1. CENTRO DE EXCELÊNCIA ARQUIBALDO MENDONÇA
PROFESSOR VAL VALENÇA
NOME
DATA: 23/10/2017
NOTA: ______
PORTUGUÊS (Recuperação)
1. Texto 01
Cantiga de amor
Autor: Nuno Fernandes Torneol
Pois naci nunca vi Amor
e ouço del sempre falar;
pero sei que me quer matar,
mais rogarei a mia senhor:
que me mostr'aquel matador,
ou que m'ampare del melhor.
Pero nunca lh'eu fige rem
por que m'el haja de matar,
mais quer'eu mia senhor rogar,
polo gram med'em que me tem:
que me mostr'aquel matador,
ou que m'ampare del melhor!
[...]
(Disponível em:<< http://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=171&pv=sim >>)
1. (VAL VALENÇA/2017) De acordo com o poema de Nuno Fernandes Torneol, apresentado no TEXTO 01, e,
também, reconhecido como uma “cantiga de amor”, produzida na época do Trovadorismo, provavelmente,
por volta do século XII, pode-se afirmar que:
a) apresenta grafias incorretas, de acordo com a norma culta da língua portuguesa, mesmo se levarmos em
consideração o contexto político e histórico no qual foi produzido.
b) é um texto escrito em versos e estrofes, possui ritmo e sonoridade, capaz de revelar o uso irônico da linguagem.
c) o eu lírico revela que nunca conheceu o amor, mas que rezará e pedirá a um suposto senhor para que o amor seja
personificado em um matador.
d) a personificação do amor é proposta pelo eu lírico do poema que, envolto ao clima das cantigas de amor, sob o estilo
de um trovador, cria um paradoxo frente ao ato de amar.
e) o amor é personificado, sendo comparado à imagem de um “matador”, que auxilia o eu lírico na ação de amar.
2. (VAL VALENÇA/2017) Ao se lê o poema de Nuno Fernandes Torneol sobre o amor, encontrado na questão
anterior, conclui-se que :
a) no poema de Torneol, o “amor” não é personificado, já que é apenas apresentado de modo paradoxal.
b) pelo símbolo “[...]”, ou seja, dois colchetes com um sinal de reticências interno, comprova-se que o texto poético está
transcrito na íntegra.
c) o poema revela-se metalinguístico, pois há um debate intrínseco sobre o ato de fazer poemas.
d) o poema não admite várias interpretações, já que utiliza a polissemia como recurso linguístico.
e) o poema apresenta personificação e metáforas, predominando o sentido figurado da linguagem.
2. 3. (VAL VALENÇA/2017) Leia o texto abaixo:
Sergipe em dados 2009
“Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD), em 2008, Sergipe apresentou uma taxa de
alfabetização 81,92% entre pessoas de 5 anos ou mais de idade. Essa taxa se apresenta como a maior registrada na
região Nordeste (79,70%), porém inferior a do país (88,52%). O número de pessoas analfabetas, por sua vez,
representa 18,08% da população do Estado.”
Agora, responda sobre as informações do SERGIPE EM DADOS 2009:
Em Sergipe, existem muitas crianças que ainda não foram alfabetizadas. Segundo o texto, há uma média maior no
índice de analfabetos em Sergipe, no Nordeste ou no Brasil? Justifique a resposta só com dados necessários.
No Nordeste brasileiro há mais analfabetos, já que a taxa de analfabetismo nordestina é de 20,30%. Em segundo
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lugar encontra-se Sergipe, com a taxa de 18,08% analfabetos, seguidos pelo Brasil, com a taxa de 11,48%.
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No texto, a palavra “Estado” foi escrita com letra maiúscula. Logo, sabemos que ela não significa “saúde, condições,
situação”. O que ela significa? Qual nome poderia substituir a palavra “Estado” no final do texto?
O vocábulo “Estado”, no contexto acima, significa “no conceito político, um determinado lugar, que faz parte da uni-
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dade da Federação/Brasil” e deve ser retomado, quanto ao sentido, pela palavra “Sergipe”.
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4. (VAL VALENÇA/2017) Leia a frase abaixo:
“Se todo animal inspira ternura, o que houve, então, com os homens?”
Autor: Guimarães Rosa
Qual é a interpretação possível para compreendermos a crítica feita aos seres humanos, através da leitura da frase de
Guimarães Rosa? Indique uma figura de linguagem capaz de facilitar a interpretação dessa frase de Guimarães Rosa
e, em seguida, explique o porquê da sua indicação.
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A figura de linguagem escolhida foi a Ironia, pois ela consiste em dizermos o pensamento contrário do que achamos.
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Ironicamente, Guimarães Rosa nos faz refletir sobre o porquê de “homens” não inspirarem ternura, no sentido de ad-
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miração, beleza. Outra figura de linguagem foi a Metáfora/comparação: sendo o homem também um animal (racional)
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deveria, no mínimo, apresentar-se belo como os outros animais (irracionais). Diante dessa ausência, a frase torna-se
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irônica, sarcástica.
5. (VAL VALENÇA/2017) Leia e responda a afirmativa correta.
"Marvin (Patches)"é uma canção gravada em 1984 pelo grupo brasileiro de rock Titãs e lançada como “single” em 1988,retirado
do álbum ao vivo “Go Back”."Marvin" é versão de uma canção em inglês intitulada "Patches",composta por Dunbar e Johnson e interpretada
originalmente pela banda “Chairmen ofthe Board” em 1970. A canção em inglês venceu um prêmio Grammye foi regravada por Clarence
Carter no mesmo ano em que foi lançada pela banda. [Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/M arvin_(can%C3%A7%C3%A3o)]
a) Segundo o texto, a banda de rock Marvin lançou uma música chamada “Titãs”.
b) Predomina no texto a função metalinguística da linguagem, por ser centrado no código.
c) As palavras, escritas em língua inglesa, no texto, demonstram a presença predominante do regionalismo nordestino
em relação à linguagem.
d) De acordo com o texto, a canção “Marvin”, dos Titãs, foi criada na década de 80' e venceu um prêmio internacional
com o grupo de rock brasileiro.
e) Segundo o texto, a música “Marvin” é uma recriação de um grupo musical brasileiro de rock, tendo como base de
inspiração a música “Patches”, produzida na década de 70'.
3. 6. (VAL VALENÇA/2017) Leia:
Com a leitura e interpretação da charge podemos inferir:
a) que houve um momento em que os interlocutores, ao devolverem o livro, referiam-se a um outro interlocutor oculto
através do vocativo expresso pela palavra “sim”.
b) que um livro pode ser rejeitado pelo leitor por razões externas à obra que envolvem o contexto de produção, e não
por causa de preferências pessoais.
c) que, ao devolver o presente de natal, os interlocutores polemizam sobre presentear alguém com um livro, sem
levarmos em consideração as preferências individuais de cada leitor pré-estabelecidas pelos diversos contextos
existentes.
d) que os dois interlocutores, ao devolverem o livro, manifestam-se discursivamente de modo verbal apenas.
e) que o livro em questão nunca seria um romance, já que o certo é classificá-lo apenas como fábula na qual o herói é
sempre um ser humano.
7. (Adaptada/VAL VALENÇA/2017) Com base no conceito de literatura como arte poética e ficcional, alguns
textos são literários, outros, não. Observe as declarações que se fazem sobre eles, levando-se em
consideração que “denotativo” é o mesmo que “sentido literal” e que “conotativo” é o mesmo que “sentido
figurado”.
I. A principal forma de linguagem utilizada pelos autores de textos literários é a denotativa.
II. A função principal dos textos literários é comover, despertar sentimentos, provocar a reflexão, ou simplesmente, a
recreação.
III. O texto literário apresenta uma função estética, enquanto o não literário tem função literária.
IV. O autor, no texto literário, procura recriar a realidade, utilizando, principalmente, a linguagem conotativa.
II. A função principal e única dos textos não literários é informar, esclarecer, convencer.
Agora, assinale a alternativa mais adequada a respeito das declarações anteriores.
a) São todas falsas.
b) São todas verdadeiras.
c) São verdadeiras apenas a II e a IV.
d) São falsas a I e a II.
e) São verdadeiras apenas a IV e a V.
8. (ENEM/2012) Leia:
Aquele bêbado
— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores.Acrescentou: — Álcool. O mais ele achou que podia beber.
Bebia paisagens,músicas de Tom Jobim,versos de Mário Quintana. Tomou um pileque de Segall.Nos fins de semana,embebedava-se
de Índia Reclinada, de Celso Antônio.
— Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos.Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá.Morreu de etilismo
abstrato, no meio de uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos.
ANDRADE, C. D. Contosplausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque, ao longo
da narrativa, ocorre uma:
a) aproximação exagerada da estética abstracionista.
b) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.
c) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.
d) citação aleatória de nomes de diferentes artistas.
e) metaforização do sentido literal do verbo “beber”.