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UFCD 6217 Gastos, rendimentos e resultados
UFCD 6217
UFCD 6217
Formadora: Rute Silva
Formanda: Rute Pancha
Mediadora: Sónia Carvalheiro
Coordenadora: Ana Barreto
ÍNDICE
1. Enquadramento da contabilidade de gestão
2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
4. Tipos de gastos
5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de
produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos
de transformação
6. Margens e resultados
7. Custos diretos e indiretos
8. Gastos incorporáveis e gastos não incorporáveis
9. Custos reais e custos básicos
10. Os desvios
11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Como ponto de partida para o estudo da contabilidade de gestão
reveste-se de importância a separação e correta compreensão dos dois
conceitos que compõem a sua designação: a contabilidade e a gestão.
 O conceito de contabilidade generalista que todos conhecemos
respeita basicamente a uma ciência exata que, com base num
determinado código de contas, classifica as operações e obrigações de
uma empresa ou instituição a fim de que depois de devidamente
compilada se possam elaborar informação de natureza quantitativa
para uma posterior análise.
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Adotada e obrigatória para a totalidade dos agentes económicos
permite uma base de análise e comparação credível. Como utilizadores
podemos referir as empresas (Públicas ou Privadas), Instituições
Públicas (Hospitais, Organismos Autárquicos), Instituições Privadas sem
fins lucrativos (IPPSS) e os Organismos Oficiais (Ministérios). Cada um
destes agentes económicos tem ao seu dispor um código de
classificação diferente mas adequado às necessidades e especificidades
de cada uma das suas áreas de intervenção.
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Para por em prática todo este sistema de classificação e elaboração de
informação a contabilidade geral ou em termos mais técnicos
financeira é executada por um conjunto de profissionais devidamente
credenciados a fim de se garantir a fiabilidade e veracidade da
informação produzida.
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 O mais conhecido de todos estes executantes é o Técnico Oficial de
Contas e que é atualmente a única entidade reconhecida pela
administração fiscal, com estatuto e carreira legalmente definidos, para
o exercício deste tipo de funções. Outros profissionais da área são por
exemplo os técnicos administrativos e os técnicos de Contabilidade.
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 São estes profissionais que produzem um conjunto de informações
com um carácter e tipologia própria e que se resume basicamente nos
seguintes tipos:
 Natureza de custos e proveitos utilizados e gerados por uma determinada
entidade.
 Relatórios e mapas de natureza financeira.
 Mapas de natureza fiscal.
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Após a apresentação deste conjunto de conceitos podemos afirmar que o objetivo
principal da contabilidade financeira será elaborar e proporcionar informação de
natureza quantitativa aos vários elementos decisores da entidade ou empresa.
 Como definição de carácter mais abrangente e técnico será aquela em que a
contabilidade é:
 A disciplina que proporciona informação financeira e outra essencial para a
condução eficiente e avaliação das atividades de qualquer organismo.
 O processo de identificar, mensurar, comunicar informação económica para
permitir juízos informados e decisões pelos utentes da informação.
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Apresentado o conceito de contabilidade geral passamos em seguida
ao conceito de gestão.
 À semelhança da contabilidade também o processo de gestão de um a
empresa ou organização tem intervenientes que são basicamente os
Gestores propriamente ditos, os Administradores e os diretores nos
mais diversos níveis (Gerais, Financeiros, Produção).
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 As suas funções dizem respeito nomeadamente à tomada de decisões
respeitantes ao uso alternativo de recursos limitados (capital,
equipamentos, etc.), ao manter e relatar sobre a custódia dos recursos da
entidade pela qual são responsáveis e ao planeamento e controlo e eficaz
dos recursos humanos/materiais de uma entidade.
 O exercício das suas funções tem como objetivo máximo o uso racional
dos recursos existentes na entidade, a satisfação de todos os
intervenientes na atividade da empresa (funcionários, fornecedores,
clientes, estado) e por último talvez a mais importante a criação de valor
acrescentado para os sócios e acionistas.
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Gerir será de uma forma mais curta mas também mais
objetiva rentabilizar os recursos limitados que são colocados à
disposição, com o maior valor acrescentado e retorno
possível.
 Para se poder aferir da amplitude e complexidade do conceito e
das funções da gestão são em seguida apresentadas duas
citações que nos permitem uma análise objetiva do que é o ato
de gerir:
1. ENQUADRAMENTO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 “Gerir é prever e planear, organizar, comandar, controlar e
coordenar”
 “Gerir é como segurar uma pomba na mão. Se apertamos
demasiado, matamo-la. Se abrimos demasiado a mão ela
escapa-se-nos.”
2. NATUREZA E
ÂMBITO DA
CONTABILIDADE
DE GESTÃO
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 A junção dos conceitos de contabilidade e gestão serve de base para
uma melhor compreensão e análise do conceito de contabilidade de
gestão do seu âmbito e dos seus objetivos.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Seguindo a mesma ordem de ideias anteriormente apresentadas temos como
intervenientes na contabilidade de gestão três tipos de profissionais em três
diferentes fases de ação que a contabilidade de gestão preconiza:
 Contabilista de Gestão: responsável pela execução da contabilidade de gestão,
nomeadamente na recolha, preparação e interpretação da informação.
 Controllers: os profissionais que realizam o processo de controlo e análise da
informação previsional e o que efetivamente se passa na realidade.
 Diretores e Gestores: são os clientes da informação para uma correta análise e futuras
decisões.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Surge neste ponto a figura de um novo profissional diretamente
relacionado com a contabilidade de gestão: o Contabilista de Gestão.
Trata-se de um especialista de Contabilidade de Custos que trata do
relato para efeitos de gestão interno das empresas.
 Dado desempenhar uma função de elevada complexidade é-lhe
exigido um conjunto de competências mais alargado de que o
tradicional contabilista tal como o conhecemos.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 O contabilista de gestão terá que possuir:
 Capacidade de diagnóstico.
 Conhecimentos de disciplinas diversas (finanças, economia, gestão).
 Capacidade para tomar decisões.
 Capacidade de comunicar (compreensível e concisa).
 Integridade.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 O contabilista de gestão é assim o responsável pela elaboração e
execução da contabilidade de gestão que terá como principais
objetivos:
 Proporcionar igualmente informação financeira.
 Informação quantitativa.
 Informação qualitativa/específica.
 Contabilidade de custos das empresas.
 É nestes dois últimos itens que reside a principal
diferença, e talvez grande parte do conceito de
contabilidade de gestão, para a contabilidade de
geral ou financeira que todos conhecemos.
 A contabilidade de gestão é uma disciplina da
contabilidade geral com carácter mais técnico e
especificamente orientada para a determinação
analítica dos custos suportados pela empresa,
com a finalidade de fornecer informação aos
decisores das empresas, e em algumas situações
decidir e sugerir tomadas de decisões.
2. NATUREZA E
ÂMBITO DA
CONTABILIDADE
DE GESTÃO
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Assim e adotando uma definição de carácter mais
técnico, a contabilidade de gestão será o processo de
identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar,
comunicar e interpretar informação (financeira e
operacional) a usar pela gestão para planear, avaliar e
controlar uma organização e assegurar o uso de, e a
responsabilidade, por os seus recursos.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 O desenvolvimento do processo de gestão numa organização envolve as seguintes
funções:
 Planeamento: o processo de seleção de objetivos para uso dos recursos de
uma organização e desenvolvimento dos caminhos para atingir esses objetivos.
 Organização: é a função que prepara os meios materiais e humanos
indispensáveis à realização dos objetivos fixados.
 Recrutamento: respeita à seleção, colocação, avaliação e desenvolvimento dos
recursos humanos que ocupam os papéis na estrutura organizacional.
 Direção: abrange a orientação e supervisão da atividade do pessoal de uma
organização na realização das tarefas de que foi incumbido.
 Controlo: é o processo de dirigir as operações que assegurem o cumprimento
dos objetivos e planos da organização.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Os dados indispensáveis ao planeamento e ao controlo são trabalhados
preferencialmente na contabilidade interna ou de gestão, esta
considerada como um subsistema do Sistema de Informação para
Gestão, cuja informação abrange não só elementos históricos mas
também elementos estimados ou básicos.
 As decisões, por seu turno, necessitam de ser tomadas mediante
seleção entre planos alternativos e salvaguardando os gastos correntes
dentro dos limites propostos.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Em esquema, temos:
Planeamento
de operações
Contabilidade interna
ou de gestão
Controlo de
operações
Tomada de
decisões
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Assim, as decisões devem ser tomadas pela gestão
através do planeamento e seleção das operações. À
medida que os resultados destas decisões se
desenvolvem e são revistos, são necessárias decisões
adicionais para rever os planos e modificar as fases
estabelecidas pelo controlo de operações.
 As inter-relações entre as funções de planeamento e
controlo de gestão devem ser vistas em círculo. a
contabilidade, por seu turno, fornece dados para apoio
da gestão que desempenha as funções de planeamento e
de controlo.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 A gestão, entendida como um conjunto de políticas
associadas ao desenvolvimento de um negócio, precisa
de informação para que as decisões tomadas sejam
orientadas e quantificadas perante os objetivos que se
propôs atingir. Por outro lado, a globalização da
economia e dos negócios veio transformar radicalmente
a pacatez da atuação de muitos gestores no dia-a-dia. A
turbulência dos mercados acabou por criar um ambiente
fortemente instável, pelo que os responsáveis das
empresas estão confrontados com novos desafios.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 A gestão pressupõe o conhecimento e a intervenção
em todas as dimensões do negocio ou da atividade
em que atua. No entanto, não deve omitir os aspetos
éticos. As ações têm que ser desenvolvidas com
responsabilidade social e ética. Deve ser fomentado o
intercâmbio de ideias e opiniões entre os
intervenientes das diversas áreas da empresa.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 A contabilidade, considerada um subsistema do
sistema de informação para a gestão, deve ser
desenhada de modo a proporcionar informação
adequada e em tempo útil aos diversos destinatários.
Estes podem ser internos (diretores, chefes de
departamento, ...) e externos (acionistas, financiadores,
sindicatos, clientes, fornecedores, administração fiscal,
...). A contabilidade tem, assim, que se organizar no
sentido de poder fornecer de modo sistemático
informações a todo um conjunto de destinatários com
formação e expectativas diferenciadas.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Ora, os decisores na empresa devem tomar medidas apoiadas em informações
devidamente estruturadas. É à contabilidade que cabe tal tarefa. A partir dos dados
retirados de documentos que circulam diariamente pela empresa, há que os
organizar, tratar e resumir de molde a que possam ser úteis para os decisores.
 Entre os resumos em que aparecem as informações produzidas pela contabilidade
destacam-se as demonstrações financeiras cujo objetivo segundo o IASB
(Intemational Accounting Standards Board) é "proporcionar informações sobre a
posição financeira, do desempenho e das alterações da posição financeira de uma
empresa que seja útil para um vasto leque de utilizadores na tomada de decisões
económicas".
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 De acordo com a base de acréscimo, um dos pressupostos subjacentes
à preparação das demonstrações financeiras, os efeitos das transações
e outros a conhecimentos são reconhecidos quando ocorrem e não
quando os respetivos montantes de dinheiro são recebidos ou pagos.
Os proveitos/rendimentos e os custos/gastos referentes a cada
exercício económico devem ser reconhecidos como resultados quando
forem obtidos ou incorridos e não quando forem recebidos ou pagos.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Esta última perspetiva esteve subjacente na contabilidade
desde os primórdios. Então o que era importante era saber se
o comerciante tinha ou não bens destinados a serem
transacionados no mesmo estádio em que foram adquiridos,
agora designados por mercadorias.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 A contabilidade de gestão e a tomada de decisões
 A contabilidade de gestão é uma disciplina com carácter técnico e especificamente
orientada para a determinação analítica dos custos suportados pela empresa, com a
finalidade de fornecer informação aos decisores das empresas.
 Os custos da empresa são o objeto principal de análise da contabilidade de gestão.
É com base neste tipo de informação que os órgãos decisores orientam a sua
tomada de decisões, analisando sobretudo o impacto dos custos atuais ou futuros
em que possam vir a incorrer na atividade, evolução e desenvolvimento da empresa.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 O custo é um sacrifício de recursos com vista a atingir determinado
objetivo. O objetivo principal e maior de qualquer empresa será o lucro
ou seja a diferença entre o preço de mercado do seu produto e o custo
desse mesmo produto. De um ponto de vista técnico e financeiro o
lucro será aumento de fundos/capitais de que a empresa dispõe para
financiar o seu ativo e retribuir os capitais nela investidos, em resumo a
criação de valor acrescentado. Desta forma a maioria das decisões a
tomar pelos órgãos decisores da empresa terá como objetivo principal
a majoração do lucro.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 A decisão é tomada em função de várias alternativas possíveis pela
escolha da alternativa em que o somatório dos meios libertos for
superior. Ao analisar as alternativas o decisor depara-se com dois tipos
de decisões. Uma alternativa em que se consubstancia na alteração da
situação objeto de análise ou aquela em que se apresenta a
manutenção da situação atual (alternativa de referência).
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Ao analisar as várias alternativas possíveis o decisor depara-se com
vários tipos de custos objeto da sua análise.
 Os custos representam fluxos de fundos
negativos, saída de recursos monetários ou
outros de que a empresa dispõe e para efeitos da
tomada de uma decisão podem assumir três
tipos:
• Custos Diferenciais: diferença entre os custos atuais
e da nova alternativa.
• Custos irrelevantes: custos invariáveis, não
interessam na tomada de decisão (custos
administrativos, custos incorridos no passado).
• Custo de oportunidade: alternativas de aplicação dos
recursos e as respetivas rendibilidades associadas.
2. NATUREZA E
ÂMBITO DA
CONTABILIDADE
DE GESTÃO
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Na posse destes tipos de custos, qual o seu valor e qual o impacto que
cada um deles tem e perante as alternativas que lhes são apresentado
o gestor pode de uma forma mais segura elaborar a sua decisão.
 Outro fator importante na tomada de uma decisão é a relação
custo/volume.
 O volume poderá ser medido por quantidade de período de tempo, o
número de unidades produzidas ou o número de horas trabalhadas
(componentes do custo de produção).
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Os custos podem assumir dois tipos de comportamento em relação ao volume: custos fixos ou
custos variáveis. As principais características dos custos fixos são:
 Não variam em função do volume.
 Proporcionam a capacidade da empresa para produzir e vender os seus produtos.
 Custos capacidade:
 Física (edifícios, equipamentos, etc.)
 Organizacional (quadros da empresa)
 Financeira (recursos financeiros)
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Todos estes custos permanecem inalteráveis com as variações de
volume, quer em número de unidades produzidas ou pelo número de
horas trabalhadas.
 Os custos variáveis apresentam um comportamento análogo.
 Variam quando aumenta ou diminui o volume.
 Resultam da utilização da capacidade para produzir e vender os produtos.
 Como exemplo refere-se a energia elétrica, a
mão-de-obra ou as comissões de venda.
 Os custos variáveis apresentam ainda outro tipo
de características. Podem ser:
• Proporcionais ao volume como é o caso das
matérias-primas.
• Progressivos aumentam proporcionalmente em
função do volume, comissões de venda:
• Degressivos, diminuem à medida que aumento o
volume.
2. NATUREZA E
ÂMBITO DA
CONTABILIDADE
DE GESTÃO
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Os custos variáveis alteram-se necessariamente com as
variações do volume.
 O interesse desta distinção permite obter informação
pormenorizada sobre vários fatores que da empresa. Os dois
mais importantes são em primeiro lugar nos permite realizar
uma análise comparativa entre a forma da utilização da
capacidade instalada vs nº de unidades produzidas, ou seja,
permite verificar qual o aproveitamento e rentabilidade que
estamos a obter dos equipamentos que temos ao nosso
dispor em função do volume total da produção realizada.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Em segundo lugar permite uma análise do ponto morto de
vendas. O break even point é igual ao número de unidades a
vender para cobrir os custos fixos, o ponto em que a empresa
não terá lucro nem prejuízo ou seja em que o Preço Venda do
produto é igual ao Custo do produto.
 Na forma de valorização do produto existem ainda dois tipos
critérios. O Custeio Total e Custeio Variável. No Custeio Total o
custo do nosso produto engloba os Custos Fixos e os Custos
Variáveis, tais como Matérias Diretas, a Mão-de-obra, os Gastos
gerais de fabrico e todos os custos fixos da empresa imputados
por unidade de produto produzida.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 No Custeio Variável o custo do produto apenas engloba os Custos
Variáveis: Matérias Diretas, Mão-de-obra e gastos gerais de fabrico. Os
custos fixos são considerados custos do período a que se reporta o
apuramento dos resultados, não sendo diretamente imputados ao
nosso produto.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Em seguida apresentamos a forma de cálculo do ponto morto de
vendas. Como ponto de partida vamos considerar o cálculo do
resultado de exploração da empresa (R), que será a diferença entre os
proveitos e os custos.
 R = P-C
 R = RESULTADOS
 P = PROVEITOS
 C = CUSTOS
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Como forma de cálculo dos proveitos e dos custos teremos
basicamente que:
 P = pv (preço de venda) * Q (quantidades produzidas ou vendidas)
 C = c (Custos unitários) * Q (quantidades produzidas ou vendidas)
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 De uma forma mais detalhada teremos que o nosso resultado (R) será:
 R = pv * Q – c * Q
 No ponto crítico de vendas o objetivo principal será o cálculo do valor da
parte da totalidade dos custos é composto pelos custos fixos.
 R = pv * Q – Cf – Cv * Q
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Como resultado final queremos obter um volume de vendas para resultado igual a zero
 0 = pv * Qx – Cf – Cv * Qx
 Assim o Ponto Crítico de vendas será
 Qx = Cf / (pv – Cv)
 Qx = quantidade necessária a produzir e vender para que os proveitos sejam iguais aos
custos, não haja lucro nem prejuízo.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Podemos igualmente calcular o Ponto Crítico de vendas em valor,
sendo a fórmula de cálculo a seguinte:
 Vx = pv * Qx
 Vx = Cf / (1 – (Cv / pv)
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Como conclusão, para a tomada de decisões a contabilidade de gestão
assume-se como uma importante ferramenta na medida em que nos
permite obter aquilo que numa perspetiva financeira se revela como
mais importante numa empresa, os custos que tem de suportar e a sua
natureza.
 A contabilidade de gestão permite-nos um estudo mais pormenorizado
na medida consegue realizar a separação dos custos fixos e dos custos
variáveis, a organização e divisão dos custos e do seu tipo por secções
ou departamentos.
2. NATUREZA E ÂMBITO DA
CONTABILIDADE DE GESTÃO
 Para qualquer elemento de uma empresa com poder de decisão será
de importância vital eu na hora de decidir tenha em conta os seguintes
elementos:
 Custos.
 Tipos e classificação de custos.
 Valorização do custo do produto.
 Rendibilidade futura das nossas decisões face ao conjunto de alternativas.
 Impacto final no equilíbrio, continuidade e crescimento da empresa.
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
 A Estrutura Conceptual do SNC define que os gastos são diminuições nos
benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de
exfluxos ou deperecimentos de ativos ou na incorrencia de passivos que
resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas
com distribuições aos participantes no capital próprio.
 Os gastos consistem assim na utilização ou deperecimento de ativos de
uma entidade ou a incorrencia de passivos, ou a combinação de ambas,
resultantes da entrega ou produção de bens, da prestação de serviços ou
de outras atividades que constituam as principais operações em curso pela
empresa.
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
 A definição de gastos engloba perdas assim como aqueles gastos que
resultem do decurso das atividades correntes (ou ordinárias) da
entidade. Os gastos que resultem do decurso das atividades ordinárias
da entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas, os salários e as
depreciações. Tomam geralmente a forma de um exfluxo ou
deperecimento de ativos tais como dinheiro e seus equivalentes,
existências e ativos fixos tangíveis.
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
 De acordo com a estrutura conceptual do IASB, os rendimentos significam
os aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico,
na forma de influxos ou aumentos de ativos ou diminuições de passivos,
que resultem em aumentos no capital próprio, que não sejam os
relacionados com as contribuições dos participantes no capital próprio.
 Os gastos, por seu turno, são as diminuições nos benefícios económicos
durante o período contabilístico, na forma de exfluxos ou deperecimento
de ativos ou na incorrencia de passivos, que resultem em diminuições do
capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos
participantes no capital próprio.
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
 As perdas representam outros itens que satisfaçam a definição de
gastos e podem, ou não, surgir no decurso das atividades ordinárias da
entidade. As perdas representam diminuições em benefícios
económicos e como tal não são na sua natureza diferentes de outros
gastos.
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E
RECEBIMENTOS
 As perdas incluem, por exemplo, as que resultam de
desastres como os incêndios e as inundações bem como as
que provêm da alienação de ativos não correntes. A
definição de gastos também inclui perdas não realizadas
como, por exemplo, as provenientes dos efeitos do aumento
da taxa de câmbio de uma moeda estrangeira respeitante a
empréstimos obtidos de uma entidade nessa moeda.
3. GASTOS, DESPESAS E
PAGAMENTOS, RENDIMENTOS,
RECEITAS E RECEBIMENTOS
 Quando as perdas forem reconhecidas na demonstração dos
resultados, elas são geralmente mostradas separadamente
porque o conhecimento das mesmas é útil para finalidades de
tomar decisões económicas. As perdas são muitas vezes
relatadas líquidas de rendimentos relacionados.
 Fala-se em despesa quando nasce a obrigação de pagar.
No entanto, o período em que a mesma é escriturada
pode não coincidir com o período em que é considerada
como componente negativa do resultado.
3. GASTOS, DESPESAS E
PAGAMENTOS, RENDIMENTOS,
RECEITAS E RECEBIMENTOS
 Por exemplo, a companhia de Seguros X remeteu o
aviso de débito referente ao semestre que se inicia em
1 de Novembro, no montante de 1 800 euros. Trata-se
de uma despesa desse ano, mas apenas 1/3 (2 meses)
constitui gasto do ano.
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
 Pagamentos
 Um custo não é sinónimo de pagamento. Na maior parte dos casos
efetivamente todas as coisas que gastamos têm que ser pagas mas
frequentemente não no mesmo momento - podemos comprar, gastar e
depois pagar ou comprar e pagar e só muito depois gastar. É muito
importante separar estes três momentos pois só assim identificamos
corretamente os conceitos em causa:
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
 Quando compramos aceitamos a obrigação de pagar determinado fornecedor por um
dado bem ou serviço. Esta obrigação de pagar representa uma despesa. É frequente, em
termos documentais, a despesa estar diretamente associada à aceitação da fatura do
fornecedor.
 No momento em que a despesa é paga dizemos que se deu o pagamento. Assim o
pagamento é a efetiva transferência de fundos realizada por qualquer forma (em
numerário, cheque ou transferência bancária) a favor de um fornecedor. O pagamento
normalmente está associado à emissão do recibo do fornecedor, no entanto a prova de
pagamento é apenas feita pela demonstração do movimento bancário.
 Quando se consome determinado bem e é aplicado no processo produtivo de forma não
recuperável diz-se que ocorreu um custo. Assim a noção de custo deve ser associada ao
sacrifício total ou parcial de um recurso.
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
 Rendimentos, receitas e recebimentos
 É agora fácil entender as diferenças entre proveitos e receitas:
 Quando é produzido determinado bem há um proveito. O proveito representa a criação de
riqueza. Assim que é possível quantificar um produto isolado e transacionável podemos
falar em proveitos. Conhecido o volume de produção é possível quantificar os proveitos.
 Quando vendemos garantimos o direito de receber pelo fornecimento de bens ou serviços.
O direito de receber representa uma receita. A receita é representada normalmente pela
emissão da fatura ao cliente.
 Quando o cliente paga a dívida e transfere efetivamente fundos a favor da empresa,
ocorreu o recebimento.
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
 Existem custos que nunca se traduzem em despesas ou pagamentos da
mesma forma que existem proveitos que não geram receitas e
recebimentos.
 Receitas que não traduzem proveitos podem ocorrer sempre que se
vende património ou existências produzidas em períodos anteriores.
Similarmente existem despesas que não se traduzem em custos
quando se realiza investimento ou se adquire para armazenar uma
quantidade superior à consumida num ano.
3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS,
RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
 O termo receita utiliza-se quando nasce o direito a receber que pode
igualmente ser diferente do momento em que entra como componente
positiva do resultado, Por exemplo o desconto de efeitos comerciais a
120 dias do mês de Dezembro por parte de um Banco, em que a penas
1/4 constitui proveitos de operações ativas na sua Contabilidade,
referentes ao ano em causa.
4. TIPOS DE GASTOS
 Gastos reais e básicos
 Quando nos referimos aos gastos que, com um certo grau de aproximação,
correspondem aos produtos comprados ou produzidos e aos serviços
prestados, estamos a falar de gastos reais Podemos afirmar que os gastos
reais (gastos determinados a posteriori) são praticamente impossíveis de
calcular com rigor absoluto.
 Os gastos básicos (gastos a priori) são gastos teóricos definidos para
valorização interna dos produtos e serviços.
4. TIPOS DE GASTOS
 Gastos fixos e gastos variáveis
 Os gastos podem estar diretamente relacionados com as variações ou volume da
produção ou venda (certos gastos tendem a crescer ou diminuir, consoante as
mudanças havidas nos níveis de atividade).
 Tais gastos que acompanham diretamente e no mesmo sentido as
variações no volume de produção ou venda têm o nome de gastos
variáveis. Estes podem ser proporcionais, progressivos ou degressivos,
consoante a sua variabilidade com o volume de produção.
4. TIPOS DE GASTOS
 Como exemplo de gastos variáveis temos:
 Matérias-primas.
 Energia elétrica consumida pelas máquinas.
 Os transportes das vendas.
4. TIPOS DE GASTOS
 Existe, contudo, outro tipo de gastos que tendem a variar com o tempo
e não com os níveis de atividade. São os denominados gastos fixos. Os
exemplos mais característicos são as amortizações, as rendas e os
seguros.
4. TIPOS DE
GASTOS
Gastos relevantes e gastos
Acontece, muitas vezes, que a escolha
de uma ou outra solução alternativa não
implica nenhuma modificação de certos
elementos do custeio. Os gastos são,
assim, irrelevantes para a tomada da
decisão.
4. TIPOS DE GASTOS
 Quando se tomam certas decisões apenas interessam, regra geral, os
gastos variáveis - daí a designação de gastos relevantes.
 Por exemplo, quando uma empresa tem capacidade de produção
excedentária, ao estudar uma proposta adicional entra, normalmente,
com os gastos variáveis (materiais, energia, ... ). Os gastos da estrutura
do Serviço de Contabilidade são, em princípio, irrelevantes para o
estudo da proposta em causa.
4. TIPOS DE GASTOS
 Gastos de oportunidade
 Gasto de oportunidade é a medida do valor dos proveitos que se
poderiam obter se se escolhesse uma aplicação alternativa. A aplicação
alternativa possibilitaria, por conseguinte, rendimentos que se torna
necessário comparar com os que obtém naquela que está a ser
considerada.
4. TIPOS DE GASTOS
 Por exemplo, se uma empresa tiver fundos em excesso no valor de 500
000 euros que pode aplicar em Obrigações do Tesouro a uma taxa de
rendimento líquido de 5 % e se decide comprar equipamento moderno
que faz baixar os seus gastos em 40 000 euros por ano, o valor de 25
000 euros é o custo de oportunidade a considerar no estudo deste
investimento.
4. TIPOS DE GASTOS
 Gastos controláveis e não controláveis
 Ao efetuar-se o tratamento dos gastos na ótica de fazer a imputação das
responsabilidades, sabe-se que existem certas naturezas de gastos sobre as quais o
gestor não tem grande possibilidade de intervenção. O controlo de tais naturezas de
gastos pode ser da responsabilidade de um outro nível de decisão.
 Na verdade, o responsável pela secção de Mecânica não pode ser responsabilizado
pelas amortizações e reintegrações dó edifício onde está situada a Oficina, mas tem
responsabilidades nas horas extraordinárias efetuadas pelos operários que
trabalham na secção.
4. TIPOS DE GASTOS
 Gastos marginais e diferenciais
 Antes de apresentar a definição de gasto diferencial, vamos definir
gasto marginal, conceitos que são confundidos na prática.
4. TIPOS DE GASTOS
 Gasto marginal é o gasto constituído pela diferença entre o conjunto
de gastos necessários a uma produção dada e o conjunto dos não
necessários a esta mesma produção majorada ou minorada de uma
unidade.
 Gasto diferencial é a diferença de gastos referentes a duas alternativas
(a manutenção da situação - referência - e a alteração da situação
objeto de análise).
O gasto é um sacrifício de recursos com
vista a atingir determinado objetivo. No
caso concreto da função produção
serão basicamente os equipamentos
que a empresa teve que adquirir, a
mão-de-obra que contratou, as
matérias-primas e subsidiárias
necessárias ao fabrico de um
determinado produto.
Para além da função de produzir, cabe à
produção de uma empresa um outro
conjunto de tarefas que serão como
anteriormente vimos o planeamento e
controlo da produção, o controlo da
qualidade, o aprovisionamento e a
gestão de stocks de matérias-primas e
subsidiárias.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO,
CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO,
CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU
COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-TÉCNICO, CUSTOS DE
TRANSFORMAÇÃO
 Um dos objetivos da contabilidade de gestão é o apuramento
detalhado dos gastos suportados pela empresa e pelos
departamentos. No caso da função produção, o objetivo
principal que a contabilidade de gestão terá que conseguir
alcançar é determinar o custo de produção de determinado
produto ou serviço.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Para o apuramento deste custo de produção e posteriormente e de
uma forma mais completa do custo final do produto é normalmente
utilizado a ótica do produto em que se distingue vários estados de
custo de acordo com as diversas fases do produto.
5. FORMAÇÃO DO GASTO
DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL
OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU
COMPLEXIVO, CUSTO
ECONÓMICO-TÉCNICO,
CUSTOS DE
TRANSFORMAÇÃO
Tomemos, como
suporte, o esquema
seguinte, para distinguir
os diferentes estádios
de custos
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Custo Industrial
 Ao falarmos do custo de produção ou industrial temos que incluir
todos os custos de produção ou industriais. Este tipo de custo engloba
todos aqueles que são necessários para produzirmos ou fabricarmos
determinado bem desde a entrada das matérias-primas na linha de
produção até à obtenção do produto acabado.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Como exemplos teremos em primeiro lugar as matérias-primas e a
mão-de-obra. Para além destes consideramos todo o conjunto de
matérias subsidiárias necessárias a produção onde podemos incluir a
energia elétrica, a água e todo um conjunto de outros custos que
possamos considerar secundários mas ao mesmo tempo indispensáveis
para a produção do nosso bem.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Ao analisar os componentes do custo de produção podemos ainda
subdividi-los em dois tipos:
 Custos das matérias diretas + custo da mão-de-obra direta = Custo Primo
 Custo da mão-de-obra direta + Gastos gerais de fabrico = Custo de
transformação
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Os componentes são caracterizados da seguinte forma:
 Matérias-primas: englobam as matérias ou materiais consumidos na
fabricação dos produtos. Por exemplo: na produção de móveis, as madeiras
são matérias-primas. na produção de calçado, a sola e as peles também são
as matérias-primas.
 Mão-de-obra direta: é constituída pelas remunerações e encargos do
pessoal fabril que trabalha diretamente na produção. Por exemplo: na
produção de móveis, o pessoal da marcenaria que corta a madeira. na
produção de calçado, o pessoal que corta as solas e aplica as peles.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 O custo industrial representa o somatório do custo das matérias-
primas, com o custo da mão-de-obra direta e os custos de gastos
gerais de fabrico.
 À soma das matérias-primas e da mão-de-obra direta também se
chama custo primo ou direto. O custo primo ou direto é uma parte do
custo industrial, formado pela soma das matérias-primas com a mão-
de-obra direta.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO,
CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU
COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-TÉCNICO, CUSTOS DE
TRANSFORMAÇÃO
 O custo de transformação é uma sub-parcela, entre o custo
primo e o custo industrial, formado pela mão-de-obra direta e
os gastos gerais de fabrico. Representa os valores
incorporados na transformação das matérias-primas,
categorizados como mão-de-obra direta e gastos gerais de
fabrico.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO,
CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU
COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-TÉCNICO, CUSTOS DE
TRANSFORMAÇÃO
 Custo complexivo
 Este respeita à fase em que o bem se encontra produzido mas ao
qual ainda há que imputar um conjunto de custos que não dizem
diretamente respeito à fase de produção do mesmo mas os quais
a empresa tem que suportar para que a produção e a colocação
do bem nos pontos de venda junto do cliente seja possível. Este
tipo de custo diz respeito aos custos de distribuição,
administrativos e financeiros, em concreto custos de outros
departamentos da empresa não diretamente relacionados com o
departamento de produção.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Em resumo o custo complexivo será a soma do custo de produção e
dos custos de distribuição, administrativos e financeiros. De uma forma
mais técnica e numa ótica financeira o custo complexivo será
equivalente ao preço de venda abaixo do qual a empresa terá prejuízo.
 Quando se soma ao custo industrial os custos não industriais obtém-se o
custo complexivo. Ou seja, o custo abaixo do qual não devemos vender,
por forma a recuperarmos todos os custos.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Obtém-se através da adição ao custo industrial dos gastos não fabris
ou «gastos gerais» da empresa (custos de venda, de administração e
financeiros). A este custo também se dá o nome de preço de venda
mínimo, ou seja, o preço abaixo do qual a empresa tem prejuízo.
 Este custo representa o ponto em que o lucro é nulo. Isto é, apenas
recuperamos os custos incorridos, não estando contemplada qualquer
parcela referente à recuperação dos capitais investidos.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Os sócios acionistas das empresas pretendem auferir uma retribuição
pelo empate de capital.
 A maior parte das empresas adquirem financiamentos em instituições
financeiras, pagando os custos financeiros inerentes.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Na venda dos produtos é necessário recuperar estas parcelas, que são
os chamados custos figurativos.
 Os custos não industriais são compostos por todos os custos de
natureza comercial, administrativa e financeira que devem ser
suportados pelo produto.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Custo económico-técnico
 O custo económico-técnico ou preço de venda normal é a soma do custo
complexivo com os custos figurativos. Este custo representa o valor de
venda equivalente ao preço de venda normal.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Este custo resulta da soma do custo complexivo com os gastos figurativos
sendo equivalente ao preço de venda normal do produto. Como gastos
figurativos podemos indicar a quota-parte que empresa reserva para a
remuneração dos capitais investidos pelos sócios ou fundadores da
empresa. Em termos gerais a taxa de juro com que são remunerados os
capitais inicialmente investidos.
 Na posse de todos os dados para cálculo destes diferentes tipos de
custo e obtido o custo económico de determinado produto, a
contabilidade de gestão terá uma base de cálculo para apurar o lucro
por cada produto vendido pela empresa.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Definidos que estão todos os componentes do custo de produção de
um produto e que são o custo das matérias consumidas, os custos de
Mão-de-obra direta e os Gastos Gerais de Fabrico o apuramento do
custo de produção resulta basicamente da soma destes três
componentes.
 O trabalho a executar pela contabilidade de gestão será o apuramento
exato dos custos de cada um destes componentes e a parte em que
concorrem para a custo de produção.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Executado este trabalho a contabilidade de gestão irá apresentar os
seus resultados através de documentos que servirão de análise e
tomada de decisão aos órgãos gestão da empresa.
 Em seguida analisa-se e indica-se as várias rubricas que nos permitem
identificar este custo de produção bem como os documentos onde se
encontram inseridos.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 O Bloco Operacional apresenta o relato dos proveitos e custos das
operações principais da empresa, que inclui as rubricas de 1 a 6 e que
se reflete na obtenção do resultado operacional.
 A função produção é uma das funções principais e que se reveste de
um carácter operacional. O custo de produção de um determinado
produto encontra-se refletido na rubrica nº 2 da Demonstração de
resultados Funções onde o é justamente Custo da produção.
5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO
PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO
COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-
TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
 Para obtermos o custo complexivo a partir da
demonstração de resultados por funções, teremos que
somar as Rubrica nº 2, 5, 6, 9 e 11 onde ao custo das
vendas e prestações de serviços iremos adicionar os Custos
de Distribuição e os C. Financeiros e Administrativos.
 Mais uma vez se destaca a importância da D.R. por funções,
já que nos permite obter o custo do produto nos diversos
estados segundo a ótica do custo.
6. MARGENS E RESULTADOS
6. MARGENS E RESULTADOS
 As empresas têm duas funções distintas: a função económica e a função social.
 Dentro da função económica, aquele que em grande parte serve de argumento para a criação de uma
empresa, podemos englobar vários tipos de objetivos a alcançar:
 Maximização do valor dos lucros.
 Maximização do volume de negócios.
 Maximização do valor da empresa.
 Criação de valor acrescentado, ou seja uma remuneração para os capitais inicialmente aplicados
pelos investidores na criação da empresa e do seu negócio.
6. MARGENS E RESULTADOS
 O lucro não será mais do que a diferença entre o preço de venda
mercado e o custo económico. Obtém-se mediante a soma ao custo
complexivo dos chamados gastos figurativos que envolvem a quota-
parte da remuneração do capital investido na empresa pelos sócios e
do prémio de risco decorrente da atividade em que a empresa atua.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Nos casos em que há vários produtos, não é fácil a determinação do
custo comercial dos produtos, dadas as dificuldades de repartição dos
gastos não industriais, a exemplo dos gastos gerais de fabrico. Daí o
pouco interesse para a gestão do custo complexivo e do custo
económico-técnico.
 A diferença entre o preço de venda praticado e o custo económico-
técnico é o lucro puro. O lucro líquido é a diferença entre o preço de
venda e o custo complexivo e o lucro bruto é a diferença entre o preço
de venda e o custo industrial.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Em vez dos conceitos de lucro indicados, há quem utilize as margens.
Contudo, não tem sido fácil a sua uniformização, aparecendo com a
terminologia- «margem 1», «margem 2», etc. - em certos Planos de
Contas.
 O SNC optou por apresentar os resultados com referência às funções
principais da empresa no mapa da Demonstração de Resultados por
Funções, individualizando o resultado bruto, o resultado operacional,
etc.
6. MARGENS E RESULTADOS
 As margens derivam da diferença entre os preços de venda e um custo
qualquer.
 Os resultados resultam da comparação entre os preços de venda e os
preços de custo.
 Assim, o resultado Bruto é a diferença entre o preço de venda e o custo
industrial.
Resultado Bruto = Pv-Ci
6. MARGENS E RESULTADOS
 O lucro líquido será a diferença entre o Preço de venda e o custo
complexivo.
Resultado liquido = Pv – PC
 O Resultado Puro é o resultante da diferença entre o preço de venda e o
custo económico-técnico.
Resultado Puro = Pv - CET
6. MARGENS E RESULTADOS
 A margem de lucro sobre as vendas é o rácio que mede o lucro da
empresa por cada euro de vendas. A percentagem calculada mostra o
valor em cêntimos que sobra depois de deduzidos todos os custos e
impostos.
 A maioria dos empreendedores acredita que é necessária uma elevada
margem de lucro para que um negócio tenha sucesso, mas isso é um
mito.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Para avaliar este rácio adequadamente, deve considerar-se o valor dos
ativos da empresa, a rotação de existências e de recebimentos, e a sua
capitalização total.
 Por exemplo, um supermercado típico, geralmente tem uma margem de
lucro médio sobre as vendas de cerca de um cêntimo por cada euro de
vendas, mas as suas existências podem rodar mais de vinte vezes por ano e
o recebimento das vendas é imediato. Se a margem de lucro sobre as
vendas está abaixo da obtida da concorrência, isso pode significar uma
estratégia de preços desadequada ou custos excessivamente elevados ou
os dois.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Se a margem de lucro sobre as vendas é excessivamente baixa, deve ser
verificada a margem bruta sobre as vendas e identificada a razão pela
qual uma margem bruta elevada se transforma numa margem líquida
baixa.
 Geralmente o que acontece é que se está perante uma estrutura
financeira desadequada, geradora de elevados custos financeiros,
prejudicial à rentabilidade do investimento total (ROI ).
6. MARGENS E
RESULTADOS
 A Rentabilidade do Investimento Total
é potenciada (ou não) por uma
estrutura financeira adequada, que
aqui se representa pela autonomia
financeira.
 A relação entre essa rentabilidade
conseguida com o investimento total
e a adequação maior ou menor da
estrutura financeira é que potencia
(ou não) a rentabilidade do capital
próprio (ROE).
6. MARGENS E RESULTADOS
 Este rácio (ROE) mede a taxa de recuperação ou de retorno do
investimento obtida pelos titulares do capital da empresa. Mostra a
percentagem do investimento dos proprietários no negócio, obtida
anualmente através dos lucros, sendo por isso um dos indicadores mais
importantes da rentabilidade e da eficiência da gestão da empresa.
 Este rácio compara os lucros alcançados no período contabilístico com o
montante investido no negócio, nesse período, pelos proprietários. Se esta
taxa de retorno for demasiado baixa, então é porque esse capital deveria
estar investido noutra aplicação mais rentável.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Geralmente é difícil determinar as razões da falta de rentabilidade de
uma organização se não compreendermos a interligação da Liquidez,
com a Alavancagem (leverage), a Atividade e a Rentabilidade,
mostrando como estes rácios são importantes na compreensão da
formação da rentabilidade total de uma empresa.
6. MARGENS E RESULTADOS
 A análise integrada da rentabilidade económica e financeira demonstra
como a rentabilidade do ativo total e a margem e o autofinanciamento
(utilização do endividamento ou a gestão do equilíbrio financeiro)
interagem para formar a rentabilidade do capital próprio.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Devem ser estudadas as possibilidades de aumentar os preços para
melhorar os lucros, ou baixar os preços para aumentar o volume de
vendas e assim reduzir os custos, ou ainda procurar novos produtos ou
mercados, por exemplo. Analistas de Custos e Especialistas de
Produção podem investigar caminhos para a redução de custos.
 Na ótica da Rotação do Ativo, gestores operacionais e financeiros devem
analisar o efeito da redução de investimentos em vários ativos, tal como o
efeito de estruturas financeiras alternativas.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Análise do ponto crítico (Breakeven)
 Neste nível de atividade, os proveitos operacionais totais igualam os custos operacionais
totais. Através da análise dos custos, pode ser calculado o nível mínimo de atividade que
mantenha a empresa operacional em termos económicos.
 O ponto crítico ajuda a pensar no nível de vendas que terá de atingir para alcançar um
determinado lucro objetivo. Permite também refletir sobre o potencial da empresa para gerar
resultados. É, por isso, um instrumento de planeamento. Pode, inclusivamente, servir para
demonstrar que a oportunidade de negócio identificada não é tão “oportuna” quanto se
pensava.
6. MARGENS E RESULTADOS
 O ponto crítico de vendas é o montante das vendas que produz uma margem bruta que
absorve totalmente os custos de estrutura. A análise do ponto crítico é essencialmente de curto
prazo e assenta em determinados pressupostos, entre os quais, podemos referir os mais
importantes:
 Supõe-se que o comportamento dos custos e dos proveitos assume a forma linear.
 Supõe-se que não existem variações de investimento para o período em análise.
 Supõe-se ainda que as funções representativas de custos e proveitos não assumem valores
extremos, isto é, próximos da capacidade instalada da nova empresa.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Os custos, numa dimensão económica e operacional, dividem-se em
fixos e variáveis. Os custos fixos operacionais totais não variam com o
volume de atividade. Os custos variáveis operacionais totais, variam
proporcionalmente com variações da atividade.
6. MARGENS E RESULTADOS
 A atividade e a capacidade instalada representam-se em quantidades
produzidas (monoprodução) ou em valor de vendas (multiprodução).
Sobre o regime de multiprodução haveria muito mais a dizer mas, a sua
análise, excede o propósito deste programa.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Outra questão que deve ser apenas assinalada prende-se com o facto de estarmos a
considerar a relação entre custos totais e a atividade realizada. Pelo contrário, se
pensarmos em custos unitários, os custos fixos operacionais unitários têm um
comportamento variável, sendo a sua variação proporcional ao volume de atividade.
 Quanto maior a quantidade produzida, menor será a parcela do custo fixo a imputar
a cada unidade. A isto chama-se efeito de escala. Os custos variáveis operacionais
unitários são sempre fixos por unidade. isto é, a quantidade produzida é igual à
parcela de custo variável a imputar a cada unidade. Por isso o custo variável
operacional total aumenta para variações da atividade para um mesmo nível de
capacidade instalada.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Assim, não é correto afirmar que um determinado preço de venda
produz um certo lucro, visto que este verifica-se em função do preço e
das quantidades vendidas.
 O que será correto afirmar-se é que um determinado preço de venda
produz uma determinada margem, à qual chamamos margem direta, e
que esta será igual à diferença entre o preço de venda unitário e o
custo variável unitário. É a margem que ficará disponível para a
cobertura dos custos fixos e que gerará, ou não, um lucro em função
do nível de atividade ou das quantidades produzidas.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Resultados
 O sucesso e a sobrevivência, a longo prazo, da organização, depende
da sua capacidade para gerar lucros.
 Gerar lucros não é qualquer coisa que ocorra acidentalmente. Requer
planeamento cuidado e uma capacidade efetiva de gestão, e claro,
também um pouco de sorte.
 Para alcançar objetivos que se traduzam em resultados positivos deve
estar consciente da posição financeira da empresa e das alterações
que decorrem ao longo do tempo.
6. MARGENS E RESULTADOS
 A gestão dos ativos financeiros de uma empresa é uma das tarefas que
pode representar um dos maiores desafios. Os registos financeiros
exigem um conhecimento dos princípios fundamentais da
contabilidade, o que geralmente não acontece com um grande número
de empreendedores.
 Para gerir uma empresa e apresentar bons resultados é importante que
se dominem as ferramentas básicas da gestão, usar dados fiáveis na
elaboração dos mapas financeiros e conhecer as técnicas de análise
destes mapas (rácios, mapas comparativos, etc.).
6. MARGENS E RESULTADOS
 Estas ferramentas são necessárias para que a empresa conheça
periodicamente a sua situação financeira. Com esta informação é
possível diagnosticar problemas financeiros e evitar que se
transformem em sérias ameaças para a empresa.
 São três os mapas financeiros que permitem ver a “saúde” financeira da
empresa: o balanço, a demonstração de resultados e o mapa de origem
e aplicação de fundos.
6. MARGENS E RESULTADOS
 A demonstração de resultados compara os custos com os
proveitos de um ciclo de atividade normal da empresa. É
como que uma representação dinâmica, da capacidade da
empresa para gerar resultados.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Para calcular o resultado líquido, registam-se:
 Os proveitos resultantes das vendas de bens e serviços decorrentes da
atividade principal da empresa.
 Os proveitos de outras atividades (rendas, investimentos, juros, etc.) devem
também ser incluídos como proveitos na demonstração de resultados.
 O custo das existências vendidas representa o custo total dos bens e
serviços vendidos, durante um determinado ciclo de exploração.
6. MARGENS E RESULTADOS
 Os custos operacionais incluem todos aqueles que diretamente contribuem
para a produção e distribuição dos bens.
 Custos gerais são custos indiretos decorrentes do funcionamento normal da
empresa.
 Os outros custos incluem todos aqueles que, não se enquadrando em
nenhuma das rubricas anteriores, ou não resultando do normal
funcionamento da empresa, têm obrigatoriamente de ser considerados.
 A diferença entre os proveitos totais e os custos totais dá-nos o resultado
líquido do período a que a demonstração de resultados se refere.
7. CUSTOS DIRETOS E
INDIRETOS
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Entende-se por custos diretos os custos que são especificamente
suportados pela fabricação de determinado produto e, como tal,
exclusivamente imputáveis a esse produto.
 São fundamentalmente de três tipos:
 Custos diretos dos materiais (matérias-primas e componentes).
 Custos diretos de mão-de-obra.
 Custos especiais diversos.
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 De notar que entende-se por matéria-prima todo o material adquirido no
exterior (por ex., chapa, madeira, granulado de plástico) e que vai sofrer um
conjunto de operações de transformação, constituintes do processo
produtivo, de forma a obterem-se produtos acabados.
 Entende-se por semiacabados todo o material adquirido no exterior (por
ex., peças brutas fundidas), que já sofreu um determinado grau de
transformação por terceiros e que vai sofrer ainda um conjunto de
operações de transformação na empresa, constituintes do processo
produtivo, antes de atingir o estádio de produtos acabados.
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Entende-se por componentes todo o material adquirido no exterior
(por ex., rolamentos, parafusos) e que não sofre qualquer operação de
transformação mas apenas é alvo de operações de montagem com
outros componentes ou peças fabricadas na empresa, acabando por
integrar os produtos acabados.
 Veja-se agora o conteúdo daquelas duas classes fundamentais de
custos:
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Custos Diretos dos Materiais
 Estes custos aplicam-se, por exemplo, ao caso de matérias-primas e ao
de semiacabados transformados por terceiros. Os custos dos materiais
que se incorporam fisicamente num certo produto constituem
indubitavelmente custos de imputação direta desse produto.
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Custos Diretos de Mão-de-obra
 Como o próprio nome indica, incluem todos os custos inerentes ao
trabalho exclusivamente prestado para a fabricação de determinado
produto.
 Estes custos incluem, para além da retribuição normal, todos as
despesas extraordinárias e sociais, bem como remunerações adicionais,
gratificação de Natal, de férias, etc..
7. CUSTOS DIRETOS E
INDIRETOS
 Custos Especiais Diversos
 Estes custos, de classificação por vezes difícil e diferente de empresa para
empresa, são todos os não enquadráveis nas duas classes anteriores, ou seja,
nos custos diretos de mão-de-obra e de materiais. A título de exemplo,
podem citar-se os custos relacionados com o seguinte:
 Partes de produtos adquiridas a terceiros.
 Fabricações subcontratadas a terceiros com matéria-prima fornecida pela
empresa.
 Custo de energia quando é possível conhecer a quantidade exata
consumida na fabricação de determinado produto, etc..
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Custos Indiretos
 Entende-se por custos indiretos (ou comuns) os custos suportados
simultaneamente por vários produtos (ou por várias fabricações e
departamentos) e, sendo assim, apenas imputáveis aos produtos por via
necessariamente indireta.
 Do reconhecimento do que podem ser na realidade custos diretos, resulta
uma simplificação contabilística e melhoria do rigor da informação, já que
a repartição dos custos indiretos pode envolver alguma arbitrariedade.
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Há, pois, interesse em, através de análise adequada, procurar
transformar em custos diretos o maior número possível de custos
indiretos.
 Estes custos são muito numerosos e de natureza diversa, pelo que
devem ser agrupados em categorias afins para melhor poderem ser
analisados e controlados.
7. CUSTOS DIRETOS E
INDIRETOS
 A classificação que mais frequentemente se
utiliza é a chamada funcional, segundo a
qual os custos comuns (ou também
despesas gerais) são divididos como se
segue:
 Custos comuns da produção.
 Custos comuns administrativos.
 Custos comuns comerciais.
 Custos comuns da empresa.
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Embora variando de empresa para empresa, analisa-se alguns dos custos contidos nesta
classificação.
 a) Os custos ou despesas gerais da produção são os implicados em toda a atividade
técnico-produtiva, tais como:
 A mão-de-obra indireta, englobando as remunerações de todo o pessoal afeto
aos serviços gerais técnicos. habitualmente incluem-se aqui os custos do pessoal
ligado à receção, verificação, armazenagem, aviamento, transportes internos,
etc..
 Os materiais indiretos, incluindo o custo de todos os materiais consumidos não
englobados nos custos diretos. constituem exemplos os lubrificantes, desperdícios,
peças de substituição, etc..
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Os serviços auxiliares, compreendendo o custo de serviços que, produzidos
pela empresa ou adquiridos no exterior, têm uma função de tipo
complementar em relação à produção em geral. aqui se podem incluir os
custos de energia elétrica, gás, ar comprimido, etc., quando, como se referiu
anteriormente, não for possível imputá-los diretamente a cada produção,
caso em que seriam custos diretos.
 A manutenção corrente de todas as máquinas e instalações auxiliares da
produção.
 Os custos da direção técnica, englobando todas as remunerações atribuídas
aos responsáveis técnicos em geral.
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Os encargos de natureza social, compreendendo todos os custos de
natureza social suportados pela empresa, tais como refeitórios, posto
médico, etc..
 Os custos de formação profissional.
 As amortizações, entendidas como as reservas financeiras (das máquinas e
equipamento que não estejam diretamente imputados à produção sob a
forma de custos diretos), para fazer face à sua depreciação técnica.
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 b) Os custos comuns ou gerais administrativos são os suportados pelo
sector administrativo da empresa tais como, os ordenados e encargos
sociais dos dirigentes e empregados administrativos, as despesas de
secretaria e comunicações, serviços prestados por consultores,
despesas bancárias, etc..
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 c) Quanto aos custos comuns ou gerais comerciais, são de referir:
 As remunerações de quadros de chefia e empregados da área comercial.
 As remunerações fixas de vendedores.
 Despesas de promoção e publicidade.
 Despesas com entrepostos e armazéns de produtos acabados.
 Despesas com estudos e prospeções de mercado.
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Note-se que não se incluíram aqui as chamadas comissões
de venda atribuídas por certas empresas aos vendedores. de
facto, sendo habitualmente liquidadas por percentagem ou
de forma fixa por produto vendido, elas constituem custos
diretos e não gerais.
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 d) Os custos comuns ou gerais da empresa respeitam também aos custos suportados
indistintamente pelo conjunto dos serviços da empresa. Compreendem, por exemplo:
 Remunerações dos gestores de topo da empresa: Diretor-geral e/ou Conselho de Administração.
 Honorários do Conselho Fiscal.
 Despesas de formação em geral, de viagem e representação.
 Despesas sociais em geral, como assistência a trabalhadores, bar da Empresa, biblioteca, etc..
 Despesas de associação.
 Beneficência e donativos, etc..
7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
 Cabe aqui observar sobre a classificação atrás apresentada para os
custos, em diretos e indiretos, e a sua discriminação que a classificação
e discriminação de custos depende do tipo, dimensão e natureza da
empresa e, também, dos critérios (e inerente subjetividade) dos
responsáveis pela montagem da Contabilidade.
8. GASTOS INCORPORÁVEIS E GASTOS
NÃO INCORPORÁVEIS
8. GASTOS INCORPORÁVEIS E GASTOS
NÃO INCORPORÁVEIS
 Gastos Incorporáveis são aqueles que são considerados para efeito de cálculo do
custo, são aqueles que respeitam a exploração normal da empresa.
 São aqueles que têm a ver com a atividade normal da empresa, normalmente considerados
quer pela Contabilidade Geral como pela Contabilidade Analítica, porque na sua essência
têm uma ligação direta com a atividade de produção, venda ou prestação de serviços
realizada pela empresa.
 Na categoria dos gastos incorporáveis podem ser incluídos todos os encargos da
conta dos resultados operacionais como por exemplo, os encargos atinentes aos
salários.
8. GASTOS INCORPORÁVEIS E GASTOS
NÃO INCORPORÁVEIS
 Gastos não incorporáveis resultam de uma operação anormal que não diz respeito a
exploração normal da empresa, ou seja, não entram no cálculo do custo.
 São aqueles que embora a empresa os assuma não fazem parte da rotina das suas atividades, ou
seja são aquelas que acontecem de forma inesperada ou como resultado de decisões de
marketing e outros que a empresa os assume provenientes de desastres ou outras atividades
filantrópicas.
 Os encargos não incorporáveis normalmente são os considerados nos resultados não
operacionais e extraordinários, como por exemplo as provisões criadas e as despesas
assumidas em função de acidentes e desastres imprevistos
9. CUSTOS REAIS E CUSTOS
BÁSICOS
9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS
 Os custos reais são custos determinados a posteriori e correspondem
aos custos dos produtos comprados ou produzidos e aos serviços
prestados.
 Quando nos referimos aos custos que correspondam aos produtos
comprados ou produzidos e aos serviços prestados, estamos a falar em
custos reais.
9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS
 Podemos afirmar que os custos reais (custos determinados «a
posteriori») são praticamente impossíveis de calcular com rigor
absoluto (veja-se o caso de determinados gastos anuais que são
repartidos pelos meses de laboração, segundo estimativa elaborada no
início do ano, tais como o subsídio de férias, 13.º mês, etc.).
9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS
 Os custos básicos, ou custos a priori, são custos teóricos definidos
para valorização interna dos produtos e serviços.
 Por exemplo, quando se diz que o custo industrial dos produtos para o
mês de Julho do ano (N+1) será de 1.000, estamos a referir um custo
determinado hoje para uma atividade futura.
9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS
 Custos padrões ou «standard»
 Resultam de se considerarem as normas técnicas atribuídas aos vários fatores da
área fabril (consumo de matérias, mão-de-obra, máquinas, etc.) para a definição do
custo de um produto ou de determinado serviço.
 Estes custos, dada a sua natureza, não têm em linha de conta a situação atual das
instalações (grau de utilização, estado de conservação, etc.), da qualidade das
matérias-primas e da mão-de-obra, ou sejam os elementos que afetam as condições
normais de exploração.
9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS
 Exemplo
 Quando um fabricante de uma determinada máquina apresenta os
consumos unitários de energia estimados, está a indicar um custo padrão.
 São custos que refletem condições ótimas de funcionamento e não as
condições efetivas de exploração.
9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS
 Custos orçamentados
 Os custos orçamentados são os custos obtidos em consequência da
elaboração dos orçamentos da empresa para determinado período.
 Resultam dos orçamentos elaborados para um determinado período,
em função dos objetivos e planos definidos e aprovados pelos órgãos
de gestão.
9. CUSTOS REAIS E
CUSTOS BÁSICOS
 Num orçamento são definidos elementos globais da atividade da empresa:
 Quantidades a vender.
 Existências de produtos acabados a manter.
 Quantidades a produzir.
 Matérias-primas a consumir.
 Matérias-primas a manter em existências.
 Matérias-primas a comprar.
 Custos de transformação necessários para obter a produção desejada.
 Mão-de-obra a utilizar.
 Gastos gerais de fabrico a utilizar.
9. CUSTOS REAIS E
CUSTOS BÁSICOS
 Os orçamentos são a tradução em número dos objetivos e
planos definidos e aprovados pela Direção da empresa para um
determinado período. Por conseguinte, os gastos orçamentados
têm bastante mais aderência à realidade, uma vez que têm em
linha de conta as condições normais de exploração para o
período em causa.
 Há ainda quem utilize como custos básico o custos que o
produto ou serviço pode ter no mercado. Relativamente aos
anteriores tem a vantagem de permitir isolar os resultados,
quando a empresa utiliza vários centros de resultados, em que
há cedências ou transferências de produtos e/ou serviços.
9. CUSTOS REAIS E
CUSTOS BÁSICOS
 A utilização por parte da empresa de custos básicos
facilita as tarefas da contabilidade, serve de auxiliar de
gestão e permite avaliar a eficiência de cada
departamento e isolar os resultados da gestão.
 Os custos básicos são resultantes de condições estimadas
em função das condições de exploração e das
expectativas, ou ainda, das condições normais verificadas
em cada sector de atividade.
9. CUSTOS REAIS E
CUSTOS BÁSICOS
 Neste sistema, o custo industrial dos produtos pode ser determinado por via do:
 Custeio total básico.
 Custeio variável básico.
 Da utilização do sistema de custeio básico resultam algumas vantagens:
 Fornece um meio eficaz de controlo de gestão, porque todas as diferenças
verificadas entre os custos reais e os básicos são da responsabilidade dos
gestores de cada unidade produtiva ou centro de custo.
 Simplifica o tratamento da informação analítica, conferindo-lhe maior rapidez,
porque não tem que esperar que todos os custos reais sejam apurados.
10. OS DESVIOS
10. OS DESVIOS
 O desvio é a diferença entre uma situação real e
uma situação prevista. Para estes efeitos os desvios
são as diferenças entre os custos reais e os custos
básicos.
 Se a produção prevista são três unidades e só se
produziram duas, então o desvio é uma unidade.
10. OS DESVIOS
 O desvio será desfavorável se estivermos a tratar de custos e favorável se
estivermos a tratar de proveitos.
 Um desvio positivo verifica-se quando os valores reais são superiores aos
valores previstos. Um desvio negativo verifica-se quando os valores reais são
inferiores aos valores previstos. Este desvio será favorável se estivermos a
tratar de custos e desfavorável se estivermos a tratar de proveitos.
 O desvio no resultado global é explicado por duas bases:
10. OS DESVIOS
 1. Desvio sobre os custos
 Desvio de quantidades consumidas
 Quantidades reais versus quantidades previstas. O consumo de matérias-primas previsto era de 1 500 t.
e consumiram-se realmente 1 250 ton., ou seja, verificou-se um desvio negativo de 250 unidades (1 250
- 1 500) que é favorável pois representa um menor consumo de matérias primas.
 Desvio sobre custos unitários
 Preços reais versus preços previstos. O preço de custo de cada tonelada de matéria-prima
foi prevista a 45 u.m. e na realidade o seu preço foi de 50 u.m.. O desvio ocorrido foi
positivo de 50 u.m. (50 - 45), e é desfavorável porque representa um consumo a preços
superiores.
10. OS DESVIOS
 2. Desvio sobre as margens comerciais
 Desvio sobre quantidades vendidas
 Quantidades reais versus quantidades previstas. Onúmero de unidades previstas para vender no mês de
Setembro era de 4 000. Noentanto, venderam-se 6.000 unidades, ou seja odesvio foi positivo em 2 000
unidades (6 000 - 4 000). Este desvio é favorável pois as vendas foram superiores aoprevisto.
 Desvio sobre o preço de venda
 Preços reais versus preços previstos. As 6 000 unidades foram vendidas ao preço de 200, quando
estava previsto vender cada unidade a 300. Verificou-se um desvio negativo no preço de venda de
100 (200 - 300). Este desvio é desfavorável porque estamos a tratar do preço dos nossos proveitos.
10. OS DESVIOS
 O modelo geral da análise de um custo dá-nos duas realidades distintas:
 O desvio sobre a quantidade mantendo os preços inalterados. Imaginemos que a previsão
de quantidades a vender era de 4.000 unidades ao preço de 300, e sabemos que as
quantidades vendidas foram de 6.000 ao preço de 250. Vamos calcular o efeito de termos
vendido mais 2.000 unidades (6.000-4.000), mantendo o preço previsto de 300, originando
um desvio positivo de 600.000 (2.000x300).
 O desvio sobre o preço mantendo as quantidades inalteradas. Continuando a analisar o
exemplo anterior resultará num desvio de preço desfavorável, pois vendemos com um
preço abaixo do previsto, ou seja 50 por unidade (250 - 300). Logo, o desvio é negativo em
200 000 (50 x 4 000).
10. OS DESVIOS
 Por outro lado, alguns custos são imputados na atividade real por
custos básicos, ou seja, nos valores realizados vamos ter duas
componentes de análise: quantidades reais valorizadas a custos reais e
quantidades reais valorizadas a custos básicos.
 Deste cálculo de desvio surgem os desvios de incorporação de custos.
10. OS DESVIOS
 Desvio da produção
 Á conta de fabricação debita-se pelas quantidades consumidas reais a
custos básicos e credita-se pela produção real valorizada a custos
básicos.
 Nesta conta vão estar refletidos o desvio das matérias, da mão-de-obra
e de gastos gerais de fabrico.
10. OS DESVIOS
 Desvios em matérias
 Consideremos a seguinte nomenclatura:
 Qr - Quantidades reais consumidas.
 Pr - Preço real das quantidades consumidas.
 Qo - Quantidades orçamentadas.
 Po - Preço orçamentado.
 A expressão Qr x Pr dá o valor real da matérias consumidas.
 A expressão Qo x Po dá o valor orçamentado para as matérias consumidas no
mesmo espaço de tempo.
10. OS DESVIOS
 O desvio de matérias (Dm) resulta da diferença das duas
expressões:
Dm = Qr x Pr - Qo x Po
 Vamos decompor este desvio em desvio de preços e de
quantidades.
 Para calcularmos o desvio de preços (Dp), vamos manter
inalteradas as quantidades:
Dp = Qo x Po - Qo x Pr
10. OS DESVIOS
 Colocando Qr em evidência teremos: Dp = Qo x (Pr - Po)
 Para calcularmos o desvio de quantidades (Dq) vamos manter
inalterados os preços:
Dq = Qr x Po - Qo x Po
 Colocando Po em evidência teremos: Dq = Po x (Qr - Qo)
10. OS DESVIOS
 Vejamos o seguinte exemplo.
 Quantidades reais consumidas durante o mês de
Dezembro - 30 unidades.
 Quantidades orçamentadas - 25 unidades.
 Preço real das matérias consumidas em Dezembro -
100 u.m.
 Preço orçamentado - 110 u.m.
10. OS DESVIOS
 Resolução
 Desvio total = 30 x 100 - 25 x 110 = 3. 000 - 2 750 = 250
 Desvio de preços = 30 x (100 - 110) = - 300
 Desvio de quantidades = 110 x (30 - 25) = + 550
 Desvio de preços + Desvio de quantidades = Desvio total
 O desvio apurado resultou de um decréscimo nos preços obtidos face ao orçamentado, que
foi absorvido por um acréscimo de quantidades consumidas o que provocou um desvio
desfavorável.
10. OS DESVIOS
 Estes resultados podem ser apresentados sob a forma de
um quadro.
10. OS DESVIOS
 Desvios em mão-de-obra
 Consideremos a seguinte nomenclatura:
 NHr - Número de horas real
 NHo - Numero de horas orçamentado
 CHr - Custo horário real
 CHo - Custo horário orçamentado
 A expressão NHr x CHr dá o valor real das horas utilizadas.
 A expressão NHo x Cho dá o valor orçamentado para a utilização de mão-de-obra no mesmo espaço
de tempo.
10. OS DESVIOS
 O desvio de mão-de-obra (Dmdo) resulta da diferença
das duas expressões:
Dmdo = NHr x CHr - NHo x NHo
 Vamos decompor este desvio em desvio sobre o custo
horário e desvio sobre o rendimento.
10. OS DESVIOS
 Para calcularmos o desvio dobre o custo horário (Dch)
vamos manter inalterado o número de horas
realmente consumidas.
Dch = NHr x CHr - NHr x CHo
 Colocando NHr em evidência teremos:
Dch = NHr x (CHr - CHo)
10. OS DESVIOS
 Para calcularmos o desvio de rendimento (Dr) vamos manter
inalterados os custos horários orçamentados:
Dr = NHr x CHo - NHo x Cho
 Colocando CHo em evidência teremos:
Dr = CHo x (NHr - NHo)
10. OS DESVIOS
 Exemplo
 Horas utilizadas durante o mês de Dezembro - 50 unidades
 Horas orçamentadas para o mesmo mês - 45 unidades
 Preço real das horas pagas - 3 u.m.
 Preço orçamentado das horas - 2 u.m.
 Desvio total = 50 x 3 - 45 x 2 = 150 - 90 = 60
 Desvio sobre preços = 50 x (3 - 2) = + 50
 Desvio sobre rendimento = 2 x (50 - 45) = + 10
 Desvio sobre preços + Desvio sobre rendimento = Desvio total
10. OS DESVIOS
 Assim, podemos concluir que o desvio apurado resultou do aumento
do número de horas trabalhadas e também do custo mais agravado a
que as mesmas horas foram contratadas.
 Para este exemplo, elaborou-se um quadro que facilita a leitura destes
números:
10. OS DESVIOS
 Desvios em gastos gerais de fabrico
 Os gastos gerais de fabrico são os que mais dificilmente se conseguem
imputar aos produtos. Por esse facto estuda-se as diversas bases de
repartição.
 Independentemente do sistema de custeio utilizado deverá tentar
isolar-se o maior número possível de custos que variem com a
produção.
10. OS DESVIOS
 Para os custos fixos o fator de desvio não está nos gastos gerais de
fabrico, mas na base e imputação escolhida.
 Estes gastos, pela sua natureza, não estão ao nível de controlo dos
gestores mais baixos. São custos que dependem da orientação global
da empresa e não das condições de exploração de um determinado
centro de custos.
 Neste tipo de custos podemos dividir o desvio total em desvio de preços e
desvio de quantidade.
10. OS DESVIOS
 Exemplo
 Gasto gerais de fabrico orçamentados por unidade produzida 50, quantidades normal orçamentada a produzir
200 unidades.
 Gastos gerais de fabrico reais de 55. por unidade produzida e a produção do mês foi de 190 unidades.
 Desvio total = 190 x 55 - 200 x 50 = 10.450 - 10.000 = + 450
 Desvio sobre preços = 190 x (55 - 50) = + 950
 Desvio sobre atividade = 50 x (190 - 200) = - 500
 Desvio sobre preços + Desvio sobre atividade = Desvio total
10. OS DESVIOS
 Controlo contabilístico dos desvios
 A utilização de custos básicos na Contabilidade Analítica conduz a que as contas sejam debitadas por valores
diferentes dos que são depois imputados aos produtos ou às secções.
 As contas utilizadas são as seguintes:
 96 - Desvios sobre preços pré-estabelecidos
 96.1 - Desvios de compras
 96.2 - Desvios das secções
 96.3 - Desvios de fabricação
 96.4 - .........
10. OS DESVIOS
 Estas contas serão debitadas pelos desvios desfavoráveis. Ou seja,
quando os valores que foram imputados aos produtos, ou aos centros
de custos, são inferiores aos valores reais.
 Estas contas serão creditadas pelos desvios favoráveis. Isto é, quando
os valores que foram imputados aos produtos ou aos centros de custos
são superiores aos valores reais.
10. OS DESVIOS
 A repartição dos desvios deve ser efetuada quer ao valor dos produtos
vendidos quer às existências que ficaram em armazém.
 Poderemos efetuar essa repartição de forma proporcional aos custos
incorporados, em cada uma destas rubricas.
11. CUSTOS VARIÁVEIS,
FIXOS E SEMI-VARIÁVEIS
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 Os custos variáveis acompanham diretamente as variações ocorridas
nas quantidades produzidas, pois variam diretamente com essas
quantidades.
 Para as operações de planeamento e controlo é essencial compreender
a relação direta entre a variação de custo em relação à sua atividade
base. Por exemplo a classificação dos custo em relação direta com a
produção permite à gestão fixar padrões para avaliação da eficiência
das operações correntes e para planeamento do custo dos futuros
níveis de operações.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 A análise custo-volume-resultados considera a inter-relação entre os preços
de venda, volumes de vendas e produção, custo e resultados e permite aos
gestores atuar na melhoria daquela relação.
 Os custos podem estar diretamente relacionados com as variações no
volume da produção ou venda (certos gastos tendem a crescer ou
diminuir, consoante as mudanças havidas nos níveis de atividade). Tais
gastos que acompanham diretamente e no mesmo sentido as variações
no volume de produção ou venda têm o nome de custos variáveis.
 Estes podem ser proporcionais, progressivos ou degressivos, consoante a sua variabilidade com
o volume de produção.
 Como exemplos de custos variáveis, temos:
o Matérias-primas.
o Energia elétrica consumida pelas máquinas.
o Os transportes das vendas.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-VARIÁVEIS
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 Os custos variáveis resultam da capacidade existente para fabricar ou
vender os produtos. São custos que resultam da utilização da
capacidade existente para fabricar ou vender os produtos.
 Exemplos: a energia elétrica consumida por uma máquina é um custo
variável com o tempo de trabalho. as comissões pagas aos vendedores são
custos que variam de acordo com o valor de vendas.
11. CUSTOS VARIÁVEIS,
FIXOS E SEMI-VARIÁVEIS
 Os custos variáveis podem ser:
 Progressivos - crescem mais do que o
aumento da capacidade instalada.
 Proporcionais - aumentam na mesma
razão da capacidade instalada.
 Degressivos - diminuem com o aumento
da capacidade instalada, como é o caso
das economias de escala. São os que
variam em função das quantidades
produzidas, tais como os custos dos
materiais diretos e a energia.
11. CUSTOS VARIÁVEIS,
FIXOS E SEMI-VARIÁVEIS
 A variabilidade dos custos com o
volume da produção pode porém não
ser linear, tal como se mostra no
gráfico, em que o eixo das abcissas
representa a variação da produção.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 Custos fixos
 São os que são independentes do volume de produção, pelo menos
dentro de limites de tempo muito amplos (a prazo todos os custos são
variáveis). São custos que tendem a variar com o tempo e não com os
níveis de atividade.
 Os exemplos mais característicos são as amortizações,as despesas de
administração,as rendas e os seguros.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 A capacidade física instalada não se pode alterar de um dia para o
outro. Quer a construção de edifícios quer a compra de certas
máquinas levam certo tempo a serem concretizados, pelo que os
gastos apenas se mantém constantes dentro de certos níveis de
atividade.
 Na prática, nem sempre se toma fácil a individualização das
componentes variável e fixa das naturezas de custos. Opta-se, muitas
vezes, pela componente mais significativa.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 Os custos fixos mantêm-se inalteráveis, independentemente das
quantidades produzidas. Ressalve-se que a variabilidade das
quantidades produzidas ou do serviço prestado não é ilimitada para
cada nível de custos fixos.
 As rendas das instalações, os seguros de incêndio e as amortizações
são exemplos de custos fixos para determinados níveis de capacidade,
sendo também chamados custos de capacidade. Por exemplo, numa
sala em que cabem 50 pessoas não se poderão alojar 100 pessoas.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 Aos custos fixos chamam-se também, custos de capacidade. Apenas se
alteram, pelo menos de forma significativa, quando aquela se modifica.
Alterar-se-ão quando se ampliar ou reduzir a capacidade.
 Na prática não temos gastos variáveis rigorosamente determinados, o
mesmo acontecendo com os gastos fixos. Contudo, a separação
apresentada tem um certo interesse para a tomada de decisões
empresariais.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 Custos semi-variáveis
 São os custos que não variam totalmente em
função do volume da produção, apresentando
uma parte fixa, independente do volume da
produção, e uma parte variável.
 Exemplo
 O ordenado de um vendedor que recebe uma
remuneração base constitui a parte fixa do seu
vencimento, e as comissões sobre as vendas
realizadas representam a parte variável.
Graficamente, os custos semifixos têm o
comportamento representado na seguinte Figura:
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 A classificação dos custos de acordo com a respetiva variabilidade é de grande
importância, designadamente porque permite:
 Em termos de controlo de custos, fixar a atenção no controlo dos elementos
variáveis, isto é, os custos que acompanham diretamente o volume da produção.
 Separar os custos controláveis dos custos não controláveis, matéria de
importância vital para a programação e controlo orçamental.
 A opção entre alternativas de escolha na perspetiva económica, visto, que a
identificação dos custos variáveis permite o conhecimento prévio das condições
que maximizam os lucros.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 Compreende-se pois a importância para a
gestão da empresa da classificação dos
custos quanto à sua variabilidade.
 Com efeito, basta ter em conta que, quando
uma despesa é fixa, isto é, independente do
volume da produção, é óbvio que a sua
incidência no custo unitário (do produto,
por exemplo) será tanto menor quanto
maior for o volume da produção. É o que
pode constatar-se através dos exemplos
que se seguem.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 Exemplo. 1
 A classificação dos custos de acordo com a respetiva variabilidade é importante,
designadamente porque permite:
 Em termos de controlo de custos, fixar a atenção no controlo dos elementos variáveis, isto
é, os custos que acompanham diretamente o volume da produção.
 Separar os custos controláveis dos custos não controláveis, matéria de importância vital
para a programação e controlo orçamental.
 A opção entre alternativas de escolha na perspetiva económica, visto que a identificação
dos custos variáveis permite o conhecimento prévio das condições que maximizam os
lucros.
11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-
VARIÁVEIS
 Compreende-se pois a importância para a gestão da empresa da
classificação dos custos quanto à sua variabilidade.
 Com efeito, basta ter em conta que, quando uma despesa é fixa, isto é,
independente do volume da produção, é óbvio que a sua incidência no
custo unitário (do produto, por exemplo) será tanto menor quanto
maior for o volume da produção. É o que pode constatar-se através dos
exemplos que se seguem.
11. CUSTOS
VARIÁVEIS, FIXOS E
SEMI-VARIÁVEIS
 Exemplo 2
 Uma empresa tem capacidade para uma
produção anual de 20 000 unidades, mas o
mercado interno absorve apenas 65% da
produção (0,65 x 20 000 = 13 000 unidades)
ao preço de venda médio unitário de 8,5
euros. O custo fixo da atividade da empresa é
36 000 euros/ano e o custo variável unitário é
6,2 euros. O resultado da produção e venda
destas unidades cria à empresa uma situação
de prejuízo, como se pode ver no quadro a
seguir.
Rúbricas Valores
Vendas (13.000x8,5) 110 500
Custo variável vendas
(13.000x6.2)
80 600
Margem (1.-2) 29 900
Custo fixos 36 000
Resultado - 6 100
Bibliografia:
www.SNC.pt
www.Instituto Superior de economia e gestão.pt
www .Normas da contabilidade.pt
 POC- Porto editora
 www. Infomanuais.pt
6217. GASTOS, RENDIMENTOS E RESULTADOS

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Contabilidade de gestão: natureza, âmbito e objetivos

  • 1. UFCD 6217 Gastos, rendimentos e resultados UFCD 6217 UFCD 6217 Formadora: Rute Silva Formanda: Rute Pancha Mediadora: Sónia Carvalheiro Coordenadora: Ana Barreto
  • 2. ÍNDICE 1. Enquadramento da contabilidade de gestão 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos 4. Tipos de gastos 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação 6. Margens e resultados 7. Custos diretos e indiretos 8. Gastos incorporáveis e gastos não incorporáveis 9. Custos reais e custos básicos 10. Os desvios 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  • 3. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO
  • 4. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Como ponto de partida para o estudo da contabilidade de gestão reveste-se de importância a separação e correta compreensão dos dois conceitos que compõem a sua designação: a contabilidade e a gestão.  O conceito de contabilidade generalista que todos conhecemos respeita basicamente a uma ciência exata que, com base num determinado código de contas, classifica as operações e obrigações de uma empresa ou instituição a fim de que depois de devidamente compilada se possam elaborar informação de natureza quantitativa para uma posterior análise.
  • 5. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Adotada e obrigatória para a totalidade dos agentes económicos permite uma base de análise e comparação credível. Como utilizadores podemos referir as empresas (Públicas ou Privadas), Instituições Públicas (Hospitais, Organismos Autárquicos), Instituições Privadas sem fins lucrativos (IPPSS) e os Organismos Oficiais (Ministérios). Cada um destes agentes económicos tem ao seu dispor um código de classificação diferente mas adequado às necessidades e especificidades de cada uma das suas áreas de intervenção.
  • 6. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Para por em prática todo este sistema de classificação e elaboração de informação a contabilidade geral ou em termos mais técnicos financeira é executada por um conjunto de profissionais devidamente credenciados a fim de se garantir a fiabilidade e veracidade da informação produzida.
  • 7. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  O mais conhecido de todos estes executantes é o Técnico Oficial de Contas e que é atualmente a única entidade reconhecida pela administração fiscal, com estatuto e carreira legalmente definidos, para o exercício deste tipo de funções. Outros profissionais da área são por exemplo os técnicos administrativos e os técnicos de Contabilidade.
  • 8. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  São estes profissionais que produzem um conjunto de informações com um carácter e tipologia própria e que se resume basicamente nos seguintes tipos:  Natureza de custos e proveitos utilizados e gerados por uma determinada entidade.  Relatórios e mapas de natureza financeira.  Mapas de natureza fiscal.
  • 9. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Após a apresentação deste conjunto de conceitos podemos afirmar que o objetivo principal da contabilidade financeira será elaborar e proporcionar informação de natureza quantitativa aos vários elementos decisores da entidade ou empresa.  Como definição de carácter mais abrangente e técnico será aquela em que a contabilidade é:  A disciplina que proporciona informação financeira e outra essencial para a condução eficiente e avaliação das atividades de qualquer organismo.  O processo de identificar, mensurar, comunicar informação económica para permitir juízos informados e decisões pelos utentes da informação.
  • 10. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Apresentado o conceito de contabilidade geral passamos em seguida ao conceito de gestão.  À semelhança da contabilidade também o processo de gestão de um a empresa ou organização tem intervenientes que são basicamente os Gestores propriamente ditos, os Administradores e os diretores nos mais diversos níveis (Gerais, Financeiros, Produção).
  • 11. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  As suas funções dizem respeito nomeadamente à tomada de decisões respeitantes ao uso alternativo de recursos limitados (capital, equipamentos, etc.), ao manter e relatar sobre a custódia dos recursos da entidade pela qual são responsáveis e ao planeamento e controlo e eficaz dos recursos humanos/materiais de uma entidade.  O exercício das suas funções tem como objetivo máximo o uso racional dos recursos existentes na entidade, a satisfação de todos os intervenientes na atividade da empresa (funcionários, fornecedores, clientes, estado) e por último talvez a mais importante a criação de valor acrescentado para os sócios e acionistas.
  • 12. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Gerir será de uma forma mais curta mas também mais objetiva rentabilizar os recursos limitados que são colocados à disposição, com o maior valor acrescentado e retorno possível.  Para se poder aferir da amplitude e complexidade do conceito e das funções da gestão são em seguida apresentadas duas citações que nos permitem uma análise objetiva do que é o ato de gerir:
  • 13. 1. ENQUADRAMENTO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  “Gerir é prever e planear, organizar, comandar, controlar e coordenar”  “Gerir é como segurar uma pomba na mão. Se apertamos demasiado, matamo-la. Se abrimos demasiado a mão ela escapa-se-nos.”
  • 14. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO
  • 15. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  A junção dos conceitos de contabilidade e gestão serve de base para uma melhor compreensão e análise do conceito de contabilidade de gestão do seu âmbito e dos seus objetivos.
  • 16. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Seguindo a mesma ordem de ideias anteriormente apresentadas temos como intervenientes na contabilidade de gestão três tipos de profissionais em três diferentes fases de ação que a contabilidade de gestão preconiza:  Contabilista de Gestão: responsável pela execução da contabilidade de gestão, nomeadamente na recolha, preparação e interpretação da informação.  Controllers: os profissionais que realizam o processo de controlo e análise da informação previsional e o que efetivamente se passa na realidade.  Diretores e Gestores: são os clientes da informação para uma correta análise e futuras decisões.
  • 17. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Surge neste ponto a figura de um novo profissional diretamente relacionado com a contabilidade de gestão: o Contabilista de Gestão. Trata-se de um especialista de Contabilidade de Custos que trata do relato para efeitos de gestão interno das empresas.  Dado desempenhar uma função de elevada complexidade é-lhe exigido um conjunto de competências mais alargado de que o tradicional contabilista tal como o conhecemos.
  • 18. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  O contabilista de gestão terá que possuir:  Capacidade de diagnóstico.  Conhecimentos de disciplinas diversas (finanças, economia, gestão).  Capacidade para tomar decisões.  Capacidade de comunicar (compreensível e concisa).  Integridade.
  • 19. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  O contabilista de gestão é assim o responsável pela elaboração e execução da contabilidade de gestão que terá como principais objetivos:  Proporcionar igualmente informação financeira.  Informação quantitativa.  Informação qualitativa/específica.  Contabilidade de custos das empresas.
  • 20.  É nestes dois últimos itens que reside a principal diferença, e talvez grande parte do conceito de contabilidade de gestão, para a contabilidade de geral ou financeira que todos conhecemos.  A contabilidade de gestão é uma disciplina da contabilidade geral com carácter mais técnico e especificamente orientada para a determinação analítica dos custos suportados pela empresa, com a finalidade de fornecer informação aos decisores das empresas, e em algumas situações decidir e sugerir tomadas de decisões. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO
  • 21. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Assim e adotando uma definição de carácter mais técnico, a contabilidade de gestão será o processo de identificar, mensurar, acumular, analisar, preparar, comunicar e interpretar informação (financeira e operacional) a usar pela gestão para planear, avaliar e controlar uma organização e assegurar o uso de, e a responsabilidade, por os seus recursos.
  • 22. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  O desenvolvimento do processo de gestão numa organização envolve as seguintes funções:  Planeamento: o processo de seleção de objetivos para uso dos recursos de uma organização e desenvolvimento dos caminhos para atingir esses objetivos.  Organização: é a função que prepara os meios materiais e humanos indispensáveis à realização dos objetivos fixados.  Recrutamento: respeita à seleção, colocação, avaliação e desenvolvimento dos recursos humanos que ocupam os papéis na estrutura organizacional.  Direção: abrange a orientação e supervisão da atividade do pessoal de uma organização na realização das tarefas de que foi incumbido.  Controlo: é o processo de dirigir as operações que assegurem o cumprimento dos objetivos e planos da organização.
  • 23. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Os dados indispensáveis ao planeamento e ao controlo são trabalhados preferencialmente na contabilidade interna ou de gestão, esta considerada como um subsistema do Sistema de Informação para Gestão, cuja informação abrange não só elementos históricos mas também elementos estimados ou básicos.  As decisões, por seu turno, necessitam de ser tomadas mediante seleção entre planos alternativos e salvaguardando os gastos correntes dentro dos limites propostos.
  • 24. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Em esquema, temos: Planeamento de operações Contabilidade interna ou de gestão Controlo de operações Tomada de decisões
  • 25. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Assim, as decisões devem ser tomadas pela gestão através do planeamento e seleção das operações. À medida que os resultados destas decisões se desenvolvem e são revistos, são necessárias decisões adicionais para rever os planos e modificar as fases estabelecidas pelo controlo de operações.  As inter-relações entre as funções de planeamento e controlo de gestão devem ser vistas em círculo. a contabilidade, por seu turno, fornece dados para apoio da gestão que desempenha as funções de planeamento e de controlo.
  • 26. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  A gestão, entendida como um conjunto de políticas associadas ao desenvolvimento de um negócio, precisa de informação para que as decisões tomadas sejam orientadas e quantificadas perante os objetivos que se propôs atingir. Por outro lado, a globalização da economia e dos negócios veio transformar radicalmente a pacatez da atuação de muitos gestores no dia-a-dia. A turbulência dos mercados acabou por criar um ambiente fortemente instável, pelo que os responsáveis das empresas estão confrontados com novos desafios.
  • 27. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  A gestão pressupõe o conhecimento e a intervenção em todas as dimensões do negocio ou da atividade em que atua. No entanto, não deve omitir os aspetos éticos. As ações têm que ser desenvolvidas com responsabilidade social e ética. Deve ser fomentado o intercâmbio de ideias e opiniões entre os intervenientes das diversas áreas da empresa.
  • 28. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  A contabilidade, considerada um subsistema do sistema de informação para a gestão, deve ser desenhada de modo a proporcionar informação adequada e em tempo útil aos diversos destinatários. Estes podem ser internos (diretores, chefes de departamento, ...) e externos (acionistas, financiadores, sindicatos, clientes, fornecedores, administração fiscal, ...). A contabilidade tem, assim, que se organizar no sentido de poder fornecer de modo sistemático informações a todo um conjunto de destinatários com formação e expectativas diferenciadas.
  • 29. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Ora, os decisores na empresa devem tomar medidas apoiadas em informações devidamente estruturadas. É à contabilidade que cabe tal tarefa. A partir dos dados retirados de documentos que circulam diariamente pela empresa, há que os organizar, tratar e resumir de molde a que possam ser úteis para os decisores.  Entre os resumos em que aparecem as informações produzidas pela contabilidade destacam-se as demonstrações financeiras cujo objetivo segundo o IASB (Intemational Accounting Standards Board) é "proporcionar informações sobre a posição financeira, do desempenho e das alterações da posição financeira de uma empresa que seja útil para um vasto leque de utilizadores na tomada de decisões económicas".
  • 30. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  De acordo com a base de acréscimo, um dos pressupostos subjacentes à preparação das demonstrações financeiras, os efeitos das transações e outros a conhecimentos são reconhecidos quando ocorrem e não quando os respetivos montantes de dinheiro são recebidos ou pagos. Os proveitos/rendimentos e os custos/gastos referentes a cada exercício económico devem ser reconhecidos como resultados quando forem obtidos ou incorridos e não quando forem recebidos ou pagos.
  • 31. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Esta última perspetiva esteve subjacente na contabilidade desde os primórdios. Então o que era importante era saber se o comerciante tinha ou não bens destinados a serem transacionados no mesmo estádio em que foram adquiridos, agora designados por mercadorias.
  • 32. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  A contabilidade de gestão e a tomada de decisões  A contabilidade de gestão é uma disciplina com carácter técnico e especificamente orientada para a determinação analítica dos custos suportados pela empresa, com a finalidade de fornecer informação aos decisores das empresas.  Os custos da empresa são o objeto principal de análise da contabilidade de gestão. É com base neste tipo de informação que os órgãos decisores orientam a sua tomada de decisões, analisando sobretudo o impacto dos custos atuais ou futuros em que possam vir a incorrer na atividade, evolução e desenvolvimento da empresa.
  • 33. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  O custo é um sacrifício de recursos com vista a atingir determinado objetivo. O objetivo principal e maior de qualquer empresa será o lucro ou seja a diferença entre o preço de mercado do seu produto e o custo desse mesmo produto. De um ponto de vista técnico e financeiro o lucro será aumento de fundos/capitais de que a empresa dispõe para financiar o seu ativo e retribuir os capitais nela investidos, em resumo a criação de valor acrescentado. Desta forma a maioria das decisões a tomar pelos órgãos decisores da empresa terá como objetivo principal a majoração do lucro.
  • 34. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  A decisão é tomada em função de várias alternativas possíveis pela escolha da alternativa em que o somatório dos meios libertos for superior. Ao analisar as alternativas o decisor depara-se com dois tipos de decisões. Uma alternativa em que se consubstancia na alteração da situação objeto de análise ou aquela em que se apresenta a manutenção da situação atual (alternativa de referência).
  • 35. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Ao analisar as várias alternativas possíveis o decisor depara-se com vários tipos de custos objeto da sua análise.
  • 36.  Os custos representam fluxos de fundos negativos, saída de recursos monetários ou outros de que a empresa dispõe e para efeitos da tomada de uma decisão podem assumir três tipos: • Custos Diferenciais: diferença entre os custos atuais e da nova alternativa. • Custos irrelevantes: custos invariáveis, não interessam na tomada de decisão (custos administrativos, custos incorridos no passado). • Custo de oportunidade: alternativas de aplicação dos recursos e as respetivas rendibilidades associadas. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO
  • 37. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Na posse destes tipos de custos, qual o seu valor e qual o impacto que cada um deles tem e perante as alternativas que lhes são apresentado o gestor pode de uma forma mais segura elaborar a sua decisão.  Outro fator importante na tomada de uma decisão é a relação custo/volume.  O volume poderá ser medido por quantidade de período de tempo, o número de unidades produzidas ou o número de horas trabalhadas (componentes do custo de produção).
  • 38. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Os custos podem assumir dois tipos de comportamento em relação ao volume: custos fixos ou custos variáveis. As principais características dos custos fixos são:  Não variam em função do volume.  Proporcionam a capacidade da empresa para produzir e vender os seus produtos.  Custos capacidade:  Física (edifícios, equipamentos, etc.)  Organizacional (quadros da empresa)  Financeira (recursos financeiros)
  • 39. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Todos estes custos permanecem inalteráveis com as variações de volume, quer em número de unidades produzidas ou pelo número de horas trabalhadas.  Os custos variáveis apresentam um comportamento análogo.  Variam quando aumenta ou diminui o volume.  Resultam da utilização da capacidade para produzir e vender os produtos.
  • 40.  Como exemplo refere-se a energia elétrica, a mão-de-obra ou as comissões de venda.  Os custos variáveis apresentam ainda outro tipo de características. Podem ser: • Proporcionais ao volume como é o caso das matérias-primas. • Progressivos aumentam proporcionalmente em função do volume, comissões de venda: • Degressivos, diminuem à medida que aumento o volume. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO
  • 41. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Os custos variáveis alteram-se necessariamente com as variações do volume.  O interesse desta distinção permite obter informação pormenorizada sobre vários fatores que da empresa. Os dois mais importantes são em primeiro lugar nos permite realizar uma análise comparativa entre a forma da utilização da capacidade instalada vs nº de unidades produzidas, ou seja, permite verificar qual o aproveitamento e rentabilidade que estamos a obter dos equipamentos que temos ao nosso dispor em função do volume total da produção realizada.
  • 42. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Em segundo lugar permite uma análise do ponto morto de vendas. O break even point é igual ao número de unidades a vender para cobrir os custos fixos, o ponto em que a empresa não terá lucro nem prejuízo ou seja em que o Preço Venda do produto é igual ao Custo do produto.  Na forma de valorização do produto existem ainda dois tipos critérios. O Custeio Total e Custeio Variável. No Custeio Total o custo do nosso produto engloba os Custos Fixos e os Custos Variáveis, tais como Matérias Diretas, a Mão-de-obra, os Gastos gerais de fabrico e todos os custos fixos da empresa imputados por unidade de produto produzida.
  • 43. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  No Custeio Variável o custo do produto apenas engloba os Custos Variáveis: Matérias Diretas, Mão-de-obra e gastos gerais de fabrico. Os custos fixos são considerados custos do período a que se reporta o apuramento dos resultados, não sendo diretamente imputados ao nosso produto.
  • 44. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Em seguida apresentamos a forma de cálculo do ponto morto de vendas. Como ponto de partida vamos considerar o cálculo do resultado de exploração da empresa (R), que será a diferença entre os proveitos e os custos.  R = P-C  R = RESULTADOS  P = PROVEITOS  C = CUSTOS
  • 45. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Como forma de cálculo dos proveitos e dos custos teremos basicamente que:  P = pv (preço de venda) * Q (quantidades produzidas ou vendidas)  C = c (Custos unitários) * Q (quantidades produzidas ou vendidas)
  • 46. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  De uma forma mais detalhada teremos que o nosso resultado (R) será:  R = pv * Q – c * Q  No ponto crítico de vendas o objetivo principal será o cálculo do valor da parte da totalidade dos custos é composto pelos custos fixos.  R = pv * Q – Cf – Cv * Q
  • 47. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Como resultado final queremos obter um volume de vendas para resultado igual a zero  0 = pv * Qx – Cf – Cv * Qx  Assim o Ponto Crítico de vendas será  Qx = Cf / (pv – Cv)  Qx = quantidade necessária a produzir e vender para que os proveitos sejam iguais aos custos, não haja lucro nem prejuízo.
  • 48. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Podemos igualmente calcular o Ponto Crítico de vendas em valor, sendo a fórmula de cálculo a seguinte:  Vx = pv * Qx  Vx = Cf / (1 – (Cv / pv)
  • 49. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Como conclusão, para a tomada de decisões a contabilidade de gestão assume-se como uma importante ferramenta na medida em que nos permite obter aquilo que numa perspetiva financeira se revela como mais importante numa empresa, os custos que tem de suportar e a sua natureza.  A contabilidade de gestão permite-nos um estudo mais pormenorizado na medida consegue realizar a separação dos custos fixos e dos custos variáveis, a organização e divisão dos custos e do seu tipo por secções ou departamentos.
  • 50. 2. NATUREZA E ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO  Para qualquer elemento de uma empresa com poder de decisão será de importância vital eu na hora de decidir tenha em conta os seguintes elementos:  Custos.  Tipos e classificação de custos.  Valorização do custo do produto.  Rendibilidade futura das nossas decisões face ao conjunto de alternativas.  Impacto final no equilíbrio, continuidade e crescimento da empresa.
  • 51. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS
  • 52. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  A Estrutura Conceptual do SNC define que os gastos são diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de exfluxos ou deperecimentos de ativos ou na incorrencia de passivos que resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos participantes no capital próprio.  Os gastos consistem assim na utilização ou deperecimento de ativos de uma entidade ou a incorrencia de passivos, ou a combinação de ambas, resultantes da entrega ou produção de bens, da prestação de serviços ou de outras atividades que constituam as principais operações em curso pela empresa.
  • 53. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  A definição de gastos engloba perdas assim como aqueles gastos que resultem do decurso das atividades correntes (ou ordinárias) da entidade. Os gastos que resultem do decurso das atividades ordinárias da entidade incluem, por exemplo, o custo das vendas, os salários e as depreciações. Tomam geralmente a forma de um exfluxo ou deperecimento de ativos tais como dinheiro e seus equivalentes, existências e ativos fixos tangíveis.
  • 54. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  De acordo com a estrutura conceptual do IASB, os rendimentos significam os aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico, na forma de influxos ou aumentos de ativos ou diminuições de passivos, que resultem em aumentos no capital próprio, que não sejam os relacionados com as contribuições dos participantes no capital próprio.  Os gastos, por seu turno, são as diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico, na forma de exfluxos ou deperecimento de ativos ou na incorrencia de passivos, que resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos participantes no capital próprio.
  • 55. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  As perdas representam outros itens que satisfaçam a definição de gastos e podem, ou não, surgir no decurso das atividades ordinárias da entidade. As perdas representam diminuições em benefícios económicos e como tal não são na sua natureza diferentes de outros gastos.
  • 56. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  As perdas incluem, por exemplo, as que resultam de desastres como os incêndios e as inundações bem como as que provêm da alienação de ativos não correntes. A definição de gastos também inclui perdas não realizadas como, por exemplo, as provenientes dos efeitos do aumento da taxa de câmbio de uma moeda estrangeira respeitante a empréstimos obtidos de uma entidade nessa moeda.
  • 57. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  Quando as perdas forem reconhecidas na demonstração dos resultados, elas são geralmente mostradas separadamente porque o conhecimento das mesmas é útil para finalidades de tomar decisões económicas. As perdas são muitas vezes relatadas líquidas de rendimentos relacionados.  Fala-se em despesa quando nasce a obrigação de pagar. No entanto, o período em que a mesma é escriturada pode não coincidir com o período em que é considerada como componente negativa do resultado.
  • 58. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  Por exemplo, a companhia de Seguros X remeteu o aviso de débito referente ao semestre que se inicia em 1 de Novembro, no montante de 1 800 euros. Trata-se de uma despesa desse ano, mas apenas 1/3 (2 meses) constitui gasto do ano.
  • 59. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  Pagamentos  Um custo não é sinónimo de pagamento. Na maior parte dos casos efetivamente todas as coisas que gastamos têm que ser pagas mas frequentemente não no mesmo momento - podemos comprar, gastar e depois pagar ou comprar e pagar e só muito depois gastar. É muito importante separar estes três momentos pois só assim identificamos corretamente os conceitos em causa:
  • 60. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  Quando compramos aceitamos a obrigação de pagar determinado fornecedor por um dado bem ou serviço. Esta obrigação de pagar representa uma despesa. É frequente, em termos documentais, a despesa estar diretamente associada à aceitação da fatura do fornecedor.  No momento em que a despesa é paga dizemos que se deu o pagamento. Assim o pagamento é a efetiva transferência de fundos realizada por qualquer forma (em numerário, cheque ou transferência bancária) a favor de um fornecedor. O pagamento normalmente está associado à emissão do recibo do fornecedor, no entanto a prova de pagamento é apenas feita pela demonstração do movimento bancário.  Quando se consome determinado bem e é aplicado no processo produtivo de forma não recuperável diz-se que ocorreu um custo. Assim a noção de custo deve ser associada ao sacrifício total ou parcial de um recurso.
  • 61. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  Rendimentos, receitas e recebimentos  É agora fácil entender as diferenças entre proveitos e receitas:  Quando é produzido determinado bem há um proveito. O proveito representa a criação de riqueza. Assim que é possível quantificar um produto isolado e transacionável podemos falar em proveitos. Conhecido o volume de produção é possível quantificar os proveitos.  Quando vendemos garantimos o direito de receber pelo fornecimento de bens ou serviços. O direito de receber representa uma receita. A receita é representada normalmente pela emissão da fatura ao cliente.  Quando o cliente paga a dívida e transfere efetivamente fundos a favor da empresa, ocorreu o recebimento.
  • 62. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  Existem custos que nunca se traduzem em despesas ou pagamentos da mesma forma que existem proveitos que não geram receitas e recebimentos.  Receitas que não traduzem proveitos podem ocorrer sempre que se vende património ou existências produzidas em períodos anteriores. Similarmente existem despesas que não se traduzem em custos quando se realiza investimento ou se adquire para armazenar uma quantidade superior à consumida num ano.
  • 63. 3. GASTOS, DESPESAS E PAGAMENTOS, RENDIMENTOS, RECEITAS E RECEBIMENTOS  O termo receita utiliza-se quando nasce o direito a receber que pode igualmente ser diferente do momento em que entra como componente positiva do resultado, Por exemplo o desconto de efeitos comerciais a 120 dias do mês de Dezembro por parte de um Banco, em que a penas 1/4 constitui proveitos de operações ativas na sua Contabilidade, referentes ao ano em causa.
  • 64. 4. TIPOS DE GASTOS  Gastos reais e básicos  Quando nos referimos aos gastos que, com um certo grau de aproximação, correspondem aos produtos comprados ou produzidos e aos serviços prestados, estamos a falar de gastos reais Podemos afirmar que os gastos reais (gastos determinados a posteriori) são praticamente impossíveis de calcular com rigor absoluto.  Os gastos básicos (gastos a priori) são gastos teóricos definidos para valorização interna dos produtos e serviços.
  • 65. 4. TIPOS DE GASTOS  Gastos fixos e gastos variáveis  Os gastos podem estar diretamente relacionados com as variações ou volume da produção ou venda (certos gastos tendem a crescer ou diminuir, consoante as mudanças havidas nos níveis de atividade).  Tais gastos que acompanham diretamente e no mesmo sentido as variações no volume de produção ou venda têm o nome de gastos variáveis. Estes podem ser proporcionais, progressivos ou degressivos, consoante a sua variabilidade com o volume de produção.
  • 66. 4. TIPOS DE GASTOS  Como exemplo de gastos variáveis temos:  Matérias-primas.  Energia elétrica consumida pelas máquinas.  Os transportes das vendas.
  • 67. 4. TIPOS DE GASTOS  Existe, contudo, outro tipo de gastos que tendem a variar com o tempo e não com os níveis de atividade. São os denominados gastos fixos. Os exemplos mais característicos são as amortizações, as rendas e os seguros.
  • 68. 4. TIPOS DE GASTOS Gastos relevantes e gastos Acontece, muitas vezes, que a escolha de uma ou outra solução alternativa não implica nenhuma modificação de certos elementos do custeio. Os gastos são, assim, irrelevantes para a tomada da decisão.
  • 69. 4. TIPOS DE GASTOS  Quando se tomam certas decisões apenas interessam, regra geral, os gastos variáveis - daí a designação de gastos relevantes.  Por exemplo, quando uma empresa tem capacidade de produção excedentária, ao estudar uma proposta adicional entra, normalmente, com os gastos variáveis (materiais, energia, ... ). Os gastos da estrutura do Serviço de Contabilidade são, em princípio, irrelevantes para o estudo da proposta em causa.
  • 70. 4. TIPOS DE GASTOS  Gastos de oportunidade  Gasto de oportunidade é a medida do valor dos proveitos que se poderiam obter se se escolhesse uma aplicação alternativa. A aplicação alternativa possibilitaria, por conseguinte, rendimentos que se torna necessário comparar com os que obtém naquela que está a ser considerada.
  • 71. 4. TIPOS DE GASTOS  Por exemplo, se uma empresa tiver fundos em excesso no valor de 500 000 euros que pode aplicar em Obrigações do Tesouro a uma taxa de rendimento líquido de 5 % e se decide comprar equipamento moderno que faz baixar os seus gastos em 40 000 euros por ano, o valor de 25 000 euros é o custo de oportunidade a considerar no estudo deste investimento.
  • 72. 4. TIPOS DE GASTOS  Gastos controláveis e não controláveis  Ao efetuar-se o tratamento dos gastos na ótica de fazer a imputação das responsabilidades, sabe-se que existem certas naturezas de gastos sobre as quais o gestor não tem grande possibilidade de intervenção. O controlo de tais naturezas de gastos pode ser da responsabilidade de um outro nível de decisão.  Na verdade, o responsável pela secção de Mecânica não pode ser responsabilizado pelas amortizações e reintegrações dó edifício onde está situada a Oficina, mas tem responsabilidades nas horas extraordinárias efetuadas pelos operários que trabalham na secção.
  • 73. 4. TIPOS DE GASTOS  Gastos marginais e diferenciais  Antes de apresentar a definição de gasto diferencial, vamos definir gasto marginal, conceitos que são confundidos na prática.
  • 74. 4. TIPOS DE GASTOS  Gasto marginal é o gasto constituído pela diferença entre o conjunto de gastos necessários a uma produção dada e o conjunto dos não necessários a esta mesma produção majorada ou minorada de uma unidade.  Gasto diferencial é a diferença de gastos referentes a duas alternativas (a manutenção da situação - referência - e a alteração da situação objeto de análise).
  • 75. O gasto é um sacrifício de recursos com vista a atingir determinado objetivo. No caso concreto da função produção serão basicamente os equipamentos que a empresa teve que adquirir, a mão-de-obra que contratou, as matérias-primas e subsidiárias necessárias ao fabrico de um determinado produto. Para além da função de produzir, cabe à produção de uma empresa um outro conjunto de tarefas que serão como anteriormente vimos o planeamento e controlo da produção, o controlo da qualidade, o aprovisionamento e a gestão de stocks de matérias-primas e subsidiárias. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO
  • 76. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Um dos objetivos da contabilidade de gestão é o apuramento detalhado dos gastos suportados pela empresa e pelos departamentos. No caso da função produção, o objetivo principal que a contabilidade de gestão terá que conseguir alcançar é determinar o custo de produção de determinado produto ou serviço.
  • 77. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Para o apuramento deste custo de produção e posteriormente e de uma forma mais completa do custo final do produto é normalmente utilizado a ótica do produto em que se distingue vários estados de custo de acordo com as diversas fases do produto.
  • 78. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO Tomemos, como suporte, o esquema seguinte, para distinguir os diferentes estádios de custos
  • 79. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Custo Industrial  Ao falarmos do custo de produção ou industrial temos que incluir todos os custos de produção ou industriais. Este tipo de custo engloba todos aqueles que são necessários para produzirmos ou fabricarmos determinado bem desde a entrada das matérias-primas na linha de produção até à obtenção do produto acabado.
  • 80. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Como exemplos teremos em primeiro lugar as matérias-primas e a mão-de-obra. Para além destes consideramos todo o conjunto de matérias subsidiárias necessárias a produção onde podemos incluir a energia elétrica, a água e todo um conjunto de outros custos que possamos considerar secundários mas ao mesmo tempo indispensáveis para a produção do nosso bem.
  • 81. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Ao analisar os componentes do custo de produção podemos ainda subdividi-los em dois tipos:  Custos das matérias diretas + custo da mão-de-obra direta = Custo Primo  Custo da mão-de-obra direta + Gastos gerais de fabrico = Custo de transformação
  • 82. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Os componentes são caracterizados da seguinte forma:  Matérias-primas: englobam as matérias ou materiais consumidos na fabricação dos produtos. Por exemplo: na produção de móveis, as madeiras são matérias-primas. na produção de calçado, a sola e as peles também são as matérias-primas.  Mão-de-obra direta: é constituída pelas remunerações e encargos do pessoal fabril que trabalha diretamente na produção. Por exemplo: na produção de móveis, o pessoal da marcenaria que corta a madeira. na produção de calçado, o pessoal que corta as solas e aplica as peles.
  • 83. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  O custo industrial representa o somatório do custo das matérias- primas, com o custo da mão-de-obra direta e os custos de gastos gerais de fabrico.  À soma das matérias-primas e da mão-de-obra direta também se chama custo primo ou direto. O custo primo ou direto é uma parte do custo industrial, formado pela soma das matérias-primas com a mão- de-obra direta.
  • 84. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  O custo de transformação é uma sub-parcela, entre o custo primo e o custo industrial, formado pela mão-de-obra direta e os gastos gerais de fabrico. Representa os valores incorporados na transformação das matérias-primas, categorizados como mão-de-obra direta e gastos gerais de fabrico.
  • 85. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO-TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Custo complexivo  Este respeita à fase em que o bem se encontra produzido mas ao qual ainda há que imputar um conjunto de custos que não dizem diretamente respeito à fase de produção do mesmo mas os quais a empresa tem que suportar para que a produção e a colocação do bem nos pontos de venda junto do cliente seja possível. Este tipo de custo diz respeito aos custos de distribuição, administrativos e financeiros, em concreto custos de outros departamentos da empresa não diretamente relacionados com o departamento de produção.
  • 86. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Em resumo o custo complexivo será a soma do custo de produção e dos custos de distribuição, administrativos e financeiros. De uma forma mais técnica e numa ótica financeira o custo complexivo será equivalente ao preço de venda abaixo do qual a empresa terá prejuízo.  Quando se soma ao custo industrial os custos não industriais obtém-se o custo complexivo. Ou seja, o custo abaixo do qual não devemos vender, por forma a recuperarmos todos os custos.
  • 87. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Obtém-se através da adição ao custo industrial dos gastos não fabris ou «gastos gerais» da empresa (custos de venda, de administração e financeiros). A este custo também se dá o nome de preço de venda mínimo, ou seja, o preço abaixo do qual a empresa tem prejuízo.  Este custo representa o ponto em que o lucro é nulo. Isto é, apenas recuperamos os custos incorridos, não estando contemplada qualquer parcela referente à recuperação dos capitais investidos.
  • 88. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Os sócios acionistas das empresas pretendem auferir uma retribuição pelo empate de capital.  A maior parte das empresas adquirem financiamentos em instituições financeiras, pagando os custos financeiros inerentes.
  • 89. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Na venda dos produtos é necessário recuperar estas parcelas, que são os chamados custos figurativos.  Os custos não industriais são compostos por todos os custos de natureza comercial, administrativa e financeira que devem ser suportados pelo produto.
  • 90. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Custo económico-técnico  O custo económico-técnico ou preço de venda normal é a soma do custo complexivo com os custos figurativos. Este custo representa o valor de venda equivalente ao preço de venda normal.
  • 91. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Este custo resulta da soma do custo complexivo com os gastos figurativos sendo equivalente ao preço de venda normal do produto. Como gastos figurativos podemos indicar a quota-parte que empresa reserva para a remuneração dos capitais investidos pelos sócios ou fundadores da empresa. Em termos gerais a taxa de juro com que são remunerados os capitais inicialmente investidos.  Na posse de todos os dados para cálculo destes diferentes tipos de custo e obtido o custo económico de determinado produto, a contabilidade de gestão terá uma base de cálculo para apurar o lucro por cada produto vendido pela empresa.
  • 92. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Definidos que estão todos os componentes do custo de produção de um produto e que são o custo das matérias consumidas, os custos de Mão-de-obra direta e os Gastos Gerais de Fabrico o apuramento do custo de produção resulta basicamente da soma destes três componentes.  O trabalho a executar pela contabilidade de gestão será o apuramento exato dos custos de cada um destes componentes e a parte em que concorrem para a custo de produção.
  • 93. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Executado este trabalho a contabilidade de gestão irá apresentar os seus resultados através de documentos que servirão de análise e tomada de decisão aos órgãos gestão da empresa.  Em seguida analisa-se e indica-se as várias rubricas que nos permitem identificar este custo de produção bem como os documentos onde se encontram inseridos.
  • 94. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  O Bloco Operacional apresenta o relato dos proveitos e custos das operações principais da empresa, que inclui as rubricas de 1 a 6 e que se reflete na obtenção do resultado operacional.  A função produção é uma das funções principais e que se reveste de um carácter operacional. O custo de produção de um determinado produto encontra-se refletido na rubrica nº 2 da Demonstração de resultados Funções onde o é justamente Custo da produção.
  • 95. 5. FORMAÇÃO DO GASTO DOS PRODUTOS – CUSTO PRIMO, CUSTO INDUSTRIAL OU DE PRODUÇÃO, CUSTO COMERCIAL OU COMPLEXIVO, CUSTO ECONÓMICO- TÉCNICO, CUSTOS DE TRANSFORMAÇÃO  Para obtermos o custo complexivo a partir da demonstração de resultados por funções, teremos que somar as Rubrica nº 2, 5, 6, 9 e 11 onde ao custo das vendas e prestações de serviços iremos adicionar os Custos de Distribuição e os C. Financeiros e Administrativos.  Mais uma vez se destaca a importância da D.R. por funções, já que nos permite obter o custo do produto nos diversos estados segundo a ótica do custo.
  • 96. 6. MARGENS E RESULTADOS
  • 97. 6. MARGENS E RESULTADOS  As empresas têm duas funções distintas: a função económica e a função social.  Dentro da função económica, aquele que em grande parte serve de argumento para a criação de uma empresa, podemos englobar vários tipos de objetivos a alcançar:  Maximização do valor dos lucros.  Maximização do volume de negócios.  Maximização do valor da empresa.  Criação de valor acrescentado, ou seja uma remuneração para os capitais inicialmente aplicados pelos investidores na criação da empresa e do seu negócio.
  • 98. 6. MARGENS E RESULTADOS  O lucro não será mais do que a diferença entre o preço de venda mercado e o custo económico. Obtém-se mediante a soma ao custo complexivo dos chamados gastos figurativos que envolvem a quota- parte da remuneração do capital investido na empresa pelos sócios e do prémio de risco decorrente da atividade em que a empresa atua.
  • 99. 6. MARGENS E RESULTADOS  Nos casos em que há vários produtos, não é fácil a determinação do custo comercial dos produtos, dadas as dificuldades de repartição dos gastos não industriais, a exemplo dos gastos gerais de fabrico. Daí o pouco interesse para a gestão do custo complexivo e do custo económico-técnico.  A diferença entre o preço de venda praticado e o custo económico- técnico é o lucro puro. O lucro líquido é a diferença entre o preço de venda e o custo complexivo e o lucro bruto é a diferença entre o preço de venda e o custo industrial.
  • 100. 6. MARGENS E RESULTADOS  Em vez dos conceitos de lucro indicados, há quem utilize as margens. Contudo, não tem sido fácil a sua uniformização, aparecendo com a terminologia- «margem 1», «margem 2», etc. - em certos Planos de Contas.  O SNC optou por apresentar os resultados com referência às funções principais da empresa no mapa da Demonstração de Resultados por Funções, individualizando o resultado bruto, o resultado operacional, etc.
  • 101. 6. MARGENS E RESULTADOS  As margens derivam da diferença entre os preços de venda e um custo qualquer.  Os resultados resultam da comparação entre os preços de venda e os preços de custo.  Assim, o resultado Bruto é a diferença entre o preço de venda e o custo industrial. Resultado Bruto = Pv-Ci
  • 102. 6. MARGENS E RESULTADOS  O lucro líquido será a diferença entre o Preço de venda e o custo complexivo. Resultado liquido = Pv – PC  O Resultado Puro é o resultante da diferença entre o preço de venda e o custo económico-técnico. Resultado Puro = Pv - CET
  • 103. 6. MARGENS E RESULTADOS  A margem de lucro sobre as vendas é o rácio que mede o lucro da empresa por cada euro de vendas. A percentagem calculada mostra o valor em cêntimos que sobra depois de deduzidos todos os custos e impostos.  A maioria dos empreendedores acredita que é necessária uma elevada margem de lucro para que um negócio tenha sucesso, mas isso é um mito.
  • 104. 6. MARGENS E RESULTADOS  Para avaliar este rácio adequadamente, deve considerar-se o valor dos ativos da empresa, a rotação de existências e de recebimentos, e a sua capitalização total.  Por exemplo, um supermercado típico, geralmente tem uma margem de lucro médio sobre as vendas de cerca de um cêntimo por cada euro de vendas, mas as suas existências podem rodar mais de vinte vezes por ano e o recebimento das vendas é imediato. Se a margem de lucro sobre as vendas está abaixo da obtida da concorrência, isso pode significar uma estratégia de preços desadequada ou custos excessivamente elevados ou os dois.
  • 105. 6. MARGENS E RESULTADOS  Se a margem de lucro sobre as vendas é excessivamente baixa, deve ser verificada a margem bruta sobre as vendas e identificada a razão pela qual uma margem bruta elevada se transforma numa margem líquida baixa.  Geralmente o que acontece é que se está perante uma estrutura financeira desadequada, geradora de elevados custos financeiros, prejudicial à rentabilidade do investimento total (ROI ).
  • 106. 6. MARGENS E RESULTADOS  A Rentabilidade do Investimento Total é potenciada (ou não) por uma estrutura financeira adequada, que aqui se representa pela autonomia financeira.  A relação entre essa rentabilidade conseguida com o investimento total e a adequação maior ou menor da estrutura financeira é que potencia (ou não) a rentabilidade do capital próprio (ROE).
  • 107. 6. MARGENS E RESULTADOS  Este rácio (ROE) mede a taxa de recuperação ou de retorno do investimento obtida pelos titulares do capital da empresa. Mostra a percentagem do investimento dos proprietários no negócio, obtida anualmente através dos lucros, sendo por isso um dos indicadores mais importantes da rentabilidade e da eficiência da gestão da empresa.  Este rácio compara os lucros alcançados no período contabilístico com o montante investido no negócio, nesse período, pelos proprietários. Se esta taxa de retorno for demasiado baixa, então é porque esse capital deveria estar investido noutra aplicação mais rentável.
  • 108. 6. MARGENS E RESULTADOS  Geralmente é difícil determinar as razões da falta de rentabilidade de uma organização se não compreendermos a interligação da Liquidez, com a Alavancagem (leverage), a Atividade e a Rentabilidade, mostrando como estes rácios são importantes na compreensão da formação da rentabilidade total de uma empresa.
  • 109. 6. MARGENS E RESULTADOS  A análise integrada da rentabilidade económica e financeira demonstra como a rentabilidade do ativo total e a margem e o autofinanciamento (utilização do endividamento ou a gestão do equilíbrio financeiro) interagem para formar a rentabilidade do capital próprio.
  • 110. 6. MARGENS E RESULTADOS  Devem ser estudadas as possibilidades de aumentar os preços para melhorar os lucros, ou baixar os preços para aumentar o volume de vendas e assim reduzir os custos, ou ainda procurar novos produtos ou mercados, por exemplo. Analistas de Custos e Especialistas de Produção podem investigar caminhos para a redução de custos.  Na ótica da Rotação do Ativo, gestores operacionais e financeiros devem analisar o efeito da redução de investimentos em vários ativos, tal como o efeito de estruturas financeiras alternativas.
  • 111. 6. MARGENS E RESULTADOS  Análise do ponto crítico (Breakeven)  Neste nível de atividade, os proveitos operacionais totais igualam os custos operacionais totais. Através da análise dos custos, pode ser calculado o nível mínimo de atividade que mantenha a empresa operacional em termos económicos.  O ponto crítico ajuda a pensar no nível de vendas que terá de atingir para alcançar um determinado lucro objetivo. Permite também refletir sobre o potencial da empresa para gerar resultados. É, por isso, um instrumento de planeamento. Pode, inclusivamente, servir para demonstrar que a oportunidade de negócio identificada não é tão “oportuna” quanto se pensava.
  • 112. 6. MARGENS E RESULTADOS  O ponto crítico de vendas é o montante das vendas que produz uma margem bruta que absorve totalmente os custos de estrutura. A análise do ponto crítico é essencialmente de curto prazo e assenta em determinados pressupostos, entre os quais, podemos referir os mais importantes:  Supõe-se que o comportamento dos custos e dos proveitos assume a forma linear.  Supõe-se que não existem variações de investimento para o período em análise.  Supõe-se ainda que as funções representativas de custos e proveitos não assumem valores extremos, isto é, próximos da capacidade instalada da nova empresa.
  • 113. 6. MARGENS E RESULTADOS  Os custos, numa dimensão económica e operacional, dividem-se em fixos e variáveis. Os custos fixos operacionais totais não variam com o volume de atividade. Os custos variáveis operacionais totais, variam proporcionalmente com variações da atividade.
  • 114. 6. MARGENS E RESULTADOS  A atividade e a capacidade instalada representam-se em quantidades produzidas (monoprodução) ou em valor de vendas (multiprodução). Sobre o regime de multiprodução haveria muito mais a dizer mas, a sua análise, excede o propósito deste programa.
  • 115. 6. MARGENS E RESULTADOS  Outra questão que deve ser apenas assinalada prende-se com o facto de estarmos a considerar a relação entre custos totais e a atividade realizada. Pelo contrário, se pensarmos em custos unitários, os custos fixos operacionais unitários têm um comportamento variável, sendo a sua variação proporcional ao volume de atividade.  Quanto maior a quantidade produzida, menor será a parcela do custo fixo a imputar a cada unidade. A isto chama-se efeito de escala. Os custos variáveis operacionais unitários são sempre fixos por unidade. isto é, a quantidade produzida é igual à parcela de custo variável a imputar a cada unidade. Por isso o custo variável operacional total aumenta para variações da atividade para um mesmo nível de capacidade instalada.
  • 116. 6. MARGENS E RESULTADOS  Assim, não é correto afirmar que um determinado preço de venda produz um certo lucro, visto que este verifica-se em função do preço e das quantidades vendidas.  O que será correto afirmar-se é que um determinado preço de venda produz uma determinada margem, à qual chamamos margem direta, e que esta será igual à diferença entre o preço de venda unitário e o custo variável unitário. É a margem que ficará disponível para a cobertura dos custos fixos e que gerará, ou não, um lucro em função do nível de atividade ou das quantidades produzidas.
  • 117. 6. MARGENS E RESULTADOS  Resultados  O sucesso e a sobrevivência, a longo prazo, da organização, depende da sua capacidade para gerar lucros.  Gerar lucros não é qualquer coisa que ocorra acidentalmente. Requer planeamento cuidado e uma capacidade efetiva de gestão, e claro, também um pouco de sorte.  Para alcançar objetivos que se traduzam em resultados positivos deve estar consciente da posição financeira da empresa e das alterações que decorrem ao longo do tempo.
  • 118. 6. MARGENS E RESULTADOS  A gestão dos ativos financeiros de uma empresa é uma das tarefas que pode representar um dos maiores desafios. Os registos financeiros exigem um conhecimento dos princípios fundamentais da contabilidade, o que geralmente não acontece com um grande número de empreendedores.  Para gerir uma empresa e apresentar bons resultados é importante que se dominem as ferramentas básicas da gestão, usar dados fiáveis na elaboração dos mapas financeiros e conhecer as técnicas de análise destes mapas (rácios, mapas comparativos, etc.).
  • 119. 6. MARGENS E RESULTADOS  Estas ferramentas são necessárias para que a empresa conheça periodicamente a sua situação financeira. Com esta informação é possível diagnosticar problemas financeiros e evitar que se transformem em sérias ameaças para a empresa.  São três os mapas financeiros que permitem ver a “saúde” financeira da empresa: o balanço, a demonstração de resultados e o mapa de origem e aplicação de fundos.
  • 120. 6. MARGENS E RESULTADOS  A demonstração de resultados compara os custos com os proveitos de um ciclo de atividade normal da empresa. É como que uma representação dinâmica, da capacidade da empresa para gerar resultados.
  • 121. 6. MARGENS E RESULTADOS  Para calcular o resultado líquido, registam-se:  Os proveitos resultantes das vendas de bens e serviços decorrentes da atividade principal da empresa.  Os proveitos de outras atividades (rendas, investimentos, juros, etc.) devem também ser incluídos como proveitos na demonstração de resultados.  O custo das existências vendidas representa o custo total dos bens e serviços vendidos, durante um determinado ciclo de exploração.
  • 122. 6. MARGENS E RESULTADOS  Os custos operacionais incluem todos aqueles que diretamente contribuem para a produção e distribuição dos bens.  Custos gerais são custos indiretos decorrentes do funcionamento normal da empresa.  Os outros custos incluem todos aqueles que, não se enquadrando em nenhuma das rubricas anteriores, ou não resultando do normal funcionamento da empresa, têm obrigatoriamente de ser considerados.  A diferença entre os proveitos totais e os custos totais dá-nos o resultado líquido do período a que a demonstração de resultados se refere.
  • 123. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS
  • 124. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Entende-se por custos diretos os custos que são especificamente suportados pela fabricação de determinado produto e, como tal, exclusivamente imputáveis a esse produto.  São fundamentalmente de três tipos:  Custos diretos dos materiais (matérias-primas e componentes).  Custos diretos de mão-de-obra.  Custos especiais diversos.
  • 125. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  De notar que entende-se por matéria-prima todo o material adquirido no exterior (por ex., chapa, madeira, granulado de plástico) e que vai sofrer um conjunto de operações de transformação, constituintes do processo produtivo, de forma a obterem-se produtos acabados.  Entende-se por semiacabados todo o material adquirido no exterior (por ex., peças brutas fundidas), que já sofreu um determinado grau de transformação por terceiros e que vai sofrer ainda um conjunto de operações de transformação na empresa, constituintes do processo produtivo, antes de atingir o estádio de produtos acabados.
  • 126. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Entende-se por componentes todo o material adquirido no exterior (por ex., rolamentos, parafusos) e que não sofre qualquer operação de transformação mas apenas é alvo de operações de montagem com outros componentes ou peças fabricadas na empresa, acabando por integrar os produtos acabados.  Veja-se agora o conteúdo daquelas duas classes fundamentais de custos:
  • 127. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Custos Diretos dos Materiais  Estes custos aplicam-se, por exemplo, ao caso de matérias-primas e ao de semiacabados transformados por terceiros. Os custos dos materiais que se incorporam fisicamente num certo produto constituem indubitavelmente custos de imputação direta desse produto.
  • 128. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Custos Diretos de Mão-de-obra  Como o próprio nome indica, incluem todos os custos inerentes ao trabalho exclusivamente prestado para a fabricação de determinado produto.  Estes custos incluem, para além da retribuição normal, todos as despesas extraordinárias e sociais, bem como remunerações adicionais, gratificação de Natal, de férias, etc..
  • 129. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Custos Especiais Diversos  Estes custos, de classificação por vezes difícil e diferente de empresa para empresa, são todos os não enquadráveis nas duas classes anteriores, ou seja, nos custos diretos de mão-de-obra e de materiais. A título de exemplo, podem citar-se os custos relacionados com o seguinte:  Partes de produtos adquiridas a terceiros.  Fabricações subcontratadas a terceiros com matéria-prima fornecida pela empresa.  Custo de energia quando é possível conhecer a quantidade exata consumida na fabricação de determinado produto, etc..
  • 130. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Custos Indiretos  Entende-se por custos indiretos (ou comuns) os custos suportados simultaneamente por vários produtos (ou por várias fabricações e departamentos) e, sendo assim, apenas imputáveis aos produtos por via necessariamente indireta.  Do reconhecimento do que podem ser na realidade custos diretos, resulta uma simplificação contabilística e melhoria do rigor da informação, já que a repartição dos custos indiretos pode envolver alguma arbitrariedade.
  • 131. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Há, pois, interesse em, através de análise adequada, procurar transformar em custos diretos o maior número possível de custos indiretos.  Estes custos são muito numerosos e de natureza diversa, pelo que devem ser agrupados em categorias afins para melhor poderem ser analisados e controlados.
  • 132. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  A classificação que mais frequentemente se utiliza é a chamada funcional, segundo a qual os custos comuns (ou também despesas gerais) são divididos como se segue:  Custos comuns da produção.  Custos comuns administrativos.  Custos comuns comerciais.  Custos comuns da empresa.
  • 133. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Embora variando de empresa para empresa, analisa-se alguns dos custos contidos nesta classificação.  a) Os custos ou despesas gerais da produção são os implicados em toda a atividade técnico-produtiva, tais como:  A mão-de-obra indireta, englobando as remunerações de todo o pessoal afeto aos serviços gerais técnicos. habitualmente incluem-se aqui os custos do pessoal ligado à receção, verificação, armazenagem, aviamento, transportes internos, etc..  Os materiais indiretos, incluindo o custo de todos os materiais consumidos não englobados nos custos diretos. constituem exemplos os lubrificantes, desperdícios, peças de substituição, etc..
  • 134. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Os serviços auxiliares, compreendendo o custo de serviços que, produzidos pela empresa ou adquiridos no exterior, têm uma função de tipo complementar em relação à produção em geral. aqui se podem incluir os custos de energia elétrica, gás, ar comprimido, etc., quando, como se referiu anteriormente, não for possível imputá-los diretamente a cada produção, caso em que seriam custos diretos.  A manutenção corrente de todas as máquinas e instalações auxiliares da produção.  Os custos da direção técnica, englobando todas as remunerações atribuídas aos responsáveis técnicos em geral.
  • 135. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Os encargos de natureza social, compreendendo todos os custos de natureza social suportados pela empresa, tais como refeitórios, posto médico, etc..  Os custos de formação profissional.  As amortizações, entendidas como as reservas financeiras (das máquinas e equipamento que não estejam diretamente imputados à produção sob a forma de custos diretos), para fazer face à sua depreciação técnica.
  • 136. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  b) Os custos comuns ou gerais administrativos são os suportados pelo sector administrativo da empresa tais como, os ordenados e encargos sociais dos dirigentes e empregados administrativos, as despesas de secretaria e comunicações, serviços prestados por consultores, despesas bancárias, etc..
  • 137. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  c) Quanto aos custos comuns ou gerais comerciais, são de referir:  As remunerações de quadros de chefia e empregados da área comercial.  As remunerações fixas de vendedores.  Despesas de promoção e publicidade.  Despesas com entrepostos e armazéns de produtos acabados.  Despesas com estudos e prospeções de mercado.
  • 138. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Note-se que não se incluíram aqui as chamadas comissões de venda atribuídas por certas empresas aos vendedores. de facto, sendo habitualmente liquidadas por percentagem ou de forma fixa por produto vendido, elas constituem custos diretos e não gerais.
  • 139. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  d) Os custos comuns ou gerais da empresa respeitam também aos custos suportados indistintamente pelo conjunto dos serviços da empresa. Compreendem, por exemplo:  Remunerações dos gestores de topo da empresa: Diretor-geral e/ou Conselho de Administração.  Honorários do Conselho Fiscal.  Despesas de formação em geral, de viagem e representação.  Despesas sociais em geral, como assistência a trabalhadores, bar da Empresa, biblioteca, etc..  Despesas de associação.  Beneficência e donativos, etc..
  • 140. 7. CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS  Cabe aqui observar sobre a classificação atrás apresentada para os custos, em diretos e indiretos, e a sua discriminação que a classificação e discriminação de custos depende do tipo, dimensão e natureza da empresa e, também, dos critérios (e inerente subjetividade) dos responsáveis pela montagem da Contabilidade.
  • 141. 8. GASTOS INCORPORÁVEIS E GASTOS NÃO INCORPORÁVEIS
  • 142. 8. GASTOS INCORPORÁVEIS E GASTOS NÃO INCORPORÁVEIS  Gastos Incorporáveis são aqueles que são considerados para efeito de cálculo do custo, são aqueles que respeitam a exploração normal da empresa.  São aqueles que têm a ver com a atividade normal da empresa, normalmente considerados quer pela Contabilidade Geral como pela Contabilidade Analítica, porque na sua essência têm uma ligação direta com a atividade de produção, venda ou prestação de serviços realizada pela empresa.  Na categoria dos gastos incorporáveis podem ser incluídos todos os encargos da conta dos resultados operacionais como por exemplo, os encargos atinentes aos salários.
  • 143. 8. GASTOS INCORPORÁVEIS E GASTOS NÃO INCORPORÁVEIS  Gastos não incorporáveis resultam de uma operação anormal que não diz respeito a exploração normal da empresa, ou seja, não entram no cálculo do custo.  São aqueles que embora a empresa os assuma não fazem parte da rotina das suas atividades, ou seja são aquelas que acontecem de forma inesperada ou como resultado de decisões de marketing e outros que a empresa os assume provenientes de desastres ou outras atividades filantrópicas.  Os encargos não incorporáveis normalmente são os considerados nos resultados não operacionais e extraordinários, como por exemplo as provisões criadas e as despesas assumidas em função de acidentes e desastres imprevistos
  • 144. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS
  • 145. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  Os custos reais são custos determinados a posteriori e correspondem aos custos dos produtos comprados ou produzidos e aos serviços prestados.  Quando nos referimos aos custos que correspondam aos produtos comprados ou produzidos e aos serviços prestados, estamos a falar em custos reais.
  • 146. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  Podemos afirmar que os custos reais (custos determinados «a posteriori») são praticamente impossíveis de calcular com rigor absoluto (veja-se o caso de determinados gastos anuais que são repartidos pelos meses de laboração, segundo estimativa elaborada no início do ano, tais como o subsídio de férias, 13.º mês, etc.).
  • 147. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  Os custos básicos, ou custos a priori, são custos teóricos definidos para valorização interna dos produtos e serviços.  Por exemplo, quando se diz que o custo industrial dos produtos para o mês de Julho do ano (N+1) será de 1.000, estamos a referir um custo determinado hoje para uma atividade futura.
  • 148. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  Custos padrões ou «standard»  Resultam de se considerarem as normas técnicas atribuídas aos vários fatores da área fabril (consumo de matérias, mão-de-obra, máquinas, etc.) para a definição do custo de um produto ou de determinado serviço.  Estes custos, dada a sua natureza, não têm em linha de conta a situação atual das instalações (grau de utilização, estado de conservação, etc.), da qualidade das matérias-primas e da mão-de-obra, ou sejam os elementos que afetam as condições normais de exploração.
  • 149. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  Exemplo  Quando um fabricante de uma determinada máquina apresenta os consumos unitários de energia estimados, está a indicar um custo padrão.  São custos que refletem condições ótimas de funcionamento e não as condições efetivas de exploração.
  • 150. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  Custos orçamentados  Os custos orçamentados são os custos obtidos em consequência da elaboração dos orçamentos da empresa para determinado período.  Resultam dos orçamentos elaborados para um determinado período, em função dos objetivos e planos definidos e aprovados pelos órgãos de gestão.
  • 151. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  Num orçamento são definidos elementos globais da atividade da empresa:  Quantidades a vender.  Existências de produtos acabados a manter.  Quantidades a produzir.  Matérias-primas a consumir.  Matérias-primas a manter em existências.  Matérias-primas a comprar.  Custos de transformação necessários para obter a produção desejada.  Mão-de-obra a utilizar.  Gastos gerais de fabrico a utilizar.
  • 152. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  Os orçamentos são a tradução em número dos objetivos e planos definidos e aprovados pela Direção da empresa para um determinado período. Por conseguinte, os gastos orçamentados têm bastante mais aderência à realidade, uma vez que têm em linha de conta as condições normais de exploração para o período em causa.  Há ainda quem utilize como custos básico o custos que o produto ou serviço pode ter no mercado. Relativamente aos anteriores tem a vantagem de permitir isolar os resultados, quando a empresa utiliza vários centros de resultados, em que há cedências ou transferências de produtos e/ou serviços.
  • 153. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  A utilização por parte da empresa de custos básicos facilita as tarefas da contabilidade, serve de auxiliar de gestão e permite avaliar a eficiência de cada departamento e isolar os resultados da gestão.  Os custos básicos são resultantes de condições estimadas em função das condições de exploração e das expectativas, ou ainda, das condições normais verificadas em cada sector de atividade.
  • 154. 9. CUSTOS REAIS E CUSTOS BÁSICOS  Neste sistema, o custo industrial dos produtos pode ser determinado por via do:  Custeio total básico.  Custeio variável básico.  Da utilização do sistema de custeio básico resultam algumas vantagens:  Fornece um meio eficaz de controlo de gestão, porque todas as diferenças verificadas entre os custos reais e os básicos são da responsabilidade dos gestores de cada unidade produtiva ou centro de custo.  Simplifica o tratamento da informação analítica, conferindo-lhe maior rapidez, porque não tem que esperar que todos os custos reais sejam apurados.
  • 156. 10. OS DESVIOS  O desvio é a diferença entre uma situação real e uma situação prevista. Para estes efeitos os desvios são as diferenças entre os custos reais e os custos básicos.  Se a produção prevista são três unidades e só se produziram duas, então o desvio é uma unidade.
  • 157. 10. OS DESVIOS  O desvio será desfavorável se estivermos a tratar de custos e favorável se estivermos a tratar de proveitos.  Um desvio positivo verifica-se quando os valores reais são superiores aos valores previstos. Um desvio negativo verifica-se quando os valores reais são inferiores aos valores previstos. Este desvio será favorável se estivermos a tratar de custos e desfavorável se estivermos a tratar de proveitos.  O desvio no resultado global é explicado por duas bases:
  • 158. 10. OS DESVIOS  1. Desvio sobre os custos  Desvio de quantidades consumidas  Quantidades reais versus quantidades previstas. O consumo de matérias-primas previsto era de 1 500 t. e consumiram-se realmente 1 250 ton., ou seja, verificou-se um desvio negativo de 250 unidades (1 250 - 1 500) que é favorável pois representa um menor consumo de matérias primas.  Desvio sobre custos unitários  Preços reais versus preços previstos. O preço de custo de cada tonelada de matéria-prima foi prevista a 45 u.m. e na realidade o seu preço foi de 50 u.m.. O desvio ocorrido foi positivo de 50 u.m. (50 - 45), e é desfavorável porque representa um consumo a preços superiores.
  • 159. 10. OS DESVIOS  2. Desvio sobre as margens comerciais  Desvio sobre quantidades vendidas  Quantidades reais versus quantidades previstas. Onúmero de unidades previstas para vender no mês de Setembro era de 4 000. Noentanto, venderam-se 6.000 unidades, ou seja odesvio foi positivo em 2 000 unidades (6 000 - 4 000). Este desvio é favorável pois as vendas foram superiores aoprevisto.  Desvio sobre o preço de venda  Preços reais versus preços previstos. As 6 000 unidades foram vendidas ao preço de 200, quando estava previsto vender cada unidade a 300. Verificou-se um desvio negativo no preço de venda de 100 (200 - 300). Este desvio é desfavorável porque estamos a tratar do preço dos nossos proveitos.
  • 160. 10. OS DESVIOS  O modelo geral da análise de um custo dá-nos duas realidades distintas:  O desvio sobre a quantidade mantendo os preços inalterados. Imaginemos que a previsão de quantidades a vender era de 4.000 unidades ao preço de 300, e sabemos que as quantidades vendidas foram de 6.000 ao preço de 250. Vamos calcular o efeito de termos vendido mais 2.000 unidades (6.000-4.000), mantendo o preço previsto de 300, originando um desvio positivo de 600.000 (2.000x300).  O desvio sobre o preço mantendo as quantidades inalteradas. Continuando a analisar o exemplo anterior resultará num desvio de preço desfavorável, pois vendemos com um preço abaixo do previsto, ou seja 50 por unidade (250 - 300). Logo, o desvio é negativo em 200 000 (50 x 4 000).
  • 161. 10. OS DESVIOS  Por outro lado, alguns custos são imputados na atividade real por custos básicos, ou seja, nos valores realizados vamos ter duas componentes de análise: quantidades reais valorizadas a custos reais e quantidades reais valorizadas a custos básicos.  Deste cálculo de desvio surgem os desvios de incorporação de custos.
  • 162. 10. OS DESVIOS  Desvio da produção  Á conta de fabricação debita-se pelas quantidades consumidas reais a custos básicos e credita-se pela produção real valorizada a custos básicos.  Nesta conta vão estar refletidos o desvio das matérias, da mão-de-obra e de gastos gerais de fabrico.
  • 163. 10. OS DESVIOS  Desvios em matérias  Consideremos a seguinte nomenclatura:  Qr - Quantidades reais consumidas.  Pr - Preço real das quantidades consumidas.  Qo - Quantidades orçamentadas.  Po - Preço orçamentado.  A expressão Qr x Pr dá o valor real da matérias consumidas.  A expressão Qo x Po dá o valor orçamentado para as matérias consumidas no mesmo espaço de tempo.
  • 164. 10. OS DESVIOS  O desvio de matérias (Dm) resulta da diferença das duas expressões: Dm = Qr x Pr - Qo x Po  Vamos decompor este desvio em desvio de preços e de quantidades.  Para calcularmos o desvio de preços (Dp), vamos manter inalteradas as quantidades: Dp = Qo x Po - Qo x Pr
  • 165. 10. OS DESVIOS  Colocando Qr em evidência teremos: Dp = Qo x (Pr - Po)  Para calcularmos o desvio de quantidades (Dq) vamos manter inalterados os preços: Dq = Qr x Po - Qo x Po  Colocando Po em evidência teremos: Dq = Po x (Qr - Qo)
  • 166. 10. OS DESVIOS  Vejamos o seguinte exemplo.  Quantidades reais consumidas durante o mês de Dezembro - 30 unidades.  Quantidades orçamentadas - 25 unidades.  Preço real das matérias consumidas em Dezembro - 100 u.m.  Preço orçamentado - 110 u.m.
  • 167. 10. OS DESVIOS  Resolução  Desvio total = 30 x 100 - 25 x 110 = 3. 000 - 2 750 = 250  Desvio de preços = 30 x (100 - 110) = - 300  Desvio de quantidades = 110 x (30 - 25) = + 550  Desvio de preços + Desvio de quantidades = Desvio total  O desvio apurado resultou de um decréscimo nos preços obtidos face ao orçamentado, que foi absorvido por um acréscimo de quantidades consumidas o que provocou um desvio desfavorável.
  • 168. 10. OS DESVIOS  Estes resultados podem ser apresentados sob a forma de um quadro.
  • 169. 10. OS DESVIOS  Desvios em mão-de-obra  Consideremos a seguinte nomenclatura:  NHr - Número de horas real  NHo - Numero de horas orçamentado  CHr - Custo horário real  CHo - Custo horário orçamentado  A expressão NHr x CHr dá o valor real das horas utilizadas.  A expressão NHo x Cho dá o valor orçamentado para a utilização de mão-de-obra no mesmo espaço de tempo.
  • 170. 10. OS DESVIOS  O desvio de mão-de-obra (Dmdo) resulta da diferença das duas expressões: Dmdo = NHr x CHr - NHo x NHo  Vamos decompor este desvio em desvio sobre o custo horário e desvio sobre o rendimento.
  • 171. 10. OS DESVIOS  Para calcularmos o desvio dobre o custo horário (Dch) vamos manter inalterado o número de horas realmente consumidas. Dch = NHr x CHr - NHr x CHo  Colocando NHr em evidência teremos: Dch = NHr x (CHr - CHo)
  • 172. 10. OS DESVIOS  Para calcularmos o desvio de rendimento (Dr) vamos manter inalterados os custos horários orçamentados: Dr = NHr x CHo - NHo x Cho  Colocando CHo em evidência teremos: Dr = CHo x (NHr - NHo)
  • 173. 10. OS DESVIOS  Exemplo  Horas utilizadas durante o mês de Dezembro - 50 unidades  Horas orçamentadas para o mesmo mês - 45 unidades  Preço real das horas pagas - 3 u.m.  Preço orçamentado das horas - 2 u.m.  Desvio total = 50 x 3 - 45 x 2 = 150 - 90 = 60  Desvio sobre preços = 50 x (3 - 2) = + 50  Desvio sobre rendimento = 2 x (50 - 45) = + 10  Desvio sobre preços + Desvio sobre rendimento = Desvio total
  • 174. 10. OS DESVIOS  Assim, podemos concluir que o desvio apurado resultou do aumento do número de horas trabalhadas e também do custo mais agravado a que as mesmas horas foram contratadas.  Para este exemplo, elaborou-se um quadro que facilita a leitura destes números:
  • 175. 10. OS DESVIOS  Desvios em gastos gerais de fabrico  Os gastos gerais de fabrico são os que mais dificilmente se conseguem imputar aos produtos. Por esse facto estuda-se as diversas bases de repartição.  Independentemente do sistema de custeio utilizado deverá tentar isolar-se o maior número possível de custos que variem com a produção.
  • 176. 10. OS DESVIOS  Para os custos fixos o fator de desvio não está nos gastos gerais de fabrico, mas na base e imputação escolhida.  Estes gastos, pela sua natureza, não estão ao nível de controlo dos gestores mais baixos. São custos que dependem da orientação global da empresa e não das condições de exploração de um determinado centro de custos.  Neste tipo de custos podemos dividir o desvio total em desvio de preços e desvio de quantidade.
  • 177. 10. OS DESVIOS  Exemplo  Gasto gerais de fabrico orçamentados por unidade produzida 50, quantidades normal orçamentada a produzir 200 unidades.  Gastos gerais de fabrico reais de 55. por unidade produzida e a produção do mês foi de 190 unidades.  Desvio total = 190 x 55 - 200 x 50 = 10.450 - 10.000 = + 450  Desvio sobre preços = 190 x (55 - 50) = + 950  Desvio sobre atividade = 50 x (190 - 200) = - 500  Desvio sobre preços + Desvio sobre atividade = Desvio total
  • 178. 10. OS DESVIOS  Controlo contabilístico dos desvios  A utilização de custos básicos na Contabilidade Analítica conduz a que as contas sejam debitadas por valores diferentes dos que são depois imputados aos produtos ou às secções.  As contas utilizadas são as seguintes:  96 - Desvios sobre preços pré-estabelecidos  96.1 - Desvios de compras  96.2 - Desvios das secções  96.3 - Desvios de fabricação  96.4 - .........
  • 179. 10. OS DESVIOS  Estas contas serão debitadas pelos desvios desfavoráveis. Ou seja, quando os valores que foram imputados aos produtos, ou aos centros de custos, são inferiores aos valores reais.  Estas contas serão creditadas pelos desvios favoráveis. Isto é, quando os valores que foram imputados aos produtos ou aos centros de custos são superiores aos valores reais.
  • 180. 10. OS DESVIOS  A repartição dos desvios deve ser efetuada quer ao valor dos produtos vendidos quer às existências que ficaram em armazém.  Poderemos efetuar essa repartição de forma proporcional aos custos incorporados, em cada uma destas rubricas.
  • 181. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-VARIÁVEIS
  • 182. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  Os custos variáveis acompanham diretamente as variações ocorridas nas quantidades produzidas, pois variam diretamente com essas quantidades.  Para as operações de planeamento e controlo é essencial compreender a relação direta entre a variação de custo em relação à sua atividade base. Por exemplo a classificação dos custo em relação direta com a produção permite à gestão fixar padrões para avaliação da eficiência das operações correntes e para planeamento do custo dos futuros níveis de operações.
  • 183. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  A análise custo-volume-resultados considera a inter-relação entre os preços de venda, volumes de vendas e produção, custo e resultados e permite aos gestores atuar na melhoria daquela relação.  Os custos podem estar diretamente relacionados com as variações no volume da produção ou venda (certos gastos tendem a crescer ou diminuir, consoante as mudanças havidas nos níveis de atividade). Tais gastos que acompanham diretamente e no mesmo sentido as variações no volume de produção ou venda têm o nome de custos variáveis.
  • 184.  Estes podem ser proporcionais, progressivos ou degressivos, consoante a sua variabilidade com o volume de produção.  Como exemplos de custos variáveis, temos: o Matérias-primas. o Energia elétrica consumida pelas máquinas. o Os transportes das vendas. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-VARIÁVEIS
  • 185. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  Os custos variáveis resultam da capacidade existente para fabricar ou vender os produtos. São custos que resultam da utilização da capacidade existente para fabricar ou vender os produtos.  Exemplos: a energia elétrica consumida por uma máquina é um custo variável com o tempo de trabalho. as comissões pagas aos vendedores são custos que variam de acordo com o valor de vendas.
  • 186. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-VARIÁVEIS  Os custos variáveis podem ser:  Progressivos - crescem mais do que o aumento da capacidade instalada.  Proporcionais - aumentam na mesma razão da capacidade instalada.  Degressivos - diminuem com o aumento da capacidade instalada, como é o caso das economias de escala. São os que variam em função das quantidades produzidas, tais como os custos dos materiais diretos e a energia.
  • 187. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-VARIÁVEIS  A variabilidade dos custos com o volume da produção pode porém não ser linear, tal como se mostra no gráfico, em que o eixo das abcissas representa a variação da produção.
  • 188. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  Custos fixos  São os que são independentes do volume de produção, pelo menos dentro de limites de tempo muito amplos (a prazo todos os custos são variáveis). São custos que tendem a variar com o tempo e não com os níveis de atividade.  Os exemplos mais característicos são as amortizações,as despesas de administração,as rendas e os seguros.
  • 189. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  A capacidade física instalada não se pode alterar de um dia para o outro. Quer a construção de edifícios quer a compra de certas máquinas levam certo tempo a serem concretizados, pelo que os gastos apenas se mantém constantes dentro de certos níveis de atividade.  Na prática, nem sempre se toma fácil a individualização das componentes variável e fixa das naturezas de custos. Opta-se, muitas vezes, pela componente mais significativa.
  • 190. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  Os custos fixos mantêm-se inalteráveis, independentemente das quantidades produzidas. Ressalve-se que a variabilidade das quantidades produzidas ou do serviço prestado não é ilimitada para cada nível de custos fixos.  As rendas das instalações, os seguros de incêndio e as amortizações são exemplos de custos fixos para determinados níveis de capacidade, sendo também chamados custos de capacidade. Por exemplo, numa sala em que cabem 50 pessoas não se poderão alojar 100 pessoas.
  • 191. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  Aos custos fixos chamam-se também, custos de capacidade. Apenas se alteram, pelo menos de forma significativa, quando aquela se modifica. Alterar-se-ão quando se ampliar ou reduzir a capacidade.  Na prática não temos gastos variáveis rigorosamente determinados, o mesmo acontecendo com os gastos fixos. Contudo, a separação apresentada tem um certo interesse para a tomada de decisões empresariais.
  • 192. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  Custos semi-variáveis  São os custos que não variam totalmente em função do volume da produção, apresentando uma parte fixa, independente do volume da produção, e uma parte variável.  Exemplo  O ordenado de um vendedor que recebe uma remuneração base constitui a parte fixa do seu vencimento, e as comissões sobre as vendas realizadas representam a parte variável. Graficamente, os custos semifixos têm o comportamento representado na seguinte Figura:
  • 193. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  A classificação dos custos de acordo com a respetiva variabilidade é de grande importância, designadamente porque permite:  Em termos de controlo de custos, fixar a atenção no controlo dos elementos variáveis, isto é, os custos que acompanham diretamente o volume da produção.  Separar os custos controláveis dos custos não controláveis, matéria de importância vital para a programação e controlo orçamental.  A opção entre alternativas de escolha na perspetiva económica, visto, que a identificação dos custos variáveis permite o conhecimento prévio das condições que maximizam os lucros.
  • 194. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  Compreende-se pois a importância para a gestão da empresa da classificação dos custos quanto à sua variabilidade.  Com efeito, basta ter em conta que, quando uma despesa é fixa, isto é, independente do volume da produção, é óbvio que a sua incidência no custo unitário (do produto, por exemplo) será tanto menor quanto maior for o volume da produção. É o que pode constatar-se através dos exemplos que se seguem.
  • 195. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  Exemplo. 1  A classificação dos custos de acordo com a respetiva variabilidade é importante, designadamente porque permite:  Em termos de controlo de custos, fixar a atenção no controlo dos elementos variáveis, isto é, os custos que acompanham diretamente o volume da produção.  Separar os custos controláveis dos custos não controláveis, matéria de importância vital para a programação e controlo orçamental.  A opção entre alternativas de escolha na perspetiva económica, visto que a identificação dos custos variáveis permite o conhecimento prévio das condições que maximizam os lucros.
  • 196. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI- VARIÁVEIS  Compreende-se pois a importância para a gestão da empresa da classificação dos custos quanto à sua variabilidade.  Com efeito, basta ter em conta que, quando uma despesa é fixa, isto é, independente do volume da produção, é óbvio que a sua incidência no custo unitário (do produto, por exemplo) será tanto menor quanto maior for o volume da produção. É o que pode constatar-se através dos exemplos que se seguem.
  • 197. 11. CUSTOS VARIÁVEIS, FIXOS E SEMI-VARIÁVEIS  Exemplo 2  Uma empresa tem capacidade para uma produção anual de 20 000 unidades, mas o mercado interno absorve apenas 65% da produção (0,65 x 20 000 = 13 000 unidades) ao preço de venda médio unitário de 8,5 euros. O custo fixo da atividade da empresa é 36 000 euros/ano e o custo variável unitário é 6,2 euros. O resultado da produção e venda destas unidades cria à empresa uma situação de prejuízo, como se pode ver no quadro a seguir. Rúbricas Valores Vendas (13.000x8,5) 110 500 Custo variável vendas (13.000x6.2) 80 600 Margem (1.-2) 29 900 Custo fixos 36 000 Resultado - 6 100
  • 198. Bibliografia: www.SNC.pt www.Instituto Superior de economia e gestão.pt www .Normas da contabilidade.pt  POC- Porto editora  www. Infomanuais.pt 6217. GASTOS, RENDIMENTOS E RESULTADOS

Notas do Editor

  1. Índice
  2. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  3. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  4. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  5. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  6. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  7. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  8. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  9. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  10. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  11. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  12. 1. Enquadramento da contabilidade de gestão
  13. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  14. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  15. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  16. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  17. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  18. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  19. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  20. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  21. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  22. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  23. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  24. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  25. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  26. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  27. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  28. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  29. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  30. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  31. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  32. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  33. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  34. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  35. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  36. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  37. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  38. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  39. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  40. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  41. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  42. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  43. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  44. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  45. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  46. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  47. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  48. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  49. 2. Natureza e âmbito da contabilidade de gestão
  50. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  51. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  52. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  53. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  54. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  55. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  56. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  57. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  58. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  59. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  60. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  61. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  62. 3. Gastos, despesas e pagamentos, rendimentos, receitas e recebimentos
  63. 4. Tipos de gastos
  64. 4. Tipos de gastos
  65. 4. Tipos de gastos
  66. 4. Tipos de gastos
  67. 4. Tipos de gastos
  68. 4. Tipos de gastos
  69. 4. Tipos de gastos
  70. 4. Tipos de gastos
  71. 4. Tipos de gastos
  72. 4. Tipos de gastos
  73. 4. Tipos de gastos
  74. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  75. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  76. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  77. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  78. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  79. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  80. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  81. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  82. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  83. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  84. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  85. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  86. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  87. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  88. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  89. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  90. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  91. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  92. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  93. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  94. 5. Formação do gasto dos produtos – custo primo, custo industrial ou de produção, custo comercial ou complexivo, custo económico-técnico, custos de transformação
  95. 6. Margens e resultados
  96. 6. Margens e resultados
  97. 6. Margens e resultados
  98. 6. Margens e resultados
  99. 6. Margens e resultados
  100. 6. Margens e resultados
  101. 6. Margens e resultados
  102. 6. Margens e resultados
  103. 6. Margens e resultados
  104. 6. Margens e resultados
  105. 6. Margens e resultados
  106. 6. Margens e resultados
  107. 6. Margens e resultados
  108. 6. Margens e resultados
  109. 6. Margens e resultados
  110. 6. Margens e resultados
  111. 6. Margens e resultados
  112. 6. Margens e resultados
  113. 6. Margens e resultados
  114. 6. Margens e resultados
  115. 6. Margens e resultados
  116. 6. Margens e resultados
  117. 6. Margens e resultados
  118. 6. Margens e resultados
  119. 6. Margens e resultados
  120. 6. Margens e resultados
  121. 6. Margens e resultados
  122. 7. Custos diretos e indiretos
  123. 7. Custos diretos e indiretos
  124. 7. Custos diretos e indiretos
  125. 7. Custos diretos e indiretos
  126. 7. Custos diretos e indiretos
  127. 7. Custos diretos e indiretos
  128. 7. Custos diretos e indiretos
  129. 7. Custos diretos e indiretos
  130. 7. Custos diretos e indiretos
  131. 7. Custos diretos e indiretos
  132. 7. Custos diretos e indiretos
  133. 7. Custos diretos e indiretos
  134. 7. Custos diretos e indiretos
  135. 7. Custos diretos e indiretos
  136. 7. Custos diretos e indiretos
  137. 7. Custos diretos e indiretos
  138. 7. Custos diretos e indiretos
  139. 7. Custos diretos e indiretos
  140. 8. Gastos incorporáveis e gastos não incorporáveis
  141. 8. Gastos incorporáveis e gastos não incorporáveis
  142. 8. Gastos incorporáveis e gastos não incorporáveis
  143. 9. Custos reais e custos básicos
  144. 9. Custos reais e custos básicos
  145. 9. Custos reais e custos básicos
  146. 9. Custos reais e custos básicos
  147. 9. Custos reais e custos básicos
  148. 9. Custos reais e custos básicos
  149. 9. Custos reais e custos básicos
  150. 9. Custos reais e custos básicos
  151. 9. Custos reais e custos básicos
  152. 9. Custos reais e custos básicos
  153. 9. Custos reais e custos básicos
  154. 10. Os desvios
  155. 10. Os desvios
  156. 10. Os desvios
  157. 10. Os desvios
  158. 10. Os desvios
  159. 10. Os desvios
  160. 10. Os desvios
  161. 10. Os desvios
  162. 10. Os desvios
  163. 10. Os desvios
  164. 10. Os desvios
  165. 10. Os desvios
  166. 10. Os desvios
  167. 10. Os desvios
  168. 10. Os desvios
  169. 10. Os desvios
  170. 10. Os desvios
  171. 10. Os desvios
  172. 10. Os desvios
  173. 10. Os desvios
  174. 10. Os desvios
  175. 10. Os desvios
  176. 10. Os desvios
  177. 10. Os desvios
  178. 10. Os desvios
  179. 10. Os desvios
  180. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  181. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  182. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  183. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  184. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  185. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  186. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  187. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  188. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  189. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  190. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  191. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  192. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  193. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  194. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  195. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  196. 11. Custos variáveis, fixos e semi-variáveis
  197. CONCLUSÃO