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TERAPIA DE ACEITAÇÃO E
COMPROMISSO
Aplicada aos Sintomas Psicóticos
ACT
ACT
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
 Pragmátismo (William James, Peirce, G. Mead,
Dewey);
“A educação é um processo social, é
desenvolvimento. Não é a preparação para a vida,
é a própria vida” John Dewey.
 Contextualismo Funcional (procura predizer e
influenciar eventos utilizando conceitos empíricos e
regras).
 Comportamentalismo Radical
O comportamento verbal é um comportamento
operante, agindo sobre o ambiente e sofrendo as
consequências da alteração que provoca nele
(Skinner, 1957/1992)
 Teoria dos Marcos Relacionais (Hayes)
é uma Teoria Psicológica da linguagem e da
cognição, que introduz o conceito de Resposta
Relacional
ACT
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
ACT
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
 A ACT pode alinha-se com um conjunto de terapias
que surgiram nos últimos anos;
Psicoterapia
Analítico
Funcional
Terapia
Dialéctica
Terapia
Cognitiva
Baseada no
Mindfulness
Terapia de
Aceitação e
Compromisso
Terapias Comportamentais de 3.ª Geração
ACT
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Terapias Comportamentais de 3.ª Geração
redução da
fusão de
cognições
mindfulness
(atenção
plena)
estratégias
de aceitação
 Apesar de não serem provenientes de um mesmo lugar nem
compartilhando um factor comum distinto que as identifique,
dão ênfase a três estratégias.
ACT
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A pessoa aceite o aquilo que não
se pode mudar.
• Aceite os aspectos da sua experiência
(como são os pensamentos, as emoções,
as visões, as vozes, etc.)
Comprometa-se a actuar para
alterar o que se pode.
• Não permitir que as experiências que não
pode mudar paralisem a sua vida
ACT
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Estabelecimento
de um estado de
Desesperança
criativa
• Consiste em fazer ver
ao cliente que aquilo
que está fazendo para
solucionar o seu
problema não funcionou
para sair da situação
O controlo é o
problema, não a
solução
• Implica mostrar ao
cliente que os seus
intentos para controlar
ou eliminar não são a
solução, sendo que,
para além disso são em
si mesmo parte do
problema
Reduzir a fusão
com a linguagem
• Romper a relação
existente entre os
pensamentos e os
comportamentos,
distanciando-se da
linguagem tomada
como algo literal.
ACT
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Diferenciar o eu
do conteúdo
(comportamento) do
eu como contexto
(a pessoa)
• Consiste em criar um
sentido transcendente
da pessoa em que ela
se vê a si mesma como
o contexto ou o lugar
no qual se dão os
distintos
comportamentos por
ela realizados.
Esclarecimento
dos valores do
cliente.
• Consiste em esclarecer
o que é importante
para a vida de uma
pessoa. Enquanto se
intenta promover
precisamente as
actuações que vão de
encontro aos seus
valores.
Desenvolver a
vontade e o
compromisso.
• Fazer com que a
pessoa seja
responsável dos
seus actos e da sua
vida, enquanto que
aceita aquilo que na
vida não se pode
alterar.
ACT
MODELO PSICOPATOLÓGICO (A EVITAÇÃO EXPERIENCIAL)
A pessoa não está disposta a entrar em
contacto com os seus eventos privados
valorados ou experimentados como negativos
(por exemplo, as suas sensações corporais,
pensamentos, recordações, “vozes”, etc.)
Actua deliberadamente para diminuir ou
eliminar tanto a forma como a frequência
dessas experiências, assim como as
condições que as geram
A Curto Prazo
(Resposta Funcional)
ACT
MODELO PSICOPATOLÓGICO (A EVITAÇÃO EXPERIENCIAL)
A pessoa não está disposta a entrar em
contacto com os seus eventos privados
valorados ou experimentados como negativos
(por exemplo, as suas sensações corporais,
pensamentos, recordações, “vozes”, etc.)
Actua deliberadamente para diminuir ou
eliminar tanto a forma como a frequência
dessas experiências, assim como as
condições que as geram
A Longo Prazo
(Transtorno de Evitação
Experiencial )
ACT
MODELO PSICOPATOLÓGICO (A EVITAÇÃO EXPERIENCIAL)
INPUT
Sensações
Conteúdos
PROCESSING
Elaboração da
Resposta
Funcional
(As respostas
mostram uma
EQUIVALÊNCIA
FUNCIONAL na
modificação ou
eliminação da
experiência privada
não desejada)
OUTPUT
Evitação
Experiencial
 A maior parte das terapias cognitivas ou
cognitivo comportamentais têm como objectivo
principal no caso das psicoses, a eliminação
das alucinações e dos delírios. Isto é, a ênfase
destas terapias está centrado na alteração do
conteúdo das experiências privadas que não
são desencadeadas pelo paciente.
 Contudo, existem evidências que
paradoxalmente a tentativa activa de suprimir
os sintomas psicóticos pode incrementá-los
ACT
APLICADA A SINTOMAS PSICÓTICOS
 A intervenção proposta pela ACT no âmbito das
psicoses como uma alternativa cuja ênfase está
colocada no câmbio da relação da pessoa perante
o conteúdo antes evitado, mais do que a sua
alteração.
 Procura-se uma modificação da própria reacção de
cada um perante a sua experiência privada, e não
uma modificação.
 Propõe é alterar a função dos eventos privados
evitados mediante a alteração do contexto verbal
em que estas experiências se produzem.
ACT
APLICADA A SINTOMAS PSICÓTICOS
ACT
APLICADA A SINTOMAS PSICÓTICOS
 Ensinar a adoptar uma postura aberta que dê
cabimento ao conteúdo psicológico perturbador
enquanto se focaliza na alteração
comportamental em direcção aos seus valores.
 Ensinar de maneira experiencial (sem instruir)
o paciente a tomar distância no que diz
respeito às suas cognições (distanciar-se do
conteúdo literal dos seus eventos privados sem
começar a discutir se essas cognições são
reais).
ACT
APLICADA A SINTOMAS PSICÓTICOS
 O terapeuta adopta uma atitude mais psico-
educativa e colaborativa.
 metáforas fisicalizantes (específicas para a população
psicótica);
 Técnicas e exercícios que impliquem estratégias de
mindfulness;
 Que o paciente psicótico empreenda actos para
alcançar objectivos e metas orientadas para os seus
valores (faz-se ver aos pacientes através de perguntas
simples e adaptadas às suas características, como as
tentativas de controlar a sintomatologia têm interferido ou
impedido de atingir os objectivos de vida)
ACT
ESTUDOS CASO 1
 Um jovem de 17 anos de idade;
 Diagnóstico de “psicose esquizofrénica”;
 Tratado desde há 15 meses com diversas
variações de fármacos neurolépticos sem
resultados efectivos.
ACT
ESTUDOS CASO 1
 O paciente iniciou a terapia psicológica queixando-
se de escutar vozes (um mínimo de 20 vezes ao
dia).
 Não apresentou ideias delirantes durante a terapia.
 Realizaram-se duas sessões de uma hora por
semana, durante 9 semanas. No total de 18
sessões
ACT
ESTUDOS CASO 1
Os objectivos principais do tratamento
com este paciente foram os ante
propostos para esta terapia,:
 Criação de um estado de desesperança
criativa, faze-lo ver que os intentos de
controlo são o problema (não a solução);
 Diferenciar entre a pessoa e o
comportamento, abandonar a luta contra
os sintomas e estabelecer o
compromisso de actuar
ACT
ESTUDOS CASO 1
 Os resultados mostram uma redução da
sintomatologia positiva:
 passou a apresentar uma média de 25 vozes por dia
permanecendo assintomático durante 3 meses;
 Manutenção dos resultados durante 20 semanas,
apesar da redução da medicação neuroléptica em mais
de 40%;
 Mas de acordo com a filosofia da ACT que os
resultados referentes à sintomatologia foram os que
fazem menção à conduta do paciente no que respeita
às suas metas e valores, o paciente retomou os seus
estudos que previamente à terapia havia abandonado.
Além disso, começou a planear novas metas para a
sua vida.
ACT
ESTUDOS CASO 2
 Um paciente diagnosticado com esquizofrenia num
paciente de 17 anos de idade.
 Tratava-se com anti-depressivos desde os 13 anos
e depois de sair do colégio;
 Teve dois internamentos hospitalares. Ao chegar à
terapia, este paciente estava em tratamentos
farmacológico (anti-depressivos, neurolépticos e
ansiolíticos);
 Não estuda, não trabalha, não sai de casa, e a
relação com os seus pais é má.
 Apresenta principalmente alucinações auditivas,
delírios
ACT
ESTUDOS CASO 2
 A intervenção esteve dirigida ao paciente
como para os seus pais de maneira
separada.
 Sugeriu-se que extinguissem as condutas
desadaptativas, enquanto prestavam mais
atenção aos comportamentos mais adaptados,
assim como o estabelecimento de normas claras
em casa
 Realizaram-se sessões semanais, duas das
quais foram de avaliação e 19 de
intervenção e 8 de seguimento
ACT
ESTUDOS CASO 2
 Os resultados mostram:
 A partir da sessão 3 o paciente começa a realizar
acções em direcção aos seus valores, algo que
aumentará ao longo da intervenção e no
acompanhamento.
 As vozes reduziram-se até ao ponto de
desaparecerem por completo a partir da sessão
7.
 Na última sessão de acompanhamento, a
paciente levada um ano sem tomar medicação
que lhe havia sido prescrita e havia recuperado
muitas das facetas valiosas que havia perdido
(trabalho, namorado, amigos, etc.).
ACT
ESTUDOS CASO 3
 Diagnóstico de esquizofrenia;
 Mulher de 28 anos de idade
 Vivia com os seus pais
 Primeiros sintomas apareceram 3 anos antes.
 Internamento numa instituição de Saúde Mental.
 Estava em tratamento farmacológico com neurolépticos.
 Apresentava delírios, níveis elevados de ansiedade,
componentes motoras muito rígidas e estava muito
centrada nos seus delírios.
 Afirmava não estar contente com a sua vida e a
necessidade que lhe tirassem certos pensamentos da sua
cabeça.
 Apenas sai com os seus amigos, a relação com os seus
pais era má, não saia e não confiava nas pessoas.
ACT
ESTUDOS CASO 3
 Os resultados mostraram:
 Uma redução nas verbalizações delirantes
(chegando a desaparecer a partir da sessão 22).
 Por sua vez, observa-se um aumento da
actuação em direcção aos valores.
 Enquanto aos delírios tratou-se de romper a
relação entre o pensar (ou sentir) num sentido e
actuar dessa mesma maneira. Com efeito,
mediante o delírio a pessoa não só evitaria um
evento privado aversivo, no entanto, por sua
vez, “constroem” – psicóticamente uma
realidade que suplantaria ou justificaria a
situação em que fala
ACT
 A ACT apresenta uma concepção que vai contra a
cultura clínica dominante, a qual está principalmente
orientada para o controlo da sintomatologia como
requisito prévio para que a pessoa actue. É neste
contexto que a ACT poderá encontrar dificuldades ou
resistências provenientes do paciente, família e
comunidade pelo seu carácter, precisamente, de terapia
paradoxal.
 Esta terapia apresenta-se como um tratamento focado
na alteração das relações que o paciente tem com os
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Apresentação Terapia de Aceitação e Compromisso

  • 1. TERAPIA DE ACEITAÇÃO E COMPROMISSO Aplicada aos Sintomas Psicóticos ACT
  • 2. ACT FUNDAMENTOS TEÓRICOS  Pragmátismo (William James, Peirce, G. Mead, Dewey); “A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida” John Dewey.  Contextualismo Funcional (procura predizer e influenciar eventos utilizando conceitos empíricos e regras).
  • 3.  Comportamentalismo Radical O comportamento verbal é um comportamento operante, agindo sobre o ambiente e sofrendo as consequências da alteração que provoca nele (Skinner, 1957/1992)  Teoria dos Marcos Relacionais (Hayes) é uma Teoria Psicológica da linguagem e da cognição, que introduz o conceito de Resposta Relacional ACT FUNDAMENTOS TEÓRICOS
  • 4. ACT FUNDAMENTOS TEÓRICOS  A ACT pode alinha-se com um conjunto de terapias que surgiram nos últimos anos; Psicoterapia Analítico Funcional Terapia Dialéctica Terapia Cognitiva Baseada no Mindfulness Terapia de Aceitação e Compromisso Terapias Comportamentais de 3.ª Geração
  • 5. ACT FUNDAMENTOS TEÓRICOS Terapias Comportamentais de 3.ª Geração redução da fusão de cognições mindfulness (atenção plena) estratégias de aceitação  Apesar de não serem provenientes de um mesmo lugar nem compartilhando um factor comum distinto que as identifique, dão ênfase a três estratégias.
  • 6. ACT FUNDAMENTOS TEÓRICOS A pessoa aceite o aquilo que não se pode mudar. • Aceite os aspectos da sua experiência (como são os pensamentos, as emoções, as visões, as vozes, etc.) Comprometa-se a actuar para alterar o que se pode. • Não permitir que as experiências que não pode mudar paralisem a sua vida
  • 7. ACT FUNDAMENTOS TEÓRICOS Estabelecimento de um estado de Desesperança criativa • Consiste em fazer ver ao cliente que aquilo que está fazendo para solucionar o seu problema não funcionou para sair da situação O controlo é o problema, não a solução • Implica mostrar ao cliente que os seus intentos para controlar ou eliminar não são a solução, sendo que, para além disso são em si mesmo parte do problema Reduzir a fusão com a linguagem • Romper a relação existente entre os pensamentos e os comportamentos, distanciando-se da linguagem tomada como algo literal.
  • 8. ACT FUNDAMENTOS TEÓRICOS Diferenciar o eu do conteúdo (comportamento) do eu como contexto (a pessoa) • Consiste em criar um sentido transcendente da pessoa em que ela se vê a si mesma como o contexto ou o lugar no qual se dão os distintos comportamentos por ela realizados. Esclarecimento dos valores do cliente. • Consiste em esclarecer o que é importante para a vida de uma pessoa. Enquanto se intenta promover precisamente as actuações que vão de encontro aos seus valores. Desenvolver a vontade e o compromisso. • Fazer com que a pessoa seja responsável dos seus actos e da sua vida, enquanto que aceita aquilo que na vida não se pode alterar.
  • 9. ACT MODELO PSICOPATOLÓGICO (A EVITAÇÃO EXPERIENCIAL) A pessoa não está disposta a entrar em contacto com os seus eventos privados valorados ou experimentados como negativos (por exemplo, as suas sensações corporais, pensamentos, recordações, “vozes”, etc.) Actua deliberadamente para diminuir ou eliminar tanto a forma como a frequência dessas experiências, assim como as condições que as geram A Curto Prazo (Resposta Funcional)
  • 10. ACT MODELO PSICOPATOLÓGICO (A EVITAÇÃO EXPERIENCIAL) A pessoa não está disposta a entrar em contacto com os seus eventos privados valorados ou experimentados como negativos (por exemplo, as suas sensações corporais, pensamentos, recordações, “vozes”, etc.) Actua deliberadamente para diminuir ou eliminar tanto a forma como a frequência dessas experiências, assim como as condições que as geram A Longo Prazo (Transtorno de Evitação Experiencial )
  • 11. ACT MODELO PSICOPATOLÓGICO (A EVITAÇÃO EXPERIENCIAL) INPUT Sensações Conteúdos PROCESSING Elaboração da Resposta Funcional (As respostas mostram uma EQUIVALÊNCIA FUNCIONAL na modificação ou eliminação da experiência privada não desejada) OUTPUT Evitação Experiencial
  • 12.  A maior parte das terapias cognitivas ou cognitivo comportamentais têm como objectivo principal no caso das psicoses, a eliminação das alucinações e dos delírios. Isto é, a ênfase destas terapias está centrado na alteração do conteúdo das experiências privadas que não são desencadeadas pelo paciente.  Contudo, existem evidências que paradoxalmente a tentativa activa de suprimir os sintomas psicóticos pode incrementá-los ACT APLICADA A SINTOMAS PSICÓTICOS
  • 13.  A intervenção proposta pela ACT no âmbito das psicoses como uma alternativa cuja ênfase está colocada no câmbio da relação da pessoa perante o conteúdo antes evitado, mais do que a sua alteração.  Procura-se uma modificação da própria reacção de cada um perante a sua experiência privada, e não uma modificação.  Propõe é alterar a função dos eventos privados evitados mediante a alteração do contexto verbal em que estas experiências se produzem. ACT APLICADA A SINTOMAS PSICÓTICOS
  • 14. ACT APLICADA A SINTOMAS PSICÓTICOS  Ensinar a adoptar uma postura aberta que dê cabimento ao conteúdo psicológico perturbador enquanto se focaliza na alteração comportamental em direcção aos seus valores.  Ensinar de maneira experiencial (sem instruir) o paciente a tomar distância no que diz respeito às suas cognições (distanciar-se do conteúdo literal dos seus eventos privados sem começar a discutir se essas cognições são reais).
  • 15. ACT APLICADA A SINTOMAS PSICÓTICOS  O terapeuta adopta uma atitude mais psico- educativa e colaborativa.  metáforas fisicalizantes (específicas para a população psicótica);  Técnicas e exercícios que impliquem estratégias de mindfulness;  Que o paciente psicótico empreenda actos para alcançar objectivos e metas orientadas para os seus valores (faz-se ver aos pacientes através de perguntas simples e adaptadas às suas características, como as tentativas de controlar a sintomatologia têm interferido ou impedido de atingir os objectivos de vida)
  • 16. ACT ESTUDOS CASO 1  Um jovem de 17 anos de idade;  Diagnóstico de “psicose esquizofrénica”;  Tratado desde há 15 meses com diversas variações de fármacos neurolépticos sem resultados efectivos.
  • 17. ACT ESTUDOS CASO 1  O paciente iniciou a terapia psicológica queixando- se de escutar vozes (um mínimo de 20 vezes ao dia).  Não apresentou ideias delirantes durante a terapia.  Realizaram-se duas sessões de uma hora por semana, durante 9 semanas. No total de 18 sessões
  • 18. ACT ESTUDOS CASO 1 Os objectivos principais do tratamento com este paciente foram os ante propostos para esta terapia,:  Criação de um estado de desesperança criativa, faze-lo ver que os intentos de controlo são o problema (não a solução);  Diferenciar entre a pessoa e o comportamento, abandonar a luta contra os sintomas e estabelecer o compromisso de actuar
  • 19. ACT ESTUDOS CASO 1  Os resultados mostram uma redução da sintomatologia positiva:  passou a apresentar uma média de 25 vozes por dia permanecendo assintomático durante 3 meses;  Manutenção dos resultados durante 20 semanas, apesar da redução da medicação neuroléptica em mais de 40%;  Mas de acordo com a filosofia da ACT que os resultados referentes à sintomatologia foram os que fazem menção à conduta do paciente no que respeita às suas metas e valores, o paciente retomou os seus estudos que previamente à terapia havia abandonado. Além disso, começou a planear novas metas para a sua vida.
  • 20. ACT ESTUDOS CASO 2  Um paciente diagnosticado com esquizofrenia num paciente de 17 anos de idade.  Tratava-se com anti-depressivos desde os 13 anos e depois de sair do colégio;  Teve dois internamentos hospitalares. Ao chegar à terapia, este paciente estava em tratamentos farmacológico (anti-depressivos, neurolépticos e ansiolíticos);  Não estuda, não trabalha, não sai de casa, e a relação com os seus pais é má.  Apresenta principalmente alucinações auditivas, delírios
  • 21. ACT ESTUDOS CASO 2  A intervenção esteve dirigida ao paciente como para os seus pais de maneira separada.  Sugeriu-se que extinguissem as condutas desadaptativas, enquanto prestavam mais atenção aos comportamentos mais adaptados, assim como o estabelecimento de normas claras em casa  Realizaram-se sessões semanais, duas das quais foram de avaliação e 19 de intervenção e 8 de seguimento
  • 22. ACT ESTUDOS CASO 2  Os resultados mostram:  A partir da sessão 3 o paciente começa a realizar acções em direcção aos seus valores, algo que aumentará ao longo da intervenção e no acompanhamento.  As vozes reduziram-se até ao ponto de desaparecerem por completo a partir da sessão 7.  Na última sessão de acompanhamento, a paciente levada um ano sem tomar medicação que lhe havia sido prescrita e havia recuperado muitas das facetas valiosas que havia perdido (trabalho, namorado, amigos, etc.).
  • 23. ACT ESTUDOS CASO 3  Diagnóstico de esquizofrenia;  Mulher de 28 anos de idade  Vivia com os seus pais  Primeiros sintomas apareceram 3 anos antes.  Internamento numa instituição de Saúde Mental.  Estava em tratamento farmacológico com neurolépticos.  Apresentava delírios, níveis elevados de ansiedade, componentes motoras muito rígidas e estava muito centrada nos seus delírios.  Afirmava não estar contente com a sua vida e a necessidade que lhe tirassem certos pensamentos da sua cabeça.  Apenas sai com os seus amigos, a relação com os seus pais era má, não saia e não confiava nas pessoas.
  • 24. ACT ESTUDOS CASO 3  Os resultados mostraram:  Uma redução nas verbalizações delirantes (chegando a desaparecer a partir da sessão 22).  Por sua vez, observa-se um aumento da actuação em direcção aos valores.  Enquanto aos delírios tratou-se de romper a relação entre o pensar (ou sentir) num sentido e actuar dessa mesma maneira. Com efeito, mediante o delírio a pessoa não só evitaria um evento privado aversivo, no entanto, por sua vez, “constroem” – psicóticamente uma realidade que suplantaria ou justificaria a situação em que fala
  • 25. ACT  A ACT apresenta uma concepção que vai contra a cultura clínica dominante, a qual está principalmente orientada para o controlo da sintomatologia como requisito prévio para que a pessoa actue. É neste contexto que a ACT poderá encontrar dificuldades ou resistências provenientes do paciente, família e comunidade pelo seu carácter, precisamente, de terapia paradoxal.  Esta terapia apresenta-se como um tratamento focado na alteração das relações que o paciente tem com os seus sintomas e não na alteração dos mesmos.  É incompatível com outras abordagens terapêuticas centradas, por exemplo, na alteração das crenças metacognitivas.