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Médico Radiologista
Fonte Principal: Helms
Cavidade Peritoneal -
Anatomia Normal na US
• A US para detectar a presença de líquido inclui a
inspeção das regiões subdiafragmática e sub-
hepática, as goteiras pericólicas e o fundo-de-saco
pélvico.
• A presença de minúsculas quantidades de líquido
intraperitoneal é bem detectada por US
transvaginal do fundo-de-saco.
• O líquido no interior da cavidade peritoneal flui,
sob efeito da gravidade, ao longo das reflexões
peritoneais para os recessos peritoneais.
Dr. Emanuel R. Dantas
Cavidade Peritoneal – Líquido
Intraperitoneal
• O recesso hepatorrenal (espaço de Morison) e o
fundo-de-saco pélvico constituem os dois recessos
mais dependentes no pct em decúbito dorsal.
Conectam-se através da goteira paracólicas.
• O líquido, ao delinear órgãos intraperitoneais,
fornece a oportunidade de avaliar anormalidades na
superfície dos órgãos, como a nodularidade fina da
cirrose.
• O líquido com partículas ecogênicas, restos celulares
em camadas ou septações pode consistir em
hemorragia, pus, ascite ou conteúdo GI extravasado.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Cavidade Peritoneal – Abscesso
Intraperitoneal
• Os abscessos aparecem como coleções loculadas de
líquido, que podem ser anecóicas a densamente
ecogênicas.
• Os níveis de líquido, os resíduos internos, as septações, as
paredes espessas e o gás no interior do abscesso são
comuns.
• O gás é muito ecogênico e está associado a artefato de
reverberação e sombra acústica.
• O Doppler mostra ausência de vasos sangüíneos internos
nas coleções de líquido ecogênicas ou a presença de vasos
sangüíneos no interior dos tecidos sólidos.
• Os abscessos têm efeito expansivo e deslocam as estrutuas
adjacentes.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Cavidade Peritoneal – Tumor
Intraperitoneal
• As metástases são o tumor mais comum da superfície
peritoneal.
• O omento maior representa um solo fértil e sofre
espessamento com a implantação do tumor, formando o
“bolo do omento”, uma camada de tecido sólido
separando o intestino de seu contato com a parede
abdominal anterior.
• Os implantes metastáticos aparecem como massas sólidas
hipoecóicas de tamanho variável na superfície peritoneal.
• Em geral, há ascite, sendo comum os resíduos e septações
ecogênicos.
• Os tumores mais comuns originam-se de carcinoma
ovariano, de cólon, do pâncreas e gástrico.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Cavidade Peritoneal – Tumor
Intraperitoneal
• Os tumores peritoneais primários incluem
mesotelioma, desmóides, carcinóides, carcinoma
papilar seroso peritoneal primário e linfoma.
• Esses tumores aparecem como massas sólidas
predominantemente hipoecóicas.
• Podem surgir sombras acústicas a partir do tecido
fibroso denso ou calcificações.
Dr. Emanuel R. Dantas
Retroperitônio – Anatomia
Normal na US
• Os pilares do diafragma não devem ser confundidos
com adenopatia retroperitoneal.
• Ambos consistem em faixas lineares hipoecóicas de
músculo.
• Os pilares servem como demarcações para a
identificação da glândula supra-renal.
Dr. Emanuel R. Dantas
Retroperitônio – Adenopatia
Retroperitoneal
• Os linfonodos aumentados são homogêneos, hipoecóicos,
redondos ou ovais
• Pode haver transmissão acentuada de som, e alguns
linfonodos sólidos aumentados são tão hipoecóicos que
aparecem císticos.
• Um linfonodo solitário de mais de 1,5 cm de diâmetro em
seu eixo menor ou múltiplos linfonodos de mais de 1,0 cm
são considerados patologicamente aumentados.
• As causas de adenopatia retroperitoneal incluem:
o Linfoma (mais comum)
o Metástases tumorais (neoplasias testiculares, renais, pélvicas e
GI e melanoma)
o Infecção
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Retroperitônio – Tumores
Retroperitoneais
• São mais comumente de origem mesenquimal e
incluem o lipossarcoma, o leiomiossarcoma e o
histiocitoma fibroso benigno.
• Esses tumores são, em sua maioria, grandes,
heterogêneos e parcialmente císticos.
• Os tumores de céls germinativas no retroperitônio
podem ser primários ou secundários e benignos ou
malignos.
• O lipoma benigno pode ser sugerido quando o
tumor é isoecóico em relação à gordura
retroperitoneal.
Dr. Emanuel R. Dantas
Retroperitônio – Coleções de
líquido Retroperitoneais
• Incluem hemorragia, urinoma, coleções de líquido
pancreático e massas císticas (linfoceles,
linfangiomas, cistos renais e teratomas)
• Como na cavidade retroperitoneal, o líquido
retroperitoneal pode ser anecóico ou ecogênico,
com restos celulares particulados e níveis hídricos
em camada.
• O sangue coagulado pode aparecer como massa
sólida.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado
• Para as metástases hepáticas focais, a
sensibilidade da US aproxima-se daquela da TC e
da RM;
• Entretanto, é mais difícil reproduzir as suas
imagens para comparações no acompanhamento,
e, em geral, não é possível distinguir os nódulos
benignos e malignos.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado – Anatomia Normal na US
• A ecogenicidade do parênquima hepático é
homogênea ou ligeiramente superior à do rim.
• As veias hepáticas são visualizadas como tubos
ecotransparentes de paredes finas, que convergem
para a VCI.
• As veias porta, as artéria hepáticas e os ductos
biliares, rodeados por tecido fibroadiposo, formam
tríades portais, que normalmente são visualizadas
como focos ecogênicos por todo o fígado.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado – Infiltração
Gordurosa
• A infiltração gordurosa produz aumento na ecogenicidade do
fígado, tornando as áreas nitidamente mais ecogênicas do
que o parênquima normal.
• A infiltração gordurosa também aumenta a atenuação do
feixe US, diminuindo a visualização do diafragma e exigindo,
em geral, um transdutor de menor freqüência para examinar
partes profundas do fígado.
• A ecotextura hepática aparece grosseira, e a visualização das
tríades portais está diminuída.
• As áreas infiltradas com gordura são brilhantes na US e
escuras na TC.
• As áreas de preservação focal na infiltração gordurosa são
escuras na US e brilhantes na TC.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado – Hepatite Aguda e
Congestão Hepática Passiva
• Hepatite Aguda:
o Resulta em edema hepático difuso, que diminui a
ecogenicidade do fígado, resultando em aspecto de “céu
estrelado”.
• Congestão hepática aguda:
o Refere-se à estase do sangue no fígado, devido à
insuficiência cardíaca congestiva.
o Os achados na US consistem em hepatomegalia,
distensão da VCI e das veias hepáticas e fluxo pusátil nas
veias portas observado no Doppler.
o Com freqüência, há ascite, derrame pleural e derrame
pericárdio.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado – Cirrose
• A ecotextura hepática está habitualmente grosseira e
heterogênea, com numerosos nódulos indistintos
comumente evidentes.
• Quando examinado com transdutor de alta freqüência, a
superfície do fígado revela nodularidade fina ou grosseira.
• A ecogenicidade está aumentada proporcionalmente ao
grau de infiltração gordurosa.
• Na cirrose alcoólica, o lobo direito está retraído, enquanto
o lobo esquerdo e o lobo caudado estão aumentados.
• A cirrose avançada revela um fígado pequeno com
contorno nodular.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado – Hipertensão Portal
• As evidências de hipertensão portal incluem:
o A demonstração de vasos colaterais portossistêmicos,
o Dilatação da veia porta (> 13 mm),
o Dilatação das veias esplênicas e mesentérica superior (> 10
mm),
o Esplenomegalia
o Ascite.
• A demonstração de fluxo hepático invertido (hepatofugal)
na veia porta é diagnóstica de hipertensão portal.
• O fluxo numa veia paraumbilical dilatada que atravessa o
ligamento falciforme e a parede abdominal anterior é
altamente específico de hipertensão portal.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado – Trombose da Veia Porta
• É evidenciada por coágulo ecogênico em uma veia
porta aumentada.
• O doppler colorido confirma a existência de
oclusão completa ou demonstra um fluxo residual
ao redor do trombo.
• O próprio trombo varia quanto a seu aspecto, de
anecóico a hiperecóico, dependendo de sua idade.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado - Cistos
• Os cistos hepáticos benignos contém líquido
anecóico, apresentam paredes finas e revelam uma
realce acústico posterior.
• Apresentam, em sua maioria, septo e possuem um
contorno mais lobulado do que esférico.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Fígado – Hemangiomas Cavernosos
• Costumam ser identificados nos sonogramas
hepáticos.
• O aspecto US clássico consiste em massa
hiperecóica, homogênea e bem definida.
• Em geral, o Doppler revela ausência de fluxo
sangüíneo interno, embora, em ocasiõoes de fluxo
lento e alta sensibilidade, seja possível detectar
um fluxo de velocidade muito baixa.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado - Metástases
• Variam muito quanto a seu aspecto, desde
hipoecóicas e hiperecóicas, e desde homogêneas a
heterogêneas e calcificadas.
• Deve-se considerar a possibilidade de doença
metastática no diagnóstico diferencial de todas as
lesões sólidas e císticas atípicas no fígado.
• Em 90% dos casos, a doença metastática é
multifocal no fígado.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Fígado – Carcinoma Hepatocelular
• Pode ser solitário, multifocal ou difuso.
• A maioria é hipervascular, com vascularização
proeminente demonstrada pelo Doppler colorido.
• É comum a invasão das veias porta e hepática pelo
tumor.
• Os tumores podem ser hiperecóicos com gordura
interna até hipoecóicos e heterogêneos, devido à
ocorrência de necrose não-liquefativa.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Fígado – Abscessos e
Microabscessos
• Abscessos:
o São habitualmente coleções de fluido complexas
contendo fluido ecogênico, camadas de fluido-fluido,
ou gás.
• Microabscessos:
o São mais comuns em pcts imunocomprometidos com
sepse fúngica ou parasitária.
o É comum haver lesões em alvo, com mancha ecogênica
e halo hipoecóico periférico.
Dr. Emanuel R. Dantas
Fígado – Transplantes de Fígado
• O US com Doppler é o método de imagem de escolha para
avaliação dos transplantes de fígado.
• É comum observar coleções de líquido peritransplante no
período pós-transplante imediato.
• As coleções de líquido anecóicas simples incluem ascite, bile
e linfa.
• O líquido com matérias particuladas consiste habitualmente
em pus ou sangue.
• As complicações da artéria hepática respondem por 60% das
complicações vasculares e consistem em trombose, estenose e
pseudo-aneurismas.
• A trombose e estenose da VCI ou da veia porta são incomuns.
• Extravasamento de bile, estenoses anastomóticas dos ductos
biliares, necroses dos ductos biliares e cálculos nos ductos
biliares representam 25% das complicações.
Dr. Emanuel R. Dantas
Ductos Biliares – Anatomia
Normal na US
• Os ductos intra-hepáticos normais podem ser
visualizados com US de alta resolução.
• Normalmente, os ductos intra-hepáticos não
ultrapassam 2 mm de diâmetro na parte central do
fígado, ou 40% do diâmetro da veia porta
adjacente.
• A junção dos ductos hepáticos dos lobos direito e
esquerdo para formar o ducto hepático comum
marca a divisão entre as porções intra-hepática e
extra-hepática da árvore biliar.
Dr. Emanuel R. Dantas
Ductos Biliares – Anatomia Normal na US
• Como a junção do ducto hepático com o ducto colédoco é
raramente visualizada, utiliza-se o termo genérico “ducto
comum” para identificar o ducto no porta hepatis.
• O ducto comum segue um trajeto anterior à veia porta
principal, veia porta direita e artéria hepática direita na
porção portal.
• O ducto comum é retilíneo e paralelo à veia portal, enquanto
a artéria hepática é comumente sinuosa no porta hepatis.
Essa porção reta do ducto comum é rotineiramente medida,
sendo o diâmetro normal de 4-6 mm nos adultos.
• Depois dos 60 anos, adiciona-se 1 mm por década à faixa
normal, de modo que um pct com 70 anos de idade pode
apresentar um ducto comum de até 7 mm.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Ductos Biliares – Anatomia
Normal na US
• Como as estruturas das tríade portais seguem um
percurso através da borda livre do ligamento
hepatoduodenal, forma-se uma configuração em
“Mickey Mouse”, em que o ducto comum forma
a orelha direita do Mickey.
• O ducto colédoco normal pode ser acompanhado
quando desce adjacente à cabeça do pâncreas até a
sua inserção na ampola de Vater.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Ductos Biliares – Dilatação da Árvore Biliar
• Os ductos intra-hepáticos dilatados são sinuosos como os
ramos de um carvalho, ultrapassando 40% do diâmetro da
veia porta adjacente, e são visualizados na periferia do
fígado.
• A US revela “um número excessivo de tubos” no fígado, e
a US com Doppler colorido oferece uma rápida
diferenciação dos vasos sangüíneos desobstruídos e ductos
biliares dilatados.
• Os ductos extra-hepáticos dilatados têm mais de 6-7 mm de
diâmetro e aparecem como aumentos da orelha direita do
Mickey no ligamento hepatoduodenal.
• O ducto dilatado deve ser acompanhado até o nível da
obstrução, onde uma cuidadosa avaliação irá revelar a causa
da obstrução em 80% dos casos.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Ductos Biliares – Coledocolitíase
• Os cálculos nos ductos biliares aparecem como
objetos ecogênicos no interior da luz do ducto.
• A calcificação na artéria hepática pode simular o
aspecto de cálculos na árvore biliar.
• A presença de ar nos ductos biliares produz
reflexões lineares ou globulares brilhantes, com
sombras e artefatos em anel.
• Os ductos estão habitualmente dilatados quando
existe ar.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Ductos Biliares -
Colangiocarcinoma
• O colangiocarcinoma hilar (tumor de Klatskin) e os
colangiocarcinoma extra-hepático tendem a ser pequenos (<
3 cm) quando ocorrem com obstrução biliar.
• A US mostra o tumor como massa focal no ponto de
obstrução, como espessamento nodular da parede do ducto
biliar ou como massa intraluminal polipóide.
• A massa visualizada é mais comumente isoecóica com o
parênquima hepático, mas pode ser hipoecóica ou
hiperecóica.
• O término abrupto de um ducto dilatado sem a visualização
de uma massa pode constituir o único achado.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Vesícula Biliar – Anatomia Normal na US
• A bile normal é anecóica.
• A parede normal não ultrapassa 3 mm de espessura.
• A mucosa é ecogênica, enquanto a camada de músculo liso
da parede é hipoecóica.
• O diâmetro da vesícula biliar é inferior a 4 cm em 96% dos
indivíduos normais.
• O comprimento da vesícula biliar é variável, e a sua medida
não é útil para fins diagnósticos.
• Os pcts devem ser examinados em várias posições para
deslocar os cálculos biliares e demonstrar a sua mobilidade.
• As pregas normais no colo da vesícula biliar e ducto cístico
podem produzir sombras acústicas e simular cálculos
biliares.
Dr. Emanuel R. Dantas
Vesícula Biliar – Bile Ecogênica
• A bile torna-se ecogênica, quando altamente concentrada,
e também quando cristais de colesterol e grânulos de
bilirrubinato de cálcio precipitam na forma de lama.
• A lama forma comumente camadas na vesícula biliar e
pode tornar-se muito viscosa, formando “bolas de lama
biliar” ou lama tumefasciante.
• As bolas de lama deslocam-se no interior da vesícula biliar,
porém não projetam sombras acústicas.
• Os cristais de colesterol flutuantes (colesterolose) são
observados como refletores brilhantes com artefatos curtos
em “cauda de cometa”.
• Outras causas de bile ecogênica incluem sangue, pus e
parasitas.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Vesícula Biliar – Espessamento da
Parede
• A parede da vesícula biliar é considerada
espessada quando ultrapassa 3 mm, medida entre
a luz da vesícula biliar e o parênquima hepático.
• As causas de espessamento incluem a doença da
vesícula biliar e processos não-biliares.
• As causas mais comuns consistem em ascite,
hipoproteinemia e colecistite.
Dr. Emanuel R. Dantas
Vesícula Biliar – Cálculos Biliares
• Aparecem na luz da vesícula biliar como objetos ecogênicos
com sombra acústica e que se deslocam com mudanças de
posição do pct.
• Quando não há sombra acústica, utiliza-se um transdutor de
maior freqüência com zona focal ajustada na profundidade do
cálculo geralmente revela a sombra evasiva.
• Os cálculos biliares podem ser imóveis (adesão à parede da
vesícula), porém deve ser possível demonstrar uma sombra
acústica.
• Os pólipos de colesterol e os pólipos adenomatosos consistem
em nódulos de tecido mole fixados à parede da vesícula biliar
que não projetam sombra.
• As bolas de lama biliar aparecem como focos ecogênicos que se
deslocam ou que estão aderentes à parede, mas não projetam
sombra.
Dr. Emanuel R. Dantas
Vesícula Biliar – Sinal da Parede-
Eco-Sombra (PES)
• Quando a vesícula biliar está repleta de cálculos, o
diagnóstico seguro torna-se mais difícil, visto que
a vesícula biliar assemelha-se a uma alça intestinal
repleta de ar.
• O sinal PES fornece uma evidência definitiva de
vesícula biliar repleta de cálculos.
• Os cálculos biliares produzem uma sombra escura
“limpa”, enquanto o ar no intestino produz
uma sombra mais brilhante “suja”.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Vesícula Biliar - Pólipos
• Os pólipos aparecem como nódulos ecogênicos,
sem sombra, que se estendem a partir da parede
da vesícula biliar.
• Os pólipos adenomatosos são raros e
indistinguíveis dos pólipos de colesterol.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Vesícula Biliar – Colecistite Aguda
• As evidências US de colecistite aguda incluem:
o Cálculos Biliares;
o Espessamento da parede da vesícula biliar;
o Hipersensibilidade focal da vesícula biliar produzida
pela pressão do transdutor diretamente sobre a vesícula
biliar (Sinal do Murphy ultrasonográfico)
o Fluido pericolecístico
o Dilatação da vesícula biliar
o Evidências de hiperemia da parede com o Doppler.
Dr. Emanuel R. Dantas
Vesícula Biliar – Colecistite Aguda
• O aspecto estriado de uma parede espessado da
vesícula biliar fornece uma evidência de colecistite
gangrenosa.
• As coleções de fluido pericolecístico de mais de 1
cm fornecem uma evidência de perfuração da
vesícula biliar.
• A ausência de cálculos biliares não uma evidência
contra a colecistite em pcts com risco de colecistite
alitiásica.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Vesícula Biliar – Carcinoma de
Vesícula Biliar
• Foram descritos 3 padrões principais de doença:
o Substituição da vesícula biliar por uma massa (40-65% dos
casos):
• A massa é acentuadamente heterogênea, devido aos cálculos biliares
encapsulados, tumor e resíduos necróticos.
o Espessamento difuso ou focal da parede da vesícula biliar (20-
30% dos casos):
• A parede é mais espessa e irregular do que por outras causas
o Massa de tecido mole no interior da luz da vesícula biliar (5-10%
dos casos):
• Deve-se suspeitar de câncer na presença de massa intraluminal maior
de 10 mm.
• Outros achados associados ao câncer da vesícula biliar
incluem obstrução biliar, adenopatia, metástases hepáticas e
invasão das estruturas adjacentes.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Vesícula Biliar - Adenomiomatose
• Aparece no US como espessamento focal ou difuso da parede
da vesícula biliar.
• O fundo da vesícula biliar quase sempre está acometido.
• Os seios de Rokitansky-Aschoff constituem um achado
morfológico característico.
• Trata-se de dilatações saculares da mucosa no interior da
parede do músculo liso hipertrofiado.
• Esses seios freqüentemente contém cristais de colesterol
precipitados, que são muito ecogênicos e produzem artefatos
em “cauda de cometa”.
• Não tem potencial maligno, mas pode simular um carcinoma
de vesícula.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Baço – Anatomia Normal ao US
• O baço é mais bem visualizado na US com acesso intercostal
póstero-lateral e com o pct em decúbito dorsal.
• O parênquima esplênico é homogêneo e normalmente mais
ecogênico do que o fígado.
• Suas bordas são lisas, bem definidas e freqüentemente
lobuladas.
• Os baços acessórios aparecem como massas arredondadas e
bem definidas no hilo esplênico ou próximo a ele.
• São homogêneos e isoecóicos com o parênquima esplênico.
• A esplenomegalia é evidenciada por um baço com
comprimento > 14 cm ou espessura > 6 cm.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Baço – Alterações
Patológicas
• Cistos Pós-Traumáticos:
o Respondem por 80% das lesões císticas do baço.
o São, geralmente, bem definidos e anecóicos, com
transmissão direta acentuada.
o É comum observar paredes espessas com calcificação
anelar.
• Cistos Epiteliais Verdadeiros:
o São indistinguíveis dos cistos pós-traumáticos, embora
a calcificação na parede seja menos comum.
Dr. Emanuel R. Dantas
Baço – Alterações
Patológicas
• Coleções de Líquido Pancreático:
o São quase sempre de localização subcapsular
o O líquido flui do pâncreas para o baço ao longo do
trajeto da artéria e veia esplênicas.
• Aneurismas da Artéria Esplênica:
o São comuns e apresentam-se como massa hipoecóica na
região do hilo esplênico.
o Em geral, verifica-se a presença de calcificação
aterosclerótica na parede do aneurisma.
o A US com doppler revela a existência de fluxo
sangüíneo arterial.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Baço – Alterações
Patológicas
• Abscessos:
o Apresentam-se com fluido ecogênico, depósitos de
restos celulares em camadas de ar, embora alguns
contenham líquido anecóico.
• Linfoma:
o As lesões hipoecóicas no baço de pcts com linfoma têm
tendência a ser focos de linfoma.
o Entretanto, o baço pode estar aumentado sem
comprometimento por linfoma por estar difusamente
infiltrado.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Baço – Alterações
Patológicas
• Infartos:
o Aparecem hipoecóicos ou anecóicos e, em geral, são
cuneiformes e estendem-se, tipicamente, até a cápsula
esplênica.
o As bordas do parênquima podem estar nitidamente definidas
ou irregulares.
o Os pcts que apresentam infarto esplênico apresentam, em sua
maioria, esplenomegalia ou linfoma acometendo o baço.
• Hemangiomas:
o São habitualmente homogêneos e hiperecóicos.
o Foi descrito um aspecto de massa complexa com múltiplas
áreas císticas.
o Ocorre calcificações nas áreas de fibrose.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Baço – Alterações
Patológicas
• Metástases:
o Aspecto inespecífico e são habitualmente hipoecóicas e
múltiplas.
• Hematoma:
o Comumente investigado em pcts vítimas de trauma
abdominal contuso.
o O exame comumente demonstra a presença de lacerações
esplênicas e hematomas subcapsulares e
intraparenquimatosos.
o O aspecto do hematoma na US varia com a idade e a
composição.
o A maioria é bem definida e hipoecóica.
Dr. Emanuel R. Dantas
Pâncreas – Anatomia Normal ao US
• As referências vasculares são fundamentais para a sua
visualização.
• O corpo e a cauda do pâncreas são imediatamente
anteriores à veia esplênica em seu percurso do hilo
esplênico para o fígado.
• O colo do pâncreas é anterior à junção da veia esplênica
com a veia mesentérica superior, que marca o início da veia
porta.
• A cabeça do pâncreas envolve essa confluência e situa-se
anteriormente à VCI.
• O processo uncinado situa-se caudalmente ao nível da veia
esplênica, entre a veia mesentérica superior e a VCI.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Pâncreas – Anatomia Normal ao US
• A ecogenicidade do pâncreas depende da quantidade de
infiltração gordurosa.
• Nas crianças e adultos, a ecogenicidade do pâncreas é
aproximadamente igual à do fígado.
• Em idades mais avançadas, o pâncreas torna-se mais
ecogênico com a infiltração progressiva entre os lóbulos do
parênquima pancreático.
• O ducto pancreático costuma ser observado em indivíduos
normais.
• O ducto normal não ultrapassa 3 mm de diâmetro e afila
progressivamente em direção à cauda.
Dr. Emanuel R. Dantas
Pâncreas – Anatomia Normal ao US
• O lobo esquerdo do fígado serve como melhor
janela para o pâncreas.
• A cauda do pâncreas pode ser visualizada através
do baço, concentrado-se na região do hilo
esplênico.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Pâncreas – Pancreatite Aguda
• Os achados US incluem:
o Aumento glandular difuso;
o Diminuição da ecogenicidade devido ao edema e bordas pouco
definidas da glândula.
• O exame US deve incluir a documentação da presença de
cálculos biliares e a dilatação da árvore biliar.
• A região ampular deve ser cuidadosamente examinada à
procura de cálculo biliar impactado.
• A US é excelente para a detecção e o acompanhamento de
coleções de líquido, que acumula-se mais comumente ao
redor do pâncreas, na bolsa omental e no hilo esplênico.
• As veias esplênicas, porta e mesentérica superior devem ser
examinadas à procura de trombose.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Pâncreas – Pancreatite
Crônica
• Devido à fibrose e atrofia glandular difusa, o
pâncreas apresenta um tamanho reduzido e
aumento da ecogenicidade, tornando a sua
identificação mais difícil na US.
• As calcificações produzem ecodensidades focais e,
com freqüência, sombra acústica.
• O ducto pancreático exibe um padrão de dilatação
e constrição alternadas.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Pâncreas - Adenocarcinoma
• Aparece como uma massa hipoecóica ou como
alteração sutil da textura acústica do pâncreas.
• O término súbito dos ductos dilatados numa
massa hipoecóica é característico.
• O fígado e o retroperitônio devem ser
cuidadosamente examinados à procura de nódulos
metastáticos e de adenopatia.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Pâncreas – Tumores de Céls das
Ilhotas e Metástases
• Tumores de Céls das Ilhotas:
o São predominantemente hipoecóicos em comparação com o
parênquima pancreático.
o A degeneração cística, a hemorragia, a fibrose e a calcificação
produzem amplas variações no aspecto.
• Metástases:
o Podem simular o adenocarcinoma de pâncreas, sobretudo o
carcinoma de cólon.
• Linfoma:
o Acomete comumente os linfonodos peripancreáticos, causando
massas hipoecóicas múltiplas ou confluentes.
Dr. Emanuel R. Dantas
Pâncreas – Pseudocistos e
Abscessos
• Pseudocistos:
o Parecem como massas anecóicas bem definidas e de paredes
lisas.
o É comum a presença de múltiplas loculações e septações
internas.
o Os restos celulares internos e níveis de fluido-fluido indicam
hemorragia ou infecção.
• Abscesso:
o A US revela uma coleção habitualmente mal definida e que
contém fluido ecogênico.
o A observação de bolhas de gás que se deslocam, produzem
sombra e causam artefatos em “cauda de cometa” fornece
uma forte evidência de infecção.
Dr. Emanuel R. Dantas
Pâncreas – Adenoma Microcístico
• Adenoma Microcístico ou Cistoadenoma Seroso:
o Embora seja composto por múltiplos cistos pequenos,
aparece comumente como uma lesão sólida na US.
o É possível demonstrar alguns cistos maiores.
o É típica a presença de uma cicatriz estrelada central
ecogênica com calcificação.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Pâncreas – Neoplasias Císticas
Mucinosas
• Neoplasias Císticas Mucinosas:
o Apresentam cistos de 2 cm ou mais.
o São demonstradas septações internas e
projeções papilares das paredes, de 1-2 mm de
espessura.
o Em geral, o Doppler demonstra a existência de
fluxo no interior dos septos e componentes
sólidos.
Dr. Emanuel R. Dantas
Glândulas Supra-Renais –
Anatomia Normal ao US
• Pode ser difícil visualizá-las no adulto, entretanto são
habitualmente muito proeminentes no RN.
• A glândula supra-renal direita é mais bem visualizada
numa imagem transversal, logo acima do pólo superior do
rim direito.
• A glândula supra-renal em forma de Y ou V é observada
posteriormente à VCI, quando esta penetra no fígado.
• A glândula supra-renal esquerda é mais bem visualizada
entre o pólo superior do rim esquerdo e a aorta em um
plano coronal angulado.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Glândulas Supra-Renais –
Anatomia Normal ao US
• As supra-renais são hipoecóicas em comparação
com a gordura retroperitoneal, e isoecóicas, em
comparação com os pilares do diafragma.
• A medula da supra-renal aparece como uma linha
ecogênica fina circundada pelo córtex hipoecóico.
• Os ramos da glândula supra-renal normal do
adulto têm 4-5 cm de comprimeto e 5-7 mm de
largura.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Glândulas Supra-Renais –
Hiperplasia Supra-Renal
• Aparece como aumento bilateral difuso ou na
forma de múltiplos nódulos pequenos e bilaterais.
• O diagnóstico diferencial de aumento bilateral das
glândulas supra-renais inclui infecção (sobretudo
TB, histoplasmose e citomegalovírus), doença
metastática e linfoma.
Dr. Emanuel R. Dantas
Glândulas Supra-Renais –
Adenomas Supra-Renais
• Aparecem como massas supra-renais sólidas
e homogêneas, com ecogenicidade
semelhante à do parênquima renal.
• A US não fornece nenhum achado específico
capaz de diferenciar massas benignas de
malignas.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Glândulas Supra-Renais –
Carcinomas Supra-Renais
• São indistingüíveis dos adenomas quando o
tumor é pequeno (< 4 cm).
• Os carcinomas maiores são heterogêneos,
com áreas de necrose, hemorragia e
calcificação.
• A imagem com Doppler é útil para detectar
a invasão tumoral das veias supra-renais ou
renais e da veia cava inferior.
Dr. Emanuel R. Dantas
Glândulas Supra-Renais -
Feocromocitoma
• Geralmente pode ser demonstrado por US,
visto que a maioria é grande (5-6 cm).
• Os feocromocitomas têm, em sua maioria,
bordas nítidas e são predominantemente
sólidos; áreas císticas de necrose e de
hemorragia são comuns.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Glândulas Supra-Renais –
Mielolipoma Supra-Renal
• Aparece como uma massa muito ecogênica no
leito supra-renal.
• Áreas hiperecóicas e hipoecóicas mistas
correspondem a elementos gordurosos e mielóides
no interior do tumor.
• O diagnóstico é confirmado por densidade interna
de gordura por TC ou Rm.
• Outras massas ecogênicas na região supra-renal
incluem angiomiolioma renal, teratoma, lipoma e
lipossarcoma.
Dr. Emanuel R. Dantas
Glândulas Supra-Renais – Cistos
Supra-Renal
• Os cistos benignos não complicados apresentam
paredes e septos finos (< 3 mm), líquido interno
anecóico e demonstram transmissão direta
acentuada.
• O fluido ou resíduos internos ecogênicos, o
espessamento das paredes, a presença de
componentes sólidos e as dimensões grandes (> 6
cm) sugerem malignidade.
Dr. Emanuel R. Dantas
Glândulas Supra-Renais –
Hemorragia Supra-Renal
• A US demonstra inicialmente um aumento hiperecóico da
glândula supra-renal, semelhante a uma massa.
• Como o decorrer do tempo, a massa supra-renal torna-se
rapidamente hipoecóica e diminui progressivamente de
tamanho.
• A glândula pode readquirir por completo a sua dimensão
normal, ou pode evoluir para um pseudocisto, que
freqüentemente desenvolve calcificações em suas paredes
dentros de 2-4 semanas após a hemorragia.
• No adulto, a hemorragia supra-renal é habitualmente
unilateral e localizada do lato direito (85% dos casos), estando
associados, em sua maioria, a traumatismo abdominal
contuso.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Anatomia Normal ao US
• O córtex renal é isoecóico ou ligeiramente hipoecóico em
comparação com o fígado, e distintamente hipoecóico
quando comparado com o baço.
• As pirâmides medulares são visualizadas como estruturas
hipoecóicas em formato de cone, circundadas pelo córtex
mais ecogênico (diferenciação córtico-medular).
• O seio central contém gordura, vasos sangüíneos, sistema
coletor e vasos linfáticos.
• A ecogenicidade do seio central é igual à da gordura
perirrenal.
• O contorno do rim é liso, mas pode ser lobulado pelos lobos
renais normais.
• Os rins no adulto variam de 9-13 cm de comprimento.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Rins – Obstrução
• A US costuma ser o método de imagem de
primeira escolha para o diagnóstico da obstrução
urinária
• Na US, o achado essencial na obstrução consiste
em hidronefrose.
• A hidronefrose é reconhecida pela distensão do
sistema coletor por líquido, com comunicação
entre os cálices repletos de líquido e arredondados
e a pelve renal dilatada.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Obstrução
• O ureter dilatado aparece como tubo repleto de líquido que se
estende a partir da pelve renal.
• A presença de hidronefrose nem sempre significa obstrução.
• As estruturas que podem simular a hidronefrose incluem:
o Cistos peripélvicos,
o Múltiplos cistos simples no seio renal
o Pelve extra-renal.
• A junção ureterovesical deve ser examinada com Doppler
colorido para detectar a presença ou ausência de jato ureteral.
• A avaliação das artérias renais com Doppler também pode ser
útil. Um índice de resistência de mais de 0,7 na artéria
arqueada sugere obstrução.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Cálculos
• Todos os cálculos renais aparecem na US como
focos ecogênicos brilhantes independente de sua
composição.
• Os fatores técnicos que melhoram a capacidade de
demonstrar a sombra incluem:
o Imagem do cálculo na zona focal do transdutor
o Centralização do cálculo no feixe US e
o Uso de transdutores de alta freqüência.
Dr. Emanuel R. Dantas
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Rins – Nefrocalcinose
• Refere-se à calcificação das pirâmides medulares
renais, que aparecem ecogênicas, em lugar de
ecotransparentes.
• Existe imagem acústica apenas quando a
calcificação é densa.
• As causas comuns consistem em terapia com
furosemida no RN, estados hipercalciúricos como
hiperparatireoidismo, rim esponjoso medular e
acidose tubular renal.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Doença Parenquimatosa
Renal Difusa
• A US é comumente utilizada para avaliar pcts com
IRA e IRC.
• As causas de obstrução bilateral incluem ruptura de
aneurisma da aorta abdominal, tumor (sobretudo
carcinoma cervical) e fibrose retroperitoneal.
• A dça renal terminal está associada a rins pequenos,
ecogênicos e, com freqüência, de visualização difícil.
• Quando o rins têm menos de 9 cm em adultos, existe
pouca probabilidade de doença renal reversível, e a
realização de biópsia renal raramente está
justificada.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Doença Parenquimatosa
Renal Difusa
• Os rins aumentados (> 12 cm) sugerem um
processo infiltrativo, como
glomerulonefrite, leucemia, linfoma ou
trombose da veia renal (edema).
• A nefropatia da AIDS caracteriza-se por rins
aumentados e difusamente ecogênicos.
• Os rins aumentados constituem uma
indicação para exame Doppler das veias
renais.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Massas Renais
• A US é utilizada para determinar se a massa
é um cisto simples, um cisto complicado,
uma massa complexa ou uma massa
totalmente sólida.
• Emprega-se o Doppler para demonstrar a
vascularidade interna, a fim de caracterizar
uma neoplasia.
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Cistos Simples
• Facilmente diagnosticados pela US, os achados
característicos incluem:
o Conteúdo anecóico
o Parede bem definida
o Realce acústico profundo na lesão
o Paredes imperceptivelmente finas.
• Todos os cistos devem ter uma parede bem
definida.
• Os cistos com septações finas ou calcificações
curvilíneas finas ainda são classificados como
cistos benignos.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Cistos Complicados
• Apresentam qualquer um dos seguintes achados, que desqualificam sua
caracterização como cistos simples:
o Restos internos
o Coágulo ecogênico
o Níveis de fluido-restos celulares
o Septações
o Paredes espessas
o Vasos sangüíneos em septações e calcificação espessa ou grosseira.
• O diagnóstico diferencial de uma massa cística complicada deve incluir:
o Hemorragia ou infecção em cisto simples
o Tumor Cístico
o Abscesso
o Obstrução dos pólo superior da duplicação pielocalicial
o Divertículo calicial
o Aneurisma
o Pseudo-aneurisma
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Cistos Peripélvicos
• Formam-se no seio renal, são mutilobados e
podem assemelhar-se a estreitamente à
hidronefrose.
• Os cistos peripélvicos são diferenciados da
hidronefrose pela demonstração de ausência de
comunicação entre si ou dilatação da pelve renal,
presença de gordura ecogênica entre o ápice da
pirâmide medular e o cisto e ausência de ureter
dilatado.
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Doença Cística Renal
• Na doença policística autossômica dominante, o parênquima
renal é progressivamente substituído por múltiplos cisto
não-comunicantes de tamanho variável.
• O volume renal aumenta com o número e tamanho dos
cistos renais.
• Os cistos costumam ser complicados por hemorragia
interna.
• O diagnóstico por imagem é confirmado pela demonstração
de cistos no fígado (60% dos pcts), no pâncreas (10% dos
pcts) e, com freqüência, em outros órgãos.
• As anormalidades cardiovasculares associadas incluem:
o Aneurismas intracranianos (20% dos pcts),
o Prolapso da valva mitral e valva aórtica bicúspide
o Aneurismas aórticos e dissecção aórtica.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Doença de von Hippel-
Lindau
• Está associada a múltiplos cistos renais e
pancreáticos, feocromocitomas e, com freqüência,
CCR múltiplos e bilaterais (24 a 45% dos pcts).
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Carcinoma de Céls
Renais
• É a massa sólida renal mais comum em adultos.
• Na US, 50% são hiperecóicos em comparação ao
parênquima renal, 30% são isoecóicos, 10% são
hipoecóicos, 5-10% são predominantemente
císticos e 20-30% exibem calcificação grosseira
central grosseira e pontilhada.
• O CCR altamente ecogênico pode ser confundido
com o angiomiolipoma (AML), embora o CRR
tenha tendência a ser mais heterogêneo e possa
apresentar componentes císticos.
• Os tumores tornam-se císticos devido à necrose e
hemorragia interna.
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Carcinoma de Céls
Renais
• Com a detecção de uma massa renal sólida, o
exame de US deve ser estendido para detectar a
invasão tumoral da veia renal e da VCI.
• Os sinais de trombo tumoral incluem:
o Massa ecogênica na veia
o Veia aumentada
o Aumento da veia colateral
o Ausência ou deslocamento do fluxo venoso no Doppler
o Sinal Doppler arterial dentro da veia produzindo por
neovascularidade tumoral.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins - Angiomiolipoma
• O aspecto clássico do AML consiste em uma massa
renal uniformemente hiperecóica com bordas
nítidas.
• A ecogenicidade da massa é, pelo menos, igual à
da gordura do seio renal.
• Observa-se sombra acústica fraca na ausência de
calcificação no AML, mas não no CCR.
• Tipicamente, o AML é hipervascular, porém
raramente possui qualquer componente cístico.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Carcinoma de Céls de
Transição
• Os tumores podem ser pequenos, infiltrativos ou
causar estenose.
• Deve-se suspeitar de uma massa sólida no interior
do seio renal central ou que esteja desenvolvendo-
se a partir do seio.
• A US é utilizada mais para diferenciar uma massa
sólida no seio renal de um cisto peripélvico.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins - Linfoma
• Tipicamente, o linfoma produz múltiplas massas
hipoecóicas, cada uma delas, um padrão uniforme
de ecos finos de baixo nível, que refletem a
estrutura celular homogênea.
• A demonstração de vasos internos com Doppler
diferencia o linfoma dos cistos contendo líquido
ecogênico.
• Os padrões de crescimento consistem em massa
dominante única, múltiplas massas, infiltração
difusa causando aumento renal e invasão do seio
renal por adenopatia retroperitoneal confluente.
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Pielonefrite Aguda
• Freqüentemente não produz nenhuma
anormalidade ao US.
• Os casos graves alteram a ecogenicidade do
parênquima renal, devido ao edema, à inflamação
local e ao sangramento focal.
• A US é utilizada em pcts com ITU para detectar a
presença de hidronefrose, abscesso renal ou
abscerro perirrenal.
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins - Pionefrose
• Refere-se à infecção no interior de um sistema
coletor renal dilatado e obstruído.
• São observados restos ecogênicos, freqüentemente
com nível de urina-débris, no interior do sistema
pielocalicial dilatado.
• A presença de gás no sistema coletor provoca
desvio dos focos ecogênicos, com sombra e
artefato de reverberação.
• Cerca de 10% dos casos são indistingüíveis da
hidronefrose não complicada.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Abscesso
Renal
Aparece como uma massa
cística intra-renal pouco
marginada contendo
fluido ecogênico.
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Pielonefrite
Xantogranulomatosa
• É sugerida pela demonstração US de um cálculo
na pelve renal com sombra acústica, dilatação das
estruturas coletoras comumente ocupadas por
resíduos ecogênicos, deformação semelhante a
uma massa e aumento do rim e extensão da
doença para o espaço perirrenal.
• Com freqüência, o parênquima é hipoecóico,
refletindo edema e inflamação.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Estenose da Artéria
Renal
• A estenose significativa da artéria renal é
evidenciada por formas de ondas espectrais
parvus-tardus nas artérias intra-renais.
• Os padrões de ondas espectrais arteriais intra-
renais normais demonstram uma ascenção
sistólica precoce quase vertical.
• Outros sinais de estenose incluem:
o Pico de velocidade sistólica da artéria renal principal
superior a 100 cm/s
o Relação de velocidade sistólica máxima da artéria renal
principal e a aorta de mais de 3,5.
Dr. Emanuel R. Dantas
Dr. Emanuel R. Dantas
Rins – Trombose da Veia
Renal
• Ocorre em contextos clínicos de Sd nefrótica,
desidratação, traumatismo, coagulopatia ou
trombose da VCI.
• A trombose completa aguda produz rim
aumentado, hipoecóico e edematoso, sem fluxo
sangüíneo detectável na veia renal por Doppler.
Dr. Emanuel R. Dantas

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  • 1. Ultra-Sonografia do Abdome Dr. Emanuel R Dantas Médico Radiologista Fonte Principal: Helms
  • 2. Cavidade Peritoneal - Anatomia Normal na US • A US para detectar a presença de líquido inclui a inspeção das regiões subdiafragmática e sub- hepática, as goteiras pericólicas e o fundo-de-saco pélvico. • A presença de minúsculas quantidades de líquido intraperitoneal é bem detectada por US transvaginal do fundo-de-saco. • O líquido no interior da cavidade peritoneal flui, sob efeito da gravidade, ao longo das reflexões peritoneais para os recessos peritoneais. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 3. Cavidade Peritoneal – Líquido Intraperitoneal • O recesso hepatorrenal (espaço de Morison) e o fundo-de-saco pélvico constituem os dois recessos mais dependentes no pct em decúbito dorsal. Conectam-se através da goteira paracólicas. • O líquido, ao delinear órgãos intraperitoneais, fornece a oportunidade de avaliar anormalidades na superfície dos órgãos, como a nodularidade fina da cirrose. • O líquido com partículas ecogênicas, restos celulares em camadas ou septações pode consistir em hemorragia, pus, ascite ou conteúdo GI extravasado. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 4. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 5. Cavidade Peritoneal – Abscesso Intraperitoneal • Os abscessos aparecem como coleções loculadas de líquido, que podem ser anecóicas a densamente ecogênicas. • Os níveis de líquido, os resíduos internos, as septações, as paredes espessas e o gás no interior do abscesso são comuns. • O gás é muito ecogênico e está associado a artefato de reverberação e sombra acústica. • O Doppler mostra ausência de vasos sangüíneos internos nas coleções de líquido ecogênicas ou a presença de vasos sangüíneos no interior dos tecidos sólidos. • Os abscessos têm efeito expansivo e deslocam as estrutuas adjacentes. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 6. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 7. Cavidade Peritoneal – Tumor Intraperitoneal • As metástases são o tumor mais comum da superfície peritoneal. • O omento maior representa um solo fértil e sofre espessamento com a implantação do tumor, formando o “bolo do omento”, uma camada de tecido sólido separando o intestino de seu contato com a parede abdominal anterior. • Os implantes metastáticos aparecem como massas sólidas hipoecóicas de tamanho variável na superfície peritoneal. • Em geral, há ascite, sendo comum os resíduos e septações ecogênicos. • Os tumores mais comuns originam-se de carcinoma ovariano, de cólon, do pâncreas e gástrico. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 8. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 9. Cavidade Peritoneal – Tumor Intraperitoneal • Os tumores peritoneais primários incluem mesotelioma, desmóides, carcinóides, carcinoma papilar seroso peritoneal primário e linfoma. • Esses tumores aparecem como massas sólidas predominantemente hipoecóicas. • Podem surgir sombras acústicas a partir do tecido fibroso denso ou calcificações. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 10. Retroperitônio – Anatomia Normal na US • Os pilares do diafragma não devem ser confundidos com adenopatia retroperitoneal. • Ambos consistem em faixas lineares hipoecóicas de músculo. • Os pilares servem como demarcações para a identificação da glândula supra-renal. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 11. Retroperitônio – Adenopatia Retroperitoneal • Os linfonodos aumentados são homogêneos, hipoecóicos, redondos ou ovais • Pode haver transmissão acentuada de som, e alguns linfonodos sólidos aumentados são tão hipoecóicos que aparecem císticos. • Um linfonodo solitário de mais de 1,5 cm de diâmetro em seu eixo menor ou múltiplos linfonodos de mais de 1,0 cm são considerados patologicamente aumentados. • As causas de adenopatia retroperitoneal incluem: o Linfoma (mais comum) o Metástases tumorais (neoplasias testiculares, renais, pélvicas e GI e melanoma) o Infecção Dr. Emanuel R. Dantas
  • 12. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 13. Retroperitônio – Tumores Retroperitoneais • São mais comumente de origem mesenquimal e incluem o lipossarcoma, o leiomiossarcoma e o histiocitoma fibroso benigno. • Esses tumores são, em sua maioria, grandes, heterogêneos e parcialmente císticos. • Os tumores de céls germinativas no retroperitônio podem ser primários ou secundários e benignos ou malignos. • O lipoma benigno pode ser sugerido quando o tumor é isoecóico em relação à gordura retroperitoneal. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 14. Retroperitônio – Coleções de líquido Retroperitoneais • Incluem hemorragia, urinoma, coleções de líquido pancreático e massas císticas (linfoceles, linfangiomas, cistos renais e teratomas) • Como na cavidade retroperitoneal, o líquido retroperitoneal pode ser anecóico ou ecogênico, com restos celulares particulados e níveis hídricos em camada. • O sangue coagulado pode aparecer como massa sólida. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 15. Fígado • Para as metástases hepáticas focais, a sensibilidade da US aproxima-se daquela da TC e da RM; • Entretanto, é mais difícil reproduzir as suas imagens para comparações no acompanhamento, e, em geral, não é possível distinguir os nódulos benignos e malignos. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 16. Fígado – Anatomia Normal na US • A ecogenicidade do parênquima hepático é homogênea ou ligeiramente superior à do rim. • As veias hepáticas são visualizadas como tubos ecotransparentes de paredes finas, que convergem para a VCI. • As veias porta, as artéria hepáticas e os ductos biliares, rodeados por tecido fibroadiposo, formam tríades portais, que normalmente são visualizadas como focos ecogênicos por todo o fígado. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 17. Fígado – Infiltração Gordurosa • A infiltração gordurosa produz aumento na ecogenicidade do fígado, tornando as áreas nitidamente mais ecogênicas do que o parênquima normal. • A infiltração gordurosa também aumenta a atenuação do feixe US, diminuindo a visualização do diafragma e exigindo, em geral, um transdutor de menor freqüência para examinar partes profundas do fígado. • A ecotextura hepática aparece grosseira, e a visualização das tríades portais está diminuída. • As áreas infiltradas com gordura são brilhantes na US e escuras na TC. • As áreas de preservação focal na infiltração gordurosa são escuras na US e brilhantes na TC. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 18. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 19. Fígado – Hepatite Aguda e Congestão Hepática Passiva • Hepatite Aguda: o Resulta em edema hepático difuso, que diminui a ecogenicidade do fígado, resultando em aspecto de “céu estrelado”. • Congestão hepática aguda: o Refere-se à estase do sangue no fígado, devido à insuficiência cardíaca congestiva. o Os achados na US consistem em hepatomegalia, distensão da VCI e das veias hepáticas e fluxo pusátil nas veias portas observado no Doppler. o Com freqüência, há ascite, derrame pleural e derrame pericárdio. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 20. Fígado – Cirrose • A ecotextura hepática está habitualmente grosseira e heterogênea, com numerosos nódulos indistintos comumente evidentes. • Quando examinado com transdutor de alta freqüência, a superfície do fígado revela nodularidade fina ou grosseira. • A ecogenicidade está aumentada proporcionalmente ao grau de infiltração gordurosa. • Na cirrose alcoólica, o lobo direito está retraído, enquanto o lobo esquerdo e o lobo caudado estão aumentados. • A cirrose avançada revela um fígado pequeno com contorno nodular. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 21. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 22. Fígado – Hipertensão Portal • As evidências de hipertensão portal incluem: o A demonstração de vasos colaterais portossistêmicos, o Dilatação da veia porta (> 13 mm), o Dilatação das veias esplênicas e mesentérica superior (> 10 mm), o Esplenomegalia o Ascite. • A demonstração de fluxo hepático invertido (hepatofugal) na veia porta é diagnóstica de hipertensão portal. • O fluxo numa veia paraumbilical dilatada que atravessa o ligamento falciforme e a parede abdominal anterior é altamente específico de hipertensão portal. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 23. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 24. Fígado – Trombose da Veia Porta • É evidenciada por coágulo ecogênico em uma veia porta aumentada. • O doppler colorido confirma a existência de oclusão completa ou demonstra um fluxo residual ao redor do trombo. • O próprio trombo varia quanto a seu aspecto, de anecóico a hiperecóico, dependendo de sua idade. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 25. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 26. Fígado - Cistos • Os cistos hepáticos benignos contém líquido anecóico, apresentam paredes finas e revelam uma realce acústico posterior. • Apresentam, em sua maioria, septo e possuem um contorno mais lobulado do que esférico. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 27. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 28. Fígado – Hemangiomas Cavernosos • Costumam ser identificados nos sonogramas hepáticos. • O aspecto US clássico consiste em massa hiperecóica, homogênea e bem definida. • Em geral, o Doppler revela ausência de fluxo sangüíneo interno, embora, em ocasiõoes de fluxo lento e alta sensibilidade, seja possível detectar um fluxo de velocidade muito baixa. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 29. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 30. Fígado - Metástases • Variam muito quanto a seu aspecto, desde hipoecóicas e hiperecóicas, e desde homogêneas a heterogêneas e calcificadas. • Deve-se considerar a possibilidade de doença metastática no diagnóstico diferencial de todas as lesões sólidas e císticas atípicas no fígado. • Em 90% dos casos, a doença metastática é multifocal no fígado. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 31. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 32. Fígado – Carcinoma Hepatocelular • Pode ser solitário, multifocal ou difuso. • A maioria é hipervascular, com vascularização proeminente demonstrada pelo Doppler colorido. • É comum a invasão das veias porta e hepática pelo tumor. • Os tumores podem ser hiperecóicos com gordura interna até hipoecóicos e heterogêneos, devido à ocorrência de necrose não-liquefativa. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 33. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 34. Fígado – Abscessos e Microabscessos • Abscessos: o São habitualmente coleções de fluido complexas contendo fluido ecogênico, camadas de fluido-fluido, ou gás. • Microabscessos: o São mais comuns em pcts imunocomprometidos com sepse fúngica ou parasitária. o É comum haver lesões em alvo, com mancha ecogênica e halo hipoecóico periférico. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 35. Fígado – Transplantes de Fígado • O US com Doppler é o método de imagem de escolha para avaliação dos transplantes de fígado. • É comum observar coleções de líquido peritransplante no período pós-transplante imediato. • As coleções de líquido anecóicas simples incluem ascite, bile e linfa. • O líquido com matérias particuladas consiste habitualmente em pus ou sangue. • As complicações da artéria hepática respondem por 60% das complicações vasculares e consistem em trombose, estenose e pseudo-aneurismas. • A trombose e estenose da VCI ou da veia porta são incomuns. • Extravasamento de bile, estenoses anastomóticas dos ductos biliares, necroses dos ductos biliares e cálculos nos ductos biliares representam 25% das complicações. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 36. Ductos Biliares – Anatomia Normal na US • Os ductos intra-hepáticos normais podem ser visualizados com US de alta resolução. • Normalmente, os ductos intra-hepáticos não ultrapassam 2 mm de diâmetro na parte central do fígado, ou 40% do diâmetro da veia porta adjacente. • A junção dos ductos hepáticos dos lobos direito e esquerdo para formar o ducto hepático comum marca a divisão entre as porções intra-hepática e extra-hepática da árvore biliar. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 37. Ductos Biliares – Anatomia Normal na US • Como a junção do ducto hepático com o ducto colédoco é raramente visualizada, utiliza-se o termo genérico “ducto comum” para identificar o ducto no porta hepatis. • O ducto comum segue um trajeto anterior à veia porta principal, veia porta direita e artéria hepática direita na porção portal. • O ducto comum é retilíneo e paralelo à veia portal, enquanto a artéria hepática é comumente sinuosa no porta hepatis. Essa porção reta do ducto comum é rotineiramente medida, sendo o diâmetro normal de 4-6 mm nos adultos. • Depois dos 60 anos, adiciona-se 1 mm por década à faixa normal, de modo que um pct com 70 anos de idade pode apresentar um ducto comum de até 7 mm. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 38. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 39. Ductos Biliares – Anatomia Normal na US • Como as estruturas das tríade portais seguem um percurso através da borda livre do ligamento hepatoduodenal, forma-se uma configuração em “Mickey Mouse”, em que o ducto comum forma a orelha direita do Mickey. • O ducto colédoco normal pode ser acompanhado quando desce adjacente à cabeça do pâncreas até a sua inserção na ampola de Vater. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 40. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 41. Ductos Biliares – Dilatação da Árvore Biliar • Os ductos intra-hepáticos dilatados são sinuosos como os ramos de um carvalho, ultrapassando 40% do diâmetro da veia porta adjacente, e são visualizados na periferia do fígado. • A US revela “um número excessivo de tubos” no fígado, e a US com Doppler colorido oferece uma rápida diferenciação dos vasos sangüíneos desobstruídos e ductos biliares dilatados. • Os ductos extra-hepáticos dilatados têm mais de 6-7 mm de diâmetro e aparecem como aumentos da orelha direita do Mickey no ligamento hepatoduodenal. • O ducto dilatado deve ser acompanhado até o nível da obstrução, onde uma cuidadosa avaliação irá revelar a causa da obstrução em 80% dos casos. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 42. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 43. Ductos Biliares – Coledocolitíase • Os cálculos nos ductos biliares aparecem como objetos ecogênicos no interior da luz do ducto. • A calcificação na artéria hepática pode simular o aspecto de cálculos na árvore biliar. • A presença de ar nos ductos biliares produz reflexões lineares ou globulares brilhantes, com sombras e artefatos em anel. • Os ductos estão habitualmente dilatados quando existe ar. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 44. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 45. Ductos Biliares - Colangiocarcinoma • O colangiocarcinoma hilar (tumor de Klatskin) e os colangiocarcinoma extra-hepático tendem a ser pequenos (< 3 cm) quando ocorrem com obstrução biliar. • A US mostra o tumor como massa focal no ponto de obstrução, como espessamento nodular da parede do ducto biliar ou como massa intraluminal polipóide. • A massa visualizada é mais comumente isoecóica com o parênquima hepático, mas pode ser hipoecóica ou hiperecóica. • O término abrupto de um ducto dilatado sem a visualização de uma massa pode constituir o único achado. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 46. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 47. Vesícula Biliar – Anatomia Normal na US • A bile normal é anecóica. • A parede normal não ultrapassa 3 mm de espessura. • A mucosa é ecogênica, enquanto a camada de músculo liso da parede é hipoecóica. • O diâmetro da vesícula biliar é inferior a 4 cm em 96% dos indivíduos normais. • O comprimento da vesícula biliar é variável, e a sua medida não é útil para fins diagnósticos. • Os pcts devem ser examinados em várias posições para deslocar os cálculos biliares e demonstrar a sua mobilidade. • As pregas normais no colo da vesícula biliar e ducto cístico podem produzir sombras acústicas e simular cálculos biliares. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 48. Vesícula Biliar – Bile Ecogênica • A bile torna-se ecogênica, quando altamente concentrada, e também quando cristais de colesterol e grânulos de bilirrubinato de cálcio precipitam na forma de lama. • A lama forma comumente camadas na vesícula biliar e pode tornar-se muito viscosa, formando “bolas de lama biliar” ou lama tumefasciante. • As bolas de lama deslocam-se no interior da vesícula biliar, porém não projetam sombras acústicas. • Os cristais de colesterol flutuantes (colesterolose) são observados como refletores brilhantes com artefatos curtos em “cauda de cometa”. • Outras causas de bile ecogênica incluem sangue, pus e parasitas. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 49. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 50. Vesícula Biliar – Espessamento da Parede • A parede da vesícula biliar é considerada espessada quando ultrapassa 3 mm, medida entre a luz da vesícula biliar e o parênquima hepático. • As causas de espessamento incluem a doença da vesícula biliar e processos não-biliares. • As causas mais comuns consistem em ascite, hipoproteinemia e colecistite. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 51. Vesícula Biliar – Cálculos Biliares • Aparecem na luz da vesícula biliar como objetos ecogênicos com sombra acústica e que se deslocam com mudanças de posição do pct. • Quando não há sombra acústica, utiliza-se um transdutor de maior freqüência com zona focal ajustada na profundidade do cálculo geralmente revela a sombra evasiva. • Os cálculos biliares podem ser imóveis (adesão à parede da vesícula), porém deve ser possível demonstrar uma sombra acústica. • Os pólipos de colesterol e os pólipos adenomatosos consistem em nódulos de tecido mole fixados à parede da vesícula biliar que não projetam sombra. • As bolas de lama biliar aparecem como focos ecogênicos que se deslocam ou que estão aderentes à parede, mas não projetam sombra. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 52. Vesícula Biliar – Sinal da Parede- Eco-Sombra (PES) • Quando a vesícula biliar está repleta de cálculos, o diagnóstico seguro torna-se mais difícil, visto que a vesícula biliar assemelha-se a uma alça intestinal repleta de ar. • O sinal PES fornece uma evidência definitiva de vesícula biliar repleta de cálculos. • Os cálculos biliares produzem uma sombra escura “limpa”, enquanto o ar no intestino produz uma sombra mais brilhante “suja”. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 53. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 54. Vesícula Biliar - Pólipos • Os pólipos aparecem como nódulos ecogênicos, sem sombra, que se estendem a partir da parede da vesícula biliar. • Os pólipos adenomatosos são raros e indistinguíveis dos pólipos de colesterol. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 55. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 56. Vesícula Biliar – Colecistite Aguda • As evidências US de colecistite aguda incluem: o Cálculos Biliares; o Espessamento da parede da vesícula biliar; o Hipersensibilidade focal da vesícula biliar produzida pela pressão do transdutor diretamente sobre a vesícula biliar (Sinal do Murphy ultrasonográfico) o Fluido pericolecístico o Dilatação da vesícula biliar o Evidências de hiperemia da parede com o Doppler. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 57. Vesícula Biliar – Colecistite Aguda • O aspecto estriado de uma parede espessado da vesícula biliar fornece uma evidência de colecistite gangrenosa. • As coleções de fluido pericolecístico de mais de 1 cm fornecem uma evidência de perfuração da vesícula biliar. • A ausência de cálculos biliares não uma evidência contra a colecistite em pcts com risco de colecistite alitiásica. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 58. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 59. Vesícula Biliar – Carcinoma de Vesícula Biliar • Foram descritos 3 padrões principais de doença: o Substituição da vesícula biliar por uma massa (40-65% dos casos): • A massa é acentuadamente heterogênea, devido aos cálculos biliares encapsulados, tumor e resíduos necróticos. o Espessamento difuso ou focal da parede da vesícula biliar (20- 30% dos casos): • A parede é mais espessa e irregular do que por outras causas o Massa de tecido mole no interior da luz da vesícula biliar (5-10% dos casos): • Deve-se suspeitar de câncer na presença de massa intraluminal maior de 10 mm. • Outros achados associados ao câncer da vesícula biliar incluem obstrução biliar, adenopatia, metástases hepáticas e invasão das estruturas adjacentes. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 60. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 61. Vesícula Biliar - Adenomiomatose • Aparece no US como espessamento focal ou difuso da parede da vesícula biliar. • O fundo da vesícula biliar quase sempre está acometido. • Os seios de Rokitansky-Aschoff constituem um achado morfológico característico. • Trata-se de dilatações saculares da mucosa no interior da parede do músculo liso hipertrofiado. • Esses seios freqüentemente contém cristais de colesterol precipitados, que são muito ecogênicos e produzem artefatos em “cauda de cometa”. • Não tem potencial maligno, mas pode simular um carcinoma de vesícula. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 62. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 63. Baço – Anatomia Normal ao US • O baço é mais bem visualizado na US com acesso intercostal póstero-lateral e com o pct em decúbito dorsal. • O parênquima esplênico é homogêneo e normalmente mais ecogênico do que o fígado. • Suas bordas são lisas, bem definidas e freqüentemente lobuladas. • Os baços acessórios aparecem como massas arredondadas e bem definidas no hilo esplênico ou próximo a ele. • São homogêneos e isoecóicos com o parênquima esplênico. • A esplenomegalia é evidenciada por um baço com comprimento > 14 cm ou espessura > 6 cm. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 64. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 65. Baço – Alterações Patológicas • Cistos Pós-Traumáticos: o Respondem por 80% das lesões císticas do baço. o São, geralmente, bem definidos e anecóicos, com transmissão direta acentuada. o É comum observar paredes espessas com calcificação anelar. • Cistos Epiteliais Verdadeiros: o São indistinguíveis dos cistos pós-traumáticos, embora a calcificação na parede seja menos comum. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 66. Baço – Alterações Patológicas • Coleções de Líquido Pancreático: o São quase sempre de localização subcapsular o O líquido flui do pâncreas para o baço ao longo do trajeto da artéria e veia esplênicas. • Aneurismas da Artéria Esplênica: o São comuns e apresentam-se como massa hipoecóica na região do hilo esplênico. o Em geral, verifica-se a presença de calcificação aterosclerótica na parede do aneurisma. o A US com doppler revela a existência de fluxo sangüíneo arterial. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 67. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 68. Baço – Alterações Patológicas • Abscessos: o Apresentam-se com fluido ecogênico, depósitos de restos celulares em camadas de ar, embora alguns contenham líquido anecóico. • Linfoma: o As lesões hipoecóicas no baço de pcts com linfoma têm tendência a ser focos de linfoma. o Entretanto, o baço pode estar aumentado sem comprometimento por linfoma por estar difusamente infiltrado. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 69. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 70. Baço – Alterações Patológicas • Infartos: o Aparecem hipoecóicos ou anecóicos e, em geral, são cuneiformes e estendem-se, tipicamente, até a cápsula esplênica. o As bordas do parênquima podem estar nitidamente definidas ou irregulares. o Os pcts que apresentam infarto esplênico apresentam, em sua maioria, esplenomegalia ou linfoma acometendo o baço. • Hemangiomas: o São habitualmente homogêneos e hiperecóicos. o Foi descrito um aspecto de massa complexa com múltiplas áreas císticas. o Ocorre calcificações nas áreas de fibrose. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 71. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 72. Baço – Alterações Patológicas • Metástases: o Aspecto inespecífico e são habitualmente hipoecóicas e múltiplas. • Hematoma: o Comumente investigado em pcts vítimas de trauma abdominal contuso. o O exame comumente demonstra a presença de lacerações esplênicas e hematomas subcapsulares e intraparenquimatosos. o O aspecto do hematoma na US varia com a idade e a composição. o A maioria é bem definida e hipoecóica. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 73. Pâncreas – Anatomia Normal ao US • As referências vasculares são fundamentais para a sua visualização. • O corpo e a cauda do pâncreas são imediatamente anteriores à veia esplênica em seu percurso do hilo esplênico para o fígado. • O colo do pâncreas é anterior à junção da veia esplênica com a veia mesentérica superior, que marca o início da veia porta. • A cabeça do pâncreas envolve essa confluência e situa-se anteriormente à VCI. • O processo uncinado situa-se caudalmente ao nível da veia esplênica, entre a veia mesentérica superior e a VCI. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 74. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 75. Pâncreas – Anatomia Normal ao US • A ecogenicidade do pâncreas depende da quantidade de infiltração gordurosa. • Nas crianças e adultos, a ecogenicidade do pâncreas é aproximadamente igual à do fígado. • Em idades mais avançadas, o pâncreas torna-se mais ecogênico com a infiltração progressiva entre os lóbulos do parênquima pancreático. • O ducto pancreático costuma ser observado em indivíduos normais. • O ducto normal não ultrapassa 3 mm de diâmetro e afila progressivamente em direção à cauda. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 76. Pâncreas – Anatomia Normal ao US • O lobo esquerdo do fígado serve como melhor janela para o pâncreas. • A cauda do pâncreas pode ser visualizada através do baço, concentrado-se na região do hilo esplênico. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 77. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 78. Pâncreas – Pancreatite Aguda • Os achados US incluem: o Aumento glandular difuso; o Diminuição da ecogenicidade devido ao edema e bordas pouco definidas da glândula. • O exame US deve incluir a documentação da presença de cálculos biliares e a dilatação da árvore biliar. • A região ampular deve ser cuidadosamente examinada à procura de cálculo biliar impactado. • A US é excelente para a detecção e o acompanhamento de coleções de líquido, que acumula-se mais comumente ao redor do pâncreas, na bolsa omental e no hilo esplênico. • As veias esplênicas, porta e mesentérica superior devem ser examinadas à procura de trombose. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 79. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 80. Pâncreas – Pancreatite Crônica • Devido à fibrose e atrofia glandular difusa, o pâncreas apresenta um tamanho reduzido e aumento da ecogenicidade, tornando a sua identificação mais difícil na US. • As calcificações produzem ecodensidades focais e, com freqüência, sombra acústica. • O ducto pancreático exibe um padrão de dilatação e constrição alternadas. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 81. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 82. Pâncreas - Adenocarcinoma • Aparece como uma massa hipoecóica ou como alteração sutil da textura acústica do pâncreas. • O término súbito dos ductos dilatados numa massa hipoecóica é característico. • O fígado e o retroperitônio devem ser cuidadosamente examinados à procura de nódulos metastáticos e de adenopatia. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 83. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 84. Pâncreas – Tumores de Céls das Ilhotas e Metástases • Tumores de Céls das Ilhotas: o São predominantemente hipoecóicos em comparação com o parênquima pancreático. o A degeneração cística, a hemorragia, a fibrose e a calcificação produzem amplas variações no aspecto. • Metástases: o Podem simular o adenocarcinoma de pâncreas, sobretudo o carcinoma de cólon. • Linfoma: o Acomete comumente os linfonodos peripancreáticos, causando massas hipoecóicas múltiplas ou confluentes. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 85. Pâncreas – Pseudocistos e Abscessos • Pseudocistos: o Parecem como massas anecóicas bem definidas e de paredes lisas. o É comum a presença de múltiplas loculações e septações internas. o Os restos celulares internos e níveis de fluido-fluido indicam hemorragia ou infecção. • Abscesso: o A US revela uma coleção habitualmente mal definida e que contém fluido ecogênico. o A observação de bolhas de gás que se deslocam, produzem sombra e causam artefatos em “cauda de cometa” fornece uma forte evidência de infecção. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 86. Pâncreas – Adenoma Microcístico • Adenoma Microcístico ou Cistoadenoma Seroso: o Embora seja composto por múltiplos cistos pequenos, aparece comumente como uma lesão sólida na US. o É possível demonstrar alguns cistos maiores. o É típica a presença de uma cicatriz estrelada central ecogênica com calcificação. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 87. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 88. Pâncreas – Neoplasias Císticas Mucinosas • Neoplasias Císticas Mucinosas: o Apresentam cistos de 2 cm ou mais. o São demonstradas septações internas e projeções papilares das paredes, de 1-2 mm de espessura. o Em geral, o Doppler demonstra a existência de fluxo no interior dos septos e componentes sólidos. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 89. Glândulas Supra-Renais – Anatomia Normal ao US • Pode ser difícil visualizá-las no adulto, entretanto são habitualmente muito proeminentes no RN. • A glândula supra-renal direita é mais bem visualizada numa imagem transversal, logo acima do pólo superior do rim direito. • A glândula supra-renal em forma de Y ou V é observada posteriormente à VCI, quando esta penetra no fígado. • A glândula supra-renal esquerda é mais bem visualizada entre o pólo superior do rim esquerdo e a aorta em um plano coronal angulado. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 90. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 91. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 92. Glândulas Supra-Renais – Anatomia Normal ao US • As supra-renais são hipoecóicas em comparação com a gordura retroperitoneal, e isoecóicas, em comparação com os pilares do diafragma. • A medula da supra-renal aparece como uma linha ecogênica fina circundada pelo córtex hipoecóico. • Os ramos da glândula supra-renal normal do adulto têm 4-5 cm de comprimeto e 5-7 mm de largura. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 93. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 94. Glândulas Supra-Renais – Hiperplasia Supra-Renal • Aparece como aumento bilateral difuso ou na forma de múltiplos nódulos pequenos e bilaterais. • O diagnóstico diferencial de aumento bilateral das glândulas supra-renais inclui infecção (sobretudo TB, histoplasmose e citomegalovírus), doença metastática e linfoma. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 95. Glândulas Supra-Renais – Adenomas Supra-Renais • Aparecem como massas supra-renais sólidas e homogêneas, com ecogenicidade semelhante à do parênquima renal. • A US não fornece nenhum achado específico capaz de diferenciar massas benignas de malignas. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 96. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 97. Glândulas Supra-Renais – Carcinomas Supra-Renais • São indistingüíveis dos adenomas quando o tumor é pequeno (< 4 cm). • Os carcinomas maiores são heterogêneos, com áreas de necrose, hemorragia e calcificação. • A imagem com Doppler é útil para detectar a invasão tumoral das veias supra-renais ou renais e da veia cava inferior. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 98. Glândulas Supra-Renais - Feocromocitoma • Geralmente pode ser demonstrado por US, visto que a maioria é grande (5-6 cm). • Os feocromocitomas têm, em sua maioria, bordas nítidas e são predominantemente sólidos; áreas císticas de necrose e de hemorragia são comuns. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 99. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 100. Glândulas Supra-Renais – Mielolipoma Supra-Renal • Aparece como uma massa muito ecogênica no leito supra-renal. • Áreas hiperecóicas e hipoecóicas mistas correspondem a elementos gordurosos e mielóides no interior do tumor. • O diagnóstico é confirmado por densidade interna de gordura por TC ou Rm. • Outras massas ecogênicas na região supra-renal incluem angiomiolioma renal, teratoma, lipoma e lipossarcoma. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 101. Glândulas Supra-Renais – Cistos Supra-Renal • Os cistos benignos não complicados apresentam paredes e septos finos (< 3 mm), líquido interno anecóico e demonstram transmissão direta acentuada. • O fluido ou resíduos internos ecogênicos, o espessamento das paredes, a presença de componentes sólidos e as dimensões grandes (> 6 cm) sugerem malignidade. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 102. Glândulas Supra-Renais – Hemorragia Supra-Renal • A US demonstra inicialmente um aumento hiperecóico da glândula supra-renal, semelhante a uma massa. • Como o decorrer do tempo, a massa supra-renal torna-se rapidamente hipoecóica e diminui progressivamente de tamanho. • A glândula pode readquirir por completo a sua dimensão normal, ou pode evoluir para um pseudocisto, que freqüentemente desenvolve calcificações em suas paredes dentros de 2-4 semanas após a hemorragia. • No adulto, a hemorragia supra-renal é habitualmente unilateral e localizada do lato direito (85% dos casos), estando associados, em sua maioria, a traumatismo abdominal contuso. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 103. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 104. Rins – Anatomia Normal ao US • O córtex renal é isoecóico ou ligeiramente hipoecóico em comparação com o fígado, e distintamente hipoecóico quando comparado com o baço. • As pirâmides medulares são visualizadas como estruturas hipoecóicas em formato de cone, circundadas pelo córtex mais ecogênico (diferenciação córtico-medular). • O seio central contém gordura, vasos sangüíneos, sistema coletor e vasos linfáticos. • A ecogenicidade do seio central é igual à da gordura perirrenal. • O contorno do rim é liso, mas pode ser lobulado pelos lobos renais normais. • Os rins no adulto variam de 9-13 cm de comprimento. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 105. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 106. Rins – Obstrução • A US costuma ser o método de imagem de primeira escolha para o diagnóstico da obstrução urinária • Na US, o achado essencial na obstrução consiste em hidronefrose. • A hidronefrose é reconhecida pela distensão do sistema coletor por líquido, com comunicação entre os cálices repletos de líquido e arredondados e a pelve renal dilatada. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 107. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 108. Rins – Obstrução • O ureter dilatado aparece como tubo repleto de líquido que se estende a partir da pelve renal. • A presença de hidronefrose nem sempre significa obstrução. • As estruturas que podem simular a hidronefrose incluem: o Cistos peripélvicos, o Múltiplos cistos simples no seio renal o Pelve extra-renal. • A junção ureterovesical deve ser examinada com Doppler colorido para detectar a presença ou ausência de jato ureteral. • A avaliação das artérias renais com Doppler também pode ser útil. Um índice de resistência de mais de 0,7 na artéria arqueada sugere obstrução. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 109. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 110. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 111. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 112. Rins – Cálculos • Todos os cálculos renais aparecem na US como focos ecogênicos brilhantes independente de sua composição. • Os fatores técnicos que melhoram a capacidade de demonstrar a sombra incluem: o Imagem do cálculo na zona focal do transdutor o Centralização do cálculo no feixe US e o Uso de transdutores de alta freqüência. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 113. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 114. Rins – Nefrocalcinose • Refere-se à calcificação das pirâmides medulares renais, que aparecem ecogênicas, em lugar de ecotransparentes. • Existe imagem acústica apenas quando a calcificação é densa. • As causas comuns consistem em terapia com furosemida no RN, estados hipercalciúricos como hiperparatireoidismo, rim esponjoso medular e acidose tubular renal. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 115. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 116. Rins – Doença Parenquimatosa Renal Difusa • A US é comumente utilizada para avaliar pcts com IRA e IRC. • As causas de obstrução bilateral incluem ruptura de aneurisma da aorta abdominal, tumor (sobretudo carcinoma cervical) e fibrose retroperitoneal. • A dça renal terminal está associada a rins pequenos, ecogênicos e, com freqüência, de visualização difícil. • Quando o rins têm menos de 9 cm em adultos, existe pouca probabilidade de doença renal reversível, e a realização de biópsia renal raramente está justificada. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 117. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 118. Rins – Doença Parenquimatosa Renal Difusa • Os rins aumentados (> 12 cm) sugerem um processo infiltrativo, como glomerulonefrite, leucemia, linfoma ou trombose da veia renal (edema). • A nefropatia da AIDS caracteriza-se por rins aumentados e difusamente ecogênicos. • Os rins aumentados constituem uma indicação para exame Doppler das veias renais. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 119. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 120. Rins – Massas Renais • A US é utilizada para determinar se a massa é um cisto simples, um cisto complicado, uma massa complexa ou uma massa totalmente sólida. • Emprega-se o Doppler para demonstrar a vascularidade interna, a fim de caracterizar uma neoplasia. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 121. Rins – Cistos Simples • Facilmente diagnosticados pela US, os achados característicos incluem: o Conteúdo anecóico o Parede bem definida o Realce acústico profundo na lesão o Paredes imperceptivelmente finas. • Todos os cistos devem ter uma parede bem definida. • Os cistos com septações finas ou calcificações curvilíneas finas ainda são classificados como cistos benignos. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 122. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 123. Rins – Cistos Complicados • Apresentam qualquer um dos seguintes achados, que desqualificam sua caracterização como cistos simples: o Restos internos o Coágulo ecogênico o Níveis de fluido-restos celulares o Septações o Paredes espessas o Vasos sangüíneos em septações e calcificação espessa ou grosseira. • O diagnóstico diferencial de uma massa cística complicada deve incluir: o Hemorragia ou infecção em cisto simples o Tumor Cístico o Abscesso o Obstrução dos pólo superior da duplicação pielocalicial o Divertículo calicial o Aneurisma o Pseudo-aneurisma Dr. Emanuel R. Dantas
  • 124. Rins – Cistos Peripélvicos • Formam-se no seio renal, são mutilobados e podem assemelhar-se a estreitamente à hidronefrose. • Os cistos peripélvicos são diferenciados da hidronefrose pela demonstração de ausência de comunicação entre si ou dilatação da pelve renal, presença de gordura ecogênica entre o ápice da pirâmide medular e o cisto e ausência de ureter dilatado. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 125. Rins – Doença Cística Renal • Na doença policística autossômica dominante, o parênquima renal é progressivamente substituído por múltiplos cisto não-comunicantes de tamanho variável. • O volume renal aumenta com o número e tamanho dos cistos renais. • Os cistos costumam ser complicados por hemorragia interna. • O diagnóstico por imagem é confirmado pela demonstração de cistos no fígado (60% dos pcts), no pâncreas (10% dos pcts) e, com freqüência, em outros órgãos. • As anormalidades cardiovasculares associadas incluem: o Aneurismas intracranianos (20% dos pcts), o Prolapso da valva mitral e valva aórtica bicúspide o Aneurismas aórticos e dissecção aórtica. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 126. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 127. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 128. Rins – Doença de von Hippel- Lindau • Está associada a múltiplos cistos renais e pancreáticos, feocromocitomas e, com freqüência, CCR múltiplos e bilaterais (24 a 45% dos pcts). Dr. Emanuel R. Dantas
  • 129. Rins – Carcinoma de Céls Renais • É a massa sólida renal mais comum em adultos. • Na US, 50% são hiperecóicos em comparação ao parênquima renal, 30% são isoecóicos, 10% são hipoecóicos, 5-10% são predominantemente císticos e 20-30% exibem calcificação grosseira central grosseira e pontilhada. • O CCR altamente ecogênico pode ser confundido com o angiomiolipoma (AML), embora o CRR tenha tendência a ser mais heterogêneo e possa apresentar componentes císticos. • Os tumores tornam-se císticos devido à necrose e hemorragia interna. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 130. Rins – Carcinoma de Céls Renais • Com a detecção de uma massa renal sólida, o exame de US deve ser estendido para detectar a invasão tumoral da veia renal e da VCI. • Os sinais de trombo tumoral incluem: o Massa ecogênica na veia o Veia aumentada o Aumento da veia colateral o Ausência ou deslocamento do fluxo venoso no Doppler o Sinal Doppler arterial dentro da veia produzindo por neovascularidade tumoral. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 131. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 132. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 133. Rins - Angiomiolipoma • O aspecto clássico do AML consiste em uma massa renal uniformemente hiperecóica com bordas nítidas. • A ecogenicidade da massa é, pelo menos, igual à da gordura do seio renal. • Observa-se sombra acústica fraca na ausência de calcificação no AML, mas não no CCR. • Tipicamente, o AML é hipervascular, porém raramente possui qualquer componente cístico. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 134. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 135. Rins – Carcinoma de Céls de Transição • Os tumores podem ser pequenos, infiltrativos ou causar estenose. • Deve-se suspeitar de uma massa sólida no interior do seio renal central ou que esteja desenvolvendo- se a partir do seio. • A US é utilizada mais para diferenciar uma massa sólida no seio renal de um cisto peripélvico. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 136. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 137. Rins - Linfoma • Tipicamente, o linfoma produz múltiplas massas hipoecóicas, cada uma delas, um padrão uniforme de ecos finos de baixo nível, que refletem a estrutura celular homogênea. • A demonstração de vasos internos com Doppler diferencia o linfoma dos cistos contendo líquido ecogênico. • Os padrões de crescimento consistem em massa dominante única, múltiplas massas, infiltração difusa causando aumento renal e invasão do seio renal por adenopatia retroperitoneal confluente. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 138. Rins – Pielonefrite Aguda • Freqüentemente não produz nenhuma anormalidade ao US. • Os casos graves alteram a ecogenicidade do parênquima renal, devido ao edema, à inflamação local e ao sangramento focal. • A US é utilizada em pcts com ITU para detectar a presença de hidronefrose, abscesso renal ou abscerro perirrenal. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 139. Rins - Pionefrose • Refere-se à infecção no interior de um sistema coletor renal dilatado e obstruído. • São observados restos ecogênicos, freqüentemente com nível de urina-débris, no interior do sistema pielocalicial dilatado. • A presença de gás no sistema coletor provoca desvio dos focos ecogênicos, com sombra e artefato de reverberação. • Cerca de 10% dos casos são indistingüíveis da hidronefrose não complicada. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 140. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 141. Rins – Abscesso Renal Aparece como uma massa cística intra-renal pouco marginada contendo fluido ecogênico. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 142. Rins – Pielonefrite Xantogranulomatosa • É sugerida pela demonstração US de um cálculo na pelve renal com sombra acústica, dilatação das estruturas coletoras comumente ocupadas por resíduos ecogênicos, deformação semelhante a uma massa e aumento do rim e extensão da doença para o espaço perirrenal. • Com freqüência, o parênquima é hipoecóico, refletindo edema e inflamação. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 143. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 144. Rins – Estenose da Artéria Renal • A estenose significativa da artéria renal é evidenciada por formas de ondas espectrais parvus-tardus nas artérias intra-renais. • Os padrões de ondas espectrais arteriais intra- renais normais demonstram uma ascenção sistólica precoce quase vertical. • Outros sinais de estenose incluem: o Pico de velocidade sistólica da artéria renal principal superior a 100 cm/s o Relação de velocidade sistólica máxima da artéria renal principal e a aorta de mais de 3,5. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 145. Dr. Emanuel R. Dantas
  • 146. Rins – Trombose da Veia Renal • Ocorre em contextos clínicos de Sd nefrótica, desidratação, traumatismo, coagulopatia ou trombose da VCI. • A trombose completa aguda produz rim aumentado, hipoecóico e edematoso, sem fluxo sangüíneo detectável na veia renal por Doppler. Dr. Emanuel R. Dantas