Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
1. Teoria Cinética dos Gases
Físico-Química III
Universidade Federal do Pampa
1Bel. e Lic. em Química/Dr em Química Teórica
Campus Bagé
Curso de Química Licenciatura
2022/1
Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa)
FQIII/TCG Short Occasion 1 / 365
2. Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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3. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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4. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Todos os gases obedecem a lei dos gases ideais quando a
pressões suficientemente baixas.
O comportamento dos gases a baixas pressões é independente
da natureza química dos mesmos.
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5. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Todos os gases obedecem a lei dos gases ideais quando a
pressões suficientemente baixas.
O comportamento dos gases a baixas pressões é independente
da natureza química dos mesmos.
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6. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Todos os gases obedecem a lei dos gases ideais quando a
pressões suficientemente baixas.
O comportamento dos gases a baixas pressões é independente
da natureza química dos mesmos.
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7. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Gases são compostos por partículas muito pequenas e que estão
em um estado de constante movimento.
Movimento das partículas é caótico e desordenado.
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8. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Gases são compostos por partículas muito pequenas e que estão
em um estado de constante movimento.
Movimento das partículas é caótico e desordenado.
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9. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Gases são compostos por partículas muito pequenas e que estão
em um estado de constante movimento.
Movimento das partículas é caótico e desordenado.
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10. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Como as partículas estão sempre muito afastadas entre si, a
baixas pressões, podemos desprezar o diâmetro delas.
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11. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
James Clerk Maxwell (1831-1879) estudou de maneira teórica e
experimental os gases, o eletromagnetismo, a ótica física, e
muitos outros campos da ciência. a ele devemos o
desenvolvimento do modelo cinético dos gases.
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12. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Aplicou a probabilidade e a estatística para descrever os gases,
Mostrou que as velocidades das moléculas de um gás seguem
uma distribuição chamada, agora, de Maxwell-Boltzmann.
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13. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Aplicou a probabilidade e a estatística para descrever os gases,
Mostrou que as velocidades das moléculas de um gás seguem
uma distribuição chamada, agora, de Maxwell-Boltzmann.
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14. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Aplicou a probabilidade e a estatística para descrever os gases,
Mostrou que as velocidades das moléculas de um gás seguem
uma distribuição chamada, agora, de Maxwell-Boltzmann.
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15. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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16. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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17. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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18. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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19. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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20. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Seja uma partícula de massa m se movendo na horizontal
Figure: Representação da partícula de massa m em movimento
unidimensional na direção x.
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21. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
e cuja energia cinética Ec pode ser descrita por:
Ec =
1
2
m · v2
(1)
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22. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Acontece que v é uma propriedade vetorial e, portanto, pode ser
decomposta em 3 componentes espaciais cartesianas vx , vy e vz.
E, assim, reescrevemos a equação da energia cinética 1
Ec =
1
2
m · (v2
x + v2
y + v2
z ) (2)
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23. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Um gás real contém N partículas em um volume V, o que dá N × Ec
valores de Energia Cinética.
A Energia cinética total Ectotal
é dada pela soma de todos os i valores
de Energia Cinética Ei, como na 3.
Ectotal
=
N
X
i
Eci
(3)
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24. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Se levarmos em conta apenas o movimento unidimensional do corpo
(digamos, na horizontal), existirão dois momentos distintos, um antes
da colisão (i = inicial) e um após a colisão (f = final).
Figure: Representação do movimento bidimensional da partícula antes e
após a colisão.
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25. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
O corpo será descrito por um tempo inicial (ti) e uma velocidade inicial
(vi) e, igualmente, por um tempo final (tf ) e uma velocidade final (vf ).
É possível descrever a aceleração deste corpo decorrente da colisão
segundo 4
vf − vi
tf − ti
=
∆v
∆t
= a (4)
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26. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Recordando a Segunda Lei de Newton:
F = m · a (5)
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27. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Se levarmos em conta que em um sistema em equilíbrio as variações
de força são infinitesimalmente pequenas, a equação 5 pode ser
reescrita na forma diferencial 6.
F = m · a = m ·
dv
dt
(6)
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28. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Outro fator a se considerar sobre a equação 6 é o referente à terceira
Lei de Newton. Se considerarmos que a força F descrita acima é
exercida pela partícula sobre as paredes do recipiente que a contém,
a essa força F corresponde uma reação da parede sobre a partícula,
igual em intensidade e direção, mas oposta em sentido.
Assim sendo, todas as N partículas do sistema exercerão uma força
dependente do tempo que chamaremos de F = F(t).
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29. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Se quisermos calcular a força média exercida pelas partículas F,
devemos considerar todas as forças exercidas F(t) em um
determinado intervalo de tempo de observação T fazendo a média 7.
F =
P
F(t)
T
(7)
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30. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Se os intervalos de tempo entre uma colisão e outra forem
suficientemente pequenos, o somatório pode ser aproximado por uma
integral como em 8.
F =
R
F(t)
T
(8)
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31. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Essa equação 8 pode ser rearrajanda como 9.
F =
1
T
Z
F(t)dt (9)
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32. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Substituindo 6 em 9, temos 10.
F =
1
T
Z
m ·
dv
dt
dt (10)
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33. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Como a massa m da partícula é constante, ela pode ser tirada da
integral, resultando em 11.
F =
m
T
Z vf
vi
dv (11)
Integrando 11, obtemos 12.
F =
m · ∆v̄
T
(12)
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34. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Considerando que as N partículas de um gás exercem uma força F
sobre as paredes do recipiente, podemos reescrever a força média
total como 13.
Ftotal =
N · m · ∆v̄
T
(13)
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35. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Essa variação na velocidade ∆v̄ é causada pelas colisões da
partícula de massa m.
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36. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Vamos considerar apenas o movimento unidimensional na direção x.
Dessa forma, podemos decompor a variação de velocidade ∆v̄ em
suas componentes unidimensionais, estudar o caso unidimensional
que é mais simples, obter uma descrição mecanística do sistema e
depois estender os resultados para o caso tridimensional.
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37. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Sendo assim, uma partícula de massa m se movendo em x em
direção a uma parede terá sua velocidade descrita por vx .
Figure: Representação da partícula com massa m que se move com
velocidade vx ao longo do eixo x.
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38. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
O movimento da particula será descrito por duas velocidades: vxi
e
vxf
. As duas velocidades serão iguais em módulo e direção, mas
opostas em sentido
vxi
= −vxf
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39. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Figure: Representação da caixa retangular no qual as partículas do gás se
movem.
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40. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Como ∆vx = vxf
− vxi
, então a expressão se torna
∆vx = vxf
− (−)vxf
∆vx = 2 · vxf
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41. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
A versão em x da Força Total é dada por 14
Ftotal,x =
N · m · ∆ ¯
vx
T
(14)
Substituindo ∆vx = 2 · vxf
em 14, temos 15
Ftotal,x =
N · m · 2 · vxf
T
(15)
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42. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Que rearranjando, rende 16.
Ftotal,x =
1
T
· 2 · N · m · v̄x (16)
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43. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Agora, uma pergunta final: Qual é o valor de T a ser considerado na
equação 16?
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44. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Considerando que a partícula se move unidimensionalmente em x por
uma distância a em direção a uma parede cujas dimensões são b × c,
o tempo T a ser considerado na equação é o tempo que a partícula
leva para percorrer a distância a duas vezes (2 × a ela sai de uma
extremidade da caixa, colide contra a parede oposta e retorna ao
início).
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45. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Figure: Representação do percurso unidimensional ao longo do eixo x que a
partícula realiza duas vezes (2a).
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46. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Recorrendo à definição de velocidade média de uma partícula (∆vx ).
¯
vx =
∆x
∆t
=
2 · a
∆t
(17)
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47. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
A partir de 17, obtemos o tempo ∆t entre duas colisões sucessivas:
∆t =
2 a
vx
(18)
o qual é substituido em 16
Ftotal,x =
vx
2 a
·
2 · N · m · v̄x (19)
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48. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Que dá origem à Força média total na direção x
Ftotal,x =
N · mv̄2
x
a
(20)
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49. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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50. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Observando a equação 20 e levando-se em conta que ela é o
resultado de duas colisões sucessivas da partícula sobre uma parede
de dimensões b × c, a qual representa uma Área A. Podemos
calculas a pressão unidimensional que o movimento dessa partícula
em x aplica sobre as paredes da caixa.
px =
Fx
A
(21)
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51. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Substituindo 20 em 21, teremos a pressão em x 22.
px =
Fx
b × c
(22)
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52. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Substituindo 20 em 22
px =
N · m · v̄2
x
a × b × c
(23)
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53. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Como a × b × c é o volume V da caixa, a equação 23 torna-se:
px =
N · m · v̄2
x
V
(24)
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54. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Agora, vamos estender esse resultado para o caso tridimensional
usando uma abordagem estilo teorema de Pitágoras:
v2
= v2
x + v2
y + v2
z (25)
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55. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
E argumentando que não existe uma direção preferencial de
movimento no espaço tridimensional e que podemos fazer a
equivalência vx = vy = vz.
v2
= 3 · v2
x (26)
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56. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Rearranjando 26, temos:
v2
x =
v2
3
(27)
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57. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
E, finalmente, substituindo 27 em 24 obtemos uma expressão 28
cinética para a pressão gasosa por vias puramente teóricas.
p =
N · m · v̄2
3 · V
(28)
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58. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
A expressão 28 é interessante sob vários aspectos.
1 Descreve a pressão gasosa sob um ponto de vista microscópico;
2 Foi desenvolvida por meios puramente teóricos;
3 Mostra que a pressão depende de N, de m e de v̄2;
4 É possível estimar a velocidade média das partículas de um gás a
partir de uma pressão conhecida;
5 Explica teoricamente um fenômeno que com as equações
fenomenológicas era impossível descobrir.
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59. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Uma análise dimensional de 28 mostra as unidades físicas envolvidas
na pressão:
[p] =
kg · m2 · s−2
m3
=
kg · m · s−2 · m
m3
=
N · m
m3
=
J
m3
ou
N
m2
= Pa (29)
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60. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Algumas relações úteis
1 Pa = 1
10000bar = 9, 869 − 10−6atm = 7, 500 · 10−3 torr
1bar = 105 Pa = 0, 9869 atm = 750, 062 torr
1atm = 1, 01325 · 105 Pa = 1, 01325 bar : 760 torr
1 torr = 133322 Pa = 1, 33322.10−3bar = 1, 31579 · 10−3 atm
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61. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
EXEMPLO 19.1: Estime a velocidade média do gás Hélio nas
seguintes condições:
n = 1 mol He
V = 25, 00 L
p = 0, 8770 bar
v̄ =?
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62. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
SOLUÇÃO: PASSO 1:Tomamos a expressão 28 e a rearranjamos para
deixar a velocidade em evidência.
p = N·m·v̄2
3Vt
v̄2 = p3V
N·m
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63. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
PASSO 2: Devemos converter para o Sistema Internacional de
Unidades o Volume (l → m3); a Pressão (bar → Pa); o produto N · m.
A) Conversão de Volume
1, 0L = 1, 0 dm3 = 1, 0(10−1m)3 = 1, 0 × 10−3 m3
1, 0 L 99K 10−3m3
25, 0 L 99K V
V = 2, 5 · 10−2 m3
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64. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
B) Conversão de Pressão
1.0 bar 99K 105Pa
0, 8770bar 99K p
p = 8, 77 · 104 Pa
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65. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
C) Cálculo da massa de Hélio (N × m)
Existem duas formas de fazer esse cálculo, vou iniciar pela mais fácil:
C.1) Consultando o valor da massa molar do Hélio na Tabela Periódica
O número N de partículas que existe em 1,0 mol é 6, 0221 · 1023.
A multiplicação da massa de um único átomo de Hélio por
6, 0221 · 1023 rende exatamente o valor da massa molar do Hélio que
é 4, 0026 · 10−3 kg.
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66. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
C.2) Consultando o valor da massa atômica do Hélio na Tabela
Periódica
A massa atômica é dada em unidades de massa atômica (ou
simplesmente u).
Consultando o valor tabelado de 1u = 1, 66053906660 · 10−27kg
Multiplicando N · m =
6, 0221 · 1023 · 4, 0026 ·
1 u
z }| {
1, 66053906660 · 10−27
kg = 4, 0026 · 10−3 kg
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67. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
D) Cálculo de v̄2
Usaremos a expressão v̄2 = 3·p·V
N·m
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68. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Substituindo os valores de V, p e N · m calculados nas etapas A, B e
C, teremos:
v̄2
=
3 · 8, 77 · 10−4Pa · 2, 5 · 10−2m3
4, 0026 · 10−3kg
v̄2
= 1, 6433 · 106 Pa · m3
kg
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69. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Fazendo a raíz quadrada nos dois lados da equação, teremos o valor
da velocidade média v̄.
v̄ =
p
(1, 6433 · 106 Pa · m3
kg
)
v̄ = 1281, 92??
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70. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Quais as unidades de velocidade? Para isso, precisamos operar sobre
as unidades dentro da raíz quadrada.
p
(
Pa · m3
kg
) =
p
(
N.m
−2 · m
3
kg
) =
p
(
kg · m · s−2 · m
kg
) =
p
(m2
.s−2
) =
m
s
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71. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Finalizando:
v̄ = 1281, 92
m
s
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72. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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73. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Sabemos da mecânica clássica que a energia cinética de uma
partícula é dada por 30:
Ec =
1
2
m · v2
(30)
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74. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Substituindo 30 em 28, temos
p =
N · m · v̄2
3 · V
=
2 · N · Ec
3 · V
(31)
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75. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Rearranjando para ficar numa forma mais reconhecível:
pV =
2
3
N · Ec (32)
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76. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Comparando 32 com a lei dos gases ideais pV = NRT, concluímos
que:
Ec =
3
2
RT (33)
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77. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
A equação 33 representa a energia cinética média molar para um gás
monoatômico.
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78. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Existe uma relação muito útil que vamos utilizar para transformar uma
quantidade molar para expressar as propriedades de um único átomo
ou molécula, ela utiliza a constante de Boltzmann.
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79. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
R = kB · NA (34)
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80. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Na equação 34, kB é a constante de Boltzmann
(1, 380 649 · 10−23J.K−1) e NA (6, 0221 · 1023mol−1) é o número de
Avogadro.
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81. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
A velocidade é uma propriedade vetorial, mas a rapidez (que é um
sinônimo para velocidade) não o é.
Assim sendo, o módulo da velocidade (a raíz quadrada do quadrado
da velocidade) cumpre esse papel de indicar o quão rápido uma
partícula se move sem necessitar explicitar seu vetor velocidade.
Multiplicando-se a equação para a energia cinética de uma partícula
30 pelo número de Avogadro NA, teremos a Energia Cinética Molar.
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82. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Ēc =
3
2
RT ⇛ Ec = NA ·
1
2
m · v2
(35)
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83. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Sabemos que a multiplicação NA × m = M̄ [M̄ = Massa Molar]
Substituindo na 35, temos:
3
2
RT =
1
2
M̄v2
(36)
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84. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Isolando v2
v2
=
3RT
M̄
(37)
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85. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Extraindo a raíz quadrada, temos a velocidade média quadrática vMQ
em 38:
vMQ =
r
3RT
M̄
(38)
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86. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
EXEMPLO 19.2: Estime a temperatura T (em Kelvin) de uma amostra
de gás Hélio com v̄MQ = 1281, 92m
s
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87. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
v̄MQ =
r
3RT
M̄
=
s
3 · 8, 314 J · K−1 · mol−1
· T
4, 0026 · 10−3 kg · mol−1
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88. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
v̄MQ ⇒
1, 28192 · 103 m
s
2
=
3 · 8, 314J · K−1 · mol−1 · T
4, 0026 · 10−3 kg · mol−1
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89. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
1, 6433 · 106 m2
s2
= 6, 23145 J · K−1
· kg−1
× T
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90. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Isolando a temperatura T, temos
T =
1, 6433 · 106 m2
s2
6, 23145 J · K−1 · kg−1
= 263, 71??
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91. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Qual a unidade resultante da resolução da equação acima?
m2 · s−2
J · K−1 · kg−1
= K
m2 · s−2
(N · m) · kg−1
=
= K · kg ·
m · m · s−2
N · m
=
= K ×
N
z }| {
·kg · m · s2
·
m
N ·
m
= K
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92. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Sendo assim, a resposta final é T = 263, 71 K.
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93. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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94. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
vMQ nos dá uma idéia de como, na média, são as velocidades das
partículas do gás naquela temperatura.
vMQ nos informa a rapidez das partículas, mas não nos diz nada sobre
a direção e o sentido desse movimento.
vMQ não é a única forma de representarmos a velocidade das
partículas do gás. em um gás, nem todas a partículas movem-se a
mesma velocidade e nem na mesma direção.
existem velocidades que são mais prováveis e outras que, embora
possíveis, são menos prováveis.
há uma distribuição de velocidades
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95. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Qual é a expressão matemática da velocidade mais adequada e qual
a função que descreve a distribuição de velocidades do gás?
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96. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Há uma função para cada direção:
gx (vx ) , gy (vy ) , gz (vz)
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97. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Agora, vamos usar essas funções de distribuição para obter uma
função probabilística de distribuição tridimensional de velocidades:
P = gx (vx ) dvx · gy (vy ) dvy · gz (vz) dvz (39)
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98. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
As velocidades vα podem variar entre (−∞, +∞).
Agora, vamos adotar uma condição de normalização da função para
impedir que a soma de todas as probabilidades exceda 1 (100
Z vα=+∞
vk =−∞
gα (vα) dvα = 1 (40)
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99. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Combinando as funções de distribuição em uma única função 3-D;
gx (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ(v) (41)
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100. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
E levando-se em conta que a velocidade tridimensional está
relacionada às velocidades em cada eixo pela relação 42.
v2
= v2
x + v2
y + v2
z (42)
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101. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Falta agora descobrir a forma matemática da função Γ(v). Isso pode
ser feito considerando o caso unidimensional e, em seguida, expandir
o resultado para as 3 dimensões, visto que todas são equivalentes.
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102. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Caso Unidimensional:
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103. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Como determinar a forma de gx (vx )? Estudando como gx (vx ) varia à
medidade que vx varia. Em outras palavras, escreveremos uma
derivada.
∂ [gx (vx )]
∂vx
· gy (vy ) · gz (vz) =
∂Γ
v(vx )
z}|{
(v)
∂vx
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104. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Como v = v(vx ), é necessário aplicar uma regra da cadeia
∂ [gx (vx )]
∂vx
· gy (vy ) · gz (vz) =
∂Γ(v)
∂v
∂v
∂vx
(43)
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105. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Derivando 42:
d(v2) = d(v2
x + v2
y + v2
z )
2vdv = 2vx dvx + 2vy dvy + 2vz dvz
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106. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
No caso unidimensional, dvy = 0 e dvz = 0.
2v · dv = 2vx dvx +
2vy dvy +
2vz dvz
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107. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
O que resulta em:
dv
vx
=
vx
v
(44)
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108. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Substituindo 44 em 43, teremos:
∂ [gx (vx )]
∂vx
· gy (vy ) · gz (vz) =
∂Γ(v)
∂v
·
vx
v
(45)
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109. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A derivada 45 é complicada, vamos simplificá-la escrevendo com
outra notação:
g′
x (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ′
(v) ·
vx
v
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110. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Ela pode ser adicionalmente simplificada se dividirmos por
gx (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ(v)
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111. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
g′
x (vx ) ·
gy (vy ) ·
gz (vz) =
Γ(v) · vx
v
gx (vx ) ·
gy (vy ) ·
gz (vz) =
Γ(v)′
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112. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Cujo resultado final é 46.
g′
x (vx )
gx (vx )
=
vx
v
·
Γ(v)
Γ(v)
→
Termos em função de vx
z }| {
1
vx
·
g′
x (vx )
gx (vx )
=
Termos em função de v
z }| {
1
v
Γ′(v)
Γ(v)
(46)
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113. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Como os lados direito e esquerdo da equação 46 se equivalem,
podemos renomar como
1
vx
·
g′
x (vx )
gx (vx )
= K (47)
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114. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Como a equação 46 possui expressões análogas nas direções x e y,
podemos escrever expressões igualmente análogas à 47.
1
vy
·
g′
y (vy )
gy (vy )
= K (48)
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115. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
1
vz
·
g′
z (vz)
gz (vz)
= K (49)
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116. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Retornando ao caso unidimensional (em x):
1
vy
·
g′
y (vy )
gy (vy )
= K =
1
vx
·
∂gx (vx )
∂vx
gx (vx )
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117. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
K · vx =
∂gx (vx )
∂vx
·
1
gx (vx )
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118. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
K · vx · dvx =
∂gx (vx )
gx (vx )
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119. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Que após integração nos dois lados da igualdade rende:
Z
K vx dvx =
Z
1
gx (vx )
∂gx (vx ) → K
v2
x
2
+ C = ln gx (vx )
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120. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Elevando ambos os lados na base e, temos:
e
K
v2
x
2
+C
= e[ln gx (vx )]
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121. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Usando as propriedades e(a+b) = ea · eb e eln a = a, temos:
e
K·
v2
x
2
·
A
z}|{
eC
= gx (vx )
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122. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Finalizando, em 50 temos a forma básica da função de distribuição de
velocidades na direção x:
gx (vx ) = A · e
K
2
v2
x (50)
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123. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Por analogia, temos as versões para y e z da equação 50.
gy (vy ) = A · e
K
2
v2
y (51)
gz(vz) = A · e
K
2
v2
z (52)
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124. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
As constantes A e K em 50, 51 e 52 precisam ser determinadas para
que a forma matemática completa da função de distribuição venha a
ser conhecida.
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125. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Relembrando a condição de normalização 40 e aplicando à equação
50, teremos:
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126. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Z vx =+∞
vx =−∞
A · e
K
2
v2
x dvx (53)
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127. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Para resolver essa equação 53, consultamos uma tabela de integrais
e encontramos 54.
Z +∞
0
e−bx2
dx =
1
2
r
π
b
, onde: b = −
1
2
· K (54)
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128. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A integral tabelada 54 vai de 0 a = ∞, enquanto que a integral 53
corre de −∞ a +∞ mas é uma função par e simétrica com relação ao
eixo vertical.
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129. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Dessa forma, basta resolver a integral e multiplicar por 2 o resultado:
R ∞
−∞ Ae−bx2
dx = 2
R ∞
0 Ae−bx2
= 2 · A ·
h
1
2 −2π
K
1/2
i
= 1
A −2π
K
1/2
= 1
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130. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
E em 55, temos finalmente a forma matemática de A finalmente
descrita.
A =
−2π
K
−1/2
ouA =
−
K
2π
1/2
(55)
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131. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Para determinar plenamente a forma matemática da gx (vx ) é
necessário ainda determinar a forma de K, mas para isso temos que
tomar um atalho.
ATALHO:
1) Vamos considerar a Energia Cinética para 1 partícula Ec = 1
2 m · v2.
2) Rescrevemos a expressão Ec = 1
2 · v2
x + v2
y + vz2
.
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132. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
3) Vamos usar a equivalência v2
x = v2
y = v2
z
4) E obter Ec = 3
2 · v2
x , a qual pode ser comparada à 30.
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133. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
5)
3
2
mv2
x
| {z }
En. Cin. de 1 partícula
≃
3
2
RT
| {z }
En. Cin. Média Molar
6) Para transformar em uma igualdade, devemos usar a relação 34
kB = R
NA
.
7)
3
2
mv2
x =
1
NA
3
2
NAkBT
m · v2
x = kBT
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134. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Finalmente, definimos uma forma matemática para v2
x em 56
v2
x = kBT
m (56)
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135. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Com essa definição de velocidade quadrática para uma única
partícula, podemos aplicar o Teorema do Valor Médio e, assim,
calcular o valor médio de velocidade das partículas de um gás.
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136. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
TEOREMA DO VALOR MÉDIO
Uma grandeza u qualquer pode ter o seu valor médio calculado por:
µ̄ =
N
X
i=1
µiPi
PN
i=1 Pi
(57)
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137. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A soma de todos os valores de probabilidade não pode exceder 100%,
por isso a condição
PN
i Pi = 1.
Se a quantidade de partículas de gás for muito grande, N → ∞ e os
somatórios em 57 se transformam em integrais.
µ̄ =
Z
µiPidµ (58)
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138. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Substituindo 55 em 50, temos a função de distribuição de velocidades
Pi =
−
2π
k
−1/2
e(1/2)Kv2
xi (59)
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139. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Agora, é chegada a hora de substituir 56 e 59 em 58 para podermos
calcular o valor médio da velocidade quadrática v em 60.
v̄2
x =
Z +∞
−∞
v2
x ·
−
2π
K
−1/2
| {z }
f:Ax2
e(1/2)kv2
x
| {z }
f:ebx2
dvx (60)
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140. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A equação 60 possui duas partes, uma quadrática e uma gaussiana.
Ambas as funções são pares e simétricas com relação ao eixo
vertical. Sendo assim, não é necessário resolver a integral entre os
dois limites de integração, basta resolver entre 0 e +∞ e multiplicar o
resultado por 2 (eq 61).
v̄2
x = 2 ·
−
2π
K
−1/2
·
Z +∞
0
v2
x
|{z}
f:Ax2
e(1/2)kv2
x
| {z }
f:ebx2
dvx (61)
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141. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Consultando uma tabela de integrais, encontramos a seguinte solução
para 61:
Z ∞
−∞
x2
e−bx2
dx =
1
2
π1/2
b3/2
!
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142. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Onde
b = −
K
2
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143. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Que substituindo na solução da integral, rende:
b = −
K
2
→
1
2
π1/2
b3/2
!
=
1
2
π1/2
−K
2
3/2
!
=
1
2
·
π1/223/2
(−K)3/2
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144. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Z +∞
−∞
= 2
Z +∞
0
=
1
2
Z +∞
−∞
=
1
2
1
2
·
π1/223/2
(−K)3/2
#
(62)
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145. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Então, a 63 deve ser substituída na equação 61.
¯
vx
2
= 2
−
2π
K
−1/2
1
4
π1/223/2
(−K)3/2
#
(63)
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146. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
OPCIONAL: O que se segue agora é opcional, vou mostrar como a
expressão anterior 63 pode ser simplificada:
¯
vx
2
=
1
4
π1/2 · 23/2
(−K)3/2
#
=
2
4
−
K
2π
1/2
π1/2 · 23/2
(−K)3/2
#
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147. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
¯
vx
2
=
1
2
−
Kπ
2π
1/2
·
23/2
(−K)3/2
#
=
1
2
−
K
2
1/2
·
23/2
(−K)3/2
!
=
(−K)1/2
2 · 21/2
·
23/2
(−K)3/2
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148. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
v̄2
x =
(−K)1/2
(−K)3/2
·
23/2
2 · 21/2
=
(−K)−2/2
·
23/2
2 · 21/2
= (−K)−1
·
23/2
22/2 · 21/2
=
−
1
K
·
23/2
23/2
= −
1
K
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149. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Fim da parte opcional:
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150. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Temos agora uma definição para o valor médio do quadrado da
velocidade que depende da constante K (eq. 64.
v̄2
x = −
1
K
(64)
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151. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Que comparada à 56 (v2
x = kBT
m ) fornece a equação 65.
−
1
K
=
kBT
m
(65)
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152. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
E, finalmente, K em 66.
K = −
m
kBT
(66)
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153. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
De posse da forma matemática de A 55 e de K 66, podemos substituir
em 50 e descrever a distribuição de velocidades na direção x.
gx (vx ) = −
K
2π
1/2
· e
−
mv2
x
2kBT
= −
− m
kBT
2π
!1/2
· e
−
mv2
x
2kBT
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154. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Que, após alguns rearranjos, gera a distribuição em x e suas
análogas em y e z:
gx (vx ) =
m
2πkBT
1/2
· e
−
mv2
x
2kBT
(67)
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155. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
gy (vy ) =
m
2πkBT
1/2
· e
−
mv2
y
2kBT
(68)
gz(vz) =
m
2πkBT
1/2
· e
−
mv2
z
2kBT
(69)
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156. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
As equações 67, 68 e 69 podem ser combinadas na equação 41 para
obter a funçao de distribuição de velocidades tridimensional 70.
Γ(v) =
m
2πkBT
1/2
!3
· e
−
mv2
x
2kBT
· e
−
mv2
y
2kBT
· e
−
mv2
z
2kBT
(70)
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157. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Usando uma propriedade das exponenciais ea · eb · ec = ea+b+c em
70 e usando o a relação 42...
Γ(v) =
m
2πkBT
3/2
· e
− m
2kBT
· e
v2
z }| {
v2
x + v2
y + v2
z
(71)
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158. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Γ(v) =
m
2πkBT
3/2
· e
− mv2
2kBT
(72)
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159. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Como a função de distribuição de velocidades deve representar a
realidade e o que importa é o módulo delas e não sua direção ou
sentido, devemos considerar apenas o intervalo de velocidades
(0, +∞), que corresponde a partículas totalmente paradas e a
partículas com módulo de velocidade infinita.
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160. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A soma das probabilidades desses módulos de velocidade deve ser
normalizada, ou seja, não deve exceder 1.
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161. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Todas essas observações podem ser resumidas na equação ??, a
qual permite calcular a fração de moléculas com velocidades entre v e
v + dv usando 72.
G(v)dv =
Z +∞
0
Γ(v)dv = 1 (73)
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162. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Além disso, as partículas se movem em um espaço tridimensional
isotrópico (igual em todas as direções) e o sistema cartesiano não o é.
É melhor converter para coordenadas esféricas.
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163. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A diferencial dv é o resultado da multiplicação de dvx , dvy e dvz.
A multiplicação dessas três diferenciais rende uma unidade de volume
no espaço de velocidades.
Ao converter para coordenadas esféricas, dv descreve uma casca
esférica de espessura dentro da qual estão as partículas com
velocidades entre v e v + dv.
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164. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
O volume de uma esfera é dado por 4πv3, mas no caso de uma casca
esférica é dado por 4πv2dv, e é esse fator de correção que precisa ser
adicionado em 73 para convertê-la para coordenadas esferopolares.
G(v)dv =
Z +∞
0
4πv2
Γ(v)dv = 1 (74)
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165. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
E substituindo 72 em 74, obtemos a função completa e corrigida para
coordenadas esferopolares.
G(v̄)dv =
Z ∞
0
4πv2
m
2πkBT
3/2
· e
− mv̄2
2kBT
dv (75)
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166. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A interpretação física da equação 75 é a seguinte: a fração de
moléculas G(v̄) que possuem velocidade média v̄, pois possuem
velocidades entre v e v + dv pode ser calculada substituindo-se o
valor de massa m (kg.mol−1), Temperatura T(K) e velocidade média
v̄ (m.s−1).
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167. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A função fração de moléculas com velocidade média v̄ é a função
que consta dentro da integral da 75.
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168. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Segue-se uma discussão sobre as propriedades de G(v̄)dv, obtenção
da função de distriuição a T constante e a M̄ constante.
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169. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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170. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Retomando a discussão da aula anterior, vamos recuperar a função
G(v̄)dv.
G(v̄)dv = 4πv2
m
2πkBT
3/2
· e
− mv̄2
2kBT
dv (76)
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171. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Que na forma molecular fica:
G(v̄)dv = 4πv2
M̄
2πRT
3/2
· e−M̄v̄2
2RT dv (77)
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172. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Sabemos do cálculo diferencial que a primeira derivada de uma
função tem seu máximo (ou mínimo) quando a derivada é igual a zero
(pois a reta tangente a esse ponto extremo não possui inclinação).
Assim, tomamos a equação 77 e a derivamos igualando a zero ao
final da operação.
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173. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
G(v̄)dv = 4π
m
2πkBT
3/2
v̄2
· e−mv̄2/2kBT
dv (78)
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174. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Derivando a expressão e igualando-a a zero para obter o máximo da
função.
G′
(v̄) = 4π
m
2πkBT
3/2
v̄2
· e−mv̄2/2kBT
′
(79)
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175. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
4π
m
2πkBT
3/2
2v̄ · e−mv̄2/2kBT
+ v̄2
· e−mv̄2/2kBT
(−2mv̄/2kBT)
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176. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
4π
m
2πkBT
3/2
2ve−mv̄2/2kBT
− 2v̄e−mv̄v̄2/2kBT
mv̄2
/2kBT
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177. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
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0 = 4π
m
2πkBT
3/2
1 −
mv̄2
kBT
2v̄e
−mv̄2
2kBT
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178. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
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Passamos o segundo termo para o outro lado da igualdade e
mudamos o sinal:
(((((((((((((((
(
4π
m
2πkBT
3/2
2v̄e−mv̄2/kBT
| {z }
igual ao termo da direita
=
((((((((((((((((
4π
m
2πKBT
3/2
2v̄e−mv̄2/kBT
| {z }
igual ao termo da esquerda
2mv̄2
kBT
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179. Aula 5
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Após cancelamento dos termos iguais.
2mv̄2
kBT
= 1
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Que rearranjando, rende:
v̄2
=
kBT
2m
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Fazendo a raíz quadrada nos dois lados da equação, obtemos a
expressão para a velocidade média mais provável de um gás
v̄MPem80.
v̄MP =
r
kBT
2m
(80)
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Que, usando-se a definição da constante universal dos gases
R = kB NA 34 [kB = R/NA], torna-se a velocidade mais provável molar
81:
v̄MP =
v
u
u
u
t
RT
2NA · m
| {z }
M̄
=
r
RT
2M̄
(81)
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EXEMPLO 19.3 Calcule a v̄MP dos átomos de He
(M̄He = 4, 0026 × 10−3kg · mol−1) a uma T = 263, 71K.
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184. Aula 5
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SOLUÇÃO:
Usamos a equação 81 v̄MP =
q
RT
2M̄
.
v̄MP =
s
8, 314J ·
K−1 ·
mol−1 × 263, 71 K
2 × 4, 0026 × 10−3kg ·
mol−1
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Resolvendo numericamente a equação, obtemos:
v̄MP =
s
4384, 97J
4, 0026 · 10−3kg
v̄MP =
q
1095530, 37 J · kg−1
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Extraindo a raíz quadrada, obtemos o resultado numérico:
v̄MP = 1046, 68
q
J · kg−1
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E as unidades ficam como?
q
J · kg−1 =
q
[N · m] · kg−1 =
q
[(kg · m · s−2) · m] ·
kg−1
=
p
m2 · s−2 = m · s−1
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E a resposta final fica
v̄MP = 1046, 68m · s−1
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Que pode ser comparada à resposta do EXEMPLO 19.2:
vMQ = 1281, 92m · s−1
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190. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
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O que nos leva a concluir que
v̄MP vMQ
Aproveitando que agora conhecemos a função de distribuição de
velocidades de um gás e vamos calcular a velocidade segundo o
Teorema do Valor Médio (TVM).
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191. Aula 5
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v̄ =
Z vmax =∞
vmin=0
vj · G vj
dvj
| {z }
equação77
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v̄ =
Z vmax =∞
vmin=0
v ·
4π
m
2πkBT
3/2
· v2
· e−mv2/2kB
#
dv
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v̄ =
Z ∞
0
v3
· e−mv2/2kBT
dv
| {z }
Itegral tabelada:
R
xne−ax2
dx
· 4π
m
2πkBT
3/2
!
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A resolução da integral é OPCIONAL e será feita logo a seguir. A
integral resolvida resulta em:
v̄TVM =
r
8kBT
πm
=
r
8RT
πM̄
(82)
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195. Aula 5
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RESOLUÇÃO OPCIONAL DA INTEGRAL:
A integral
Z
v3
e−av2
dv =
−ae−av2
− e−av2
2a2
+ C
onde a = m/2kBT.
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196. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
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Substituindo na integral, temos:
− (m/2kBT) e
−
m
2kBT
v2
− e
− m
2kBT
v2
2
m
2kBT
2
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197. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
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Não esquecendo que a integral completa possui uma constante
4π
m
2πkBT
3/2
.
Multiplicando ambas:
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4π
m
2πkBT
3/2
×
− (m/2kBT) e
−
m
2kBT
v2
− e
− m
2kBT
v2
2
m
2kBT
2
Podemos resolver a expresão focando no primeiro termo e no termo
no denominador da fração:
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199. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
4π
m
2πkBT
3/2
2
m
2kBT
2
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FQIII/TCG Short Occasion 189 / 365
200. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
2π
m
2πkBT
3/2
·
2kBT
m
2
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FQIII/TCG Short Occasion 190 / 365
201. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
2π
π3/2
m
2kBT
3/2
·
m
2kBT
−2
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FQIII/TCG Short Occasion 191 / 365
202. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
2π(1−3
2 )
m
2kBT
3/2
m
2kBT
−2
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FQIII/TCG Short Occasion 192 / 365
203. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
2π(2
2
−3
2 )
m
2kBT
3
2
−2
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FQIII/TCG Short Occasion 193 / 365
204. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
2π−1
2
m
2kBT
−1
2
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205. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
2
πm
2kBT
−1
2
= 2
2kBT
πm
1
2
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206. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
v̄TVM =
4 · 2kBT
πm
1
2
=
8kBT
πm
1
2
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207. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Que na forma molar, rende 83:
v̄TVM =
r
8RT
πM̄
(83)
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208. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
EXEMPLO 4: Considerando que o gás Argônio
(M̄Ar = 39, 948 · 10−3kg · mol−1) apresenta uma velocidade média
v̄ = 500 m · s−1, estime a temperatura T desse gás usando as três
definições de velocidade média:
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209. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
1 vMQ =
q
3RT
M̄
(38)
2 v̄MP =
q
RT
2M̄
(81)
3 v̄TVM =
q
8RT
πM̄
(83)
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210. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
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Antes de iniciar a resolução numérica do problema, como queremos
estimar a temperatura usando cada uma das definições de velocidade,
é necessário reorganizar as três expressões.
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211. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Vou resolver apenas a 38 e, por analogia, apenas apresentar os
resultados para as demais expressões:
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212. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Primeiro, elevamos os dois lados da 38 ao quadrado:
[vMQ]2
=
r
3RT
M̄
#2
v2
MQ =
3RT
M̄
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213. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
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Deixamos a T em evidência.
TMQ =
v2
MQM̄
3R
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214. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
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Por analogia, temos as expressões para T provenientes de 81 e 83:
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215. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
TMP =
v2
MPM̄
2R
TTVM =
πv̄2
TVMM̄
8R
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216. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Substituindo v̄ = 500 m · s−1, M̄Ar = 39, 948 · 10−3kg · mol−1 e
R = 8, 314J · K−1 · mol−1 nas três expressões acima:
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217. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
TMQ =
(500 m · s−1)2 · 39, 948 · 10−3kg ·
mol−1
3 · 8, 314J · K−1 ·
mol−1
= 400, 4
N·m=
J
z }| {
kg m s−2 m
z }| {
(m2
s−2
) · kg ·K
J
= 400, 4K
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218. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Por analogia, as demais temperaturas são obtidas:
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219. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
TMP =
(500 m · s−1)2 · 39, 948 · 10−3kg · mol−1
2 · 8, 314J · K−1 · mol−1
= 600, 6K
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220. Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
TTVM =
π · 500 m · s−1)2 · 39, 948 · 10−3kg · mol−1
8 · 8, 314J · K−1 · mol−1
= 471, 72K
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221. Aula 6 Teoria das Colisões
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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222. Aula 6 Teoria das Colisões
Modelo da Esfera Rígida
Figure: Função de potencial aos pares para partículas rígidas e que só
interagem no momento da colisão.
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223. Aula 6 Teoria das Colisões
Se considerarmos as partículas de um gás, ou mesmo de um líquido,
como sendo esferas de carcaça dura e impenetrável que não
interagem a distância, podemos modelar de forma bem simplista o
comportamento da matéria quanto às suas colisões.
Figure: Representação de duas partículas esféricas rígidas e impenetráveis.
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224. Aula 6 Teoria das Colisões
Se considerarmos que cada partícula possui um raio r, a menor
distância que 2 partículas rígidas poderão estar uma da outra é
2r = d, ou seja, um diâmetro molécular d.
Assim sendo, podemos determinar 4 grandezas diferentes entre as
partículas:
1 a distância média que uma partícula pode viajar sem colidir com
outras partículas (λ).
2 a frequência média de colisões que uma partícula pode realizar
por unidade de tempo (z);
3 o quão rápido uma massa gasosa pode se deslocar no ar
(difusão)
4 o quâo rápido uma massa gasosa pode escapar por um orifício
(efusão)
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225. Aula 6 Teoria das Colisões
Vamos considerar o caso hipotético de uma partícula P movendo-se
enquanto todas as outras estão paradas.
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226. Aula 6 Teoria das Colisões
Figure: Representação da partícula P e a descrição da área de seção reta
em torno dela, a qual forma a base do cilindro livre de colisões.
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227. Aula 6 Teoria das Colisões
Se essa partícula for uma esfera rígida, ela só vai interagir com outras
partículas cujas carcaças se toquem.
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228. Aula 6 Teoria das Colisões
Para se tocar, os centros das duas partículas deve estar a uma
distância menor ou igual a 2 raios r, ou a uma distancia menor que 1
diâmetro molecular d.
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229. Aula 6 Teoria das Colisões
A partícula que viaja assim forma em torno de si um ’cilindro.
Figure: Cilindro formado pela partícula P em movimento e pela distancia
média λ percorrida sem colisões.
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230. Aula 6 Teoria das Colisões
A base desse cilindro é uma circunferência.
Essa circunferência é formada por um diâmetro molecular d a partir
do centro da partícula, porque é a distãncia a partir da qual outra
partícula pode colidir com ela.
Girando esse diâmetro molecular em torno do centro da partícula P,
obtemos um cilindro.
A circunferência formada tem raio R = d = 24 e área A = πd2 = πr2.
A altura desse cilindro vamos chamar de λ e é a distãncia que a
partícula percorre livremente, sem sofrer colisão alguma.
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231. Aula 6 Teoria das Colisões
A equação que descreve o volume desse cilindro hipotético é dada por
V = λ · A = λ · πd2
.
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232. Aula 6 Teoria das Colisões
Se o sistema for composto por N partículas, o volume médio ocupado
por partícula é V
N .
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233. Aula 6 Teoria das Colisões
Unindo as duas expressões, temos
V
N
= λ · πd2
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234. Aula 6 Teoria das Colisões
Que ao ser rearranjada rende
λ =
V
Nπd2
(84)
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235. Aula 6 Teoria das Colisões
O volume médio em um gás ideal é obtida a partir da equação de
estado do gás ideial pV = NkBT.
V
N
=
kBT
p
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236. Aula 6 Teoria das Colisões
A qual pode ser substituída em 84
λ =
kBT
πpd2
(85)
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237. Aula 6 Teoria das Colisões
Essa equação 85 é uma expressão simplificada para o percurso livre
médio de um gás ideal segundo o modelo da esfera rígida.
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238. Aula 6 Teoria das Colisões
Como ele pode ser interpretado?
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239. Aula 6 Teoria das Colisões
No denominador temos kBT, que é conhecido também por energia
térmica. Quanto mais quente o sistema (maior a temperatura), mais
velozes são as moléculas e maiores são as distâncias que elas
percorrem, fazendo com que o percurso livre médio λ seja maior.
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240. Aula 6 Teoria das Colisões
Para um sistema com maior número N de particulas, a maior lotação
do sistema faz com que a partícula ao viajar tenha maior
probabilidade de encontrar outras partículas pelo caminho e, assim,
colidir mais facilmente. Isso encurta o percurso livre médio λ.
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241. Aula 6 Teoria das Colisões
O mesmo ocorre com a pressão gasosa p. Quanto maior a pressão,
mais colisões moleculares as partículas do sistema realizam e, assim,
menor a distância λ que viajam livremente sem colidir.
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242. Aula 6 Teoria das Colisões
Exemplo 19.5: Calcule o percurso livre médio λ de uma partícula de
Kriptônio cujo diâmetro d = 3, 70 Å.
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243. Aula 6 Teoria das Colisões
Dados:
T = 20o
C = 293, 15K
p = 1, 0bar = 105
Pa
d = 3, 70 Å = 3, 70 · 10−10
m
kB = 1, 380649 · 10−23
J K−1
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244. Aula 6 Teoria das Colisões
Usamos a equação 85
λ =
kBT
πpd2
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245. Aula 6 Teoria das Colisões
Substituindo os valores fornecidos pelo problema:
λ =
1, 380649 · 10−23J K−1 × 293, 15K
π × 105Pa × (3, 70 · 10−10m)2
λ =
4, 0474 · 10−21J
K−1 K
314159, 2653 Pa × 1, 369 · 10−19m2
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246. Aula 6 Teoria das Colisões
λ =
4, 0474 · 10−21J
K−1 K
4, 30084 · 10−14Pa · m2
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247. Aula 6 Teoria das Colisões
Resolvendo numericamente a equação:
λ = 9, 411 · 10−8
??
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248. Aula 6 Teoria das Colisões
E quais as unidades?
[λ] =
J
Pa · m2
=
N · m
N ·
m−2 ·
m2
= m
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249. Aula 6 Teoria das Colisões
E a resposta final completa é λ = 9, 411 · 10−8 m.
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250. Aula 6 Teoria das Colisões
BÔNUS: A quantos diâmetros moleculares corresponde essa
distância livre percorrida?
λ
d
=
9, 411 · 10−8 m
3, 70 · 10−10m
= 254, 3 ≃ 254 diâmetros
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251. Aula 6 Teoria das Colisões
EXEMPLO 19.6: Considerando a molécula de N2 como uma esfera
rígida (uma aproximação valida), de diâmetro d = 3, 20 Å, a
T = 22oC. Qual seria a pressão p necessária para que o percurso
livre médio λ dessa molécula seja de 1, 00m?
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252. Aula 6 Teoria das Colisões
λ =
kBT
πd2p
=
1, 380649 · 10−23 J · K−1
(295, 15K)
3, 14159 · 3, 20 · 10−10 m
2
· p
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253. Aula 6 Teoria das Colisões
p =
kBT
πd2λ
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254. Aula 6 Teoria das Colisões
p =
4, 074 · 10−29 J
3, 217 · 10−19 m2 · 1, 00 m
=
4, 074 · 10−29 J
3, 217 · 10−19 m3
= 1, 267 · 10−10
??
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255. Aula 6 Teoria das Colisões
E as unidades?
J
m3
=
N ·
m
m
3
=
N
m2
= Pa
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256. Aula 6 Teoria das Colisões
Então a pressao necessária para que o nitrogênio apresente um
percurso livre médio de 1,00 m é de
p = 1, 267 · 10−10
Pa = 1, 267 · 10−10
bar = 1, 250 · 10−7
atm
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257. Aula 6 Teoria das Colisões
É uma estimativa do número médio de colisões que uma partídcula
rígida realiza em um período de tempo de 1, 0s.
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258. Aula 6 Teoria das Colisões
Como pode-se estimar essa quantidade?
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259. Aula 6 Teoria das Colisões
Usando a definição de velocidade pelo Teorema do Valor Médio vTVM
da equação 83 e o percurso livre médio λ.
v =
distância média percorrida
intervalo de tempo
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260. Aula 6 Teoria das Colisões
Como nosso interesse é no intervalo de tempo
1/t
z =
1
t
=
eq.83
z }| {
vTVM
λ
|{z}
eq.85
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261. Aula 6 Teoria das Colisões
Substituindo ambas equações...
z =
8RT
πM̄
1
2
RT
πpd2
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262. Aula 6 Teoria das Colisões
Considerando que RT
p = V
N = 1
ρ
z =
8RT
πM̄
1
2
1
πρd2
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263. Aula 6 Teoria das Colisões
z = πρd2
·
r
8RT
πM̄
=
r
π2 8RT
πM̄
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264. Aula 6 Teoria das Colisões
Que produz a frequência média de colisão z(s−1)
z = ρd2
r
8πRT
M̄
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265. Aula 6 Teoria das Colisões
A fim de evitar contabilizar a mesma colisão duas vezes, usamos a
massa reduzida (demonstração na sequência), o que implica em
aplicar o fator 1/2 na massa M̄, rendendo a forma final de z.
z = 4ρd2
r
πRT
M̄
(86)
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266. Aula 6 Teoria das Colisões
DEMONSTRAÇÃO: Quando o sistema envolver colisões entre duas
partículas de mesma massa, considerar a massa reduzida
µ12 =
M̄1 · M̄2
M̄1 + M̄2
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267. Aula 6 Teoria das Colisões
Como se trata da mesma partícula
M̄1 = M̄2 = M̄
e a expressão se torna:
µ12 =
M̄2
2M̄
=
M̄
2
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268. Aula 6 Teoria das Colisões
Na expressão que define a frequência média de colisão z, devemos
usar µ12 no caso de colisões entre o mesmo tipo de partícula.
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269. Aula 6 Teoria das Colisões
z = ρd2
s
8πRT
µ12
z = ρd2
s
8πRT
M̄
2
z = ρd2
r
2 × 8πRT
M̄
z = ρd2
r
16πRT
M̄
z = 4ρd2
r
πRT
M̄
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270. Aula 6 Teoria das Colisões
Essa frequência total leva em conta as colisões z realizadas por todas
as partículas do sistema, cuja densidade numérica ρ(m−3 deve ser
considerada.
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271. Aula 6 Teoria das Colisões
Em outras palavras, a frequencia total é dada por
Z = z × ρ
.
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272. Aula 6 Teoria das Colisões
No entanto, ao considerar a densidade numérica como forma de
contabilizar o total de colisões, incorremos em um erro que é o de
contabilizar as colisões entre duas partículas i e j duas vezes (uma
vez ao contabilizar as colisões entre i e j e outra vez ao contabilizar as
colisões entre j e i).
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273. Aula 6 Teoria das Colisões
Para corrigir, multiplicamos tudo por 1/2.
Z =
1
2
z × ρ (87)
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274. Aula 6 Teoria das Colisões
Substituindo as equações 86 e 85 em 87, temos:
Z =
1
2
4ρ2
d2
r
πRT
M̄
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275. Aula 6 Teoria das Colisões
Que após simplificação, fornece a frequência total de colisões Z 88.
Z = 2ρ2
d2
r
πRT
M̄
(88)
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276. Aula 6 Teoria das Colisões
As unidades de Z são:
[Z] = s−1
· m−3
(colisões por s para cada m3
)
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277. Aula 6 Teoria das Colisões
Apenas a título de informação e fornecido sem provas matemática,
temos uma forma para λ, z e Z no caso de colisões entre duas
moléculas diferentes.
Figure: Representação de partículas em colisão com diferentes dimensões.
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278. Aula 6 Teoria das Colisões
λ12 =
r
m2
m1 · m2
1
π
d1d2
2
2
ρ2
(89)
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279. Aula 6 Teoria das Colisões
z12 = ρ2
d1d2
2
2
·
s
8πkBT
µ12
(90)
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280. Aula 6 Teoria das Colisões
Z12 = ρ1ρ2
d1d2
2
2
·
s
8πkBT
µ12
(91)
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281. Aula 6 Teoria das Colisões
EXEMPLO 19.7: Considere 1,00 mol de Xenônio (d = 4, 00 Å), a
p = 1, 00 bar e V = 2, 271 × 10−2 m3 e T = 273, 15K. Calcule:
1 A frequência média de colisão z;
2 A frequência total de colisão Z;
3 A frequência de colisão Z · V.
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282. Aula 6 Teoria das Colisões
Antes de calcular as frequência de colisão, precisamos determinar a
densidade numérica do sistema.
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283. Aula 6 Teoria das Colisões
Sabendo-se que a densidade numérica pode ser calculada por
ρ = N
V . . .
ρ =
N
V
=
6, 0221 · 1023partículas
2, 271 × 10−2 m3
= 2, 652 · 1025
m−3
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284. Aula 6 Teoria das Colisões
A massa molar do Xenônio é obtida por uma consulta à tabela
periódica:
M̄Xe = 131, 29 · 10−3
kg · mol−1
.
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285. Aula 6 Teoria das Colisões
1.Frequência média de colisão z.
Utilizamos a equação 86
z = 4ρd2
r
πRT
M̄
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286. Aula 6 Teoria das Colisões
z = 4 · 2, 652 · 1025
m−3
4, 00 · 10−10
m
2
s
π 8, 314J
K−1
mol−1 · 273, 15 K
131, 29 · 10−3kg ·
mol−1
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287. Aula 6 Teoria das Colisões
z = 1, 0607 · 1026
m−3
1, 60 · 10−19
m2
s
7134, 459 J
131, 29 · 10−3kg·
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288. Aula 6 Teoria das Colisões
z = 16972800, 0 m−1
·
s
54341, 222
kg · m · s−2 × m
kg
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289. Aula 6 Teoria das Colisões
z = 16972800, 0
m−1
· 233, 1120
m · s−1
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290. Aula 6 Teoria das Colisões
z = 3956563353, 6 s−1
= 3, 956 · 109
s−1
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291. Aula 6 Teoria das Colisões
2. Frequência total de colisão Z;
Para calcular essa frequência, precisamos resolver a equação 87.
Z =
1
2
· z · ρ
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292. Aula 6 Teoria das Colisões
Z =
1
2
· 3, 956 · 109
s−1
· 2, 652 · 1025
m−3
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293. Aula 6 Teoria das Colisões
Z = 5, 246 · 1034
s−1
m−3
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294. Aula 6 Teoria das Colisões
3. Frequência de colisão Z · V
Z · V = 5, 246 · 1034
s−1
m−3
× 2, 271 × 10−2
m3
= 1, 191 · 1033
s−1
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295. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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296. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
A efusão é um fenômeno interessante. Ele diz respeito à passagem
das moléculas de um gás por um orifício ou por uma série de orifícios
(uma membrana porosa, por exemplo).
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297. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
É o fenômeno responsável pelo murchar de um balão de aniversário
após alguns dias guardado em casa.
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298. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
O gás soprado para dentro do balão infla o mesmo pelo ato de esticar
e expandir uma membrana borrachosa.
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299. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Esse esticamento da membrana causa stress nela, o material com o
tempo acaba sofrendo pequenas fraturas. Em algumas dessas
fraturas pode surgir um furo, e é por esse furo que o gás escapará
lentamente, gerando o murchamento do balão.
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300. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Um botijão de gás pode estar bem fechado, mas se a vedação não for
perfeita, pode ser que passemos a sentir um cheirinho estranho
referente às mercaptanas inseridas no GLP para nos alertar sobre
possíveis vazamentos. Esse vazamento geralmente é lento e não
percebebido de imediato.
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301. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Como podemos descrever matemáticamente esse fenômeno?
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302. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Acompanhem:
Vamos considerar a que velocidade de efusão dN/dt é proporcional à
velocidade média de um gás v̄:
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303. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
A velocidade média de um gás na direção x é descrita pela função de
distribuição 67
gx (vx ) =
m
2πkBT
1/2
· e
−
mv2
x
2kBT
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304. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
A pergunta que faremos é: qual a quantidade de partículas gás que
passam por segundo por um orifício de área A?
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