Savassi, LCM. Pereira, RPA. Educação em Saúde. Ouro Preto: UFOP, 2012. . Internato de Atenção Primária, turma 01/2012. [aula][online][disponível em https://sites.google.com/site/leosavassi/aulas-ufop---internato-de-aps][acesso em ##/##/20##]
Internato em Atenção Primária
Nono Período
Medicina de Família e Comunidade
Educação em Saúde
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Medicina de Família e Comunidade
Dinâmica
• Ensine o seu colega uma receita de uma
comida.
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Medicina de Família e Comunidade
Teoria de Aprendizagem de Adulto
1. Algumas pesquisas afirmam que estudantes
adultos, após 72 horas,,lembram:
• 90% do que fazem;
• 75% do que vêem;
• 10% do que ouvem!
( Knowles - 1980 )
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Teoria de Aprendizagem de Adulto
2. Adultos são
motivados a aprender
à medida em que
experimentam que
suas necessidades e
seus interesses serão
satisfeitos.
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Teoria de Aprendizagem de Adulto
3. A orientação de
aprendizagem está
centrada nas
necessidades e
experiências do
aprendiz e
consequentemente
uma compreensão de
contexto.
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Teoria de Aprendizagem de Adulto
4. Os adultos têm uma
profunda necessidade de
serem autodirigidos, o
que torna essencial um
trabalho de
compartilhamento do
plano de aprendizagem e
solução de problemas.
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Teoria de Aprendizagem de Adulto
5. As diferenças individuais entre
as pessoas e a experiência
acumulada devem ser
consideradas, logo a
educação de adultos deve
considerar as diferenças de
estilo, tempo, lugar, contexto
e ritmo para que ocorra a
aprendizagem.
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Educação: o que é?
• Processo de desenvolvimento da capacidade física,
intelectual e moral do ser humano, visando a sua
melhor integração individual e social.
• Construção de conhecimento através do processo
de ensino-aprendizagem em espaços formais e não
formais de ensino, como escola, museus,
comunidades
• Prática social que prepara as pessoas para a vida em
comunidade
• Processo de desenvolvimento de consciência crítica
que estimula a ação para mudança SCHALL, VT
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Educação em Saúde: o que é?
• Processo capaz de desenvolver no indivíduo/
população consciência crítica das causas dos
problemas de saúde, e possibilitar a sua
participação para superá-los, na posição de
sujeito, cidadão, co-responsável pelas ações e
serviços de saúde, exercendo o controle social
sobre esses serviços.
• Educação permanente: profissionais de saúde
SCHALL, VT
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Medicina de Família e Comunidade
Educação em Saúde: o que é?
• Educação em Saúde
– Educação na Saúde
• Educação permanente
• Educação continuada
(capacitações, treinamentos, cursos, atualizações,
aperfeiçoamento)
– Educação para a Saúde
• EPS
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Educação em Saúde
Saúde, Doença e Comportamento: o contexto
em mudança
• Maior causa de morte nos EEUU são doenças
crônicas, onde sofrimento e morte prematura
podem ser evitados por alterações positivas
no comportamento:
– interesse em prevenir incapacidade e morte,
– mudanças no estilo de vida,
– participação em programas de screening.
GLANZ, K.
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Educação em Saúde
Saúde, Doença e Comportamento: o contexto
em mudança
O perfil da situação de saúde do Brasil é de
tripla carga de doenças, pela presença
concomitante das doenças infecciosas e
carenciais, das causas externas e das doenças
crônicas. (Frenk, 2006)
MENDES, EV.
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Medicina de Família e Comunidade
Educação em Saúde
Comportamento em saúde
• É a preocupação central da educação em
saúde. Mudanças positivas informadas no
comportamento em saúde são tipicamente os
objetivos finais dos programs de educação em
saúde.
• Os esforços educativos em saúde deveriam ser
avaliadas sob seus efeitos sobre o
comportamento saudável.
GLANZ, K.
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Educação em Saúde
Comportamento em saúde
• O comportamento em saúde é afetado por
múltiplos níveis de influência:
1. intrapessoais ou fatores individuais;
2. interpessoais;
3. institucionais ou organizacionais;
4. comunitários e
5. de políticas públicas.
GLANZ, K.
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Educação em Saúde
• Inclui não só atividades instrutivas e outras
estratégias para mudar o comportamento em
saúde, mas também esforços organizativos,
diretrizes políticas, suporte econômico,
atividades ambientais, mídia de massa, e
programas de nível comunitário.
GLANZ, K.
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Educação em Saúde
• Área do conhecimento desde 1919 (EEUU), mas há
apenas 2 décadas cresceram suas publicações
• Falta sistematização e maior divulgação de sua
produção e seu potencial.
• Campo eclético, amálgama de abordagens, métodos
e estratégias, advindos das áreas das ciências sociais,
humanas e da saúde.
• Perspectivas teóricas, práticas e metodologias da
psicologia, sociologia, antropologia, comunicação e
marketing, e depende da epidemiologia, estatística e
medicina, sobretudo saúde coletiva. GLANZ, K.
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Educação em Saúde
Locais para educação em saúde
• Locais: todos.
• Ambientes relevantes para ES contemporânea:
– Consultórios
– Escolas
– Comunidades
– Ambientes de trabalho
– Locais de cuidado a saúde
– Domicílios
SCHALL, VT; GLANZ, K.
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Educação em Saúde
Público-alvo para educação em saúde
• Educação em saúde só é efetiva com o entendimento
do público alvo.
• Este consiste em pessoas alcançáveis como indivíduos,
grupos, comunidades,através de organizações, como
entidades sócio-políticas ou em combinação destes.
• Quatro dimensões podem caracterizar as potenciais
audiências : Características sócio-demográficas; Fundo
Étnico ou Racial; Estágios do ciclo de vida; Status de
doença e riscos específicos.
GLANZ, K.
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Teorias da Educação em Saúde
Theoria: ciências e atividades preocupadas no
conhecimento per se.
Praxis: meios nos quais comumente falamos em ação
ou fazer.
teoria e pesquisa não são o campo dos
acadêmicos assim como prática não é somente o
campo do clínico
GLANZ, K.
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Modelo de Crenças em Saúde
SAVASSI, LCM
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Sistema de atenção a saúde
Sistema biomédico
Sistemas Sistemas folk
tradicionais
Sistema popular
Sistemas alternativos
HELMAN, C. G, 2003
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Doença e Adoecimento
Doença Adoecimento
Etiologia Função
Fisiopatologia Idéias
Semiologia Sentimentos
Taxonomia Expectativa
(FISE)
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Problemas de saúde
• Doença = perspectiva do médico
– Modelos médicos
• Perturbação= perspectiva do paciente
– Adoecer como fenômeno social: linguagem
do sofrimento
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O passo a passo do processo
comunicacional
1. Pesquisa do problema em seu contexto (que
conteúdos serão abordados)
2. Definição do público-alvo (a quem queremos chegar?)
3. Definição dos objetivos (o que queremos lhes dizer?)
4. Seleção de estratégias (como?por meio de que
formatos?onde?)
5. Produção (façamos)
6. Avaliação (fizemos bem? Quais as decorrências,
esperadas ou não, do que fizemos?)
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Formato da educação em
saúde
• Consulta individual
• Abordagem familiar
• Grupos terapêuticos
• Material audiovisual (panfletos, programas
de rádio, jornais, internet e etc…)
• Outros
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GRUPOS OPERATIVOS
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Uma das principais ferramentas para
promoção da saúde, prevenção
(primária ou secundária) de doenças
e integralidade é o trabalho em
grupo.
DIAS, RB
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TEORIA
A teoria e técnica de grupos operativos, foi desenvolvida por
Enrique Pichon-Rivière (1907-1977), médico psiquiatra e
psicanalista de origem suíça, que viveu na Argentina desde seus 4
anos de idade.
O fenômeno disparador da técnica de grupos operativos foi agreve
do pessoal de enfermagem no hospital psiquiátrico De Las Mercês,
em Rosário, onde desempenhava atividades clínicas e docentes.
Para superar aquela situação crítica, Pichon-Rivière colocou os
pacientes menos comprometidos para assistir aos mais
comprometidos. Observou que ambos, subgrupos, apresentaram
significativas melhoras de seus quadros clínicos.
DIAS, RB
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TEORIA
O novo processo de comunicação estabelecido entre os
pacientes e a ruptura de papéis estereotipados - o de quem é
cuidado, para o de quem cuida - foram os elementos
referenciais do processo de evolução desses enfermos.
Intrigado com esse resultado passou a estudar os fenômenos
grupais a partir dos postulados da psicanálise, da teoria de
campo de Kurt Lewin e da teoria de Comunicação e Interação.
DIAS, RB
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TEORIA
“Um conjunto de pessoas com um objetivo em
comum".
Pichon Riviére; 1945
Os grupos operativos trabalham na dialética do ensinar-aprender;
As pessoas, tanto aprendem como também são sujeitos do saber,
mesmo que seja apenas pela sua experiência de vida;
Integrantes deverão estar reunidos em torno de um mesmo
interesse; algum tipo de vínculo entre os integrantes.
O grupo se constitui como uma nova identidade, discriminadas as
identidades individuais;
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CAMPO GRUPAL DINÂMICO:
6 FENÔMENOS
– Ressonância;
– Fenômeno do espelho;
– Função de continente;
– Fenômeno da pertencência;
– Discriminação e
– Comunicação.
DIAS, RB
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CAMPO GRUPAL DINÂMICO:
• 1) A ressonância, que é um fenômeno comunicacional, onde a fala
trazida por um membro do grupo vai ressoar em outro,
transmitindo um significado afetivo equivalente, e assim,
sucessivamente.
• 2) O fenômeno do espelho, conhecido como galeria dos espelhos,
onde cada um pode ser refletido nos, e pelos outros; o que nada
mais é, do que a questão da identificação, onde o indivíduo se
reconhece sendo reconhecido pelo outro, e assim vai formando a
sua identidade;
• 3) A função de "continente", ou seja, o grupo coeso exerce a função
de ser continente das angústias e necessidades de cada um de seus
integrantes.
DIAS, RB
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CAMPO GRUPAL DINÂMICO:
• 4) O fenômeno da pertencência, " o quanto cada indivíduo
necessita, de forma vital, ser reconhecido pelos demais do
grupo como alguém que, de fato, pertence ao grupo. E
também alude à necessidade de que cada um reconheça o
outro como alguém que tem o direito de ser diferente e
emancipado dele"
• 5) A discriminação, que é a capacidade de fazer a diferença
entre o que pertence ao sujeito e o que é do outro;
• 6) A comunicação, seja ela verbal ou não-verbal, fenômeno
essencial em qualquer grupo onde mensagens são enviadas e
recebidas, podendo haver distorção e reações da parte de
todos os membros do grupo .
DIAS, RB
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OBJETIVOS E INTEGRANTES
– Grupos vinculados por patologia;
(HAS, Diabetes, Asma, saúde mental, desnutrição,
dependência química, etc)
– Grupos de promoção da saúde, formados por
fases do ciclo de vida;
(gestantes, puericultura, adolescentes, climatério,
terceira idade, etc)
– Grupos heterogêneos.
DIAS, RB
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ENCONTROS
– Grupos vinculados por patologia;
Intervalos entre as reuniões de 2 a 3 meses.
– Grupos de promoção da saúde, formados por
fases do ciclo de vida;
Menos intervalo entre as reuniões (geralmente
mensais), os participantes podem variar.
– Grupos heterogêneos;
Números de encontros pré-estabelecidos com
menor intervalo entre as reuniões, os
participantes são os mesmos do inicio ao fim.
DIAS, RB
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Grupos de Promoção da Saúde
• Mudança
• Hábitos Saudáveis
• Saúde Integral
• Autocuidado
DIAS, RB
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DICAS E CONSIDERAÇÕES
– Tamanho do grupo:
A principio se trabalha com grupos pequenos de
15-25 indivíduos;
– Local de trabalho:
Espaço físico adequado;
– Definir contrato de trabalho para as reuniões,
horários pré-estabelecidos de inicio e termino,
periodicidade e freqüência, não aceitar membros
que estão faltando muito.
DIAS, RB
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Os grupos operativos são ferramentas
de incorporação do saber
caracterizados pela horizontalidade do
saber, e da responsabilização do
usuário como agente ativo da mudança
de hábitos.
“A TRADUÇÃO MAIS PURA DA
PROMOÇÃO DA SAÚDE” (DIAS, RB)
DIAS, RB
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Medicina de Família e Comunidade
Obrigado!
Leonardo C M Savassi
leosavassi@gmail.com
http://sites.google.com/site/leosavassi