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Hipertensão Arterial Sistêmica

                              Aspectos gerais
                               Fisiopatologia
                                Diagnóstico
                                Tratamento


Acadêmicos: Guilherme Gobbi Neto – Aspectos gerais & Fisiopatologia
            João Paulo da Silva Santos – Diagnóstico & Tratamento
Introdução

    A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o
aumento crônico da pressão sanguínea arterial,
existente em um contexto sindrômico devido
alterações hemodinâmicas, tróficas ou
metabólicas.
O controle da pressão arterial ainda encontra-se em um
  patamar insatisfatório, principalmente devido fatores como:


 Falta de conhecimento teórico do clínico;

 Falta de uma relação médico-paciente adequada;

 Falta de adesão ao tratamento, por ser uma doença
 inicialmente assintomática os pacientes subvalorizam o
 tratamento;

 Baixa penetração das campanhas de prevenção primária.
 (fumo, alimentação, exercícios físicos).
Fatores de Risco
 Idade elevada;

 Afrodescendência;

 Baixo nível socioeconômico;

 Alimentação ruim;

 Etilismo;

 Obesidade;

 Sedentarismo.
Epidemiologia
    Configura-se como uma das doenças de maior
prevalência no mundo moderno, pois sua maior
incidência está associada a fatores como:

 Idade avançada;

 Obesidade;

 Sedentarismo;

 Estresse.
Estima-se que de cada 10 brasileiros, 3 são
 hipertensos.

 Negros possuem chance 67% maior de
 desenvolver HAS em relação aos brancos.

27% das mortes no Brasil são atribuídas à
 causas cardiovasculares.

 Segundo OMS morrem cerca de 9 milhões de
 pessoas por ano devido complicações da HSA.
Com o envelhecimento da população e o aumento do número
   relativo de obesos, eleva-se a prevalência da HAS e das
   complicações secundários a ela, como:

 Retinopatia hipertensiva;

 Cardiopatias hipertróficas;

 Insuficiência cardíaca congestiva;

 Coronariopatias;

 Insuficiência renal crônica;

 Acidente vascular encefálico.
Mortalidade
 As taxas de mortalidade em pacientes com HAS
não tratada resumem-se em:
Definição de hipertensão
Define-se hipertensa, a pressão arterial capaz de evocar
 danos cardiovasculares a longo prazo.

Comporta-se de maneira arbitrária e de difícil
 padronização pois, elevações a partir de 115/75 mmHg já
 demonstram aumento nos índices de mortalidade
 cardiovascular.

A melhor definição é “o nível em que os benefícios da
 ação excedam os riscos e custos da falta de ação”

Pressão arterial > 139/89 mmHg
Pressão sanguínea

 É a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área
  da parede vascular.

 É medida em milímetros de mercúrio (mmHg).

 O fluxo sanguíneo é dependente da diferença de pressão (ΔP)
 entre dois pontos.

 Ponto de maior pressão (P1) ---> Ponto de menor pressão (P2).
 O fluxo sanguíneo pelo vaso pode ser calculado pela
 seguinte fórmula, também conhecida como “lei de Ohm”.

DC = ΔP/R                     DC = FC x Volume sistólico
                               R = Resistência Periférica
                              ΔP = (P1 – P2)
 Logo, temos:



ΔP = DC x R

 Podemos dizer então que a pressão sanguínea nada mais
 é que o débito cardíaco multiplicado pela resistência
 periférica
Mecanismos da Hipertensão
      São divididos em dois grandes grupos:

 Hipertensão primária ou Essencial:
    Quando não existe uma única causa concreta explicando a
 elevação da pressão, mas apenas possíveis suposições.


 Hipertensão secundária:
      Quando existe uma causa identificável, que se retirada,
 geralmente reverte o quadro.
A gênese de qualquer tipo de HAS,
independente se for primária ou secundária,
sempre será devido a algum fator que altere
as variáveis da fórmula da “lei de Ohm”


  P = DC x R

 DC
 ou

R
Hipertensão Primária Essencial
São causas de hipertensão primária:

 Predisposição genética;

 Distúrbios no ambiente fetal;

 Retenção renal de sódio alterada;

 Hipertrofia vascular;

 Disfunções endoteliais;

 Hiperatividade simpática;

 Disfunção do sistema renina-angiotensina;

 Hiperinsulinemia.
Predisposição Genética
 Evidências em estudos de gêmeos e familiares.

 Contribuições genéticas variam de 30 a 60% na
 gênese da HSA.

 Distúrbio poligênico em quase todos os casos.

 Raras causas monogênicas como:
 Aldosteronismo e síndrome de Liddle.
Distúrbios no Ambiente Fetal
 Hipótese da programação fetal de Barker.

    Privação        Mecanismos
                                   Propensão à
 nutricional vida
  Intra-uterina
                    adaptativos
                     celulares
                                  obesidade vida   HSA

 Hipótese de Brenner:

                                    Diminuição
                    Nefrogênese
       RCIU
                      alterada
                                    no número      HSA
                                    de néfrons

 Estudos identificaram aumento de 4 mmHg na pressão
 arterial sistólica para cada 1kg a menos no peso ao nascer.
Retenção Renal de Sódio Alterada
     Fortes evidências apontam para a retenção do
  sódio na gênese da HAS. Essa retenção poderia
  ocorrer por alguns mecanismos:

 Número diminuído de néfrons por deficiência
 congênita;

 Distúrbio na relação pressão-natriurese normal.
 Hipótese de Guyton;

 Heterogeneidade dos néfrons. “Sub população
 isquêmica secretora de renina”.
Hipertrofia Vascular
  Aumento da pressão pelo “ R”.

  Mecanismos vasoconstritores funcionais (angiotensina II)

  Mecanismos estruturais duradouros (espessamento do endotélio)

  Teoria de Lever e Harrap para manutenção e perpetuação da
   hipertensão:
                                        D


                             B
     A
                                                    E         Mecanismo
               PA                     Hipertrofia
                                                               trófico
Mecanismo
 pressor                     C
Disfunções Endoteliais
     A célula endotelial tem participação ativa na
  regulação da resistência, através de substâncias
  parácrinas relaxantes ou constritoras.

 NO  substância vasodilatadora com a resposta
 reduzida na maioria dos hipertensos.

 Endotelina-1  fator endotelial de pronunciada
 e prolongada vasoconstrição, acredita-se estar
 alterado na maioria dos hipertensos.
Hiperatividade Simpática
   Hipertensos jovens tendem a apresentar
hiperatividade do SNAS.

   Catecolaminas circulantes.

   Estímulo nervoso simpático muscular.

   Reatividade a agonistas alfa-adrenérgicos
Disfunção do Sistema Renina-Angiotensina

        Devido suas grandes ações pressoras e hipertróficas, o
     mecanismo, provavelmente, está envolvido na gênese da HSA.

JG                              Substrato                    Angiotensina II
             Renina
                                de renina      ECA




                              Angiotensina I         Vasonconstrição       Aldosterona




PA               Feedback -
                                                     PA                        Na
Pelo comportamento das células JG na presença
de hipertensão, era de se esperar uma diminuição na
renina plasmática em hipertensos, mas em 70% ela
está normal ou até aumentada. Algumas possíveis
explicações para tal:



 Heterogeneidade de néfrons em hipertensos;



 Indivíduos renina-aldosterona não-moduladores.
Hiperinsulinemia
   A insulina atua na vasoconstrição de várias
 maneiras:

 Diretamente  Leve vasoconstritor;

 Indiretamente  Ativação simpática e
 secreção de endotelina-1.

 NO é produzido ao nível do endotélio como
 forma compensatória, em alguns indivíduos
 este mecanismo compensatório está reduzido,
 principalmente em obesos.
Hipertensão Secundária
     São causas de Hipertensão Secundária:
 Alcoolismo;

 Tabagismo;

 Obesidade;

 Apnéia do sono;

 Contraceptivos orais;

 Doença do parênquima renal;

 Hipertensão Renovascular;

 Neoplasias;

 Coarctação aórtica;

 Gravidez.
Doença do Parênquima Renal
 Responsável por 2% a 5% dos casos de HAS 2ª.

 Glomerulonefrite;

 Nefrosclerose hipertensiva;

 Nefropatia diabética;
Hipertensão Renovascular
 Uma das formas de HAS 2ª mais comum.

 Estenose uni ou bilateral das artérias renais,
 pode ser aterosclerótica (80%) ou fibroplástica.
                             Angiotomografia
 Secreção aumentada de
  renina devido hipotensão
  no rim afetado.
Neoplasias
 Tumores secretores de Renina:

 Neoplasia benigna de células justaglomerulares ou
  hemangiopericitomas.

 Feocromacitoma

 Neoplasia benigna de células cromafins:
 15% são extra-adrenais.
 10% dos casos são Feocromacitosarcoma
Coarctação Aórtica
    Estreitamento congênito da aorta, geralmente
após origem da artéria subclávia esquerda ou
distalmente a inserção do ligamento arterial.

 Hipertensão de membros superiores ;
                                    Angiotomografia

 Pulsos femorais diminuídos;


 Sopro intenso ouvido no dorso.
Sinais e Sintomas
 A hipertensão é assintomática


 Alguns sintomas por vezes atribuídos:

   Zumbido;
   Tontura;
   Acuidade visual diminuída;
   Cefaléia;
   Lipotímia.
Diagnóstico


    • O diagnóstico de hipertensão arterial é um ato
• médico que, baseado num procedimento relativamente
   • simples, a medida da pressão arterial, envolve a
 • grande responsabilidade de decidir se um paciente é
             • normotenso ou hipertenso
DIAGNÓSTICO




                             EXAMES
ANAMNESE   EXAME FÍSICO   COMPLEMENTARES




                              GRAU DE       FATORES DE RISCO
            ETIOLOGIA     COMPROMETIMENTO      ASSOCIADOS
Medida de Pressão Arterial
Procedimento
Tabela cedida por
     Caio Nunes
MAPA E MRPA
       Recomenda-se para esclarecimento diagnóstico, identificação da
        hipertensão do jaleco branco e hipertensão mascarada.

1)      Medida Residencial da Pressão Arterial (MRPA)

        São consideradas anormais na MRPA as médias de pressão arterial
        acima de 135/85 mmHg.

2) Medida Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA)


     São consideradas anormais na MAPA as médias de pressão arterial de 24
         horas, vigília e sono acima de 130/80, 135/85 e 120/70mmHg,
         respectivamente.
Rotina de diagnóstico e seguimento
   Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os
    membros superiores.

   Diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10
    mmHg para a pressão sistólica/diastólica - investigação.

   Em cada consulta, deverão ser realizadas pelo menos três medidas, com
    intervalo de um minuto entre elas, sendo a média das duas últimas
    considerada a pressão arterial do indivíduo.

   A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a sentada. A
    medida nas posições ortostática e supina deve ser feita pelo menos na
    primeira avaliação em todos os indivíduos.
ANAMNESE               EXAME FÍSICO




    EXAMES LABORATORIAIS
Estratificação de Risco e
                  Decisão Terapêutica


• Para a tomada da decisão terapêutica é necessária a confirmação
  diagnóstica, seguindo-se a estratificação de risco, que levara em conta,
  além dos valores de pressão arterial, a presença de fatores de risco
  cardiovasculares, as lesões em órgãos-alvo e as doenças cardiovasculares
  e, finalmente, a meta mínima de valores da pressão arterial, que deverá
  ser atingida com o tratamento.
TRATAMENTO




NÃO MEDICAMENTOSO       MEDICAMENTOSO
TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO
Redução no Consumo de Sal

•    Ha evidências de que a pressão arterial varia diretamente com o
    consumo de sal tanto em normotensos como em hipertensos. Portanto,
    mesmo reduções modestas no consumo diário podem produzir benefícios.

•     A dieta habitual contém de 10 a 12 g/dia de sal. É saudável uma pessoa
    ingerir até 6 g de sal por dia (correspondente a quatro colheres de café
    rasas de sal adicionadas aos alimento).

•     Para tanto, recomenda-se reduzir o sal adicionado aos alimentos, evitar
    o saleiro a mesa e reduzir ou abolir os alimentos industrializados, como
    enlatados, conservas, frios, embutidos, sopas, temperos, molhos prontos
    e salgadinhos.
Tratamento Medicamentoso



    O objetivo primordial do tratamento da hipertensão
arterial e a redução da morbidade e da mortalidade
cardiovasculares. Assim, os anti-hipertensivos devem não
só reduzir a pressão arterial, mas também os eventos
cardiovasculares fatais e não-fatais.
Os aspectos importantes na escolha do anti-hipertensivo é que deve-se
explicar, detalhadamente, aos pacientes a ocorrência de possíveis efeitos
adversos, a possibilidade de eventuais modificações na terapêutica instituída
e o tempo necessário para que o efeito pleno dos medicamentos seja obtido.
•

•
1) Medicamentos comercializados apenas em associações a outros anti-
hipertensivos.
   Amilorida – diurético poupador de potássio

2) Dose máxima variável de acordo com a indicação médica.
   Propanolol - betabloqueador
Mecanismos de Ação
Diuréticos
               EFEITOS DIURÉTICOS E NATRIURÉTICOS



                    DO VOLUME EXTRACELULAR

                                   4 á 6 semanas


   VOLUME CIRCULANTE SE NORMALIZA E DIMINUI A RESISTÊNCIA VASCULAR
                            PERIFÉRICA




                                P.A
Bloqueadores de Canais de Ca++


DIMINUI A CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO NAS CÉLULAS MUSCULARES LISAS



        • REDUZINDO A RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA



                     • DIMINUINDO A P A
Vasodilatadores Diretos

       • ATUAM NA MUSCULATURA DA PAREDE VASCULAR



           • PROMOVEM RELAXAMENTO MUSCULAR




VASODILATAÇÃO                   REDUÇÃO R. V. P


                   DIMINUINDO A PA
Mecanismo de Ação IECA
Mecanismo de Ação Hidroclorotiazida
O tratamento medicamentoso associado ao não-medicamentoso
objetiva a redução da pressão arterial para valores inferiores a 140mmHg
de pressão sistólica e 90mmHg de pressão diastólica, respeitando-se as
características individuais, a presença de doenças ou condições associadas
ou características peculiares e a qualidade de vida dos pacientes.
Referências
■    V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. São Paulo. 2006

■     CORRÊA, Thiago Domingos et al. Hipertensão arterial sistêmica:
    atualidades sobre sua epidemiologia, diagnostico e tratamento. Arq Med
    ABC. 2005;31(2):91-101.

■      Décio Mion Jr. DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL. Medicina,
    Ribeirão Preto, Simpósio: HIPERTENSÃO ARTERIAL.29: 193-198, abr./set.
    1996

■      BRAUNWALD, Eugene e cols. Tratado de Doenças Cardiovasculares, ed.
    7ª Vol. 1. Elsevier: Rio de Janeiro 2006
LAC - 2010


                             •    MEMBROS
•   DIRETORIA                •    GIOVANNA MENEZES
•   IVAN LUIZ GAYOSO         •    JOÃO PAULO SANTOS
•   PEDRO DE SOUZA JAFAR     •    KASSIO HORII
•   ANA PAULA FREITAS        •    AMANDA RIBEIRO
•   JULLYANA MENDONÇA        •    INGRIDY NORMANDO
•   ALEXANDRE BERNARDO       •    BIANCA LUIZA
•   GUILHERME GOBBI          •    TASSILA PEIXOTO
                             •    WILLIAM SILVEIRA

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  • 1. Hipertensão Arterial Sistêmica Aspectos gerais Fisiopatologia Diagnóstico Tratamento Acadêmicos: Guilherme Gobbi Neto – Aspectos gerais & Fisiopatologia João Paulo da Silva Santos – Diagnóstico & Tratamento
  • 2. Introdução A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o aumento crônico da pressão sanguínea arterial, existente em um contexto sindrômico devido alterações hemodinâmicas, tróficas ou metabólicas.
  • 3. O controle da pressão arterial ainda encontra-se em um patamar insatisfatório, principalmente devido fatores como:  Falta de conhecimento teórico do clínico;  Falta de uma relação médico-paciente adequada;  Falta de adesão ao tratamento, por ser uma doença inicialmente assintomática os pacientes subvalorizam o tratamento;  Baixa penetração das campanhas de prevenção primária. (fumo, alimentação, exercícios físicos).
  • 4. Fatores de Risco  Idade elevada;  Afrodescendência;  Baixo nível socioeconômico;  Alimentação ruim;  Etilismo;  Obesidade;  Sedentarismo.
  • 5. Epidemiologia Configura-se como uma das doenças de maior prevalência no mundo moderno, pois sua maior incidência está associada a fatores como:  Idade avançada;  Obesidade;  Sedentarismo;  Estresse.
  • 6. Estima-se que de cada 10 brasileiros, 3 são hipertensos.  Negros possuem chance 67% maior de desenvolver HAS em relação aos brancos. 27% das mortes no Brasil são atribuídas à causas cardiovasculares.  Segundo OMS morrem cerca de 9 milhões de pessoas por ano devido complicações da HSA.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Com o envelhecimento da população e o aumento do número relativo de obesos, eleva-se a prevalência da HAS e das complicações secundários a ela, como:  Retinopatia hipertensiva;  Cardiopatias hipertróficas;  Insuficiência cardíaca congestiva;  Coronariopatias;  Insuficiência renal crônica;  Acidente vascular encefálico.
  • 11. Mortalidade As taxas de mortalidade em pacientes com HAS não tratada resumem-se em:
  • 12. Definição de hipertensão Define-se hipertensa, a pressão arterial capaz de evocar danos cardiovasculares a longo prazo. Comporta-se de maneira arbitrária e de difícil padronização pois, elevações a partir de 115/75 mmHg já demonstram aumento nos índices de mortalidade cardiovascular. A melhor definição é “o nível em que os benefícios da ação excedam os riscos e custos da falta de ação” Pressão arterial > 139/89 mmHg
  • 13. Pressão sanguínea  É a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de área da parede vascular.  É medida em milímetros de mercúrio (mmHg).  O fluxo sanguíneo é dependente da diferença de pressão (ΔP) entre dois pontos.  Ponto de maior pressão (P1) ---> Ponto de menor pressão (P2).
  • 14.  O fluxo sanguíneo pelo vaso pode ser calculado pela seguinte fórmula, também conhecida como “lei de Ohm”. DC = ΔP/R DC = FC x Volume sistólico R = Resistência Periférica ΔP = (P1 – P2)  Logo, temos: ΔP = DC x R  Podemos dizer então que a pressão sanguínea nada mais é que o débito cardíaco multiplicado pela resistência periférica
  • 15. Mecanismos da Hipertensão São divididos em dois grandes grupos:  Hipertensão primária ou Essencial: Quando não existe uma única causa concreta explicando a elevação da pressão, mas apenas possíveis suposições.  Hipertensão secundária: Quando existe uma causa identificável, que se retirada, geralmente reverte o quadro.
  • 16. A gênese de qualquer tipo de HAS, independente se for primária ou secundária, sempre será devido a algum fator que altere as variáveis da fórmula da “lei de Ohm” P = DC x R  DC ou R
  • 17. Hipertensão Primária Essencial São causas de hipertensão primária:  Predisposição genética;  Distúrbios no ambiente fetal;  Retenção renal de sódio alterada;  Hipertrofia vascular;  Disfunções endoteliais;  Hiperatividade simpática;  Disfunção do sistema renina-angiotensina;  Hiperinsulinemia.
  • 18. Predisposição Genética  Evidências em estudos de gêmeos e familiares.  Contribuições genéticas variam de 30 a 60% na gênese da HSA.  Distúrbio poligênico em quase todos os casos.  Raras causas monogênicas como: Aldosteronismo e síndrome de Liddle.
  • 19. Distúrbios no Ambiente Fetal  Hipótese da programação fetal de Barker. Privação Mecanismos Propensão à nutricional vida Intra-uterina adaptativos celulares obesidade vida HSA  Hipótese de Brenner: Diminuição Nefrogênese RCIU alterada no número HSA de néfrons  Estudos identificaram aumento de 4 mmHg na pressão arterial sistólica para cada 1kg a menos no peso ao nascer.
  • 20. Retenção Renal de Sódio Alterada Fortes evidências apontam para a retenção do sódio na gênese da HAS. Essa retenção poderia ocorrer por alguns mecanismos:  Número diminuído de néfrons por deficiência congênita;  Distúrbio na relação pressão-natriurese normal. Hipótese de Guyton;  Heterogeneidade dos néfrons. “Sub população isquêmica secretora de renina”.
  • 21. Hipertrofia Vascular  Aumento da pressão pelo “ R”.  Mecanismos vasoconstritores funcionais (angiotensina II)  Mecanismos estruturais duradouros (espessamento do endotélio)  Teoria de Lever e Harrap para manutenção e perpetuação da hipertensão: D B A E Mecanismo PA Hipertrofia trófico Mecanismo pressor C
  • 22. Disfunções Endoteliais A célula endotelial tem participação ativa na regulação da resistência, através de substâncias parácrinas relaxantes ou constritoras.  NO  substância vasodilatadora com a resposta reduzida na maioria dos hipertensos.  Endotelina-1  fator endotelial de pronunciada e prolongada vasoconstrição, acredita-se estar alterado na maioria dos hipertensos.
  • 23. Hiperatividade Simpática Hipertensos jovens tendem a apresentar hiperatividade do SNAS.  Catecolaminas circulantes.  Estímulo nervoso simpático muscular.  Reatividade a agonistas alfa-adrenérgicos
  • 24. Disfunção do Sistema Renina-Angiotensina Devido suas grandes ações pressoras e hipertróficas, o mecanismo, provavelmente, está envolvido na gênese da HSA. JG Substrato Angiotensina II Renina de renina ECA Angiotensina I Vasonconstrição Aldosterona PA Feedback - PA Na
  • 25. Pelo comportamento das células JG na presença de hipertensão, era de se esperar uma diminuição na renina plasmática em hipertensos, mas em 70% ela está normal ou até aumentada. Algumas possíveis explicações para tal:  Heterogeneidade de néfrons em hipertensos;  Indivíduos renina-aldosterona não-moduladores.
  • 26. Hiperinsulinemia A insulina atua na vasoconstrição de várias maneiras:  Diretamente  Leve vasoconstritor;  Indiretamente  Ativação simpática e secreção de endotelina-1.  NO é produzido ao nível do endotélio como forma compensatória, em alguns indivíduos este mecanismo compensatório está reduzido, principalmente em obesos.
  • 27. Hipertensão Secundária São causas de Hipertensão Secundária:  Alcoolismo;  Tabagismo;  Obesidade;  Apnéia do sono;  Contraceptivos orais;  Doença do parênquima renal;  Hipertensão Renovascular;  Neoplasias;  Coarctação aórtica;  Gravidez.
  • 28. Doença do Parênquima Renal Responsável por 2% a 5% dos casos de HAS 2ª.  Glomerulonefrite;  Nefrosclerose hipertensiva;  Nefropatia diabética;
  • 29. Hipertensão Renovascular  Uma das formas de HAS 2ª mais comum.  Estenose uni ou bilateral das artérias renais, pode ser aterosclerótica (80%) ou fibroplástica. Angiotomografia  Secreção aumentada de renina devido hipotensão no rim afetado.
  • 30. Neoplasias  Tumores secretores de Renina:  Neoplasia benigna de células justaglomerulares ou hemangiopericitomas.  Feocromacitoma  Neoplasia benigna de células cromafins:  15% são extra-adrenais.  10% dos casos são Feocromacitosarcoma
  • 31. Coarctação Aórtica Estreitamento congênito da aorta, geralmente após origem da artéria subclávia esquerda ou distalmente a inserção do ligamento arterial.  Hipertensão de membros superiores ; Angiotomografia  Pulsos femorais diminuídos;  Sopro intenso ouvido no dorso.
  • 32. Sinais e Sintomas  A hipertensão é assintomática  Alguns sintomas por vezes atribuídos:  Zumbido;  Tontura;  Acuidade visual diminuída;  Cefaléia;  Lipotímia.
  • 33. Diagnóstico • O diagnóstico de hipertensão arterial é um ato • médico que, baseado num procedimento relativamente • simples, a medida da pressão arterial, envolve a • grande responsabilidade de decidir se um paciente é • normotenso ou hipertenso
  • 34. DIAGNÓSTICO EXAMES ANAMNESE EXAME FÍSICO COMPLEMENTARES GRAU DE FATORES DE RISCO ETIOLOGIA COMPROMETIMENTO ASSOCIADOS
  • 35. Medida de Pressão Arterial
  • 37. Tabela cedida por Caio Nunes
  • 38. MAPA E MRPA  Recomenda-se para esclarecimento diagnóstico, identificação da hipertensão do jaleco branco e hipertensão mascarada. 1) Medida Residencial da Pressão Arterial (MRPA) São consideradas anormais na MRPA as médias de pressão arterial acima de 135/85 mmHg. 2) Medida Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) São consideradas anormais na MAPA as médias de pressão arterial de 24 horas, vigília e sono acima de 130/80, 135/85 e 120/70mmHg, respectivamente.
  • 39. Rotina de diagnóstico e seguimento  Na primeira avaliação, as medidas devem ser obtidas em ambos os membros superiores.  Diferenças de pressão entre os membros superiores maiores de 20/10 mmHg para a pressão sistólica/diastólica - investigação.  Em cada consulta, deverão ser realizadas pelo menos três medidas, com intervalo de um minuto entre elas, sendo a média das duas últimas considerada a pressão arterial do indivíduo.  A posição recomendada para a medida da pressão arterial é a sentada. A medida nas posições ortostática e supina deve ser feita pelo menos na primeira avaliação em todos os indivíduos.
  • 40.
  • 41. ANAMNESE EXAME FÍSICO EXAMES LABORATORIAIS
  • 42. Estratificação de Risco e Decisão Terapêutica • Para a tomada da decisão terapêutica é necessária a confirmação diagnóstica, seguindo-se a estratificação de risco, que levara em conta, além dos valores de pressão arterial, a presença de fatores de risco cardiovasculares, as lesões em órgãos-alvo e as doenças cardiovasculares e, finalmente, a meta mínima de valores da pressão arterial, que deverá ser atingida com o tratamento.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 48. Redução no Consumo de Sal • Ha evidências de que a pressão arterial varia diretamente com o consumo de sal tanto em normotensos como em hipertensos. Portanto, mesmo reduções modestas no consumo diário podem produzir benefícios. • A dieta habitual contém de 10 a 12 g/dia de sal. É saudável uma pessoa ingerir até 6 g de sal por dia (correspondente a quatro colheres de café rasas de sal adicionadas aos alimento). • Para tanto, recomenda-se reduzir o sal adicionado aos alimentos, evitar o saleiro a mesa e reduzir ou abolir os alimentos industrializados, como enlatados, conservas, frios, embutidos, sopas, temperos, molhos prontos e salgadinhos.
  • 49. Tratamento Medicamentoso O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial e a redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares. Assim, os anti-hipertensivos devem não só reduzir a pressão arterial, mas também os eventos cardiovasculares fatais e não-fatais.
  • 50. Os aspectos importantes na escolha do anti-hipertensivo é que deve-se explicar, detalhadamente, aos pacientes a ocorrência de possíveis efeitos adversos, a possibilidade de eventuais modificações na terapêutica instituída e o tempo necessário para que o efeito pleno dos medicamentos seja obtido.
  • 52. 1) Medicamentos comercializados apenas em associações a outros anti- hipertensivos. Amilorida – diurético poupador de potássio 2) Dose máxima variável de acordo com a indicação médica. Propanolol - betabloqueador
  • 53. Mecanismos de Ação Diuréticos EFEITOS DIURÉTICOS E NATRIURÉTICOS DO VOLUME EXTRACELULAR 4 á 6 semanas VOLUME CIRCULANTE SE NORMALIZA E DIMINUI A RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA P.A
  • 54. Bloqueadores de Canais de Ca++ DIMINUI A CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO NAS CÉLULAS MUSCULARES LISAS • REDUZINDO A RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA • DIMINUINDO A P A
  • 55. Vasodilatadores Diretos • ATUAM NA MUSCULATURA DA PAREDE VASCULAR • PROMOVEM RELAXAMENTO MUSCULAR VASODILATAÇÃO REDUÇÃO R. V. P DIMINUINDO A PA
  • 57. Mecanismo de Ação Hidroclorotiazida
  • 58. O tratamento medicamentoso associado ao não-medicamentoso objetiva a redução da pressão arterial para valores inferiores a 140mmHg de pressão sistólica e 90mmHg de pressão diastólica, respeitando-se as características individuais, a presença de doenças ou condições associadas ou características peculiares e a qualidade de vida dos pacientes.
  • 59. Referências ■ V DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL. São Paulo. 2006 ■ CORRÊA, Thiago Domingos et al. Hipertensão arterial sistêmica: atualidades sobre sua epidemiologia, diagnostico e tratamento. Arq Med ABC. 2005;31(2):91-101. ■ Décio Mion Jr. DIAGNÓSTICO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL. Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: HIPERTENSÃO ARTERIAL.29: 193-198, abr./set. 1996 ■ BRAUNWALD, Eugene e cols. Tratado de Doenças Cardiovasculares, ed. 7ª Vol. 1. Elsevier: Rio de Janeiro 2006
  • 60. LAC - 2010 • MEMBROS • DIRETORIA • GIOVANNA MENEZES • IVAN LUIZ GAYOSO • JOÃO PAULO SANTOS • PEDRO DE SOUZA JAFAR • KASSIO HORII • ANA PAULA FREITAS • AMANDA RIBEIRO • JULLYANA MENDONÇA • INGRIDY NORMANDO • ALEXANDRE BERNARDO • BIANCA LUIZA • GUILHERME GOBBI • TASSILA PEIXOTO • WILLIAM SILVEIRA