O documento descreve a Idade Média, abordando três tópicos principais:
1) A definição e cronologia da Idade Média segundo os renascentistas;
2) O Império Bizantino, seu surgimento, localização geográfica e características gerais;
3) O Império Árabe Islâmico, desde a Arábia pré-islâmica até a expansão e legado cultural deixado por este império.
2. Denominação e Cronologia
Surgiu da divisão da história humana feita pelos
renascentistas, no início da Idade Moderna.
Os renascentistas foram geralmente vistos como
continuadores dos ideais científicos, artísticos e
estéticos das civilizações clássicas. Era como se
houvesse um grande intervalo entre os antigos
gregos e romanos e os renascentistas de então.
Esse intervalo, esse “meio”, sob o prisma de um
único processo de avanço da humanidade,
acabou recebendo o nome de Idade Média.
3. Denominação e Cronologia
Considerada o tempo do primitivismo, do
atraso e do empobrecimento a cultura
européia, a ponto de os ingleses terem
forjado a expressão que se tornou famosa
para designar o período: Dark Ages,
Anos Escuros ou Idade das Trevas, das
Sombras.
8. Origem
395: divisão do império (Governo de
Teodósio)
Império Romano do Oriente ou
Império Grego.
9.
10. Localização Geográfica
Constantinopla – capital.
– Antiga Bizâncio, hoje Istambul (TUR).
– Local privilegiado estrategicamente –
contatos entre Oriente e Ocidente, rota de
comércio.
Comércio ativo + produção agrícola
próspera = riquezas.
Resistência às invasões bárbaras.
11.
12. Características Gerais
Nunca houve unidade racial; ali viviam latinos,
gregos, semitas, germanos; eslavos, etc.
Em termos lingüísticos, o latim permaneceu
como idioma nacional por um bom tempo,
porém o grego acabou predominando como
língua oficial no séc. VII.
Extremamente religiosos, os bizantinos se
envolveram em várias disputas teológicas que
até acabavam em guerras civis.
13. Economia
Estado centralizador.
Agricultura: latifúndios, controlados pela Igreja
(mosteiros católicos) e por uma nobreza
latifundiária. Todo o trabalho era feito por
colonos livres e escravos, situação inversa do
que ocorreu com a produção rural feudal do
Ocidente.
Intenso desenvolvimento comercial: artigos de
luxo (perfumes, tecido de seda, porcelana,
peças de vidro, etc).
14. Política
O Império Bizantino era governado por
uma monarquia centralizada, despótica e
teocrática. O imperador comandava o
exército e a Igreja, sendo considerado um
representante de Deus e possuindo um
grande poder.
CESAROPAPISMO: Imperador = chefe
do exército + Igreja
15. Governo de Justiniano (527-565)
Conquistas territoriais.
– Península Itálica +
Península Ibérica + Norte da
África.
Compilação do Direito Romano
– CORPUS JURIS CÍVILIS
– Poderes ilimitados ao
imperador.
– Privilégios para a Igreja e
para a nobreza.
– Marginalização de colonos e
escravos.
16.
17. Governo de Justiniano (527-565)
Criação do “Sólidus”
Burocracia centralizada +
gastos militares + impostos.
– Revoltas populares
(Sedição de Nike)
Igreja de Santa Sofia (estilo
bizantino – majestosidade)
22. Religião
Surgimento de heresias:
– MONOFISISTAS – negação da santíssima
trindade (Cristo apenas com natureza divina);
– ICONOCLASTAS – destruição de imagens
(ícones).
1054: GRANDE CISMA DO ORIENTE:
– Igreja Cristã Ortodoxa (Patriarca de
Constantinopla);
– Igreja Católica Apostólica Romana (Papa).
23. Decadência
séc. VII e VIII – invasões de bárbaros e
árabes;
séc. XI – XIII – alvo das Cruzadas;
1453 – Conquistados pelos Turcos
Otomanos (marco histórico que delimita
oficialmente o fim da Idade Média e
início da Idade Moderna.
24. Legado Cultural
Estado multi-étnico: mescla de elementos
diversos (idioma grego, religião cristã,
romano, gosto pelo requinte oriental, a
arquitetura de inspiração persa etc)
Artes: combinaram luxo e exotismo oriental
com equilíbrio e leveza greco-romano.
Arquitetura: Igreja de Santa Sofia (Mosaicos
coloridos e cúpulas arredondadas)
Corpus Juris Civilis.
26. Localização Geográfica
Localizou-se na
Península Arábica,
entre o mar
Vermelho e o Golfo
Pérsico. 5/6 do
território
corresponde a áreas
desérticas
pontilhadas de oásis.
27. Arábia Pré-Islâmica
Descentralizados, possuindo cada tribo autonomia e
diversidade cultural e lingüística. Eram politeístas e
idólatras.
Tribos do interior (beduínos): nômades, viviam do
pastoreio e saque (botim).
Tribos do litoral ou urbanas: faixa costeira do Mar
Vermelho e do sul na península, cujas condições
climáticas e fertilidade do solo favoreciam a sobrevivência
e a sedentarização. Destacam-se Meca e Iatreb, grandes
centros comerciais. Em Meca, a tribo dos coraixitas
possuíam maior prestígio e poder graças a Caaba,
santuário da Pedra Negra, abrigando os mais de 360
ídolos de todos os deuses cultuados pelas diversas tribos.
28. Arábia Islâmica
Centralização, monoteísmo e iconoclastia
Maomé (570-632): processo de unificação
Percorreu diversas terras através de
caravanas, e de religiões monoteístas
(judaísmo e cristianismo) cria as bases de
sua profetização.
29. Arábia Islâmica
Centralização, monoteísmo e iconoclastia
Maomé (570-632): processo de unificação
Percorreu diversas terras através de
caravanas, e de religiões monoteístas
(judaísmo e cristianismo) cria as bases de
sua profetização.
30. Arábia Islâmica
Maomé: nasceu em 560 d.C., coraixita,
porém de família pobre. Órfão, foi educado
pelo tio, participando de várias caravanas.
Teve contato com o cristianismo e o
judaísmo.
Casou-se com Cadja, proprietária de uma
caravana – passou mais tempo dedicando-
se á contemplação religiosa.
31. Arábia Islâmica
Aos 41 anos teve a primeira visão do anjo
Gabriel que lhe disse: "Há um só deus,
ALÁ, e um só profeta, MAOMÉ."Contou
sobre esta e outras aparições aos
parentes e os foi convertendo. Confiante,
passou a pregar aos coraixitas.
32. Arábia Islâmica
Suas pregações entram
em choque com a idolatria
da Caaba, culminando em
sua perseguição pelos
Coraixitas. Hégira.
Volta e conquista Meca.
Morre em 632, deixando a
Arábia unificada
33. Expansão Árabe
1ª fase: expansão interna (unificação) – até 632.
2ª fase: após a morte do Profeta, a expansão foi
comandada por califas.
– Fatores internos: crescimento demográfico árabe,
terras para a agricultura e o Djihad.
– Fatores externos: o enfraquecimento dos impérios
bizantino e persa, devido as freqüentes lutas entre
eles, facilitando a penetração árabe no oriente. Já
no ocidente, os muçulmanos souberam aproveitar
as fraquezas dos Estados bárbaros
descentralizados.
34. 632 a 661: primeiras conquistas no oriente
(Egito, Síria, Pérsia e Palestina).
35. 661 a 750: expansão para o ocidente (dinastia
Omíada). Gibral Tarik (711) atravessou o estreito que
leva seu nome e o avanço árabe só é detido em 732,
na Batalha de Poitiers, nos Pireneus, pelo franco Carlos
Martel.
36. 750 a 1258: dinastia Abássida. A grande extensão do
Império Árabe e as disputas políticas e religiosas
internas conduziram ao seu desmembramento em
califados independentes (de Bagdá, do Cairo, de
Córdova).
37. Expansão Árabe
Conseqüências:
– Mesmo sem conquistar toda a Europa,
ela foi isolada. Fecharam a principal
via de comércio com o Oriente – O
Mar Mediterrâneo.
– Acelerou a ruralização e a formação
do feudalismo.
38. Religião
Islamismo – Islão =
submissão à Alá
Muslim = seguidor de alá
Livro sagrado: Al Corão
Predestinação: desencoraja
a revolta social, levando à
conformidade diante da
desigualdade.
Maomé
39. Religião
Princípios fundamentais:
1) Crer em Alá, o único Deus, e em Maomé,
seu profeta;
2) rezar cinco vezes ao dia em direção a
Meca;
3) ser caridoso (dar esmolas);
4) jejuar no mês de Ramadã;
5) ir em peregrinação a Meca pelo menos
uma vez durante a vida.
40. Religião
DJIHAD (guerra santa)
“A espada é a chave do céu e do inferno.
Quem a desembainhar pela causa da fé
islâmica será recompensado por Alá.”
Essa luta pela conversão dos infiéis foi o
grande motivador da expansão
muçulmana.
41. Religião
É a terceira religião monoteísta;
Possuem ascendência hebraica
42. Abraão
Isaac
Judaísmo
Ismael
Pai dos outros povos árabesJesus
Cristianismo
Igreja Ortodoxa 400 d.c. Maomé Islã
Muçulmano apróx. 400 d.c.
Igreja Católica
Apostólica e Romana
400 d.c .
Igreja Protestante/Evangélica
Luterana, Anglicana
Batista e todas as outras
1500 d.c.
Espiritismo
Surge na França
Em 1700-1800 d.c.
43.
44. Religião
Com a perda da unidade religiosa após a morte
de Maomé, surgiram diversas seitas:
Sunitas: menos radicais, adotavam como livro
sagrado o Sunna, contendo os atos e ditos de
Maomé; eram partidários de um chefe de Estado
eleito pelos crentes e falível, por ser humano)
Xiitas (radicais, só aceitavam o Corão como
fonte da verdade e descendentes do profeta
como lideres de Estado infalíveis).
46. Legado Cultural
Por respeitarem os povos conquistados,
permitindo-lhes conservarem seus
hábitos e costumes, acabaram por
assimilar o patrimônio cultural de outras
civilizações, enriquecendo-o com
contribuições próprias.
47. Legado Cultural
A escultura e a pintura:
pouca atenção,
(idolatria)
Grande utilização de
arabescos.
48. Legado Cultural
arquitetura: construção de
Mesquitas (templos) e
Minaretes (torres).
Influência bizantina e
persa, com cúpulas, arcos
em ferradura e colunas
torcidas. Decoração de
arabescos (motivos
geométricos e vegetais).
49.
50. Legado Cultural
literatura: grande
contribuição persa.
Destaque para o
Rubayyat, de Omar
Khayyam, e As mil e uma
noites, coletânea de
contos eróticos, fábulas e
aventuras das literaturas
orientais.
51. Legado Cultural
Matemática: sistema numérico indo-arábico,
trigonometria e álgebra.
Física: fundamentos da óptica (refração da
luz).
Química (alquimia): busca da pedra filosofal
e do elixir da longa vida os levou a criação
de métodos (destilação, filtração,
sublimação) e substâncias (nitrato de prata,
carbonato de sódio, ácidos nítrico e
sulfúrico, etc).
52. Legado Cultural
Medicina: combate a doenças epidêmicas.
Destaque: Avicena e sua obra Canon.
História: Ibn-Kaldum (a evolução histórica e
os fatores materiais).
Filosofia: preservaram os conhecimentos de
Aristóteles e Platão, discutidos por Averróis,
divulgados na Europa, influenciando a
efervescência cultural européia da B.I.M.
53. Legado Cultural
A civilização islâmica, assim como, sua
contemporânea bizantina, influenciou
profundamente o pensamento e em conseqüência
a vida do Ocidente europeu. O intenso
desenvolvimento econômico do Império Árabe
afetou substancialmente a Europa feudal no final
da Idade Média, estimulando sobremaneira o
comércio. Os árabes levaram para o ocidente não
só mercadorias, mas a filosofia grega, a muito
esquecida, novas técnicas de agricultura,
invenções chinesas como a bússola, a pólvora e o
papel, além de inúmeras outras contribuições.
55. QUEM ERAM OS BÁRBAROS?
OS GREGOS E DEPOIS OS ROMANOS
CHAMAVAM DE “BÁRBAROS” OS POVOS QUE
VIVIAM ALÉM DOS DOMÍNIOS DE SUA
CIVILIZAÇÃO E SE MOSTRAVAM AVESSOS À
SUA CULTURA.
EM RELAÇÃO A ROMA, BÁRBARO ERA O
POVO NÃO-SUBMETIDO AO IMPÉRIO, QUE
FALAVA LÍNGUA DIVERSA D LATIM E DO
GREGO, ADOTAVA OUTRAS REGRAS
JURÍDICAS E UM MODO DE VIDA DIFERENTE
DO ROMANO.
56.
57. Visão Estereotipada
O historiador Amiano marcelino, que era
oficial do exército romano, descreveu
algumas características dos hunos:
Os Hunos tem um modo de vida muito rude.
Não cozinham, nem temperam os alimentos.
Comem raízes de plantas e carne semicrua
de qualquer animal.
58. Visão Estereotipada
Vestem-se com tecidos de linho ou com peles de
animeias cozidas umas às outras. Depois de vestir
suas roupas, não as tiram do corpo, até que o
tempo as desfaçam em pedaços.
Não possuem casas, nem cabanas, nem
constroem túmulos para seus mortos. Vivem
sempre montados em seus cavalos. É assim que
compram e vendem, comem e bebem . Agarrados
ao pescoço do cavalo, dormem em sono profundo.
59. Visão Estereotipada
Não se dedicam à
agricultura. Passam a vida
andando pelas montanhas e
florestas. Não tem nenhuma
forma de organização
estável. Parece que estão
sempre fugindo em seus
cavalos e carroças.
60. Características Gerais
Economia agropastoril.
Ausência de comércio e moeda.
Ausência de escrita.
Inicialmente politeístas.
Inicialmente sem propriedade
privada.
Poder político = casta de
guerreiros.
Direito Consuetudinário: ordálio.
COMITATUS
61. Bárbaros e Romanos
FASE DAS
MIGRAÇÕES: SÉCULOS
III E IV
Os germanos
entraram nos
domínios do Império
romano de forma
pacífica, por meio de
acordos com o
próprio governo de
Roma
62. FASE DAS INVASÕES:
A PARTIR DO SÉC. V
Corresponde ao
período em que os
germanos entram no
Império Romano de
forma violenta e
brutal