O documento discute a avaliação do crescimento e desenvolvimento de crianças. Ele explica que o crescimento é medido quantitativamente por peso, altura e perímetros, enquanto o desenvolvimento é avaliado qualitativamente por habilidades e competências. Também descreve os fatores que influenciam o crescimento e desenvolvimento e as ações necessárias para sua promoção.
2. A Puericultura efetiva-se pelo acompanhamento
periódico e sistemático das crianças para:
• Avaliação do Crescimento e Desenvolvimento.
• Avaliação da Imunização.
• Avaliação e orientação sobre Alimentação: Aleitamento
materno e Alimentação Complementar.
• Orientações para a família sobre a Prevenção de
Acidentes.
Identificação precoce dos agravos, com vista à
intervenção efetiva e apropriada
RETOMANDO PONTOS IMPORTANTES
4. • O que precisamos saber sobre crescimento e
desenvolvimento?
• Quais as implicações do crescimento e
desenvolvimento para a saúde da criança e do
adolescente?
• Quais as ações para a promoção da saúde da criança e
do adolescente?
• O que compete a(ao) enfermeira(o)?
QUESTIONAMENTOS NECESSÁRIOS
6. Aumento do tamanho corporal e, portanto, ele cessa
com o término do aumento em altura (crescimento
linear)
Um dos melhores INDICADORES DE SAÚDE DA
CRIANÇA
CRESCIMENTO
• O planejamento familiar
• Assistência adequada no pré-natal, ao parto e puerpério,
• Medidas de promoção, proteção e recuperação da saúde
nos primeiros anos de vida.
7. AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO
Como avaliar o crescimento?
Exame antropométrico que consiste na
verificação do peso, estatura e
perímetros
Peso e estatura
São os dois índices mais importantes
na avaliação do crescimento.
O peso é um excelente indicador
das condições de saúde e nutrição
da criança
8. • Dois primeiros anos – elevada.
• Após os dois primeiros anos - declínio gradativo e pronunciado
até os cinco anos de idade.
• A partir do quinto ano, a velocidade de crescimento é
praticamente constante, de 5 a 6 cm/ano até o início do estirão
da adolescência - em torno dos 11 anos de idade nas meninas e
dos 13 anos nos meninos.
• A velocidade de crescimento geral não é uniforme ao longo dos
anos e os diferentes órgãos, tecidos e partes do corpo não
crescem com a mesma velocidade.
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO
10. PESO
Importante indicador das condições de
saúde e da nutrição da criança;
• Parâmetro de fácil obtenção e
sensível aos agravos;
• Nascimento: 3000 a 3500g;
• Perda fisiológica: 10% do peso do
nascimento (até 5º dia);
• Recuperação: até o 10º dia de vida.
PESO DO NASCIMENTO +
AUMENTOS MENSAIS
Ganho Ponderal Médio Mensal:
1º trimestre: 25 a 30 gramas/dia
700 gramas/mês
2º trimestre: 20 gramas/dia 500
gramas/mês
3º trimestre: 15 gramas/dia 400
gramas/mês
4º trimestre: 10 gramas/dia 350
gramas/mês
(MURAHOVSCHI, 1994)
PESO
4-5 meses: dobra de peso
1 ano: triplica de peso
2 anos : quadruplica
Durante segundo ano: 2,5kg
Pré-escolar: 2kg/ano
Escolar: 3,5kg/ano
12. ESTATURA
• Mais estável e regular;
• Os aumentos no
comprimento ocorrem
em estirões repentinos.
Ganho estatural médio de
0 a 4 anos
0 a 3m: 3cm/mês
3 a 6m: 2cm/mês
6m a 1a:1-1,5cm/mês
1 a 2a: 1cm/mês
2 a 4a:0,75cm/mês
Estimativa de estatura
Ao nascer: aprox. 50cm
1a: aprox. 75cm
2a: aprox. 82 cm
3a: aprox. 91cm
4a: aprox. 1m
INSTRUMENTOS E TÉCNICAS DE
MEDIÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Comprimento/altura: comprimento
(crianças de 0 a 23 meses - deitada)
Instrumentos de medição: a medição do
comprimento da criança de 0 a 23 meses é
feita deitada sobre uma mesa
antropométrica ou com o auxílio de uma
régua antropométrica sobre uma superfície
plana.
14. PERÍMETRO CRANIANO
• Indica crescimento do cérebro (até 36
meses);
• Avaliado mensalmente até o final do
primeiro ano de vida;
• Aumento: primeiros 6 meses: aprox.1,5
cm/mês. Segundo semestre: 0,5
cm/mês.
O PC aumenta 10 cm no primeiro ano
de vida e mais 10 cm nos 20 anos seguintes
( 80 a 85% do crescimento do PC se faz até
4 a 5 anos e 35% até os 6 anos).
Fechamento:
Fontanela lambdóide: 6ª e 8ª semana de
vida
Fontanela bregmática: 12-18 meses
Crescimento do PC de 0 a 3 anos
Ao nascimento: aprox. 35 cm
1° trimestre: aprox. 5 cm
2° trimestre: aprox. 5 cm
3° trimestre : aprox. 2 cm
4° trimestre : aprox. 1 cm
Estimativa do PC
12m: aprox. 47 cm
18m: aprox 48 cm
2a: aprox 49 cm
PERÍMETRO TORÁCICO
• Nascimento: 30 a 33cm
Relação entre PC e PT
Até 6m: PC superior ao PT
Cerca de 6 m: PC igual ao PT
Cerca de 9 m: PC é inferior ao PT
PERÍMETRO ABDOMINAL
Medida da circunferência do
abdômen.
Serve para monitorizar a evolução de
certas patologias: ascite, tumores e
visceromegalias.
Fita métrica passa pela cicatriz
umbilical.
15. Até os 2 anos: aproximadamente PT = PC = PA; em seguida passa a
predominar o PT Até 6 meses: até 6 meses PC maior que PT; a seguir, PT
ligeiramente maior que PC.
FONTANELA
BREGMÁTICA
Ao nascimento: 4-6cm
(maior diâmetro)
• Fechamento: 10-18
meses
• Avaliar: Tensão e
abaulamento
IMPORTANTE
17. • Técnica para tomada de peso
• Técnica para anotação no gráfico
• Interpretação
• Curva ascendente: criança sadia, ganhando peso
• Curva paralela: ausência de ganho de peso ou ganho insuficiente
• Curva decrescente: perda de peso
Significa que a criança está recebendo
quantidade insuficiente de nutrientes e calorias
ou apresenta alguma alteração no seu
estado de saúde
CARACTERIZAÇÃO DO NORMAL – GRÁFICO
18. Sobrepeso ou
obesidade
Magreza ou peso
baixo para a idade
Magreza acentuada
ou peso muito
baixo para a idade
Abordagem
interdisciplinar
Fórmula para cálculo do IMC
IMC = peso(kg)/altura²(m)
20. Refere-se às mudanças qualitativas, tais como aquisição e o
aperfeiçoamento de capacidades e funções, que permitem à
criança realizar coisas novas, progressivamente mais
complexas, com uma habilidade cada vez maior.
O crescimento
termina em determinada idade , quando esta alcança a sua
maturidade biológica
≠
O desenvolvimento
é um processo que acompanha o homem através
de toda a sua existência
DESENVOLVIMENTO
21. FATORES QUE INFLUENCIAM
O DESENVOLVIMENTO
Há fatores que interferem
desenvolvimento infantil e que iniciam
mesmo antes do nascimento e continuam
durante toda a vida dos indivíduos.
1. Aspectos biológicos e psicológicos da
própria criança
• Tendências hereditárias (ex.: propensão
a determinada doença);
• Constituição física, sexo (menino ou
menina);
• Tipo de personalidade
(ex.: introvertida/extrovertida).
22. 2. Família:
• Nível socioeconômico
• Religião e cultura
• Casamento/Divórcio
• Forma de comunicação entre pais e filhos
3. Escola:
• Professores
• Colegas
• Proposta pedagógica e metodologia de
ensino
• Avaliação da aprendizagem e do
comportamento
FATORES QUE INFLUENCIAM
O DESENVOLVIMENTO
23. RECÉM - NASCIDO
Reflexo Resposta Significado
Sucção O bebê suga quando algum objeto é colocado
em sua boca.
Permite a alimentação.
Marcha Quando o bebê é seguro na posição ereta por
um adulto e depois é movido para a frente,
começa a mover-se como que dando passos
ritimados.
Precursor do andar voluntário.
Rotação Quando a face do bebê é tocada, ele vira a
cabeça na direção do toque e abre a boca.
Ajuda o bebê a encontrar o
mamilo para se alimentar.
Preensão
palmar
Quando um objeto é colocado na palma da mão
do bebê, ele o agarra.
Precursor do andar voluntário.
Piscar Em resposta à luz ou ruídos fortes, o bebê fecha
os olhos.
Proteção dos olhos.
Babinski Quando a sola do pé é acariciada do calcanhar
em direção aos dedos, os dedos dos pés do bebê
se distendem.
Desconhecido.
Moro Em resposta a um ruído alto ou quando a cabeça
pende, o bebê abre os braços e fecha num
movimento semelhante a um abraço.
Desaparece no 5 mês.
É possível que esteja ligado à
proteção, ajudando o bebê a se
agarrar à mãe.
Preensão
plantar
Ocorre quando tocamos a planta do pé abaixo
dos artelhos e os mesmos assumem a posição de
garras; quando para o estimulo os artelhos se
estendem. Até os 9 meses os dedos se fletem,
quando na posição de pé, que é quando ele
desaparece.
24. O desenvolvimento cognitivo é um processo interno, mas pode ser
observado e "medido“ através das ações e da verbalização da criança.
Envolve:
O processo de pensamento, o qual inclui as seguintes capacidades:
• compreensão dos fatos que ocorrem à sua volta;
• percepção de si mesmo e do ambiente;
• percepção de semelhanças e diferenças;
• memória;
• execução de ordens;
• compreensão de conceitos de cor e de forma;
• compreensão de tamanhos;
• compreensão de espaço;
• aquisição de conceitos e o estabelecimento de relações entre fatos e
conceitos;
• compreensão de tempo e a relação dos conceitos entre si.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
25. É a capacidade de realizar movimentos por determinação
da própria vontade:
• Habilidades: posição ereta/caminhar,
coordenação/manipulação de objetos
• Exemplos: sentar-se, apanhar e largar, empilhar, ficar de
pé, caminhar, etc.
É produto de: amadurecimento do SNC (céfalo-caudal e
próximo-distal)
• Estímulo
• Aprendizagem
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
26.
27.
28.
29. • Abrange, em geral, todos os comportamentos que constituem a
adaptação social;
São comportamentos aprendidos e resultantes de:
• crescimento e desenvolvimento neurológicos
• estímulo
• aprendizagem (educação, normas de convivência)
Exigir comportamento para qual ainda não há maturidade necessária;
Superproteção: interfere no processo de autoestima e confiança em si
mesma.
Aquisições especiais
• alimentação: interação social;
• aceitação de limitações e brincadeiras;
• controle dos esfíncteres: aprendizagem de controle sobre o próprio
corpo e sobre a maneira pela qual a própria conduta gera reações por
parte dos adultos.
AJUSTE PSICOSSOCIAL
30. COMUNICAÇÃO
Requer comportamentos relacionados a:
LINGUAGEM
Não é simples trabalho de imitação: é aprendizagem complexa;
É produto de:
• atividade intelectual
• estimulação social
Permite expressar ideias, sensações e emoções:
Audição
Compreensão
Expressão
31. Devem favorecer o crescimento físico e aperfeiçoar as atividades motoras.
Exemplos: saltar, correr, escalar, ginástica, natação, etc.
Brinquedos construtivos e criativos
Atividades tranquilas
Desenvolvimento do motor fino
Auto expressão
Exemplos: quebra-cabeças, argila, pintura, livros ilustrados, etc.
Pré-escolar: brincadeiras imitativas e dramatização
BRINCADEIRAS
32.
33. REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento
de Atenção Básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil / Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de
Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2012.
Bee, H. A criança em desenvolvimento. Tradução Maria Adriana
Veríssimo Veronese. 9a ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003. 612p.
Hockenberrry, M.J. Wong Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. 7ª ed.,
Rio de Janeiro: Elsevier, 2011