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Hepatites Virais
Hepatites
●Inflamação do fígado
●Alteração em enzimas
hepáticas
(alaminotransferase
aspartatoaminotransferase e
gamaglutamiltransferase –
ALT AST e GGT
●Sinais clínicos: Náuseas, dor
abdominal, icterícia fadiga
Hepatites
●As Hepatites são uma inflamação do fígado. A palavra hepatite
tem origem no grego "hepar": que quer dizer “fígado”, mais "itis",
termo médico usado para designar “doença inflamatória”.
 A maior glândula do corpo humano pesa mais de 1 quilo em adultos e acumula cerca de
500 funções vitais. Entre essas funções, está o processamento e armazenamento de
nutrientes obtidos da digestão dos alimentos e a produção de proteínas essenciais à
vida, como a albumina e as globulinas e os fatores de coagulação sanguínea.
 Entre as características do fígado, estão o seu poder de regeneração e o fato de não ter
nervos e, portanto, não doer. Isso não significa que não adoeça. Pelo contrário: muitas
vezes adoece silenciosamente, sem sintomas.
Como a hepatite afeta o fígado?
Os vírus que atacam o fígado são chamados de hepatovírus.
Eles se reproduzem no interior de células do fígado, chamadas
de hepatócitos.
O sistema imunológico do indivíduo contaminado passa a
atacar e a destruir os hepatócitos contendo o vírus, dando
início a um processo de inflamação no órgão.
Os vírus das hepatites
Vírus da hepatite A (HAV)
Fam. Picornaviridae
Vírus da hepatite E (HEV)
Fam. Hepeviridae
Vírus da hepatite B (HBV)
Fam. Hepadnaviridae
Vírus da hepatite C (HCV)
Fam. Flaviviridae
Vírus da hepatite D (HDV)
“viróide”
As hepatites A, B, C, D e
E
 Existe cura para a maior parte das hepatites virais.
 O problema é que muitas vezes a doença não é
diagnosticada. Hepatites virais não tratadas podem
evoluir para cirrose, câncer e até levar à morte.
 No Brasil, a hepatite viral mais comum e mais letal
é a do tipo C, responsável por mais de 70% das
mortes por hepatites virais, conforme se vê no
gráfico.
Hepatite A – virus HAV
• O vírus da hepatite A é mais comum em áreas com
condições precárias de saneamento e higiene.
• Está presente nas fezes dos doentes e pode
contaminar a água e os alimentos que a população
consume.
• Também pode ser transmitido por relações sexuais
sem proteção, especialmente oral e anal.
Normalmente se curam sozinhas, sem necessidade
de tratamento.
• A vacina contra a hepatite A é disponibilizada em
postos de saúde do SUS.
Hepatite B – vírus HBV
 A transmissão acontece principalmente pelo
contato com sangue ou fluidos corporais de pessoas
infectadas.
 Pode ser transmitido no parto e também no ato
sexual sem proteção. Na forma crônica, pode
evoluir para insuficiência hepática, cirrose ou
câncer de fígado.
 A vacina contra a hepatite B é obrigatória para
profissionais de saúde e também é disponibilizada
para a população em postos de saúde do SUS.
Hepatite C – vírus HCV
• Estima-se que mais de 500 mil pessoas tenham o vírus
HCV e não saibam.
• Os sintomas da hepatite C podem demorar de 20 a 30
anos para se manifestar e, normalmente, aparecem
quando o fígado já está muito comprometido. Ainda não
existe vacina, mas há tratamento. Por isso, é
fundamental a testagem para o diagnóstico precoce e
tratamento.
• A principal forma de transmissão do vírus da hepatite C
é pelo uso compartilhado de instrumentos cortantes ou
perfurantes não esterilizados, como alicate de unha,
lâmina de barbear, instrumentos cirúrgicos utilizados
em procedimentos de tatuagem, piercing ou em
tratamentos odontológicos.
Hepatite D (Delta)
A hepatite D ocorre apenas entre pessoas infectadas pelo
vírus da hepatite B, agudizando os sintomas, e facilitando
a evolução da hepatite para cirrose.
As formas de contaminação e de tratamento são as
mesmas da hepatite B.
Hepatite E
Assim como a hepatite A, é transmitida principalmente
pela ingestão de água contaminada e provoca infecção
benigna. Os casos mais graves ocorrem entre as gestantes.
Não existe vacina.
Sintomas
As hepatites são doenças que nem sempre apresentam sintomas, mas,
quando estes estão presentes podem ser:
•Cansaço
•Febre
•Mal-estar
•Tontura
•Enjoo
•Vômitos
•Dor abdominal
•Pele e olhos amarelados
•Urina escura
•Fezes claras
Diagnóstico
O diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar a evolução da doença
para cirrose ou câncer de fígado. Por isso, é tão importante fazer os
exames. O diagnóstico pode ser feito por testes rápidos que dão o resultado
em uma hora. Também existem exames feitos em laboratório.
Testes Rápidos - Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis
nos serviços públicos de saúde para todas as pessoas. Se você tiver mais
de 40 anos, é muito importante fazer o teste de hepatite C. Você pode ter
sido exposto a esse vírus na juventude. Em 2017, foram distribuídos 12
milhões de testes rápidos de hepatite B e C em todo o país.
Pré-natal – O exame de hepatite B também faz parte do rol de exames do
pré-natal. A gestante deve ser diagnosticada e será tratada, se houver
indicação, ainda durante a gravidez
Formas de transmissão
•Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e
dos alimentos (hepatite A e E);
•Transmissão por contato com sangue, por meio de compartilhamento de seringas, agulhas,
lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D).
Ambientes médicos, laboratoriais, hospitalares e odontológicos, devem atender as normas de
uso de materiais descartáveis, esterilizações de materiais e equipamentos para o controle de
transmissão de infecções, dentre as quais se encontram as hepatites virais.
•Transmissão vertical: pode ocorrer durante a gravidez e o parto (hepatite B, C e Delta) A
amamentação não está contraindicada caso sejam realizadas ações de prevenção tais como a
profilaxia para o recém-nascido: 1º dose da vacina e imunoglobulina nas primeiras 12 horas de
vida e completar o esquema com as demais doses para prevenção da hepatite B e D. Com
relação à hepatite C, não existem evidências de que a transmissão possa ser evitada com a
contraindicação à amamentação (PCDT Transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B e C,
2018). Transmissão sexual: relação sexual desprotegida (hepatite A, B, C e Delta);
•A transmissão por meio de transfusão de sangue ou hemoderivados, muito comum no
passado é atualmente considerada rara. Isso se dá pelo fato de atualmente haver um maior
controle, com a melhoria das tecnologias de triagem de doadores e sistemas de controle de
qualidade mais eficientes.
Quanto tempo o vírus da hepatite fica no
corpo?
Na maioria dos casos que acontecem em adultos, a doença evolui de
forma assintomática e o corpo elimina a infecção espontaneamente
em até seis meses. Quando a infecção permanece após esse
período, mantendo a presença do marcador HBsAg no sangue, ela
passa a ser considerada crônica
Como fica o fígado de quem tem hepatite?
O avanço da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose
avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de
câncer e necessidade de transplante do órgão.
• Hepatite B: 2 milhões de portadores crônicos
• Hepatite C: 3 milhões de portadores crônicos
TOTAL: 5 milhões de infectados: 8 vezes mais que número de portadores
de HIV
Fonte: SINAN/SVS/MS. Dados sujeitos à revisão atualizados em 16 de setembro de 2009
Distribuição dos casos confirmados de hepatites A, B, C e D no Brasil de
1999 a 2008
Hepatite B
Hepatite B
✓ Duas bilhões de pessoas infectadas pelo HBV
✓ 350 milhões de portadores crônicos
✓ Possibilidade de evolução para cirrose e hepatite
fulminante
✓ 1-2 milhões de óbitos/ano
✓ 100 vezes mais infeccioso do que o HIV
HBcAg
HBeAg
Virus da Hepatite B (HBV)
HBsAg
HBcAg
(core)
DNA
TR
DNA fd parcialmente duplo + TR
(envelope) Capsídeo icosaédrico: HBcAg
Envelope: HBsAg
Genoma: 3.200 pb
4 genes sobrepostos: 7 proteínas
TIPOS DE PARTÍCULAS DO HBV
Partículas incompletas
tubular
esférica
DNA
DNA Polimerase
- Partícula de Dane
- diâmetro de 42 nm
- concentração de 109 partículas/ml
- esféricas e tubulares
- diâmetro de 22 nm
- concentração de 1013 partículas/ml
Partícula completa
L + M + S = HBsAg Large (L)
Middle Small (S)
(M)
HBcAg
HBsAg
Antígenos presentes no vírus da Hepatite B
●Ag superfície: HBsAg
Presente no envelope viral, induz a síntese de Ac
neutralizantes
●Ag de centro estrutural (core) HBcAg
●Antígeno solúvel: HBeAg
Transmissão Vírus
da hepatite B-
HBV
Sexual
Parenteral
Perinatal
Intrafamiliar
Imunopatogenia da Hepatite B
• HBV não é citotóxico.
• Destruição celular imunomediada (LT CD8+).
•Em hospedeiros que não ativam a resposta imune vigorosamente
durante a fase aguda da infecção desenvolvem quadros crônico
•A resposta imune ineficiente resulta em dano hepático progressivo e
fibrose.
Evolução da infecção pelo HBV de acordo com a idade
Infecção crônica
e adultos
0
Adolescentes
20
40
60
80
100
100
80
60
40
20
Infecção Sintomática
0
0 meses 1-6 meses 7-12 meses 1-4 anos
Idade da infecção
Forma ictérica: 30%
Forma crônica:
90% em RN
5% a 10% > 5 anos
Curso clínico da hepatite B em adultos
Hepatite B aguda
Resolução Hepatite fulminante
Hepatite B crônica
Persistente Ativa
Cirrose HCC
Diagnóstico: Marcadores sorológicos da infecção pelo HBV
Hepatite B aguda e Cura
Definição: Infecção prévia pelo HBV sem evidências
virológicas, bioquímicas ou histológicas de
infecção viral ativa ou doença
Perfil sorológico:
✓anti-HBc e anti-HBs +/-
HBsAg negativo
HBV-DNA indetectável no soro
Níveis normais de ALT
Infecção aguda
Hepatite B crônica
●Definição: Doença necroinflamatória do fígado causada
pela infecção crônica pelo HBV
●Perfil sorológico e histológico:
HBsAg positivo por mais de 6 meses.
HBeAg positivo ou negativo
HBV-DNA no soro >105 cópias /ml.
Elevação persistente ou intermitente de ALT/AST
Biópsia hepática compatível com hepatite crônica ativa
com grau > 4
Infecção crônica
Distribuição geográfica da infecção crônica pelo HBV
Programa de Imunização - PNI/MS
Vacinação ampla de recém nascidos desde
1998 sendo:
● 1ª dose ao nascer
●2ª dose aos 6 meses
Grupos de risco de qualquer faixa etária
A partir de 2003: vacinação disponível para
a população com idade até 20 anos
Etapas da Produção da Vacina
HBsAg Vetor de
expressão
+
DNA recombinante
Transfecção e
cultivo celular
Purificação
protéica
Inoculação
Interpretação dos marcadores sorológicos
Interpretação HbsAg HbeAg
Anti
HBc-IgM
Anti
HBc-IgG
Anti-HBe Anti-HBs
Suscetível - - - - - -
Incubação ou vacinação recente + - - - - -
Fase aguda + + + +/- +/- -
Fase crônica + +/- +/- + + -
Imunidade, Resposta vacinal - - - - - +
Infecção passada resolvida - - - + + +
Hepatite C
Vírus da Hepatite C (HCV)
Classificação
Família Flaviviridae
- Flavivirus
Gênero - Pestivirus
- Hepacivirus
Epidemiologia
✓Epidemia silenciosa do novo milênio
✓ 170 milhões de indivíduos infectados no mundo
✓Prevalência ~1-2% Europa, AN e AS (até 10-20%
regiões África e no Egito)
✓Alto índice de cronicidade (> 80%)
✓Principal causa de transplante hepático
Vírus da Hepatite C (HCV)
Termo
nucleotídeos
Genotipo
Definição
Heterogeneidade entre
diferentes vírus HCV
% homologia de
66 a 69
Subtipos: Vírus estreitamente
relacionados dentro de
cada genótipo
77 a 80
Quasispecies Complexa população de vírus 91 a 99
dentro de um mesmo indivíduo
Genotipos, Subtipos e quasispecies
Genótipos do HCV
Quasispecies na hepatite C
Acúmulo de mutações
Amplo espectro de variantes infectando um mesmo
hospedeiro
Dificulta a resposta imune
Resistência a antivirais
Dificuldade na produção de vacinas
História natural da hepatite C
✓Período de incubação: 3-12 semanas
✓Infecção normalmente assintomática (75%)
✓Aspecto clínico mais importante: alto índice de
progressão a cronicidade (70-80%)
✓Cerca de 20% dos pacientes crônicos desenvolvem
cirrose em cerca de 20 anos
História natural da hepatite C
✓Após estabelecida a cirrose, a taxa de desenvolvimento
de HCC é de 1-4% ao ano.
✓HCC: resultado de alterações genéticas devido ao
constante processo de regeneração celular.
✓Fatores que podem interferir na evolução:
Virais: volume do inóculo, genótipo
Hospedeiro: idade no momento da infecção, sexo,
coinfecção com HBV ou HIV e consumo de álcool.
História natural da hepatite C
Hepatite C aguda
Hepatite C crônica
Hepatite C crônica
Qual é o tipo de hepatite mais perigosa?
Sem vacina, a hepatite C é a mais severa entre os vírus,
com 80% de chance de ser tornar crônica após ser
contraída. O surgimento dos sintomas é muito raro, mas
podem aparecer cansaço, tontura, enjoo, vômito, febre, dor
abdominal, pele e olhos amarelados, além da urina escura
e fezes claras.
Transmissão Vírus
da hepatite C
Transmissão parenteral
✓ Transfusão ou
transplante de doador
infectado
✓ Uso de drogas injetáveis
✓ Hemodiálise (anos de
tratamento)
✓ Acidente com material
perfurocortante
(agulhas/lancetas)
Transmissão perinatal
✓ Nascimento de mãe
infectada pelo HCV
Transmissão
sexual/intrafamiliar
✓ Exposição
sexual/domiciliar com
paciente anti-HCV
positivo e múltiplos
parceiros sexuais
Casos esporádicos
✓ Sem fator de risco
identificável (até 40%)
Transmissão Vírus da hepatite C
✓
Testes sorológicos
Detecção de anti-HCV
Anticorpo inicialmente
detectado 8-10 semanas
após a infecção
✓ Marcador não relacionado
ao curso da infecção
1. ELISA(Triagem inicial)
2. Imunoblot (confirmatório)
✓
✓
Testes moleculares
Detecção de HCV RNA
detectado 1-2 sms p.i. e
4-6 sms antes a-HCV
permanece presente na
hepatite C crônica
✓ Marcador de viremia
RT-PCR
✓
✓
Teste qualitativo
Teste quantitativo
Diangóstico Hepatite C
Prevenção
Vacina – A vacina é uma forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e B, entretanto
quem se vacina para o tipo B, se protege também para hepatite D, e está disponível
gratuitamente no SUS. Para os demais tipos de vírus não há vacina e o tratamento é indicado
pelo médico.
•Hepatite A - a vacina está disponível no SUS, sendo oferecida no Calendário Nacional de
Vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias),
e também no CRIE, para pessoas de qualquer idade que tenham: hepatopatias crônicas de
qualquer etiologia incluindo os tipos B e C; coagulopatias; pessoas vivendo com HIV;
portadores de quaisquer doenças imunossupressoras; doenças de depósito; fibrose cística;
trissomias; candidatos a transplante de órgãos; doadores de órgãos, cadastrados em
programas de transplantes; pessoas com hemoglobinopatias.
Devido ao surto local observado em São Paulo, a vacinação para hepatite A foi ampliada para
populações específicas: homens que fazem sexo por homens.
•Hepatite B: em crianças, é dada em quatro doses: ao nascer, 2,4 e 6 meses. Para os adultos
que não se vacinaram na infância, são três doses a depender da situação vacina. É importante
que todos que ainda não se vacinaram tomem as três doses da vacina. Pessoas que tenham
algum tipo de imunodepressão ou que tenham o vírus HIV, precisam de um esquema especial
com dose em dobro, dada nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE). Em 2017, foram
distribuídas 18 milhões de vacinas. Atualmente, 31.191 pacientes estão em tratamento para
hepatite B.
✓Seleção de doadores de
tecido, órgão e sangue
✓Modificação de
comportamento de alto risco
✓Precauções com sangue e
fluidos corpóreos
Prevenção da Hepatite C
✓Seleção de doadores de
tecido, órgão e sangue
✓Modificação de
comportamento de alto risco
✓Precauções com sangue e
fluidos corpóreos
Prevenção da Hepatite C
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  • 2. Hepatites ●Inflamação do fígado ●Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase – ALT AST e GGT ●Sinais clínicos: Náuseas, dor abdominal, icterícia fadiga
  • 3. Hepatites ●As Hepatites são uma inflamação do fígado. A palavra hepatite tem origem no grego "hepar": que quer dizer “fígado”, mais "itis", termo médico usado para designar “doença inflamatória”.  A maior glândula do corpo humano pesa mais de 1 quilo em adultos e acumula cerca de 500 funções vitais. Entre essas funções, está o processamento e armazenamento de nutrientes obtidos da digestão dos alimentos e a produção de proteínas essenciais à vida, como a albumina e as globulinas e os fatores de coagulação sanguínea.  Entre as características do fígado, estão o seu poder de regeneração e o fato de não ter nervos e, portanto, não doer. Isso não significa que não adoeça. Pelo contrário: muitas vezes adoece silenciosamente, sem sintomas.
  • 4. Como a hepatite afeta o fígado? Os vírus que atacam o fígado são chamados de hepatovírus. Eles se reproduzem no interior de células do fígado, chamadas de hepatócitos. O sistema imunológico do indivíduo contaminado passa a atacar e a destruir os hepatócitos contendo o vírus, dando início a um processo de inflamação no órgão.
  • 5. Os vírus das hepatites Vírus da hepatite A (HAV) Fam. Picornaviridae Vírus da hepatite E (HEV) Fam. Hepeviridae Vírus da hepatite B (HBV) Fam. Hepadnaviridae Vírus da hepatite C (HCV) Fam. Flaviviridae Vírus da hepatite D (HDV) “viróide”
  • 6. As hepatites A, B, C, D e E  Existe cura para a maior parte das hepatites virais.  O problema é que muitas vezes a doença não é diagnosticada. Hepatites virais não tratadas podem evoluir para cirrose, câncer e até levar à morte.  No Brasil, a hepatite viral mais comum e mais letal é a do tipo C, responsável por mais de 70% das mortes por hepatites virais, conforme se vê no gráfico.
  • 7. Hepatite A – virus HAV • O vírus da hepatite A é mais comum em áreas com condições precárias de saneamento e higiene. • Está presente nas fezes dos doentes e pode contaminar a água e os alimentos que a população consume. • Também pode ser transmitido por relações sexuais sem proteção, especialmente oral e anal. Normalmente se curam sozinhas, sem necessidade de tratamento. • A vacina contra a hepatite A é disponibilizada em postos de saúde do SUS.
  • 8. Hepatite B – vírus HBV  A transmissão acontece principalmente pelo contato com sangue ou fluidos corporais de pessoas infectadas.  Pode ser transmitido no parto e também no ato sexual sem proteção. Na forma crônica, pode evoluir para insuficiência hepática, cirrose ou câncer de fígado.  A vacina contra a hepatite B é obrigatória para profissionais de saúde e também é disponibilizada para a população em postos de saúde do SUS.
  • 9. Hepatite C – vírus HCV • Estima-se que mais de 500 mil pessoas tenham o vírus HCV e não saibam. • Os sintomas da hepatite C podem demorar de 20 a 30 anos para se manifestar e, normalmente, aparecem quando o fígado já está muito comprometido. Ainda não existe vacina, mas há tratamento. Por isso, é fundamental a testagem para o diagnóstico precoce e tratamento. • A principal forma de transmissão do vírus da hepatite C é pelo uso compartilhado de instrumentos cortantes ou perfurantes não esterilizados, como alicate de unha, lâmina de barbear, instrumentos cirúrgicos utilizados em procedimentos de tatuagem, piercing ou em tratamentos odontológicos.
  • 10. Hepatite D (Delta) A hepatite D ocorre apenas entre pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B, agudizando os sintomas, e facilitando a evolução da hepatite para cirrose. As formas de contaminação e de tratamento são as mesmas da hepatite B. Hepatite E Assim como a hepatite A, é transmitida principalmente pela ingestão de água contaminada e provoca infecção benigna. Os casos mais graves ocorrem entre as gestantes. Não existe vacina.
  • 11.
  • 12. Sintomas As hepatites são doenças que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes estão presentes podem ser: •Cansaço •Febre •Mal-estar •Tontura •Enjoo •Vômitos •Dor abdominal •Pele e olhos amarelados •Urina escura •Fezes claras
  • 13. Diagnóstico O diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar a evolução da doença para cirrose ou câncer de fígado. Por isso, é tão importante fazer os exames. O diagnóstico pode ser feito por testes rápidos que dão o resultado em uma hora. Também existem exames feitos em laboratório. Testes Rápidos - Os testes rápidos para os tipos B e C estão disponíveis nos serviços públicos de saúde para todas as pessoas. Se você tiver mais de 40 anos, é muito importante fazer o teste de hepatite C. Você pode ter sido exposto a esse vírus na juventude. Em 2017, foram distribuídos 12 milhões de testes rápidos de hepatite B e C em todo o país. Pré-natal – O exame de hepatite B também faz parte do rol de exames do pré-natal. A gestante deve ser diagnosticada e será tratada, se houver indicação, ainda durante a gravidez
  • 14. Formas de transmissão •Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (hepatite A e E); •Transmissão por contato com sangue, por meio de compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D). Ambientes médicos, laboratoriais, hospitalares e odontológicos, devem atender as normas de uso de materiais descartáveis, esterilizações de materiais e equipamentos para o controle de transmissão de infecções, dentre as quais se encontram as hepatites virais. •Transmissão vertical: pode ocorrer durante a gravidez e o parto (hepatite B, C e Delta) A amamentação não está contraindicada caso sejam realizadas ações de prevenção tais como a profilaxia para o recém-nascido: 1º dose da vacina e imunoglobulina nas primeiras 12 horas de vida e completar o esquema com as demais doses para prevenção da hepatite B e D. Com relação à hepatite C, não existem evidências de que a transmissão possa ser evitada com a contraindicação à amamentação (PCDT Transmissão vertical do HIV, Sífilis e Hepatite B e C, 2018). Transmissão sexual: relação sexual desprotegida (hepatite A, B, C e Delta); •A transmissão por meio de transfusão de sangue ou hemoderivados, muito comum no passado é atualmente considerada rara. Isso se dá pelo fato de atualmente haver um maior controle, com a melhoria das tecnologias de triagem de doadores e sistemas de controle de qualidade mais eficientes.
  • 15. Quanto tempo o vírus da hepatite fica no corpo? Na maioria dos casos que acontecem em adultos, a doença evolui de forma assintomática e o corpo elimina a infecção espontaneamente em até seis meses. Quando a infecção permanece após esse período, mantendo a presença do marcador HBsAg no sangue, ela passa a ser considerada crônica Como fica o fígado de quem tem hepatite? O avanço da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão.
  • 16. • Hepatite B: 2 milhões de portadores crônicos • Hepatite C: 3 milhões de portadores crônicos TOTAL: 5 milhões de infectados: 8 vezes mais que número de portadores de HIV Fonte: SINAN/SVS/MS. Dados sujeitos à revisão atualizados em 16 de setembro de 2009 Distribuição dos casos confirmados de hepatites A, B, C e D no Brasil de 1999 a 2008
  • 18. Hepatite B ✓ Duas bilhões de pessoas infectadas pelo HBV ✓ 350 milhões de portadores crônicos ✓ Possibilidade de evolução para cirrose e hepatite fulminante ✓ 1-2 milhões de óbitos/ano ✓ 100 vezes mais infeccioso do que o HIV
  • 19. HBcAg HBeAg Virus da Hepatite B (HBV) HBsAg HBcAg (core) DNA TR DNA fd parcialmente duplo + TR (envelope) Capsídeo icosaédrico: HBcAg Envelope: HBsAg Genoma: 3.200 pb 4 genes sobrepostos: 7 proteínas
  • 20. TIPOS DE PARTÍCULAS DO HBV Partículas incompletas tubular esférica DNA DNA Polimerase - Partícula de Dane - diâmetro de 42 nm - concentração de 109 partículas/ml - esféricas e tubulares - diâmetro de 22 nm - concentração de 1013 partículas/ml Partícula completa L + M + S = HBsAg Large (L) Middle Small (S) (M) HBcAg HBsAg
  • 21. Antígenos presentes no vírus da Hepatite B ●Ag superfície: HBsAg Presente no envelope viral, induz a síntese de Ac neutralizantes ●Ag de centro estrutural (core) HBcAg ●Antígeno solúvel: HBeAg
  • 22. Transmissão Vírus da hepatite B- HBV Sexual Parenteral Perinatal Intrafamiliar
  • 23. Imunopatogenia da Hepatite B • HBV não é citotóxico. • Destruição celular imunomediada (LT CD8+). •Em hospedeiros que não ativam a resposta imune vigorosamente durante a fase aguda da infecção desenvolvem quadros crônico •A resposta imune ineficiente resulta em dano hepático progressivo e fibrose.
  • 24. Evolução da infecção pelo HBV de acordo com a idade Infecção crônica e adultos 0 Adolescentes 20 40 60 80 100 100 80 60 40 20 Infecção Sintomática 0 0 meses 1-6 meses 7-12 meses 1-4 anos Idade da infecção Forma ictérica: 30% Forma crônica: 90% em RN 5% a 10% > 5 anos
  • 25. Curso clínico da hepatite B em adultos Hepatite B aguda Resolução Hepatite fulminante Hepatite B crônica Persistente Ativa Cirrose HCC
  • 26. Diagnóstico: Marcadores sorológicos da infecção pelo HBV
  • 27. Hepatite B aguda e Cura Definição: Infecção prévia pelo HBV sem evidências virológicas, bioquímicas ou histológicas de infecção viral ativa ou doença Perfil sorológico: ✓anti-HBc e anti-HBs +/- HBsAg negativo HBV-DNA indetectável no soro Níveis normais de ALT
  • 29. Hepatite B crônica ●Definição: Doença necroinflamatória do fígado causada pela infecção crônica pelo HBV ●Perfil sorológico e histológico: HBsAg positivo por mais de 6 meses. HBeAg positivo ou negativo HBV-DNA no soro >105 cópias /ml. Elevação persistente ou intermitente de ALT/AST Biópsia hepática compatível com hepatite crônica ativa com grau > 4
  • 31. Distribuição geográfica da infecção crônica pelo HBV
  • 32. Programa de Imunização - PNI/MS Vacinação ampla de recém nascidos desde 1998 sendo: ● 1ª dose ao nascer ●2ª dose aos 6 meses Grupos de risco de qualquer faixa etária A partir de 2003: vacinação disponível para a população com idade até 20 anos
  • 33. Etapas da Produção da Vacina HBsAg Vetor de expressão + DNA recombinante Transfecção e cultivo celular Purificação protéica Inoculação
  • 34. Interpretação dos marcadores sorológicos Interpretação HbsAg HbeAg Anti HBc-IgM Anti HBc-IgG Anti-HBe Anti-HBs Suscetível - - - - - - Incubação ou vacinação recente + - - - - - Fase aguda + + + +/- +/- - Fase crônica + +/- +/- + + - Imunidade, Resposta vacinal - - - - - + Infecção passada resolvida - - - + + +
  • 36. Vírus da Hepatite C (HCV) Classificação Família Flaviviridae - Flavivirus Gênero - Pestivirus - Hepacivirus
  • 37. Epidemiologia ✓Epidemia silenciosa do novo milênio ✓ 170 milhões de indivíduos infectados no mundo ✓Prevalência ~1-2% Europa, AN e AS (até 10-20% regiões África e no Egito) ✓Alto índice de cronicidade (> 80%) ✓Principal causa de transplante hepático Vírus da Hepatite C (HCV)
  • 38. Termo nucleotídeos Genotipo Definição Heterogeneidade entre diferentes vírus HCV % homologia de 66 a 69 Subtipos: Vírus estreitamente relacionados dentro de cada genótipo 77 a 80 Quasispecies Complexa população de vírus 91 a 99 dentro de um mesmo indivíduo Genotipos, Subtipos e quasispecies
  • 40. Quasispecies na hepatite C Acúmulo de mutações Amplo espectro de variantes infectando um mesmo hospedeiro Dificulta a resposta imune Resistência a antivirais Dificuldade na produção de vacinas
  • 41. História natural da hepatite C ✓Período de incubação: 3-12 semanas ✓Infecção normalmente assintomática (75%) ✓Aspecto clínico mais importante: alto índice de progressão a cronicidade (70-80%) ✓Cerca de 20% dos pacientes crônicos desenvolvem cirrose em cerca de 20 anos
  • 42. História natural da hepatite C ✓Após estabelecida a cirrose, a taxa de desenvolvimento de HCC é de 1-4% ao ano. ✓HCC: resultado de alterações genéticas devido ao constante processo de regeneração celular. ✓Fatores que podem interferir na evolução: Virais: volume do inóculo, genótipo Hospedeiro: idade no momento da infecção, sexo, coinfecção com HBV ou HIV e consumo de álcool.
  • 43. História natural da hepatite C
  • 46. Hepatite C crônica Qual é o tipo de hepatite mais perigosa? Sem vacina, a hepatite C é a mais severa entre os vírus, com 80% de chance de ser tornar crônica após ser contraída. O surgimento dos sintomas é muito raro, mas podem aparecer cansaço, tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, além da urina escura e fezes claras.
  • 47. Transmissão Vírus da hepatite C Transmissão parenteral ✓ Transfusão ou transplante de doador infectado ✓ Uso de drogas injetáveis ✓ Hemodiálise (anos de tratamento) ✓ Acidente com material perfurocortante (agulhas/lancetas)
  • 48. Transmissão perinatal ✓ Nascimento de mãe infectada pelo HCV Transmissão sexual/intrafamiliar ✓ Exposição sexual/domiciliar com paciente anti-HCV positivo e múltiplos parceiros sexuais Casos esporádicos ✓ Sem fator de risco identificável (até 40%) Transmissão Vírus da hepatite C
  • 49. ✓ Testes sorológicos Detecção de anti-HCV Anticorpo inicialmente detectado 8-10 semanas após a infecção ✓ Marcador não relacionado ao curso da infecção 1. ELISA(Triagem inicial) 2. Imunoblot (confirmatório) ✓ ✓ Testes moleculares Detecção de HCV RNA detectado 1-2 sms p.i. e 4-6 sms antes a-HCV permanece presente na hepatite C crônica ✓ Marcador de viremia RT-PCR ✓ ✓ Teste qualitativo Teste quantitativo Diangóstico Hepatite C
  • 50. Prevenção Vacina – A vacina é uma forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e B, entretanto quem se vacina para o tipo B, se protege também para hepatite D, e está disponível gratuitamente no SUS. Para os demais tipos de vírus não há vacina e o tratamento é indicado pelo médico. •Hepatite A - a vacina está disponível no SUS, sendo oferecida no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias), e também no CRIE, para pessoas de qualquer idade que tenham: hepatopatias crônicas de qualquer etiologia incluindo os tipos B e C; coagulopatias; pessoas vivendo com HIV; portadores de quaisquer doenças imunossupressoras; doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; candidatos a transplante de órgãos; doadores de órgãos, cadastrados em programas de transplantes; pessoas com hemoglobinopatias. Devido ao surto local observado em São Paulo, a vacinação para hepatite A foi ampliada para populações específicas: homens que fazem sexo por homens. •Hepatite B: em crianças, é dada em quatro doses: ao nascer, 2,4 e 6 meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são três doses a depender da situação vacina. É importante que todos que ainda não se vacinaram tomem as três doses da vacina. Pessoas que tenham algum tipo de imunodepressão ou que tenham o vírus HIV, precisam de um esquema especial com dose em dobro, dada nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE). Em 2017, foram distribuídas 18 milhões de vacinas. Atualmente, 31.191 pacientes estão em tratamento para hepatite B.
  • 51.
  • 52. ✓Seleção de doadores de tecido, órgão e sangue ✓Modificação de comportamento de alto risco ✓Precauções com sangue e fluidos corpóreos Prevenção da Hepatite C
  • 53. ✓Seleção de doadores de tecido, órgão e sangue ✓Modificação de comportamento de alto risco ✓Precauções com sangue e fluidos corpóreos Prevenção da Hepatite C