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CAPÍTULO IX
O SÉCULO XVI, UM PERÍODO DE QUÍMICA TÉCNICA
O Século XVI foi um período de grande avanço científico. Muitos dos
novos avanços sociais e culturais favoreceram uma abordagem
diferente a velhos problemas. Entre eles estava um panorama
geográfico ampliado devido à descoberta do Novo Mundo, a
disseminação de conhecimento através da máquina impressora, e a
disponibilidade aumentada dos autores gregos clássicos devido à
dispersão dos eruditos Bizantinos após a queda de Constantinopla em
1454. Como resultado, todas as ciências mostraram um período de
desenvolvimento ativo. Esse foi mais espetacular nas ciências mais
antigas e bem-estabelecidas, e os nomes de Vesalius (1514-1564) na
Anatomia e Copérnico (1473-1543) na Astronomia testificam o vigoroso
espírito novo que prevalecia. A Química não era ainda uma ciência
perseguida individualmente como um objetivo, e não fazia o rápido
progresso que era observado nos outros campos. Porém, de maneiras
menos óbvias, ela fez avanços significativos. Pela primeira vez,
métodos químicos eram descritos por muitos dos autores químicos de
uma forma completa e clara. Os tecnologistas que empregavam
processos químicos não eram alquimistas e frequentemente não
acreditavam na possibilidade de transmutação. Seu interesse recaía na
verdadeira consecução de algum propósito prático. Tais homens
sempre existiram, e as pistas de suas atividades discutidas no capítulo
anterior indicam que eles estavam fazendo rápido progresso. Com o
início do Século XVI, a extensão do seu progresso tornou-se aparente.
Livros sobre tecnologia prática apareceram com frequência crescente.
Tais trabalhos raramente discutiam teorias químicas em detalhe. As
ideias antigas de Aristóteles e a modificação do enxofre-mercúrio destas
obras foram tidas como certas, e, quando qualquer explicação teórica
era oferecida, o era nesses termos. Os trabalhos químicos principais do
período discutiam métodos, aparatos e reagentes.
Não quer dizer que os alquimistas estavam inativos. Impressões de
livros alquímicos tinham começado lentamente, e alguns apareceram
antes de 1500. Após essa época, entretanto, uma inundação de tais
trabalhos saiu das prensas. Os clássicos mais antigos foram impressos
em compilações, e muitos novos autores apareceram na forma
impressa. Desde que praticamente todos eles meramente repetiam o
que tinha sido anteriormente, esse tipo de literatura praticamente não
contribuiu para o progresso químico. Em adição, a tendência crescente
em direção às alegorias e ao misticismo nos escritos alquímicos
mostrou que o assunto estava seguindo o mesmo curso na Europa
como tinha acontecido na Alexandria, China e no mundo Islâmico. Foi
apenas por causa do novo panorama do mundo ocidental que a
Química não afundou novamente no pântano dos comentários estéreis
e supersticiosos que caracterizaram os períodos posteriores das outras
culturas. Os tecnologistas práticos deram um novo ímpeto ao
pensamento químico que permitiu à Química continuar avançar em
novas direções.
O período sob discussão é assim aquele no qual o ramo tecnológico da
ciência progrediu enquanto a lado teórico permaneceu relativamente
inativo. Como foi dito, isso não era uma condição favorável para o mais
rápido avanço da química como um todo. Porém, as novas descobertas
e o novo cenário dos tecnologistas desacobertou tantos novos fatos que
as novas teorias tinham que ser envolvidas para explicá-los. Os
avanços tecnológicos carregaram com eles as sementes de novas
teorias, e, no Século XVII, o progresso teórico mais uma vez se tornou
rápido.
A abertura do Século XVI foi marcada pela publicação de um importante
livro, o “Liber de arte distillandi de simplicibus” comumente chamado de
o Pequeno Livro da Destilação de Hieronymus Brunschwygk
(1450-1513), que apareceu em 1500. Brunschwygk estava interessado
em obter os agentes medicinais das plantas por destilação das “águas”
dessas plantas. As plantas eram maceradas e misturadas com água ou
álcool antes do tratamento, dando assim, com efeito, a destilação do
vapor. Ele frequentemente usava um banho de água em suas
destilações, e condensando as essências das plantas em um alambique
cônico resfriado por ar, que era chamado de Rosenhutt. Todos os seus
aparatos e métodos eram descritos em detalhes. Em 1512 ele publicou
uma edição ampliada do seu trabalho. O Grande Livro da Destilação. O
ímpeto assim dado ao estudo da destilação e à preparação de
medicamentos de plantas foi influente ao longo do século, como
mostrado pelo número dos livros de destilação que foram publicados
naquela época.
De ainda maior significância foi o progresso na Química metalúrgica e
mineralógica. Está claro que mineradores e ensaístas estiveram ativos
por um longo tempo e desenvolveram seus métodos a um elevado grau
sem registrá-los de forma permanente, porque nos primórdios do Século
XVI apareceram dois livros anônimos que descreviam um avançado
estado da arte. Eles foram publicados em Alemão ao invés de em Latim,
e isso mostrou que eram fruto do trabalho prático de mineiros e não de
eruditos. Tais homens estavam agora desejando explicar seus métodos
para o benefício de trabalhadores mais jovens.
Os dois livros eram os Niitzliches Bergbiichlein e o Probinbiichlein
Eles apareceram primeiro por volta de 1510 e foram reimpressos
frequentemente nos anos seguintes, frequentemente com a adição de
novos materiais. O primeiro é principalmente de interesse geológico e
mineralógico, o segundo é principalmente dedicado aos ensaístas. As
primeiras dicas de métodos de ensaio dadas por Geber são mostradas
como parte de um sistema bem desenvolvido para a testagem de
valores de minérios, principalmente aqueles de ouro e prata. Os
métodos de ensaio a seco dados no Probierbiichlein são ainda válidos
hoje. Mais importante é o fato que os métodos são quantitativos.
Balanças são usadas rotineiramente e é assumido que elas podem ser
facilmente adquiridas. Instruções cuidadosas são dadas para a
manufatura e calibração de pesos. Obviamente, no campo mineralógico,
determinações quantitativas são dadas como fato consumado. Em
muitos casos os alquimistas empregaram métodos muito crus de
pesagem, mas o cuidado e a acuracidade dos ensaístas é agora
revelada. Isso não poderia falhar em influenciar os trabalhadores de
outros campos da Química. A dispersão de ideias quantitativas é
mostrada no trabalho de Giovan Battista della Porta (1545-1615) quem
descreveu a destilação de óleos essenciais para perfumes, e pela
primeira vez fala de rendimentos.
A publicação daqueles pequenos manuais de mineração e metalurgia
mostra que aqueles assuntos eram de interesse amplo. O fato de que
eles apareceram na Alemanha indica que os países do Norte Europeu
estavam se tornando cientificamente ativos. O principal centro científico
nos séculos primordiais tinha sido a Itália, mas agora o resto da Europa
estava se ocupando em trabalhar.
O interesse em metalurgia foi grandemente estimulado pela aparição de
três trabalhos excepcionais sobre esse assunto no Século XVI. Eram
eles o De la pirotechnia de Vannuccio Biringuccio (1480- c. 1539),
publicado em 1540,’ o De re metallica de Georg Bauer, comumente
chamado pela forma latina do seu nome, Agricola (1494-1555),
publicado em 1556, e o Tratado sobre Minérios e Ensaios de Lazarus
Ercker (falecido em 1593), publicado em 1574. Todos esses trabalhos
davam descrições detalhadas sobre a prática da mineração, o
tratamento dos minérios, e a preparação dos reagentes tais como
ácidos minerais e sais necessários aos processos químicos
empregados.
Biringuccio era um metalurgista prático que escreveu, em Italiano, o
primeiro trabalho a cobrir todo o campo da metalurgia. Ele era
amplamente baseado nas suas próprias observações experiência.
Como no Probierbiichlein, o espírito quantitativo era evidente. A
acurácia dos seus métodos de ensaio estava clara, desde que ele
estabeleceu que qualquer coisa prometida pelo ensaio deveria ser
obtida na operação de grande escala. Isso era obviamente matéria de
grande importância aos proprietários das minas, e isso mostra que o
desenvolvimento de métodos quantitativos era devido às muitas
considerações práticas que não eram de interesse dos alquimistas.
Lazarus Ercker era superintendente de minas para o Imperador Rudolf
II. Seu livro também registra os resultados de suas próprias
experiências e foi escrito, como ele afirma, para a instrução de
mineradores jovens. Ele devotou muita atenção à construção de
balanças e a calibração de pesos, e afastou todas as ideias teóricas em
umas poucas breves sentenças.
Georgius Agricola era um médico em uma região de mineração da
Alemanha. Ele era o mais instruído dos autores metalúrgicos. Ele
escreveu vários livros em Latim sobre vários aspectos da mineração.
Em seu De natura fossilium, publicado em 1546, ele classificou minerais
em terras, pedras propriamente assim chamadas (incluindo gemas
como coisas distintas de rochas), sucos solidificados (sais), metais, e
compostos (tais como galena e piritas). Isso era claramente derivado
das classificações Árabes, e eram baseadas em propriedades físicas, a
única base possível naquele tempo. Por causa do seu estilo,
completitude, e excelentes ilustrações, seu De re metallica tornou-se um
trabalho muito popular. Apesar de Agricola não ser um metalurgista
prático como o eram Biringuccio e Ercker, ele tinha observado a
indústria de mineração pela maior parte da sua vida, e ele descreveu o
processo da metalurgia com uma clareza inédita. A descrição completa
da preparação de substâncias químicas encontradas na última parte do
seu conjunto de obras estabeleceu um exemplo que influenciou
escritores dos livros mais puramente químicos dos períodos vindouros.
Os trabalhos desses escritores metalúrgicos foi de importância também
na medida em que eles registraram, pela primeira vez, algumas das
observações dos mineradores práticos que eram mais influenciados
pelo que eles viam do que por qualquer teoria dos alquimistas. Os
últimos, por exemplo, afirmavam categoricamente a crença de que
existiam apenas sete metais, correspondentes aos sete corpos celestes.
Os mineradores notaram outros metais, a alguns desses eram
mencionados nos livros metalúrgicos. Zinco, cobalto, e bismuto foram
primeiro discutidos nessas publicações. Ainda mais importante para o
futuro da química era a preocupação depositada na necessidade de
acurácia de métodos quantitativos, e o fato de que um exemplo foi
estabelecido para descrever métodos químicos e aparatos, e
preparação com completos detalhes e clareza de tal forma que qualquer
um pudesse repetir o trabalho. De ainda maior significância para o
progresso químico foi o trabalho de um tipo completamente diferente de
homem. Phillipus Theophrastus Bombastus von Hohenheim
(1493-1541), que chamava-se a si mesmo de Paracelsus, foi uma das
figuras mais controversas na história tanto da medicina quanto da
química. Um médico de grande originalidade de mente e extrema
violência de temperamento, ele gastou a maior parte da sua vida
vagando de lugar em lugar se engajando em controvérsias
tempestuosas com médicos regulares que ainda seguiam as teorias de
Galeno. Tão violenta era a oposição que ele provocava, que muitos dos
seus escritos não puderam ser publicados durante o tempo em que ele
estava vivo. Em torno de vinte anos após sua morte eles começaram a
serem impressos. Eles logo atraíram um grande número de leitores. As
ideias de Paracelsus mudaram o curso da medicina de da química
decisivamente.
Paracelsus baseou suas ideias nos escritos de homens como John de
Rupescissa e Arnold de Villanova, que tinham defendido o uso de
substâncias químicas como remédios para curar males, a partir dos
livros de destilação de Brunschwygk e seus sucessores, e dos
escritores metalúrgicos do período. Ele cresceu em um distrito
minerador e assim teve contatos diretos com os conhecimentos de
metalurgia. Ele também foi influenciado pelas teorias astrológicas do
seu tempo, e muitos dos seus trabalhos eram “deturpados” por uma
abordagem mística, por uma estranha terminologia, e por um estilo
muito confuso de escrita. Em muitas instâncias, não fica claro de
nenhuma maneira quais eram as suas ideias. As linhas gerais de suas
teorias químicas de medicina estão bem estabelecidas, entretanto.
Para Paracelsus, o termo Alquimia tinha um significado mais amplo do
que tinha sido previamente dado a ele. Ele significava qualquer
processo no qual produtos naturais eram adaptados para um novo fim.
Isso incluía mesmo processos de trabalhar o ferro ou de assar pães.
Desde que ele acreditava fortemente na teoria da similaridade entre o
macrocosmo, o grande mundo, e o microcosmo, o homem, ele
estabeleceu que a digestão humana era também um processo
alquímico, direcionado por um alquimista a quem ele chamou de
Archaeus. Esse alquimista separava substâncias venenosas das
nutritivas no corpo. O alvo mais importante da Alquimia era preparar
medicamentos, ou arcana, que podiam restaurar o balanço corporal
perturbado pela doença. Portanto, embora Paracelsus acreditasse na
possibilidade de transmutação, ele considerava que esse não era o
propósito principal do alquimista. Suas visões o levaram muito mais
próximo do conceito modernos de química do que qualquer um antes
dele.
Para preparar seus medicamentos, ele sujeitou um grande número de
metais a um conjunto padronizado de reações, assim obtendo uma série
de sais de vários metais em solução. Tais soluções salinas ele chamou
de “óleos”. Dessa forma, pela primeira vez ele generalizou reações
químicas ao invés de considerar cada processo como um tratamento
individual de uma substância separada. Ao mesmo tempo, o uso de
substâncias minerais na medicina incrementou grandemente o número
de medicamentos disponíveis, apesar de existir pouca dúvida de que
em alguns casos os remédios eram distintamente perigosos aos
pacientes.
A ênfase dada por Paracelsus à Iatroquímica, o uso da Alquimia (ou
Química) para a preparação de remédios, modificou fortemente as
teorias mais antigas de medicina. Apesar de suas ideias encontrarem
vigorosa oposição entre os médicos conservadores, um grande grupo
de Paracelsianos surgiu na segunda metade do Século XVI e difundiu
suas doutrinas iatroquímicas amplamente. O novo panorama dos
iatroquímicos lançou as fundações para a ideia moderna de
quimioterapia. Ao mesmo tempo estimulou a busca por novos
medicamentos, e assim apressou a descoberta de novas substâncias
químicas.
Em adição a esse efeito do trabalho de Paracelsus em Química prática,
ele fez uma contribuição à Química Teórica que foi rapidamente
adotada por quase todos os químicos. Além dos tradicionais Mercúrio e
Enxofre como componentes dos metais, Paracelsus adicionou um
terceiro componente, Sal, Esse era realmente apenas uma expressão
concreta da ideia primordial de espírito, alma, e corpo, ou mais
precisamente, gás, líquido e sólido, os quais sempre estiveram nas
mentes dos alquimistas. A teoria do mercúrio-enxofre não deixou lugar
satisfatório para o corpo. Pela época de Paracelsus, o ar (o qual
Paracelsus frequentemente chamava pelo nome geral de “caos”) tinha
perdido sua importância prévia entre os elementos, e o fogo tinha
tomado o seu lugar. O Fogo era mais frequentemente considerado um
princípio combustível. O Enxofre representava esse princípio inflamável,
a alma; o Mercúrio era a “água” ou o “espírito”; e agora o Sal tornou-se
o corpo terreno. Assim, quando a madeira queima, “o que queima então
é o enxofre, aquilo que vaporiza é o Mercúrio, aquilo que se torna em
cinzas é o Sal.” Esse conceito ajustou-se tão bem às observações feitas
quando substâncias eram destiladas a seco, como era comumente feito
quando elas eram analisadas, que a teoria foi aceita imediata e
facilmente, e assim a doutrina da matéria prima quase completamente
substituiu a teoria anterior do enxofre-mercúrio. Pode-se notar que
Paracelsus assumiu os quatro elementos Aristotélicos como base,
entretanto ele deu pouca importância a eles, e o seu Enxofre, Mercúrio
e Sal não eram as substâncias familiares e representados por aqueles
nomes, mas suas essências mais abstratas.
As contribuições de Paracelsus tenderam a mudar o curso do
desenvolvimento Químico, mas existia tanta especulação mística e
fantástica em seus escritos que suas ideias não foram difundidas de
imediato. A publicação ativa dos seus manuscritos começou por volta de
1560, após a aparição de alguns livros alquímicos que de alguma forma
prepararam o público leitor para esse tipo de argumentação. As
violentas polêmicas entre seus aderentes e oponentes ajudou a divulgar
suas doutrinas. Os primeiros Paracelsianos aceitaram suas teorias com
muitas das suas fantasias associadas. Gradualmente, entretanto, os
mais quimicamente
Orientados começaram a peneirar as contribuições químicas, e os
iatroquímicos posteriores passaram a não aceitar todas as suas ideias.
Por volta do fim do Século XVI, diversas publicações que supostamente
foram escritas no Século XV apareceram, antes da época de
Paracelsus. Destas, os escritos de Johann Isaac Hollandus e Isaac
Hollandus, pai e filho, mostravam pouca originalidade, mas incluíam
muitas ideias que são tipicamente Paracelsianas. Desde que esses
trabalhos clamavam preceder os de Paracelsus, muitos membros da
facção anti-Paracelsus ficaram felizes em acusa-lo de plágio. Está
positivamente estabelecido que esses trabalhos datam da última parte
do Século XVI, e tiraram suas ideias de Paracelsus, ao invés do que foi
inversamente afirmado.
Uma alegação similar de um escrito do Século XV é encontrada nos
trabalhos, mais importantes na história da química, que são atribuídos a
Basil Valentine, um suposto monge Beneditino. Seus trabalhos foram
publicados por Johann Thpeilde de Hesse, que tinha ele próprio escrito
um livro sobre sais. Os trabalhos de Basil Valentine lembram os de
Paracelsus em muitos aspectos, usando os termos Archaeus, arcanum,
e caos, e o conceito de tria prime (tríade primária). Eles eram também
usados como evidência pelos anti-Parecelsianos para depreciar
originalidade do seu mentor. Nenhuma evidência para a existência de
Basil Valentine foi descoberta, e não se sabe se os seus escritos
atribuídos sob esse nome eram Pós-Paracelsianos. É usualmente
pensado que o Editor Thiilde era o real autor da literatura de Valentine,
assim essa conclusão não é aceita amplamente. Não existe dúvida,
entretanto, que os trabalhos foram escritos no fim do Século XVI.
O mais famoso dos livros de Basil Valentine foi A Carruagem Triunfal do
Antimônio, publicado em 1604, que exalta o uso medicinal deste metal e
seus sais. De um ponto de vista químico ele dá descrições muito claras
da preparação de compostos de antimônio. Ele foi chamado de a
primeira monografia dedicada À química de um único metal. O livro é
um excelente exemplo da clara descrição dos métodos químicos e
resultados típicos da última parte do Século XVI.
A clareza da apresentação atingiu uma nova altura nos trabalhos de
Andreas Libau, ou Libavius na forma Latina (cerca de 1540-1616), um
professor de escola e um médico cujo interesse em Química aumentou
à medica que envelheceu, de modo que ele finalmente pode escrever o
primeiro texto verdadeiro de Química. Libavius era um iatroquímico, mas
não um seguidor cego de Paracelsus. A despeito das suas crenças em
um número de superstições mediavais. Sua mente era muito mais lógica
e racional. Ele foi fortemente influenciado pelo trabalho de Agricola, o
qual ele lembrava em muitos aspectos.
No seu trabalho principal, a Alchemia, publicado em 1597, tentativas de
incluira em um único livro todos os assuntos que hoje são tratados como
químicos, mas que, até o seu tempo, tinham estado dispersos por todas
as literaturas alquímicas, farmacêuticas, e temas similares. Ele usou o
termo alquimia, como o fez Paracelsus, para incluir o que agora é o
termo Química, e em sua sentença de abertura defina-a como:
“Alquimia é a arte de produzir magistérios e de extrair essências puras
pela separação de corpos a partir de misturas.” Ele dividiu a Alquimia
em duas partes, encheria, os métodos de operação, e chymia, a
combinação de substâncias químicas. Sua classificação das divisões da
química era lógica, e suas descrições eram claras. O livro serviu como
livro-texto de Química por longo tempo. É interessante notar que
Libavius ainda admitia a verdade da transmutação alquímica, a despeito
do seu tratamento lógico da Química. Ele não foi claro em suas
explicação da teoria de reações químicas, tais como a precipitação de
cobre pelo ferro, ou a conversão de metais em óxidos, os quais ele
tratou como um tipo de transmutação.
Ele foi mais certeiro em suas instruções práticas. Especialmente no seu
livro sobre Química Ténica, o Syntagma, o qual foi publicado em
1611-1613. Aqui ele dá claras instruções para a preparação de aqua
regia e ácido sulfúrico. Ele reconheceu a identidade desse ácido
preparado pela queima de enxofre em ar úmido e o diferenciou do ácido
preparado a partir do vitriol. Ele deu as primeiras instruções para a
preparação de ácido clorídrico (spiritus salis) pelo aquecimento do sal
com água na presença de argila, ou seja, em cadinhos de argila. Seu
nome foi associado com o tetracloreto de estanho (spiritus fumans
Libaviz), cuja preparação descreveu brevemente. Ele ofereceu plantas
detalhadas para a construção de laboratórios químicos, apesar de tal
laboratório não ter sido construído até 1683 em Altdorf.
Seus livros assim resumem o espírito do Século XVI, com sua ênfase na
prática às custas da teoria, e com seu grande sucesso em estabelecer a
Química como uma ciência por seu próprio direito, uma passível de
estudos independentes. A ênfase na Química pelos metalurgistas e
pelos Paracelsianos finalmente resultou em um verdadeiro livro-texto de
Química.
QUESTIONÁRIO
1) Quem foi Hieronymus Brunschwygk e qual o seu papel no
desenvolvimento das técnicas de destilação e no uso da balança?
2) Qual a contribuição de Biringuccio e de Ercker para a química
prática?
3) Quais as modificações introduzidas por Paracelsus na Alquimia
que impactaram a Química teórica e prática?
4) Qual a importância do livro de Libavius para o desenvolvimento da
química teórica e experimental?

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Capítulo 9 - Século XVI, um periodo de química técnica

  • 1. CAPÍTULO IX O SÉCULO XVI, UM PERÍODO DE QUÍMICA TÉCNICA O Século XVI foi um período de grande avanço científico. Muitos dos novos avanços sociais e culturais favoreceram uma abordagem diferente a velhos problemas. Entre eles estava um panorama geográfico ampliado devido à descoberta do Novo Mundo, a disseminação de conhecimento através da máquina impressora, e a disponibilidade aumentada dos autores gregos clássicos devido à dispersão dos eruditos Bizantinos após a queda de Constantinopla em 1454. Como resultado, todas as ciências mostraram um período de desenvolvimento ativo. Esse foi mais espetacular nas ciências mais antigas e bem-estabelecidas, e os nomes de Vesalius (1514-1564) na Anatomia e Copérnico (1473-1543) na Astronomia testificam o vigoroso espírito novo que prevalecia. A Química não era ainda uma ciência perseguida individualmente como um objetivo, e não fazia o rápido progresso que era observado nos outros campos. Porém, de maneiras menos óbvias, ela fez avanços significativos. Pela primeira vez, métodos químicos eram descritos por muitos dos autores químicos de uma forma completa e clara. Os tecnologistas que empregavam processos químicos não eram alquimistas e frequentemente não acreditavam na possibilidade de transmutação. Seu interesse recaía na verdadeira consecução de algum propósito prático. Tais homens sempre existiram, e as pistas de suas atividades discutidas no capítulo anterior indicam que eles estavam fazendo rápido progresso. Com o início do Século XVI, a extensão do seu progresso tornou-se aparente. Livros sobre tecnologia prática apareceram com frequência crescente. Tais trabalhos raramente discutiam teorias químicas em detalhe. As ideias antigas de Aristóteles e a modificação do enxofre-mercúrio destas obras foram tidas como certas, e, quando qualquer explicação teórica era oferecida, o era nesses termos. Os trabalhos químicos principais do período discutiam métodos, aparatos e reagentes.
  • 2. Não quer dizer que os alquimistas estavam inativos. Impressões de livros alquímicos tinham começado lentamente, e alguns apareceram antes de 1500. Após essa época, entretanto, uma inundação de tais trabalhos saiu das prensas. Os clássicos mais antigos foram impressos em compilações, e muitos novos autores apareceram na forma impressa. Desde que praticamente todos eles meramente repetiam o que tinha sido anteriormente, esse tipo de literatura praticamente não contribuiu para o progresso químico. Em adição, a tendência crescente em direção às alegorias e ao misticismo nos escritos alquímicos mostrou que o assunto estava seguindo o mesmo curso na Europa como tinha acontecido na Alexandria, China e no mundo Islâmico. Foi apenas por causa do novo panorama do mundo ocidental que a Química não afundou novamente no pântano dos comentários estéreis e supersticiosos que caracterizaram os períodos posteriores das outras culturas. Os tecnologistas práticos deram um novo ímpeto ao pensamento químico que permitiu à Química continuar avançar em novas direções. O período sob discussão é assim aquele no qual o ramo tecnológico da ciência progrediu enquanto a lado teórico permaneceu relativamente inativo. Como foi dito, isso não era uma condição favorável para o mais rápido avanço da química como um todo. Porém, as novas descobertas e o novo cenário dos tecnologistas desacobertou tantos novos fatos que as novas teorias tinham que ser envolvidas para explicá-los. Os avanços tecnológicos carregaram com eles as sementes de novas teorias, e, no Século XVII, o progresso teórico mais uma vez se tornou rápido. A abertura do Século XVI foi marcada pela publicação de um importante livro, o “Liber de arte distillandi de simplicibus” comumente chamado de o Pequeno Livro da Destilação de Hieronymus Brunschwygk (1450-1513), que apareceu em 1500. Brunschwygk estava interessado em obter os agentes medicinais das plantas por destilação das “águas” dessas plantas. As plantas eram maceradas e misturadas com água ou
  • 3. álcool antes do tratamento, dando assim, com efeito, a destilação do vapor. Ele frequentemente usava um banho de água em suas destilações, e condensando as essências das plantas em um alambique cônico resfriado por ar, que era chamado de Rosenhutt. Todos os seus aparatos e métodos eram descritos em detalhes. Em 1512 ele publicou uma edição ampliada do seu trabalho. O Grande Livro da Destilação. O ímpeto assim dado ao estudo da destilação e à preparação de medicamentos de plantas foi influente ao longo do século, como mostrado pelo número dos livros de destilação que foram publicados naquela época. De ainda maior significância foi o progresso na Química metalúrgica e mineralógica. Está claro que mineradores e ensaístas estiveram ativos por um longo tempo e desenvolveram seus métodos a um elevado grau sem registrá-los de forma permanente, porque nos primórdios do Século XVI apareceram dois livros anônimos que descreviam um avançado estado da arte. Eles foram publicados em Alemão ao invés de em Latim, e isso mostrou que eram fruto do trabalho prático de mineiros e não de eruditos. Tais homens estavam agora desejando explicar seus métodos para o benefício de trabalhadores mais jovens. Os dois livros eram os Niitzliches Bergbiichlein e o Probinbiichlein Eles apareceram primeiro por volta de 1510 e foram reimpressos frequentemente nos anos seguintes, frequentemente com a adição de novos materiais. O primeiro é principalmente de interesse geológico e mineralógico, o segundo é principalmente dedicado aos ensaístas. As primeiras dicas de métodos de ensaio dadas por Geber são mostradas como parte de um sistema bem desenvolvido para a testagem de valores de minérios, principalmente aqueles de ouro e prata. Os métodos de ensaio a seco dados no Probierbiichlein são ainda válidos hoje. Mais importante é o fato que os métodos são quantitativos. Balanças são usadas rotineiramente e é assumido que elas podem ser facilmente adquiridas. Instruções cuidadosas são dadas para a manufatura e calibração de pesos. Obviamente, no campo mineralógico,
  • 4. determinações quantitativas são dadas como fato consumado. Em muitos casos os alquimistas empregaram métodos muito crus de pesagem, mas o cuidado e a acuracidade dos ensaístas é agora revelada. Isso não poderia falhar em influenciar os trabalhadores de outros campos da Química. A dispersão de ideias quantitativas é mostrada no trabalho de Giovan Battista della Porta (1545-1615) quem descreveu a destilação de óleos essenciais para perfumes, e pela primeira vez fala de rendimentos. A publicação daqueles pequenos manuais de mineração e metalurgia mostra que aqueles assuntos eram de interesse amplo. O fato de que eles apareceram na Alemanha indica que os países do Norte Europeu estavam se tornando cientificamente ativos. O principal centro científico nos séculos primordiais tinha sido a Itália, mas agora o resto da Europa estava se ocupando em trabalhar. O interesse em metalurgia foi grandemente estimulado pela aparição de três trabalhos excepcionais sobre esse assunto no Século XVI. Eram eles o De la pirotechnia de Vannuccio Biringuccio (1480- c. 1539), publicado em 1540,’ o De re metallica de Georg Bauer, comumente chamado pela forma latina do seu nome, Agricola (1494-1555), publicado em 1556, e o Tratado sobre Minérios e Ensaios de Lazarus Ercker (falecido em 1593), publicado em 1574. Todos esses trabalhos davam descrições detalhadas sobre a prática da mineração, o tratamento dos minérios, e a preparação dos reagentes tais como ácidos minerais e sais necessários aos processos químicos empregados. Biringuccio era um metalurgista prático que escreveu, em Italiano, o primeiro trabalho a cobrir todo o campo da metalurgia. Ele era amplamente baseado nas suas próprias observações experiência. Como no Probierbiichlein, o espírito quantitativo era evidente. A acurácia dos seus métodos de ensaio estava clara, desde que ele estabeleceu que qualquer coisa prometida pelo ensaio deveria ser obtida na operação de grande escala. Isso era obviamente matéria de
  • 5. grande importância aos proprietários das minas, e isso mostra que o desenvolvimento de métodos quantitativos era devido às muitas considerações práticas que não eram de interesse dos alquimistas. Lazarus Ercker era superintendente de minas para o Imperador Rudolf II. Seu livro também registra os resultados de suas próprias experiências e foi escrito, como ele afirma, para a instrução de mineradores jovens. Ele devotou muita atenção à construção de balanças e a calibração de pesos, e afastou todas as ideias teóricas em umas poucas breves sentenças. Georgius Agricola era um médico em uma região de mineração da Alemanha. Ele era o mais instruído dos autores metalúrgicos. Ele escreveu vários livros em Latim sobre vários aspectos da mineração. Em seu De natura fossilium, publicado em 1546, ele classificou minerais em terras, pedras propriamente assim chamadas (incluindo gemas como coisas distintas de rochas), sucos solidificados (sais), metais, e compostos (tais como galena e piritas). Isso era claramente derivado das classificações Árabes, e eram baseadas em propriedades físicas, a única base possível naquele tempo. Por causa do seu estilo, completitude, e excelentes ilustrações, seu De re metallica tornou-se um trabalho muito popular. Apesar de Agricola não ser um metalurgista prático como o eram Biringuccio e Ercker, ele tinha observado a indústria de mineração pela maior parte da sua vida, e ele descreveu o processo da metalurgia com uma clareza inédita. A descrição completa da preparação de substâncias químicas encontradas na última parte do seu conjunto de obras estabeleceu um exemplo que influenciou escritores dos livros mais puramente químicos dos períodos vindouros. Os trabalhos desses escritores metalúrgicos foi de importância também na medida em que eles registraram, pela primeira vez, algumas das observações dos mineradores práticos que eram mais influenciados pelo que eles viam do que por qualquer teoria dos alquimistas. Os últimos, por exemplo, afirmavam categoricamente a crença de que existiam apenas sete metais, correspondentes aos sete corpos celestes.
  • 6. Os mineradores notaram outros metais, a alguns desses eram mencionados nos livros metalúrgicos. Zinco, cobalto, e bismuto foram primeiro discutidos nessas publicações. Ainda mais importante para o futuro da química era a preocupação depositada na necessidade de acurácia de métodos quantitativos, e o fato de que um exemplo foi estabelecido para descrever métodos químicos e aparatos, e preparação com completos detalhes e clareza de tal forma que qualquer um pudesse repetir o trabalho. De ainda maior significância para o progresso químico foi o trabalho de um tipo completamente diferente de homem. Phillipus Theophrastus Bombastus von Hohenheim (1493-1541), que chamava-se a si mesmo de Paracelsus, foi uma das figuras mais controversas na história tanto da medicina quanto da química. Um médico de grande originalidade de mente e extrema violência de temperamento, ele gastou a maior parte da sua vida vagando de lugar em lugar se engajando em controvérsias tempestuosas com médicos regulares que ainda seguiam as teorias de Galeno. Tão violenta era a oposição que ele provocava, que muitos dos seus escritos não puderam ser publicados durante o tempo em que ele estava vivo. Em torno de vinte anos após sua morte eles começaram a serem impressos. Eles logo atraíram um grande número de leitores. As ideias de Paracelsus mudaram o curso da medicina de da química decisivamente. Paracelsus baseou suas ideias nos escritos de homens como John de Rupescissa e Arnold de Villanova, que tinham defendido o uso de substâncias químicas como remédios para curar males, a partir dos livros de destilação de Brunschwygk e seus sucessores, e dos escritores metalúrgicos do período. Ele cresceu em um distrito minerador e assim teve contatos diretos com os conhecimentos de metalurgia. Ele também foi influenciado pelas teorias astrológicas do seu tempo, e muitos dos seus trabalhos eram “deturpados” por uma abordagem mística, por uma estranha terminologia, e por um estilo muito confuso de escrita. Em muitas instâncias, não fica claro de nenhuma maneira quais eram as suas ideias. As linhas gerais de suas teorias químicas de medicina estão bem estabelecidas, entretanto.
  • 7. Para Paracelsus, o termo Alquimia tinha um significado mais amplo do que tinha sido previamente dado a ele. Ele significava qualquer processo no qual produtos naturais eram adaptados para um novo fim. Isso incluía mesmo processos de trabalhar o ferro ou de assar pães. Desde que ele acreditava fortemente na teoria da similaridade entre o macrocosmo, o grande mundo, e o microcosmo, o homem, ele estabeleceu que a digestão humana era também um processo alquímico, direcionado por um alquimista a quem ele chamou de Archaeus. Esse alquimista separava substâncias venenosas das nutritivas no corpo. O alvo mais importante da Alquimia era preparar medicamentos, ou arcana, que podiam restaurar o balanço corporal perturbado pela doença. Portanto, embora Paracelsus acreditasse na possibilidade de transmutação, ele considerava que esse não era o propósito principal do alquimista. Suas visões o levaram muito mais próximo do conceito modernos de química do que qualquer um antes dele. Para preparar seus medicamentos, ele sujeitou um grande número de metais a um conjunto padronizado de reações, assim obtendo uma série de sais de vários metais em solução. Tais soluções salinas ele chamou de “óleos”. Dessa forma, pela primeira vez ele generalizou reações químicas ao invés de considerar cada processo como um tratamento individual de uma substância separada. Ao mesmo tempo, o uso de substâncias minerais na medicina incrementou grandemente o número de medicamentos disponíveis, apesar de existir pouca dúvida de que em alguns casos os remédios eram distintamente perigosos aos pacientes. A ênfase dada por Paracelsus à Iatroquímica, o uso da Alquimia (ou Química) para a preparação de remédios, modificou fortemente as teorias mais antigas de medicina. Apesar de suas ideias encontrarem vigorosa oposição entre os médicos conservadores, um grande grupo de Paracelsianos surgiu na segunda metade do Século XVI e difundiu suas doutrinas iatroquímicas amplamente. O novo panorama dos
  • 8. iatroquímicos lançou as fundações para a ideia moderna de quimioterapia. Ao mesmo tempo estimulou a busca por novos medicamentos, e assim apressou a descoberta de novas substâncias químicas. Em adição a esse efeito do trabalho de Paracelsus em Química prática, ele fez uma contribuição à Química Teórica que foi rapidamente adotada por quase todos os químicos. Além dos tradicionais Mercúrio e Enxofre como componentes dos metais, Paracelsus adicionou um terceiro componente, Sal, Esse era realmente apenas uma expressão concreta da ideia primordial de espírito, alma, e corpo, ou mais precisamente, gás, líquido e sólido, os quais sempre estiveram nas mentes dos alquimistas. A teoria do mercúrio-enxofre não deixou lugar satisfatório para o corpo. Pela época de Paracelsus, o ar (o qual Paracelsus frequentemente chamava pelo nome geral de “caos”) tinha perdido sua importância prévia entre os elementos, e o fogo tinha tomado o seu lugar. O Fogo era mais frequentemente considerado um princípio combustível. O Enxofre representava esse princípio inflamável, a alma; o Mercúrio era a “água” ou o “espírito”; e agora o Sal tornou-se o corpo terreno. Assim, quando a madeira queima, “o que queima então é o enxofre, aquilo que vaporiza é o Mercúrio, aquilo que se torna em cinzas é o Sal.” Esse conceito ajustou-se tão bem às observações feitas quando substâncias eram destiladas a seco, como era comumente feito quando elas eram analisadas, que a teoria foi aceita imediata e facilmente, e assim a doutrina da matéria prima quase completamente substituiu a teoria anterior do enxofre-mercúrio. Pode-se notar que Paracelsus assumiu os quatro elementos Aristotélicos como base, entretanto ele deu pouca importância a eles, e o seu Enxofre, Mercúrio e Sal não eram as substâncias familiares e representados por aqueles nomes, mas suas essências mais abstratas. As contribuições de Paracelsus tenderam a mudar o curso do desenvolvimento Químico, mas existia tanta especulação mística e fantástica em seus escritos que suas ideias não foram difundidas de imediato. A publicação ativa dos seus manuscritos começou por volta de
  • 9. 1560, após a aparição de alguns livros alquímicos que de alguma forma prepararam o público leitor para esse tipo de argumentação. As violentas polêmicas entre seus aderentes e oponentes ajudou a divulgar suas doutrinas. Os primeiros Paracelsianos aceitaram suas teorias com muitas das suas fantasias associadas. Gradualmente, entretanto, os mais quimicamente Orientados começaram a peneirar as contribuições químicas, e os iatroquímicos posteriores passaram a não aceitar todas as suas ideias. Por volta do fim do Século XVI, diversas publicações que supostamente foram escritas no Século XV apareceram, antes da época de Paracelsus. Destas, os escritos de Johann Isaac Hollandus e Isaac Hollandus, pai e filho, mostravam pouca originalidade, mas incluíam muitas ideias que são tipicamente Paracelsianas. Desde que esses trabalhos clamavam preceder os de Paracelsus, muitos membros da facção anti-Paracelsus ficaram felizes em acusa-lo de plágio. Está positivamente estabelecido que esses trabalhos datam da última parte do Século XVI, e tiraram suas ideias de Paracelsus, ao invés do que foi inversamente afirmado. Uma alegação similar de um escrito do Século XV é encontrada nos trabalhos, mais importantes na história da química, que são atribuídos a Basil Valentine, um suposto monge Beneditino. Seus trabalhos foram publicados por Johann Thpeilde de Hesse, que tinha ele próprio escrito um livro sobre sais. Os trabalhos de Basil Valentine lembram os de Paracelsus em muitos aspectos, usando os termos Archaeus, arcanum, e caos, e o conceito de tria prime (tríade primária). Eles eram também usados como evidência pelos anti-Parecelsianos para depreciar originalidade do seu mentor. Nenhuma evidência para a existência de Basil Valentine foi descoberta, e não se sabe se os seus escritos atribuídos sob esse nome eram Pós-Paracelsianos. É usualmente pensado que o Editor Thiilde era o real autor da literatura de Valentine, assim essa conclusão não é aceita amplamente. Não existe dúvida, entretanto, que os trabalhos foram escritos no fim do Século XVI.
  • 10. O mais famoso dos livros de Basil Valentine foi A Carruagem Triunfal do Antimônio, publicado em 1604, que exalta o uso medicinal deste metal e seus sais. De um ponto de vista químico ele dá descrições muito claras da preparação de compostos de antimônio. Ele foi chamado de a primeira monografia dedicada À química de um único metal. O livro é um excelente exemplo da clara descrição dos métodos químicos e resultados típicos da última parte do Século XVI. A clareza da apresentação atingiu uma nova altura nos trabalhos de Andreas Libau, ou Libavius na forma Latina (cerca de 1540-1616), um professor de escola e um médico cujo interesse em Química aumentou à medica que envelheceu, de modo que ele finalmente pode escrever o primeiro texto verdadeiro de Química. Libavius era um iatroquímico, mas não um seguidor cego de Paracelsus. A despeito das suas crenças em um número de superstições mediavais. Sua mente era muito mais lógica e racional. Ele foi fortemente influenciado pelo trabalho de Agricola, o qual ele lembrava em muitos aspectos. No seu trabalho principal, a Alchemia, publicado em 1597, tentativas de incluira em um único livro todos os assuntos que hoje são tratados como químicos, mas que, até o seu tempo, tinham estado dispersos por todas as literaturas alquímicas, farmacêuticas, e temas similares. Ele usou o termo alquimia, como o fez Paracelsus, para incluir o que agora é o termo Química, e em sua sentença de abertura defina-a como: “Alquimia é a arte de produzir magistérios e de extrair essências puras pela separação de corpos a partir de misturas.” Ele dividiu a Alquimia em duas partes, encheria, os métodos de operação, e chymia, a combinação de substâncias químicas. Sua classificação das divisões da química era lógica, e suas descrições eram claras. O livro serviu como livro-texto de Química por longo tempo. É interessante notar que Libavius ainda admitia a verdade da transmutação alquímica, a despeito do seu tratamento lógico da Química. Ele não foi claro em suas explicação da teoria de reações químicas, tais como a precipitação de
  • 11. cobre pelo ferro, ou a conversão de metais em óxidos, os quais ele tratou como um tipo de transmutação. Ele foi mais certeiro em suas instruções práticas. Especialmente no seu livro sobre Química Ténica, o Syntagma, o qual foi publicado em 1611-1613. Aqui ele dá claras instruções para a preparação de aqua regia e ácido sulfúrico. Ele reconheceu a identidade desse ácido preparado pela queima de enxofre em ar úmido e o diferenciou do ácido preparado a partir do vitriol. Ele deu as primeiras instruções para a preparação de ácido clorídrico (spiritus salis) pelo aquecimento do sal com água na presença de argila, ou seja, em cadinhos de argila. Seu nome foi associado com o tetracloreto de estanho (spiritus fumans Libaviz), cuja preparação descreveu brevemente. Ele ofereceu plantas detalhadas para a construção de laboratórios químicos, apesar de tal laboratório não ter sido construído até 1683 em Altdorf. Seus livros assim resumem o espírito do Século XVI, com sua ênfase na prática às custas da teoria, e com seu grande sucesso em estabelecer a Química como uma ciência por seu próprio direito, uma passível de estudos independentes. A ênfase na Química pelos metalurgistas e pelos Paracelsianos finalmente resultou em um verdadeiro livro-texto de Química. QUESTIONÁRIO 1) Quem foi Hieronymus Brunschwygk e qual o seu papel no desenvolvimento das técnicas de destilação e no uso da balança? 2) Qual a contribuição de Biringuccio e de Ercker para a química prática? 3) Quais as modificações introduzidas por Paracelsus na Alquimia que impactaram a Química teórica e prática? 4) Qual a importância do livro de Libavius para o desenvolvimento da química teórica e experimental?