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Teoria Cinética dos Gases
Físico-Química III
Universidade Federal do Pampa
1Bel. e Lic. em Química/Dr em Química Teórica
Campus Bagé
Curso de Química Licenciatura
2022/1
Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa)
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Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Todos os gases obedecem a lei dos gases ideais quando a
pressões suficientemente baixas.
O comportamento dos gases a baixas pressões é independente
da natureza química dos mesmos.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Todos os gases obedecem a lei dos gases ideais quando a
pressões suficientemente baixas.
O comportamento dos gases a baixas pressões é independente
da natureza química dos mesmos.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Todos os gases obedecem a lei dos gases ideais quando a
pressões suficientemente baixas.
O comportamento dos gases a baixas pressões é independente
da natureza química dos mesmos.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Gases são compostos por partículas muito pequenas e que estão
em um estado de constante movimento.
Movimento das partículas é caótico e desordenado.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Gases são compostos por partículas muito pequenas e que estão
em um estado de constante movimento.
Movimento das partículas é caótico e desordenado.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Gases são compostos por partículas muito pequenas e que estão
em um estado de constante movimento.
Movimento das partículas é caótico e desordenado.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Como as partículas estão sempre muito afastadas entre si, a
baixas pressões, podemos desprezar o diâmetro delas.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
James Clerk Maxwell (1831-1879) estudou de maneira teórica e
experimental os gases, o eletromagnetismo, a ótica física, e
muitos outros campos da ciência. a ele devemos o
desenvolvimento do modelo cinético dos gases.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Aplicou a probabilidade e a estatística para descrever os gases,
Mostrou que as velocidades das moléculas de um gás seguem
uma distribuição chamada, agora, de Maxwell-Boltzmann.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Aplicou a probabilidade e a estatística para descrever os gases,
Mostrou que as velocidades das moléculas de um gás seguem
uma distribuição chamada, agora, de Maxwell-Boltzmann.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Aplicou a probabilidade e a estatística para descrever os gases,
Mostrou que as velocidades das moléculas de um gás seguem
uma distribuição chamada, agora, de Maxwell-Boltzmann.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
(1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria
cuja massa é m.
(2) as partículas em um gás estão em constante movimento
aleatório.
(3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as
paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem
elasticamente.
(4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há
colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há
manutenção da energia total (Ei = Ef ).
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Seja uma partícula de massa m se movendo na horizontal
Figure: Representação da partícula de massa m em movimento
unidimensional na direção x.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
e cuja energia cinética Ec pode ser descrita por:
Ec =
1
2
m · v2
(1)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Acontece que v é uma propriedade vetorial e, portanto, pode ser
decomposta em 3 componentes espaciais cartesianas vx , vy e vz.
E, assim, reescrevemos a equação da energia cinética 1
Ec =
1
2
m · (v2
x + v2
y + v2
z ) (2)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Um gás real contém N partículas em um volume V, o que dá N × Ec
valores de Energia Cinética.
A Energia cinética total Ectotal
é dada pela soma de todos os i valores
de Energia Cinética Ei, como na 3.
Ectotal
=
N
X
i
Eci
(3)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Se levarmos em conta apenas o movimento unidimensional do corpo
(digamos, na horizontal), existirão dois momentos distintos, um antes
da colisão (i = inicial) e um após a colisão (f = final).
Figure: Representação do movimento bidimensional da partícula antes e
após a colisão.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
O corpo será descrito por um tempo inicial (ti) e uma velocidade inicial
(vi) e, igualmente, por um tempo final (tf ) e uma velocidade final (vf ).
É possível descrever a aceleração deste corpo decorrente da colisão
segundo 4
vf − vi
tf − ti
=
∆v
∆t
= a (4)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Recordando a Segunda Lei de Newton:
F = m · a (5)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Se levarmos em conta que em um sistema em equilíbrio as variações
de força são infinitesimalmente pequenas, a equação 5 pode ser
reescrita na forma diferencial 6.
F = m · a = m ·
dv
dt
(6)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Outro fator a se considerar sobre a equação 6 é o referente à terceira
Lei de Newton. Se considerarmos que a força F descrita acima é
exercida pela partícula sobre as paredes do recipiente que a contém,
a essa força F corresponde uma reação da parede sobre a partícula,
igual em intensidade e direção, mas oposta em sentido.
Assim sendo, todas as N partículas do sistema exercerão uma força
dependente do tempo que chamaremos de F = F(t).
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Se quisermos calcular a força média exercida pelas partículas F,
devemos considerar todas as forças exercidas F(t) em um
determinado intervalo de tempo de observação T fazendo a média 7.
F =
P
F(t)
T
(7)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Se os intervalos de tempo entre uma colisão e outra forem
suficientemente pequenos, o somatório pode ser aproximado por uma
integral como em 8.
F =
R
F(t)
T
(8)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Essa equação 8 pode ser rearrajanda como 9.
F =
1
T
Z
F(t)dt (9)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Substituindo 6 em 9, temos 10.
F =
1
T
Z
m ·
dv


dt


dt (10)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Como a massa m da partícula é constante, ela pode ser tirada da
integral, resultando em 11.
F =
m
T
Z vf
vi
dv (11)
Integrando 11, obtemos 12.
F =
m · ∆v̄
T
(12)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Considerando que as N partículas de um gás exercem uma força F
sobre as paredes do recipiente, podemos reescrever a força média
total como 13.
Ftotal =
N · m · ∆v̄
T
(13)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Essa variação na velocidade ∆v̄ é causada pelas colisões da
partícula de massa m.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Vamos considerar apenas o movimento unidimensional na direção x.
Dessa forma, podemos decompor a variação de velocidade ∆v̄ em
suas componentes unidimensionais, estudar o caso unidimensional
que é mais simples, obter uma descrição mecanística do sistema e
depois estender os resultados para o caso tridimensional.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Sendo assim, uma partícula de massa m se movendo em x em
direção a uma parede terá sua velocidade descrita por vx .
Figure: Representação da partícula com massa m que se move com
velocidade vx ao longo do eixo x.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
O movimento da particula será descrito por duas velocidades: vxi
e
vxf
. As duas velocidades serão iguais em módulo e direção, mas
opostas em sentido
vxi
= −vxf
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Figure: Representação da caixa retangular no qual as partículas do gás se
movem.
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Como ∆vx = vxf
− vxi
, então a expressão se torna
∆vx = vxf
− (−)vxf
∆vx = 2 · vxf
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
A versão em x da Força Total é dada por 14
Ftotal,x =
N · m · ∆ ¯
vx
T
(14)
Substituindo ∆vx = 2 · vxf
em 14, temos 15
Ftotal,x =
N · m · 2 · vxf
T
(15)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Que rearranjando, rende 16.
Ftotal,x =
1
T
· 2 · N · m · v̄x (16)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Agora, uma pergunta final: Qual é o valor de T a ser considerado na
equação 16?
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Considerando que a partícula se move unidimensionalmente em x por
uma distância a em direção a uma parede cujas dimensões são b × c,
o tempo T a ser considerado na equação é o tempo que a partícula
leva para percorrer a distância a duas vezes (2 × a ela sai de uma
extremidade da caixa, colide contra a parede oposta e retorna ao
início).
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Figure: Representação do percurso unidimensional ao longo do eixo x que a
partícula realiza duas vezes (2a).
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Recorrendo à definição de velocidade média de uma partícula (∆vx ).
¯
vx =
∆x
∆t
=
2 · a
∆t
(17)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
A partir de 17, obtemos o tempo ∆t entre duas colisões sucessivas:
∆t =
2 a
vx
(18)
o qual é substituido em 16
Ftotal,x =
vx

2 a
· 
2 · N · m · v̄x (19)
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Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases
Que dá origem à Força média total na direção x
Ftotal,x =
N · mv̄2
x
a
(20)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Observando a equação 20 e levando-se em conta que ela é o
resultado de duas colisões sucessivas da partícula sobre uma parede
de dimensões b × c, a qual representa uma Área A. Podemos
calculas a pressão unidimensional que o movimento dessa partícula
em x aplica sobre as paredes da caixa.
px =
Fx
A
(21)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Substituindo 20 em 21, teremos a pressão em x 22.
px =
Fx
b × c
(22)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Substituindo 20 em 22
px =
N · m · v̄2
x
a × b × c
(23)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Como a × b × c é o volume V da caixa, a equação 23 torna-se:
px =
N · m · v̄2
x
V
(24)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Agora, vamos estender esse resultado para o caso tridimensional
usando uma abordagem estilo teorema de Pitágoras:
v2
= v2
x + v2
y + v2
z (25)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
E argumentando que não existe uma direção preferencial de
movimento no espaço tridimensional e que podemos fazer a
equivalência vx = vy = vz.
v2
= 3 · v2
x (26)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Rearranjando 26, temos:
v2
x =
v2
3
(27)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
E, finalmente, substituindo 27 em 24 obtemos uma expressão 28
cinética para a pressão gasosa por vias puramente teóricas.
p =
N · m · v̄2
3 · V
(28)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
A expressão 28 é interessante sob vários aspectos.
1 Descreve a pressão gasosa sob um ponto de vista microscópico;
2 Foi desenvolvida por meios puramente teóricos;
3 Mostra que a pressão depende de N, de m e de v̄2;
4 É possível estimar a velocidade média das partículas de um gás a
partir de uma pressão conhecida;
5 Explica teoricamente um fenômeno que com as equações
fenomenológicas era impossível descobrir.
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Uma análise dimensional de 28 mostra as unidades físicas envolvidas
na pressão:
[p] =
kg · m2 · s−2
m3
=
kg · m · s−2 · m
m3
=
N · m
m3
=
J
m3
ou
N
m2
= Pa (29)
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Algumas relações úteis
1 Pa = 1
10000bar = 9, 869 − 10−6atm = 7, 500 · 10−3 torr
1bar = 105 Pa = 0, 9869 atm = 750, 062 torr
1atm = 1, 01325 · 105 Pa = 1, 01325 bar : 760 torr
1 torr = 133322 Pa = 1, 33322.10−3bar = 1, 31579 · 10−3 atm
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
EXEMPLO 19.1: Estime a velocidade média do gás Hélio nas
seguintes condições:
n = 1 mol He
V = 25, 00 L
p = 0, 8770 bar
v̄ =?
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
SOLUÇÃO: PASSO 1:Tomamos a expressão 28 e a rearranjamos para
deixar a velocidade em evidência.
p = N·m·v̄2
3Vt
v̄2 = p3V
N·m
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
PASSO 2: Devemos converter para o Sistema Internacional de
Unidades o Volume (l → m3); a Pressão (bar → Pa); o produto N · m.
A) Conversão de Volume
1, 0L = 1, 0 dm3 = 1, 0(10−1m)3 = 1, 0 × 10−3 m3
1, 0 L 99K 10−3m3
25, 0 L 99K V
V = 2, 5 · 10−2 m3
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B) Conversão de Pressão
1.0 bar 99K 105Pa
0, 8770bar 99K p
p = 8, 77 · 104 Pa
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
C) Cálculo da massa de Hélio (N × m)
Existem duas formas de fazer esse cálculo, vou iniciar pela mais fácil:
C.1) Consultando o valor da massa molar do Hélio na Tabela Periódica
O número N de partículas que existe em 1,0 mol é 6, 0221 · 1023.
A multiplicação da massa de um único átomo de Hélio por
6, 0221 · 1023 rende exatamente o valor da massa molar do Hélio que
é 4, 0026 · 10−3 kg.
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
C.2) Consultando o valor da massa atômica do Hélio na Tabela
Periódica
A massa atômica é dada em unidades de massa atômica (ou
simplesmente u).
Consultando o valor tabelado de 1u = 1, 66053906660 · 10−27kg
Multiplicando N · m =
6, 0221 · 1023 · 4, 0026 ·
1 u
z }| {
1, 66053906660 · 10−27
kg = 4, 0026 · 10−3 kg
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D) Cálculo de v̄2
Usaremos a expressão v̄2 = 3·p·V
N·m
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Substituindo os valores de V, p e N · m calculados nas etapas A, B e
C, teremos:
v̄2
=
3 · 8, 77 · 10−4Pa · 2, 5 · 10−2m3
4, 0026 · 10−3kg
v̄2
= 1, 6433 · 106 Pa · m3
kg
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Fazendo a raíz quadrada nos dois lados da equação, teremos o valor
da velocidade média v̄.
v̄ =
p
(1, 6433 · 106 Pa · m3
kg
)
v̄ = 1281, 92??
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Quais as unidades de velocidade? Para isso, precisamos operar sobre
as unidades dentro da raíz quadrada.
p
(
Pa · m3
kg
) =
p
(
N.m

−2 · m
3
kg
) =
p
(
kg · m · s−2 · m
kg
) =
p
(m2
.s−2
) =
m
s
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Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão
Finalizando:
v̄ = 1281, 92
m
s
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Sabemos da mecânica clássica que a energia cinética de uma
partícula é dada por 30:
Ec =
1
2
m · v2
(30)
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Substituindo 30 em 28, temos
p =
N · m · v̄2
3 · V
=
2 · N · Ec
3 · V
(31)
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Rearranjando para ficar numa forma mais reconhecível:
pV =
2
3
N · Ec (32)
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Comparando 32 com a lei dos gases ideais pV = NRT, concluímos
que:
Ec =
3
2
RT (33)
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
A equação 33 representa a energia cinética média molar para um gás
monoatômico.
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Existe uma relação muito útil que vamos utilizar para transformar uma
quantidade molar para expressar as propriedades de um único átomo
ou molécula, ela utiliza a constante de Boltzmann.
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
R = kB · NA (34)
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Na equação 34, kB é a constante de Boltzmann
(1, 380 649 · 10−23J.K−1) e NA (6, 0221 · 1023mol−1) é o número de
Avogadro.
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
A velocidade é uma propriedade vetorial, mas a rapidez (que é um
sinônimo para velocidade) não o é.
Assim sendo, o módulo da velocidade (a raíz quadrada do quadrado
da velocidade) cumpre esse papel de indicar o quão rápido uma
partícula se move sem necessitar explicitar seu vetor velocidade.
Multiplicando-se a equação para a energia cinética de uma partícula
30 pelo número de Avogadro NA, teremos a Energia Cinética Molar.
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Ēc =
3
2
RT ⇛ Ec = NA ·
1
2
m · v2
(35)
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Sabemos que a multiplicação NA × m = M̄ [M̄ = Massa Molar]
Substituindo na 35, temos:
3
2
RT =
1
2
M̄v2
(36)
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Isolando v2
v2
=
3RT
M̄
(37)
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Extraindo a raíz quadrada, temos a velocidade média quadrática vMQ
em 38:
vMQ =
r
3RT
M̄
(38)
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
EXEMPLO 19.2: Estime a temperatura T (em Kelvin) de uma amostra
de gás Hélio com v̄MQ = 1281, 92m
s
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v̄MQ =
r
3RT
M̄
=
s
3 · 8, 314 J · K−1 · mol−1

· T
4, 0026 · 10−3 kg · mol−1
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
v̄MQ ⇒

1, 28192 · 103 m
s
2
=
3 · 8, 314J · K−1 · mol−1 · T
4, 0026 · 10−3 kg · mol−1
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1, 6433 · 106 m2
s2
= 6, 23145 J · K−1
· kg−1
× T
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Isolando a temperatura T, temos
T =
1, 6433 · 106 m2
s2
6, 23145 J · K−1 · kg−1
= 263, 71??
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Qual a unidade resultante da resolução da equação acima?
m2 · s−2
J · K−1 · kg−1
= K
m2 · s−2
(N · m) · kg−1
=
= K · kg ·
m · m · s−2
N · m
=
= K ×

N
z }| {
·kg · m · s2
·

m
N ·

m
= K
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Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética
Sendo assim, a resposta final é T = 263, 71 K.
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
vMQ nos dá uma idéia de como, na média, são as velocidades das
partículas do gás naquela temperatura.
vMQ nos informa a rapidez das partículas, mas não nos diz nada sobre
a direção e o sentido desse movimento.
vMQ não é a única forma de representarmos a velocidade das
partículas do gás. em um gás, nem todas a partículas movem-se a
mesma velocidade e nem na mesma direção.
existem velocidades que são mais prováveis e outras que, embora
possíveis, são menos prováveis.
há uma distribuição de velocidades
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Qual é a expressão matemática da velocidade mais adequada e qual
a função que descreve a distribuição de velocidades do gás?
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Há uma função para cada direção:
gx (vx ) , gy (vy ) , gz (vz)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Agora, vamos usar essas funções de distribuição para obter uma
função probabilística de distribuição tridimensional de velocidades:
P = gx (vx ) dvx · gy (vy ) dvy · gz (vz) dvz (39)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
As velocidades vα podem variar entre (−∞, +∞).
Agora, vamos adotar uma condição de normalização da função para
impedir que a soma de todas as probabilidades exceda 1 (100
Z vα=+∞
vk =−∞
gα (vα) dvα = 1 (40)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Combinando as funções de distribuição em uma única função 3-D;
gx (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ(v) (41)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
E levando-se em conta que a velocidade tridimensional está
relacionada às velocidades em cada eixo pela relação 42.
v2
= v2
x + v2
y + v2
z (42)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Falta agora descobrir a forma matemática da função Γ(v). Isso pode
ser feito considerando o caso unidimensional e, em seguida, expandir
o resultado para as 3 dimensões, visto que todas são equivalentes.
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Caso Unidimensional:
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Como determinar a forma de gx (vx )? Estudando como gx (vx ) varia à
medidade que vx varia. Em outras palavras, escreveremos uma
derivada.
∂ [gx (vx )]
∂vx
· gy (vy ) · gz (vz) =
∂Γ
v(vx )
z}|{
(v)
∂vx
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Como v = v(vx ), é necessário aplicar uma regra da cadeia
∂ [gx (vx )]
∂vx
· gy (vy ) · gz (vz) =
∂Γ(v)
∂v
∂v
∂vx
(43)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Derivando 42:
d(v2) = d(v2
x + v2
y + v2
z )
2vdv = 2vx dvx + 2vy dvy + 2vz dvz
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
No caso unidimensional, dvy = 0 e dvz = 0.

2v · dv = 2vx dvx + 

2vy dvy + 
2vz dvz
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O que resulta em:
dv
vx
=
vx
v
(44)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Substituindo 44 em 43, teremos:
∂ [gx (vx )]
∂vx
· gy (vy ) · gz (vz) =
∂Γ(v)
∂v
·
vx
v
(45)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A derivada 45 é complicada, vamos simplificá-la escrevendo com
outra notação:
g′
x (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ′
(v) ·
vx
v
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Ela pode ser adicionalmente simplificada se dividirmos por
gx (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ(v)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
g′
x (vx ) ·

gy (vy ) ·

gz (vz) =


Γ(v) · vx
v
gx (vx ) ·

gy (vy ) ·

gz (vz) = 


Γ(v)′
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Cujo resultado final é 46.
g′
x (vx )
gx (vx )
=
vx
v
·
Γ(v)
Γ(v)
→
Termos em função de vx
z }| {
1
vx
·
g′
x (vx )
gx (vx )
=
Termos em função de v
z }| {
1
v
Γ′(v)
Γ(v)
(46)
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Como os lados direito e esquerdo da equação 46 se equivalem,
podemos renomar como
1
vx
·
g′
x (vx )
gx (vx )
= K (47)
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Como a equação 46 possui expressões análogas nas direções x e y,
podemos escrever expressões igualmente análogas à 47.
1
vy
·
g′
y (vy )
gy (vy )
= K (48)
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1
vz
·
g′
z (vz)
gz (vz)
= K (49)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Retornando ao caso unidimensional (em x):
1
vy
·
g′
y (vy )
gy (vy )
= K =
1
vx
·
∂gx (vx )
∂vx
gx (vx )
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K · vx =
∂gx (vx )
∂vx
·
1
gx (vx )
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K · vx · dvx =
∂gx (vx )
gx (vx )
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Que após integração nos dois lados da igualdade rende:
Z
K vx dvx =
Z
1
gx (vx )
∂gx (vx ) → K
v2
x
2
+ C = ln gx (vx )
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Elevando ambos os lados na base e, temos:
e

K
v2
x
2
+C

= e[ln gx (vx )]
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Usando as propriedades e(a+b) = ea · eb e eln a = a, temos:
e

K·
v2
x
2

·
A
z}|{
eC
= gx (vx )
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Finalizando, em 50 temos a forma básica da função de distribuição de
velocidades na direção x:
gx (vx ) = A · e
K
2
v2
x (50)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Por analogia, temos as versões para y e z da equação 50.
gy (vy ) = A · e
K
2
v2
y (51)
gz(vz) = A · e
K
2
v2
z (52)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
As constantes A e K em 50, 51 e 52 precisam ser determinadas para
que a forma matemática completa da função de distribuição venha a
ser conhecida.
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Relembrando a condição de normalização 40 e aplicando à equação
50, teremos:
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Z vx =+∞
vx =−∞
A · e
K
2
v2
x dvx (53)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Para resolver essa equação 53, consultamos uma tabela de integrais
e encontramos 54.
Z +∞
0
e−bx2
dx =
1
2
r
π
b
, onde: b = −
1
2
· K (54)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A integral tabelada 54 vai de 0 a = ∞, enquanto que a integral 53
corre de −∞ a +∞ mas é uma função par e simétrica com relação ao
eixo vertical.
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Dessa forma, basta resolver a integral e multiplicar por 2 o resultado:
R ∞
−∞ Ae−bx2
dx = 2
R ∞
0 Ae−bx2
= 2 · A ·
h
1
2 −2π
K
1/2
i
= 1
A −2π
K
1/2
= 1
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
E em 55, temos finalmente a forma matemática de A finalmente
descrita.
A =

−2π
K
−1/2
ouA =

−
K
2π
1/2
(55)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Para determinar plenamente a forma matemática da gx (vx ) é
necessário ainda determinar a forma de K, mas para isso temos que
tomar um atalho.
ATALHO:
1) Vamos considerar a Energia Cinética para 1 partícula Ec = 1
2 m · v2.
2) Rescrevemos a expressão Ec = 1
2 · v2
x + v2
y + vz2

.
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3) Vamos usar a equivalência v2
x = v2
y = v2
z
4) E obter Ec = 3
2 · v2
x , a qual pode ser comparada à 30.
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5)
3
2
mv2
x
| {z }
En. Cin. de 1 partícula
≃
3
2
RT
| {z }
En. Cin. Média Molar
6) Para transformar em uma igualdade, devemos usar a relação 34
kB = R
NA
.
7)


3
2
mv2
x =
1


NA 

3
2

NAkBT
m · v2
x = kBT
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Finalmente, definimos uma forma matemática para v2
x em 56
v2
x = kBT
m (56)
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Com essa definição de velocidade quadrática para uma única
partícula, podemos aplicar o Teorema do Valor Médio e, assim,
calcular o valor médio de velocidade das partículas de um gás.
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TEOREMA DO VALOR MÉDIO
Uma grandeza u qualquer pode ter o seu valor médio calculado por:
µ̄ =
N
X
i=1
µiPi
PN
i=1 Pi
(57)
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A soma de todos os valores de probabilidade não pode exceder 100%,
por isso a condição
PN
i Pi = 1.
Se a quantidade de partículas de gás for muito grande, N → ∞ e os
somatórios em 57 se transformam em integrais.
µ̄ =
Z
µiPidµ (58)
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Substituindo 55 em 50, temos a função de distribuição de velocidades
Pi =

−
2π
k
−1/2
e(1/2)Kv2
xi (59)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Agora, é chegada a hora de substituir 56 e 59 em 58 para podermos
calcular o valor médio da velocidade quadrática v em 60.
v̄2
x =
Z +∞
−∞
v2
x ·

−
2π
K
−1/2
| {z }
f:Ax2
e(1/2)kv2
x
| {z }
f:ebx2
dvx (60)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A equação 60 possui duas partes, uma quadrática e uma gaussiana.
Ambas as funções são pares e simétricas com relação ao eixo
vertical. Sendo assim, não é necessário resolver a integral entre os
dois limites de integração, basta resolver entre 0 e +∞ e multiplicar o
resultado por 2 (eq 61).
v̄2
x = 2 ·

−
2π
K
−1/2
·
Z +∞
0
v2
x
|{z}
f:Ax2
e(1/2)kv2
x
| {z }
f:ebx2
dvx (61)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Consultando uma tabela de integrais, encontramos a seguinte solução
para 61:
Z ∞
−∞
x2
e−bx2
dx =
1
2
π1/2
b3/2
!
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Onde
b = −
K
2
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Que substituindo na solução da integral, rende:
b = −
K
2
→
1
2
π1/2
b3/2
!
=
1
2
π1/2
−K
2
3/2
!
=
1
2
·
π1/223/2
(−K)3/2
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Z +∞
−∞
= 2
Z +∞
0
=
1
2
Z +∞
−∞
=
1
2

1
2
·
π1/223/2
(−K)3/2
#
(62)
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Então, a 63 deve ser substituída na equação 61.
¯
vx
2
= 2

−
2π
K
−1/2

1
4
π1/223/2
(−K)3/2
#
(63)
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OPCIONAL: O que se segue agora é opcional, vou mostrar como a
expressão anterior 63 pode ser simplificada:
¯
vx
2
=

1
4
π1/2 · 23/2
(−K)3/2
#
=
2
4

−
K
2π
1/2

π1/2 · 23/2
(−K)3/2
#
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¯
vx
2
=
1
2

−
Kπ
2π
1/2
·
23/2
(−K)3/2
#
=
1
2

−
K
2
1/2
·
23/2
(−K)3/2
!
=
(−K)1/2
2 · 21/2
·
23/2
(−K)3/2
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v̄2
x =
(−K)1/2
(−K)3/2
·
23/2
2 · 21/2
=
(−K)−2/2
·
23/2
2 · 21/2
= (−K)−1
·
23/2
22/2 · 21/2
=
−
1
K
·



23/2


23/2
= −
1
K
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Fim da parte opcional:
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Temos agora uma definição para o valor médio do quadrado da
velocidade que depende da constante K (eq. 64.
v̄2
x = −
1
K
(64)
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Que comparada à 56 (v2
x = kBT
m ) fornece a equação 65.
−
1
K
=
kBT
m
(65)
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E, finalmente, K em 66.
K = −
m
kBT
(66)
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De posse da forma matemática de A 55 e de K 66, podemos substituir
em 50 e descrever a distribuição de velocidades na direção x.
gx (vx ) = −

K
2π
1/2
· e
−
mv2
x
2kBT
= −
− m
kBT
2π
!1/2
· e
−
mv2
x
2kBT
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Que, após alguns rearranjos, gera a distribuição em x e suas
análogas em y e z:
gx (vx ) =

m
2πkBT
1/2
· e
−
mv2
x
2kBT
(67)
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gy (vy ) =

m
2πkBT
1/2
· e
−
mv2
y
2kBT
(68)
gz(vz) =

m
2πkBT
1/2
· e
−
mv2
z
2kBT
(69)
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As equações 67, 68 e 69 podem ser combinadas na equação 41 para
obter a funçao de distribuição de velocidades tridimensional 70.
Γ(v) =

m
2πkBT
1/2
!3
· e
−
mv2
x
2kBT
· e
−
mv2
y
2kBT
· e
−
mv2
z
2kBT
(70)
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Usando uma propriedade das exponenciais ea · eb · ec = ea+b+c em
70 e usando o a relação 42...
Γ(v) =

m
2πkBT
3/2
· e
− m
2kBT
· e
v2
z }| {

v2
x + v2
y + v2
z

(71)
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Γ(v) =

m
2πkBT
3/2
· e
− mv2
2kBT
(72)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Como a função de distribuição de velocidades deve representar a
realidade e o que importa é o módulo delas e não sua direção ou
sentido, devemos considerar apenas o intervalo de velocidades
(0, +∞), que corresponde a partículas totalmente paradas e a
partículas com módulo de velocidade infinita.
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A soma das probabilidades desses módulos de velocidade deve ser
normalizada, ou seja, não deve exceder 1.
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Todas essas observações podem ser resumidas na equação ??, a
qual permite calcular a fração de moléculas com velocidades entre v e
v + dv usando 72.
G(v)dv =
Z +∞
0
Γ(v)dv = 1 (73)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Além disso, as partículas se movem em um espaço tridimensional
isotrópico (igual em todas as direções) e o sistema cartesiano não o é.
É melhor converter para coordenadas esféricas.
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A diferencial dv é o resultado da multiplicação de dvx , dvy e dvz.
A multiplicação dessas três diferenciais rende uma unidade de volume
no espaço de velocidades.
Ao converter para coordenadas esféricas, dv descreve uma casca
esférica de espessura dentro da qual estão as partículas com
velocidades entre v e v + dv.
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
O volume de uma esfera é dado por 4πv3, mas no caso de uma casca
esférica é dado por 4πv2dv, e é esse fator de correção que precisa ser
adicionado em 73 para convertê-la para coordenadas esferopolares.
G(v)dv =
Z +∞
0
4πv2
Γ(v)dv = 1 (74)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
E substituindo 72 em 74, obtemos a função completa e corrigida para
coordenadas esferopolares.
G(v̄)dv =
Z ∞
0
4πv2

m
2πkBT
3/2
· e
− mv̄2
2kBT
dv (75)
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A interpretação física da equação 75 é a seguinte: a fração de
moléculas G(v̄) que possuem velocidade média v̄, pois possuem
velocidades entre v e v + dv pode ser calculada substituindo-se o
valor de massa m (kg.mol−1), Temperatura T(K) e velocidade média
v̄ (m.s−1).
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
A função fração de moléculas com velocidade média v̄ é a função
que consta dentro da integral da 75.
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Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades
Segue-se uma discussão sobre as propriedades de G(v̄)dv, obtenção
da função de distriuição a T constante e a M̄ constante.
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Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Retomando a discussão da aula anterior, vamos recuperar a função
G(v̄)dv.
G(v̄)dv = 4πv2

m
2πkBT
3/2
· e
− mv̄2
2kBT
dv (76)
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Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Que na forma molecular fica:
G(v̄)dv = 4πv2

M̄
2πRT
3/2
· e−M̄v̄2
2RT dv (77)
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Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Sabemos do cálculo diferencial que a primeira derivada de uma
função tem seu máximo (ou mínimo) quando a derivada é igual a zero
(pois a reta tangente a esse ponto extremo não possui inclinação).
Assim, tomamos a equação 77 e a derivamos igualando a zero ao
final da operação.
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Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
G(v̄)dv = 4π

m
2πkBT
3/2
v̄2
· e−mv̄2/2kBT
dv (78)
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Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Derivando a expressão e igualando-a a zero para obter o máximo da
função.
G′
(v̄) = 4π

m
2πkBT
3/2 
v̄2
· e−mv̄2/2kBT
′
(79)
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Maxwell-Boltzmann
4π

m
2πkBT
3/2 
2v̄ · e−mv̄2/2kBT
+ v̄2
· e−mv̄2/2kBT
(−2mv̄/2kBT)

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Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
4π

m
2πkBT
3/2 
2ve−mv̄2/2kBT
− 2v̄e−mv̄v̄2/2kBT

mv̄2
/2kBT

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0 = 4π

m
2πkBT
3/2 
1 −
mv̄2
kBT
 
2v̄e
−mv̄2
2kBT

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Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
Passamos o segundo termo para o outro lado da igualdade e
mudamos o sinal:
(((((((((((((((
(
4π

m
2πkBT
3/2 
2v̄e−mv̄2/kBT

| {z }
igual ao termo da direita
=
((((((((((((((((
4π

m
2πKBT
3/2 
2v̄e−mv̄2/kBT

| {z }
igual ao termo da esquerda
2mv̄2
kBT
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Maxwell-Boltzmann
Após cancelamento dos termos iguais.
2mv̄2
kBT
= 1
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Que rearranjando, rende:
v̄2
=
kBT
2m
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Maxwell-Boltzmann
Fazendo a raíz quadrada nos dois lados da equação, obtemos a
expressão para a velocidade média mais provável de um gás
v̄MPem80.
v̄MP =
r
kBT
2m
(80)
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Que, usando-se a definição da constante universal dos gases
R = kB NA 34 [kB = R/NA], torna-se a velocidade mais provável molar
81:
v̄MP =
v
u
u
u
t
RT
2NA · m
| {z }
M̄
=
r
RT
2M̄
(81)
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Maxwell-Boltzmann
EXEMPLO 19.3 Calcule a v̄MP dos átomos de He
(M̄He = 4, 0026 × 10−3kg · mol−1) a uma T = 263, 71K.
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SOLUÇÃO:
Usamos a equação 81 v̄MP =
q
RT
2M̄
.
v̄MP =
s
8, 314J ·


K−1 ·

mol−1 × 263, 71 K
2 × 4, 0026 × 10−3kg ·

mol−1
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Resolvendo numericamente a equação, obtemos:
v̄MP =
s
4384, 97J
4, 0026 · 10−3kg
v̄MP =
q
1095530, 37 J · kg−1
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Extraindo a raíz quadrada, obtemos o resultado numérico:
v̄MP = 1046, 68
q
J · kg−1
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E as unidades ficam como?
q
J · kg−1 =
q
[N · m] · kg−1 =
q
[(kg · m · s−2) · m] ·

kg−1
=
p
m2 · s−2 = m · s−1
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E a resposta final fica
v̄MP = 1046, 68m · s−1
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Que pode ser comparada à resposta do EXEMPLO 19.2:
vMQ = 1281, 92m · s−1
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O que nos leva a concluir que
v̄MP  vMQ
Aproveitando que agora conhecemos a função de distribuição de
velocidades de um gás e vamos calcular a velocidade segundo o
Teorema do Valor Médio (TVM).
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v̄ =
Z vmax =∞
vmin=0
vj · G vj

dvj
| {z }
equação77
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v̄ =
Z vmax =∞
vmin=0
v ·

4π

m
2πkBT
3/2
· v2
· e−mv2/2kB
#
dv
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v̄ =
Z ∞
0
v3
· e−mv2/2kBT
dv
| {z }
Itegral tabelada:
R
xne−ax2
dx
· 4π

m
2πkBT
3/2
!
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A resolução da integral é OPCIONAL e será feita logo a seguir. A
integral resolvida resulta em:
v̄TVM =
r
8kBT
πm
=
r
8RT
πM̄
(82)
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RESOLUÇÃO OPCIONAL DA INTEGRAL:
A integral
Z
v3
e−av2
dv =
−ae−av2
− e−av2
2a2
+ C
onde a = m/2kBT.
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Substituindo na integral, temos:
− (m/2kBT) e
−

m
2kBT

v2
− e

− m
2kBT

v2
2

m
2kBT
2
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Não esquecendo que a integral completa possui uma constante
4π

m
2πkBT
3/2
.
Multiplicando ambas:
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4π

m
2πkBT
3/2
×
− (m/2kBT) e
−

m
2kBT

v2
− e

− m
2kBT

v2
2

m
2kBT
2
Podemos resolver a expresão focando no primeiro termo e no termo
no denominador da fração:
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4π

m
2πkBT
3/2

2

m
2kBT
2
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2π

m
2πkBT
3/2
·

2kBT
m
2
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2π
π3/2

m
2kBT
3/2
·

m
2kBT
−2
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2π(1−3
2 )

m
2kBT
3/2 
m
2kBT
−2
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2π(2
2
−3
2 )

m
2kBT
3
2
−2
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2π−1
2

m
2kBT
−1
2
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Maxwell-Boltzmann
2

πm
2kBT
−1
2
= 2

2kBT
πm
1
2
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v̄TVM =

4 · 2kBT
πm
1
2
=

8kBT
πm
1
2
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Que na forma molar, rende 83:
v̄TVM =
r
8RT
πM̄
(83)
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EXEMPLO 4: Considerando que o gás Argônio
(M̄Ar = 39, 948 · 10−3kg · mol−1) apresenta uma velocidade média
v̄ = 500 m · s−1, estime a temperatura T desse gás usando as três
definições de velocidade média:
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1 vMQ =
q
3RT
M̄
(38)
2 v̄MP =
q
RT
2M̄
(81)
3 v̄TVM =
q
8RT
πM̄
(83)
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Antes de iniciar a resolução numérica do problema, como queremos
estimar a temperatura usando cada uma das definições de velocidade,
é necessário reorganizar as três expressões.
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Vou resolver apenas a 38 e, por analogia, apenas apresentar os
resultados para as demais expressões:
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Primeiro, elevamos os dois lados da 38 ao quadrado:
[vMQ]2
=
r
3RT
M̄
#2
v2
MQ =
3RT
M̄
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Deixamos a T em evidência.
TMQ =
v2
MQM̄
3R
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Por analogia, temos as expressões para T provenientes de 81 e 83:
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TMP =
v2
MPM̄
2R
TTVM =
πv̄2
TVMM̄
8R
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Substituindo v̄ = 500 m · s−1, M̄Ar = 39, 948 · 10−3kg · mol−1 e
R = 8, 314J · K−1 · mol−1 nas três expressões acima:
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TMQ =
(500 m · s−1)2 · 39, 948 · 10−3kg ·

mol−1
3 · 8, 314J · K−1 ·

mol−1
= 400, 4
N·m=
J
z }| {
kg m s−2 m
z }| {
(m2
s−2
) · kg ·K


J
= 400, 4K
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Por analogia, as demais temperaturas são obtidas:
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TMP =
(500 m · s−1)2 · 39, 948 · 10−3kg · mol−1
2 · 8, 314J · K−1 · mol−1
= 600, 6K
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TTVM =
π · 500 m · s−1)2 · 39, 948 · 10−3kg · mol−1
8 · 8, 314J · K−1 · mol−1
= 471, 72K
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Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
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Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
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1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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Aula 6 Teoria das Colisões
Modelo da Esfera Rígida
Figure: Função de potencial aos pares para partículas rígidas e que só
interagem no momento da colisão.
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Aula 6 Teoria das Colisões
Se considerarmos as partículas de um gás, ou mesmo de um líquido,
como sendo esferas de carcaça dura e impenetrável que não
interagem a distância, podemos modelar de forma bem simplista o
comportamento da matéria quanto às suas colisões.
Figure: Representação de duas partículas esféricas rígidas e impenetráveis.
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Se considerarmos que cada partícula possui um raio r, a menor
distância que 2 partículas rígidas poderão estar uma da outra é
2r = d, ou seja, um diâmetro molécular d.
Assim sendo, podemos determinar 4 grandezas diferentes entre as
partículas:
1 a distância média que uma partícula pode viajar sem colidir com
outras partículas (λ).
2 a frequência média de colisões que uma partícula pode realizar
por unidade de tempo (z);
3 o quão rápido uma massa gasosa pode se deslocar no ar
(difusão)
4 o quâo rápido uma massa gasosa pode escapar por um orifício
(efusão)
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Vamos considerar o caso hipotético de uma partícula P movendo-se
enquanto todas as outras estão paradas.
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Figure: Representação da partícula P e a descrição da área de seção reta
em torno dela, a qual forma a base do cilindro livre de colisões.
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Se essa partícula for uma esfera rígida, ela só vai interagir com outras
partículas cujas carcaças se toquem.
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Para se tocar, os centros das duas partículas deve estar a uma
distância menor ou igual a 2 raios r, ou a uma distancia menor que 1
diâmetro molecular d.
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A partícula que viaja assim forma em torno de si um ’cilindro.
Figure: Cilindro formado pela partícula P em movimento e pela distancia
média λ percorrida sem colisões.
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A base desse cilindro é uma circunferência.
Essa circunferência é formada por um diâmetro molecular d a partir
do centro da partícula, porque é a distãncia a partir da qual outra
partícula pode colidir com ela.
Girando esse diâmetro molecular em torno do centro da partícula P,
obtemos um cilindro.
A circunferência formada tem raio R = d = 24 e área A = πd2 = πr2.
A altura desse cilindro vamos chamar de λ e é a distãncia que a
partícula percorre livremente, sem sofrer colisão alguma.
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A equação que descreve o volume desse cilindro hipotético é dada por
V = λ · A = λ · πd2
.
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Se o sistema for composto por N partículas, o volume médio ocupado
por partícula é V
N .
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Unindo as duas expressões, temos
V
N
= λ · πd2
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Que ao ser rearranjada rende
λ =
V
Nπd2
(84)
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O volume médio em um gás ideal é obtida a partir da equação de
estado do gás ideial pV = NkBT.
V
N
=
kBT
p
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A qual pode ser substituída em 84
λ =
kBT
πpd2
(85)
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Essa equação 85 é uma expressão simplificada para o percurso livre
médio de um gás ideal segundo o modelo da esfera rígida.
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Como ele pode ser interpretado?
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No denominador temos kBT, que é conhecido também por energia
térmica. Quanto mais quente o sistema (maior a temperatura), mais
velozes são as moléculas e maiores são as distâncias que elas
percorrem, fazendo com que o percurso livre médio λ seja maior.
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Para um sistema com maior número N de particulas, a maior lotação
do sistema faz com que a partícula ao viajar tenha maior
probabilidade de encontrar outras partículas pelo caminho e, assim,
colidir mais facilmente. Isso encurta o percurso livre médio λ.
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O mesmo ocorre com a pressão gasosa p. Quanto maior a pressão,
mais colisões moleculares as partículas do sistema realizam e, assim,
menor a distância λ que viajam livremente sem colidir.
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Exemplo 19.5: Calcule o percurso livre médio λ de uma partícula de
Kriptônio cujo diâmetro d = 3, 70 Å.
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Dados:
T = 20o
C = 293, 15K
p = 1, 0bar = 105
Pa
d = 3, 70 Å = 3, 70 · 10−10
m
kB = 1, 380649 · 10−23
J K−1
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Usamos a equação 85
λ =
kBT
πpd2
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Substituindo os valores fornecidos pelo problema:
λ =
1, 380649 · 10−23J K−1 × 293, 15K
π × 105Pa × (3, 70 · 10−10m)2
λ =
4, 0474 · 10−21J 


K−1 K
314159, 2653 Pa × 1, 369 · 10−19m2
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λ =
4, 0474 · 10−21J 

K−1 K
4, 30084 · 10−14Pa · m2
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Resolvendo numericamente a equação:
λ = 9, 411 · 10−8
??
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E quais as unidades?
[λ] =
J
Pa · m2
=
N · m
N ·


m−2 ·

m2
= m
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E a resposta final completa é λ = 9, 411 · 10−8 m.
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BÔNUS: A quantos diâmetros moleculares corresponde essa
distância livre percorrida?
λ
d
=
9, 411 · 10−8 m
3, 70 · 10−10m
= 254, 3 ≃ 254 diâmetros
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EXEMPLO 19.6: Considerando a molécula de N2 como uma esfera
rígida (uma aproximação valida), de diâmetro d = 3, 20 Å, a
T = 22oC. Qual seria a pressão p necessária para que o percurso
livre médio λ dessa molécula seja de 1, 00m?
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λ =
kBT
πd2p
=
1, 380649 · 10−23 J · K−1

(295, 15K)
3, 14159 · 3, 20 · 10−10 m
2
· p
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p =
kBT
πd2λ
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p =
4, 074 · 10−29 J
3, 217 · 10−19 m2 · 1, 00 m
=
4, 074 · 10−29 J
3, 217 · 10−19 m3
= 1, 267 · 10−10
??
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E as unidades?
J
m3
=
N ·

m
m
3
=
N
m2
= Pa
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Então a pressao necessária para que o nitrogênio apresente um
percurso livre médio de 1,00 m é de
p = 1, 267 · 10−10
Pa = 1, 267 · 10−10
bar = 1, 250 · 10−7
atm
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É uma estimativa do número médio de colisões que uma partídcula
rígida realiza em um período de tempo de 1, 0s.
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Como pode-se estimar essa quantidade?
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Usando a definição de velocidade pelo Teorema do Valor Médio vTVM
da equação 83 e o percurso livre médio λ.
v =
distância média percorrida
intervalo de tempo
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Como nosso interesse é no intervalo de tempo
1/t
z =
1
t
=
eq.83
z }| {
vTVM
λ
|{z}
eq.85
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Substituindo ambas equações...
z =

8RT
πM̄
1
2
RT
πpd2
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Considerando que RT
p = V
N = 1
ρ
z =

8RT
πM̄
1
2
1
πρd2
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z = πρd2
·
r
8RT
πM̄
=
r
π2 8RT

πM̄
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Que produz a frequência média de colisão z(s−1)
z = ρd2
r
8πRT
M̄
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A fim de evitar contabilizar a mesma colisão duas vezes, usamos a
massa reduzida (demonstração na sequência), o que implica em
aplicar o fator 1/2 na massa M̄, rendendo a forma final de z.
z = 4ρd2
r
πRT
M̄
(86)
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DEMONSTRAÇÃO: Quando o sistema envolver colisões entre duas
partículas de mesma massa, considerar a massa reduzida
µ12 =
M̄1 · M̄2
M̄1 + M̄2
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Como se trata da mesma partícula
M̄1 = M̄2 = M̄
e a expressão se torna:
µ12 =
M̄2
2M̄
=
M̄
2
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Na expressão que define a frequência média de colisão z, devemos
usar µ12 no caso de colisões entre o mesmo tipo de partícula.
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z = ρd2
s
8πRT
µ12
z = ρd2
s
8πRT
M̄
2
z = ρd2
r
2 × 8πRT
M̄
z = ρd2
r
16πRT
M̄
z = 4ρd2
r
πRT
M̄
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Essa frequência total leva em conta as colisões z realizadas por todas
as partículas do sistema, cuja densidade numérica ρ(m−3 deve ser
considerada.
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Em outras palavras, a frequencia total é dada por
Z = z × ρ
.
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No entanto, ao considerar a densidade numérica como forma de
contabilizar o total de colisões, incorremos em um erro que é o de
contabilizar as colisões entre duas partículas i e j duas vezes (uma
vez ao contabilizar as colisões entre i e j e outra vez ao contabilizar as
colisões entre j e i).
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Para corrigir, multiplicamos tudo por 1/2.
Z =
1
2
z × ρ (87)
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Substituindo as equações 86 e 85 em 87, temos:
Z =
1

2

4ρ2
d2
r
πRT
M̄
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Que após simplificação, fornece a frequência total de colisões Z 88.
Z = 2ρ2
d2
r
πRT
M̄
(88)
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As unidades de Z são:
[Z] = s−1
· m−3
(colisões por s para cada m3
)
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Apenas a título de informação e fornecido sem provas matemática,
temos uma forma para λ, z e Z no caso de colisões entre duas
moléculas diferentes.
Figure: Representação de partículas em colisão com diferentes dimensões.
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λ12 =
r
m2
m1 · m2
1
π

d1d2
2
2
ρ2
(89)
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z12 = ρ2

d1d2
2
2
·
s
8πkBT
µ12
(90)
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Z12 = ρ1ρ2

d1d2
2
2
·
s
8πkBT
µ12
(91)
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EXEMPLO 19.7: Considere 1,00 mol de Xenônio (d = 4, 00 Å), a
p = 1, 00 bar e V = 2, 271 × 10−2 m3 e T = 273, 15K. Calcule:
1 A frequência média de colisão z;
2 A frequência total de colisão Z;
3 A frequência de colisão Z · V.
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Antes de calcular as frequência de colisão, precisamos determinar a
densidade numérica do sistema.
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Sabendo-se que a densidade numérica pode ser calculada por
ρ = N
V . . .
ρ =
N
V
=
6, 0221 · 1023partículas
2, 271 × 10−2 m3
= 2, 652 · 1025
m−3
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A massa molar do Xenônio é obtida por uma consulta à tabela
periódica:
M̄Xe = 131, 29 · 10−3
kg · mol−1
.
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Aula 6 Teoria das Colisões
1.Frequência média de colisão z.
Utilizamos a equação 86
z = 4ρd2
r
πRT
M̄
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z = 4 · 2, 652 · 1025
m−3

4, 00 · 10−10
m
2
s
π 8, 314J 

K−1 

mol−1 · 273, 15 K
131, 29 · 10−3kg ·

mol−1
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Aula 6 Teoria das Colisões
z = 1, 0607 · 1026
m−3
1, 60 · 10−19
m2
s
7134, 459 J
131, 29 · 10−3kg·
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Aula 6 Teoria das Colisões
z = 16972800, 0 m−1
·
s
54341, 222
kg · m · s−2 × m
kg
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Aula 6 Teoria das Colisões
z = 16972800, 0 

m−1
· 233, 1120 

m · s−1
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Aula 6 Teoria das Colisões
z = 3956563353, 6 s−1
= 3, 956 · 109
s−1
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Aula 6 Teoria das Colisões
2. Frequência total de colisão Z;
Para calcular essa frequência, precisamos resolver a equação 87.
Z =
1
2
· z · ρ
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Aula 6 Teoria das Colisões
Z =
1
2
· 3, 956 · 109
s−1
· 2, 652 · 1025
m−3
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Aula 6 Teoria das Colisões
Z = 5, 246 · 1034
s−1
m−3
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Aula 6 Teoria das Colisões
3. Frequência de colisão Z · V
Z · V = 5, 246 · 1034
s−1


m−3
× 2, 271 × 10−2


m3
= 1, 191 · 1033
s−1
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Conteúdo
1 Aula 1
Sobre o comportamento microscópico dos gases
2 Aula 2
Obtendo uma expressão cinética para a pressão
3 Aula 3
Relação entre Pressão e Energia Cinética
Distribuição normal de velocidades de partículas de gás
4 Aula 4
Distribuição Normal de Velocidades
5 Aula 5
Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de
Maxwell-Boltzmann
6 Aula 6
Teoria das Colisões
1.Percurso livre médio λ
2a.Frequência média de colisões z
2b.Frequência Total de Colisões Z
7 Aula 7
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
A efusão é um fenômeno interessante. Ele diz respeito à passagem
das moléculas de um gás por um orifício ou por uma série de orifícios
(uma membrana porosa, por exemplo).
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
É o fenômeno responsável pelo murchar de um balão de aniversário
após alguns dias guardado em casa.
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
O gás soprado para dentro do balão infla o mesmo pelo ato de esticar
e expandir uma membrana borrachosa.
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Esse esticamento da membrana causa stress nela, o material com o
tempo acaba sofrendo pequenas fraturas. Em algumas dessas
fraturas pode surgir um furo, e é por esse furo que o gás escapará
lentamente, gerando o murchamento do balão.
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Um botijão de gás pode estar bem fechado, mas se a vedação não for
perfeita, pode ser que passemos a sentir um cheirinho estranho
referente às mercaptanas inseridas no GLP para nos alertar sobre
possíveis vazamentos. Esse vazamento geralmente é lento e não
percebebido de imediato.
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Como podemos descrever matemáticamente esse fenômeno?
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
Acompanhem:
Vamos considerar a que velocidade de efusão dN/dt é proporcional à
velocidade média de um gás v̄:
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
A velocidade média de um gás na direção x é descrita pela função de
distribuição 67
gx (vx ) =

m
2πkBT
1/2
· e
−
mv2
x
2kBT
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Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa
A pergunta que faremos é: qual a quantidade de partículas gás que
passam por segundo por um orifício de área A?
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Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0
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Aulas de Teoria Cinética dos Gases - Físico-Química III v1.0

  • 1. Teoria Cinética dos Gases Físico-Química III Universidade Federal do Pampa 1Bel. e Lic. em Química/Dr em Química Teórica Campus Bagé Curso de Química Licenciatura 2022/1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 1 / 365
  • 2. Conteúdo 1 Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases 2 Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão 3 Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Distribuição normal de velocidades de partículas de gás 4 Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 5 Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 6 Aula 6 Teoria das Colisões 1.Percurso livre médio λ 2a.Frequência média de colisões z 2b.Frequência Total de Colisões Z 7 Aula 7 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 2 / 365
  • 3. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Conteúdo 1 Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases 2 Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão 3 Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Distribuição normal de velocidades de partículas de gás 4 Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 5 Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 6 Aula 6 Teoria das Colisões 1.Percurso livre médio λ 2a.Frequência média de colisões z 2b.Frequência Total de Colisões Z 7 Aula 7 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 3 / 365
  • 4. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Todos os gases obedecem a lei dos gases ideais quando a pressões suficientemente baixas. O comportamento dos gases a baixas pressões é independente da natureza química dos mesmos. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 4 / 365
  • 5. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Todos os gases obedecem a lei dos gases ideais quando a pressões suficientemente baixas. O comportamento dos gases a baixas pressões é independente da natureza química dos mesmos. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 4 / 365
  • 6. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Todos os gases obedecem a lei dos gases ideais quando a pressões suficientemente baixas. O comportamento dos gases a baixas pressões é independente da natureza química dos mesmos. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 4 / 365
  • 7. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Gases são compostos por partículas muito pequenas e que estão em um estado de constante movimento. Movimento das partículas é caótico e desordenado. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 5 / 365
  • 8. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Gases são compostos por partículas muito pequenas e que estão em um estado de constante movimento. Movimento das partículas é caótico e desordenado. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 5 / 365
  • 9. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Gases são compostos por partículas muito pequenas e que estão em um estado de constante movimento. Movimento das partículas é caótico e desordenado. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 5 / 365
  • 10. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Como as partículas estão sempre muito afastadas entre si, a baixas pressões, podemos desprezar o diâmetro delas. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 6 / 365
  • 11. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases James Clerk Maxwell (1831-1879) estudou de maneira teórica e experimental os gases, o eletromagnetismo, a ótica física, e muitos outros campos da ciência. a ele devemos o desenvolvimento do modelo cinético dos gases. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 7 / 365
  • 12. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Aplicou a probabilidade e a estatística para descrever os gases, Mostrou que as velocidades das moléculas de um gás seguem uma distribuição chamada, agora, de Maxwell-Boltzmann. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 8 / 365
  • 13. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Aplicou a probabilidade e a estatística para descrever os gases, Mostrou que as velocidades das moléculas de um gás seguem uma distribuição chamada, agora, de Maxwell-Boltzmann. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 8 / 365
  • 14. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Aplicou a probabilidade e a estatística para descrever os gases, Mostrou que as velocidades das moléculas de um gás seguem uma distribuição chamada, agora, de Maxwell-Boltzmann. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 8 / 365
  • 15. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases (1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria cuja massa é m. (2) as partículas em um gás estão em constante movimento aleatório. (3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem elasticamente. (4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há manutenção da energia total (Ei = Ef ). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 9 / 365
  • 16. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases (1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria cuja massa é m. (2) as partículas em um gás estão em constante movimento aleatório. (3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem elasticamente. (4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há manutenção da energia total (Ei = Ef ). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 9 / 365
  • 17. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases (1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria cuja massa é m. (2) as partículas em um gás estão em constante movimento aleatório. (3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem elasticamente. (4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há manutenção da energia total (Ei = Ef ). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 9 / 365
  • 18. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases (1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria cuja massa é m. (2) as partículas em um gás estão em constante movimento aleatório. (3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem elasticamente. (4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há manutenção da energia total (Ei = Ef ). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 9 / 365
  • 19. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases (1) gases são compostos por partículas minúsculas de matéria cuja massa é m. (2) as partículas em um gás estão em constante movimento aleatório. (3) não há interação entre as partículas e nem entre elas e as paredes do recipiente. (aproximação) - apenas quando colidem elasticamente. (4) a energia do sistema é conservada, ou seja, quando há colisão entre as partículas ou com as paredes do vaso, há manutenção da energia total (Ei = Ef ). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 9 / 365
  • 20. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Seja uma partícula de massa m se movendo na horizontal Figure: Representação da partícula de massa m em movimento unidimensional na direção x. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 10 / 365
  • 21. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases e cuja energia cinética Ec pode ser descrita por: Ec = 1 2 m · v2 (1) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 11 / 365
  • 22. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Acontece que v é uma propriedade vetorial e, portanto, pode ser decomposta em 3 componentes espaciais cartesianas vx , vy e vz. E, assim, reescrevemos a equação da energia cinética 1 Ec = 1 2 m · (v2 x + v2 y + v2 z ) (2) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 12 / 365
  • 23. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Um gás real contém N partículas em um volume V, o que dá N × Ec valores de Energia Cinética. A Energia cinética total Ectotal é dada pela soma de todos os i valores de Energia Cinética Ei, como na 3. Ectotal = N X i Eci (3) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 13 / 365
  • 24. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Se levarmos em conta apenas o movimento unidimensional do corpo (digamos, na horizontal), existirão dois momentos distintos, um antes da colisão (i = inicial) e um após a colisão (f = final). Figure: Representação do movimento bidimensional da partícula antes e após a colisão. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 14 / 365
  • 25. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases O corpo será descrito por um tempo inicial (ti) e uma velocidade inicial (vi) e, igualmente, por um tempo final (tf ) e uma velocidade final (vf ). É possível descrever a aceleração deste corpo decorrente da colisão segundo 4 vf − vi tf − ti = ∆v ∆t = a (4) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 15 / 365
  • 26. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Recordando a Segunda Lei de Newton: F = m · a (5) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 16 / 365
  • 27. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Se levarmos em conta que em um sistema em equilíbrio as variações de força são infinitesimalmente pequenas, a equação 5 pode ser reescrita na forma diferencial 6. F = m · a = m · dv dt (6) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 17 / 365
  • 28. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Outro fator a se considerar sobre a equação 6 é o referente à terceira Lei de Newton. Se considerarmos que a força F descrita acima é exercida pela partícula sobre as paredes do recipiente que a contém, a essa força F corresponde uma reação da parede sobre a partícula, igual em intensidade e direção, mas oposta em sentido. Assim sendo, todas as N partículas do sistema exercerão uma força dependente do tempo que chamaremos de F = F(t). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 18 / 365
  • 29. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Se quisermos calcular a força média exercida pelas partículas F, devemos considerar todas as forças exercidas F(t) em um determinado intervalo de tempo de observação T fazendo a média 7. F = P F(t) T (7) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 19 / 365
  • 30. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Se os intervalos de tempo entre uma colisão e outra forem suficientemente pequenos, o somatório pode ser aproximado por uma integral como em 8. F = R F(t) T (8) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 20 / 365
  • 31. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Essa equação 8 pode ser rearrajanda como 9. F = 1 T Z F(t)dt (9) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 21 / 365
  • 32. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Substituindo 6 em 9, temos 10. F = 1 T Z m · dv dt dt (10) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 22 / 365
  • 33. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Como a massa m da partícula é constante, ela pode ser tirada da integral, resultando em 11. F = m T Z vf vi dv (11) Integrando 11, obtemos 12. F = m · ∆v̄ T (12) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 23 / 365
  • 34. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Considerando que as N partículas de um gás exercem uma força F sobre as paredes do recipiente, podemos reescrever a força média total como 13. Ftotal = N · m · ∆v̄ T (13) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 24 / 365
  • 35. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Essa variação na velocidade ∆v̄ é causada pelas colisões da partícula de massa m. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 25 / 365
  • 36. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Vamos considerar apenas o movimento unidimensional na direção x. Dessa forma, podemos decompor a variação de velocidade ∆v̄ em suas componentes unidimensionais, estudar o caso unidimensional que é mais simples, obter uma descrição mecanística do sistema e depois estender os resultados para o caso tridimensional. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 26 / 365
  • 37. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Sendo assim, uma partícula de massa m se movendo em x em direção a uma parede terá sua velocidade descrita por vx . Figure: Representação da partícula com massa m que se move com velocidade vx ao longo do eixo x. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 27 / 365
  • 38. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases O movimento da particula será descrito por duas velocidades: vxi e vxf . As duas velocidades serão iguais em módulo e direção, mas opostas em sentido vxi = −vxf Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 28 / 365
  • 39. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Figure: Representação da caixa retangular no qual as partículas do gás se movem. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 29 / 365
  • 40. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Como ∆vx = vxf − vxi , então a expressão se torna ∆vx = vxf − (−)vxf ∆vx = 2 · vxf Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 30 / 365
  • 41. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases A versão em x da Força Total é dada por 14 Ftotal,x = N · m · ∆ ¯ vx T (14) Substituindo ∆vx = 2 · vxf em 14, temos 15 Ftotal,x = N · m · 2 · vxf T (15) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 31 / 365
  • 42. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Que rearranjando, rende 16. Ftotal,x = 1 T · 2 · N · m · v̄x (16) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 32 / 365
  • 43. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Agora, uma pergunta final: Qual é o valor de T a ser considerado na equação 16? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 33 / 365
  • 44. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Considerando que a partícula se move unidimensionalmente em x por uma distância a em direção a uma parede cujas dimensões são b × c, o tempo T a ser considerado na equação é o tempo que a partícula leva para percorrer a distância a duas vezes (2 × a ela sai de uma extremidade da caixa, colide contra a parede oposta e retorna ao início). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 34 / 365
  • 45. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Figure: Representação do percurso unidimensional ao longo do eixo x que a partícula realiza duas vezes (2a). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 35 / 365
  • 46. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Recorrendo à definição de velocidade média de uma partícula (∆vx ). ¯ vx = ∆x ∆t = 2 · a ∆t (17) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 36 / 365
  • 47. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases A partir de 17, obtemos o tempo ∆t entre duas colisões sucessivas: ∆t = 2 a vx (18) o qual é substituido em 16 Ftotal,x = vx 2 a · 2 · N · m · v̄x (19) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 37 / 365
  • 48. Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases Que dá origem à Força média total na direção x Ftotal,x = N · mv̄2 x a (20) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 38 / 365
  • 49. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Conteúdo 1 Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases 2 Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão 3 Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Distribuição normal de velocidades de partículas de gás 4 Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 5 Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 6 Aula 6 Teoria das Colisões 1.Percurso livre médio λ 2a.Frequência média de colisões z 2b.Frequência Total de Colisões Z 7 Aula 7 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 39 / 365
  • 50. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Observando a equação 20 e levando-se em conta que ela é o resultado de duas colisões sucessivas da partícula sobre uma parede de dimensões b × c, a qual representa uma Área A. Podemos calculas a pressão unidimensional que o movimento dessa partícula em x aplica sobre as paredes da caixa. px = Fx A (21) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 40 / 365
  • 51. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Substituindo 20 em 21, teremos a pressão em x 22. px = Fx b × c (22) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 41 / 365
  • 52. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Substituindo 20 em 22 px = N · m · v̄2 x a × b × c (23) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 42 / 365
  • 53. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Como a × b × c é o volume V da caixa, a equação 23 torna-se: px = N · m · v̄2 x V (24) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 43 / 365
  • 54. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Agora, vamos estender esse resultado para o caso tridimensional usando uma abordagem estilo teorema de Pitágoras: v2 = v2 x + v2 y + v2 z (25) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 44 / 365
  • 55. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão E argumentando que não existe uma direção preferencial de movimento no espaço tridimensional e que podemos fazer a equivalência vx = vy = vz. v2 = 3 · v2 x (26) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 45 / 365
  • 56. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Rearranjando 26, temos: v2 x = v2 3 (27) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 46 / 365
  • 57. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão E, finalmente, substituindo 27 em 24 obtemos uma expressão 28 cinética para a pressão gasosa por vias puramente teóricas. p = N · m · v̄2 3 · V (28) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 47 / 365
  • 58. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão A expressão 28 é interessante sob vários aspectos. 1 Descreve a pressão gasosa sob um ponto de vista microscópico; 2 Foi desenvolvida por meios puramente teóricos; 3 Mostra que a pressão depende de N, de m e de v̄2; 4 É possível estimar a velocidade média das partículas de um gás a partir de uma pressão conhecida; 5 Explica teoricamente um fenômeno que com as equações fenomenológicas era impossível descobrir. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 48 / 365
  • 59. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Uma análise dimensional de 28 mostra as unidades físicas envolvidas na pressão: [p] = kg · m2 · s−2 m3 = kg · m · s−2 · m m3 = N · m m3 = J m3 ou N m2 = Pa (29) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 49 / 365
  • 60. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Algumas relações úteis 1 Pa = 1 10000bar = 9, 869 − 10−6atm = 7, 500 · 10−3 torr 1bar = 105 Pa = 0, 9869 atm = 750, 062 torr 1atm = 1, 01325 · 105 Pa = 1, 01325 bar : 760 torr 1 torr = 133322 Pa = 1, 33322.10−3bar = 1, 31579 · 10−3 atm Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 50 / 365
  • 61. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão EXEMPLO 19.1: Estime a velocidade média do gás Hélio nas seguintes condições: n = 1 mol He V = 25, 00 L p = 0, 8770 bar v̄ =? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 51 / 365
  • 62. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão SOLUÇÃO: PASSO 1:Tomamos a expressão 28 e a rearranjamos para deixar a velocidade em evidência. p = N·m·v̄2 3Vt v̄2 = p3V N·m Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 52 / 365
  • 63. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão PASSO 2: Devemos converter para o Sistema Internacional de Unidades o Volume (l → m3); a Pressão (bar → Pa); o produto N · m. A) Conversão de Volume 1, 0L = 1, 0 dm3 = 1, 0(10−1m)3 = 1, 0 × 10−3 m3 1, 0 L 99K 10−3m3 25, 0 L 99K V V = 2, 5 · 10−2 m3 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 53 / 365
  • 64. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão B) Conversão de Pressão 1.0 bar 99K 105Pa 0, 8770bar 99K p p = 8, 77 · 104 Pa Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 54 / 365
  • 65. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão C) Cálculo da massa de Hélio (N × m) Existem duas formas de fazer esse cálculo, vou iniciar pela mais fácil: C.1) Consultando o valor da massa molar do Hélio na Tabela Periódica O número N de partículas que existe em 1,0 mol é 6, 0221 · 1023. A multiplicação da massa de um único átomo de Hélio por 6, 0221 · 1023 rende exatamente o valor da massa molar do Hélio que é 4, 0026 · 10−3 kg. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 55 / 365
  • 66. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão C.2) Consultando o valor da massa atômica do Hélio na Tabela Periódica A massa atômica é dada em unidades de massa atômica (ou simplesmente u). Consultando o valor tabelado de 1u = 1, 66053906660 · 10−27kg Multiplicando N · m = 6, 0221 · 1023 · 4, 0026 · 1 u z }| { 1, 66053906660 · 10−27 kg = 4, 0026 · 10−3 kg Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 56 / 365
  • 67. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão D) Cálculo de v̄2 Usaremos a expressão v̄2 = 3·p·V N·m Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 57 / 365
  • 68. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Substituindo os valores de V, p e N · m calculados nas etapas A, B e C, teremos: v̄2 = 3 · 8, 77 · 10−4Pa · 2, 5 · 10−2m3 4, 0026 · 10−3kg v̄2 = 1, 6433 · 106 Pa · m3 kg Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 58 / 365
  • 69. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Fazendo a raíz quadrada nos dois lados da equação, teremos o valor da velocidade média v̄. v̄ = p (1, 6433 · 106 Pa · m3 kg ) v̄ = 1281, 92?? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 59 / 365
  • 70. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Quais as unidades de velocidade? Para isso, precisamos operar sobre as unidades dentro da raíz quadrada. p ( Pa · m3 kg ) = p ( N.m −2 · m 3 kg ) = p ( kg · m · s−2 · m kg ) = p (m2 .s−2 ) = m s Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 60 / 365
  • 71. Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão Finalizando: v̄ = 1281, 92 m s Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 61 / 365
  • 72. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Conteúdo 1 Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases 2 Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão 3 Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Distribuição normal de velocidades de partículas de gás 4 Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 5 Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 6 Aula 6 Teoria das Colisões 1.Percurso livre médio λ 2a.Frequência média de colisões z 2b.Frequência Total de Colisões Z 7 Aula 7 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 62 / 365
  • 73. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Sabemos da mecânica clássica que a energia cinética de uma partícula é dada por 30: Ec = 1 2 m · v2 (30) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 63 / 365
  • 74. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Substituindo 30 em 28, temos p = N · m · v̄2 3 · V = 2 · N · Ec 3 · V (31) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 64 / 365
  • 75. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Rearranjando para ficar numa forma mais reconhecível: pV = 2 3 N · Ec (32) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 65 / 365
  • 76. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Comparando 32 com a lei dos gases ideais pV = NRT, concluímos que: Ec = 3 2 RT (33) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 66 / 365
  • 77. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética A equação 33 representa a energia cinética média molar para um gás monoatômico. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 67 / 365
  • 78. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Existe uma relação muito útil que vamos utilizar para transformar uma quantidade molar para expressar as propriedades de um único átomo ou molécula, ela utiliza a constante de Boltzmann. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 68 / 365
  • 79. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética R = kB · NA (34) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 69 / 365
  • 80. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Na equação 34, kB é a constante de Boltzmann (1, 380 649 · 10−23J.K−1) e NA (6, 0221 · 1023mol−1) é o número de Avogadro. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 70 / 365
  • 81. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética A velocidade é uma propriedade vetorial, mas a rapidez (que é um sinônimo para velocidade) não o é. Assim sendo, o módulo da velocidade (a raíz quadrada do quadrado da velocidade) cumpre esse papel de indicar o quão rápido uma partícula se move sem necessitar explicitar seu vetor velocidade. Multiplicando-se a equação para a energia cinética de uma partícula 30 pelo número de Avogadro NA, teremos a Energia Cinética Molar. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 71 / 365
  • 82. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Ēc = 3 2 RT ⇛ Ec = NA · 1 2 m · v2 (35) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 72 / 365
  • 83. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Sabemos que a multiplicação NA × m = M̄ [M̄ = Massa Molar] Substituindo na 35, temos: 3 2 RT = 1 2 M̄v2 (36) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 73 / 365
  • 84. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Isolando v2 v2 = 3RT M̄ (37) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 74 / 365
  • 85. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Extraindo a raíz quadrada, temos a velocidade média quadrática vMQ em 38: vMQ = r 3RT M̄ (38) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 75 / 365
  • 86. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética EXEMPLO 19.2: Estime a temperatura T (em Kelvin) de uma amostra de gás Hélio com v̄MQ = 1281, 92m s Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 76 / 365
  • 87. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética v̄MQ = r 3RT M̄ = s 3 · 8, 314 J · K−1 · mol−1 · T 4, 0026 · 10−3 kg · mol−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 77 / 365
  • 88. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética v̄MQ ⇒ 1, 28192 · 103 m s 2 = 3 · 8, 314J · K−1 · mol−1 · T 4, 0026 · 10−3 kg · mol−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 78 / 365
  • 89. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética 1, 6433 · 106 m2 s2 = 6, 23145 J · K−1 · kg−1 × T Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 79 / 365
  • 90. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Isolando a temperatura T, temos T = 1, 6433 · 106 m2 s2 6, 23145 J · K−1 · kg−1 = 263, 71?? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 80 / 365
  • 91. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Qual a unidade resultante da resolução da equação acima? m2 · s−2 J · K−1 · kg−1 = K m2 · s−2 (N · m) · kg−1 = = K · kg · m · m · s−2 N · m = = K × N z }| { ·kg · m · s2 · m N · m = K Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 81 / 365
  • 92. Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Sendo assim, a resposta final é T = 263, 71 K. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 82 / 365
  • 93. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Conteúdo 1 Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases 2 Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão 3 Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Distribuição normal de velocidades de partículas de gás 4 Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 5 Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 6 Aula 6 Teoria das Colisões 1.Percurso livre médio λ 2a.Frequência média de colisões z 2b.Frequência Total de Colisões Z 7 Aula 7 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 83 / 365
  • 94. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades vMQ nos dá uma idéia de como, na média, são as velocidades das partículas do gás naquela temperatura. vMQ nos informa a rapidez das partículas, mas não nos diz nada sobre a direção e o sentido desse movimento. vMQ não é a única forma de representarmos a velocidade das partículas do gás. em um gás, nem todas a partículas movem-se a mesma velocidade e nem na mesma direção. existem velocidades que são mais prováveis e outras que, embora possíveis, são menos prováveis. há uma distribuição de velocidades Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 84 / 365
  • 95. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Qual é a expressão matemática da velocidade mais adequada e qual a função que descreve a distribuição de velocidades do gás? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 85 / 365
  • 96. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Há uma função para cada direção: gx (vx ) , gy (vy ) , gz (vz) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 86 / 365
  • 97. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Agora, vamos usar essas funções de distribuição para obter uma função probabilística de distribuição tridimensional de velocidades: P = gx (vx ) dvx · gy (vy ) dvy · gz (vz) dvz (39) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 87 / 365
  • 98. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades As velocidades vα podem variar entre (−∞, +∞). Agora, vamos adotar uma condição de normalização da função para impedir que a soma de todas as probabilidades exceda 1 (100 Z vα=+∞ vk =−∞ gα (vα) dvα = 1 (40) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 88 / 365
  • 99. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Combinando as funções de distribuição em uma única função 3-D; gx (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ(v) (41) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 89 / 365
  • 100. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades E levando-se em conta que a velocidade tridimensional está relacionada às velocidades em cada eixo pela relação 42. v2 = v2 x + v2 y + v2 z (42) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 90 / 365
  • 101. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Falta agora descobrir a forma matemática da função Γ(v). Isso pode ser feito considerando o caso unidimensional e, em seguida, expandir o resultado para as 3 dimensões, visto que todas são equivalentes. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 91 / 365
  • 102. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Caso Unidimensional: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 92 / 365
  • 103. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Como determinar a forma de gx (vx )? Estudando como gx (vx ) varia à medidade que vx varia. Em outras palavras, escreveremos uma derivada. ∂ [gx (vx )] ∂vx · gy (vy ) · gz (vz) = ∂Γ v(vx ) z}|{ (v) ∂vx Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 93 / 365
  • 104. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Como v = v(vx ), é necessário aplicar uma regra da cadeia ∂ [gx (vx )] ∂vx · gy (vy ) · gz (vz) = ∂Γ(v) ∂v ∂v ∂vx (43) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 94 / 365
  • 105. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Derivando 42: d(v2) = d(v2 x + v2 y + v2 z ) 2vdv = 2vx dvx + 2vy dvy + 2vz dvz Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 95 / 365
  • 106. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades No caso unidimensional, dvy = 0 e dvz = 0. 2v · dv = 2vx dvx + 2vy dvy + 2vz dvz Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 96 / 365
  • 107. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades O que resulta em: dv vx = vx v (44) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 97 / 365
  • 108. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Substituindo 44 em 43, teremos: ∂ [gx (vx )] ∂vx · gy (vy ) · gz (vz) = ∂Γ(v) ∂v · vx v (45) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 98 / 365
  • 109. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades A derivada 45 é complicada, vamos simplificá-la escrevendo com outra notação: g′ x (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ′ (v) · vx v Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 99 / 365
  • 110. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Ela pode ser adicionalmente simplificada se dividirmos por gx (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ(v) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 100 / 365
  • 111. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades g′ x (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ(v) · vx v gx (vx ) · gy (vy ) · gz (vz) = Γ(v)′ Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 101 / 365
  • 112. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Cujo resultado final é 46. g′ x (vx ) gx (vx ) = vx v · Γ(v) Γ(v) → Termos em função de vx z }| { 1 vx · g′ x (vx ) gx (vx ) = Termos em função de v z }| { 1 v Γ′(v) Γ(v) (46) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 102 / 365
  • 113. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Como os lados direito e esquerdo da equação 46 se equivalem, podemos renomar como 1 vx · g′ x (vx ) gx (vx ) = K (47) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 103 / 365
  • 114. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Como a equação 46 possui expressões análogas nas direções x e y, podemos escrever expressões igualmente análogas à 47. 1 vy · g′ y (vy ) gy (vy ) = K (48) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 104 / 365
  • 115. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 1 vz · g′ z (vz) gz (vz) = K (49) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 105 / 365
  • 116. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Retornando ao caso unidimensional (em x): 1 vy · g′ y (vy ) gy (vy ) = K = 1 vx · ∂gx (vx ) ∂vx gx (vx ) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 106 / 365
  • 117. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades K · vx = ∂gx (vx ) ∂vx · 1 gx (vx ) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 107 / 365
  • 118. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades K · vx · dvx = ∂gx (vx ) gx (vx ) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 108 / 365
  • 119. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Que após integração nos dois lados da igualdade rende: Z K vx dvx = Z 1 gx (vx ) ∂gx (vx ) → K v2 x 2 + C = ln gx (vx ) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 109 / 365
  • 120. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Elevando ambos os lados na base e, temos: e K v2 x 2 +C = e[ln gx (vx )] Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 110 / 365
  • 121. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Usando as propriedades e(a+b) = ea · eb e eln a = a, temos: e K· v2 x 2 · A z}|{ eC = gx (vx ) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 111 / 365
  • 122. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Finalizando, em 50 temos a forma básica da função de distribuição de velocidades na direção x: gx (vx ) = A · e K 2 v2 x (50) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 112 / 365
  • 123. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Por analogia, temos as versões para y e z da equação 50. gy (vy ) = A · e K 2 v2 y (51) gz(vz) = A · e K 2 v2 z (52) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 113 / 365
  • 124. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades As constantes A e K em 50, 51 e 52 precisam ser determinadas para que a forma matemática completa da função de distribuição venha a ser conhecida. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 114 / 365
  • 125. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Relembrando a condição de normalização 40 e aplicando à equação 50, teremos: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 115 / 365
  • 126. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Z vx =+∞ vx =−∞ A · e K 2 v2 x dvx (53) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 116 / 365
  • 127. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Para resolver essa equação 53, consultamos uma tabela de integrais e encontramos 54. Z +∞ 0 e−bx2 dx = 1 2 r π b , onde: b = − 1 2 · K (54) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 117 / 365
  • 128. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades A integral tabelada 54 vai de 0 a = ∞, enquanto que a integral 53 corre de −∞ a +∞ mas é uma função par e simétrica com relação ao eixo vertical. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 118 / 365
  • 129. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Dessa forma, basta resolver a integral e multiplicar por 2 o resultado: R ∞ −∞ Ae−bx2 dx = 2 R ∞ 0 Ae−bx2 = 2 · A · h 1 2 −2π K 1/2 i = 1 A −2π K 1/2 = 1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 119 / 365
  • 130. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades E em 55, temos finalmente a forma matemática de A finalmente descrita. A = −2π K −1/2 ouA = − K 2π 1/2 (55) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 120 / 365
  • 131. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Para determinar plenamente a forma matemática da gx (vx ) é necessário ainda determinar a forma de K, mas para isso temos que tomar um atalho. ATALHO: 1) Vamos considerar a Energia Cinética para 1 partícula Ec = 1 2 m · v2. 2) Rescrevemos a expressão Ec = 1 2 · v2 x + v2 y + vz2 . Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 121 / 365
  • 132. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 3) Vamos usar a equivalência v2 x = v2 y = v2 z 4) E obter Ec = 3 2 · v2 x , a qual pode ser comparada à 30. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 122 / 365
  • 133. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 5) 3 2 mv2 x | {z } En. Cin. de 1 partícula ≃ 3 2 RT | {z } En. Cin. Média Molar 6) Para transformar em uma igualdade, devemos usar a relação 34 kB = R NA . 7) 3 2 mv2 x = 1 NA 3 2 NAkBT m · v2 x = kBT Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 123 / 365
  • 134. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Finalmente, definimos uma forma matemática para v2 x em 56 v2 x = kBT m (56) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 124 / 365
  • 135. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Com essa definição de velocidade quadrática para uma única partícula, podemos aplicar o Teorema do Valor Médio e, assim, calcular o valor médio de velocidade das partículas de um gás. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 125 / 365
  • 136. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades TEOREMA DO VALOR MÉDIO Uma grandeza u qualquer pode ter o seu valor médio calculado por: µ̄ = N X i=1 µiPi PN i=1 Pi (57) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 126 / 365
  • 137. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades A soma de todos os valores de probabilidade não pode exceder 100%, por isso a condição PN i Pi = 1. Se a quantidade de partículas de gás for muito grande, N → ∞ e os somatórios em 57 se transformam em integrais. µ̄ = Z µiPidµ (58) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 127 / 365
  • 138. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Substituindo 55 em 50, temos a função de distribuição de velocidades Pi = − 2π k −1/2 e(1/2)Kv2 xi (59) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 128 / 365
  • 139. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Agora, é chegada a hora de substituir 56 e 59 em 58 para podermos calcular o valor médio da velocidade quadrática v em 60. v̄2 x = Z +∞ −∞ v2 x · − 2π K −1/2 | {z } f:Ax2 e(1/2)kv2 x | {z } f:ebx2 dvx (60) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 129 / 365
  • 140. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades A equação 60 possui duas partes, uma quadrática e uma gaussiana. Ambas as funções são pares e simétricas com relação ao eixo vertical. Sendo assim, não é necessário resolver a integral entre os dois limites de integração, basta resolver entre 0 e +∞ e multiplicar o resultado por 2 (eq 61). v̄2 x = 2 · − 2π K −1/2 · Z +∞ 0 v2 x |{z} f:Ax2 e(1/2)kv2 x | {z } f:ebx2 dvx (61) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 130 / 365
  • 141. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Consultando uma tabela de integrais, encontramos a seguinte solução para 61: Z ∞ −∞ x2 e−bx2 dx = 1 2 π1/2 b3/2 ! Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 131 / 365
  • 142. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Onde b = − K 2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 132 / 365
  • 143. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Que substituindo na solução da integral, rende: b = − K 2 → 1 2 π1/2 b3/2 ! = 1 2 π1/2 −K 2 3/2 ! = 1 2 · π1/223/2 (−K)3/2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 133 / 365
  • 144. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Z +∞ −∞ = 2 Z +∞ 0 = 1 2 Z +∞ −∞ = 1 2 1 2 · π1/223/2 (−K)3/2 # (62) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 134 / 365
  • 145. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Então, a 63 deve ser substituída na equação 61. ¯ vx 2 = 2 − 2π K −1/2 1 4 π1/223/2 (−K)3/2 # (63) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 135 / 365
  • 146. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades OPCIONAL: O que se segue agora é opcional, vou mostrar como a expressão anterior 63 pode ser simplificada: ¯ vx 2 = 1 4 π1/2 · 23/2 (−K)3/2 # = 2 4 − K 2π 1/2 π1/2 · 23/2 (−K)3/2 # Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 136 / 365
  • 147. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades ¯ vx 2 = 1 2 − Kπ 2π 1/2 · 23/2 (−K)3/2 # = 1 2 − K 2 1/2 · 23/2 (−K)3/2 ! = (−K)1/2 2 · 21/2 · 23/2 (−K)3/2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 137 / 365
  • 148. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades v̄2 x = (−K)1/2 (−K)3/2 · 23/2 2 · 21/2 = (−K)−2/2 · 23/2 2 · 21/2 = (−K)−1 · 23/2 22/2 · 21/2 = − 1 K · 23/2 23/2 = − 1 K Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 138 / 365
  • 149. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Fim da parte opcional: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 139 / 365
  • 150. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Temos agora uma definição para o valor médio do quadrado da velocidade que depende da constante K (eq. 64. v̄2 x = − 1 K (64) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 140 / 365
  • 151. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Que comparada à 56 (v2 x = kBT m ) fornece a equação 65. − 1 K = kBT m (65) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 141 / 365
  • 152. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades E, finalmente, K em 66. K = − m kBT (66) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 142 / 365
  • 153. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades De posse da forma matemática de A 55 e de K 66, podemos substituir em 50 e descrever a distribuição de velocidades na direção x. gx (vx ) = − K 2π 1/2 · e − mv2 x 2kBT = − − m kBT 2π !1/2 · e − mv2 x 2kBT Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 143 / 365
  • 154. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Que, após alguns rearranjos, gera a distribuição em x e suas análogas em y e z: gx (vx ) = m 2πkBT 1/2 · e − mv2 x 2kBT (67) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 144 / 365
  • 155. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades gy (vy ) = m 2πkBT 1/2 · e − mv2 y 2kBT (68) gz(vz) = m 2πkBT 1/2 · e − mv2 z 2kBT (69) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 145 / 365
  • 156. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades As equações 67, 68 e 69 podem ser combinadas na equação 41 para obter a funçao de distribuição de velocidades tridimensional 70. Γ(v) = m 2πkBT 1/2 !3 · e − mv2 x 2kBT · e − mv2 y 2kBT · e − mv2 z 2kBT (70) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 146 / 365
  • 157. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Usando uma propriedade das exponenciais ea · eb · ec = ea+b+c em 70 e usando o a relação 42... Γ(v) = m 2πkBT 3/2 · e − m 2kBT · e v2 z }| { v2 x + v2 y + v2 z (71) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 147 / 365
  • 158. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Γ(v) = m 2πkBT 3/2 · e − mv2 2kBT (72) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 148 / 365
  • 159. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Como a função de distribuição de velocidades deve representar a realidade e o que importa é o módulo delas e não sua direção ou sentido, devemos considerar apenas o intervalo de velocidades (0, +∞), que corresponde a partículas totalmente paradas e a partículas com módulo de velocidade infinita. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 149 / 365
  • 160. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades A soma das probabilidades desses módulos de velocidade deve ser normalizada, ou seja, não deve exceder 1. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 150 / 365
  • 161. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Todas essas observações podem ser resumidas na equação ??, a qual permite calcular a fração de moléculas com velocidades entre v e v + dv usando 72. G(v)dv = Z +∞ 0 Γ(v)dv = 1 (73) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 151 / 365
  • 162. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Além disso, as partículas se movem em um espaço tridimensional isotrópico (igual em todas as direções) e o sistema cartesiano não o é. É melhor converter para coordenadas esféricas. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 152 / 365
  • 163. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades A diferencial dv é o resultado da multiplicação de dvx , dvy e dvz. A multiplicação dessas três diferenciais rende uma unidade de volume no espaço de velocidades. Ao converter para coordenadas esféricas, dv descreve uma casca esférica de espessura dentro da qual estão as partículas com velocidades entre v e v + dv. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 153 / 365
  • 164. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades O volume de uma esfera é dado por 4πv3, mas no caso de uma casca esférica é dado por 4πv2dv, e é esse fator de correção que precisa ser adicionado em 73 para convertê-la para coordenadas esferopolares. G(v)dv = Z +∞ 0 4πv2 Γ(v)dv = 1 (74) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 154 / 365
  • 165. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades E substituindo 72 em 74, obtemos a função completa e corrigida para coordenadas esferopolares. G(v̄)dv = Z ∞ 0 4πv2 m 2πkBT 3/2 · e − mv̄2 2kBT dv (75) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 155 / 365
  • 166. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades A interpretação física da equação 75 é a seguinte: a fração de moléculas G(v̄) que possuem velocidade média v̄, pois possuem velocidades entre v e v + dv pode ser calculada substituindo-se o valor de massa m (kg.mol−1), Temperatura T(K) e velocidade média v̄ (m.s−1). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 156 / 365
  • 167. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades A função fração de moléculas com velocidade média v̄ é a função que consta dentro da integral da 75. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 157 / 365
  • 168. Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades Segue-se uma discussão sobre as propriedades de G(v̄)dv, obtenção da função de distriuição a T constante e a M̄ constante. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 158 / 365
  • 169. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Conteúdo 1 Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases 2 Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão 3 Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Distribuição normal de velocidades de partículas de gás 4 Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 5 Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 6 Aula 6 Teoria das Colisões 1.Percurso livre médio λ 2a.Frequência média de colisões z 2b.Frequência Total de Colisões Z 7 Aula 7 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 159 / 365
  • 170. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Retomando a discussão da aula anterior, vamos recuperar a função G(v̄)dv. G(v̄)dv = 4πv2 m 2πkBT 3/2 · e − mv̄2 2kBT dv (76) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 160 / 365
  • 171. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Que na forma molecular fica: G(v̄)dv = 4πv2 M̄ 2πRT 3/2 · e−M̄v̄2 2RT dv (77) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 161 / 365
  • 172. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Sabemos do cálculo diferencial que a primeira derivada de uma função tem seu máximo (ou mínimo) quando a derivada é igual a zero (pois a reta tangente a esse ponto extremo não possui inclinação). Assim, tomamos a equação 77 e a derivamos igualando a zero ao final da operação. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 162 / 365
  • 173. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann G(v̄)dv = 4π m 2πkBT 3/2 v̄2 · e−mv̄2/2kBT dv (78) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 163 / 365
  • 174. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Derivando a expressão e igualando-a a zero para obter o máximo da função. G′ (v̄) = 4π m 2πkBT 3/2 v̄2 · e−mv̄2/2kBT ′ (79) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 164 / 365
  • 175. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 4π m 2πkBT 3/2 2v̄ · e−mv̄2/2kBT + v̄2 · e−mv̄2/2kBT (−2mv̄/2kBT) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 165 / 365
  • 176. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 4π m 2πkBT 3/2 2ve−mv̄2/2kBT − 2v̄e−mv̄v̄2/2kBT mv̄2 /2kBT Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 166 / 365
  • 177. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 0 = 4π m 2πkBT 3/2 1 − mv̄2 kBT 2v̄e −mv̄2 2kBT Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 167 / 365
  • 178. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Passamos o segundo termo para o outro lado da igualdade e mudamos o sinal: ((((((((((((((( ( 4π m 2πkBT 3/2 2v̄e−mv̄2/kBT | {z } igual ao termo da direita = (((((((((((((((( 4π m 2πKBT 3/2 2v̄e−mv̄2/kBT | {z } igual ao termo da esquerda 2mv̄2 kBT Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 168 / 365
  • 179. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Após cancelamento dos termos iguais. 2mv̄2 kBT = 1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 169 / 365
  • 180. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Que rearranjando, rende: v̄2 = kBT 2m Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 170 / 365
  • 181. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Fazendo a raíz quadrada nos dois lados da equação, obtemos a expressão para a velocidade média mais provável de um gás v̄MPem80. v̄MP = r kBT 2m (80) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 171 / 365
  • 182. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Que, usando-se a definição da constante universal dos gases R = kB NA 34 [kB = R/NA], torna-se a velocidade mais provável molar 81: v̄MP = v u u u t RT 2NA · m | {z } M̄ = r RT 2M̄ (81) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 172 / 365
  • 183. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann EXEMPLO 19.3 Calcule a v̄MP dos átomos de He (M̄He = 4, 0026 × 10−3kg · mol−1) a uma T = 263, 71K. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 173 / 365
  • 184. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann SOLUÇÃO: Usamos a equação 81 v̄MP = q RT 2M̄ . v̄MP = s 8, 314J · K−1 · mol−1 × 263, 71 K 2 × 4, 0026 × 10−3kg · mol−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 174 / 365
  • 185. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Resolvendo numericamente a equação, obtemos: v̄MP = s 4384, 97J 4, 0026 · 10−3kg v̄MP = q 1095530, 37 J · kg−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 175 / 365
  • 186. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Extraindo a raíz quadrada, obtemos o resultado numérico: v̄MP = 1046, 68 q J · kg−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 176 / 365
  • 187. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann E as unidades ficam como? q J · kg−1 = q [N · m] · kg−1 = q [(kg · m · s−2) · m] · kg−1 = p m2 · s−2 = m · s−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 177 / 365
  • 188. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann E a resposta final fica v̄MP = 1046, 68m · s−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 178 / 365
  • 189. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Que pode ser comparada à resposta do EXEMPLO 19.2: vMQ = 1281, 92m · s−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 179 / 365
  • 190. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann O que nos leva a concluir que v̄MP vMQ Aproveitando que agora conhecemos a função de distribuição de velocidades de um gás e vamos calcular a velocidade segundo o Teorema do Valor Médio (TVM). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 180 / 365
  • 191. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann v̄ = Z vmax =∞ vmin=0 vj · G vj dvj | {z } equação77 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 181 / 365
  • 192. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann v̄ = Z vmax =∞ vmin=0 v · 4π m 2πkBT 3/2 · v2 · e−mv2/2kB # dv Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 182 / 365
  • 193. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann v̄ = Z ∞ 0 v3 · e−mv2/2kBT dv | {z } Itegral tabelada: R xne−ax2 dx · 4π m 2πkBT 3/2 ! Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 183 / 365
  • 194. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann A resolução da integral é OPCIONAL e será feita logo a seguir. A integral resolvida resulta em: v̄TVM = r 8kBT πm = r 8RT πM̄ (82) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 184 / 365
  • 195. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann RESOLUÇÃO OPCIONAL DA INTEGRAL: A integral Z v3 e−av2 dv = −ae−av2 − e−av2 2a2 + C onde a = m/2kBT. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 185 / 365
  • 196. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Substituindo na integral, temos: − (m/2kBT) e − m 2kBT v2 − e − m 2kBT v2 2 m 2kBT 2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 186 / 365
  • 197. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Não esquecendo que a integral completa possui uma constante 4π m 2πkBT 3/2 . Multiplicando ambas: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 187 / 365
  • 198. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 4π m 2πkBT 3/2 × − (m/2kBT) e − m 2kBT v2 − e − m 2kBT v2 2 m 2kBT 2 Podemos resolver a expresão focando no primeiro termo e no termo no denominador da fração: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 188 / 365
  • 199. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 4π m 2πkBT 3/2 2 m 2kBT 2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 189 / 365
  • 200. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 2π m 2πkBT 3/2 · 2kBT m 2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 190 / 365
  • 201. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 2π π3/2 m 2kBT 3/2 · m 2kBT −2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 191 / 365
  • 202. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 2π(1−3 2 ) m 2kBT 3/2 m 2kBT −2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 192 / 365
  • 203. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 2π(2 2 −3 2 ) m 2kBT 3 2 −2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 193 / 365
  • 204. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 2π−1 2 m 2kBT −1 2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 194 / 365
  • 205. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 2 πm 2kBT −1 2 = 2 2kBT πm 1 2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 195 / 365
  • 206. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann v̄TVM = 4 · 2kBT πm 1 2 = 8kBT πm 1 2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 196 / 365
  • 207. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Que na forma molar, rende 83: v̄TVM = r 8RT πM̄ (83) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 197 / 365
  • 208. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann EXEMPLO 4: Considerando que o gás Argônio (M̄Ar = 39, 948 · 10−3kg · mol−1) apresenta uma velocidade média v̄ = 500 m · s−1, estime a temperatura T desse gás usando as três definições de velocidade média: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 198 / 365
  • 209. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 1 vMQ = q 3RT M̄ (38) 2 v̄MP = q RT 2M̄ (81) 3 v̄TVM = q 8RT πM̄ (83) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 199 / 365
  • 210. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Antes de iniciar a resolução numérica do problema, como queremos estimar a temperatura usando cada uma das definições de velocidade, é necessário reorganizar as três expressões. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 200 / 365
  • 211. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Vou resolver apenas a 38 e, por analogia, apenas apresentar os resultados para as demais expressões: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 201 / 365
  • 212. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Primeiro, elevamos os dois lados da 38 ao quadrado: [vMQ]2 = r 3RT M̄ #2 v2 MQ = 3RT M̄ Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 202 / 365
  • 213. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Deixamos a T em evidência. TMQ = v2 MQM̄ 3R Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 203 / 365
  • 214. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Por analogia, temos as expressões para T provenientes de 81 e 83: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 204 / 365
  • 215. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann TMP = v2 MPM̄ 2R TTVM = πv̄2 TVMM̄ 8R Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 205 / 365
  • 216. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Substituindo v̄ = 500 m · s−1, M̄Ar = 39, 948 · 10−3kg · mol−1 e R = 8, 314J · K−1 · mol−1 nas três expressões acima: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 206 / 365
  • 217. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann TMQ = (500 m · s−1)2 · 39, 948 · 10−3kg · mol−1 3 · 8, 314J · K−1 · mol−1 = 400, 4 N·m= J z }| { kg m s−2 m z }| { (m2 s−2 ) · kg ·K J = 400, 4K Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 207 / 365
  • 218. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann Por analogia, as demais temperaturas são obtidas: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 208 / 365
  • 219. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann TMP = (500 m · s−1)2 · 39, 948 · 10−3kg · mol−1 2 · 8, 314J · K−1 · mol−1 = 600, 6K Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 209 / 365
  • 220. Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann TTVM = π · 500 m · s−1)2 · 39, 948 · 10−3kg · mol−1 8 · 8, 314J · K−1 · mol−1 = 471, 72K Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 210 / 365
  • 221. Aula 6 Teoria das Colisões Conteúdo 1 Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases 2 Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão 3 Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Distribuição normal de velocidades de partículas de gás 4 Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 5 Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 6 Aula 6 Teoria das Colisões 1.Percurso livre médio λ 2a.Frequência média de colisões z 2b.Frequência Total de Colisões Z 7 Aula 7 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 211 / 365
  • 222. Aula 6 Teoria das Colisões Modelo da Esfera Rígida Figure: Função de potencial aos pares para partículas rígidas e que só interagem no momento da colisão. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 212 / 365
  • 223. Aula 6 Teoria das Colisões Se considerarmos as partículas de um gás, ou mesmo de um líquido, como sendo esferas de carcaça dura e impenetrável que não interagem a distância, podemos modelar de forma bem simplista o comportamento da matéria quanto às suas colisões. Figure: Representação de duas partículas esféricas rígidas e impenetráveis. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 213 / 365
  • 224. Aula 6 Teoria das Colisões Se considerarmos que cada partícula possui um raio r, a menor distância que 2 partículas rígidas poderão estar uma da outra é 2r = d, ou seja, um diâmetro molécular d. Assim sendo, podemos determinar 4 grandezas diferentes entre as partículas: 1 a distância média que uma partícula pode viajar sem colidir com outras partículas (λ). 2 a frequência média de colisões que uma partícula pode realizar por unidade de tempo (z); 3 o quão rápido uma massa gasosa pode se deslocar no ar (difusão) 4 o quâo rápido uma massa gasosa pode escapar por um orifício (efusão) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 214 / 365
  • 225. Aula 6 Teoria das Colisões Vamos considerar o caso hipotético de uma partícula P movendo-se enquanto todas as outras estão paradas. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 215 / 365
  • 226. Aula 6 Teoria das Colisões Figure: Representação da partícula P e a descrição da área de seção reta em torno dela, a qual forma a base do cilindro livre de colisões. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 216 / 365
  • 227. Aula 6 Teoria das Colisões Se essa partícula for uma esfera rígida, ela só vai interagir com outras partículas cujas carcaças se toquem. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 217 / 365
  • 228. Aula 6 Teoria das Colisões Para se tocar, os centros das duas partículas deve estar a uma distância menor ou igual a 2 raios r, ou a uma distancia menor que 1 diâmetro molecular d. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 218 / 365
  • 229. Aula 6 Teoria das Colisões A partícula que viaja assim forma em torno de si um ’cilindro. Figure: Cilindro formado pela partícula P em movimento e pela distancia média λ percorrida sem colisões. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 219 / 365
  • 230. Aula 6 Teoria das Colisões A base desse cilindro é uma circunferência. Essa circunferência é formada por um diâmetro molecular d a partir do centro da partícula, porque é a distãncia a partir da qual outra partícula pode colidir com ela. Girando esse diâmetro molecular em torno do centro da partícula P, obtemos um cilindro. A circunferência formada tem raio R = d = 24 e área A = πd2 = πr2. A altura desse cilindro vamos chamar de λ e é a distãncia que a partícula percorre livremente, sem sofrer colisão alguma. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 220 / 365
  • 231. Aula 6 Teoria das Colisões A equação que descreve o volume desse cilindro hipotético é dada por V = λ · A = λ · πd2 . Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 221 / 365
  • 232. Aula 6 Teoria das Colisões Se o sistema for composto por N partículas, o volume médio ocupado por partícula é V N . Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 222 / 365
  • 233. Aula 6 Teoria das Colisões Unindo as duas expressões, temos V N = λ · πd2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 223 / 365
  • 234. Aula 6 Teoria das Colisões Que ao ser rearranjada rende λ = V Nπd2 (84) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 224 / 365
  • 235. Aula 6 Teoria das Colisões O volume médio em um gás ideal é obtida a partir da equação de estado do gás ideial pV = NkBT. V N = kBT p Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 225 / 365
  • 236. Aula 6 Teoria das Colisões A qual pode ser substituída em 84 λ = kBT πpd2 (85) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 226 / 365
  • 237. Aula 6 Teoria das Colisões Essa equação 85 é uma expressão simplificada para o percurso livre médio de um gás ideal segundo o modelo da esfera rígida. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 227 / 365
  • 238. Aula 6 Teoria das Colisões Como ele pode ser interpretado? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 228 / 365
  • 239. Aula 6 Teoria das Colisões No denominador temos kBT, que é conhecido também por energia térmica. Quanto mais quente o sistema (maior a temperatura), mais velozes são as moléculas e maiores são as distâncias que elas percorrem, fazendo com que o percurso livre médio λ seja maior. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 229 / 365
  • 240. Aula 6 Teoria das Colisões Para um sistema com maior número N de particulas, a maior lotação do sistema faz com que a partícula ao viajar tenha maior probabilidade de encontrar outras partículas pelo caminho e, assim, colidir mais facilmente. Isso encurta o percurso livre médio λ. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 230 / 365
  • 241. Aula 6 Teoria das Colisões O mesmo ocorre com a pressão gasosa p. Quanto maior a pressão, mais colisões moleculares as partículas do sistema realizam e, assim, menor a distância λ que viajam livremente sem colidir. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 231 / 365
  • 242. Aula 6 Teoria das Colisões Exemplo 19.5: Calcule o percurso livre médio λ de uma partícula de Kriptônio cujo diâmetro d = 3, 70 Å. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 232 / 365
  • 243. Aula 6 Teoria das Colisões Dados: T = 20o C = 293, 15K p = 1, 0bar = 105 Pa d = 3, 70 Å = 3, 70 · 10−10 m kB = 1, 380649 · 10−23 J K−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 233 / 365
  • 244. Aula 6 Teoria das Colisões Usamos a equação 85 λ = kBT πpd2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 234 / 365
  • 245. Aula 6 Teoria das Colisões Substituindo os valores fornecidos pelo problema: λ = 1, 380649 · 10−23J K−1 × 293, 15K π × 105Pa × (3, 70 · 10−10m)2 λ = 4, 0474 · 10−21J K−1 K 314159, 2653 Pa × 1, 369 · 10−19m2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 235 / 365
  • 246. Aula 6 Teoria das Colisões λ = 4, 0474 · 10−21J K−1 K 4, 30084 · 10−14Pa · m2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 236 / 365
  • 247. Aula 6 Teoria das Colisões Resolvendo numericamente a equação: λ = 9, 411 · 10−8 ?? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 237 / 365
  • 248. Aula 6 Teoria das Colisões E quais as unidades? [λ] = J Pa · m2 = N · m N · m−2 · m2 = m Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 238 / 365
  • 249. Aula 6 Teoria das Colisões E a resposta final completa é λ = 9, 411 · 10−8 m. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 239 / 365
  • 250. Aula 6 Teoria das Colisões BÔNUS: A quantos diâmetros moleculares corresponde essa distância livre percorrida? λ d = 9, 411 · 10−8 m 3, 70 · 10−10m = 254, 3 ≃ 254 diâmetros Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 240 / 365
  • 251. Aula 6 Teoria das Colisões EXEMPLO 19.6: Considerando a molécula de N2 como uma esfera rígida (uma aproximação valida), de diâmetro d = 3, 20 Å, a T = 22oC. Qual seria a pressão p necessária para que o percurso livre médio λ dessa molécula seja de 1, 00m? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 241 / 365
  • 252. Aula 6 Teoria das Colisões λ = kBT πd2p = 1, 380649 · 10−23 J · K−1 (295, 15K) 3, 14159 · 3, 20 · 10−10 m 2 · p Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 242 / 365
  • 253. Aula 6 Teoria das Colisões p = kBT πd2λ Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 243 / 365
  • 254. Aula 6 Teoria das Colisões p = 4, 074 · 10−29 J 3, 217 · 10−19 m2 · 1, 00 m = 4, 074 · 10−29 J 3, 217 · 10−19 m3 = 1, 267 · 10−10 ?? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 244 / 365
  • 255. Aula 6 Teoria das Colisões E as unidades? J m3 = N · m m 3 = N m2 = Pa Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 245 / 365
  • 256. Aula 6 Teoria das Colisões Então a pressao necessária para que o nitrogênio apresente um percurso livre médio de 1,00 m é de p = 1, 267 · 10−10 Pa = 1, 267 · 10−10 bar = 1, 250 · 10−7 atm Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 246 / 365
  • 257. Aula 6 Teoria das Colisões É uma estimativa do número médio de colisões que uma partídcula rígida realiza em um período de tempo de 1, 0s. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 247 / 365
  • 258. Aula 6 Teoria das Colisões Como pode-se estimar essa quantidade? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 248 / 365
  • 259. Aula 6 Teoria das Colisões Usando a definição de velocidade pelo Teorema do Valor Médio vTVM da equação 83 e o percurso livre médio λ. v = distância média percorrida intervalo de tempo Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 249 / 365
  • 260. Aula 6 Teoria das Colisões Como nosso interesse é no intervalo de tempo 1/t z = 1 t = eq.83 z }| { vTVM λ |{z} eq.85 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 250 / 365
  • 261. Aula 6 Teoria das Colisões Substituindo ambas equações... z = 8RT πM̄ 1 2 RT πpd2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 251 / 365
  • 262. Aula 6 Teoria das Colisões Considerando que RT p = V N = 1 ρ z = 8RT πM̄ 1 2 1 πρd2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 252 / 365
  • 263. Aula 6 Teoria das Colisões z = πρd2 · r 8RT πM̄ = r π2 8RT πM̄ Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 253 / 365
  • 264. Aula 6 Teoria das Colisões Que produz a frequência média de colisão z(s−1) z = ρd2 r 8πRT M̄ Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 254 / 365
  • 265. Aula 6 Teoria das Colisões A fim de evitar contabilizar a mesma colisão duas vezes, usamos a massa reduzida (demonstração na sequência), o que implica em aplicar o fator 1/2 na massa M̄, rendendo a forma final de z. z = 4ρd2 r πRT M̄ (86) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 255 / 365
  • 266. Aula 6 Teoria das Colisões DEMONSTRAÇÃO: Quando o sistema envolver colisões entre duas partículas de mesma massa, considerar a massa reduzida µ12 = M̄1 · M̄2 M̄1 + M̄2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 256 / 365
  • 267. Aula 6 Teoria das Colisões Como se trata da mesma partícula M̄1 = M̄2 = M̄ e a expressão se torna: µ12 = M̄2 2M̄ = M̄ 2 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 257 / 365
  • 268. Aula 6 Teoria das Colisões Na expressão que define a frequência média de colisão z, devemos usar µ12 no caso de colisões entre o mesmo tipo de partícula. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 258 / 365
  • 269. Aula 6 Teoria das Colisões z = ρd2 s 8πRT µ12 z = ρd2 s 8πRT M̄ 2 z = ρd2 r 2 × 8πRT M̄ z = ρd2 r 16πRT M̄ z = 4ρd2 r πRT M̄ Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 259 / 365
  • 270. Aula 6 Teoria das Colisões Essa frequência total leva em conta as colisões z realizadas por todas as partículas do sistema, cuja densidade numérica ρ(m−3 deve ser considerada. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 260 / 365
  • 271. Aula 6 Teoria das Colisões Em outras palavras, a frequencia total é dada por Z = z × ρ . Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 261 / 365
  • 272. Aula 6 Teoria das Colisões No entanto, ao considerar a densidade numérica como forma de contabilizar o total de colisões, incorremos em um erro que é o de contabilizar as colisões entre duas partículas i e j duas vezes (uma vez ao contabilizar as colisões entre i e j e outra vez ao contabilizar as colisões entre j e i). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 262 / 365
  • 273. Aula 6 Teoria das Colisões Para corrigir, multiplicamos tudo por 1/2. Z = 1 2 z × ρ (87) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 263 / 365
  • 274. Aula 6 Teoria das Colisões Substituindo as equações 86 e 85 em 87, temos: Z = 1 2 4ρ2 d2 r πRT M̄ Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 264 / 365
  • 275. Aula 6 Teoria das Colisões Que após simplificação, fornece a frequência total de colisões Z 88. Z = 2ρ2 d2 r πRT M̄ (88) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 265 / 365
  • 276. Aula 6 Teoria das Colisões As unidades de Z são: [Z] = s−1 · m−3 (colisões por s para cada m3 ) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 266 / 365
  • 277. Aula 6 Teoria das Colisões Apenas a título de informação e fornecido sem provas matemática, temos uma forma para λ, z e Z no caso de colisões entre duas moléculas diferentes. Figure: Representação de partículas em colisão com diferentes dimensões. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 267 / 365
  • 278. Aula 6 Teoria das Colisões λ12 = r m2 m1 · m2 1 π d1d2 2 2 ρ2 (89) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 268 / 365
  • 279. Aula 6 Teoria das Colisões z12 = ρ2 d1d2 2 2 · s 8πkBT µ12 (90) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 269 / 365
  • 280. Aula 6 Teoria das Colisões Z12 = ρ1ρ2 d1d2 2 2 · s 8πkBT µ12 (91) Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 270 / 365
  • 281. Aula 6 Teoria das Colisões EXEMPLO 19.7: Considere 1,00 mol de Xenônio (d = 4, 00 Å), a p = 1, 00 bar e V = 2, 271 × 10−2 m3 e T = 273, 15K. Calcule: 1 A frequência média de colisão z; 2 A frequência total de colisão Z; 3 A frequência de colisão Z · V. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 271 / 365
  • 282. Aula 6 Teoria das Colisões Antes de calcular as frequência de colisão, precisamos determinar a densidade numérica do sistema. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 272 / 365
  • 283. Aula 6 Teoria das Colisões Sabendo-se que a densidade numérica pode ser calculada por ρ = N V . . . ρ = N V = 6, 0221 · 1023partículas 2, 271 × 10−2 m3 = 2, 652 · 1025 m−3 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 273 / 365
  • 284. Aula 6 Teoria das Colisões A massa molar do Xenônio é obtida por uma consulta à tabela periódica: M̄Xe = 131, 29 · 10−3 kg · mol−1 . Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 274 / 365
  • 285. Aula 6 Teoria das Colisões 1.Frequência média de colisão z. Utilizamos a equação 86 z = 4ρd2 r πRT M̄ Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 275 / 365
  • 286. Aula 6 Teoria das Colisões z = 4 · 2, 652 · 1025 m−3 4, 00 · 10−10 m 2 s π 8, 314J K−1 mol−1 · 273, 15 K 131, 29 · 10−3kg · mol−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 276 / 365
  • 287. Aula 6 Teoria das Colisões z = 1, 0607 · 1026 m−3 1, 60 · 10−19 m2 s 7134, 459 J 131, 29 · 10−3kg· Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 277 / 365
  • 288. Aula 6 Teoria das Colisões z = 16972800, 0 m−1 · s 54341, 222 kg · m · s−2 × m kg Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 278 / 365
  • 289. Aula 6 Teoria das Colisões z = 16972800, 0 m−1 · 233, 1120 m · s−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 279 / 365
  • 290. Aula 6 Teoria das Colisões z = 3956563353, 6 s−1 = 3, 956 · 109 s−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 280 / 365
  • 291. Aula 6 Teoria das Colisões 2. Frequência total de colisão Z; Para calcular essa frequência, precisamos resolver a equação 87. Z = 1 2 · z · ρ Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 281 / 365
  • 292. Aula 6 Teoria das Colisões Z = 1 2 · 3, 956 · 109 s−1 · 2, 652 · 1025 m−3 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 282 / 365
  • 293. Aula 6 Teoria das Colisões Z = 5, 246 · 1034 s−1 m−3 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 283 / 365
  • 294. Aula 6 Teoria das Colisões 3. Frequência de colisão Z · V Z · V = 5, 246 · 1034 s−1 m−3 × 2, 271 × 10−2 m3 = 1, 191 · 1033 s−1 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 284 / 365
  • 295. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa Conteúdo 1 Aula 1 Sobre o comportamento microscópico dos gases 2 Aula 2 Obtendo uma expressão cinética para a pressão 3 Aula 3 Relação entre Pressão e Energia Cinética Distribuição normal de velocidades de partículas de gás 4 Aula 4 Distribuição Normal de Velocidades 5 Aula 5 Aplicações da Função de Distribuição de Velocidades de Maxwell-Boltzmann 6 Aula 6 Teoria das Colisões 1.Percurso livre médio λ 2a.Frequência média de colisões z 2b.Frequência Total de Colisões Z 7 Aula 7 Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 285 / 365
  • 296. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa A efusão é um fenômeno interessante. Ele diz respeito à passagem das moléculas de um gás por um orifício ou por uma série de orifícios (uma membrana porosa, por exemplo). Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 286 / 365
  • 297. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa É o fenômeno responsável pelo murchar de um balão de aniversário após alguns dias guardado em casa. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 287 / 365
  • 298. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa O gás soprado para dentro do balão infla o mesmo pelo ato de esticar e expandir uma membrana borrachosa. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 288 / 365
  • 299. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa Esse esticamento da membrana causa stress nela, o material com o tempo acaba sofrendo pequenas fraturas. Em algumas dessas fraturas pode surgir um furo, e é por esse furo que o gás escapará lentamente, gerando o murchamento do balão. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 289 / 365
  • 300. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa Um botijão de gás pode estar bem fechado, mas se a vedação não for perfeita, pode ser que passemos a sentir um cheirinho estranho referente às mercaptanas inseridas no GLP para nos alertar sobre possíveis vazamentos. Esse vazamento geralmente é lento e não percebebido de imediato. Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 290 / 365
  • 301. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa Como podemos descrever matemáticamente esse fenômeno? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 291 / 365
  • 302. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa Acompanhem: Vamos considerar a que velocidade de efusão dN/dt é proporcional à velocidade média de um gás v̄: Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 292 / 365
  • 303. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa A velocidade média de um gás na direção x é descrita pela função de distribuição 67 gx (vx ) = m 2πkBT 1/2 · e − mv2 x 2kBT Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 293 / 365
  • 304. Aula 7 Fenômenos de Transporte de Massa A pergunta que faremos é: qual a quantidade de partículas gás que passam por segundo por um orifício de área A? Prof Dr Márcio Marques Martins (Universidade Federal do Pampa) FQIII/TCG Short Occasion 294 / 365