2º ano capítulo 2 a era napoleonica e seus desdobramentos(1)
Cap
1. CAPÍTULO 8 – O FIM DA IDADE MÉDIA E O SURGIMENTO DA IDADE
MODERNA
Segundo a divisão da História, a Idade Moderna inicia-se com a tomada de
Constantinopla pelos turcos otomanos, em 1453, e termina com a Revolução
Francesa, em 1789.
No Plano Cultural, ocorreram diversas modificações na forma de pensar e de
produzir do homem europeu. O Renascimento Cultural gerou para a humanidade
artistas imortalizados como Leonardo da Vinci, Michelangelo e cientistas como
Galileu, Kepler e Newton. A religiosidade do povo europeu sofreu mudanças com
o surgimento da Igreja Protestante.
A economia européia modificou-se. O comércio europeu atingiu o mundo com a
Expansão Marítima. O capitalismo comercial desenvolveu-se sustentando-se pela
exploração do mundo colonial integrado ao interesse da burguesia.
Todas essa modificações eram acompanhadas de perto por um grande número de
reis que, dotados de poderes sobre seus súditos, tornaram-se monarcas absolutos.
Tempos de mudanças e de acumulação de capital: assim foi a Idade Moderna.
CULTURA MEDIEVAL: O PAPEL DA IGREJA CATÓLICA.
A Igreja Católica constituiu-se a mais poderosa instituição da Idade Média na
Europa Ocidental. Assim, como a sociedade feudal, a Igreja com seus membros
também tornaram-se senhores feudais. Além disso, essa instituição detinha o
monopólio do conhecimento.
O clero secular, isto é, que vive no mundo dos homens, pois estavam ligados às
coisas terrenas era composto por: Papa, Cardeais, bispos, arcebispos e padres.
2. Já o clero regular, aquele que está mais ligado a vida espiritual e isolado nos
mosteiros, que eram compostos por Monges e abades. Assim, estada organizada a
Igreja Católica.
A função o clero regular era: preservação e recuperação e reprodução de obras
religiosas e até filosóficas da Antiguidade, além de trabalhos artesanais e ainda
converter camponeses pagãos. Havia os monges copistas responsáveis pela
confecção de livros feitos a mão. Até a invenção da prensa por Gutenberg.
A Igreja de Roma esteve bastante ativa no trabalho de conversão dos povos
bárbaros ao cristianismo. Em decorrência disso, os elementos ligados ao clero
secular passaram a envolver-se com frequência em questões políticas e
administrativas do reino medieval.
Desde o início da Idade Média, após a expansão do cristianismo, era frequente o
surgimento de heresias, ou seja, doutrinas que contrariavam os dogmas
estabelecidos pela Igreja Católica. Para coibir as heresias, o papa Gregório IX
criou, em 1231, os Tribunais de Inquisição, cuja função era descobrir os
heréticos, os inquisitores os entregavam às autoridades do Estado para que fosse
executada a sentença. As penas iam desde a perda dos bens materiais até a
condenação à morte na fogueira.
Setores das artes, como escultura, pintura, arquitetura e música, assim como a
filosofia, também estiveram a serviço da Igreja Católica durante praticamente toda a
Idade Média.
ASPECTOS CULTURAIS DA ALTA IDADE MÉDIA
A Igreja monopolizava o saber e fazia valer sua superioridade como instituição para
3. Controlar a mentalidade social. O temor, o pessimismo, a instabilidade generalizada
e a preocupação como o extraterreno marcaram a cultura européia durante a
chamada Alta Idade Média, ou, pelo menos, parte dela. Os filósofos, teólogos,
literatos e poucos cientistas centravam seus estudos naquilo que era considerado
vontade de Deus. A Filosofia, as Artes e as Ciências eram pensadas como
finalidade religiosa. Essa foi a chamada cultura teocêntrica que marcou o
pensamento medieval.
O grande destaque dessa fase foi a Filosofia, que teve em Santo Agostinho uma
síntese entre o pensamento clássico de Platão e os dogmas da Igreja.
Segundo o pensamento agostiniano, o homem já nasce dotado de uma natureza
corrompida e pecaminosa, sendo a fé em Deus a sua única possibilidade de
salvação. A razão humana era um instrumento dado ao homem por Deus para que
ele pudesse alcançar a fé. Não é a toa que a expressão “crer para compreender,
compreender para crer” sintetiza bem o pensamento de Agostinho.
A conciliação entre fé e razão desenvolvida por Agostinho influenciou todo o
pensamento católico por séculos, porém, colocava a razão submetida à fé. Essa
linha de entendimento do assunto religioso ficou conhecida como Patrística.
ASPECTOS CULTURAIS DA BAIXA IDADE MÉDIA
Com as transformações ocorridas na Europa a partir do século XI, como
Renascimentos Comercial e Urbano, os europeus foram sendo tomados por um
espírito mais voltado para a liberdade de ação e de criação.
Na arquitetura destacou a partir do século XI, a Europa Ocidental foi coberta de
Igrejas, que demonstravam a força do catolicismo. Essas obras foram feitas em
4. Dois estilos: o românico – predominante entre os séculos XI e XII e o gótico –
presente nas construções do séculos XII e XVI.
Na literatura, até o século XII, procurava enaltecer a figura do cavaleiro defensor do
pobres, da justiça, do amor e, evidentemente, da cristandade. Essas manifestações
literárias ficou conhecida como poemas épicos, essas escrituras foram escritas em
línguas nacionais, isso era considerado revolucionário para a época, pois a língua
oficial era o Latim.
No século XII, um novo estilo literário surgiu na Europa: o Trovadorismo, as
chamadas poesias líricas, marcadas pela exaltação da figura feminina pelos
cavaleiros.
Já no século XIII, alguns autores marcaram o advento de novos tempos para a
cultura européia ocidental. Destaque para Dante Alighieri, com a Divina Comédia,
Francisco Petrarca com De África, e Giovani Boccaccio com Decameron. Essas
obras retrataram o amor terreno e a crítica social, moral e religiosa da época,
marcando, assim, o início de uma nova era no plano da cultura: o humanismo.
Na Filosofia, o pensamento da Baixa Idade Média foi marcado pela Escolástica,
cuja maior expressão foi São Tomás de Aquino. Estava concentrava na busca de
conciliar o pensamento racionalista com as propostas vinculadas a Igreja, onde
sustentava que a razão era a chave para a busca de todo conhecimento.
Quanto a Ciência que pouco se desenvolveu durante a alta Idade Média, devido o
impedimento da Igreja sobre as experimentações, seus lideres defendiam o
conhecimento através da experimentação ( Roger Bacon, Guilherme de Ockham)
A Educação os jovens se educavam convivendo com adultos nos locais de
5. De trabalho, oficinas, mosteiros etc. O analfabetismo era predominante em quase
toda a sociedade, até mesmo entre os nobres. A escrita era quase um privilégio do
clero católico.
Mas com o renascimento Urbano e Comercial surgiram as escolas e, depois as
universidades. As universidades surgiram a partir de associações de estudantes e
mestres parecidas como as corporações profissionais e buscavam promover
estudos, independentes dos realizados por religiosos.
A Cultura da Baixa Idade Média acompanhou as mudanças nos setores
econômicos, sociais e políticos do período. Podemos afirmar que o renascimento
Cultural e Científico ocorrido na passagem da Idade Média para a Idade Moderna
foi uma continuação dessas transformações que vinham se processando desde o
século XII.
RENASCIMENTO CULTURAL
Movimento de renovação artístico-intelectual, que refletiu a transição dos valores
dominantes na Idade Média européia para a mentalidade burguesa da Idade
Moderna.
A sociedade na Idade Média, estava vinculada a ordens o que bloqueava os
indivíduos, que era dependente, as realizações eram limitadas pela mentalidade
de que tudo na vida dos homens depende da vontade de Deus.
O florescimento do comércio, o crescimento das cidades e a formação dos Estados
nacionais dariam à decadente sociedade feudal uma nova dinâmica. As ideias de
lucro, enriquecimento e prosperidade, próprias da burguesia em ascensão,
contribuíam para despertar o espírito de competição. Assim, sustentados no
6. humanismo, movimento iniciado na Baixa Idade Média, que buscava exaltar e
glorificar o homem (antropocentrismo), além de valorizar a Antiguidade Clássica –
em cujas obras buscavam inspiração -, um grande número de artistas e cientistas
promoveria uma verdadeira revolução na cultura européia.
ITÁLIA: O BERÇO DA RENASCENÇA
O Renascimento cultural deu-se na Itália.
Alguns fatores explicam o pioneirismo italiano: durante a Baixa Idade Média, após
as Cruzadas, a Itália se manteve como um centro ativo do comércio, o que
possibilitou o desenvolvimento de uma poderosa classe mercantil que possuía
dinheiro para atuar como mecenas, além do que permitiu a integração de muitos
italianos com os grandes centros urbano-comerciais, como Constantinopla. Há
também o fato de as obras da Antiguidade greco-romana estarem presentes muito
mais na península Itálica do que em qualquer outra região europeia.
Da Itália, o movimento renascentista expandiu-se para vários países da Europa,
atingindo Holanda, França, Inglaterra, Portugal, Espanha, Suíça, Polônia.
CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
Os homens da Renascença se opunham a toda forma de pensar da Idade Média.
Dessa forma, o Renascimento apresentou como elementos fundamentais o
humanismo – que propunha a substituição do teocentrismo pelo antropocentrismo,
- o racionalismo – uso da razão e não da fé, para explicar os fenômenos, o
naturalismo – em oposição ao espiritual, o experimentalismo – proposta científica,
- o universalismo a busca permanente do conhecimento, - o hedonismo –
valorização dos prazeres da vida e o individualismo que consiste na
supervalorização da ação individual e das diferenças entre as pessoas .
7. A LITERATURA RENASCENTISTA
Muitos escritores da Renascença escreveram suas obras nas línguas que falavam,
reforçando a ideia de nação existente no período da formação dos Estados
nacionais e contrariando o uso oficial do latim instituído pela Igreja Católica.
Destacamos: Dante Alighieri, nascido em Florença Itália – escreveu a Divina
Comédia; Francesco Petrarca, Nascido em Arezzo na Itália – escreveu a obra
Cancioneiro; Giovani Boccaccio, italiano – sua obra Decameron ; Nicolau
Maquiavel, nasceu em Florença, sua obra O Príncipe; François Rabelais, francês,
sua obra Gargantua e Pantagruel; Thomas Morus, inglês, seu livro Utopia; Miguel
de Cervantes, espanhol, satirizou a cavalaria medieval em Dom Quixote; Luís de
Camões, português, escreveu Os Lusíadas; Erasmo de Roterdâ, holandês, sua
obra Elogio da Loucura; William Shakespeare, nascido na Inglaterra, suas obras
Romeu e Julieta, Hamlet, Sonho de uma noite de Verão.
O RENASCIMENTO NAS ARTES
Equilíbrio, elegância e rigor nos detalhes são algumas características da arte
renascentista. Inspirando-se nas obras greco-romanas, os artistas exploravam
temas religiosos e cenas do cotidiano. Principais artistas:
Leonardo da Vinci, italiano – pintura, arquitetura, escultura, música, matemática,
física, astronomia, química e geologia; Michelangelo Buonarroti, italiano- pintou os
afrescos da Capela Sistina; Rafael Sanzio, italiano, tornou-se celebre por ter
pintado diversas Madonas.
A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
Ao longo da Idade Média, os métodos e condutas de estudo estiveram sob o
controle da Igreja Católica, conforme já vimos. A visão teocêntrica de mundo não
8. dava importância aos experimentos mais avançados, além do que colocava a razão
em segundo plano, apenas como um instrumento da fé. A dissecação de cadáveres,
por exemplo, era proibida, o que não permitia o avanço da Medicina. Em suma, as
ações humanas e suas relações com a natureza eram vistas como uma
determinação de Deus, daí ser considerado desnecessário o entendimento mais
racionalizado das coisas.
Consequentemente, durante o período do renascimento Cultural houve grande
desenvolvimento no campo das ciências. Pesquisas e descobertas científicas
promoveram avanços em áreas como a Física, Astronomia, Matemática e Medicina,
entre outras.
Os renascentistas não estavam preocupados em negar a existência de Deus, mas,
sim, em demonstrar a capacidade que o ser humano tem em conhecer as coisas por
meio da razão.
Alguns nomes do Renascimento Científico:
Nicolau Copérnico, polonês; Leonardo da Vinci, italiano desenhou o primeiro
mapa-múndi, projetou inventos voadores; Francis Bacon, fundador da ciência
moderna; Galileu Galilei, italiano, foi matemático, físico e astrônomo; Johannes
Kepler, alemão, astrônomo, apresentou as leis referentes ao movimento dos
planetas em torno do Sol; Isaac Newton, inglês, matemático, físico e astrônomo.
A reação da Igreja católica ao pensamento e às descobertas dos cientistas
renascentistas nem sempre foi pacífica.
EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL EUROPEIA
A Expansão Marítima europeia, configurada por meio das Grandes Navegações
iniciadas pelos portugueses.
9. FATORES QUE PROVOCARAM A EXPANSÃO
Vários fatores contribuíram para as chamadas Grandes Navegações, destacando-
se, em primeiro lugar, a escassez de metais (ouro e prata).
Além disso, os produtos orientais as especiarias, eram vendidos na Europa pelos
mercadores italianos, que, por sua vez compravam essas mercadorias nos portos
do Mediterrâneo oriental, cujos comerciantes tinham uma forte ligação comercial
com os árabes muçulmanos, que eram os responsáveis por trazer os produtos do
Oriente. Tanta gente envolvida nesse negócio fazia com que o preço final das
mercadorias pagas com o preço final das mercadorias pelos europeus fosse
excessivamente alto. Portanto, era interessante para os europeus a busca de novas
rotas para o Oriente, a fim de se estabelecer um comércio direto com os asiáticos,
libertando-se assim, dos intermediários.
Os avanços técnicos e científicos foram fatores importantes para a chamada
empresa ultramarina. Surgiram, então as Caravelas, embarcações mais leves e
ágeis; o astrolábio, instrumento importante para orientação dos navegantes; os
mapas; a bússola; instrumentos que facilitaram a navegação a longa distância.
Deve-se destacar, ainda, o espírito aventureiro e investigativo do homem
renascentista, que muito contribuiu para o enfrentamento de uma situação
totalmente nova e arriscada.
Por fim, ressaltemos o interesse da Igreja Católica na expansão do catolicismo para
outras terras fora da Europa, principalmente a partir do século XVI, quando teve
início a Reforma Protestante.
O PIONEIRISMO PORTUGUÊS
10. Portugal foi o primeiro país europeu a se lançar nas Grandes Navegações e, por
isso, tornou-se a primeira grande potência naval da Idade Moderna. Fatores que
contribuíram para isso:
• A existência de um Estado centralizado.
• A necessidade que o Estado e burguesia tinham de buscar metais preciosos.
• A paz interna e externa vivida por Portugal, as nações vizinhas estavam envolvidas
em guerra ( Espanha Guerra da Reconquista e França e Inglaterra na Guerra dos
Cem Anos).
• A posição geográfica privilegiada.
• A longa experiência que os portugueses acumulavam na arte de navegar.
• O desejo de uma monarquia católica, em aliança com Roma, de promover a
expansão da fé.
• A carência de uma produção agrícola.
• Por iniciativa do infante D. Henrique, havia um local, ao sul de Portugal, no qual os
navegadores trocavam experiências e ensinavam aos mais jovens a arte de
navegar. Este local ficou conhecido como Escola de Sagres.
A EXPANSÃO PORTUGUESA
O projeto de navegação feito por Portugal foi elaborado em Sagres e tinha como
objetivo chegar à Índia pelo périplo africano. A Índia era a principal fonte de
especiarias – que tinham uma grande aceitação no mercado europeu.
O início do périplo africano deu-se com a conquista de Ceuta, em 1415, no norte da
África, a conquista de Ceuta serviu a dois propósitos para os lusos: dominar uma
região rica por causa do comércio e para combater os infiéis muçulmanos.
11. Em 1434, ocorreu a conquista do cabo Bojador, apesar das crendices que se
contavam na época.
Em 1488, Bartolomeu Dias contornou o cabo da Boa Esperança, chegando ao
oceano Índico. Em 1498, seguindo a mesma rota de Bartolomeu Dias, Vasco da
Gama prolongou-a até Calicute, na Índia. Com a viagem de Vasco da Gama, que,
aliás, foi extremamente lucrativa, Portugal estabeleceu uma rota alternativa de
comércio entre o Ocidente e o Oriente, rompendo, dessa maneira, o monopólio que
os italianos e os turcos tinham sobre tal atividade.
No final de 1499, o então rei português D. Manuel I, o Venturoso, montou uma nova
esquadra, com a finalidade de organizar o comércio português no Oriente, fundando
fortalezas e feitorias na região de Calicute. Escolheu, para comandar tal expedição,
o fidalgo Pedro Álvares Cabral, que partiu de Lisboa em 08 de março de 1500.
Entretanto a expedição desviou-se do litoral africano, rumando para o sudoeste,
chegando ao Brasil em 22 de abril de 1500. Esse desvio da rota é explicado por um
documento escrito por Duarte Pacheco Pereira, no qual menciona a intenção de
tomar o rumo sudoeste a fim de certificar-se da existência de terras no Atlântico,
dentro dos domínios portugueses estipulados pelo Tratado de Tordesilhas,
elaborado em 1494.
A EXPANSÃO ESPANHOLA
Em 1492, o Estado espanhol uniu força com o casamento de Fernando de Aragão e
Isabel de Castela e deram início as grandes navegações. Cristóvão Colombo
navegador genovês, pretendia chegar as Índias navegando pelo Ocidente,
acreditando na esfericidade da Terra – Os reis espanhóis cederam a Colombo três
12. três caravelas , com as quais ele chegou às Antilhas, na América, em 12 de Outubro
de 1492, acreditando ter chegado ao oriente. Mas coube a Américo Vespúcio
constatar que a região encontrada não era as Índias e sim um novo continente, cujo
o nome foi dado em homenagem a Américo.
A descoberta da Espanha era uma ameaça para Portugal, que poderia declarar
guerra a Espanha, mas a solução encontrada foi o Tratado de Tordesilhas . Este
tratado estabelecia que Portugal ficaria com todas as terras que estivessem até 370
léguas marítimas a oeste da ilha de Cabo Verde enquanto o restante pertenceria a
Espanha. Portanto, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, Portugal tinha a posse
de parte do território brasileiro, antes mesmo da chegada de Cabral.
Em 1513, Vasco Nunes Balboa, descobriu o oceano Pacífico.
Em 1519, Fernão de Magalhães, português iniciou a viagem de circunavegação da
Terra, que foi concluída em 1522 por Sebastião Del Cano.
As Expansões Tardias
Somente no século XVI, França, Inglaterra e Holanda deram início às Grandes
Navegações. Muitas foram as contestações dessas potências mas, esses países
não respeitaram o Tratado de Tordesilhas.
Na Inglaterra era comum a prática da pirataria, onde eles saqueavam os galeões
espanhóis repletos de metais preciosos vindos da América. A Inglaterra ocupou-se
definitivamente na América do Norte, fundando ali suas colônias.
A França contestava o Tratado de Tordesilhas. Os franceses lançaram-se as
grandes navegações encaminhando-se para a América do Norte, o navegador
Jacques Cartier penetrou pelo rio São Lourenço e tomou posse da região da ilha de
13. Montreal. Os franceses também tentaram estabelecer-se no Brasil, enviando
esquadras que se estabeleceram no Rio de Janeiro, fundando a França Antártica
em 1555, foram expulsos em 1567, os franceses voltaram a invadir o Brasil em
1612, desta vez na região do Maranhão, sendo novamente expulsos.
O holandeses fundaram, na América a Nova Amsterdã ( atual Nova York) em 1614.
Conquistaram o atual Suriname (antiga Guiana Holandesa) e Curaçau, e, ainda,
atacaram o Brasil, ocupando a Bahia (1624 - 1625) e Pernambuco (1630 – 1654).
Na África, os holandeses ocuparam a região do Cabo ( atual África do Sul).
Consequências da Expansão
As Grandes Navegações europeias podem ser consideradas uma das maiores
revoluções realizadas pelo homem, pois interferiram na vida dos homens do planeta.
Para os povos que se viram dominados e conquistados pelos europeus, a expansão
representou a desarticulação social, a aculturação, a desorganização econômica, a
pilhagem de riquezas, a escravidão e, em muitos casos, a eliminação física, um
verdadeiro genocídio. A América teve sua população local reduzida em milhões de
seres humanos.
Para os europeus o significado foi outro, descobertas possibilitaram um crescimento
do comércio, atividade que se estenderia a todas as regiões da Terra