SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 36
Baixar para ler offline
Cisto Aracnóide
Alice Faleiro
Talita Balieiro
Definição
• Cistos aracnoides são coleções de fluidos intra aracnoides não
tumorais que corresponde aproximadamente 1% de todas as
lesões que ocupam o espaço intracraniano. Estes são os cistos
intracranianos mais comuns e corresponde aproximadamente
1,5% de todas as massas intracranianas tratadas.
• O cisto aracnóide é originário a partir da membrana
aracnóide, sendo delimitado total ou parcialmente por essa
membrana. Este cisto se caracteriza como uma expansão
meníngea, em formato de bolsa, preenchida com líquido,
semelhante ao líquido cefalorraquidiano (LCR). Pode
desenvolver -se em qualquer local onde exista aracnoide.
Etiopatogenia
• A etiologia dos cistos aracnoides tem sido um assunto
controverso e ainda permanece obscuro.
• Cisto aracnoide geralmente surge dentro e expande a margem
da cisterna do liquido cefalo raquidiano rico em aracnoide
(como por exemplo: na fissura Silviana, supraselar,
quadrigeminal, ângulo cerebelo pontino e linha média
posterior infratentorial)
• Cistos aracnoides consiste na formação de líquidos cercado
por um membrana aracnoidea
• Podem ser congênitos (também chamados de cistos
aracnoides verdadeiros e é o tipo mais comum)
frequentemente, ou cistos aracnoides secundários.
Cisto ângulo cerebelo pontino
Cisto Supraselar
Etiopatogenia
• Cistos aracnoides Secundários: resulta do sequestro de LCR
devido inflamação, processos traumáticos, hemorragia,
irritação química e tumores.
• Em cistos secundários, que ocorrem principalmente após
inflamação ou trauma cerebral, o espaço do LCR é cercado por
cicatrizes aracnoides.
• Os cistos aracnoides congênitos diferem dos cistos aracnoides
secundários pela estrutura de suas paredes, que contem
células aracnoides conectadas com a substancia aracnoide
inalterada
• Os cistos aracnóides são invariavelmente intra-dural enquanto
o cisto da coluna vertebral podem ser intra ou extra-dural
Hemorragia dentro de um cisto
Cisto intramedular
Etiopatogenia
• Os cistos aracnoides congênitos são anomalias congênitas em
que houve divisão ou duplicação da membrana primitiva
aracnoide na vida embrionária que levou ao acúmulo de LCR
• Em cistos adquiridos (secundários) o fluido intracístico pode
ser corado com hemossiderina ou pode conter células
inflamatórias
• O cisto é separado do córtex e da pia mater pelo espaço sub
araconideo
• Este é pequeno, fino e transparente e contém vários vasos
sanguíneos que continuam na superfície do cérebro
Etiopatogenia
• Várias teorias têm sido propostas para explicar a gênese de
cistos aracnóides e incluem: agenesia de uma parte do
cérebro, uma pequena aberração no desenvolvimento da
aracnóide, defeito de desenvolvimento na condensação do
mesênquima ou de anomalias do fluxo de LCR
• Muitos argumentos evidenciam a gênese congênita de cistos
aracnóides primários: a prevalência na infância, com a maioria
das lesões diagnosticadas dentro das duas primeiras décadas
de vida e relatórios de ocorrências em irmãos.
• A maioria (90%) foram encontrados na supratentorial e 10%
estão situados na fossa posterior
• Supratentorial: o local mais comum é a fossa craniana média
(60%). Outros locais incluem a placa quadrigeminal, região
selar e região convexa.
Etiopatogenia
• A maioria dos cistos fossa média (aproximadamente 50%) são
relatados por serem de tamanho moderado
• Na fossa craniana média pode ser explicada pelo mau
desenvolvimento das meninges: as coberturas aracnóide dos
lobos temporal e frontal não conseguem fundir quando a
fissura Sylviana é formada na vida fetal, criando assim um
compartimento de fluido não-comunicativo totalmente
cercada por membranas aracnoides. Eles ocupam a porção
anterior e média da fossa temporal e frequentemente
deslocam a ponta do lobo temporal posteriormente,
superiormente e medialmente.
• 30% dos cistos da fossa craniana média são grandes,
ocupando quase toda a fossa temporal, às vezes estendendo a
região frontal e convexa.
Teorias – a hipótese da válvula
• Uma comunicação anatômica que atua funcionalmente como
uma válvula unidirecional entre o cisto e o espaço sub
aracnóide
• Um mecanismo de abertura da válvula tem sido observado
por meio de cine-modo de RM no pré-operatório e
confirmado durante a intervenção endoscópica
• A presença de uma válvula esférica não tem sido
universalmente demonstrado
• Esta teoria não explica a redução no tamanho e no
desaparecimento dos cistos aracnoide que por vezes se
observa
• Não suportado por evidências
• Porque o conteúdo cístico é semelhante em composição a
LCR.
Teorias - Produção de fluidos pelas células que
revestem as paredes dos cistos
• Evidência morfológica e cisto química para suportar a natureza
secretora da parede do cisto
• Evidência clínica de elevação da pressão intracraniana e
expansão, em alguns casos
• Estruturalmente a capa do cisto demonstra uma similaridade
com neurothelium subdural e revestimento neurothelial de
granulações aracnóides em características morfológicas
• O argumento contra a secreção contínua é que os cistos
muitas vezes permanecem estáticos em tamanho e às vezes
desaparecem
• Movimentos dos líquidos secundários às pulsações das veias
Características Clínicas
• As manifestações clínicas de cistos aracnóides são variáveis e
muitas vezes inespecíficos
• Em pacientes com cistos aracnoides sinais e sintomas
neurológicos refletem seu tamanho, sua anatomia,
distribuição e seu impacto sobre o fluxo de LCR
• Quando pequenos, cistos aracnóides são geralmente
assintomáticos. Mas grandes supratentoriais, supra-selar, e
cistos da fossa posterior pode causar a hidrocefalia.
• Grandes cistos na fossa craniana média pode ser associado a
convulsões, dores de cabeça, ou raramente, hemiparesia
Características Clínicas
• Os mais comuns apresentam sinais e sintomas que vão desde
pressão intracraniana aumentada, craniomegalia, e atraso de
desenvolvimento.
• Os sinais e sintomas são geralmente vistos em casos de
grandes cistos supratentoriais, mas também podem ser
causados por cistos pequenos da fossa supra-selar ou
posterior associada à hidrocefalia obstrutiva.
• A hidrocefalia tem sido presente em 30-60% dos pacientes
com cistos aracnoides
• Outros
sinais,
como
craniomegalia,
atraso
no
desenvolvimento, perda visual, e disfunção da pituitária
hipotalâmica foram relatados
Características Clínicas
• Uma das questão mais importante é se os cistos aracnoides
são responsáveis ​por apresentar sintomas. É uma questão
critica que é frequentemente respondida retrospectivamente,
por exemplo, no caso de remoção de cisto que conduz à
cessação da convulsão.
• A ligação mais direta é encontrada em situações, tais como
hidrocefalia obstrutiva, em que o cisto demonstra causar a
obstrução e os sintomas são aliviados após cirurgia
• A relação causa-efeito é muito mais tênue com sintomas como
o transtorno de déficit de atenção, afasia, e cefaleias do tipo
enxaqueca
Investigação
• A avaliação diagnóstica deve incluir, não só a identificação inicial de
cistos aracnóides, mas também a detecção do efeito de massa, a
determinação do tipo de comunicação entre cisto e espaço
subaracnóide e reconhecimento da presença, localização e
gravidade da hidrocefalia obstrutiva
• As ferramentas de diagnóstico para a investigação de cistos
aracnóides são TC com contraste, Ressonância Magnética (MRI),
Cintilografia Radioisótopo e cine phase contrast MR imaging (??)
• Na TC, os cistos aracnóides são observados como cistos extra-axiais
com a densidade do LCR, sem contraste.
• Os sinais do LCR na RM são semelhantes em T1 e imagem
ponderada em T2 com nenhuma melhoria em gadolínio
• Brookes et al. demonstrou movimento pulsátil do LCR no cisto na
RM
Diagnóstico Diferencial
 Investigar sintomas e sua localização;
 Exame de rotina;
 Exames de Imagem: as tomografias computadorizadas e as
ressonâncias magnéticas do crânio são as melhores alternativas para
diagnóstico e para o acompanhamento da condição do paciente.
Apresentação:
• Espaço perivascular alargado com conteúdo liquido subpial;
• Não se comunicam com o sistema ventricular;
• Tendem a ser uniloculares, com margens imperceptíveis e moldadas
pelas estruturas adjacentes;
• A maioria apresenta-se hiperdensa à tomografia e com hipersinal em
T1 na ressonância.
 OBS: Cistos precisam ser diferenciados do circuito de áreas de
alargamento dos compartimentos do SNC.
Figura 1: Ressonância
Magnética mostrando A:
lobo temporal direito
normal e B: cisto aracnóide
temporal esquerdo
ocupando a maior parte da
fossa média, onde se
encontra normalmente o
lobo temporal.
Figura 2: Ressonância Magnética
mostrando A: osso, B: dura-máter, C: cisto
aracnóide frontal (preenchido com líquor).
Curso Natural
O curso natural dos cistos aracnoides permanece
indeterminado, havendo relatos de resolução espontânea. Uma possibilidade é que, após enfraquecimento
focal da parede do cisto, ocorra comunicação entre o
cisto e o espaço subdural, hipótese sustentada pelos
relatos de regressão espontânea após traumatismo
craniano leve. Acredita-se que, nesses casos, ocorra
uma ruptura traumática do cisto e, com a resolução da
coleção subdural, o cisto também desapareceria. Essa
comunicação entre CAr e espaço subdural ocorre mais
comumente nos cistos da fossa média.
Curso Natural
Uma segunda hipótese é a formação de comunicação
entre o cisto e o espaço subaracnoide ou ventricular,
possibilitando a drenagem do cisto por meio do fluxo
normal do líquido cefalorraquidiano. Como a parede
do cisto é mais espessa do que a membrana aracnoide
normal, essa comunicação ocorreria com o rompimento
onde a parede se encontra mais frágil.
Tratamento
Para pacientes assintomáticos:
 Acompanhamento rigoroso com tomografia
computadorizada
(TC) e ressonância magnética (RM) é um
tratamento opção;
Cirurgia.
Para pacientes sintomáticos:
 Cirurgia
Abordagens Cirúrgicas
Objetivo: comunicação do interior do cisto com os corredores
anatômicos do fluxo do LCR ou a implementação de um shunt a
partir do cisto ou do sistema ventricular ou mais cavidades onde
o LCR poderia ser absorvido.
Técnicas operatórias:
 Incisão microcirúrgica
 Manobra cistoperitoneal
 Endoscopia ventriculocistômica ou ventriculocistectômica
 Manobra estereotáxica cisto-ventricular
 radiação intracavitária estereotáxica
Complicações
• Higromas – 6%
• Hematomas subdurais
• Hemorragia intraparenquimatosa
• Hemorragia de tronco cerebral
• Hiperperfusão de cérebro subjacente
• Comprometimento global da função do
cérebro
• Brusca mudança na circulação do sangue
• Auto-regulação deficiente
QUIZ
1. Na apresentação de um exame de imagem
para diagnóstico diferencial de um cisto
aracnoideo é correto aparecer, exceto:
a) Espaço perivascular alargado com conteúdo liquido
subpial
b) Comunicação com o sistema ventricular
c) Tendem a ser uniloculares, com margens
imperceptíveis e moldadas pelas estruturas
adjacentes
d) A maioria apresenta-se hiperdensa à tomografia e
com hipersinal em T1 na ressonância.
e) Áreas de alargamento dos compartimentos do SNC
2. Em relação ao curso natural dos cistos
aracnoides é correto afirmar, exceto:
a) O curso natural dos cistos aracnoides permanece
indeterminado, havendo relatos de resolução espontânea.
b) A comunicação entre CAr e espaço subdural ocorre mais
comumente nos cistos da fossa posterior
c) Uma possibilidade é que, após enfraquecimento
focal da parede do cisto, ocorra comunicação entre o
cisto e o espaço subdural, hipótese sustentada pelos
relatos de regressão espontânea após traumatismo
craniano leve
d) Uma segunda hipótese é a formação de comunicação
entre o cisto e o espaço subaracnoide ou ventricular,
possibilitando a drenagem do cisto por meio do fluxo
normal do líquido cefalorraquidiano
e) A resolução espontânea de cisto aracnóide é causada por transporte
direto através do cisto parede ou a um mecanismo de válvula do tipo por
meio de uma comunicação.
3- Sobre os cistos aracnoides,
assinale a alternativa errada:
a) é originário a partir da membrana aracnóide, sendo
delimitado total ou parcialmente por essa membrana
b) Podem ser congênitos (também chamados de cistos
aracnoides verdadeiros) ou cistos aracnoides secundários
(tipo mais comum)
c) Os cistos aracnóides são invariavelmente intra-dural
enquanto o cisto da coluna vertebral podem ser intra ou
extra-dural
d) cistos secundários ocorrem principalmente após inflamação
ou trauma cerebral
e) O cisto é separado do córtex e da pia mater pelo espaço sub
aracnoideo
4- Correlacione a coluna A com a coluna B na
ordem e assinale a resposta correta:
Coluna A1- Temporal
2- Supra selar
3- Convexidade
4- Fossa posterior
(infra tentorial)

a)
b)
c)
d)

2, 1, 4, 3
4, 2, 3, 1
1, 2, 4, 3
3, 1, 4, 2

Coluna B( )Desordens endocrinológicas
( )Pode ser assintomático
( )Desordens cerebelares
( )Convulsões
5- Qual é o sintoma que tem sido
presente em 30-60% dos pacientes com
cisto aracnoide:
a)
b)
c)
d)
e)

Craniomegalia
Atraso no desenvolvimento
Cefaleias
Convulsões
Hidrocefalia
Gabarito:
1- B
2- B
3- B
4- A
5- E

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Doença inflamatória e infecciosa do urotélio
Doença inflamatória e infecciosa do urotélioDoença inflamatória e infecciosa do urotélio
Doença inflamatória e infecciosa do urotélio
Marcos Dias
 
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução IntestinalAspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Amanda Thomé
 
Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicasLesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
Norberto Werle
 
Hpv seminário de microbiologia
Hpv  seminário de microbiologiaHpv  seminário de microbiologia
Hpv seminário de microbiologia
Laíz Coutinho
 

Mais procurados (20)

IVAS- Infecção das Vias Aéreas Superiores
IVAS- Infecção das Vias Aéreas SuperioresIVAS- Infecção das Vias Aéreas Superiores
IVAS- Infecção das Vias Aéreas Superiores
 
Doença inflamatória e infecciosa do urotélio
Doença inflamatória e infecciosa do urotélioDoença inflamatória e infecciosa do urotélio
Doença inflamatória e infecciosa do urotélio
 
Pneumonia Com Derrame Pleural
Pneumonia Com Derrame PleuralPneumonia Com Derrame Pleural
Pneumonia Com Derrame Pleural
 
Anomalias anorretais
Anomalias anorretaisAnomalias anorretais
Anomalias anorretais
 
Abscesso Cerebral - Neurocirurgia
Abscesso Cerebral - Neurocirurgia Abscesso Cerebral - Neurocirurgia
Abscesso Cerebral - Neurocirurgia
 
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU) Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
Infecção do Trato Urinário na Infância (ITU)
 
Aneurisma de Aorta
Aneurisma de AortaAneurisma de Aorta
Aneurisma de Aorta
 
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução IntestinalAspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
Aspectos Clínicos e Radiológicos da Obstrução Intestinal
 
Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicasLesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
 
Infecções do SNC
Infecções do SNCInfecções do SNC
Infecções do SNC
 
Hemorragias na gestação
Hemorragias na gestaçãoHemorragias na gestação
Hemorragias na gestação
 
Febre tifoide
Febre tifoideFebre tifoide
Febre tifoide
 
Metástases ósseas
Metástases ósseasMetástases ósseas
Metástases ósseas
 
Doenças pancreáticas avaliadas pelo ultrassom
Doenças pancreáticas avaliadas pelo ultrassomDoenças pancreáticas avaliadas pelo ultrassom
Doenças pancreáticas avaliadas pelo ultrassom
 
Doenca inflamatória e infecciosa do urotelio
Doenca inflamatória e infecciosa do  urotelio  Doenca inflamatória e infecciosa do  urotelio
Doenca inflamatória e infecciosa do urotelio
 
Les
LesLes
Les
 
Ev bset2011
Ev bset2011Ev bset2011
Ev bset2011
 
DSTS E DIP
DSTS E DIPDSTS E DIP
DSTS E DIP
 
Lesões Cutâneas do RN
Lesões Cutâneas do RNLesões Cutâneas do RN
Lesões Cutâneas do RN
 
Hpv seminário de microbiologia
Hpv  seminário de microbiologiaHpv  seminário de microbiologia
Hpv seminário de microbiologia
 

Destaque

Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicasLesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
Norberto Werle
 
Síndromes neurocutâneas pdf 1
Síndromes neurocutâneas pdf 1Síndromes neurocutâneas pdf 1
Síndromes neurocutâneas pdf 1
isadoracordenonsi
 
Doença de Parkinson
Doença de ParkinsonDoença de Parkinson
Doença de Parkinson
Laenca Unirg
 
Ressonância magnética do sistema nervoso central fetal pdf
Ressonância magnética do sistema nervoso central fetal pdfRessonância magnética do sistema nervoso central fetal pdf
Ressonância magnética do sistema nervoso central fetal pdf
isadoracordenonsi
 
Monitoria snc, crânio e coluna cervical(2)
Monitoria snc, crânio e coluna cervical(2)Monitoria snc, crânio e coluna cervical(2)
Monitoria snc, crânio e coluna cervical(2)
Norberto Werle
 
Malformações congênitas infratentoriais.
Malformações congênitas infratentoriais.Malformações congênitas infratentoriais.
Malformações congênitas infratentoriais.
isadoracordenonsi
 
Hernia de Disco e Estenose de Canal
Hernia de Disco e Estenose de CanalHernia de Disco e Estenose de Canal
Hernia de Disco e Estenose de Canal
Laenca Unirg
 
Tumores no sistema nervoso cerebral (2)
Tumores no sistema nervoso cerebral (2)Tumores no sistema nervoso cerebral (2)
Tumores no sistema nervoso cerebral (2)
Thalita Maciel de Melo
 
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
SlideShare
 

Destaque (20)

Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicasLesões císticas intracranianas não neoplásicas
Lesões císticas intracranianas não neoplásicas
 
Cranioestenose
CranioestenoseCranioestenose
Cranioestenose
 
Síndrome de dandy walker
Síndrome de dandy walkerSíndrome de dandy walker
Síndrome de dandy walker
 
Síndromes neurocutâneas pdf 1
Síndromes neurocutâneas pdf 1Síndromes neurocutâneas pdf 1
Síndromes neurocutâneas pdf 1
 
Doença de Parkinson
Doença de ParkinsonDoença de Parkinson
Doença de Parkinson
 
E-book: Após um tumor cerebral (Primeiro Capítulo)
E-book: Após um tumor cerebral  (Primeiro Capítulo)E-book: Após um tumor cerebral  (Primeiro Capítulo)
E-book: Após um tumor cerebral (Primeiro Capítulo)
 
Ressonância magnética do sistema nervoso central fetal pdf
Ressonância magnética do sistema nervoso central fetal pdfRessonância magnética do sistema nervoso central fetal pdf
Ressonância magnética do sistema nervoso central fetal pdf
 
Tcar 2ª apresentação
Tcar 2ª apresentaçãoTcar 2ª apresentação
Tcar 2ª apresentação
 
Neurofibromatose
NeurofibromatoseNeurofibromatose
Neurofibromatose
 
Monitoria snc, crânio e coluna cervical(2)
Monitoria snc, crânio e coluna cervical(2)Monitoria snc, crânio e coluna cervical(2)
Monitoria snc, crânio e coluna cervical(2)
 
Dandy Walker Syndrome
Dandy Walker SyndromeDandy Walker Syndrome
Dandy Walker Syndrome
 
Malformações congênitas infratentoriais.
Malformações congênitas infratentoriais.Malformações congênitas infratentoriais.
Malformações congênitas infratentoriais.
 
Hernia de Disco e Estenose de Canal
Hernia de Disco e Estenose de CanalHernia de Disco e Estenose de Canal
Hernia de Disco e Estenose de Canal
 
Tomografiacranio1
Tomografiacranio1Tomografiacranio1
Tomografiacranio1
 
Tumores no sistema nervoso cerebral (2)
Tumores no sistema nervoso cerebral (2)Tumores no sistema nervoso cerebral (2)
Tumores no sistema nervoso cerebral (2)
 
Traumatismo Craneoencefalico Clase
Traumatismo Craneoencefalico ClaseTraumatismo Craneoencefalico Clase
Traumatismo Craneoencefalico Clase
 
TRAUMA CRANEO ENCEFALICO
TRAUMA CRANEO ENCEFALICOTRAUMA CRANEO ENCEFALICO
TRAUMA CRANEO ENCEFALICO
 
Traumatismo Craneoencefalico
Traumatismo CraneoencefalicoTraumatismo Craneoencefalico
Traumatismo Craneoencefalico
 
Traumatismo crânio encefálico
Traumatismo crânio encefálicoTraumatismo crânio encefálico
Traumatismo crânio encefálico
 
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
A Guide to SlideShare Analytics - Excerpts from Hubspot's Step by Step Guide ...
 

Semelhante a Cisto Aracnoide LAENCA

A vascularização , liquor e barreiras
A vascularização , liquor e barreirasA vascularização , liquor e barreiras
A vascularização , liquor e barreiras
renatalmeida
 
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral OclusivaDoença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
Laenca Unirg
 
Anestesiologia 06 anestesia subaracnóidea - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 06   anestesia subaracnóidea - med resumos (set-2011)Anestesiologia 06   anestesia subaracnóidea - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 06 anestesia subaracnóidea - med resumos (set-2011)
Jucie Vasconcelos
 
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Guilherme Sicuto
 

Semelhante a Cisto Aracnoide LAENCA (20)

Cisto aracnoide
Cisto aracnoideCisto aracnoide
Cisto aracnoide
 
Meninges e lcr
Meninges e lcrMeninges e lcr
Meninges e lcr
 
Tc órbita aula
Tc órbita aulaTc órbita aula
Tc órbita aula
 
Hidrocefalia
HidrocefaliaHidrocefalia
Hidrocefalia
 
DTP0321 SP
DTP0321 SPDTP0321 SP
DTP0321 SP
 
A vascularização , liquor e barreiras
A vascularização , liquor e barreirasA vascularização , liquor e barreiras
A vascularização , liquor e barreiras
 
Mielomeningocele
MielomeningoceleMielomeningocele
Mielomeningocele
 
Tce
TceTce
Tce
 
Emergencias toracicas cmp
Emergencias toracicas cmpEmergencias toracicas cmp
Emergencias toracicas cmp
 
SNC-envoltoriosecirculacaoliquorica.pptx
SNC-envoltoriosecirculacaoliquorica.pptxSNC-envoltoriosecirculacaoliquorica.pptx
SNC-envoltoriosecirculacaoliquorica.pptx
 
isquemia e infarto
isquemia e infarto isquemia e infarto
isquemia e infarto
 
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral OclusivaDoença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
 
Anestesiologia 06 anestesia subaracnóidea - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 06   anestesia subaracnóidea - med resumos (set-2011)Anestesiologia 06   anestesia subaracnóidea - med resumos (set-2011)
Anestesiologia 06 anestesia subaracnóidea - med resumos (set-2011)
 
Adenomegalia (1)
Adenomegalia (1)Adenomegalia (1)
Adenomegalia (1)
 
Derrames Pleurais
Derrames PleuraisDerrames Pleurais
Derrames Pleurais
 
Semiologia neonatal
Semiologia neonatalSemiologia neonatal
Semiologia neonatal
 
Semiologia neonatal2
Semiologia neonatal2Semiologia neonatal2
Semiologia neonatal2
 
Esclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica MédicaEsclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica Médica
 
Ultra-Sonografia do Abdome - Noções Básicas.pdf
Ultra-Sonografia do Abdome - Noções Básicas.pdfUltra-Sonografia do Abdome - Noções Básicas.pdf
Ultra-Sonografia do Abdome - Noções Básicas.pdf
 
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
Prova 1 - dermatologia (lesões elementares, semiologia, exames e sinais)
 

Cisto Aracnoide LAENCA

  • 2. Definição • Cistos aracnoides são coleções de fluidos intra aracnoides não tumorais que corresponde aproximadamente 1% de todas as lesões que ocupam o espaço intracraniano. Estes são os cistos intracranianos mais comuns e corresponde aproximadamente 1,5% de todas as massas intracranianas tratadas. • O cisto aracnóide é originário a partir da membrana aracnóide, sendo delimitado total ou parcialmente por essa membrana. Este cisto se caracteriza como uma expansão meníngea, em formato de bolsa, preenchida com líquido, semelhante ao líquido cefalorraquidiano (LCR). Pode desenvolver -se em qualquer local onde exista aracnoide.
  • 3.
  • 4.
  • 5. Etiopatogenia • A etiologia dos cistos aracnoides tem sido um assunto controverso e ainda permanece obscuro. • Cisto aracnoide geralmente surge dentro e expande a margem da cisterna do liquido cefalo raquidiano rico em aracnoide (como por exemplo: na fissura Silviana, supraselar, quadrigeminal, ângulo cerebelo pontino e linha média posterior infratentorial) • Cistos aracnoides consiste na formação de líquidos cercado por um membrana aracnoidea • Podem ser congênitos (também chamados de cistos aracnoides verdadeiros e é o tipo mais comum) frequentemente, ou cistos aracnoides secundários.
  • 8. Etiopatogenia • Cistos aracnoides Secundários: resulta do sequestro de LCR devido inflamação, processos traumáticos, hemorragia, irritação química e tumores. • Em cistos secundários, que ocorrem principalmente após inflamação ou trauma cerebral, o espaço do LCR é cercado por cicatrizes aracnoides. • Os cistos aracnoides congênitos diferem dos cistos aracnoides secundários pela estrutura de suas paredes, que contem células aracnoides conectadas com a substancia aracnoide inalterada • Os cistos aracnóides são invariavelmente intra-dural enquanto o cisto da coluna vertebral podem ser intra ou extra-dural
  • 11. Etiopatogenia • Os cistos aracnoides congênitos são anomalias congênitas em que houve divisão ou duplicação da membrana primitiva aracnoide na vida embrionária que levou ao acúmulo de LCR • Em cistos adquiridos (secundários) o fluido intracístico pode ser corado com hemossiderina ou pode conter células inflamatórias • O cisto é separado do córtex e da pia mater pelo espaço sub araconideo • Este é pequeno, fino e transparente e contém vários vasos sanguíneos que continuam na superfície do cérebro
  • 12. Etiopatogenia • Várias teorias têm sido propostas para explicar a gênese de cistos aracnóides e incluem: agenesia de uma parte do cérebro, uma pequena aberração no desenvolvimento da aracnóide, defeito de desenvolvimento na condensação do mesênquima ou de anomalias do fluxo de LCR • Muitos argumentos evidenciam a gênese congênita de cistos aracnóides primários: a prevalência na infância, com a maioria das lesões diagnosticadas dentro das duas primeiras décadas de vida e relatórios de ocorrências em irmãos. • A maioria (90%) foram encontrados na supratentorial e 10% estão situados na fossa posterior • Supratentorial: o local mais comum é a fossa craniana média (60%). Outros locais incluem a placa quadrigeminal, região selar e região convexa.
  • 13. Etiopatogenia • A maioria dos cistos fossa média (aproximadamente 50%) são relatados por serem de tamanho moderado • Na fossa craniana média pode ser explicada pelo mau desenvolvimento das meninges: as coberturas aracnóide dos lobos temporal e frontal não conseguem fundir quando a fissura Sylviana é formada na vida fetal, criando assim um compartimento de fluido não-comunicativo totalmente cercada por membranas aracnoides. Eles ocupam a porção anterior e média da fossa temporal e frequentemente deslocam a ponta do lobo temporal posteriormente, superiormente e medialmente. • 30% dos cistos da fossa craniana média são grandes, ocupando quase toda a fossa temporal, às vezes estendendo a região frontal e convexa.
  • 14. Teorias – a hipótese da válvula • Uma comunicação anatômica que atua funcionalmente como uma válvula unidirecional entre o cisto e o espaço sub aracnóide • Um mecanismo de abertura da válvula tem sido observado por meio de cine-modo de RM no pré-operatório e confirmado durante a intervenção endoscópica • A presença de uma válvula esférica não tem sido universalmente demonstrado • Esta teoria não explica a redução no tamanho e no desaparecimento dos cistos aracnoide que por vezes se observa • Não suportado por evidências • Porque o conteúdo cístico é semelhante em composição a LCR.
  • 15. Teorias - Produção de fluidos pelas células que revestem as paredes dos cistos • Evidência morfológica e cisto química para suportar a natureza secretora da parede do cisto • Evidência clínica de elevação da pressão intracraniana e expansão, em alguns casos • Estruturalmente a capa do cisto demonstra uma similaridade com neurothelium subdural e revestimento neurothelial de granulações aracnóides em características morfológicas • O argumento contra a secreção contínua é que os cistos muitas vezes permanecem estáticos em tamanho e às vezes desaparecem • Movimentos dos líquidos secundários às pulsações das veias
  • 16. Características Clínicas • As manifestações clínicas de cistos aracnóides são variáveis e muitas vezes inespecíficos • Em pacientes com cistos aracnoides sinais e sintomas neurológicos refletem seu tamanho, sua anatomia, distribuição e seu impacto sobre o fluxo de LCR • Quando pequenos, cistos aracnóides são geralmente assintomáticos. Mas grandes supratentoriais, supra-selar, e cistos da fossa posterior pode causar a hidrocefalia. • Grandes cistos na fossa craniana média pode ser associado a convulsões, dores de cabeça, ou raramente, hemiparesia
  • 17. Características Clínicas • Os mais comuns apresentam sinais e sintomas que vão desde pressão intracraniana aumentada, craniomegalia, e atraso de desenvolvimento. • Os sinais e sintomas são geralmente vistos em casos de grandes cistos supratentoriais, mas também podem ser causados por cistos pequenos da fossa supra-selar ou posterior associada à hidrocefalia obstrutiva. • A hidrocefalia tem sido presente em 30-60% dos pacientes com cistos aracnoides • Outros sinais, como craniomegalia, atraso no desenvolvimento, perda visual, e disfunção da pituitária hipotalâmica foram relatados
  • 18. Características Clínicas • Uma das questão mais importante é se os cistos aracnoides são responsáveis ​por apresentar sintomas. É uma questão critica que é frequentemente respondida retrospectivamente, por exemplo, no caso de remoção de cisto que conduz à cessação da convulsão. • A ligação mais direta é encontrada em situações, tais como hidrocefalia obstrutiva, em que o cisto demonstra causar a obstrução e os sintomas são aliviados após cirurgia • A relação causa-efeito é muito mais tênue com sintomas como o transtorno de déficit de atenção, afasia, e cefaleias do tipo enxaqueca
  • 19.
  • 20. Investigação • A avaliação diagnóstica deve incluir, não só a identificação inicial de cistos aracnóides, mas também a detecção do efeito de massa, a determinação do tipo de comunicação entre cisto e espaço subaracnóide e reconhecimento da presença, localização e gravidade da hidrocefalia obstrutiva • As ferramentas de diagnóstico para a investigação de cistos aracnóides são TC com contraste, Ressonância Magnética (MRI), Cintilografia Radioisótopo e cine phase contrast MR imaging (??) • Na TC, os cistos aracnóides são observados como cistos extra-axiais com a densidade do LCR, sem contraste. • Os sinais do LCR na RM são semelhantes em T1 e imagem ponderada em T2 com nenhuma melhoria em gadolínio • Brookes et al. demonstrou movimento pulsátil do LCR no cisto na RM
  • 21. Diagnóstico Diferencial  Investigar sintomas e sua localização;  Exame de rotina;  Exames de Imagem: as tomografias computadorizadas e as ressonâncias magnéticas do crânio são as melhores alternativas para diagnóstico e para o acompanhamento da condição do paciente. Apresentação: • Espaço perivascular alargado com conteúdo liquido subpial; • Não se comunicam com o sistema ventricular; • Tendem a ser uniloculares, com margens imperceptíveis e moldadas pelas estruturas adjacentes; • A maioria apresenta-se hiperdensa à tomografia e com hipersinal em T1 na ressonância.  OBS: Cistos precisam ser diferenciados do circuito de áreas de alargamento dos compartimentos do SNC.
  • 22. Figura 1: Ressonância Magnética mostrando A: lobo temporal direito normal e B: cisto aracnóide temporal esquerdo ocupando a maior parte da fossa média, onde se encontra normalmente o lobo temporal.
  • 23. Figura 2: Ressonância Magnética mostrando A: osso, B: dura-máter, C: cisto aracnóide frontal (preenchido com líquor).
  • 24. Curso Natural O curso natural dos cistos aracnoides permanece indeterminado, havendo relatos de resolução espontânea. Uma possibilidade é que, após enfraquecimento focal da parede do cisto, ocorra comunicação entre o cisto e o espaço subdural, hipótese sustentada pelos relatos de regressão espontânea após traumatismo craniano leve. Acredita-se que, nesses casos, ocorra uma ruptura traumática do cisto e, com a resolução da coleção subdural, o cisto também desapareceria. Essa comunicação entre CAr e espaço subdural ocorre mais comumente nos cistos da fossa média.
  • 25. Curso Natural Uma segunda hipótese é a formação de comunicação entre o cisto e o espaço subaracnoide ou ventricular, possibilitando a drenagem do cisto por meio do fluxo normal do líquido cefalorraquidiano. Como a parede do cisto é mais espessa do que a membrana aracnoide normal, essa comunicação ocorreria com o rompimento onde a parede se encontra mais frágil.
  • 26. Tratamento Para pacientes assintomáticos:  Acompanhamento rigoroso com tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) é um tratamento opção; Cirurgia. Para pacientes sintomáticos:  Cirurgia
  • 27. Abordagens Cirúrgicas Objetivo: comunicação do interior do cisto com os corredores anatômicos do fluxo do LCR ou a implementação de um shunt a partir do cisto ou do sistema ventricular ou mais cavidades onde o LCR poderia ser absorvido. Técnicas operatórias:  Incisão microcirúrgica  Manobra cistoperitoneal  Endoscopia ventriculocistômica ou ventriculocistectômica  Manobra estereotáxica cisto-ventricular  radiação intracavitária estereotáxica
  • 28. Complicações • Higromas – 6% • Hematomas subdurais • Hemorragia intraparenquimatosa • Hemorragia de tronco cerebral • Hiperperfusão de cérebro subjacente • Comprometimento global da função do cérebro • Brusca mudança na circulação do sangue • Auto-regulação deficiente
  • 29.
  • 30. QUIZ
  • 31. 1. Na apresentação de um exame de imagem para diagnóstico diferencial de um cisto aracnoideo é correto aparecer, exceto: a) Espaço perivascular alargado com conteúdo liquido subpial b) Comunicação com o sistema ventricular c) Tendem a ser uniloculares, com margens imperceptíveis e moldadas pelas estruturas adjacentes d) A maioria apresenta-se hiperdensa à tomografia e com hipersinal em T1 na ressonância. e) Áreas de alargamento dos compartimentos do SNC
  • 32. 2. Em relação ao curso natural dos cistos aracnoides é correto afirmar, exceto: a) O curso natural dos cistos aracnoides permanece indeterminado, havendo relatos de resolução espontânea. b) A comunicação entre CAr e espaço subdural ocorre mais comumente nos cistos da fossa posterior c) Uma possibilidade é que, após enfraquecimento focal da parede do cisto, ocorra comunicação entre o cisto e o espaço subdural, hipótese sustentada pelos relatos de regressão espontânea após traumatismo craniano leve d) Uma segunda hipótese é a formação de comunicação entre o cisto e o espaço subaracnoide ou ventricular, possibilitando a drenagem do cisto por meio do fluxo normal do líquido cefalorraquidiano e) A resolução espontânea de cisto aracnóide é causada por transporte direto através do cisto parede ou a um mecanismo de válvula do tipo por meio de uma comunicação.
  • 33. 3- Sobre os cistos aracnoides, assinale a alternativa errada: a) é originário a partir da membrana aracnóide, sendo delimitado total ou parcialmente por essa membrana b) Podem ser congênitos (também chamados de cistos aracnoides verdadeiros) ou cistos aracnoides secundários (tipo mais comum) c) Os cistos aracnóides são invariavelmente intra-dural enquanto o cisto da coluna vertebral podem ser intra ou extra-dural d) cistos secundários ocorrem principalmente após inflamação ou trauma cerebral e) O cisto é separado do córtex e da pia mater pelo espaço sub aracnoideo
  • 34. 4- Correlacione a coluna A com a coluna B na ordem e assinale a resposta correta: Coluna A1- Temporal 2- Supra selar 3- Convexidade 4- Fossa posterior (infra tentorial) a) b) c) d) 2, 1, 4, 3 4, 2, 3, 1 1, 2, 4, 3 3, 1, 4, 2 Coluna B( )Desordens endocrinológicas ( )Pode ser assintomático ( )Desordens cerebelares ( )Convulsões
  • 35. 5- Qual é o sintoma que tem sido presente em 30-60% dos pacientes com cisto aracnoide: a) b) c) d) e) Craniomegalia Atraso no desenvolvimento Cefaleias Convulsões Hidrocefalia
  • 36. Gabarito: 1- B 2- B 3- B 4- A 5- E