2. •Comprimento – 48 a 55 cm
•Perímetro cefálico (PC) – 31 a 35,5 cm
•Perímetro torácico (PT) – 30,5 a 33 cm
•Perímetro abdominal (PA) – 30,5 a 33 cm
•Peso – média 3.400 g
Medições Gerais RN a termo
3. Coloração
Os recém-nascidos de cor
branca são rosados e os de cor
preta tendem para o
avermelhado.
Palidez
Sugere geralmente a
existência de anemia e/ou
vasoconstrição periférica.
4. Os recém nascidos (RN) apresentam certa instabilidade
vasomotora e lentidão circulatória periférica
Estas alterações produzem uma cor vermelho-escura ou até
mesmo violácea durante o choro
Pode ocorrer cianose de extremidades quando há
exposição ao frio.
5. As manchas mongólicas, representadas por
pigmentação cinza-azulada no dorso e nas
nádegas, não possuem nenhuma importância
clínica
6. O vérnix caseoso e hemangiomas capilares
maculares transitórios comuns em pálpebras e
pescoço, também são achados físicos
normais em recém-nascidos.
Tufos de pêlos na coluna lombossacra sugerem
uma anomalia subjacente como espinha bífida
oculta, fístula ou tumor.
7. A lanugem, que são pêlos finos, macios e
imaturos, são encontrados nos
prematuros, nos lactentes a termo ela é
substituída por pêlos
Edema - Descrever a intensidade e a
localização.
Geralmente desaparece em 24 a 48
horas, podendo ser moderado, mole,
localizado em face ao nível dos olhos e no
dorso de mãos e membros inferiores.
RN perde até 10% do peso de
nascimento.
8. É comum no RN o aparecimento de
um eritema, denominado de Eritema
tóxico.
O eritema tóxico é descrito como
pápulas ou lesões vesicopustulosas
que surgem de 1 a 3 dias após o
nascimento, sendo localizado
na face, tronco e membros.
É classificado como um exantema
benigno, desaparecendo em poucos
dias.
Etiologia desconhecida -
Postula-se que a causa seja uma
reação ao ambiente extra-uterino.
9. A pele do RN é mais fina e lisa quanto mais
prematura for a criança. A maior proporção de
água em sua constituição contribui para
consistência quase gelatinosa nos prematuros
extremos.
Icterícia - a cor amarelada da pele e mucosas pode
ser considerada anormal e deverá ser esclarecida
a sua causa.
Milium sebáceo - consiste em pequenos pontos
branco-amarelados localizados principalmente em
asas de nariz.
10. Perímetro cefálico: deve ser tomado por
fita métrica inelástica passando pela
protuberância occipital e pela região mais
proeminente da fronte.
È 1 a 2 cm maior que o perímetro torácico
Investigar a presença de macro ou
microcefalia.
Fontanelas: de dimensões variáveis:
anterior em formato de losango, com
variações de 1 a 5 cm. A posterior tem
formato triangular e é do tamanho
de uma polpa digital.
11. Áreas amolecidas nos ossos parietais no vértice
próximo à sutura sagital são chamadas de
craniotabes (zona de tábua óssea depressível),
sendo comuns em prematuros e neonatos que
foram expostos à compressão uterina.
12. Suturas: Após o parto, o afastamento
das suturas pode estar diminuído devido
ao cavalgamento dos ossos do crânio,
sem significado patológico, e deve ser
diferenciado da cranioestenose que é a
soldadura precoce de uma ou mais
suturas cranianas provocando
deformações do crânio com hipertensão
intracraniana.
13. Morfologia: pode apresentar
deformidades transitórias
dependentes da apresentação
cefálica e do próprio parto:
Bossa serossangüínea: é uma
tumefação difusa, edematosa
(massa mole, mal delimitada,
edemaciada e equimótica),
localizando-se ao nível da
apresentação.
14. Céfalo-hematoma: É um
hematoma (hemorragia) no
subperióstico que se distingue
da bossa pelo seu rebordo
periférico palpável, e pelo fato
de não ultrapassar a sutura.
A regressão espontânea com
calcificação ocorre em algumas
semanas a meses.
Pode ser bilateral ou
volumoso e apresentar
icterícia.
15. Observar sobrancelhas, cílios, movimentos palpebrais,
edema, direção da comissura palpebral (transversal e
oblíqua), afastamento de pálpebras e epicanto.
Hemorragias conjuntivais são comuns, mas são
reabsorvidas sem qualquer procedimento.
Secreções purulentas (conjuntivite ou oftalmia neonatal)
devem ser investigadas as causas.
A presença de estrabismo é comum e pode persistir por
cerca de 3 a 6 meses, quando se desenvolve
a coordenação dos movimentos oculares.
16. Os pavilhões, nos RN, são muito moles e moldáveis. No
prematuro, frequentemente permanece dobrado.
Observar forma, tamanho, simetria, implantação.
Uma anomalia do pavilhão pode estar associado a
malformação do trato urinário e anormalidades
cromossômicas.
A acuidade auditiva pode ser pesquisada através da
emissão de ruído próximo ao ouvido e observar a resposta
do reflexo cócleo-palpebral, que é o piscar dos
olhos. (Teste da orelhinha).
17. Observar a forma,
permeabilidade das coanas,
mediante a oclusão da boca e
de cada narina separadamente
e/ou à passagem de uma sonda
pelas narinas e a presença de
secreção serosanguinolenta.
18. Cistos de retenção mucosa na linha média do
palato - pérolas de Epstein –, na gengiva –
cistos de Bohn – e no assoalho da boca –
rânulas - são comuns, desaparecendo
espontaneamente algumas semanas após o
nascimento.
19. Presença de dentes;
Conformação do palato (ogival); a
presença de fenda palatina; da fissura labial
(lábio leporino);
O desvio da comissura labial;
Posição da mandíbula (retrognatia);
Visualizar a úvula;
Avaliar tamanho da língua (glossoptose
representar risco de vida) e freio lingual.
20. O pescoço do RN é grosso, curto e com pregas.
Palpar a parte mediana para detectar a
presença de bócio, fístulas e cistos;
Explorar a mobilidade e tônus.
21. O tórax do recém-nascido é cilíndrico e o ângulo costal
é de 90º.
Uma assimetria pode ser determinada por
malformações de coração, coluna ou arcabouço costal.
O tipo respiratório é caracteristicamente abdominal.
Palpar ambas as clavículas para detectar a presença
de fraturas.
Observar o ingurgitamento das mamas e/ou presença
de leite que pode ocorrer em ambos os sexos, bem
como a presença de glândula supranumerária. A
hipertrofia de glândulas mamárias é comum em
ambos os sexos.
22. A respiração é abdominal, silenciosa e não utiliza
musculatura acesória.
A freqüência respiratória é de 40 a 60 movimentos,
com incursões intercaladas por pequenas pausas.
Estertores bolhosos logo após o nascimento
normalmente são transitórios e desaparecem nas
primeiras horas de vida. Sua persistência obrigará a
verificar a ausência de patologias pulmonares, bem
como diminuição global e assimetria do murmúrio
vesicular.
23. A freqüência cardíaca do RN é de 100 a 160 bpm.
A PA sistólica ao nascer é de 70mmHg, sendo um
pouco menor nos RN pequenos para idade
gestacional (PIG <= 2,5 kg)
A saturação arterial de O2 situa-se em torno de 90%
entre 30 e 180 min.
Podemos auscultar sopros transitórios que, na
maioria dos casos, não representam cardiopatias
congênitas.
A palpação dos pulsos femorais é obrigatória. Sua
ausência indica coarctação aórtica.
24. Contorno normal do abdômen é cilíndrico,
geralmente proeminente e com veias visíveis.
Observar ruídos abdominais.
O fígado costuma ser palpável até 2 cm abaixo
do rebordo costal.
25. O cordão umbilical é normalmente branco-gelatinoso.
Inspecionar cordão umbilical: 2 artérias e 1 veia.
A presença de secreção fétida na base do coto umbilical,
edema e hiperemia de parede abdominal indica
onfalite.
26. Uma ponta de baço pode ser palpável na primeira
semana.
Os rins podem ser palpados principalmente o
esquerdo.
Detectar a presença de massas abdominais.
27. A musculatura lisa do tubo digestivo tem seu tônus
diminuído, facilitando a distensão abdominal.
No entanto, a distensão quando significativa logo ao
nascimento, nos faz pensar em obstrução ou perfuração do
trato gastrointestinal (TGI), geralmente por íleo meconial.
Uma distensão abdominal que se inicia mais tardiamente
pode representar obstrução intestinal, sepse ou peritonite.
28. O ar atinge o cólon no primeiro dia de
vida. Uma radiografia abdominal deve
revelar gás no reto em 24h.
Visualizar sistematicamente o orifício
anal, em caso de dúvida quanto à
permeabilidade usar uma pequena
sonda.
O mecônio pode ser eliminado logo
após o nascimento, mas o faz
geralmente entre 10 e 12 horas:
Deve ser eliminado de 24 a 48 horas de
vida
29. A taxa de filtração glomerular, que encontra-se
baixa no período fetal, aumenta com a idade
gestacional, assim como no período pós-natal
A função renal tem início no período fetal. Ao
nascer o RN apresenta a bexiga contendo certa
quantidade de urina, que é eliminada nas
primeiras horas de vida.
30. Observar a integridade e definição, isto é, se há
ambigüidade ou não.
31. Os pequenos lábios e clítoris estão proeminentes
e os pequenos lábios podem apresentar pequenas
aderências (sinéquias).
Pode-se perceber saída de secreção catarral, às
vezes sanguinolenta, pela vagina – estrógenos
maternos.
32. A aderência do prepúcio à glande é
comum, raramente necessitando de
tratamento.
Observar meato urinário.
Palpação do escroto, observar presença de
testículos. (Criptorquidia)
Pode ocorrer hidrocele não-comunicante
que desaparece após o 4° mês.
A hiperreflexia cremastérica pode elevar os
testículos durante o choro ou no frio.
33. A coluna será examinada, especialmente na
área sacrolombar, percorrendo com os dedos a
linha média em busca de espinha bífida,
mielomeningocele e outros defeitos.
34. Os dedos devem ser examinados (polidactilia, sindactilia,
malformações ungueais).
A presença de fraturas ou lesão nervosa (paralisias) será
avaliada pela atividade espontânea ou provocada dos
membros.
Paralisia braquial e facial (assimetria facial durante o
choro).
35. O bom estado das articulações coxo-femurais deve
ser pesquisado sistematicamente pela abdução das
coxas, tendo as pernas fletidas (manobra de
Ortolani), e pela pesquisa de assimetria de pregas da
face posterior das coxas e subglúteas.
36. Uma moderada adução da parte anterior do pé,
de fácil redução, deve ser diferenciada do pé
torto congênito, onde a redução não ocorre.
38. Moro:
Com ruídos fortes ou movimentos bruscos o RN joga os
braços e pernas para a frente. Desaparece no 4° mês.
39. Garra ou Preensão palmar:
Flexão dos dedos das mãos e pés
quando a palma ou a planta é
estimulada com o dedo ou algum
objeto.
Preensão plantar:
Desaparece em torno do 3°mês de vida.
Fuga
Decúbito ventral, cabeça lateralizada,
simulando obstrução de vias aéreas
40. Tônico Cervical ou curvatura do
tronco:
Extensão do membro
homolateral com a rotação
lateral da cabeça.
Óculo motor:
Encontra-se presente. Pode haver
dilatação pupilar secundária.
41. Sucção e Deglutição:
Presente exceto nos prematuros de baixo peso (<35
sem).
42. Marcha:
Seguro pelas axilas, em posição vertical e colocado sobre
uma superfície, o RN desenvolve movimentos de marcha
automática
43. Pontos cardeais:
Estímulos táteis aplicados na região peri-oral,
fazendo com que o RN procure, com
movimentos de sucção (lábios e língua a
direção dos quatro pontos cardeais, a criança
obedece onde há o estímulo.
Voracidade:
Mesma maneira que no reflexo
anterior, porém a cabeça do RN deve
estar segura. Em resposta ele dirige todo
aparelho bucal ao objeto, já que não
consegue virar a cabeça.
44. 1ºO exame do RN é de fundamental
importância, pois ao contrário de
pacientes adultos, as únicas informações
que ele pode nos fornecer são seus sinais
e sintomas.
2ºO RN assim como crianças não são
adultos em miniatura, possuem suas
particularidades, principalmente nos
primeiros anos de vida.
3ºDevido as suas particularidades
principalmente no sistema hematológico
e alterações metabólicas, devemos ter
cuidado com a administração de certas
drogas.
WHALEY; WONG. Enfermagem Pediátrica. 5
ed., Guanabara, 1999.
MARCONDES, E. Pediatria Básica – 9ª edição –
São Paulo: Sarvier, reimpressão, 2003.