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Universidade Estadual do Maranhão-UEMA
Centro de Estudos Superiores de Coroatá-CESCOR
Curso: Bacharel em Enfermagem
Disciplina: INFECTOLOGIA
Heloiza Nayla, João, Lucas, Marcos,Mateus, Osmarino
O tétano é uma doença infecciosa aguda, não contagiosa, resultante do
binômio solução de continuidade de pele/mucosa e contaminação pelo bacilo
Clostridium tetani
Relacionada a riscos ambientais e comportamentais do que como doença
transmissível; como tal, não se apresenta de forma epidêmica na comunidade,
embora ainda seja uma causa importante de morbimortalidade na maioria dos
países do mundo em desenvolvimento.
O C. tetani , descrita por Nicolaier em 1894, agente causador do tétano. isolada de
amostras de solo, fezes de animais e homem e das feridas tetanigenas. anaeróbio estrito,
produtor de esporo que lhe permite sobreviver em condições de aerobiose e produtor de
exotoxina que se fixa ao sistema nervoso.
Produz 3 toxinas: uma tetanospasmina neurotóxica; uma neurotoxina não
convulsivante; e uma tetanolisina.
A tetanospasmina é a toxina considerada pela grande maioria dos autores como a
porção de importância na patogenia do tétano.
A toxina se fixa no SN em 30 minutos após a inoculação na medula. por via
vascular (sangue e linfa) e por via nervosa.
age ao nível de transmissão sináptica dos neurônios motores inferiores,
mais precisamente, na sinapse dos neurônios neurônios internunciais da medula,
inibindo sua ação .
O tétano acidental não é uma doença transmitida de pessoa a pessoa. A transmissão
ocorre, geralmente, pela contaminação de um ferimento da pele ou mucosa.
O período de incubação é curto: em média de 5 a 15 dias, mas pode variar de 3 a 21
dias.
O bacilo é encontrado no trato intestinal dos animais, especialmente do homem e do
cavalo. Os esporos encontram-se no solo contaminado por fezes, na pele, poeira, entre
outros
A toxina produzida pela bactéria ataca principalmente o sistema nervoso
central. São sintomas do tétano rigidez muscular em todo o corpo, mas
principalmente no pescoço, dificuldade para abrir a boca (trismo) e engolir, riso
sardônico produzido por espasmos dos músculos da face. A contratura muscular
pode atingir os músculos respiratórios e pôr em risco a vida da pessoa.
 Espasmos musculares afetando de princípio, a
área da lesão e infecção;
 Contração dos músculos da mandíbula de
forma tão
intensa que a boca fica impedida de se abrir;
 Qualquer estímulo externo pode precipitar
espasmo
muscular generalizado tetânico;
 Paciente totalmente consciente, a dor pode ser
intensa e a morte é causada por interferência na
mecânica da
respiração.
O diagnóstico do tétano é clínico, ou seja, não depende de confirmação
laboratorial. Os exames laboratoriais auxiliam apenas no controle das complicações e
tratamento do paciente. O hemograma habitualmente é normal, exceto quando há
alguma outra infecção.
Intoxicação pela estricnina – há ausência de Trismo e de hipertonia generalizada,
durante os intervalos dos espasmos.
Meningites – há febre alta desde o início, ausência de Trismo, presença dos sinais de
Kerning e Brudzinsky, cefaleia e vômito.
Tetania – os espasmos são, principalmente, nas extremidades, sinais de Trousseau e
Chvostek presentes, hipocalcemia e relaxamento muscular entre os paroxismos.
Raiva – história de mordedura, arranhadura ou lambedura por animais, convulsão,
ausência de trismos, hipersensibilidade cutânea e alterações de comportamento.
Os princípios básicos do tratamento do tétano são:
• Sedação do paciente;
• Neutralização da toxina tetânica;
• Eliminação do C. tetani do foco da infecção;
• Debridamento do foco infeccioso;
• Medidas gerais de suporte.
O Tétano neonatal é uma doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa,
que acomete o recém-nascido (RN), nos primeiros 28 dias de vida, tendo como
manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade e choro
constante. A doença é causada por uma bactéria chamada Clostridium tetani.
A suscetibilidade do Tétano Neonatal é universal, afetando recém-nascidos de
ambos os sexos. A doença não confere imunidade.
O tétano neonatal não é transmitido de pessoa a pessoa e sim pela
contaminação do coto umbilical com os esporos da bactéria, que podem estar
presentes em instrumentos não esterilizados e utilizados para secção do cordão
umbilical, como tesoura e fios para laqueadura do cordão.
Os esporos da bactéria também podem estar presentes em produtos do
hábito cultural das populações, utilizados no curativo umbilical, como ervas, chás,
pós e pomadas, entre outros.
O recém-nascido apresenta, em caso de tétano neonatal, os seguintes
sinais e sintomas:
• choro excessivo;
• dificuldade para mamar e abrir a boca;
• irritabilidade;
• quando há presença de febre, ela é baixa;
• contraturas musculares ao manuseio ou espontâneas.
IMPORTANTE: O fato de não existir infecção no coto umbilical, não afasta a
confirmação do tétano neonatal.
Septicemia, meningites, hipoparatireoidismo, hipocalcemia, hipoglicemia,
alcalose, intoxicação por estricnina, encefalite, peritonites, distúrbios metabólicos
transitório, lesão intracraniana secundária ao parto
O diagnóstico do tétano neonatal é essencialmente clínico e não existe
exame laboratorial específico para confirmação do diagnóstico. Exames
laboratoriais são realizados apenas para controle das complicações e respectivas
orientações do tratamento.
• Septicemia – na sepse do RN pode haver hipertonia muscular, porém o estado geral
é grave e cursa com hipertermia ou hipotermia, alterações do sensório e evidências
do foco séptico (diarreia, onfalite, etc.). O trismo não é frequente nem ocorrem os
paroxismos espásticos.
• Encefalopatias – podem cursar com hipertonia e o quadro clínico geralmente é
evidente logo após o nascimento havendo alterações do sensório e crises
convulsivas. O trismo não é uma manifestação frequente.
Distúrbios metabólicos – hipoglicemia, hipocalcemia e alcalose.
• Outros diagnósticos diferenciais – principalmente, epilepsia, lesão intracraniana por
traumatismo do parto, peritonites, onfalites e meningites.
• consiste em:
• Sedação do paciente antes de qualquer procedimento (sedativos e miorrelaxantes de
ação central ou periférica).
• Adoção de medidas gerais que incluem manutenção de vias aéreas permeáveis
(entubar para facilitar a aspiração de secreções), hidratação, redução de qualquer
tipo de estímulo externo, alimentação por sonda e analgésicos.
• Utilização de IGHAT ou, em caso de indisponibilidade, administração do SAT.
• Antibioticoterapia: os fármacos de escolha são a penicilina G cristalina ou
metronidazol. Não há evidências suficientes que sustentem a superioridade de uma
droga em relação à outra, embora alguns dados mostrem maior benefício com o uso
do metronidazol.
IMPORTANTE: Outros sedativos e anticonvulsivantes (curare, hidrato de cloral a 10%,
fenobarbital) poderão ser utilizados a critério médico.
A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de
alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes,
metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem sempre
apresentam sintomas.
As hepatites virais são inflamações causadas por vírus que são classificados
por letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, mais de 70% (23.070) dos
óbitos por hepatites virais são decorrentes da Hepatite C, seguido da Hepatite B
(21,8%) e A (1,7%). O país registrou 40.198 casos novos de hepatites virais em 2017.
Fonte: Ministério da saúde.
Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de
higiene pessoal e dos alimentos (hepatite A e E);
Transmissão sanguínea, por de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates
de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D).
Ambientes médicos, laboratoriais, hospitalares e odontológicos, devem
atender as normas de uso de materiais descartáveis, esterilizações de materiais e
equipamentos para o controle de transmissão de infecções, dentre as quais se
encontram as hepatites virais;
Transmissão vertical: pode ocorrer durante a gravidez e o parto (HB, C e
Delta) A amamentação não está contraindicada caso sejam realizadas ações de
prevenção: a profilaxia para o recém-nascido: 1º dose da vacina e imunoglobulina
nas primeiras 12 horas e completar o esquema com as demais doses para
prevenção da hepatite B e D. Com relação à hepatite C, não existem evidências de
que a transmissão possa ser evitada com a contraindicação à amamentação (PCDT
Transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B e C, 2018). Transmissão sexual:
relação sexual desprotegida (hepatite A, B, C e Delta);
As hepatites são doenças que nem sempre apresentam sintomas,
mas, quando estes estão presentes podem ser:
Sintomas mais comuns da hepatite C:
Dor ou inchaço abdominal
Fadiga
Náusea e vômitos.
Perda de apetite
Febre
Urina escura
Coceira
Amarelamento da pele e olhos
Sangramento no esôfago ou no estômago
Sintomas mais comuns da hepatite A e B:
Dor ou desconforto abdominal
Dor muscular
Fadiga
Náusea e vômitos
Perda de apetite
Febre
Urina escura
Amarelamento da pele e olhos
A HD (Delta), é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da
presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa. Transmissão:
Assim como a do vírus B, ocorre por relações sexuais sem camisinha com
uma pessoa infectada; de mãe infectada para o filho durante a gestação,
o parto ou a amamentação; Sintomas: Da mesma forma que as outras
hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos
da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou
vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e
fezes claras.
A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode
ocorrer ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar
portadores de hepatite B crônica (quando a infecção persiste por mais de seis
meses). Na infecção simultânea dos vírus D e B, na maioria das vezes, manifesta-se
da mesma forma que hepatite aguda B. Já na infecção pelo vírus D em portadores
do vírus B, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas
fulminantes de hepatite.
Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água
ou alimentos contaminados pelo vírus. Como as outras variações da doença, quase não
apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou
vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Esses sinais costumam aparecer de 15 a 60 dias após a infecção.
Realizado por exame de sangue, no qual
se procura por anticorpos anti-HEV. Na maioria
dos casos, a doença não requer tratamento,
sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas,
recomendado repouso e dieta pobre em
gorduras.
É uma grave
inflamação do
fígado causada pelo
uso prolongado de
medicamentos que
podem causar
irritação no fígado.
Os sintomas da hepatite
medicamentosa surgem de
forma repentina,
normalmente após o uso do
medicamento.
O tratamento para hepatite
medicamentosa consiste na
suspensão imediata do
medicamento, ou a exposição
a qualquer substância tóxica
que pode ter causado a
doença.
Quando há suspeita de hepatite
medicamentosa, o médico
normalmente solicita o
hepatograma, que corresponde a
um grupo de exames que são
solicitados para avaliar o
funcionamento do fígado.
É um tipo de
hepatite causada
pelo uso
prolongado e
excessivo de
bebidas
alcoólicas.
Sintomas: Pele e olhos
amarelados, situação
chamada de icterícia;
Inchaço do corpo,
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Perda de apetite;
O diagnóstico da hepatite alcoólica é
feito por um hepatologista ou clínico
geral através de exames
laboratoriais, como dosagem de
enzimas que avaliam a função do
fígado e hemograma completo.
Uma das principais
indicações no
tratamento da hepatite
alcoólica é a
abstinência do álcool.
Pode ser feito por testes rápidos que dão o resultado em uma hora.
Também existem exames feitos em laboratório.
Testes Rápidos – Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos
serviços públicos de saúde para todas as pessoas.
Pré-natal – O exame de hepatite B também faz parte do rol de exames do pré-
natal. A gestante deve ser diagnosticada e será tratada, se houver indicação,
ainda durante a gravidez.
• Hepatite A
A HA normalmente é solucionada após algumas semanas, sendo recomendado pelo
médico repouso, alimentação pobre em gordura e carboidratos e ingestão de bastante
líquidos. Além disso, é recomendado evitar o consumo de álcool e de medicamentos que
podem prejudicar o funcionamento do fígado.
• Hepatite B
• Na HB aguda, o tratamento indicado pelo médico é o repouso, alimentação equilibrada,
suspensão do consumo de álcool por pelo menos 6 meses e uso de remédios para
aliviar os sintomas, como vômitos e febre, por exemplo, caso estejam presentes.
• Hepatite C
• O tratamento para a HC deve ser feito de acordo com a orientação do hepatologista, e
recomendado o uso de Interferon alfa, Ribavirina, ,e importante comunicar ao médico o
surgimento que qualquer efeito.
Microbiologia/ Editores Luiz Rachid Trabusi e Flavio Alterthum.-
5.ed.- São Paulo: Atheneu, 2008.
Microbiologia/ Luiz Rachid Trabusi...[et al.].-3.ed.- São Paulo:
Editora Atheneu, 1999.
DATI, Adriana et.al. Clostridium sp. 2006.Universidade de São Paulo
– Instituto de Ciências Biomédicas , São Paulo.
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5259/infecca
o_por_clostridium_difficile_em_adultos.htm

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Infectologia tetano neo e acidental

  • 1. Universidade Estadual do Maranhão-UEMA Centro de Estudos Superiores de Coroatá-CESCOR Curso: Bacharel em Enfermagem Disciplina: INFECTOLOGIA Heloiza Nayla, João, Lucas, Marcos,Mateus, Osmarino
  • 2. O tétano é uma doença infecciosa aguda, não contagiosa, resultante do binômio solução de continuidade de pele/mucosa e contaminação pelo bacilo Clostridium tetani Relacionada a riscos ambientais e comportamentais do que como doença transmissível; como tal, não se apresenta de forma epidêmica na comunidade, embora ainda seja uma causa importante de morbimortalidade na maioria dos países do mundo em desenvolvimento.
  • 3. O C. tetani , descrita por Nicolaier em 1894, agente causador do tétano. isolada de amostras de solo, fezes de animais e homem e das feridas tetanigenas. anaeróbio estrito, produtor de esporo que lhe permite sobreviver em condições de aerobiose e produtor de exotoxina que se fixa ao sistema nervoso. Produz 3 toxinas: uma tetanospasmina neurotóxica; uma neurotoxina não convulsivante; e uma tetanolisina. A tetanospasmina é a toxina considerada pela grande maioria dos autores como a porção de importância na patogenia do tétano.
  • 4. A toxina se fixa no SN em 30 minutos após a inoculação na medula. por via vascular (sangue e linfa) e por via nervosa. age ao nível de transmissão sináptica dos neurônios motores inferiores, mais precisamente, na sinapse dos neurônios neurônios internunciais da medula, inibindo sua ação .
  • 5. O tétano acidental não é uma doença transmitida de pessoa a pessoa. A transmissão ocorre, geralmente, pela contaminação de um ferimento da pele ou mucosa. O período de incubação é curto: em média de 5 a 15 dias, mas pode variar de 3 a 21 dias.
  • 6. O bacilo é encontrado no trato intestinal dos animais, especialmente do homem e do cavalo. Os esporos encontram-se no solo contaminado por fezes, na pele, poeira, entre outros
  • 7. A toxina produzida pela bactéria ataca principalmente o sistema nervoso central. São sintomas do tétano rigidez muscular em todo o corpo, mas principalmente no pescoço, dificuldade para abrir a boca (trismo) e engolir, riso sardônico produzido por espasmos dos músculos da face. A contratura muscular pode atingir os músculos respiratórios e pôr em risco a vida da pessoa.  Espasmos musculares afetando de princípio, a área da lesão e infecção;  Contração dos músculos da mandíbula de forma tão intensa que a boca fica impedida de se abrir;  Qualquer estímulo externo pode precipitar espasmo muscular generalizado tetânico;  Paciente totalmente consciente, a dor pode ser intensa e a morte é causada por interferência na mecânica da respiração.
  • 8. O diagnóstico do tétano é clínico, ou seja, não depende de confirmação laboratorial. Os exames laboratoriais auxiliam apenas no controle das complicações e tratamento do paciente. O hemograma habitualmente é normal, exceto quando há alguma outra infecção.
  • 9. Intoxicação pela estricnina – há ausência de Trismo e de hipertonia generalizada, durante os intervalos dos espasmos. Meningites – há febre alta desde o início, ausência de Trismo, presença dos sinais de Kerning e Brudzinsky, cefaleia e vômito. Tetania – os espasmos são, principalmente, nas extremidades, sinais de Trousseau e Chvostek presentes, hipocalcemia e relaxamento muscular entre os paroxismos. Raiva – história de mordedura, arranhadura ou lambedura por animais, convulsão, ausência de trismos, hipersensibilidade cutânea e alterações de comportamento.
  • 10. Os princípios básicos do tratamento do tétano são: • Sedação do paciente; • Neutralização da toxina tetânica; • Eliminação do C. tetani do foco da infecção; • Debridamento do foco infeccioso; • Medidas gerais de suporte.
  • 11. O Tétano neonatal é uma doença infecciosa aguda, grave, não contagiosa, que acomete o recém-nascido (RN), nos primeiros 28 dias de vida, tendo como manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. A doença é causada por uma bactéria chamada Clostridium tetani. A suscetibilidade do Tétano Neonatal é universal, afetando recém-nascidos de ambos os sexos. A doença não confere imunidade.
  • 12. O tétano neonatal não é transmitido de pessoa a pessoa e sim pela contaminação do coto umbilical com os esporos da bactéria, que podem estar presentes em instrumentos não esterilizados e utilizados para secção do cordão umbilical, como tesoura e fios para laqueadura do cordão. Os esporos da bactéria também podem estar presentes em produtos do hábito cultural das populações, utilizados no curativo umbilical, como ervas, chás, pós e pomadas, entre outros.
  • 13. O recém-nascido apresenta, em caso de tétano neonatal, os seguintes sinais e sintomas: • choro excessivo; • dificuldade para mamar e abrir a boca; • irritabilidade; • quando há presença de febre, ela é baixa; • contraturas musculares ao manuseio ou espontâneas. IMPORTANTE: O fato de não existir infecção no coto umbilical, não afasta a confirmação do tétano neonatal.
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  • 15. Septicemia, meningites, hipoparatireoidismo, hipocalcemia, hipoglicemia, alcalose, intoxicação por estricnina, encefalite, peritonites, distúrbios metabólicos transitório, lesão intracraniana secundária ao parto
  • 16. O diagnóstico do tétano neonatal é essencialmente clínico e não existe exame laboratorial específico para confirmação do diagnóstico. Exames laboratoriais são realizados apenas para controle das complicações e respectivas orientações do tratamento.
  • 17. • Septicemia – na sepse do RN pode haver hipertonia muscular, porém o estado geral é grave e cursa com hipertermia ou hipotermia, alterações do sensório e evidências do foco séptico (diarreia, onfalite, etc.). O trismo não é frequente nem ocorrem os paroxismos espásticos. • Encefalopatias – podem cursar com hipertonia e o quadro clínico geralmente é evidente logo após o nascimento havendo alterações do sensório e crises convulsivas. O trismo não é uma manifestação frequente. Distúrbios metabólicos – hipoglicemia, hipocalcemia e alcalose. • Outros diagnósticos diferenciais – principalmente, epilepsia, lesão intracraniana por traumatismo do parto, peritonites, onfalites e meningites.
  • 18. • consiste em: • Sedação do paciente antes de qualquer procedimento (sedativos e miorrelaxantes de ação central ou periférica). • Adoção de medidas gerais que incluem manutenção de vias aéreas permeáveis (entubar para facilitar a aspiração de secreções), hidratação, redução de qualquer tipo de estímulo externo, alimentação por sonda e analgésicos. • Utilização de IGHAT ou, em caso de indisponibilidade, administração do SAT. • Antibioticoterapia: os fármacos de escolha são a penicilina G cristalina ou metronidazol. Não há evidências suficientes que sustentem a superioridade de uma droga em relação à outra, embora alguns dados mostrem maior benefício com o uso do metronidazol. IMPORTANTE: Outros sedativos e anticonvulsivantes (curare, hidrato de cloral a 10%, fenobarbital) poderão ser utilizados a critério médico.
  • 19. A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. Em alguns casos, são doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas.
  • 20. As hepatites virais são inflamações causadas por vírus que são classificados por letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, mais de 70% (23.070) dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da Hepatite C, seguido da Hepatite B (21,8%) e A (1,7%). O país registrou 40.198 casos novos de hepatites virais em 2017. Fonte: Ministério da saúde.
  • 21. Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (hepatite A e E); Transmissão sanguínea, por de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D). Ambientes médicos, laboratoriais, hospitalares e odontológicos, devem atender as normas de uso de materiais descartáveis, esterilizações de materiais e equipamentos para o controle de transmissão de infecções, dentre as quais se encontram as hepatites virais;
  • 22. Transmissão vertical: pode ocorrer durante a gravidez e o parto (HB, C e Delta) A amamentação não está contraindicada caso sejam realizadas ações de prevenção: a profilaxia para o recém-nascido: 1º dose da vacina e imunoglobulina nas primeiras 12 horas e completar o esquema com as demais doses para prevenção da hepatite B e D. Com relação à hepatite C, não existem evidências de que a transmissão possa ser evitada com a contraindicação à amamentação (PCDT Transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B e C, 2018). Transmissão sexual: relação sexual desprotegida (hepatite A, B, C e Delta);
  • 23. As hepatites são doenças que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes estão presentes podem ser: Sintomas mais comuns da hepatite C: Dor ou inchaço abdominal Fadiga Náusea e vômitos. Perda de apetite Febre Urina escura Coceira Amarelamento da pele e olhos Sangramento no esôfago ou no estômago Sintomas mais comuns da hepatite A e B: Dor ou desconforto abdominal Dor muscular Fadiga Náusea e vômitos Perda de apetite Febre Urina escura Amarelamento da pele e olhos
  • 24. A HD (Delta), é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa. Transmissão: Assim como a do vírus B, ocorre por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada; de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; Sintomas: Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
  • 25. A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode ocorrer ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar portadores de hepatite B crônica (quando a infecção persiste por mais de seis meses). Na infecção simultânea dos vírus D e B, na maioria das vezes, manifesta-se da mesma forma que hepatite aguda B. Já na infecção pelo vírus D em portadores do vírus B, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas fulminantes de hepatite.
  • 26. Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Como as outras variações da doença, quase não apresenta sintomas. Porém, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Esses sinais costumam aparecer de 15 a 60 dias após a infecção. Realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HEV. Na maioria dos casos, a doença não requer tratamento, sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas, recomendado repouso e dieta pobre em gorduras.
  • 27. É uma grave inflamação do fígado causada pelo uso prolongado de medicamentos que podem causar irritação no fígado. Os sintomas da hepatite medicamentosa surgem de forma repentina, normalmente após o uso do medicamento. O tratamento para hepatite medicamentosa consiste na suspensão imediata do medicamento, ou a exposição a qualquer substância tóxica que pode ter causado a doença. Quando há suspeita de hepatite medicamentosa, o médico normalmente solicita o hepatograma, que corresponde a um grupo de exames que são solicitados para avaliar o funcionamento do fígado.
  • 28. É um tipo de hepatite causada pelo uso prolongado e excessivo de bebidas alcoólicas. Sintomas: Pele e olhos amarelados, situação chamada de icterícia; Inchaço do corpo, especialmente na barriga; Perda de apetite; O diagnóstico da hepatite alcoólica é feito por um hepatologista ou clínico geral através de exames laboratoriais, como dosagem de enzimas que avaliam a função do fígado e hemograma completo. Uma das principais indicações no tratamento da hepatite alcoólica é a abstinência do álcool.
  • 29. Pode ser feito por testes rápidos que dão o resultado em uma hora. Também existem exames feitos em laboratório. Testes Rápidos – Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos serviços públicos de saúde para todas as pessoas. Pré-natal – O exame de hepatite B também faz parte do rol de exames do pré- natal. A gestante deve ser diagnosticada e será tratada, se houver indicação, ainda durante a gravidez.
  • 30. • Hepatite A A HA normalmente é solucionada após algumas semanas, sendo recomendado pelo médico repouso, alimentação pobre em gordura e carboidratos e ingestão de bastante líquidos. Além disso, é recomendado evitar o consumo de álcool e de medicamentos que podem prejudicar o funcionamento do fígado. • Hepatite B • Na HB aguda, o tratamento indicado pelo médico é o repouso, alimentação equilibrada, suspensão do consumo de álcool por pelo menos 6 meses e uso de remédios para aliviar os sintomas, como vômitos e febre, por exemplo, caso estejam presentes. • Hepatite C • O tratamento para a HC deve ser feito de acordo com a orientação do hepatologista, e recomendado o uso de Interferon alfa, Ribavirina, ,e importante comunicar ao médico o surgimento que qualquer efeito.
  • 31. Microbiologia/ Editores Luiz Rachid Trabusi e Flavio Alterthum.- 5.ed.- São Paulo: Atheneu, 2008. Microbiologia/ Luiz Rachid Trabusi...[et al.].-3.ed.- São Paulo: Editora Atheneu, 1999. DATI, Adriana et.al. Clostridium sp. 2006.Universidade de São Paulo – Instituto de Ciências Biomédicas , São Paulo. http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5259/infecca o_por_clostridium_difficile_em_adultos.htm