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Anticonvulsivantes
Convulsões
Alteração transitória do comportamento causada pela
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Crises Parciais
Parcial Simples Preservação da consciência
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pela região do córtex ativada pela
convulsão
Parcial Complexa Alteração da consciência durante 30 s a
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Movimentos sem objetivo
Parcial
Secundariamente
Generalizada
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clônica com perda da consciência
Duram de 1 a 2 minutos
Crises Generalizadas
Tônicas Aumento repentino do tônus muscular
Resulta em queda
Mais comum em crianças
Clônica Períodos de contração muscular alternados
com relaxamento
Mais comum em bebês ou crianças pequenas
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(Grande Mal)
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máxima do
cérebro
Crise Tônico-Clônica
Generalizada
Crises Generalizadas
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Resulta em queda da cabeça, de um membro
Mais comum em crianças
Mioclonias Breve contração muscular
Ausência
(Pequeno Mal)
Início súbito de alteração da consciência
Olhar parado, interrupção das atividades
Duração inferior a 30 s
•l i
•
IC
Farmacoterapia das Epilepsias
Objetivo: maximizar a qualidade de vida reduzindo a freqüência
e a intensidade das crises
20% com redução de
frequência das crises
60% dos pacientes
sem crise
20% refratários à
farmacoterapia
Fármacos Anticonvulsivantes
Fármacos Anticonvulsivantes
Mecanismos de Ação
Diminuição dos disparos neuronais no foco da crise
convulsiva, reduzindo a propagação da mesma a partir
do foco
D Potenciação da Inativação de Canais deSódio
D Potenciação da neurotransmissão GABAérgica
D Inibição da neurotransmissãoglutamatérgica
D Bloqueio de Canais deCálcio
D Outros
Potencialização da Inativação de
Canais de Na+
Carbamazepina, Eslicarbazepina, Felbamato, Fenitoína, Lacosamida, Lamotrigina,
Oxcarbazepina, Rufinamida, Topiramato, Valproato, Zonisamida
Open
Nla+
lnactivated
Na+
carbamazepine
phenytoin
topiramate
·1amotrigine
valproate
zonisa ·i.e
Potenciação GABAérgica
Fenobarbital e Primidona
Benzodiazepínicos
(Clobazam, Clonazepam,
Diazepam, Lorazepam,
Midazolam)
Felbamato, Topiramato,
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Potenciação GABAérgica
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Topiramato
Felbamato
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- Tipo T -
zonisamida
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tálamo que são vistas durante as crises de ausência.
Bloqueio de Canais de Ca2+
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Localização pré-sináptica
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liberação de outros
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Pregabalina
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a proteína SV2A:D Ligação
Leviracetam
D Potenciação de canais HCN (Canais
Acoplados a Nucleotídeos Cíclicos
por Hiperpolarização):ativados
Lamotrigina
D Inibição da Anidrase
Central: Acetazolamida,
Carbônica
Topiramato,
Zonisamida
Resumindo...
Farmacocinética
Maioria tem boa absorção por via oral (BD 80 – 100%);
Maioria sofre biotransformação hepática;
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ajuste de doses e acompanhamento:
D insuficiência renal,
D doença hepática,
D queimaduras,
D gravidez,
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Fenitoína - Farmacocinética
Fenitoína NH
HN
O
O
fenitoínaAlta ligação às proteínas plasmáticas
Administração: individualização da dose!!!
Inicio de ação lento (Cmáx em 3 – 12 horas v.o.) – necessita de
dose de ataque!!
Começar com doses baixas e aumentar considerando benefício x
reações adversas
Evitar via IM!! Absorçãoerrática
Fosfenitoína
Mais indicada para
vias IM e IV
Maior solubilidade em água
N
HN
O
fosfenitoína
PO3
O
O
Carbamazepina N
NH2O
Administração: 2 x dia (formas de liberação controlada) –
aumentar a doses a cada 2 semanas
Uso com alimentos
Altamente metabolizada- 3% eliminada na forma inalterada
Auto-indutor enzimático
± um mês para obtenção de uma
concentração plasmática estável
Oxcarbazepina e Acetato de
Eslicarbazepina
Oxcarbazepina
Menos potente e melhor tolerado
que a CBZ
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hepáticas
Acetato de Eslicarbazepina
Isômero S(+)
Administração em dose única diária
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Formas de Administração
Etossuximida: duas vezes ao dia ( queixas GI), aumentar
gradativamente a dose por um período de uma a duas semanas.
Valproato: FF revestimento entérico e junto com alimentos
( queixas GI)
Gabapentina: BD saturável ( com aumento da dose).
inicialmente, aumentar freqüência de administração (1 x dia – 2 x
dia – 3 x dia). Correção de doses em pacientes nefropatas!!
Tiagabina: aumentar a dose a cada semana até resposta
satisfatória
Felbamato, Topiramato, Zonisamida: aumentar a dose a cada
duas semanas até resposta satisfatória
Interações Medicamentosas
Induz
CYP
Induz
UGT
Inibe
CYP
Inibe
UGT
Metabolizado
por CYP
Metab.
p/ UGT
Carbamazepina 2C9; 3A* Sim 1A2;2C8;2C9;3A4 Não
Oxcarbazepina 3A4 / 5 Sim 2C19 Fra
Fenobarbital 2C*; 3A* Sim Sim Nã
ca Não Sim
o 2C9;2C19 Não
Fenitoína 2C*; 3A*
CYP3A4 metaboliza os
contraceptivos orais !
Primidona 2C*; 3A* Sim Sim
Valproato Não
Lamotrigina Não Sim Não
Sim Sim Não 2C9;2C19 Não
Não 2C9;2C19 Não
Não 2C9 Sim 2C9;2C19 Sim
Não Sim Sim
Topiramato Não Não 2C19 Não
Etossuximida Não Não Não Não ? ?
Gabapentina Não Não Não Não Não Não
Tiagabina Não Não Não Não 3A4 Não
Levetiracetam Não Não Não Não Não Não
Zonisamida Não Não Não Não 3A4 Sim
carbamazepina, fenitoína,
oxcarbazepina
fenobarbital, primidona,
tiagabina, levetiracetam,
BZDs i.v. valproato,
lamotrigina
felbamato,
topiramato,
zonisamida
PARCIAL E
GENERALIZADA TÔNICO-
CLÔNICA
MIOCLONIA
clonazepamgabapentina
AUSÊNCIA
etossuximida
Consenso de Especialistas
Brasileiros (2003)
Crises Generalizadas Idiopáticas
Crises Parciais
Crises Parciais e Tônico-
Clônicas Generalizadas
Primeira Escolha Fármacos
Alternativos
Fármacos
Adjuvantes
Carbamazepina Fenobarbital Gabapentina
Fenitoína Lamotrigina Tiagabina
Valproato Vigabatrina Topiramato
Primidona Felbamato*
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Mioclonias
Primeira Escolha Fármacos
Alternativos
Fármacos
Adjuvantes
Valproato Clonazepam Felbamato
Lamotrigina
Ausência
Primeira
Escolha
Fármacos
Alternativos
Fármacos
Adjuvantes
Contra-
indicados
Etossuximida Clonazepam Lamotrigina Carbamazepina
Valproato Topiramato Gabapentina
Fenobarbital
Fenitoína
Tiagabina
Vigabatrina
R2 – Lista C1; R4 – Lista B1; R5 – Lista A1, R45 – apenas em casos de eclâmpsia e pré-
eclâmpsia
Reações Adversas
Sedação, Sonolência
Benzodiazepínicos, gabapentina,
lamotrigina, leviracetam, fenobarbital,
fenitoína, vigabatrina, zonisamida
Tontura Gabapentina, leviracetam, zonisamida
Ataxia Carbamazepina, lamotrigina, fenitoína
Desconforto TGI Etossuximida, valproato
Reações Adversas
- Principais Fármacos -
Fenitoína Nistagmo, diplopia, hiperplasia gengival,
hirsutismo, anemia
Carbamazepina Diplopia, discrasias sanguíneas
Valproato Hepatotoxicidade, ganho de peso
Lamotrigina Rash, síndrome de Stevens-Johnson
Etossuximida Letargia, dores de cabeça
Reações Adversas
- Fármacos Adjuvantes -
Felbamato Anemia aplásica, hepatotoxicidade
Gabapentina Alterações comportamentais
Leviracetam Astenia
Vigabatrina Ganho de peso, agitação, confusão, psicose
Zonisamida Agitação, rash, síndrome de Stevens-Johnson
Uso Durante a Gravidez
D Utilização de anticonvulsivantes aumenta o risco de
nascimentos abaixo do peso
D Malformações congênitas: evitar o uso de valproato,
carbamazepina e fenitoína ou politerapia durante o 1o
trimestre
D Prejuízo cognitivo: evitar uso de valproato, fenitoína,
fenobarbital ou politerapia durante todo o período gestacional
D Gravidez -  depuração lamotrigina,
fenitoína, carbamazepina,
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Uso Durante a Lactação
D Primidona e levetiracetam são
excretados no leite materno em
concentrações clínicamente
relevantes
D Vigabatrina: crises de espasmos em
flexão afetando lactentes, cursa com
retardo mental.
D Valproato, fenobarbital, fenitoina e
carbamazepina não são encontradas
no leite materno em concentrações
clinicamente relevantes
Resultados Terapêuticos
Estabelecer regime de dosagem para cadapaciente;
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D Paciente sem crises a 2 – 4 anos;
D EEG e exame neurológico normais;
D Obteve controle completo das crises no primeiro ano de tratamento;
D Início das crises entre 2 e 35 anos;
Sempre retirada gradual!!!
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as mesmas, ou convulsões de duração superior a 30 min.
Emergência médica!!!
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D Estabilizar o paciente (função cardiorespiratória, glicemia, etc.)
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Farmacoterapia das Emergências
Convulsivas
D Benzodiazepínicos: lorazepam i.v./i.o., diazepam i.v. ou retal,
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D Se não ceder em 10 min, repetir BZD
D Se não ceder em mais 10 min: fenitoína i.v. ou fosfenitoína i.v.
D Após 30 min: repetir fenitoína ou fenobarbital i.v.
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Anticonvulsivantes
D Estabilizadores do humor (valproato, carbamazepina,
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Anticonvulsivantes

  • 2. Convulsões Alteração transitória do comportamento causada pela ativação desordenada, sincrônica e ritmada de populações de neurônios cerebrais. Causa: descargas locais rápidas, excessivas e ocasionais Perda do mecanismo de controle inibitório Aumento da excitabilidade neuronal
  • 3. Epilepsias Distúrbio da função cerebral caracterizado pela ocorrência periódica e imprevisível de convulsões 2o distúrbio neurológico mais comum, depois do AVE (0,8% da população) Sinais e sintomas determinados pelo sítio (foco) e pela propagação (localizada vs. generalizada) da atividade anormal
  • 4.
  • 5. Epilepsias - Classificação Crises Parciais Começam em um foco no córtex Crises Generalizadas Envolvem amplamente ambos os hemisférios cerebrais desde o seu início
  • 6. Crises Parciais Parcial Simples Preservação da consciência Manifestações diversas determinadas pela região do córtex ativada pela convulsão Parcial Complexa Alteração da consciência durante 30 s a 2 min Movimentos sem objetivo Parcial Secundariamente Generalizada Evolução para uma convulsão tônico- clônica com perda da consciência Duram de 1 a 2 minutos
  • 7.
  • 8. Crises Generalizadas Tônicas Aumento repentino do tônus muscular Resulta em queda Mais comum em crianças Clônica Períodos de contração muscular alternados com relaxamento Mais comum em bebês ou crianças pequenas Tônico-Clônicas (Grande Mal) Resposta epilética máxima do cérebro
  • 10. Crises Generalizadas Atônicas Diminuição repentina do tônus muscular Resulta em queda da cabeça, de um membro Mais comum em crianças Mioclonias Breve contração muscular Ausência (Pequeno Mal) Início súbito de alteração da consciência Olhar parado, interrupção das atividades Duração inferior a 30 s
  • 12. Farmacoterapia das Epilepsias Objetivo: maximizar a qualidade de vida reduzindo a freqüência e a intensidade das crises 20% com redução de frequência das crises 60% dos pacientes sem crise 20% refratários à farmacoterapia
  • 14. Fármacos Anticonvulsivantes Mecanismos de Ação Diminuição dos disparos neuronais no foco da crise convulsiva, reduzindo a propagação da mesma a partir do foco D Potenciação da Inativação de Canais deSódio D Potenciação da neurotransmissão GABAérgica D Inibição da neurotransmissãoglutamatérgica D Bloqueio de Canais deCálcio D Outros
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. Potencialização da Inativação de Canais de Na+ Carbamazepina, Eslicarbazepina, Felbamato, Fenitoína, Lacosamida, Lamotrigina, Oxcarbazepina, Rufinamida, Topiramato, Valproato, Zonisamida
  • 23. Potenciação GABAérgica Fenobarbital e Primidona Benzodiazepínicos (Clobazam, Clonazepam, Diazepam, Lorazepam, Midazolam) Felbamato, Topiramato, Zonizamida Estiropentol (?)
  • 25. Inibição Glutamatérgica Fenobarbital e Primidona Topiramato Felbamato Valproato (?)
  • 26. Bloqueio de Canais de Ca2+ - Tipo T - zonisamida Localização pós-sináptica Responsáveis por correntes de baixo limiar Importantes para a manutenção dos disparos e ondas ritmadasno tálamo que são vistas durante as crises de ausência.
  • 27. Bloqueio de Canais de Ca2+ - Tipo N - Localização pré-sináptica Regulam o processo de exocitose e, consequentemente, liberação de outros neurotransmissores Pregabalina Gabapentina Lamotrigina (?)
  • 28. Outros Mecanismos Propostos... a proteína SV2A:D Ligação Leviracetam D Potenciação de canais HCN (Canais Acoplados a Nucleotídeos Cíclicos por Hiperpolarização):ativados Lamotrigina D Inibição da Anidrase Central: Acetazolamida, Carbônica Topiramato, Zonisamida
  • 30. Farmacocinética Maioria tem boa absorção por via oral (BD 80 – 100%); Maioria sofre biotransformação hepática; Condições que alteram níveis de proteínas plasmáticas podem requerer ajuste de doses e acompanhamento: D insuficiência renal, D doença hepática, D queimaduras, D gravidez, D desnutrição, D idade
  • 32. Fenitoína NH HN O O fenitoínaAlta ligação às proteínas plasmáticas Administração: individualização da dose!!! Inicio de ação lento (Cmáx em 3 – 12 horas v.o.) – necessita de dose de ataque!! Começar com doses baixas e aumentar considerando benefício x reações adversas Evitar via IM!! Absorçãoerrática Fosfenitoína Mais indicada para vias IM e IV Maior solubilidade em água N HN O fosfenitoína PO3 O O
  • 33. Carbamazepina N NH2O Administração: 2 x dia (formas de liberação controlada) – aumentar a doses a cada 2 semanas Uso com alimentos Altamente metabolizada- 3% eliminada na forma inalterada Auto-indutor enzimático ± um mês para obtenção de uma concentração plasmática estável
  • 34. Oxcarbazepina e Acetato de Eslicarbazepina Oxcarbazepina Menos potente e melhor tolerado que a CBZ Menor inibição de enzimas hepáticas Acetato de Eslicarbazepina Isômero S(+) Administração em dose única diária Menor número de estudos clínicos
  • 35. Formas de Administração Etossuximida: duas vezes ao dia ( queixas GI), aumentar gradativamente a dose por um período de uma a duas semanas. Valproato: FF revestimento entérico e junto com alimentos ( queixas GI) Gabapentina: BD saturável ( com aumento da dose). inicialmente, aumentar freqüência de administração (1 x dia – 2 x dia – 3 x dia). Correção de doses em pacientes nefropatas!! Tiagabina: aumentar a dose a cada semana até resposta satisfatória Felbamato, Topiramato, Zonisamida: aumentar a dose a cada duas semanas até resposta satisfatória
  • 36. Interações Medicamentosas Induz CYP Induz UGT Inibe CYP Inibe UGT Metabolizado por CYP Metab. p/ UGT Carbamazepina 2C9; 3A* Sim 1A2;2C8;2C9;3A4 Não Oxcarbazepina 3A4 / 5 Sim 2C19 Fra Fenobarbital 2C*; 3A* Sim Sim Nã ca Não Sim o 2C9;2C19 Não Fenitoína 2C*; 3A* CYP3A4 metaboliza os contraceptivos orais ! Primidona 2C*; 3A* Sim Sim Valproato Não Lamotrigina Não Sim Não Sim Sim Não 2C9;2C19 Não Não 2C9;2C19 Não Não 2C9 Sim 2C9;2C19 Sim Não Sim Sim Topiramato Não Não 2C19 Não Etossuximida Não Não Não Não ? ? Gabapentina Não Não Não Não Não Não Tiagabina Não Não Não Não 3A4 Não Levetiracetam Não Não Não Não Não Não Zonisamida Não Não Não Não 3A4 Sim
  • 37. carbamazepina, fenitoína, oxcarbazepina fenobarbital, primidona, tiagabina, levetiracetam, BZDs i.v. valproato, lamotrigina felbamato, topiramato, zonisamida PARCIAL E GENERALIZADA TÔNICO- CLÔNICA MIOCLONIA clonazepamgabapentina AUSÊNCIA etossuximida
  • 38. Consenso de Especialistas Brasileiros (2003) Crises Generalizadas Idiopáticas Crises Parciais
  • 39. Crises Parciais e Tônico- Clônicas Generalizadas Primeira Escolha Fármacos Alternativos Fármacos Adjuvantes Carbamazepina Fenobarbital Gabapentina Fenitoína Lamotrigina Tiagabina Valproato Vigabatrina Topiramato Primidona Felbamato* *apenas para crises parciais
  • 41. Ausência Primeira Escolha Fármacos Alternativos Fármacos Adjuvantes Contra- indicados Etossuximida Clonazepam Lamotrigina Carbamazepina Valproato Topiramato Gabapentina Fenobarbital Fenitoína Tiagabina Vigabatrina
  • 42. R2 – Lista C1; R4 – Lista B1; R5 – Lista A1, R45 – apenas em casos de eclâmpsia e pré- eclâmpsia
  • 43. Reações Adversas Sedação, Sonolência Benzodiazepínicos, gabapentina, lamotrigina, leviracetam, fenobarbital, fenitoína, vigabatrina, zonisamida Tontura Gabapentina, leviracetam, zonisamida Ataxia Carbamazepina, lamotrigina, fenitoína Desconforto TGI Etossuximida, valproato
  • 44. Reações Adversas - Principais Fármacos - Fenitoína Nistagmo, diplopia, hiperplasia gengival, hirsutismo, anemia Carbamazepina Diplopia, discrasias sanguíneas Valproato Hepatotoxicidade, ganho de peso Lamotrigina Rash, síndrome de Stevens-Johnson Etossuximida Letargia, dores de cabeça
  • 45. Reações Adversas - Fármacos Adjuvantes - Felbamato Anemia aplásica, hepatotoxicidade Gabapentina Alterações comportamentais Leviracetam Astenia Vigabatrina Ganho de peso, agitação, confusão, psicose Zonisamida Agitação, rash, síndrome de Stevens-Johnson
  • 46. Uso Durante a Gravidez D Utilização de anticonvulsivantes aumenta o risco de nascimentos abaixo do peso D Malformações congênitas: evitar o uso de valproato, carbamazepina e fenitoína ou politerapia durante o 1o trimestre D Prejuízo cognitivo: evitar uso de valproato, fenitoína, fenobarbital ou politerapia durante todo o período gestacional D Gravidez -  depuração lamotrigina, fenitoína, carbamazepina, oxcarbazepina e levetiracetam
  • 47. Uso Durante a Lactação D Primidona e levetiracetam são excretados no leite materno em concentrações clínicamente relevantes D Vigabatrina: crises de espasmos em flexão afetando lactentes, cursa com retardo mental. D Valproato, fenobarbital, fenitoina e carbamazepina não são encontradas no leite materno em concentrações clinicamente relevantes
  • 48. Resultados Terapêuticos Estabelecer regime de dosagem para cadapaciente; Monitoramento crônico: controle das crises, reações adversas,ajuste social, interações medicamentosas, adesão ao tratamento Monitorar surgimento de outros distúrbios neuropsiquiátricos Retirada da Medicação – considerar quando: D Paciente sem crises a 2 – 4 anos; D EEG e exame neurológico normais; D Obteve controle completo das crises no primeiro ano de tratamento; D Início das crises entre 2 e 35 anos; Sempre retirada gradual!!!
  • 49. Estado de Mal Epiléptico (Status Epilepticus) Convulsões recorrentes sem períodos conscientes intercaladosentre as mesmas, ou convulsões de duração superior a 30 min. Emergência médica!!! Crises > 60 min de duração podem ocasionar dano neuronal Mortalidade – 20% Objetivos do tratamento: D Estabilizar o paciente (função cardiorespiratória, glicemia, etc.) D Interromper a atividade clínica e elétrica D Prevenir a reincidiva
  • 50. Farmacoterapia das Emergências Convulsivas D Benzodiazepínicos: lorazepam i.v./i.o., diazepam i.v. ou retal, midazolam i.v., intranasal, i.m. D Se não ceder em 10 min, repetir BZD D Se não ceder em mais 10 min: fenitoína i.v. ou fosfenitoína i.v. D Após 30 min: repetir fenitoína ou fenobarbital i.v. D Após 60 min: anestesia geral (tiopental, midazolam ou propofol i.v.) D Att.: risco de depressão respiratória com BZD ou BZD + fenobarbital i.v.
  • 51. Outros Usos de Anticonvulsivantes D Estabilizadores do humor (valproato, carbamazepina, lamotrigina) D TDAH D Transtorno de Estresse Pós-traumático (lamotrigina) D Enxaqueca (fenitoína, gabapentina, topiramato) D Obesidade (topiramato) D Dor neuropática (carbamazepina, gabapentina, pregabalina) • Neuralgias do trigêmeo e glossofaríngeo • Tabes dorsalis D Outras condições dolorosas crônicas, resistentes ao tratamento convencional