Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Aulas de Fenômenos de Superfície - Físico-Química III v1.0
1. Fenômenos de Superfície
Físico-Química III
Universidade Federal do Pampa
1Bel. e Lic. em Química/Dr em Química Teórica
Campus Bagé
Curso de Química Licenciatura
2022/1
Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa)
FQIII/TCG Short Occasion 1 / 293
2. Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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3. Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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4. Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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5. Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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6. Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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7. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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8. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Observando a representação abaixo de um líquido cujas partículas
estão dispostas em camadas. As camadas inferiores/internas são
chamadas de "bulk" (ou "massa").
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9. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Essas partículas estão sujeitas à forças de atração e repulsão
provenientes de todas as direções do espaço.
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10. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
A soma das forças atuantes sobre uma partícula do bulk é
praticamente nula e há um equilíbrio de forças nessas partículas.
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11. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
As partículas da camada superior não possuem moléculas "acima"
delas. Sendo assim, elas podem interagir apenas com partículas que
estejam no mesmo plano horizontal e com todas as partículas que
estão no plano vertical inferior.
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12. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
No entanto, as partículas que chamaremos de "superficiais" não
possuirão particulas acima delas para interagir.
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13. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Ao somarmos os vetores de interação interpartículas, a resultante
apontará para o interior do líquido.
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14. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Assim sendo, as partículas da superfície diferirão das partículas do
bulk por terem uma somatória não-nula e apontando para o interior do
líquido e, assim, apresentando um desequilíbrio de forças de
interação.
Figure: As forças de interação na superfície são desequilibradas em relação
às forças no interior (bulk) do líquid e apontam para o interior do líquido
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15. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Podemos falar de diferentes tipos de superfície, as quais são
representadas na figura ??.
Figure: Diferentes tipos de interface
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16. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Superfícies formadas por uma monocamada de moléculas (A),
superfícies formadas pelo contato entre dois fluidos diferentes (2
líquidos, ou um líquido e um gás/vapor) (B), e superfícies formadas
por sólidos cristalinos/amorfos (C).
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17. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
No caso de meteriais fluidos (líquidos e gases), não importando os
materiais que componham a superfície, alguns fenômenos em comum
surgem:
tensão superficial
fenômenos de interface
curvatura em superfícies líquidas
aumento de pressão de vapor em gotas
fenômeno da capilaridade
reatividade de suerfícies sólidas
atividade catalítica de metais
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18. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
O fenômeno da tensão superficial é muito interessante. Ele é o
responsável, por exemplo, pela capacidade de insetos poderem
"caminhar" sobre a água.
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19. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Se você já assistiu a um vídeo em câmera lenta e com zoom, é
possível ver as patas dos insetos formando uma depressão sobre a
superfície do líquido mas sem furar a "película" da água sob seus pés.
Figure: Um inseto caminhando sobre a água
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20. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Essa "película" de água é formada por causa do que foi explicado logo
acima, o desequilíbrio de forças nas partículas da superfície.
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21. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
As partículas da superfície não possuem uma força resultante nula e a
força resultante tem um veto que aponta para o interior do líguido,
fazendo com que as partículas da superfície busquem se direcionar
para o interior (bulk) sempre que possível.
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22. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Isso faz com que, na superfície, as partículas fiquem mais coesas e
exijam energia para se separar umas das outras.
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23. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Essa energia a ser adicionada para promover a separação das
partículas superficiais representa uma resistência ao aumento de área
superficial conhecida como tensão superficial.
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24. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Como é definida a tensão superficial?
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25. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Imagine as camadas do líquido (como na figura 4).
Figure: As camadas de um líquido podem ser redistribuídas com a aplicação
de uma força capaz de deslocar a camada superficial, o que aumenta a área
superficial do mesmo.
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26. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Agora imagine que uma força é aplicada colinearmente na camada
superficial de forma a separá-la das camadas inferiores.
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27. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
A camada logo abaixo da superficial vai ficar exposta e passará ela
própria a fazer parte da superfície.
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28. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Na prática, o tanto de camada inferior que ficar exposta representará
um aumento de área superficial ∆A após um deslocamento ∆x.
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29. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Quanto mais área for exposta, maior o deslocamento ∆x e a força F a
ser aplicada ao filme liquido.
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30. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
A ilustração 5 mostra um filme líquido sendo deformado por meio de
uma força F por um deslocamento dx a fim de ter um aumento de
área dA.
Figure: Vista superior e vista em perspectiva de um filme líquido sofrendo
incremento de área (dA) devido à aplicação de uma força (F) colinearmente
ao comprimento do filme.
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31. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Uma força exercida ao longo de uma distância é considerado como
trabalho:
dw = F · dx (1)
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32. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Essa força F será tanto maior quanto maior for a largura l do filme
líquido, pois com um filme mais largo existirão mais moléculas
resistindo ao aumento de área. então, faz sentido descrever:
γ =
F
l
→ F =
γ
l
(2)
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33. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Substituindo 16 em 17, temos:
dw = γ · l · dx (3)
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34. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
E como l · dx representa o aumento de área dA
dA = l · dx (4)
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35. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Substituindo 4 em 3, temos:
dw = +γ · dA (5)
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36. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
As unidades SI da tensão superficial γ são dadas por:
[γ] =
N
m
ou
J
m2
(6)
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37. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
Convertendo para unidades do sistema cgs, temos:
[γ] =
dina
cm
ou
erg
cm2
(7)
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38. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
A tensão superficial é uma função da temperatura absoluta γ = γ(T).
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39. Tópico 1 O que caracteriza uma superfície?
à medida que a temperatura absoluta se aproxima de zero, a tensão
superficial tende igualmente a zero:
lim
T→0
γ(T) = 0
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40. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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41. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Vimos na aula anterior que para alterar a área superficial de um filme
líquido é necessário realizar trabalho.
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42. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Mas como esse trabalho se relaciona com a Energia Livre de Gibbs, a
qual ajuda a estimar a espontaneidade de processos físico-químicos?
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43. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Existe um teorema na Físico-Química que diz que a quantidade
máxima de trabalho útil (trabalho que não seja o de expansão gasosa)
que um sistema pode realizar é dado pela expressão
∆G = (wútil)máximo
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44. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Que se levarmos em conta que são processos termodinâmicos
ocorrendo em equilíbrio (por etapas infinitesimalmente pequenas),
torna-se:
dG = dw
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45. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
E após substituição da equação 5, obtemos a
dw = dG = γ · dA (8)
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46. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Integrando em ambos os lados a eq. 8, temos
w = ∆G = γ · ∆A
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47. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Á pressão p e temperatura T constantes, temos:
γ =
∆G
∆A
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48. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Que por derivação parcial, torna-se a equação 9.
γ =
∂G
∂A
p,T
(9)
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49. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Apenas com o intuito de atualizar a equação de variáveis naturais da
Energia Livre de Gibbs para a energia superficial, vamos reescrevê-la
como:
dG = −Sdt + Vdp + γdA (10)
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50. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
EXEMPLO 1: Um filme de água a T = 20, 0o C possui tensão
superficial γH2O = 72, 75 erg/cm2. O filme é deformado de forma que
sua área inicial Ai = 200, 0cm2 passa para uma área final
Af = 300, 0cm2. Calcule o trabalho w envolvido no aumento de área
do filme e fale sobre a espontaneidade do processo usando o ∆G.
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51. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
1º Passo: Calcular a variação de área ∆A
∆A = Af − Ai = 300, 0cm2
− 200, 0cm2
= 100, 0 cm2
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52. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
2º Passo: Calcular o trabalho
w = γ · ∆A = 72, 75
erg
cm2
· 100
cm2
= 7275 erg
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53. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
3º Passo: Converter unidades do sistema cgs para o SI
O erg é a unidade de energia do sistema cgs. As letras c, g e s
correspondem a centímetro, grama e segundo.
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54. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Portanto, esse sistema é derivado do SI e a conversão fica mais
facilitada.
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55. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
A energia, nesse caso, é considerada como sendo a FORÇA
exercida por uma DISTÂNCIA.
E = F × d = erg
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56. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
A FORÇA é definida como a MASSA multiplicada pela aceleração
e a unidade cgs é dina.
F = m × a = dina
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57. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Assim sendo,
erg = dina × cm.
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58. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Decompondo ainda mais a unidade dina
F = m × a = dina = g ×
cm
s2
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59. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Inserindo a decomposição de dina na unidade erg.
erg = g ×
cm
s2
× cm
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60. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Agora, precisamos escrever g e cm em unidades SI, o que não á tão
difícil se conhecermos os múltiplos e sub-múltiplos de grandezas
físicas.
g = 10−3
kg / cm = 10−2
m
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61. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Substituindo...
erg = g ×
cm
s2
× cm = 10−3
kg ×
10−2 m
s2
× 10−2
m
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62. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Agrupando todos os expoentes, obtemos:
1, 0 erg = 10−3+(−2)+(−2)
·
N
z }| {
kg ·
m
s2
·m = 10−7
N · m = 10−7
J
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63. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
4º Passo: Converter o trabalho para unidades SI
w = 7275 erg = 7275 × 10−7
J = 7, 275 × 10−4
J
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64. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
5º Passo: Análise da espontaneidade do processo
w = ∆G = +7, 275 × 10−4
J
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65. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Como o sinal do trabalho (e consequentemente da Energia Livre) é
pósitivo, trata-se de um processo não-espontâneo pois exige a
realização de trabalho sobre o filme líquido.
EXEMPLO 2: Uma gota de mercúrio cujo raio r = 1, 000 cm é dividida
em 10 gotículas. Calcule o trabalho necessário para realizar esse
processo.
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66. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
1º Passo: Verificar o que é necessário para calcular o trabalho w
necessário para dividir uma gota em 10 gotículas idênticas entre si:
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67. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Vamos precisar calcular
A) Área da gota grande: Ai = Agg
Aesfera = 4 · π · r2
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68. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Ai = 4 · π · (1, 000 cm)2
= 12, 57 cm2
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69. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
B) Volume da gota grande: Vgg = 4
3π · r3
Vgg =
4
3
π · (1, 000 cm)3
= 4, 19 cm3
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70. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
C) Volume da gota pequena:
Vgp =
Vgg
10
=
4, 19 cm3
10
= 0, 419 cm3
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71. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
D) Raio da gota pequena:
rgp =
3
r
3 Vgp
4 π
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72. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
rgp =
3
r
3 × 0, 419 cm3
4 π
=
3
p
0, 100029 cm3 = 0, 4642 cm
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73. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
E) Área de uma gota pequena: Agp
Agp = 4 · π · r2
gp
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74. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Agp = 4 · π · (0, 4642 cm)2
= 2, 708 cm2
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75. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
F) Área total das 10 gotículas:
Af = 10 × Agp = 10 × 2, 708 cm2
= 27, 08 cm2
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76. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
G) Variação da área da gota:
∆A = Af − Ai
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77. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
∆A = (27, 08 − 12, 57) cm2
= 14, 51 cm2
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78. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
H) Cálculo do trabalho w:
w = γ · ∆A
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79. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
w = 435, 5
erg
cm2
× 15, 51
cm2
= 6319, 0 erg
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80. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
1, 0 erg = 10−7
J
w = 6319, 0 · 10−7
J = 6, 319 · 10−4
J
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81. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
I) Usar a igualdade w = ∆G e discutir sobre a espontaneidade do
processo.
∆G = w = +6, 319 · 10−4
J → processo não-espontâneo
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82. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
J) Conclusão:
Dividir uma gota em gotículas menores, processo também conhecido
como atomização, é um processo que exige que trabalho seja
realizado sobre o sistema e é não-espontâneo.
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83. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Já o processo inverso, a coalescência, é um processo que ocorrerá
com a liberação de energia −6, 319 · 10−4 J.
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84. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
A formação de orvalho, por exemplo, é um processo em que gotículas
de água suspensas no ar atmosférico coalescem espontaneamente
sobre as superfícies sólidas (como folhas, vidros, paredes e latarias
de carros), liberando energia.
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85. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
Processos em que a diminuição de área (∆A 0) acarretam em
w 0 e, portanto, em ∆G 0 e espontâneos.
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86. Tópico 2 Relação entre trabalho e energia livre
A forma preferencialmente assumida pelos líquidos ao coalescer é a
esférica porque é a forma que possui a menor área superficial
possível e o maior volume, o que faz com que o máximo de partículas
de líquido permaneçam no bulk e a menor quantidade possível
fiquem expostas à superfície onde há desequilíbrio de forças.
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87. Tópico 3 Efeitos de Interface
Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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88. Tópico 3 Efeitos de Interface
São fenômenos que ocorrem quando duas ou mais fases do mesmo
ou de diferentes materiais interagem entre si através de suas
superfícies.
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89. Tópico 3 Efeitos de Interface
Considere a figura 6 que representa duas fases interagindo entre si
atráves de suas interfaces.
Figure: Interfaces líquido-líquido, líquido-vapor, líquido-vácuo.
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90. Tópico 3 Efeitos de Interface
Podem ser duas fases diferentes do mesmo material (identificadas
como I e II), ou uma fase liquida (I) e outra gasosa/vaporosa (II), ou
até mesmo uma fase líquida (I) e o vácuo (II).
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91. Tópico 3 Efeitos de Interface
Consideremos que ambas fases estão isolados e em equilíbrio
termodinâmico.
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92. Tópico 3 Efeitos de Interface
Pela 1a Lei da Termodinâmica: dUsist = 0
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93. Tópico 3 Efeitos de Interface
A Energia Interna do sistema é dada por:
dUsist = dUI + dUII + (dUσ)S,V
| {z }
γ·dA
(11)
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94. Tópico 3 Efeitos de Interface
Relembrando a equação de variáveis naturais da energia interna
dU = TdS − pdV e substituindo na 11.
dUsist = (TIdSI − pIdVI) + (TIIdSII − pIIdVII) + γ · dA (12)
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95. Tópico 3 Efeitos de Interface
Mas como o sistema está em equilíbrio térmico: TI = TII
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96. Tópico 3 Efeitos de Interface
E como qualquer variação de energia em um dos sistemas se reflete
no outro, pois a variação de energia global é nula (dUsist = 0):
dSI = −dSII
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97. Tópico 3 Efeitos de Interface
E também, a variação de volume em um sistema é espelhada no
sistema vizinho: dVI = −dVII
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98. Tópico 3 Efeitos de Interface
dUsist = (TIdSI − pIdVI) + (TI(−)dSI − pII(−)dVI) + γ · dA
Que rearranjando, fornece a expressão:
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99. Tópico 3 Efeitos de Interface
0
z }| {
dUsist = (
TIdSI − pIdVI) + (
−TIdSI − (−)pIIdVI) + γ · dA
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100. Tópico 3 Efeitos de Interface
0 = dVI(pII − pI) + γ · dA
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101. Tópico 3 Efeitos de Interface
dVI(pII − pI) = −γ · dA
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102. Tópico 3 Efeitos de Interface
dVI(pI − pII) = +γ · dA
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103. Tópico 3 Efeitos de Interface
(pI − pII) = γ ·
dA
dVI
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104. Tópico 3 Efeitos de Interface
Trocando os índices I e II por int = interno e ext = externo
(pint − pext ) = ∆p = γ ·
dA
dVint
(13)
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105. Tópico 3 Efeitos de Interface
A equação ?? é a famosa equação de Laplace-Young, a qual
evidencia que sempre que houver uma interface haverá uma diferença
de pressão entre o interior e o exterior da mesma.
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106. Tópico 3 Efeitos de Interface
Se essa interface for a de uma superfície líquida em contato com seu
vapor, a parte interna da interface é a superfície líquida e ela
apresentará um ∆p em relação à fase vapor acima dela.
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107. Tópico 3 Efeitos de Interface
Resta agora analisar a equação para saber qual o sinal dessa
variação de pressão.
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108. Tópico 3 Efeitos de Interface
γ é sempre uma quantidade positiva (+)
Se dV 0(+) → dA 0(+)e dA
dV 0(+)
Se dV 0(−) → dA 0(−)e dA
dV 0(+)
Independente do sinal dV, a razão dA
dV 0(+) SEMPRE
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109. Tópico 3 Efeitos de Interface
Figure: Na gota líquida a pressão no interior da interface é sempre maior que
a do exterior.
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110. Tópico 3 Efeitos de Interface
Em suma, a existência de uma interface líquido-vapor implica
automaticamente em um aumento na pressão de vapor do líquido.
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111. Tópico 3 Efeitos de Interface
Vamos considerar duas coisas sobre a gota esférica: (A) Área
Superficial e (B) Volume
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112. Tópico 3 Efeitos de Interface
A = 4π · r2 V = 4
3 π · r3
dA
dr = 2 × 4πr2 dV
dr =
3 × 4
3
πr3
dA = 8πr2dr dV = 4πr3dr
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113. Tópico 3 Efeitos de Interface
Substituir dA e dV na equação de Laplace-Young.
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114. Tópico 3 Efeitos de Interface
∆p = γ
dA
dV
= γ
82
πr2
dr
4
πr
31
dr
!
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115. Tópico 3 Efeitos de Interface
Que, resumidamente, produz
∆p =
2γ
r
(14)
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116. Tópico 3 Efeitos de Interface
A equação 14 mostra que a diferença de pressão de vapor em uma
gota esférica varia de forma imversamente proporcional ao raio da
mesma. Quanto menor o raio da gota, maior a pressão de vampor da
mesma. Duplicar o raio dobra a pressão de vapor.
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117. Tópico 3 Efeitos de Interface
Isso mostra que gotículas evaporam com muito mais facilidade do que
gotas grandes. Isso se deve ao fato de que quanto menor o volume,
maior a variação da área superficial da gotícula. E se a área
superficial total aumenta, mais partículas estão sujeitas aos
desequilíbrios de forças de interação ali atuantes.
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118. Tópico 3 Efeitos de Interface
Podemos ainda argumentar que bolhas são gotas esféricas com duas
superfícies, uma interna e outra externa.
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119. Tópico 3 Efeitos de Interface
A equação 14 é multiplicada por um fator 2.
∆p =
4γ
r
(15)
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120. Tópico 3 Efeitos de Interface
EXEMPLO 4: Calcule a pressão de vapor em uma gotícula de raio
r = 0, 1000 mm cuja tensão superficial γ = 72, 75erg/cm2.
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121. Tópico 3 Efeitos de Interface
Existem duas formas de resolver esse problema: (1) em unidades SI e
(2) em unidades cgs.
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122. Tópico 3 Efeitos de Interface
(1) Usando unidades SI
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123. Tópico 3 Efeitos de Interface
(1.a) O raio r está em mm e precisamos convertê-lo para m para
poder calcular a pressão.
10−1
z }| {
0, 1000
10−3 m
z}|{
mm → 1, 0 × 10−4 m
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124. Tópico 3 Efeitos de Interface
(1.b) As unidades de tensão superficial precisa mser convertidas para
unidades SI.
[γ] =
erg
cm2
=
10−7J
(10−2 m)2
=
10−7J
10−4 m2
=
10−7−(−4)J
m2
= 10−3 J
m2
= 10−3 N ·
m
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125. Tópico 3 Efeitos de Interface
γ = 72, 75
erg
cm2
= 72, 75
10−3 N
m
= 7, 275 × 10−2 N
m
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126. Tópico 3 Efeitos de Interface
∆p =
2γ
r
=
2 · 7, 275 × 10−2 N · m−1
10−4 m
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127. Tópico 3 Efeitos de Interface
∆p = 14, 55 × 102 N
m2
= 1, 455 × 103
Pa
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128. Tópico 3 Efeitos de Interface
(2) Usando unidades cgs
(2.a) Convertendo o raio de mm para cm.
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129. Tópico 3 Efeitos de Interface
Primeiro usamos nosso conhecimento sobre múltiplos e sub-múltiplos
do m.
1, 0 m = 100 cm = 1000 mm
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130. Tópico 3 Efeitos de Interface
Realizando uma simples regra de três.
1000 mm → 100 cm
0, 100 mm → r
r = 0, 01 cm
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131. Tópico 3 Efeitos de Interface
(2.b) Calculando a pressão
∆p =
2 × 72, 75 erg · cm−2
0, 01 cm
= 14550
erg
cm3
= 1, 455×104 dina ·
cm
cm
3
= 1, 45
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132. Tópico 3 Efeitos de Interface
E, finalmente, usamos o fator de conversão dina
cm2 = 10−6 bar.
∆p = 1, 455104
10−6 bar
z }| {
dina
cm2
= 1, 455 × 104
· 10−6
bar
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133. Tópico 3 Efeitos de Interface
∆p = 1, 455 × 104+(−6)
bar = 1, 455 × 10−2
bar
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134. Tópico 3 Efeitos de Interface
Alternativamente, podemos converter de bar para Pa com o fator
1, 0 bar = 105 Pa.
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135. Tópico 3 Efeitos de Interface
∆p = 1, 455 × 10−2
105 Pa
z}|{
bar = 1, 455 × 103
Pa
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136. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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137. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Segundo a ilustração8, quando um líquido é depositado sobre uma
superfície sólida, 3 tipos diferentes de interface (e suas respectivas
tensões superficiais) podem ser observadas:
Figure: Um líquido depositado sobre uma superfície sólida se espalha sobre
ele formando um ângulo de contato θ. Três componentes de tensão
superficial podem ser observadas: γlv , γls, γsv .
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138. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
interface líquido-sólido (γls)
interface líquido-vapor (γlv )
interface vapor-sólido (γvs)
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139. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
O líquido sobre a superfície pode se depositar e assumir duas formas
extremas, uma em que ele molha (se espalha totalmente) e outra em
que ele não molha (mal toca a superfície).
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140. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Na forma molhado, o líquido se espalha completamente sobre a
superfície e o ângulo de contato θ ≃ 0◦.
Figure: Ângulo de contato de um líquido que molha a superfície sólida é
aproximadamente θ ≃ 0◦
.
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141. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Na forma não-molhada, o líquido mal toca a superfície e o ângulo de
contato é θ ≃ 180◦.
Figure: Ângulo de contato de um líquido que não molha a superfície sólida é
aproximadamente θ ≃ 180◦
.
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142. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Há uma relação entre o ângulo de contato θ e as 3 tensões
superficiais anteriormente descritas, a saber:
θ = 0o
→ γls ≃ γlv ≃ γvs
θ = 180o
→ γlv γvse γls
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143. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
A equação de Young-Dupré nos permite compreender melhor essas
relações entre as tensões superficiais:
γsv = γls + γlv · cos θ (16)
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144. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Esse cos θ deve-se ao fato de que a tensão superficial diz respeito a
uma força colinear aplcada ao filme líquido. Esse colinear significa
que em uma massa líquida depositada sobre uma superfície sólica ela
será aplicada na horizontal e o cosseno garante que estejamos
computando apenas a componente γlv,x = γlv · cos θ.
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145. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Rearranjando 16
cos θ =
γsv − γls
γlv
(17)
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146. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Segundo essa equação 17, o cosseno do ângulo de contato depende
de dois fatores:
da magnitude da diferença γsv − γls
da magnitude de γlv
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147. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Vamos analisar o que acontece em dois casos extremos:
CASO 1: γsv − γls ≃ γlv
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148. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
No caso em que esses dois termos da fração forem de magnitudes
semelhantes, a equação se reduz a
cos θ ≃ 1
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149. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Com um cosseno igual ou próximo à unidade, temos que o ângulo de
contato θ é
θ = arccos 1 = 0◦
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150. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
E o que isso significa?
Um ângulo de contato igual ou próximo a zero indica um líquido que
se espalha pela superfície molhando-a bem.
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151. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
O caso extremo é quando o ângulo é igual a zero, aí teríamos um
filme monomolecular sobre a superfície sólida.
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152. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Resumindo, para um líquido que molha a superfície devemos ter
γsv − γls ≃ γlv .
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153. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
A tensão superficial γlv representa o espalhamento do líquido em
relação ao seu vapor (ou atmosfera), e essa tensão deve ser da
mesma magnitude que a diferença γsv − γls.
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154. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
γsv deve possuir um valor tal que γsv γls e que a diferença tenha
valor próximo a γlv de tal forma que a fração tenha valor próximo a 1.
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155. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Traduzindo: a facilidade do vapor (v) do líquido se espalhar com
relação à superfície (s) (expressado por γsv deve ser maior que a
facilidade do líquido (l) se espalhar com relação ao sólido (s)
(expressado por γls.
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156. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
CASO 2: γsv γls
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157. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Nesse caso, quando a resistência ao espalhamento do vapor(v) em
relação ao sólido (s) (γsv ) é menor que a resistência ao espalhamento
do líquido(l) em relação ao sólido (s) (γls), a diferença entre ambas
resulta em um número negativo e de valor em módulo similar à γls.
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158. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
A consequência disso é que
cos θ = 0
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159. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Para que cos θ assuma tal valor, é necessário que θ = arccos 0 = 180◦.
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160. Tópico 4 Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Um ângulo de 180◦ significa que o líquido mal toca a superfície e
forma uma esfera perfeita sobre o sólido.
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161. Tópico 4 Capilaridade
Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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162. Tópico 4 Capilaridade
O trecho a seguir foi retirado do livro de Físico-Química de Peter
Atkins:
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163. Tópico 4 Capilaridade
A tendência de líquidos ascenderem nos tubos capilares (tubos de
pequeno diâmetro), que é chamada de capilaridade ou ação capilar, é
uma conseqüência da tensão superficial.
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164. Tópico 4 Capilaridade
Analisemos o que acontece quando um tubo capilar de vidro é imerso
em água ou em qualquer líquido que tenha a tendência de aderir ao
vidro.
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165. Tópico 4 Capilaridade
A energia é a mais baixa possível quando uma película fina do líquido
cobre o máximo possível do vidro.
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166. Tópico 4 Capilaridade
Quando a película de líquido se espalha pela parede interna do
capilar, a superfície do líquido fica curva no interior do tubo. Essa
curvatura faz com que a pressão junto ao menisco seja menor do que
a pressão atmosférica de, aproximadamente, 2γ/t, onde r é o raio do
tubo.
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167. Tópico 4 Capilaridade
Admite-se que a superficie seja hemisférica.
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168. Tópico 4 Capilaridade
A pressão imediatamente sob a superfície plana do líquido fora do
tubo é p, a pressão atmosférica, mas no interior do tubo, sob a
superficie curva, é somente p = 2γ/r.
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169. Tópico 4 Capilaridade
A pressão externa em excesso impulsiona o líquido para cima do tubo
até que o equilíbrio hidrostático (pressões iguais a profundidades
iguais) seja atingido. (figura 11)
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170. Tópico 4 Capilaridade
Para calcular a altura atingida pelo liquido em ascensāo, notamos que
a pressão de uma coluna vertical de líquido com a densidade ρ e a
altura h é p = ρgh
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171. Tópico 4 Capilaridade
Esta pressão hidrostática anula a diferença de pressões 2γ/r, quando
o equilibrio é atingido. Portanto, a altura da coluna em equilíbrio é
obtida igualando 2γ/r e ρgh, o que nos dá:
h =
2γ
ρg · r
(18)
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172. Tópico 4 Capilaridade
Esta expressão simples proporciona uma maneira razoavelmente
exata para a medição da tensão superficial de líquidos. A tensāo
superficial diminui com a elevação da temperatura (Fig. 12).
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173. Tópico 4 Capilaridade
llustração 12 Cálculo da tensão superficial de um liquido pela sua
ascensão capilar
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174. Tópico 4 Capilaridade
Se a água, a 25◦C, ascende a uma altura de 7, 36cm em um capilar
de 0, 20mm de raio interno, a tensão superficial da água, nesta
temperatura, é dada por
γ =
1
2
ρghr
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175. Tópico 4 Capilaridade
γ =
1
2
ρgr
=
1
2
×
997, 1 kgm−3
×
9, 81 ms−2
×
7, 36 × 10−2
m
×
2, 0 × 1
= 72 mN · m−1
em que considerou-se que 1kg · m · s−2 = 1 N.
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176. Tópico 4 Capilaridade
Quando as forcas adesivas entre o líquido e o material das paredes do
capilar forem mais fracas do que as forças coesivas do próprio líquido
(como é o caso do mercúrio no vidro), o líquido no capilar foge das
paredes.
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177. Tópico 4 Capilaridade
Essa retração faz com que a curvatura da superficie seja côncava,
com o lado da pressão alta ficando para baixo. Para se igualarem as
pressõesà mesma profundidade no líquido, a superfície no capilar
desce a fim de compensar o excesso de pressão provocado pela
curvatura do menisco do líquido. Essa compensação traduz-se na
depressão capilar.
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178. Tópico 4 Capilaridade
Em muitos casos há um ângulo não-nulo entre a superfície do
menisco e a parede do sólido. Se esse ângulo de contato for θc, o
segundo membro da eq. 18 deve ser modificado pela multiplicação
por cos θc. A origem do ângulo de contato pode ser localizada no
equilibrio de forças que atuam na linha de contato entre o líquido e o
sólido (Fig. 13).
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179. Tópico 4 Capilaridade
Figure: O equilíbrio de forças que provoca o ângulo de contato θc
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180. Tópico 4 Capilaridade
Se as tensões nas interfaces sólido-gás, sólido-líquido e líquido-gás
(essencialmente as energias necessárias para formar uma superfície
de área unitária em cada interface) forem simbolizadas,
respectivamente, por γsg, γsl e γlg, entāo as componentes verticais das
forças estarão em equilíbrio se
γsg = γsl + γlg cos θc (19)
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181. Tópico 4 Capilaridade
Esta expressão se resolve em
cos θc =
γsg − γs1
γlg
(20)
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182. Tópico 4 Capilaridade
Se notarmos que o trabalho superficial de adesão do líquido ao sólido
(por unidade de área de contato) é
wad = γsg + γ1g − γs1 (21)
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183. Tópico 4 Capilaridade
a eq. 20 pode ser escrita como
cos θc =
wad
γ1g
− 1 (22)
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184. Tópico 4 Capilaridade
Vemos então que o líquido molha completamente a superficie do
sólido, o que corresponde a 0 θc 90◦, quando 1 wad /γlg 2
(Fig. 18.25).
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185. Tópico 4 Capilaridade
Se o líquido não molhar a superfície do sólido, o que corresponde a
90◦ θc 180◦, teremos 0 wad /γlg 1. No caso do mercúrio em
contato com o vidro, θc = 140◦, o que corresponde a wad /γlg = 0, 23,
mostrando um trabalho de adesāo relativamente pequeno entre o
mercúrio e o vidro.
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186. Tópico 4 Capilaridade
O que pode ser explicado pelas intensas forças coesivas no seio do
mercúrio.
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187. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Conteúdo
1 Tópico 1
O que caracteriza uma superfície?
Tensão Superficial
2 Tópico 2
Relação entre trabalho e energia livre
3 Tópico 3
Efeitos de Interface
Aplicação do conhecimento: o caso da gota esférica
4 Tópico 4
Efeitos de interface entre líquidos e sólidos
Capilaridade
5 Tópico 5
Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão da adsorção
Adsorção física e adsorção química
Isotermas de adsorção
(a) A isoterma de Langmuir
Exemplo 1 Aplicação da isoterma de Langmuir
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188. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A extensão do recobrimento de uma superfície é expressa,
comumente, pelo grau (ou fração) de recobrimento, θ :
θ =
número de sítios de adsorcão ocupados
número de sítios de adsorcāo disponiveis
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189. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
grau de recobrimento é também expresso em termos do volume de
adsorvato adsorvido por θ = V/V∞, em que V∞ é o volume de
adsorvato que corresponde ao recobrimento completo da amostra por
uma camada monomolecular.
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190. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A velocidade de adsorção, dθ/dt, é a velocidade de variação da
cobertura superficial c pode ser determinada pela observaçāo das
mudanças do grau de recobrimento com o tempo.
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191. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Entre as técnicas principais de medição de
dθ/dt
figuram os métodos de escoamento, nos quais a própria amostra atua
como uma bomba, pois a adsorçăo remove as particulas do gás. Uma
das técnicas comuns é a da medida das vazōes de afluência e de
efluência do gás no sistema.
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192. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A diferença entre as duas é a retenção do gás pela amostra. A
integração da taxa de retenção leva ao grau de recobrimento em
qualquer instante.
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193. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Na dessorção instantânea, a amostra é subitamente aquecida (por um
pulso elétrico) e se acompanha a elevação de pressão, que é
interpretada em termos da quantidade de adsorvato originalmente
retido pela amostra. E possível que ocorram complicações pela
dessorção de um composto (por exemplo, de WO3 se o oxigênio
estiver adsorvido sobre tungstênio).
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194. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A gravimetria, na qual a amostra é pesada numa microbalança
durante a experiéncia, também pode ser usada. Um instrumento
comumente usado em medidas gravimétricas é a microbalança de
quartzo (sigla em inglés QCM), na qual a massa depositada sobre a
superficie de um cristal de quartzo é proporcional a variaçóes nas
propriedades mecinnicas do cristal.
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195. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
O princípio básico de operaçao da QCM é a capacidade de um cristal
de quartzo vibrar numa frequência característica quando um campo
elétrico oscilante é aplicado.
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196. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A freqüência de vibração diminui quando um material é espalhado
sobre a superficie do cristal, e a variaçāo na freqüéncia é proporcional
à massa do material.
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197. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Massas da ordem de nanogramas ( 1 ng = 10−9g ) podem ser
confiavelmente medidas dessa maneira.
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198. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
As moléculas e átomos podem se ligar de duas maneiras a uma
superfície sólida.
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199. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Na adsorção física (também chamada fisissorçāo) há uma interaçăo
de van der Waals (interação de dispersāo, ou interação dipolo-dipolo,
por exemplo) entre o adsorvato e 0 adsorvente. As interaçōes de van
der Waals são de longo alcance, mas fracas, e a energia liberada
quando uma partícula é adsorvida fisicamente é da mesma ordem de
grandeza que a entalpia de condensação.
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200. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Essa energia pode ser absorvida como vibraçōes da rede do
adsorvente e dissipada como movimento térmico.
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201. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Uma molécula que se desloque sobre a superficie perde
gradualmente energia e termina por ser adsorvida; esse processo é
denominado acomodação.
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202. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A entalpia da adsorçāo física pode ser medida acompanhando-se a
elevação da temperatura de uma amostra cuja capacidade calorífica
seja conhecida.
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203. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Valores típicos estão na faixa de 20kJmol−1 (Figura 14).
Figure: Entalipas máximas de adsorção física
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204. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Essa pequena variação de entalpia é insuficiente para romper as
ligações químicas, e por isso uma molécula fisicamente adsorvida
retém a sua identidade, embora possa ser deformada pela presença
dos campos de força da superfície.
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205. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Na adsorção química (também chamada quimissorção), as moléculas
(ou átomos) unem-se à superfície do adsorvente por ligações
químicas (usualmente covalentes) e tendem a se acomodar em sítios
que propiciem o número de coordenação máximo com o substrato.
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206. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A entalpia da adsorção química é muito maior do que a da adsorção
fisica, e os valores representativos estão na faixa de 200kJ · mol−1
(Figura 15).
Figure: Entalpias de adsorção química ∆adsH◦
(kJ · mol−1
)
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207. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A distância entre a superficie do adsorvente e o átomo mais próximo
do adsorvato é menor na adsorção química do que na adsorção física.
Uma molécula quimicamente adsorvida pode ser decomposta em
virtude de forças de valência dos átomos da superfície, e é a
existência de fragmentos moleculares adsorvidos que responde, em
parte, pelo efeito catalítico das superficies sólidas.
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208. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Exceto em casos especiais, a adsorção química deve ser um
processo exotérmico.
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209. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Um processo espontàneo, a temperatura e pressāo constantes, tem
∆G 0.
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210. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Uma vez que a liberdade de translação do adsorvato é redúzida na
adsorção, a variação de entropia ∆S é negativa.
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211. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Assim, para que ∆G = ∆H − T∆S seja negativa, é necessário que
∆H seja negativa (isto é, o processo espontâneo é exotérmico).
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212. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Podem ocorrer exceções, quando o adsorvato se dissocia e tem
elevada mobilidade de translação na superficie.
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213. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Por exemplo, a adsorção do H2 em vidro é endotérmica, pois as
moléculas se dissociam em átomos que se movem com muita
liberdade sobre a superficie e contribuem para grande aumento da
entropia de translaçāo.
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214. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Nesse caso, a variaçăo de entropia no processo H2(g) → 2H (vidro) é
suficientemente positiva para superar a pequena variaçăo positiva de
entalpia.
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215. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A entalpia da adsorção depende do grau de cobertura da superficie do
adsorvente, principalmente pela interação das partículas adsorvidas.
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216. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Se as partículas se repelem (como as do CO no paládio) a adsorção
fica menos exotérmica (a entalpia de adsorção é menos negativa) à
medida que o recobrimento aumenta.
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217. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Além disso, a investigaçāo das superficies pelas técnicas de difração
de elétrons de baixa energia (LEED) mostra que a ocupacāo da
superficie é desordenada até que a ordem seja imposta pelas
exigências do empacotamento das particulas.
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218. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Se as partículas adsorvidas se atraem mutuamente (como as de O2
sobre tungstênio), tendem a se aglomerar em ilhas, e o crescimento
ocorre nas bordas dessas ilhas.
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219. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Os adsorvatos exibem transições ordem-desordem quando têm
energia térmica suficiente para superar as interaçōes entre as
partículas mas não suficiente para que sejam dessorvidas.
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220. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
O gás livre e o gás adsorvido estão em equilíbrio dinâmico, e o grau de
recobrimento da superfície depende da pressão do gás em equilíbrio.
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221. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A variação de θ com a pressão, a uma temperatura constante, é uma
isoterma de adsorção.
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222. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A isoterma mais simples está baseada teoricamente em três
hipóteses:
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223. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
1 A adsorção não pode ir além do recobrimento com uma
monocamada.
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224. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
2 Todos os sítios de adsorçāo são equivalentes uns aos outros e a
superficie é uniforme (isto é, a superficie é perfeitamente plana em
escala microscópica).
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225. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
3 A capacidade de uma molécula ser adsorvida num certo sítio é
independente da ocupação dos sítios vizinhos (ou scja, não há
interações entre as moléculas adsorvidas). equilíbrio dinâmico é
A(g) + M (superficie) ⇌ AM (superficie) com as constantes de
velocidade k1 para a adsorção e kd para a dessorção.
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226. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A velocidade de modificação do grau de recobrimento provocado pela
adsorção é proporcional à pressão parcial p de A e do número de
sítios vacantes N(1 − θ), em que N é o número total de sítios:
dθ
dt
= kapN(1 − θ) (23)
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227. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A velocidade de variaçāo de θ, em virtude da dessorção, é
proporcional ao número de sítios ocupados, NO:
dθ
dt
= −kd Nθ (24)
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228. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
No equilíbrio não há alteração líquida do recobrimento (isto é, a soma
das duas velocidades é nula), e resolvendo a equação para θ vem a
isoterma de Langmuir:
θ =
Kp
1 + Kp
K =
ka
kd
(25)
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229. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Os dados da tabela seguinte são os da adsorção do CO sobre carvāo
a 273K.
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230. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Verificar se é válida a isoterma de Langmuir e calcular a constante K e
o volume de gás correspondente ao recobrimento completo.
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231. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Em cada caso, o volume V foi corrigido para a pressāo de 1,00 atm
(101, 235kPa).
p/kPa 13, 3 26, 7 40, 0 53, 3 66, 7 80, 0 93, 3
V/cm3 10, 2 18, 6 25, 5 31, 5 36, 9 41, 6 46, 1
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232. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Método: Pela eq. 25
Kpθ + θ = Kp
com θ = V/V∞, em que V∞ é o volume que corresponde ao
recobrimento completo.
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233. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Essa expressāo reorganiza-se em
p
V
=
p
V∞
+
1
KV∞
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234. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Entāo, o gráfico de p/V contra p deve ser linear, e o coeficiente
angular da reta é 1/V∞; a ordenada à origem é 1/KV∞.
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235. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Resposta: Os dados do gráfico são os seguintes:
p/kPa 13, 3 26, 7 40, 0 53, 3 66, 7 80, 0 93, 3
(p/kPa)/ V/cm3
1, 30 1, 44 1, 57 1, 69 1, 81 1, 92 2, 02
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236. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Os pontos estão no gráfico da Fig. 16.
Figure: Grafico dos dados de adsorção do exemplo 1
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237. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
O ajustamento pelos mínimos quadrados dá 0,00900 para o
coeficiente angular e, entăo, V∞ = 111cm3. A ordenada à origem,
p = 0, é 1,20 , e então
K =
1
(111cm3)(1, 20kPa−1)
= 7, 51
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238. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Exercício proposto 25.1: Repetir o cálculo com os seguintes dados:
RkPa 13, 3 20, 7 40, 0 53, 3 60, 7 80, 0
Vem 10, 3 10, 3 27, 3 3, 1 10, 0 45, 5
128cm3, 0, 69 × 10 − 1kPa−
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239. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Na adsorção com dissociação, a velocidade de adsorção é
proporcional à pressão e a probabilidade de os dois atomos
encontrarem sítios, que é proporcional ao quadrado do múmero de
sítios vacantes,
dθ
dt
k1p(N(1 − θ)}2
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240. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A velocidade de dessorção é proporcional à frequencia de encontros
de átomos sobre a superficie e é também de segunda ordem no
número de átomos presentes:
dθ
dr
− kd (Nθ)2
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241. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A condição de inexistência de alteração líquida leva à isoterma
θ =
(Kp)1/2
1 + (Kp)1/2
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242. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
O recobrimento da superficie depende mais fracamente da pressāo do
que no caso da adsorção não-dissociativa.
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243. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
As formas das isotermas de Langmuir com e sem dissociação
aparecem nas Figs, 17 e 18.
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244. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Figure: Isoterma de Langmuir de adsorção não-dissociativa para diferentes
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245. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
O grau de recobrimento aumenta com o aumento da pressăo e tende
a 1 em pressões muito elevadas, quando o gás é forçado a ocupar
todos os sítios disponíveis sobre a superfície.
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246. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Em temperaturas diferentes, as curvas são diferentes (e, portanto, são
diferentes os valores de K ).
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247. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A dependência entre K e a temperatura pode ser utilizada para se
determinar a entalpia de adsorção isostérica, ∆adsH◦, que é a entalpia
de adsorção padrão a um grau de recobrimento constante.
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248. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
É fácil ver que K é, em essência, uma constante de equilibrio, e assim
a equaçao de van’t Hoff nos dá
∂ ln K
∂T
v
=
∆1d H◦
RT2
(26)
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249. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Exemplo 2: Medida da entalpia isostérica de adsorção
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250. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Os dados seguintes mostram as pressões de CO necessárias para
que sejam adsorvid 10, 0cm3 do gás (corrigidos para 1,00 atm e 273K
) pela amostra mencionada no Exemplo 1.
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251. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Calcular a entalpia de adsorção nesse recobrimento superficial.
T/K 200 210 220 230 240 250
p/ KPa 4, 00 4, 95 6, 03 7, 20 8, 47 9, 85
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252. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Método: Podemos escrever a isoterma de Langmuir na forma
Kp =
θ
1 − θ
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253. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Assim, se θ for constante
ln K + ln p = constante
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254. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Vem entāo, da eq. 26, que
∂ ln p
∂T
θ
= −
∂ ln K
∂T
θ
= −
∆ad H◦
RT2
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255. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Com d(1/T)dT = −1/T2, a expressāo anterior fica
∂ ln ρ
∂(1/T)
θ
=
∆ad H0
R
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256. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Portanto, o gráfico de ln p contra 1/T deve ser retilíneo com o
coeficiente angular ∆ad H◦/R.
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257. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Resposta Montamos a seguinte tabela:
T/K 200 210 220 230 240 250
103/(T/K) 5, 00 4, 76 4, 55 4, 35 4, 17 4, 00
ln(p/kPa) 1, 39 1, 60 1, 80 1, 97 2, 14 2, 29
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258. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Na Fig. 19 estão lançados os pontos respectivos.
Figure: Grafico dos dados de adsorção do exemplo 2
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259. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
O coeficiente angular da reta ajustada pelos minimos quadrados é de
−0, 904, e, então,
∆ad H◦
= −
0, 904 × 103
K
× R = −7, 52kJmol−1
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260. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
O valor de K leva ao valor de ∆ad G◦, e com essa grandeza combinada
com o valor de ∆ad H◦ pode-se estimar a entropia de adsorção.
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261. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A expressāo para (∂ ln p/∂T)0, neste exemplo, é independente do
modelo da isoterma.
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262. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Exercício proposto 25.2: Repetir o cálculo com os seguintes dados:
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263. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Se a camada adsorvida inicialmente puder operar como substrato para
adsorçāo de outras camadas (por exemplo, adsorção física), é de se
esperar que, em lugar de a isoterma exibir saturação a uma pressão
elevada, a quantidade de adsorvente aumenta indefinidamente.
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264. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A isoterma mais comumente adotada para descrever a adsorção em
multicamadas foi deduzida por Stephen Brunauer, Paul Emmett e
Edward Teller, e é conhecida como a isoterma BET:
V
Vmon
=
cz
(1 − z){1 − (1 − c)z}
(27)
com z = p
p∗ .
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265. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Nessa expressão, p∗ é a pressão de vapor sobre a camada de
adsorvato que tem espessura correspondente a várias moléculas e
que, na realidade, se assemelha a uma película líquida, Vmon é o
volume correspondente à cobertura do adsorvente pela monocamada
do adsorvato, e é uma constante que é grande quando a entalpia de
dessorçāo da monocamada é grande diante da entalpia de
vaporização do adsorvato líquido:
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266. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
c = e(∆desH◦−ΛuapHθ
)/RT
(28)
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267. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
As formas das isotermas BET estāo ilustradas na Fig. 20.
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268. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
As curvas elevam-se indefinidamente com o aumento de pressão, pois
não há limite para a quantidade de material que pode ser condensado
na adsorção em multicamadas.
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269. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A isoterma BET não é exata em todas as pressões, mas bastante
adotada na indústria para a estimativa da área superficial de sólidos.
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270. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Exemplo 3: Aplicação da isoterma BET
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271. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Os dados a seguir são os da adsorção do N2 sobre o rutilo (TioO2) a
75K.
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272. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Confirmar que se ajustam à isoterma BET no intervalo de pressão das
medidas e determinar os parâmetros Vmon e c.
p/kPa 0, 160 1, 87 6, 11 11, 67 17, 02 21, 92 27, 29
V/mm3 601 720 822 935 1046 1146 1254
A 75K, tem-se p∗ = 76, 0kPa. Os volumes foram corrigidos para 1,00
atm e 273K e referem-se a 1, 00g de adsorvente.
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273. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Método: A eq. 27 pode ser escrita na forma
z
(1 − z)V
=
1
cVmon
+
(c − 1)z
cVmon
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274. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Vem entāo que (c − 1)/cVmon pode ser estimado pelo coeficiente
angular da reta, que se obtém lançando o primeiro membro da
expressão contra z.
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275. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
O produto cVmon é dado pela ordenada a origem da reta mencionada.
Os dois resultados combinam-se para darce Vmon.
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276. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Resposta Construímos a seguinte tabela:
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277. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Os pontos dessa tabela estão no gráfico da Fig. 21.
Figure: A isoterma BET é verificada no gráfico z/(1 − z)V versus z = p/p∗
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278. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
O ajustamento pelos mínimos quadrados leva à ordenada à origem
0,0389, e então
1
cVmon
= 3, 98 × 10−6
mm−3
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279. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
coeficiente angular da reta é 1, 23 × 10−2, portanto,
c − 1
cVmon
=
1, 23 × 10−2
× 103
× 10−4
mm−3
= 1, 23 × 10−3
mm−3
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280. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
As soluçoes dessas equações são c = 310 e Vmon = 811mm3.A1, 00
atm e 273K, 0 volume de 811mm3 corresponde a 3, 6 × 10−5mol ou
2, 2 × 1019 átomos.
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281. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Como cada átomo ocupa uma área da ordem de 0, 16nm2, a área
superficial da amostra é aproximadamente igual a 3, 5m2.
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282. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Exercício proposto 25.3 Repetir o cálculo anterior com os seguintes
dados:
p/kPa 0, 160 1, 87 6, 11 11, 67 17, 02 21, 92 27, 29
V/cm3 235 559 649 719 790 860 950
370, 615cm3 ]
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283. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Quando c ≫ 1, a isoterma BET assume a forma mais simples
V
Vmon
=
1
1 − z
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284. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Essa expressão vale para gases inertes sobre superficies polares,
para os quais se tem c ≈ 102, pois ∆desH◦ é bastante maior do que
∆vapH◦ (eq. 28).
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285. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A isoterma BET ajusta-se bem aos dados experimentais sobre
intervalos restritos de pressão, mas erra subestimando a adsorçāo em
pressões baixas e superestimando a adsorção em pressões elevadas.
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286. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
(c) Outras isotermas
Uma hipótese da isoterma de Langmuir é a da independência e
equivalência dos sítios de adsorção.
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287. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Os afastamentos que se observam em relação à isoterma podem ser
atribuídos, muitas vezes, à inexatidão dessa hipótese.
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288. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Por exemplo, a entalpia de adsorção quase sempre fica cada vez
menos negativa à medida que θ aumenta, o que sugere que os sítios
energeticamente mais favoráveis à adsorção são ocupados em
primeiro lugar.
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289. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Muitas tentativas se fizeram para levar em conta essas variaçôes.
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290. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A isoterma de Temkin (eq. 29,
θ = c1 ln (c2p) (29)
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291. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
em que c1 e c2 são constantes, corresponde à hipótese de uma
variação linear da entalpia de adsorção com a pressão.
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292. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
A isoterma de Freundlich(eq. 30,
θ = c1p1/c2
(30)
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293. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
corresponde a uma variação logarítmica.
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294. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Essa isoterma procura levar em conta a influência das interações
substrato-substrato existentes na superficie (ver Problema 25.24).
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295. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Outras isotermas coincidem mais ou menos bem com os dados
experimentais sobre intervalos limitados de pressão e são, em grande
parte, empíricas.
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296. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Isso não significa que sejam inúteis, pois, se os parâmetros de uma
isoterma razoavelmente confiável forem conhecidos, é possivel
estimar com boa aproximação o recobrimento de uma superfície em
diversas circunstâncias.
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297. Tópico 5 Adsorção e Catálise Heterogênea
Esse tipo de estimativa é essencial na discussão da catálise
heterogênea.
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