem medieval - Rosim...
A Influência da Igreja Católica Romana no cotidiano do homem medieval - Rosim...
 
Slide reflexo e conquista da América
Slide reflexo e conquista da AméricaSlide reflexo e conquista da América
Slide reflexo e conquista da América
 
A Idade Média
A Idade MédiaA Idade Média
A Idade Média
 
Humanismo1
Humanismo1Humanismo1
Humanismo1
 
Introdução ao módulo 5
Introdução ao módulo 5Introdução ao módulo 5
Introdução ao módulo 5
 
Humanismo -slides
Humanismo  -slidesHumanismo  -slides
Humanismo -slides
 
adiversidadehumana-160531160257 (1).pdf
adiversidadehumana-160531160257 (1).pdfadiversidadehumana-160531160257 (1).pdf
adiversidadehumana-160531160257 (1).pdf
 
A Diversidade Humana
A Diversidade HumanaA Diversidade Humana
A Diversidade Humana
 
Cap
CapCap
Cap
 
História da Economia.pptx
História da Economia.pptxHistória da Economia.pptx
História da Economia.pptx
 
Aula de HPE.pptx
Aula de HPE.pptxAula de HPE.pptx
Aula de HPE.pptx
 
A cultura do mosteiro 10º ano
A cultura do mosteiro 10º anoA cultura do mosteiro 10º ano
A cultura do mosteiro 10º ano
 
Tarefa 3 8 ano
Tarefa 3   8 anoTarefa 3   8 ano
Tarefa 3 8 ano
 
Revisional PISM I
Revisional PISM IRevisional PISM I
Revisional PISM I
 

Mais de Nome Sobrenome

UFCD - 6578 CUIDADOS DE SAUDE MATERNA 2
UFCD - 6578 CUIDADOS DE SAUDE MATERNA  2UFCD - 6578 CUIDADOS DE SAUDE MATERNA  2
UFCD - 6578 CUIDADOS DE SAUDE MATERNA 2Nome Sobrenome
 
UFCD 366 Plano de Marketing.docx
UFCD 366 Plano de Marketing.docxUFCD 366 Plano de Marketing.docx
UFCD 366 Plano de Marketing.docxNome Sobrenome
 
UFCD-366- plano marketing.ppt
UFCD-366- plano marketing.pptUFCD-366- plano marketing.ppt
UFCD-366- plano marketing.pptNome Sobrenome
 
UFCD - 605 -FLUXOS GESTÃO FINANCEIRA 3ª Parte.pptx
UFCD - 605 -FLUXOS GESTÃO FINANCEIRA 3ª Parte.pptxUFCD - 605 -FLUXOS GESTÃO FINANCEIRA 3ª Parte.pptx
UFCD - 605 -FLUXOS GESTÃO FINANCEIRA 3ª Parte.pptxNome Sobrenome
 
UFCD 366 - ACT. 1 .docx
UFCD 366 - ACT. 1 .docxUFCD 366 - ACT. 1 .docx
UFCD 366 - ACT. 1 .docxNome Sobrenome
 
UFCD - 605- GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS 2ª PARTE.pptx
UFCD - 605- GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS 2ª PARTE.pptxUFCD - 605- GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS 2ª PARTE.pptx
UFCD - 605- GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS 2ª PARTE.pptxNome Sobrenome
 
UFCD -605 -GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS.pptx
UFCD -605 -GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS.pptxUFCD -605 -GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS.pptx
UFCD -605 -GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS.pptxNome Sobrenome
 
UFCD 7851 ARRUMAÇÃO de mercadorias EM ARMAZÉM.pptx
UFCD 7851 ARRUMAÇÃO de mercadorias EM ARMAZÉM.pptxUFCD 7851 ARRUMAÇÃO de mercadorias EM ARMAZÉM.pptx
UFCD 7851 ARRUMAÇÃO de mercadorias EM ARMAZÉM.pptxNome Sobrenome
 
UFCD 6214 - sistema_de_normalizao_contabilstica.pptx
UFCD 6214 - sistema_de_normalizao_contabilstica.pptxUFCD 6214 - sistema_de_normalizao_contabilstica.pptx
UFCD 6214 - sistema_de_normalizao_contabilstica.pptxNome Sobrenome
 
UFCD- 10746- situações endêmicas pandêmicas -virus marburg.pptx
UFCD- 10746- situações endêmicas pandêmicas -virus marburg.pptxUFCD- 10746- situações endêmicas pandêmicas -virus marburg.pptx
UFCD- 10746- situações endêmicas pandêmicas -virus marburg.pptxNome Sobrenome
 
UFCD 6217 - Gastos Rendimentos e Resultados.pptx
UFCD 6217 - Gastos   Rendimentos e Resultados.pptxUFCD 6217 - Gastos   Rendimentos e Resultados.pptx
UFCD 6217 - Gastos Rendimentos e Resultados.pptxNome Sobrenome
 
UFCD - 6223- Direito Aplicado as Empresas.pptx
UFCD - 6223- Direito Aplicado as Empresas.pptxUFCD - 6223- Direito Aplicado as Empresas.pptx
UFCD - 6223- Direito Aplicado as Empresas.pptxNome Sobrenome
 
ufcd 607 - Instituições bancarias e titulos de credito , movimentaçao_das_con...
ufcd 607 - Instituições bancarias e titulos de credito , movimentaçao_das_con...ufcd 607 - Instituições bancarias e titulos de credito , movimentaçao_das_con...
ufcd 607 - Instituições bancarias e titulos de credito , movimentaçao_das_con...Nome Sobrenome
 
UFCD-8518-Inventario.pptx
UFCD-8518-Inventario.pptxUFCD-8518-Inventario.pptx
UFCD-8518-Inventario.pptxNome Sobrenome
 
UFCD 7851 - Classificação de Stocks 1.pptx
UFCD 7851 - Classificação de Stocks 1.pptxUFCD 7851 - Classificação de Stocks 1.pptx
UFCD 7851 - Classificação de Stocks 1.pptxNome Sobrenome
 
UFCD - 7851- Aprovisionamento .Gestão de Stocks.pptx
UFCD - 7851- Aprovisionamento .Gestão de Stocks.pptxUFCD - 7851- Aprovisionamento .Gestão de Stocks.pptx
UFCD - 7851- Aprovisionamento .Gestão de Stocks.pptxNome Sobrenome
 
UFCD - 621 - Planeamento e controlo de produção- 5ª parte-2.pptx
UFCD - 621 - Planeamento e controlo de produção- 5ª parte-2.pptxUFCD - 621 - Planeamento e controlo de produção- 5ª parte-2.pptx
UFCD - 621 - Planeamento e controlo de produção- 5ª parte-2.pptxNome Sobrenome
 
UFCD - 621- Planeamento e controlo de produção- 4ª parte- 1.pptx
UFCD - 621- Planeamento e controlo de produção- 4ª parte- 1.pptxUFCD - 621- Planeamento e controlo de produção- 4ª parte- 1.pptx
UFCD - 621- Planeamento e controlo de produção- 4ª parte- 1.pptxNome Sobrenome
 

Mais de Nome Sobrenome (20)

UFCD - 6578 CUIDADOS DE SAUDE MATERNA 2
UFCD - 6578 CUIDADOS DE SAUDE MATERNA  2UFCD - 6578 CUIDADOS DE SAUDE MATERNA  2
UFCD - 6578 CUIDADOS DE SAUDE MATERNA 2
 
UFCD 366 Plano de Marketing.docx
UFCD 366 Plano de Marketing.docxUFCD 366 Plano de Marketing.docx
UFCD 366 Plano de Marketing.docx
 
UFCD-366- plano marketing.ppt
UFCD-366- plano marketing.pptUFCD-366- plano marketing.ppt
UFCD-366- plano marketing.ppt
 
UFCD 576 - IRC- .pptx
UFCD 576 - IRC- .pptxUFCD 576 - IRC- .pptx
UFCD 576 - IRC- .pptx
 
UFCD - 605 -FLUXOS GESTÃO FINANCEIRA 3ª Parte.pptx
UFCD - 605 -FLUXOS GESTÃO FINANCEIRA 3ª Parte.pptxUFCD - 605 -FLUXOS GESTÃO FINANCEIRA 3ª Parte.pptx
UFCD - 605 -FLUXOS GESTÃO FINANCEIRA 3ª Parte.pptx
 
UFCD 366 - ACT. 1 .docx
UFCD 366 - ACT. 1 .docxUFCD 366 - ACT. 1 .docx
UFCD 366 - ACT. 1 .docx
 
UFCD - 605- GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS 2ª PARTE.pptx
UFCD - 605- GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS 2ª PARTE.pptxUFCD - 605- GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS 2ª PARTE.pptx
UFCD - 605- GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS 2ª PARTE.pptx
 
UFCD -605 -GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS.pptx
UFCD -605 -GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS.pptxUFCD -605 -GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS.pptx
UFCD -605 -GESTÃO FLUXOS FINANCEIROS.pptx
 
UFCD 7851 ARRUMAÇÃO de mercadorias EM ARMAZÉM.pptx
UFCD 7851 ARRUMAÇÃO de mercadorias EM ARMAZÉM.pptxUFCD 7851 ARRUMAÇÃO de mercadorias EM ARMAZÉM.pptx
UFCD 7851 ARRUMAÇÃO de mercadorias EM ARMAZÉM.pptx
 
UFCD 6214 - sistema_de_normalizao_contabilstica.pptx
UFCD 6214 - sistema_de_normalizao_contabilstica.pptxUFCD 6214 - sistema_de_normalizao_contabilstica.pptx
UFCD 6214 - sistema_de_normalizao_contabilstica.pptx
 
UFCD _6217_ .pptx
UFCD _6217_ .pptxUFCD _6217_ .pptx
UFCD _6217_ .pptx
 
UFCD- 10746- situações endêmicas pandêmicas -virus marburg.pptx
UFCD- 10746- situações endêmicas pandêmicas -virus marburg.pptxUFCD- 10746- situações endêmicas pandêmicas -virus marburg.pptx
UFCD- 10746- situações endêmicas pandêmicas -virus marburg.pptx
 
UFCD 6217 - Gastos Rendimentos e Resultados.pptx
UFCD 6217 - Gastos   Rendimentos e Resultados.pptxUFCD 6217 - Gastos   Rendimentos e Resultados.pptx
UFCD 6217 - Gastos Rendimentos e Resultados.pptx
 
UFCD - 6223- Direito Aplicado as Empresas.pptx
UFCD - 6223- Direito Aplicado as Empresas.pptxUFCD - 6223- Direito Aplicado as Empresas.pptx
UFCD - 6223- Direito Aplicado as Empresas.pptx
 
ufcd 607 - Instituições bancarias e titulos de credito , movimentaçao_das_con...
ufcd 607 - Instituições bancarias e titulos de credito , movimentaçao_das_con...ufcd 607 - Instituições bancarias e titulos de credito , movimentaçao_das_con...
ufcd 607 - Instituições bancarias e titulos de credito , movimentaçao_das_con...
 
UFCD-8518-Inventario.pptx
UFCD-8518-Inventario.pptxUFCD-8518-Inventario.pptx
UFCD-8518-Inventario.pptx
 
UFCD 7851 - Classificação de Stocks 1.pptx
UFCD 7851 - Classificação de Stocks 1.pptxUFCD 7851 - Classificação de Stocks 1.pptx
UFCD 7851 - Classificação de Stocks 1.pptx
 
UFCD - 7851- Aprovisionamento .Gestão de Stocks.pptx
UFCD - 7851- Aprovisionamento .Gestão de Stocks.pptxUFCD - 7851- Aprovisionamento .Gestão de Stocks.pptx
UFCD - 7851- Aprovisionamento .Gestão de Stocks.pptx
 
UFCD - 621 - Planeamento e controlo de produção- 5ª parte-2.pptx
UFCD - 621 - Planeamento e controlo de produção- 5ª parte-2.pptxUFCD - 621 - Planeamento e controlo de produção- 5ª parte-2.pptx
UFCD - 621 - Planeamento e controlo de produção- 5ª parte-2.pptx
 
UFCD - 621- Planeamento e controlo de produção- 4ª parte- 1.pptx
UFCD - 621- Planeamento e controlo de produção- 4ª parte- 1.pptxUFCD - 621- Planeamento e controlo de produção- 4ª parte- 1.pptx
UFCD - 621- Planeamento e controlo de produção- 4ª parte- 1.pptx
 

Último

Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdfGiza Carla Nitz
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 

Último (20)

Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdfAula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
Aula 8 - Primeiros Socorros - IAM- INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO.pdf
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdfAula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
Aula 14 - Doenças Respiratórias - DPOC (Enfizema, Bronquite Crônica, Asma).pdf
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdfAula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
Aula 5- Biologia Celular - Célula Eucarionte Vegetal.pdf
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 

UFCD - CP4 - Processos Identitários

  • 1. • A cultura é algo complexo que implica todo um conjunto de fenómenos. • Em tudo o que é humano há sempre um conflito interno, o qual representa uma dualidade entre um Pólo positivo e um polo negativo, podendo gerar conflitos devido à pluralidade de sentidos, o que torna as coisas difíceis de compreender. • • Não existe uma mas várias culturas e todas elas diferentes entre si, pois são constituídas por coisas diferentes (basta um pequeno pormenor diferente para que a cultura ou produto final seja diferente). • A cultura é um produto único que assume a sua unicidade consoante os elementos que a compõem. Cada cultura corresponde a um povo, o qual é influenciado por ela, representa-a e contribui para o seu desenvolvimento. Cultura CP4 – Processos Identitários : Património Cultural Português Ponte Lima Formadora: Patrícia Batista Formanda: Rute Pancha Mediadora: Drª Claúdia Lameiras Coordenadora: Drª Susana Carvalho
  • 2.
  • 3. • Língua – característica que identifica os portugueses , e a maneira como é utilizada no país . Pode ser transmitida através de vários dialetos, diferentes pronuncias , com diferentes significados , mas provém da mesma base . • Raça – o povo original português (continental) contem características muçulmanas . Características genéticas não são respostas ás perguntas colocadas em questão da personalidade portuguesa . As determinantes podem ser erróneas , podem deixar cair as pessoas em falsas ideias . As ideias de que se pensa serem características físicas do povo português provem principalmente do uso em massa do mesmo estilo de roupa , corte de cabelo , estatura física , que originalmente provem da cultura e é isso que nos faz tão parecidos .
  • 4. • História – acaba por ser um fator importante para podermos analisar características determinantes para nos identificarmos como portugueses • Território – a historia vai ser determinado para identificar o português porque ao longo dos tempos houve modificações , mas os colonos não deixam de ser tão portugueses como os continentais . Tal como viver em território português não é o mesmo que ser português .
  • 5. • Gastronomia – pode ajudar a caracterizar o português devido á confeção dos pratos tradicionais , os condimentos , entre outros . • Atividades económicas – é importante ter em conta os valores transmitidos de geração em geração , o mar é só um símbolo de muita importância para o povo português . Ideologia dos Descobrimentos , traço cultural incutido , mas ao nível da pratica já não é relevante para o facto de caracterizar o atual povo mas sim o do passado . • Estas influencias faladas e outras como por exemplo , o clima , os santos populares , o fado , servem para caracterizar a típica personalidade portuguesa .
  • 6. Características mais pertinentes da “Personalidade Cultural Portuguesa”. • A definição de uma personalidade é feita à luz da comparação, sobretudo pelas dificuldades que lhe são inerentes. A cultura nacional é um fenómeno que resulta da combinação de muitos elementos. É uma integração de todas as culturas regionais, resultando uma coisa nova em que elas estão contidas mas transformadas por uma espécie de sublimação espiritual. Como principais características podemos referir o facto de Portugal sofrer de uma grande influência do mar, o que, dado esse aspeto geográfico, lhe confere um carácter expansivo. É um sonhador ativo, é um humano, sensível e bondoso, evitando conflitos num frente a frente. Tem um fundo de solidariedade e ajuda. Porém, tem uma grande capacidade de adaptação e improviso, de “desenrasca”. É tolerante e inibido. Tem noção do ridículo e medo da opinião alheia. É idealista, emotivo e imaginativo, tendo uma forte crença no milagre, em soluções milagrosas “tem sorte”. Tem uma religiosidade humana, mais à escala do homem e não tanto mística ou abstrata.
  • 7. Épocas da Cultura Portuguesa • Várias épocas da cultura portuguesa. Mitos, classe social dominante, sistema cultural em que Portugal se insere e o valor da língua. Os mitos são histórias com fundo de verdade ou não, criadas para explicar certas situações ou para dar alento a um povo e que justificam a estrutura social e religião atual. O 1º mito mais importante é o do Milagre de Ourique. Este provém do mito da cruzada – guerra santa entre mouros e cristãos que visava a expansão da fé cristã em todo o mundo. Nossa senhora apareceu a D. Henrique e disse que ganhariam a guerra, o que aconteceu! Saíram do domínio dos mouros e formaram um reino, Portugal. Portugal passa a ser o paladino da fé cristã, todas as ações são em nome da difusão da fé cristã. O 2º mito é o do Sebastianismo. D. Sebastião vai ser o messias que salvará o povo português do domínio espanhol. Este mito vem demarcar a sobrenaturalidade do reino que o milagre de Ourique dizia ter sido fundado por Deus. O 3º mito é o do V Império. O padre António Vieira, na sua obra “História do Futuro” – 1664, destaca os portugueses na consumação do reino de Cristo na terra. Projetou o mito no futuro e anteviu um novo império mundial com um só rei, um pastor e uma só fé. É uma adaptação do mito judaico e pressupõe uma ideia de linear de tempo em que se antevê o fim do mundo: juízo final e paraíso na terra. A partir do Iluminismo os mitos começam a ser postos em causa, pois a realidade é vista à luz da razão. O segundo critério refere-se às classes dominantes. Estas foram variando ao longo das épocas. No séc. XII eram os cavaleiros – padrão guerreiro. No séc. XV eram também os cavaleiros, mas com um padrão cortesão. No séc. XVI eram os clérigos, devido à reforma católica, inquisição e perda do poder político. No séc. XVIII foi a burguesia, tendo havido uma racionalização do pensamento •
  • 8. • que separou o poder político da igreja, os homens eram considerados iguais à nascença, os jesuítas foram expulsos e houve a laicização do ensino. Houve então uma lenta desintegração cultural da sociedade portuguesa. Quanto ao terceiro critério, podemos dividi-lo em 2 fases: a primeira até ao séc. XVIII e a segunda o divórcio. Na primeira houve várias oscilações em relação a Castela/Espanha. Antes da formação do reino havia um sistema de complementaridade. Já depois da independência política, passou-se para a oposição, afirmando-se o sentimento de nacionalidade. Entre 1385 e 1580 houve uma rivalidade. Já depois disso, houve o domínio castelhano até 1640, em que houve uma provincialização, ou seja, a cultura portuguesa foi subalternizada e provincializada. Na segunda fase Portugal virou-se para o domínio europeu, numa tentativa constante de europeização. Assim, Portugal e Espanha abandonam a cultura peninsular e procuram modelos e valores no ocidente europeu. • O quarto critério divide-se em 3 fases culturais. A primeira foi até à primeira metade do séc. XVI, em que se praticava uma linguagem simples. A segunda fase foi do séc. XVI até ao séc. XVIII, caracterizou-se por um discurso engenhoso. A última foi a partir do séc. XVIII e foi quando se adotou como modelo a linguagem das camadas mais cultas. Combinando estes 4 critérios, a mudança crucial dá-se no séc. XVIII, em que se extingue o mito da cruzada, dá-se o divórcio entre Portugal e Espanha, é o fim do discurso engenhoso e os mercadores passaram a ser a classe dominante.
  • 9. Idade média • Abrange o período do séc. V ao séc. XIV. Teve inicio na Europa com as invasões barbaras, sobre o império romano do ocidente. Esta época estende-se até ao séc. XV – com a retoma comercial e o renascimento urbano. • Características: • Economia ruralizada. • Enfraquecimento comercial. • Supremacia da Igreja católica. • Sistema de produção feudal. • Sociedade Hierarquizada
  • 10. • Politicamente: Relações de vassalagem e soberania. O senhor doava os lotes do vassalo, sendo que este ultimo deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu senhor. As redes de vassalagem estendiam-se por várias regiões, sendo o ser, o senhor máximo. Todos os poderes jurídico, económico e politico concentravam-se nas mãos dos senhores feudais. • Socialmente: Sociedade com pouca mobilidade(mudar de extrato social). A nobreza feudal era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses. O claro tinha um grande poder, responsável pela proteção espiritual da sociedade. Isento de impostos e arrecadava o dizimo. Povo, servos e camponeses. Deviam de pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais.
  • 11. • Economicamente: Baseava-se na agricultura. Existiam moedas mas era pouco utilizadas, mas trocas comerciais efetuavam-se pelas mercadorias - comum numa economia feudal. O feudo era a base da economia, quem o detinha era o mais poderoso. Produção era baixa e as técnicas rudimentares. • Religião: A Igreja católica dominava o cenário religioso. Influenciava o modo de pensar, a psicologia e as normas de comportamento. Tinha grande poder económico pois tinham grandes terrenos e servos a trabalharem para eles. Os monges viviam em mosteiros, passavam grande parte do tempo a rezar e a copiar livros da bíblia. Letrados.
  • 12. • Educação, Cultura e Arte: Só os filhos dos nobres estudavam, o clero ensinava o latim, doutrinas religiosas e tácitas guerreiras. Grande parte da população não tinha acesso aos livros. A arte também era marcada pela religiosidade da época. As pinturas e os vitrais eram um modo de ensinar um pouco mais sobre religião. • Guerras: Principal forma de poder. Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas. Representavam o que havia de mais nobre no período medieval.
  • 13. Fisionomia cultural dos grupos sociais portugueses durante a Idade Média. • A Idade Média inicia-se no séc. XI com a fundação do condado portucalense, em 1096, e vai até ao séc. XV, quando surge o humanismo e o renascimento. • Os grupos sociais portugueses dividiam-se em 3 grandes classes: nobreza, clero e povo. A nobreza tinha como função a defesa do reino e a guerra em que o mais importante era a linhagem e não a força física. Era a classe com mais privilégios. Eram senhores com grandes feudos. O clero, formado pelos religiosos, tinha como função rezar, orar, fazer a ligação com o sagrado e a salvação eterna. Não pagava impostos, tinha protecção superior e tinha direitos sobre os populares. Eram os homens das letras que dominavam a escrita. O povo era constituído pelos labradores (não privilegiados). Faziam parte a burguesia, mestrais, homens bons, peonagem, servos, escravos e assalariados rurais. Eram os iletrados. • É uma época de grande fervor religioso em que se construíram grandes castelos para protecção dos ataques dos mouros e espanhóis. Considerada como idade das pedras, marcada pela peste negra e repressão ideológica por parte da igreja, é uma época repressiva em que dominou o feudalismo.
  • 14. Fundação do Condado portucalense • A reconquista cristã deu-se com a formação do condado Portucale em 1096 – D. Afonso VI separou-o da Galiza e concedeu-o ao conde D. Henrique de Borgonha. • O contado foi concedido a D. Henrique – Dote hereditário – por ter casado com a sua filha D. Teresa. E veio ajudar D. Afonso na reconquista aos mouros. • Foi o seu sucesso militar que permito ter um território suficientemente amplo para viabilizar a existência de Portugal como reino independente. (Alarga a fronteira até a linha do Sado; Conquista Santarém; A sua posse abriu-lhe caminho á tomada de Lisboa; Conquista de Sintra, Almada e Palmela par a defesa de Lisboa.) • Com o aumento do território D. Afonso Henriques (filho D. Teresa e D. Henrique) e sucessores dividiam esforços para o povoamento e organização administrativa, económica e social das áreas conquistadas. Foram concedidas inúmeras cartas de foral, criaram-se os primeiros órgão de administração central e fizeram-se importantes doações de terra e privilégios a ordens religiosas e militares.
  • 15. Resumindo: • EM 1128, Afonso Henriques, proclamou a independência do condado Portucale, iniciando um longo período de lutas com as forças do reino de Leão. Somente em 1143, pelo Convénio de Zamora, tratado de paz (D.AH tinha de prestas vassalagem a D.A VII) ergueu o titulo de rei de Portugal. Em 1185, Afonso Henriques morreu, nesta altura os muçulmanos dominavam apenas o extremo sul de Portugal. O sucessor foi D. Sancho, que continuou a luta até a expulsão dos mouros. Desta forma consolidou-se a primeira dinastia portuguesa: dinastia de Borgonha.
  • 16. Renascimento • Durante os séc. XV e XVI na Europa intensificou-se a produção artística e cientifica. Este período ficou conhecido como o renascimento. Itália berço do renascimento.
  • 17. Contexto histórico: • As conquistas marítimas e o contacto mercantil, ampliaram o comércio e a diversificação de produtos. Como o aumento comércio do orientes, muitos comerciantes e europeus fizeram riquezas e acumulavam fortunas, dispunham de condições financeiras para investir na produção artística. Os governantes europeus e o clero financiavam os mecenas. Era muito comum as famílias pedirem grandes retratos e esculturas junto destes artistas em ascensão. Em Portugal fez-se sentir a influência de Itália, foi onde o comercio mais se desenvolveu, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. (Veneza, Florença, Génova)
  • 18. Características: • Valorizavam a cultura greco-romana. • Despertar do interesse pelos estudos clássicos da antiguidade. • As qualidade mais valorizadas possam a ser a inteligência, o conhecimento e o dom artístico. • Antropocentrismo – O homem passa a ser a personagem principal. • Homem renascentista passa a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e do universo.
  • 19. Significado e importância que adquiriu a Reforma Católica na Cultura Portuguesa Renascentista. • . • O Renascimento surgiu em Itália e foi um vasto movimento cultural que se caracterizou pelo renascer das culturas greco- romanas, tendo-se iniciado em Portugal no século XVI. Aliado a este movimento surge o humanismo, que se caracterizou pela importância dada ao homem e à sua condição. Esta importância dada ao homem fez com que se passasse do teocentrismo (deus é o centro do mundo) para o antropocentrismo (homem como centro do mundo). Havia, portanto, uma aposta no homem. Acreditava-se que o homem devia ser feliz, apostava-se na formação de homens cultos e racionais que criticassem a sociedade, pois a virtude estava na razão. Cria-se então uma nova conceção do mundo, surgindo assim valores culturais contrários aos da igreja. Deste modo surge uma fragmentação do cristianismo e propagam-se ideias protestantes. Com a reforma protestante, criam-se condições mais favoráveis à expansão da ciência, difunde-se uma cultura laica – é invocada a liberdade de crença -, iniciando-se o declínio do domínio cristão. Assim, a igreja sente a perda do poder e reage, com a reforma católica em jeito de recuperar o domínio. Dá-se o Concílio de Trento, onde é reafirmado o dogma e o culto. Surge a Companhia de Jesus, que geria toda a rede de ensino e era responsável pela difusão do catolicismo. É criada a Inquisição, para suprimir a heresia, e o Index, conjunto de livros proibidos. Com a aplicação destas medidas, desenvolvem-se formas exteriores de devoção (espetáculos com música), tenta-se recuperar a escolástica (harmonia entre a fé e a razão), a religião serve de fundamento à ação política e, uma vez que a maioria das pessoas era analfabeta, usa-se a imagem como forma pedagógica para captar as massas, sendo histórias pintadas em azulejos.
  • 20. HUMANISMO • Movimento Intelectual europeu que se caracteriza pela importância dada ao homem, à sua condição humana e individual. Difundiu-se na Itália e Flandes. • Fazem com que se valorize a identidade do homem. Apesar de continuarem a valorizar Deus, afirmam que o homem é um ser racional e com poder critico. Há uma redescoberta das artes da antiguidade clássica. Foi importante um estudo aprofundado das línguas gregas e latinas para possibilitar o contacto direto com as fontes, obres literárias dessa época. • 1550 – Apogeu do Humanismo em Portugal. • Alterações Ideológicas: Valores culturais Greco- Romanos em confronto com as doutrinas da Igreja. Atitudes autoritárias por parte da desta geram descontentamento. Fragmentação da cristandade.
  • 21. Lutero: • Teólogo Alemão. • Fundados espiritual da reforma protestante. • Ligado à cultura e às letras. • Debate teológico em toro da venda de indulgencias pela igreja. • Considerado como herege pelo Papa Leão X. • Excomungado
  • 22. Erasmo de Roterdão: • Teólogo e Humanista • Revolta contra as forma de vida da Igreja. • Purificação da doutrina e liberalização das instituições cristãs. • A correta educação é liberal. • Não queria ser dominado pelas ideias dogmáticas da igreja, por isso nasceu a inquisição.
  • 23. Reforma Protestante: • Vontade de criar novas reformas na religião. O homem estudava sociedades perfeitas, no entanto a vida atual não o era. A questão da perfeição anteriormente era algo só ligado a Deus, agora o homem consegue atingi-lo.
  • 24. Contra-Reforma: • Concílio de Trento: Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fieis, bispos e papal reuniram-se na cidade Italiana com o objetivo de traçar um plano de reação. Ficou decidido: catequização dos habitantes de terras descobertas; Retomada de tribunal do Santo Oficio que punia e condenava os acusados de heresias; Criação do índice de livros proibidos. • Inquisição: Principal instrumento de repressão ideológica. Base de controlo: denuncia. Pressuponha a expulsão dos judeus, os reis católicos sabiam que eles fugiam para Portugal por isso queriam a sua expulsão. Pretendia-se que houve-se um batismo geral da população judaica.
  • 25. Expansão Marítima • Descoberta do caminho marítimo para a índia. Descoberta da América. Nova conceção do mundo. Artes decorativas. Encontro de novas civilizações e culturas. • A expansão foi feita pelo povo português para expandir a fé cristã, intrínseca ás viagens. • Cultura Portuguesa: Muitos portugueses fazem viagens pela Europa. Em Portugal apenas um grupo restrito recebia as novidade da cultura humanista. • Filosofia: Estudos específicos e aprofundados dos textos religiosos. Uso do latim. • Muito devido á reforma católica , o renascimento e o humanismo em Portugal vão durar muito pouco tempo . Há uma perseguição aos artistas renascentistas pela Inquisição . Damião Gois é um dos mais procurados pela Igreja . • Na Europa , porto como a Antuérpia e Bruges , portos protestantes aceitam muito bem o Renascentismo e o humanismo . Deste modo a Inquisição em Portugal vai controlar todo o transporte marítimo e trocas comerciais com os países protestantes ,criando algumas barreiras com os mesmos
  • 26. Mito de Cruzada , Milagre de Ourique • Foi a partir da Batalha de Ourique que D. Afonso Henriques começa a conquistar o território . Pelo Mito de Cruzada , Portugal como nação desenvolveu-se como se fosse a vontade de Deus , e esta nação tinha o destino de espalhar a critica sobre o pecado e instaurar o cristianismo pelo mundo . Portugal é o país escolhido para resolver todos os males e salvar o mundo através de Jesus Cristo . Até ao séc. XIII o território continental foi conquistado até ao Algarve pela mão dos portugueses . E em meados dos séc. XV e séc. XVI , época da expansão marítima este mito adapta-se á realidade portuguesa . Este mito vem assim confirmar a ideia tida na altura do aparecimento deste povo e desta nação .
  • 27. Mito Joaquimita • É uma referência na cultura medieval. Divide o tempo da historia em 3 idades, em que na 3ª toda a gente era civilizada e iria haver salvação. 1º Império: da época espiritual; Deus impera e é o modelo. 2ª Império: Cristo está na natureza. 3º Império: Espírito Santo  máximo saber e comunhão com Deus.
  • 28. 5º Império • (Cultura Judaica): redenção total. • D. Sebastião assume o nosso império, partiu para o desconhecido num período de cruzada em que há o perigo de invasão do infiel.
  • 29. V Império • • Descrito na sua obra História do Futuro (1664), o Padre António Vieira apresenta os portugueses com um lugar de destaque na consumação do reino de Cristo na Terra • • Projetou assim, o mito no futuro e anteviu um novo império mundial com: – um só rei – um pastor – uma só fé • • Não é um mito inovador mas sim uma adaptação de um mito judaico e outro medieval e de profecias • • Pressupõe uma ideia linear de tempo, em que se antevê o Fim do Mundo: – Juízo Final – Paraíso na Terra • • O V Império é o último momento da História do Mundo, quando todos se salvarão • • Envolve um Messianismo - vinda do Messias, do Salvador à terra • • Como podemos verificar, os mitos portugueses apresentados acabam por ter uma força imensa no que diz respeito às representações ideológicas que formaram mentalidades e que serviram o poder ao longo do tempo
  • 30. 2º Época de mitos: • • A partir do século XVIII, com a influência do Iluminismo, os mitos começam a ser postos em causa. A realidade devia ser vista à luz da RAZÃO. A realidade portuguesa estava muito afastada dos mitos. • • Contramito – não é um mito, mas uma tese de Alexandre Herculano (Séc. XIX), uma explicação racional que refuta e desmente todos os mitos passados começando pelo MILAGRE DE OURIQUE. •
  • 31. As áreas e épocas culturais do Portugal Medieval • A sociedade portuguesa na época medieval funcionava segundo uma tripartição funcional: oratores – clero, belatores – nobreza e laboratores – povo. Portugal dividia-se em duas grandes áreas: norte e sul. Havia uma acentuada diferença entres estas áreas. A norte existia uma cultura mais cristã e rural, enquanto a sul era uma cultura mais árabe e urbana. As montanhas do norte estavam bem separadas das planícies do sul. A norte praticava-se um culto à religião mais fervoroso e havia também maior ostentação religiosa. Praticava-se um feudalismo acérrimo a norte e a sul a figura do senhor feudal não existia. As pessoas do sul eram mais racionais e pragmáticas que as do norte. • Relativamente às épocas, podemos distinguir 2: uma entre o séc. XII e XIII e outra no séc. XIV. Na primeira época, havia um grande contacto com árabes e moçárabes. Houve um alargamento da corte régia e complexidade do aparelho político. Havia contacto com a escolástica e houve evolução em alguns mosteiros. Inovou-se a poesia lírica e satíria, havia uma grande criatividade cultural e a população encontrava-se em expansão demográfica. Na segunda época, vivia-se um clima de instabilidade e angústia coletiva devido aos sucessivos maus anos agrícolas, às guerras civis, epidemias e atrofiamento da criatividade literária
  • 32. BARROCO • Forma de arte emocional e sensual, ao mesmo tempo opulento, monumental e excesso de ornamentação. Contradição e dualidade. • Características: • Artes como elemento de prestigio e dominação. • Arte como ostentação de poder. • Função de propaganda – objetivo – levar a imagem do país e do império.. • D. João V – tenta manter o poder. Ambiente de corte como para o grande publico. • Consciência e importância dada á ostentação do luxo.
  • 33. • Socialmente: Clero – Grande influência nos valores e atitudes da época; Os Jesuítas ganham cada vez mais prestigio. Burguesia sem Reconhecimento social; Dualidade no existencialismo do Homem: Poder nobiliárquico, o corpo, os prazeres e as paixões do mundo. & Céu, devoção, busca de salvação da alma, necessidade de Deus e da eternidade. O barroco em Portugal é um visto como a centralização do poder porque as estruturas da inquisição estão a ser abaladas pela burguesia. Reis encarregam-se de manter a ordem.
  • 34. Histórico: • A arte barroca surge como contraste, pós o processo de reformas religiosas, os católicos continuavam a influenciar o cenário politico, económico e religioso. Os artistas barrocos eram patrocinados pelos monarcas, burgueses e pelo clero.
  • 35. Economicamente: • O império marítimo português é cada vez mais atacado por ingleses, franceses e holandeses. Estado tenta resolver alguns problema financeiros. Tratado de methuen - incremento da exportações do vinho. Descoberta das minas de ouro do Brasil – desenvolvimento cultural.
  • 36. Politicamente: • Poder Politico (pós restauração da independência) – Estrutura especial do absolutismo; centralização régia levada ao auge.
  • 37. Religiosamente: • Os efeitos reforma católica – séc. XVII. Reforço da autoridade Papal e da disciplina católica. Reforço da autoridade politica e religiosa situação favorável economia.
  • 38. D. João V: • A sua ação ,mecânica favorece a divulgação da sua imagem. Exibição da grandeza régia além fronteiras. A ostentação de luxo passa a adquirir um valor simbólico dos hábitos sociais, culturais, dos comportamentos e ideologias. Politica e cultura com valor cénico.
  • 39. Caracterização do Barroco como reflexo da mentalidade portuguesa da época • O barroco designava, inicialmente, pérolas imperfeitas, tendo depois passado a designar toda a arte e cultura europeia dos séculos XVII e XVIII. Nesta altura Portugal estava rico devido à vinda de ouro e diamantes do Brasil. Porém, não importava ter, mas sim parecer! O regime político da altura era o absolutismo e D. João V era o rei. Este tinha o poder absoluto sobre o reino. As suas decisões dependiam apenas de si. O rei devia governar como sendo o pai do povo. Foi um período de grande ostentação do luxo, expressão da vaidade e consumos individuais e o estado fazia exatamente isso. O rei encomendava roupas da moda de França. Era importante parecer bem. Muitas das vezes os retratos que eram feitos, inclusive do rei, não ilustravam exatamente o que ele era, mas sim o que gostava de ser. O barroco era isto mesmo. Foi um mascarar da realidade, que não era o que parecia. No retrato barroco a personagem era retratada num ambiente heroico, como ela gostava de se mostrar. O importante era o que as pessoas pensavam e tinham de pensar bem! O barroco era, portanto, a força da aparência, o cerimonial da corte estava no centro das atenções e era importante ostentar o luxo. E esta é uma característica do barroco bem semelhante à mentalidade portuguesa. O emocional sobrepunha-se ao racional, o propósito era impressionar os sentidos do observador. Estavam presentes efeitos decorativos, que serviam apenas para compor e fingir a cena.
  • 40. ILUMINISMO • Surgiu em França, séc. XVII. • Defendia – domínio da razão sobre a visão teo Centrica. Esta forma do pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade. • Razão - Meio capaz de conduzir os homem á ciência e a sabedoria. • Luzes – Naturais que guiam os homens dando-lhes maioridade e autonomia. • Acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiantes substituindo as crenças religiosa e o misticismo que bloqueava a evolução do homem. Busca de respostas e justificações até agora só justificadas pela fé. Século das luzes. •
  • 41. • Liga-se ao experimentalismo e á ciência, afasta conceitos teológicos. Só o homem é responsável – decide, têm coragem. Viajam bastante para conhecer a realidade, interesses pelas línguas. Liberdade da consciência. Aspeto cético – ponto de partida. Mobilidade social – conseguia-se subir de extrato social. • Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois apesar do dinheiro que possuíam, não tinham poder nas questões politicas. Caminhamos para a perfeição, tudo o que está para trás é pior. • • Na historia começa-se a estudar outro ramos, novas mentalidades, usos e costumes, leva a um conceito de progresso muito importante. • O iluminismo vêm por em causa uma estrutura da sociedade, critica o poder do clero, todas as suas ideias e instituições.
  • 42. Caracterização do Iluminismo português tendo em conta os seus principais percursores. • O percursor do iluminismo em Portugal foi D. João V (1706-1750), mas é com a intervenção do Marquês de Pombal que o iluminismo triunfa em Portugal. Influenciado por França e Inglaterra, Portugal vira-se para a Europa e corta relações com Espanha. • A corte enche-se de gente nova que não fazia parte dos grupos sociais já existentes tais como licenciados, filhos de mercadores ou fidalgos ilustres que dominavam as línguas estrangeiras e viajavam bastante. A burguesia passa a ser o grupo social dominante. • O Marquês de Pombal reestrutura a inquisição que passa a depender do estado, acaba a perseguição aos cristãos novos a fim de atrair os seus capitais. Fomenta o comércio através da fundação e apoio de fábricas e criação da junta de comércio. O país passava por uma crise económica devido à má gestão e escassez de ouro do Brasil. Expulsa os jesuítas, implementa uma política fiscal cuidada e reforma o ensino e o sistema judicial.
  • 43. Em que medida a reconstrução da Baixa Pombalina Lisboeta, após o terramoto de 1755, reflete o contexto cultural da época? • Também no urbanismo se sentiram os ideais iluministas. Após o terramoto de 1755, Pombal teve a oportunidade de reconstruir a cidade de Lisboa. Em especial a baixa, segundo um urbanismo moderno para a época. Essa nova organização urbana refletia a sua conceção de estado. Os trabalhos foram confiados a dois grandes engenheiros: Manuel da Maia, e Eugénio dos Santos Carvalho. Essa planta pombalina tinha características uniformizadas: - Ruas largas para a passagem de cavalos e carruagens, passeios para peões, sistemas de esgotos, águas pluviais e de saneamento. - Edifícios com estilo semelhante: sóbrios e harmoniosos, reservando o rés-do-chão para o comércio, a sobreloja para escritórios e dois andares para habitação. -Construção em gaiola. O poder absoluto e centralizador de Marquês de Pombal levou-o a mandar distribuir pelas ruas novo plano da cidade as lojas e ofícios.
  • 44. Principais representantes portugueses: • D. Francisco Xavier(fundou a academia portuguesa); Bartolomeu Gusmão (teórico do mercantilismo); Luís António Verney (sumariou e reuniu o que havia de mais inovador em muitos sectores da cultura europeia);
  • 45.
  • 46. Romantismo • Inicia-se séc. XVIII até finais do séc. XIX • Movimento artístico ocorrido na Europa, nos campos da literatura e da filosofia, vindo mais tarde a alcançar as artes plásticas. • Característica: • Corrente antirracionalista. • Valoriza os sentimento, a imaginação e o nacionalismo em contraste da razão. • Estreita relação entre a literatura e a poesia. • Favorece a espontaneidade e defendia a liberdade do individuo. • A arte e a beleza nascem da imaginação do autor e não pelas regras impostas pelas academias. • Historicismo e revivalismo.
  • 47. • Tal como acontecera com o neoclássico, o reviver historicista seria uma das características do romantismo. No entanto, este regresso ao passado far-se-á, agora, com a substituição da antiguidade clássica pela idade média, como expressão do mundo intimo do artista, na medida em que este passado histórico o emociona. A temática: integração de ruínas medievais na paisagem; representação de figuras heroicas e de acontecimentos desse período, por influencia da literatura. A Historia também como exaltação dos heróis e de acontecimentos recentes, sobretudo na pintura francesa, onde a articulação entre o passado e o presente é constante. França sendo um país potencialmente de escultores cria uma escultura que apela aos sentidos que se caracteriza pela sua energia e dinamismo. Expressa um pensamento do séc. XIX, o culto da heroicidade e da mitologia nórdica.
  • 48. Principais fases do Romantismo Literário Português, tendo em conta os autores que mais de destacaram • O Romantismo teve 3 fases: 1º geração (valores neoclássicos) — As características centrais do romantismo viriam a ser o lirismo, o subjetivismo, o sonho de um lado, o exagero, a busca pelo exótico e pelo inóspito de outro. Também se destaca o nacionalismo, presente na coletânea de textos e documentos que remetem para o nascimento de uma nação, facto atribuído à época medieval, a idealização do mundo e da mulher e a depressão por essa mesma idealização não se materializar, assim como a fuga da realidade e o escapismo. A mulher era uma musa, era amada e desejada mas não era tocada. Almeida Garrett, Alexandre Herculano. • 2º geração (movimento ultrarromântico) — Eventualmente também serão notados o pessimismo e um certo gosto pela morte, religiosidade e naturalismo. A mulher era alcançada mas a felicidade não era atingida. Camilo Castelo Branco. • 3º geração — Seria a fase de transição para outra corrente literária, o realismo, a qual denuncia os vícios e males da sociedade, mesmo que o faça de forma enfatizada e irónica (vide Eça de Queiróz), com o intuito de pôr a descoberto realidades desconhecidas que revelam fragilidades. A mulher era idealizada e acessível. Júlio Dinis e João de Deus • Além das características gerais (individualismo e subjetivismo, ânsia de liberdade, culto da natureza, idealização da mulher, insatisfação ou “mal do século”, etc.), convém destacar que o Romantismo português caracteriza-se por um retorno ao passado. Os escritores portugueses procuram ambientar os seus romances na Idade Média, tentando recuperar ideais de coragem. Esta tendência dá forte cunho nacionalista às obras do Romantismo português, pois ao evocar o passado, exalta-se a Pátria, cultuam-se as tradições lusitanas. Trata-se da evocação saudosista de um passado de glórias, em que Portugal expulsava os mouros de suas terras e afirmava-se como nação. Surgem, então, os romances históricos, os poemas inspirados no cenário da Idade Média
  • 49. REALISMO • 1830/1870 • Movimento artístico e cultural que se desenvolveu na segunda metade do séc. XIX. • Possuía forte carácter ideológico, marcado por uma linguagem politica e de denúncia dos problemas sociais. • Com uma linguagem clara, artista e escritores iam diretamente ao foco da questão, reagindo com subjetivismo do romantismo. • Naturalismo correto do realismo mas sem conteúdo ideológico. • Artes: Poeposta artística oitocentista antiacadémica que intimamente ligada á literatura se desenvolveu inicialmente em França. Pretendeu retratar de modo fotográfico a natureza e a realidade física e humana. Denunciando contradições e injustiças sociais, atribuindo uma função social à arte. Os conteúdos temáticos principais centram-se na paisagem e em temas de compromisso social ligados ao mundo rural e urbano. (camponeses e operários). Na literatura temos também criticas à igreja e burguesia, preconceito e intolerância. (protagonista: Eça Queirós e Flaubert. E Courbet, Carot e Millet)
  • 50. Em que contexto sociocultural se inserem a Questão Coimbrã e as Conferências do Casino? • Estes dois aspetos inserem-se na fase de transição do romantismo para o realismo. A Questão Coimbrã foi o que ditou o fim do romantismo em Portugal. A questão coimbrã foi uma revolta em defesa dos jovens escritores que defendiam novas ideias. Este acontecimento acabou por pôr fim ao romantismo, dando início ao realismo. Corrente literária baseada nos factos, que muda do belo e do ideal para o real e objetivo. Tanto que, numa das conferências do casino, Eça de Queiroz afirmou “O Realismo é uma reação contra o Romantismo: O Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do carácter. É a crítica do homem”. A implementação desta nova corrente veio gerar uma reviravolta a nível cultural. A intenção não era destabilizar, mas incentivar a procura de novos princípios e ideias que fortalecessem a estabilidade e progresso cultural. Para a geração de 70 (responsáveis pela questão coimbrã e pelas conferências do casino) a cultura portuguesa estava apática e “adormecida”. Era preciso despertá-la. Daí se ter criado este movimento, impulsionador de uma mudança ideológica.
  • 51. Geração 70 e 90 • Ultima tum: • Mapa cor-de-rosa. • Portugal tinha Angola e Moçambique. • Discutia-se o poder de Portugal entre ambas as terra e não o poder nas terras. • Com a conferencia de Berlim surge uma nova ideia territorial – direitos adquiridos presenciais pois até então o poder histórico prevalecia. • Inglaterra: Potencial mundial e financeira. • Pretendia alargar o seu território. • Tinham grande produção de bens e matérias-primas mas que para ir ao encontro de novos domínios têm de ter esses territórios. • • Ideia de decadentismo já era anunciada na geração de 70. • Os intelectuais vão-se reunir no manifesto do decadentismo – monarquia fraca. • Movimentos republicamos ganham terreno: Portugal não consegui fazer face ao ultima tum; Monarquia entra em declínio; ódio aos ingleses; contestação geral; • Decadentismo: corrente literária que surge nos anos 80; mantêm-se até ao séc. XX; população desiludida; ausência de esperança no futuro.
  • 53. SÉCULO XX • Primeira Republica • A primeira republica foi o sistema politico que sucedeu ao governo provisório de Teófilo Braga. Instável devido a divergências internas entre os mesmos republicanos que originaram a revolução de 5 de Outubro. • Vanguardas: Fauvismo, expressionismo, cubismo, futurismo, orfismo, abstracionismo. • A vida tão propagada pelos artista intelectuais modernos passa a ser uma realidade. Novos hábitos, costumes afetam o quotidiano das pessoas. A população vivia eufórica com a revolução industrial.
  • 54. Modernismo Português: • É marcado pela presença dos artistas portugueses em Paris, centro das vanguardas artísticas. Permitiu o contacto com as mesmas dando origem a um grupo de artistas que cortaria com a tradição naturalista em Portugal de então. Deste grupo salienta-se Amadeu de Souza-Cardoso, sendo a nossa principal ligação com as vanguardas. O regresso a Portugal foi determinam-te para o contacto do publico geral com essas vanguardas.
  • 55. ESTADO NOVO • Regime politico autoritário e corporativista do estado. Vigorou durante 41 anos. Foi criada por: Razões ideológicas e propagandistas; entrada de uma nova era; Conceção antiparlamentar e antiliberal. • Fundador foi Salazar (salazarismo: reflete a figura do “chefe”, o seu estilo pessoal de governação) • Seguiu-se Marcelo Caetano (Marcelismo) • O estado novo foi derrubado pela revolução de 25 de Abril de 1974.
  • 56. Principais mecanismos que determinam a cultura portuguesa durante o Estado Novo. • Em 1933 é elaborada a nova constituição que concentra os poderes no presidente do conselho (António Oliveira Salazar) e no presidente da república (Óscar Carmona), o chamado presidencialismo bicéfalo. • Toda a cultura portuguesa foi determinada pela forma ditatorial como o governo geria o país, com um regime de partido único, que sobrepunha os interesses da nação aos interesses individuais. O governo suprimiu todas as liberdades, substituindo-as por “leis especiais” que ficavam ao seu livre arbítrio. Nada era feito sem prévia autorização do governo, como por exemplo: a constituição de associações políticas/culturais/recreativas/desportivas/sociais. A opinião pública era gerida de forma a evitar excessos e cultivar os bons princípios. Culturas, ideias e valores estrangeiros em que a liberdade predominava tinham acesso negado na fronteira portuguesa. O governo receava a entrada de ideias revolucionárias ou contra a chamada ordem estabelecida. Conservador, o regime de Salazar assentava na trilogia Deus-Pátria-Família e tinha como grande aliado a repressão da polícia política (PIDE). A censura nas suas mais diversas formas também fazia parte desse aparelho de repressão.
  • 57. 25 de ABRIL • Golpe de estado militar que derrubou num só dia, o regime politico mais antigo da Europa, sem resistência das forças leais do governo, que cederam perante a revolta das forças armadas. Foi conduzido pelos oficiais intermédio da hierarquia militar (MFA) na sua maioria capitães. A revolução trouxe a liberdade ao povo português. Programa dos 3 D’s: Democratizar; Descolonizar; Desenvolver.
  • 58. Cultura Portuguesa • Portugal – Origens • I – Peninsula Ibérica – Mescla Étnica • - Sobreposição de numerosas civilizações correspondentes a Povos cujo movimento emigratório era interrompido pelo mar; • - Vestígios arqueológicos – Paleolítico Superior (C. 500 000 a.C.); • - Sucessivas técnicas de trabalho da pedra até ao período dos metais; • - Riqueza mineira – cobre e estanha – atrai exploradores – Castro de Zambujal (Torres Vedras) – mais antigo vestígio de exploração económica vindo do Oriente; • - Duas culturas mais típicas do ocidente peninsular com influência oriental; • - Cultura megalítica – construção de grandes pedras (Antas/Dolmens) (menir – Odrinhas); • - Cultura campaniforme – região do Tejo – vasos de cerâmica em forma de Campanula; • - Invasões dos Povos do Centro da Europa – 1º milénio; • - Celtas (instrumentos de ferro/artesãos – arrecadas de ouro); • - Misturam-se com as populações já instaladas – Celtiberos/Tribos Celtibéricos; • - Lusitanos – são os celtiberos que vivem entre o Douro e o Tejo; • - Galaicos – vivem a norte do Tejo (origem Celta).
  • 59. II – Domínio Romano • - 219 A.C. desembarcam as primeiras tropas romanas na Península (Catalunha – Ampúrias); • - 200 anos depois – Península romanizada (exceto País Basco); • - Resistência lusitana – Viriato (147 a.C. a 139 a.C.); • - Ação colonizadora romana; • - Elimina quase completamente as diferenças culturais e linguísticas; • - Conduz à formação de uma população homogénea – a população hispano romana; (Anterior organização económica – tribos, propriedade coletiva, economia de subsistência).
  • 60.
  • 61. Organização Colonial Romana • 1 – Exploração dos recursos locais – agricultura (ex: vinha), exploração de minérios e pesca (exportação de peixe conservado com sal); • 2 – Emprego da moeda (instrumento de troca – cunhagem de moedas); • 3 – Unidade agrícola predominante – villa, núcleo de terras férteis que o proprietário explora diretamente com os escravos ou parcelas dispersas, cultivadas por colonos semilivres, que entregavam uma parte da produção ao proprietário da villa. (Com a decadência económica do século III a situação dos colonos aproximou-os da dos escravos). • 4 – Unidade social das Províncias Romanas – rede de estradas, construção de pontes e ação administrativa; • 5 – Províncias Romanas – capitais (Galécia – capital Bracara; Lusitânia – capital Mérida).
  • 62. III – Invasões Bárbaras (século V – 409-420 D.C.) • - Populações peninsulares quase não opuseram resistência às invasões bárbaras (“Os proprietários eram mais bárbaros que os próprios bárbaros” – S. Jerónimo); • - Suevos – fundam um reino que dominava, aproximadamente, o atual território português, com sede em Braga, tornam-se agricultores; • - Visigodos – unem toda a Península sob o seu domínio político; • - Clero – representante da Antiga Cultura Peninsular, torna-se na classe socialmente dominante. • - Trabalhador da villa – é filho da Igreja (filii ecclesiae – filigrés – freguês – junta de freguesia…); • - Sobre a villa, unidade de exploração agrícola, surge a freguesia, unidade moral, nascida do culto e da vizinhança; • - Durante o domínio visigótico – instala-se a organização de dioceses e paróquias.
  • 63.
  • 64. IV – Ocupação Muçulmana (711 D.C.) • - Invasão árabe destrói a Monarquia visigótica e a organização senhorial, baseada na posse de villas, mas não elimina a organização moral das paróquias; • - O proprietário nobre era obrigado ao serviço militar (nobres resistem); • - Os servos não tinham esse dever (não resistem).
  • 65. Lei • - Igualdade de Direitos para quem aceitasse a nova religião; • - Tributação e liberdade de culto para quem conservasse a antiga fé; • - Morte ou venda como escravo para quem resistisse pela força.
  • 66. Servos • - Ficam nas villas (destruída a organização senhorial); • - Reúnem-se para resolverem os problemas da vida coletiva (afolhamentos, pastagens, águas, moagens, justiça, defesa) e tomam decisões;
  • 67. Nascimento dos Concelhos • - Forma de organização social assente na autoridade da vizinhança (conciliu – concelho- reunião…)
  • 68. Contributos Muçulmanos • - Novas plantas (citrinos, produtos hortícolas); • - Técnicas de aproveitamento da água; • - Moagem hidráulica (roda vertical da azenha – a horizontal já vinha da época romana) • a) Aumentam a produtividade da terra; • b) Dispensam o trabalho do escravo; • c) Facilitam a propriedade individual. • - Nascimento da horta (pequena exploração agrícola, relacionada com o abastecimento urbano); • - Nascimento da pequena classe média rural.
  • 69. A Reconquista • - Os nobres proprietários visigodos aquando da ocupação muçulmana, refugiam-se nas montanhas do norte da Península (Astúrias); • - Séculos IX e X – início da Reconquista (lenda de Pelágio – rei das Astúrias, fundou o seu reino com refugiados visigodos e alcançou a primeira vitória sobre os muçulmanos na Reconquista, em Covadonga, Astúrias – 718 D.C.); • - Galiza – uma das regiões onde a luta entre cristãos e árabes foi mais renhida – modelou alguns dos traços sociais da população e foi o local de origem da sociedade medieval portuguesa; • 1º Grande local de peregrinação – Terra Santa; • 2º Grande local de peregrinação – Roma.
  • 70. Consequências da Reconquista • - As populações revoltaram-se diversas vezes contra os reconquistadores (nobres…); • a) Porque estes não aceitavam as organizações dos vizinhos; • b) Porque os reconquistadores só tinham um objetivo: apoderarem-se da Terra e de tudo aquilo que aí havia, incluindo pessoas (Servos…); • - As revoltas não eram de caráter religioso (ideia de cruzada só surge em 1096 – 1ªcruzada); • - As populações voltaram à sua primitiva servidão.
  • 71. • 1) Norte do Douro – a população é constituída por senhores e servos (Norte Senhorial, Nobreza e Clero); • 2) Sul do Douro – As instituições espontâneas de governo popular e a moçarabização da população duraram mais tempo (conquista definitiva de Coimbra em 1064); • 3) Entre Douro e Minho – terra de senhores e mosteiros (topónimos: vila, paço-casa de proprietários); • 4) Entre Tejo e Douro – terra de concelhos e do rei; • 5) Alentejo – terra de Ordens Militares e de trabalhadores por conta alheia.
  • 72. • - As condições sociais anteriores à fundação da nacionalidade geram uma tensão entre as zonas de servidão e as zonas de liberdade; (Coutos – a importância dos coutos resulta desse desnível – gozavam de privilégios quanto à justiça, impostos, etc…; Em 1082 – extensão de terras onde é proibida a entrada a estranhos); • - Reconquista (ritual) – a ocupação das terras conquistadas fazia-se com o toque de trombetas e a bandeira (real) desfraldada. Este ritual era, simbolicamente, a exteriorização da implantação: • a) de um domínio religioso, político e social; • b) do domínio do evangelho contra o Corão (novo Estado cristão contra o Sarraceno); • c) do domínio dos senhores contra os “servos”, ou seja, da sociedade senhorial contra a sociedade foral.
  • 73. • - “Norte Atlântico” – país senhorial e feudal, origem da nobreza medieval e da nobreza portuguesa em todas as épocas. Forneceu ao país o modelo de repartição social que predominou em toda a sua história até ao fim do século XIX; • - “Norte Interior” – local onde se forma o espírito municipalista, a partir dos concelhos do tempo da reconquista. Oferece ao país o modelo de organização municipal, que se estenderá ao resto do país com a ajuda do Estado; • - “Sul Mediterrâneo” – área onde sempre se manteve a tradição de uma economia urbana, que sempre predominou sobre a economia rural. Oferece ao país o modelo urbano, a partir do qual se desenvolveu uma política nacional, com a ajuda do Estado. Sempre se fortaleceu mais na utilização de recursos materiais e de processos de dominações de tipo urbano do que dos correspondentes recursos agrícolas.
  • 74. V – Os Condados • - Governo/defesa dos territórios era entregue a ricos homens, nobres que os governavam com o título de condes; • - Portugal (Portucale) – nome de uma povoação próxima da foz do Douro; • - Condado de Portugal foi durante mais de um século governada por ricos homens da mesma família, os Mendes; • - O governo de Coimbra funda também um condado desde a sua primeira conquista (878) até ser novamente conquistado pelos mouros; (Após a segunda conquista cristã – 1064 – o governo foi exercido não por um nobre hereditário mas por Sesnando, moçárabe descendente de Judeus de Tentugal, que tinha sido governador em Sevilha e vai exercer uma importante ação administrativa). • - Em 1111 a população burguesa de Coimbra e Sesnando revoltam-se contra o Conde D. Henrique, impondo-lhe a concessão de garantias e a proibição de entrada na cidade dos seus funcionários;
  • 75. • "Ponte de Lima oferece, a mais bela coleção de casas fidalgas de Portugal. Ainda nas mãos dos seus morgados, algumas, deterioradas, tantas destas; nas mãos de caseiros, as ruínas de outras; reduzidas a um portal brasonado, a maioria. Representam, porém, o mais vasto campo para o estudo de heráldica, de genealogia, de arquitetura, para o simples diletante, o artista, o curioso, o poeta." (Conde D'Aurora, Monografia do Concelho de Ponte do Lima, 1946) • https://www.vagamundos.pt/visitar- ponte-de-lima-roteiro/
  • 76. • A monumentalidade do concelho de Ponte de Lima congrega um sem fim de testemunhos histórico-culturais pelas freguesias do concelho, representando o casco histórico da vila, uma relíquia de Portugal. Dignos de relevância, os monumentais fontenários, chafarizes, alminhas, cruzeiros, pelourinhos, capelas, pórticos, pequenas pontes românicas. Destaque-se a importância do conjunto patrimonial edificado, testemunho da Casa Portuguesa do Século XVII e XVIII, arquitetura erudita ou popular que marcaram na história os Solares da Ribeira Lima, constituindo a referência no produto turístico " Solares de Portugal" imagem de marca do Turismo de Habitação.
  • 77. A Ruralidade • Ponte de Lima celebra cada ano noventa e sete Festas e Romarias calendarizadas. Há 800 anos, quinzenalmente, acontece a Feira, privilégio dado por D. Teresa em 1125, conservando a sua peculiaridade até aos nossos dias e reunindo todas as gentes, artes e ofícios da Ribeira Lima. Considerado dia da féria - pagamento da quinzena - dia de festa - dia de namorar para as gentes do campo e dia de vir à vila "para tratar do negócio".
  • 78. - A conquista da Independência • a) Os fatores da independência • 1 – O Feudalismo – tendência da Alta Nobreza para fugir à vassalagem; • 2 – Existência de uma comunidade etnicamente diferenciada; • 3 – Antagonismo de interesses entre o Norte senhorial e o Sul municipal. Existência de forças populares que apoiaram o rei; • 4 – Rivalidade dos nobres portucalenses em relação aos da Galiza; • 5 – Luta do Clero (bispos) no sentido da independência das suas dioceses em relação às Sés de Compostela e Toledo (ação de D. João Peculiar, bispo de Braga). • b) Fundação da Monarquia (a unificação política do Norte e do Sul dará origem ao reino de Portugal)
  • 79. • 1 – Em 1096 Afonso VI, rei de Leão e Castela reuniu num só condado os territórios de Portucale e Coimbra; • 2 – Os territórios foram concedidos a um cavaleiro francês, Henrique de Borgonha, que casou com D. Teresa, filha do rei (D. Henrique morre 1112? 1114?); • 3 – Em 1128 D. Afonso Henriques enfrenta a mãe na Batalha de São Mamede, ajudado pelos burgueses de Guimarães; apodera-se do governo do Condado; recusa a autoridade do rei de Leão; (1139 – Batalha de Ourique); • 4 – Tratado de Zamora – 1143 – é concedido a D. Afonso Henriques o título de rei (que já usa desde 1139…). Só em 1179 o título é reconhecido pelo papa;
  • 80. • c) Conquista do Sul (conquista de Lisboa, Alcácer do Sal, Silves – auxílio dos cruzados estrangeiros, que passavam nos portos portugueses a caminho do Oriente – Terra Santa). • 1 – Conquistas de Santarém e Lisboa – 1147 – colocam a fronteira na linha do Tejo; • 2 – Em 1158 conquista de Alcácer do Sal – tenta-se ocupação do Alentejo (Beja e Évora – 1159); • 3 – Entre 1165/6 – 1167/9 – Geraldo, o Sem-Pavor, apoderou-se de grande parte do Alentejo, dos dois lados do Guadiana. (1167 – Afonso Henriques prisioneiro do rei de Leão, aliado dos mouros de Badajoz). • 4 – 1189 – Conquista de Silves e de todo o Ocidente algarvio (Almorávidas – confraria de monges e nobres berberes, que reinou no Magreb e na Andaluzia – Al Andaluz – nos séculos XI e XII – capital Marraquexe. Os Almorávidas refizeram a unidade da Espanha muçulmana, ameaçada pelos reinos cristãos e receberam a herança cultural andaluza. Foram derrubados pelos Almoádas – Tomada de Marraquexe em 1147). (1160 – Ofensiva almóada na Península Ibérica – Dinastia berbere que destronou os Almorávidas e reinou no Norte de África e Andaluzia de 1147 a 1269. Invadiram e dominaram o sul da Península Ibérica, pondo em causa a segurança dos reinos cristãos). (anos 80/90 – perda de territórios cristãos a sul do Tejo). Almoádas foram derrotados em Espanha, na Batalha de Navas de Tolosa – 1212 – entraram em decadência na África do Norte, acabando por ser derrotados pelos Merínidas.
  • 81. • d) A política Real: proteção aos concelhos, não se conhece nenhuma nomeação de Condes nos reinados dos primeiros reis; • - Não há notícias de governos locais, além dos concelhos e das ordens monástico – militares; • - Os ricos homens exerciam a sua autoridade em nome do rei; • - Só o rei tinha direito de cunhar moeda; • - A orientação política predominante é a de apoio aos concelhos, que asseguram a administração e o pagamento dos impostos, e fornecem as tropas aos reis; • - As terras dos nobres e da igreja estavam isentos do pagamento de imposto, ao contrário do que acontecia com a propriedade popular; • - A administração através dos municípios representava uma vantagem económica para a coroa; • - D. Sancho I chega a confiscar os bens dos nobres que o não quiseram servir e doa esses bens a concelhos recentemente criados, para a construção das muralhas.
  • 82. Portugal séculos XII-XIII • D. Afonso Henriques (1127/1139-1185) • - Entre 1127 e 1184 – concessão de 44 forais; • - Entre 1170 e 1185 – cunhagem das primeiras moedas de ouro portuguesas – “Morabitinos”; • - Entre 1130 e 1150 – início da construção da Igreja Românica de Cedofeita e das Sés do Porto e Coimbra (Ordem de Santa Cruz); • - 1153 – Fundação da Abadia de Alcobaça (Ordem de Cister); • - 1160 – Construção do Castelo de Tomar e início da construção da Sé de Lisboa.
  • 83. D. Sancho I (1185-1211) • - Foral da Covilhã (mais 57 forais); • - Revolta da nobreza; • - Esquadra de cruzados saqueia e abandona Silves; • - Fundação da Guarda (1199); • - Guerras com Leão; • - Conflitos do rei com bispos de Coimbra e Porto; • - Revolta dos burgueses portuenses contra o bispo.
  • 84. Cultura – séculos XII-XIII • a) As 3 matrizes culturais • 1 – Cristã – difundida pelo culto religioso e pela pregação; • 2 – Árabe – irradia dos centros urbanos e é absorvida por importantes setores da população – tem alto nível literário e técnico; • 2.1) Nível literário: poesia “Carjas” (Silves); • 2.2) Nível técnico: ourivesaria, metalurgia, astrologia (“Astronomia”), advocacia, arquitetura… • 3 – Judaica – ministrada nas escolas das comunidades judaicas existentes em todas as povoações importantes; • Judeus: afirmam-se a nível das profissões que assumem maior preparação cultural – medicina, farmácia, astrologia, advocacia e finanças. • (Talnude – toda a cidade onde as crianças não forem à escola, está destinada a perecer); • Talnude – vasta confilação de comentários sobre a lei religiosa do Tora (lei escrita);
  • 85. • Constitui a obra mais importante do judaísmo pós-bíblico. Está escrito em hebraico e em aromático. Foi elaborado nas escolas da Palestina, no séc. IV e na da Babilónia nos séculos VI-VII. Tem duas redações distintas: o Talnude Palestiniano, chamado impropriamente de “Jerusalém” e o Talnude Babilónico, mais importante e mais aprofundado. • As 3 culturas estão ligadas territorialmente, apesar dos credos religiosos serem “incompatíveis”; • Cultura cristã – grupo portador da cultura literária e técnica mais atrasada, levará à destruição de tudo o que pudesse recordar as culturas vencidas, monumentos, documentos, práticas, ideias…
  • 86. • A Inquisição (1536) será a última fase dessa destruição. • A contradição cultural e o triunfo da cultura menos avançada, deixarão marcas na maneira de ser racional: intolerância religiosa, subestimação da cultura/aprendizagem. • b) Cultura literária e tradição oral
  • 87. • 1 – São do século XII os mais antigos documentos escritos em português (testamento de Afonso II); • 2 – Nas catedrais e em alguns mosteiros o Clero é ensinado (em 1192, Sancho I doa 400 morabitanos a Santa Cruz de Coimbra para os monges irem estudar para França). No século XII, Alcobaça torna- se um dos mais importantes centros culturais de Portugal: • - Biblioteca com códices de quase todas as regiões da Europa; • - Esses códices (obras religiosas) serão traduzidos pelos monges de Cister (teocentrismo a nível do Clero, Nobreza e Povo…); • 3 – O mais antigo trovador (tradição celta – bordo) é João Soares de Paiva (1141, pertence à geração de D. Sancho I, cantigas de escárnio). O mais recente é o Conde de Barcelos (1354);
  • 88. • 4 – Cancioneiros – contém a fixação escrita – “cantigas” – de uma antiga tradição oral. • 4.1) Cancioneiro da Ajuda (fins do século XIII); • 4.2) Cancioneiro da Biblioteca Nacional (século XVI); • 4.3) Cancioneiro do Vaticano (século XIV – desaparece – século XVI).
  • 89. 5 – Cantigas: • 5.1) Cantigas de amigo: têm origem na tradição folclórica do Nordeste Peninsular, que se combinam com as corjas, poesia de origem árabes e com a tradição lírica Judaica – barcarolas ou marinhas, bailias ou bailadas, cantigas de romaria, albas… • 5.2) Cantigas de amor: influência provençal – cantigas de mestria, tenções… • 5.3) Cantigas de escárnio e maldizer: sátira, direta ou velada, a certos aspetos da vida da Corte, em especial recaindo sobre os jograis. • 6 – Romance/rimances – género de composição transmitida oralmente em que pela primeira vez, a língua falada ganha forma literária (género poético- narrativo), ponto de partida para o atual romance.
  • 90. Mitos importantes da história de Portugal: • Milagre de Ourique • • - Este mito provém do Mito da Cruzada (nasce da guerra santa travada entre mouros e cristãos de todas as nacionalidades e visava a expansão da fé cristã a todo o mundo) • A adaptação deste mito à história nacional: • • Nossa Senhora apareceu a D. Henrique, na altura príncipe, e disse que ganhariam a guerra, escapando, assim, do domínio dos mouros e que assim se formaria um reino – > o que acabou por acontecer • • Com a adaptação do Mito da Cruzada a realidade portuguesa, Portugal passa a ser o paladino da fé cristã – a partir desse momento todas as ações são em nome da difusão da fé cristã. • • Sebastianismo • • D. Sebastião acaba por encarnar a figura do Messias que irá salvar o povo português do domínio espanhol (messianismo) • Este mito acaba mais uma vez por demarcar a sobrenaturalidade do reino que Milagre de Ourique demonstrava ter sido fundado por Deus.
  • 92. Gastronomia • Em Ponte de Lima a gastronomia, suculenta e saborosa, tem o seu ex-libris no Arroz de Sarrabulho, servido com rojões de porco, um prato rico em sabores e tradição. A lampreia do Rio Lima também é muito apreciada. Esta iguaria pode ser cozinhada de diversas formas, com destaque para o Arroz de Lampreia e para a Lampreia à Bordaleza. Uma palavra de realce para o Bacalhau de Cebolada, prato tradicional estimado a nível popular, confecionado nas tascas e nos restaurantes limianos, tornando-se num pitéu afamado e muito procurado. Os mais gulosos, os que gostam de doces, não podem deixar de saborear a textura do Leite-Creme queimado
  • 93. A Gastronomia • Considerado o Santuário da Gastronomia Portuguesa, Ponte de Lima recebe semanalmente milhares de apreciadores da cozinha tradicional rural, salientando-se o Sarrabulho e a Lampreia, acompanhados de vinho verde branco e tinto, produzidos no concelho (Adega de Ponte de Lima tem 10 mil produtores de vinho), acrescentando-se a doçaria tradicional.
  • 94. Ponte de Lima no Coração do Vale do Lima • O Vale do Lima apresenta um turismo vivo no contexto da sub- região Norte Litoral de Portugal, testemunhando a vocação do descobrir da cultura local específica e a aliança feliz com a natureza. A situação estratégica, completando os concelhos de Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Viana do Castelo, entre dois eixos transversais fortemente industrializados - Vigo/Pontevedra a Norte e Braga/Porto a Sul, destaca as características peculiares de ruralismo no seio de um Património Humano, Cultural e Paisagístico intocado.
  • 95. . Centros de Interesse • Marginando o Lima ou penetrando no seu coração, embebidos na sua luminosidade dum encanto único, descobrimos o concelho de Ponte de Lima em toda a sua dimensão espácio- temporal primando um turismo de qualidade e diferenciado, valorizando o amanhã na defesa do sábio pensamento, "não herdamos a Terra dos Nossos Pais tomamo-la emprestada aos nossos filhos". O concelho de Ponte de Lima forma o conjunto de 51 freguesias, numa área de 32.120 hectares e a população de 45.000 habitantes, concentrando-se na sede do concelho 4.000 habitantes.
  • 96. A monumentalidade: • Com o espírito preocupado e atento oferece às gentes de todo o lado, montanhistas, viajantes, poetas, aventureiros, caçadores, curiosos, geólogos e historiadores, a descoberta dos caminhos e trilhos culturais, históricos e religiosos; a contemplação das florestas, bosques e bosquetes, matos e pastagens, das montanhas aos penedos e lagos, dos milhos e hortas e ramadas, das espécies únicas no mundo, um sem fim de monumentos com o usufruto da hospitalidade personalizada, livro aberto da História de Portugal. As feiras do Lima, romaria, gastronomia e artesanato tradicionais, a arquitetura no granito rijo e grosso da terra afeiçoado por oito séculos de artistas, quantos exemplos raros e belos de Portugal. O Românico e Heráldica, as Igrejas, os Mosteiros, os Conventos, Recolhimentos, Ermidas, Capelas, Chafarizes, Cruzeiros, Lápides, Espigueiros, os Caminhos de Santiago de Compostela, os folguedos populares, tradicionais e típicos na sua rude pureza folclórica, os ranchos de aldeia cantando ao desafio em pleno virar do século. O simbolismo pagão trespassado, a cristandade, a Vaca das Cordas nas vésperas do Corpo de Deus, pipas de Verdasco da cepa da terra, Terra de Lendas vivas, vestígios que precederam Roma, fontes medievais, frescos góticos, azulejos de padrão único no mundo
  • 97. • Na vila de Ponte de Lima é presença obrigatória a monumentalidade em cada esquina, atravessada pela ponte e o rio batizando a vila; rio romano, árabe e Grego. Nestas terras velhas como o mundo, velhas como a humanidade, alberga o rio a cultura castreja, romana e românica mais antiga da Galiza e do Norte de Portugal. A história e a lenda confundem- se nestas paisagens milenares.
  • 98. A Ruralidade • Ponte de Lima, conhecida pela sua localização estratégica no Vale do Lima, entre uma área litoral urbana e um interior complementado com o Parque Nacional da Peneda Gerês constitui uma bolsa rural por excelência em Portugal. Conservando e preservando as suas origens rurais, o visitante pode usufruir da paz bucólica das paisagens, das estâncias e miradouros, do sossego e do musicar das gentes rurais, o Turismo no Espaço Rural, nas suas vertentes de Turismo de Habitação, Turismo Rural e Agroturismo.
  • 99. Feiras, Festas e Romarias • Ponte de Lima celebra cada ano noventa e sete Festas e Romarias calendarizadas. Há 800 anos, quinzenalmente, acontece a Feira, privilégio dado por D. Teresa em 1125, conservando a sua peculiaridade até aos nossos dias e reunindo todas as gentes, artes e ofícios da Ribeira Lima. Considerado dia da féria - pagamento da quinzena - dia de festa - dia de namorar para as gentes do campo e dia de vir à vila "para tratar do negócio".
  • 100. • As Feiras Novas, denominação adotada para se diferenciar ou destacar da feira quinzenal acima referida, constitui-se em três dias de folia, das gentes limianas por altura das colheitas, terceiro fim de semana de Setembro. Hoje representa uma das maiores concentrações festivas de Portugal, congregando em Ponte de Lima 200 mil participantes, em maioria jovens, num arraial permanente de espontâneos, que dançam e cantam ao desafio, animados pelas concertinas, noite e dia. Desfilam as gentes da terra num Cortejo Etnográfico, ilustrativo das tradições, da cultura, da lide agrícola, das artes e dos mesteres. Concursam e avaliam-se as espécies autóctones, realizam-se as corridas de Garranos e as Touradas. No contexto das festas, Ponte de Lima usufrui uma variedade infindável de usos e costumes, pagãos e cristãos , confundindo-se num místico e único atrativo de multidões, tal como, a Vaca das Cordas, em vésperas do Corpo de Deus, a Procissão do Corpo de Deus e os Tapetes Floridos, a Serrada da Velha, o Jogo do Cântaro, o Compasso Pascal, a Queima do Judas e os Maios. Ponte de Lima prima a adesão da juventude nos rituais populares, onde o folclore assume particular importância, manifestação de estúrdias, nas festadas, nas chuladas, nos arraiais, nas rezas, nos contos e lendas, nas rimas e nas cantigas, nas concertinas e no linguajar limiano
  • 101. Alojamento • Ponte de Lima constitui o berço e a capital do Turismo de Habitação e do Turismo no Espaço Rural, desde o início da década de 80, dispondo atualmente de 562 camas, classificadas em Turismo de Habitação, Turismo Rural e Agroturismo. Dispõe ainda de uma Albergaria, 4 residenciais (num total de 256 camas) perfazendo no concelho 818 camas.
  • 102. Ambiente • Constatamos a particularidade do alojamento oferecido representar o principal catalisador do destino turístico, numa perfeita harmonia do Ambiente versus Turismo, e o Turismo versus Ambiente. O Turismo no Espaço Rural consegue criar contornos de amplitude e diversidade originais, de impacto económico, social, cultural e ambiental. O Turismo no Espaço Rural caracteriza-se pelo regresso às origens, por forma a que o binário Homem/Natureza recupere o equilíbrio quebrado pelos modelos de desenvolvimento industrial, redescobre-se a humanização do relacionamento do homem e da natureza, protegendo e conservando a natureza. A reorientação do desenvolvimento sustentado rural no Lima, concentrado nas modalidades de Turismo no Espaço Rural como complemento alternativo à agricultura, o Turismo de Habitação ou Casas Antigas, o Turismo Rural ou Casas Rústicas e o Agroturismo ou Quintas & Herdades desempenham uma força catalisadora de fluxos migratórios, através da criação de alternativas de emprego, estímulo do comércio e dos serviços, do Artesanato e da construção civil.
  • 103. Equipamentos - Áreas de Lazer: • Parque da Madalena, N. Sra. da Boa Morte, Monte de Santo Ovídeo - Praia Fluvial do Lima, - atividades lúdicas: Canoagem, vela, caça e pesca; - Turismo no Espaço Rural: representa uma globalidade de infraestruturas de apoio ao hóspede, tais como picadeiros e cavalos, piscinas, ténis, jardins e matas; - Campo de Tiro da Madalena; - Campo de Caça de Calheiros; - Hipódromo de Calvelo; - Campo de Golfe de Ponte de Lima;
  • 104. • Na área cultural e da promoção de conferências, seminários e congressos existe o Anfiteatro da Biblioteca, o Arquivo Municipal, o Anfiteatro da Assembleia Municipal, o Cinema, o Teatro Diogo Bernardes, o Anfiteatro do Convento de Refoios e o Museu dos Terceiros (Arte Sacra e Arqueologia). Todas as freguesias possuem instalações que possibilitam atividades culturais e desportivas das 93 associações culturais existentes no concelho. Saliente-se a implementação de um Campo de Golfe de Montanha, de 18 buracos.
  • 105. Serviços Turísticos • - Posto de Informação de Turismo ; - TURIHAB - Associação do Turismo de Habitação; - Câmara Municipal - Serviço de Reservas de Pesca; - Agências de Viagem: Avic, Ovnitur e Límia; - Bancos (Agências); - Hospital Distrital; - Centro de Saúde; - Correios e Telecomunicações; - Acessibilidades: Operam no concelho várias empresas de transporte, cujas carreiras se desenvolvem pelos principais eixos viários, dando resposta satisfatória à procura de transporte, com exceção da procura da população escolar, para a qual circuitos especiais estão constituídos, por forma a satisfazer a demanda atual. - Rede Viária
  • 106. Ambiente • Usufruindo o Prémio de Honra das vilas e cidades mais floridas da Europa e o direito ao uso da Bandeira Verde "Cidades limpas de Portugal" o destino revela um clima ameno atlântico, constituído por verões quentes e invernos frescos. Com um agro sistema adaptado naturalmente às características climáticas, evidencia uma pluviosidade superior a 1500 milímetros anuais, sendo a precipitação frequente na primavera e fins de Outono. A altitude condiciona largamente as características do clima, constituindo o Vale do Lima um largo anfiteatro aberto ao Oceano Atlântico, oferecendo várzeas modeladas pela rede hidrográfica do Rio Lima e das principais bacias afluentes. De salientar a riqueza de todo o espaço, da agricultura baseada em técnicas de defesa do solo muito aprimoradas e de fertilização intensiva, com um vasto regadio implantado, dando fortíssimo apoio à exploração pecuária e pastoril. Os solos de origem predominantemente granítica ofereceram estrutura física favorável ao trabalho contínuo do agricultor para os tornar férteis, incorporando matos obtidos em exploração florestal integrada, depois de transformado em estrumes através da estabulação do gado. A "humanização" dos solos pelo trabalho neles acumulado sob incidência dos climas favoráveis à intensificação agrícola constitui o quadro mais característico da produtividade limiana baseada no regadio, nas rotações culturais permanentes, nas consociações que chegam a formar "andares" de produção, como as do chão hortícola, o da vinha a trepar a seus tutores, ou do laranjal que conserva a fruta até ao Verão, tudo a coberto de enormes oliveiras que defendem contra o risco das geadas. A fauna e a flora mantêm o seu encanto primitivo, sustentado por uma agricultura sã, ecológica e tradicional. A inexistência de indústria e outros meios poluentes confere ao destino um ambiente de qualidade e bem estar local. O património ambiental, geológico, florístico, faunístico, construído, e uma diversidade cultural e biodiversidade, são promovidos e preservados, através de uma estratégia, de desenvolvimento integrado sustentável de um Turismo no Espaço Rural.
  • 107. Imperativos: • . Trabalhos que visem a conservação, recuperação, classificação ou inventariação da flora, da fauna, e seus respetivos habitats; programas ecológicos; recuperação das zonas degradadas em espaços verdes; reabilitação das zonas fluviais e ações similares, tendo como prioridade a classificação ecológica; - Como reserva natural da Lagoa húmida de Bertiandos e S. Pedro d'Arcos, que poderá tornar-se o pivot cultural da Ribeira Lima; - A dinamização da agricultura biológica e a implementação de circuitos e itinerários biológicos;
  • 108. Promoção de campanhas de sensibilização pró-ambiental • Através da comunicação social e formação junto das instituições, dando seguimento às ações desenvolvidas junto das populações mais jovens; - A conservação do património histórico-cultural; trabalhos que visem a preservação ou restauração de edifícios antigos, sítios, equipamentos, meios de transporte, ou outros artefactos ou símbolos que constituam valores patrimoniais ; - Implementação efetiva do Plano Diretor para o ordenamento do território. A criação dos Aterros Sanitários Intermunicipal, Rede de Esgotos Intermunicipais, Rede de Água Intermunicipal; - Supressão das antenas e cabos elétricos e de telefones; - Melhoria das infraestruturas e equipamentos de lazer e outras ações similares.
  • 109. "Pinha de flores, que a frescura anima, Ponte de Lima que ideal tu és ! Tinges o cisne a retratar a face n'água que nasce e que te corre aos pés" António Feijó • Ponte de Lima, no coração do Vale do Lima, vem encantar em beleza paisagística e cultura. A ambivalência entre as paisagens litorais e de montanha testemunha o contributo num passado histórico e cultural, para a existência de populações ribeirinhas que, ora viviam do rio, ora subsistiam dos frutos da terra, e nas áreas serranas para o surgimento de sociedades comunitárias fechadas, caracterizando o pitoresco diferenciado destas regiões. A multiplicidade de formas pode revestir o usufruto dos valores patrimoniais estendendo-se entre as paisagens de beleza infindável, tanto fluviais como montanhosas, até à riqueza histórico-cultural desde a existência de monumentos e vestígios megalíticos, celtas, romanos e medievais, a Casas Solarengas, a descoberto das raízes de Portugal e, ainda, elementos tradicionais representativos de vários períodos históricos.
  • 110. O PATRIMÓNIO NATURAL • "Esta é a terra da promissão para os artistas e para os abades: a paisagem do Lima deslumbra e engorda..." Guerra Junqueiro
  • 111. • Na variedade das parcelas do concelho de Ponte de Lima, submetidas a diversos fatores geográficos - latitude, altitude, exposição ao sol - a evolução das diferentes espécies florestais e animais e a estruturação dos solos ofereceram ao longo da história paisagens diversificadas que vão desde a floresta profusa às matas e aos jardins. O território do concelho é caracterizado por elementos maiores que acabam por definir o seu potencial paisagístico e os seus recursos nesse domínio. É o Vale do Rio Lima que alimenta veigas e terrenos agrícolas muito ricos, são as linhas das elevações principais que se destacam: a Serra d'Arga a Norte e a Serra da Nora a Sul. A distribuição das principais estradas naturalmente que foi condicionada pela física do terreno e pelos sítios mais acessíveis aonde o relevo é menos intenso. Os percursos transversais situam-se paralelos ao Rio Lima a Norte (EN 202) e ao Sul (EN 203); os percursos longitudinais vão serpenteando pela meia-encosta, tanto para o Norte (EN 201 e 306) como para o Sul (EN 201,204 e 306). São estas estradas que constituem os principais circuitos de ligação do concelho, atravessam as zonas paisagísticas com maior interesse, dando também, na maioria dos casos, acesso aos melhores exemplares do património construído. Como pontos fulcrais podemos destacar: as veigas de Bertiandos, Correlhã, Refoios/Nogueira e junto a Ponte de Lima; os pontos panorâmicos da Serra d'Arga, Boa Morte, Labruja, Calheiros, Cardido, Santo Ovídeo, Madalena, Boa Nova. Preservar espécies animais e vegetais autóctones, incentivando pesquisas científicas e no âmbito da medicina popular; espécies botânicas ou fruteiras tradicionais, as raças de gado bovino e cavalar autóctones
  • 112. • Disposições tomadas para a protecção e/ou valorização * Valorização das espécies locais (Barrosã, Cachena, Garrano); * Classificação dos Parques da Madalena, Vila Morais; zona húmida de Bertiandos e S. Pedro de Arcos; * Criação de associações de preservação de raças autóctones,
  • 113. * Acções do Património Construído e Natural: - Renovação das zonas de lazer e de utilidade pública - Inovação na recolha de Resíduos Sólidos - Tratamento de efluentes - Centro Ecológico * O patrocínio de uma imagem de qualidade do Vinho Verde (Adega Cooperativa de Ponte de Lima e Adega Cooperativa de Ponte da Barca); * Apoio a iniciativas de apuramento genético de raças autóctones e sua divulgação - Gado Barrosão (Escola Profissional Agrícola de Ponte de Lima) e Garrano (Escola Superior Agrária de Ponte de Lima e O GARRANO, Clube Hípico de Ponte de Lima); * O melhoramento do sistema de recolha e transporte de leite de vaca "Cachena", visando a criação de uma unidade especial de fabrico de queijo. * Formação Profissional na área do Ambiente, projeto implementado pela Escola Profissional Agrícola de Ponte de Lima; * Implementação de Estações de Tratamento Intermunicipais da Água e Resíduos Sólidos; * Repovoamento Piscícola e Florestal
  • 114. • Acções Empreendidas na Gestão dos Recursos Naturais - Criação de circuitos de contacto com a natureza, de trilhos pedestres e equestres. Organização de campeonatos desportivos, canoagem natação, hovercraft, pesca, potenciando os recursos da bacia do Rio Lima. Aproveitamento do areal como suporte imprescindível da feira quinzenal e atividades lúdicas. O ordenamento do território, assim como o desenvolvimento adequado a uma correta utilização dos recursos naturais constituem soluções básicas para um desenvolvimento sustentável, passando pela conservação de habitats e ecossistemas, identificação, inventariação e classificação da fauna e da flora, criação de infraestruturas de informação, formação e apoio a visitantes. - Classificação da Área de Reserva Ecológica Nacional de Bertiandos e S. Pedro de Arcos Estamos perante uma zona húmida de capital importância com um maravilhoso acervo biogenético com perigo de desaparecer, que se poderá tornar o pivot cultural da Ribeira Lima.
  • 115. • - Ecossistema único com espécies animais e vegetais em extinção - Área - 300 ha, acessível pela Estrada Nacional 202 e localizada na margem direita do Lima, a cerca de 4 quilómetros de Ponte de Lima - Zona húmida bastante arborizada e muito irrigada por canais naturais - Zona lagunar permanente, atravessada pelo rio Estorãos e linhas de água locais que nele desaguam. Com a classificação pretende-se caminhar para uma reserva ou Parque Natural, com fins ecológicos, didáticos e turísticos. Os primeiros visam a protecção dos sistemas naturais, os segundos pretendem criar na zona uma escola viva para a educação dos jovens, investigação académica e científica. Os terceiros visam integrar o futuro parque nos circuitos turísticos regionais, dada a complementaridade das atracões ali existentes. - Valorização das margens do Rio Lima; - Preservação da Alameda dos Plátanos - Parque de Recreio e Horto Botânico Municipal e Jardins Temáticos
  • 116. • Acções Empreendidas no Tratamento dos Lixos e Efluentes Ponte de Lima compõe-se de três ETAR's _ estações de Tratamento de Águas e Resíduos; - Remodelação e preparação da rede de saneamento básico da zona urbana: água, esgotos e águas fluviais; - Ampliação de saneamento do concelho de Ponte de Lima, incluindo as freguesias da Ribeira, Arca, Feitosa e Correlhã; - Conclusão da obra de saneamento do núcleo urbano de S. Julião de Freixo. (ETAR biológica); - Sistema integrado de saneamento da orla ribeirinha do Rio Lima, projeto em consórcio com outros municípios e referentes a ETAR intercetor, bombagem e drenagem em alto (apoio do Fundo de Coesão e Programa do Ambiente); - Neste domínio será garantida a possibilidade de drenagem das águas residuais em todas as freguesias da orla ribeirinha do Lima; - Na área da higiene pública, o desenvolvimento de campanha de sensibilização junto das populações e das escolas no sentido de disciplinar a forma de tratar o lixo e eventual embalagem e colocação para posterior transporte e tratamento; - A reciclagem, através da recolha seletiva deverá ser um dos objetivos dessa campanha; - O sistema integrado de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos;
  • 117. Realizações relativas à valorização Turística do Património natural e sua Interpretação. Pedido para Património Classificado e criação de Reserva Ecológica Nacional: - A Lagoa de Bertiandos - Monte de Santa Maria Madalena - Monte de S. Cristóvão - Encosta da Vacariça e do Penedo Branco - Zona da Boalhosa - As veigas de Estorãos, Bertiandos e da Correlhã - O Rio Lima e os seus afluentes - O Rio Neiva - Monte do Castelo - Mesa dos Quatro Abades
  • 118. Floresta • - Encosta da Cabração e Pedras Finas - Mata da Casa da Aurora e da Garrida, consideradas o pulmão da vila de Ponte de Lima. Vila onde a profusão de jardins particulares, riqueza existente na presença de papiros, camélias, tílias, árvores exóticas e tropicais, reminiscências das ex- colónias portuguesas. O aproveitamento das florestas e pontos paisagísticos para estâncias turísticas e parques de lazer, entre os quais se salientam, o Parque do Monte da Madalena, com a implementação de um restaurante e áreas de merenda, circuitos pedestres com identificação de espécies arbóreas, integrando-se nesta área o Golfe de Ponte de Lima. O Parque da Boa Morte, a área envolvente de 10 ha de matas tratadas apanhando o Santuário da Boa Morte, constituindo uma simbiose de tradição religiosa local e património natural, catalisando alguns milhares de visitantes anuais, provocando o aparecimento de serviços complementares. Rio Lima e suas margens - O AREAL - Ponte de Lima goza do privilégio de rentabilizar economias, cultural e socialmente: a) Feira Quinzenal - demonstração da vivência local, hérdimo de oitocentos anos; b) Desporto e lazer - cenário ideal e curso peculiar para a prática e realização de campeonatos de canoagem, remo, vela e hovercraft, natação e pesca, c) Abastecimento de águas O Parque da Vila Morais, alvo de estudo de todas as espécies florísticas existentes, identificando-se espécies raras.
  • 119. PATRIMÓNIO HISTÓRICO • Povos da Ribeira Lima ! Guardai na vossa melhor arca as relíquias dos avoengos! Seja o respeito pelo passado e a preocupação do futuro o fulcro e a razão da existência! • (Júlio de Lemos, Almanaque de Ponte de Lima, 1924) • A vila de Ponte de Lima, juridicamente consumada no Foral de 4 de Março de 1125, aos 4 dias das Nonas de Março da era de 1163. herdeira e continuadora de um vivo passado histórico, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal. O concelho de Ponte de Lima, pode-se considerar dividido em construções eruditas (urbanas e rurais), construções rurais e construções urbanas. É reconhecido o enorme repositório de construções eruditas existente no concelho, designadamente edifícios religiosos, paços e solares, muitos deles objeto de classificação (Monumentos Nacionais), imóveis de interesse público e valores concelhios. Não referiremos nenhuma tipologia em especial porque não nos parece que exista uma marcadamente regional. Os paços e os solares correspondem, muitas vezes, a um surto de prosperidade que se encontra patente no seu alçado principal. As construções histórico-religiosas que são geralmente património da Igreja, tem vindo ser cuidadas pela comunidade com maior ou menor felicidade. Na maioria dos casos sofreram obras de ampliação e restauro.
  • 120. • Existem empreendimentos com interesse (Mosteiro de Labruja e Boa Morte, por ex.) cuja primeira fase de construção não teve a correspondência, como seria de esperar, em termos arquitetónicos e funcionais, nas fases subsequentes. As construções rurais obedecem aos padrões habituais da área: alvenarias de pedra, paredes divisórias interiores em fasquiado, madeira nos caixilhos. Estruturas simples, muito condicionadas pelas qualidades físicas dos materiais empregues, (madeira e pedra de granito) raramente exorbitante do abrigo humano e dos animais e inspirando-se muito na estrutura do espigueiro. Existe algumas construções rurais, a que obras sucessivas procuraram emprestar um ar mais solene através, por vezes, de escadarias principais e adornos de fachada. Constitui interesse primordial dar seguimento ao Plano de Salvaguarda que foi feito para o Núcleo Histórico que contempla; numa perspetiva atual, as qualidades do sítio. O núcleo medieval e a ponte são o polo irradiador da construção, nomeadamente através das vias que saem para Ponte da Barca, Braga e Viana. Ponte de Lima testemunha o tempo dos Túrdulos, dos Suevos, dos Romanos e dos Gregos, com a sua admirável paisagem humanizada, a suas claras montanhas, as suas terras salpicadas de casitas brancas, as suas vinhas "de cachos de oiro" e a ponte majestosa atravessando o "rio do esquecimento" mostra bem como há pérolas da natureza, onde se erguem castelos, torres, fortalezas medievais, escudos de armas e grandes coroas talhadas em pedra de granito, nas ruas a presença de recordações da realeza distante e do domínio, as escadarias, as fontes, as igrejas, os vestígios heráldicos, os templos cristãos, os chafarizes
  • 121. • A Torre Velha de Santo António de Além da Ponte, os Solares e mais Solares, recanto único em Portugal, nascendo o Turismo de Habitação, testemunho da arquitetura dos séculos XVII e XVIII, ressaltam os mais belos exemplares: o Palácio de Bertiandos, em Bertiandos, o Paço de Calheiros, em Calheiros, a Casa de Pomarchão, em Arcozelo, a Casa de Nossa Senhora da'Aurora, em Ponte de Lima, a Casa do Outeiro, em Arcozelo, ainda quintas e casas rústicas. Um indescritível património histórico, realidade histórico-cultural preservada e presente por todo o lado, acessível ao visitante.
  • 122. Disposições tomadas para a protecção e/ou recuperação • A Câmara Municipal aprovou uma candidatura ao PRONORTE - Programa Operacional do Norte - para a protecção do Património Arqueológico e Arquitetónico, incluindo a marcação do Caminho Português de Santiago no concelho de Ponte de Lima, bem como a sinalização de todos os monumentos e vestígios arqueológicos suscetíveis de justificar tal intervenção e atenção do grande público. Foram recolocadas as Pedras da Ponte Medieval e outras retiradas dos diversos locais e guardadas no Museu dos Terceiros. Continuação da Recuperação do Centro Histórico e Acão de Sensibilização para a recuperação dos prédios urbanos, criando, a Câmara, alguns incentivos e facilidades. Centro Histórico da vila e ruas Organização do trânsito com proibição de estacionamento no centro histórico, criação de parques alternativos Uso de materiais tradicionais Incentivação da substituição da zona Norte da vila de portas e janelas de alumínio por materiais típicos Ponte Medieval, retirado o trânsito Classificação do de Trás de Cidades e Castro do Alto das Valadas Protecção de desenhos rupestres no Monte de Santo Ovídeo O Santuário do Senhor do Socorro, integrado no caminho de Santiago de Compostela. Recuperação de Casas para Turismo no Espaço Rural
  • 123. • - Acções a favor do Acesso público Museu, utilização do Convento dos Terceiros Escola Superior Agrária, anterior Convento Torre de Refoios, reconvertida para Turismo no Espaço Rural Quartel da Guarda, transformado em Biblioteca Torre da Cadeia, transformada em Arquivo Municipal Hospital S. João de Deus, recuperado para Quartel dos Bombeiros Velho Hospital da Misericórdia, transformado em Farmácia Castelo dos Alcaides, adaptado para a Câmara Municipal de Ponte de Lima Vila Morais, adaptado para o Instituto Superior Erasmus Casa da Garrida, Ensino Superior Matadouro, Casa da Cultura Reedição Carta Arqueológica do concelho e do Património edificado do Concelho de Ponte de Lima.
  • 124. Animação Turística do Património Histórico • Percurso de Santiago de Compostela foi identificando-se o verdadeiro caminho e sendo promovida uma exposição para sensibilização e divulgação junto das populações e dos turistas visitantes. Circuito do Românico, integrando a Ponte sobre o Lima, a capelinha do Espírito Santo em Moreira do Lima, Igreja de Arcozelo, Igreja Matriz de Ponte de Lima, Santo Abdão na Correlhã, Igreja da Labruja. Trilhos Históricos, religiosos e Culturais - Ponte de Lima, Refoios do Lima - Castelo - Ponte de Lima - Ponte de Lima, Santo Ovídeo, Ponte de Lima - Ponte de Lima - Castelo - Monte de Santa Maria Madalena, Ponte de Lima - Ponte de Lima, Bertiandos, Estorãos - Ponte de Lima, Vale da Labruja, Alto dos Carvalhinhos - Ponte de Lima, Rebordões (Santa Maria), Ponte de Lima - Peneda-Gerês: Percurso 1 - Branda de Murça, Adrão Percurso 2 - Branda de Murça, Soajo Circuitos das Fontes - Fonte ornamental do jardim da Casa de Nossa Senhora da Aurora; - Fonte incrustada no muro da Casa de Nossa Senhora da Aurora; - Fonte reaproveitada na Casa de D. Carlos Pinheiro; - Chafariz monumental, desenho do largo da Regeneração; - Chafariz monumental no Largo de Camões; - Fonte da Vila; - Fonte Municipal na Rua General Norton de Matos; - Fonte ornamental na Avenida António Feijó; - Fonte popularmente conhecida pela designação de Fonte da Maria da Fonte; - Fonte de S. João; - Fonte Batismal da Igreja Matriz de Ponte de Lima; - Fonte do Claustro dos Terceiros; - Fontenário Purificatório da Igreja de António dos Frades Capuchos. Organização de Ceias Medievais, Seminários e Congressos no Convento de Refoios;
  • 125. • A Feira de Ponte é o mercado mais pitoresco, mais típico, mais colorido de todo o país. É às segundas-feiras alternadas. O povo chama solteiras às outras - "esta é sorteira, a feira de Ponte é prá que vem). • As Feiras Novas Transações comerciais da feira, animado e ruidoso o arraial; Festival, tourada, feéricas iluminações: concertos musicais de bandas; exposições, os touros e as corridas de cavalos. Colóquios Galaico-Minhotos, promovidos pelo Pelouro da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Ponte de Lima.
  • 126. Produtos Turísticos Concebidos a Partir do Património Histórico • - O turismo instituído nas formas do Turismo no Espaço Rural de qualidade reconhecida, constituindo a maior bolsa da oferta do país, exigiu a criação de animação complementar, a valorização dos recursos endógenos, particularmente das potencialidades turísticas e dos produtos locais, atenuando a sazonalidade e elevando as taxas de ocupação. -Turismo de Habitação - Turismo Rural - Agroturismo - Circuitos Culturais: Românico e Arqueológico
  • 127. O PATRIMÓNIO HUMANO • Ponte de Lima incorpora uma ruralidade onde a abundância da tradição cultural, usos e costumes, o artesanato, as festas, a literatura popular e o folclore renascem na vivência diária dos limianos. O artesanato em Ponte de Lima, memória viva do povo, desde as artes e ofícios da pedra onde se podem assistir a exposições dos "Sequeiros", do linho e lã nos teares em muitas casas e salas expostas, os bordados, a tecelagem, as rendas, as rodilhas, as mantas, as toalhas, as cobertas, os lençóis, das matérias primas da terra, a cestaria, as canangas e cangalhos, as rocas e espadeladas, a tanoaria, os tamanqueiros, o mobiliário rústico, as bengalas artísticas, as alfaias marítimas e rurais, os trabalhos em couro, os trabalhos em pedra, a arte floral - palmitos e flores - a cerâmica de azulejaria de Lanços, Refoios. Toda esta expressão da cultura e da vivência, encontra-se aproveitada economicamente, como forma de emprego e fonte de rendimento, consistindo num instrumento pedagógico da expressão criadora de arte e beleza de grande qualidade. Ainda digno de referência, a amplitude costumeira da vivência popular, do nascimento ao falecimento, os ritos e procissões, os jogos populares, os trabalhos da lavoura, como as rodedas e vindimadas, as cavadas, as rosadas de Maio, as plantadas de batatas, as apanhas da azeitona, as espadeladas e as fiadas. A medicina popular, os provérbios, as lendas populares, os contos, as rezas e os desconjuro, o falar limiano, os cabeçudos e os gigantones...enfim, uma profusão de tradições e costumeiras religiosas e etnográficas evidenciando a hospitalidade e alegria do povo limiano.
  • 128. Constituindo o extravasar constante da faina agrícola, onde a riqueza dos valores tradicionais conserva a sua genuína autenticidade, podemos encontrar também um leque grandioso tradições únicas na Ribeira Lima: • A Serrada da Velha Peregrinações a Santiago de Compostela Vaca das Cordas Carnaval - Jogo do Cântaro O Compasso Pascal Festas e Romarias Os Maios A Procissão do Corpo de Deus Feiras Novas Grupos Folclóricos Gastronomia - Vinhos
  • 129. • Pesquisa com continuidade A Câmara Municipal de Ponte de Lima, promove desde o ano de 1993, publicações regulares que visam o Património Humano e Cultural, tal como o Arquivo Municipal. Durante o presente ano serão reeditadas as "Obras Completas de António Feijó" por forma a fomentar nos limianos e, principalmente na população estudantil, o gosto pelas obras dos numerosos escritores e poetas limianos. A LIMICI, Associação de Património e Ambiente de Ponte de Lima, responsável pela publicação da "Limiana" publicará este ano o Almanaque de Ponte de Lima. A elaboração de estudos e monografias, tais como, "O Serão", "A Limiana", "Os Artesãos". A publicação de pesquisas relativas às lendas e tradições, o folclore e Costumes, realizados pelo Instituto Erasmus, Escola Preparatória e Secundária de Ponte de Lima.
  • 130. • Acções de Acesso do Público ao Património Humano, realçando a Necessidade da Manutenção da sua Estabilidade e Continuidade Criação de Associações Culturais em cada Freguesia de todos os grupos folclóricos do concelho, cerca de catorze, e promoção de várias atividades conjuntas entre as quais o I e II Festival de Folclore de Ponte de Lima. Na área da gastronomia incentiva-se o controlo da qualidade, através de concursos e inspeções gastronómicas ou de cozinha tradicional, promovidos pela Câmara Municipal de Ponte de Lima e pelo Instituto Superior Erasmus de Ponte de Lima. A Câmara Municipal prevê, durante o ano de 1995, a recuperação do antigo matadouro para um Centro de Animação, Arte e Cultura, que permitirá a realização de atividades culturais e exposições temáticas, a associações, quer patrimoniais quer ambientais. No âmbito da ADRIL e do Programa Comunitário LEADER, desencadearam-se Acções de Apoio a Pequenos Investimentos nas Empresas Artesanais (vinho, bordados, cerâmica, pedra, madeiras, ferro, pirotecnia, fumeiros, doçaria tradicional); a elaboração de um Catálogo de Artesanato do Lima, assim como Apoio a Mostras e Feiras, quer nacionais quer estrangeiras; e ainda, o reforço do associativismo Local. Manifestações públicas ao vivo com a realização de Cortejos Histórico-Etnográficos e Lendários. Implementação de centros de artesanato, organizados com escolas e exposições itinerantes, através de cooperativas de artesãos. Participação em Feiras de Artesanato. Organização de mapas artesanais de orientação e planificação dos valores de autenticidade. - Promoção de festivais culturais e ambientais; - Valorização das comunidades locais, através de informação e formação para a melhoria do bem-estar e a própria evolução equilibrada dos meios rurais; - Investigação etnográfica - Organização de programas de excursões etnográficas, onde as cantigas ao desafio, contadores de histórias e recitadores de versos, poetas populares... para grupos restritos (viagens educacionais dirigidos à comunicação social, agentes de viagem, operadores turísticos...); - Exposições no local de trabalho, tais como: Pedras Sequeiros, Fábrica Lanços de Azulejaria Armada e Artesãos Reunidos do Vale do Lima - trabalhos de tecelagem e linhos...