O documento discute a aferição da pressão arterial humana, definindo os termos e métodos utilizados. Ele explica que a pressão sistólica e diastólica são medidas utilizando um esfigmomanômetro e estetoscópio, ouvindo os sons de Korotkoff. Além disso, descreve fatores que influenciam a pressão arterial e sintomas associados à hipertensão.
2. INTRODUÇÃO
• O fluxo de sangue nas artérias é feito sob pressão pelo
bombeamento do ventrículo esquerdo para a artéria
aorta.
2
PRESSÃO
SISTÓLICA
100 a 140
mmHg
PRESSÃO
DIASTÓLICA
60 a 90
mmHg
3. INTRODUÇÃO
• A pressão do sangue arterial é regulada por:
• O aumento de qualquer um desses fatores, quando
não compensado pela diminuição de outra variável
aumento da pressão arterial;
• Mecanismos reguladores ajustam desvios por meio da
retroalimentação negativa;
3
VOLUME
SANGUÍNEO
RESISTÊNCIA
PERIFÉRICA
TOTAL
FREQUÊNCIA
CARDÍACA
4. INTRODUÇÃO
• Para que a pressão arterial seja mantida dentro dos
limites, são necessários receptores de pressão
especializados: BARRORECEPTORES receptores
de estiramento localizados no arco da aorta e nos
seios caróticos.
• Aumento da pressão: paredes dessas regiões
arteriais distendem-se, aumentando a frequência dos
potenciais de ação;
• Queda da pressão: redução da frequência dos
potenciais de ação.
4
6. INTRODUÇÃO
▪ O método auscultatório de medição da pressão arterial
baseia-se na correlação da pressão e dos sons arteriais;
▪ Os sons de Korotkoff são os ruídos provocados pelo
movimento de sangue na artéria e que servirão para a
determinação da pressão sistólica e da pressão diastólica.
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1º Som de
Korotkoff:
PRESSÂO
SISTÓLICA
2º Som de
Korotkoff:
PRESSÃO
DIASTÓLICA
7. INTRODUÇÃO
▪ A diferença entre a Pressão Sistólica e a Pressão
Diastólica é conhecida como Pressão de Pulso;
▪ Já a Pressão Arterial Média representa o valor médio da
pressão arterial durante o ciclo cardíaco:
𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝑨𝒓𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂𝒍 𝑴é𝒅𝒊𝒂 = 𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝑫𝒊𝒂𝒔𝒕ó𝒍𝒊𝒄𝒂 +
𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝒅𝒆 𝑷𝒖𝒍𝒔𝒐 (𝑷𝑨𝑺 − 𝑷𝑨𝑫)
𝟑
▪ . Esse valor é significante porque ele é a diferença entre
essa pressão e a pressão venosa que impulsiona o
sangue através dos leitos capilares dos órgãos
7
8. 8
Tabela I: Classificação da PA de acordo com a medição casual ou no
consultório à partir de 18 anos de idade
(Fonte: 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial)
9. OBJETIVOS
1. Aprender a determinar a pressão arterial pelo
método indireto, utilizando o esfigmomanômetro e o
estetoscópio;
2. Analisar a influência de fatores fisiológicos e
patológicos nas variações da pressão arterial.
9
11. CASUÍSTICA E
MÉTODOS
▪ Métodos:
1. Foram formadas duplas de alunos no grupo de
trabalho, atuando um como paciente e o outro como
operador. Foi solicitado ao “paciente” para que se
sentasse confortavelmente;
2. O manguito e o estetoscópio foram preparados: a
válvula da pêra foi fechada e a insuflação de ar foi
procedida para dentro do manguito, até que o
manômetro atingisse a pressão de 160 mmHg;
3. A válvula da pêra foi aberta lentamente; quando houve
a percepção do primeiro ruído, foi observado o valor do
manômetro: esse valor correspondia à PRESSÃO
SISTÓLICA. 11
12. CASUÍSTICA E
MÉTODOS
4. O esvaziamento lento do manguito continuou, e quando
ocorreu a percepção do último ruído, o valor do
manômetro foi observado: correspondia à PRESSÃO
DIASTÓLICA;
5. Foram obtidos os valores de pressão arterial de todos os
membros do grupo;
6. Utilizando os valores de Pressão Sistólica e Diastólica,
foram calculados a Pressão de Pulso e a Pressão Arterial
Média.
12
13. 13
Matheus Cardassi aferindo a pressão arterial de
Júlia Ferreira
Mariana Tanimoto aferindo a pressão arterial de
Mariana Remiro
14. 14
Júlia Ferreira aferindo a pressão arterial de
Matheus Cardassi
Mariana Remiro aferindo a pressão arterial de
Mariana Tanimoto
17. DISCUSSÃO
▪ Segundo Lopes et al. (2012), a hipertensão arterial
(HA) é uma síndrome de origem multifatorial
sendo um dos maiores problemas na área de saúde
pública e um grave fator de risco para as doenças
cardiovasculares;
▪ Conceito: Doença sistêmica que envolve alterações
nas estruturas das artérias e do miocárdio + disfunção
endotelial e constrição e da musculatura lisa vascular.
▪ Hipertensão, ou pressão alta, é ter a pressão arterial,
sistematicamente, igual ou maior que 140 mmHg por
90 mmHg;
17
18. DISCUSSÃO
▪ A pressão se eleva por vários motivos, mas
principalmente porque os vasos nos quais o sangue
circula se contraem;
▪ Se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais
e/ou estruturais de orgãos-alvo, sendo agravada pela
presença de outros fatores de risco (FR).
▪ Segundo Péres et al. (2003), as doenças crônicas não-
transmissíveis, dentre elas a hipertensão arterial,
apresentaram um aumento significativo nas últimas
décadas, podendo ser atribuído à:
a) Maior longevidade da população;
b) Modificações ocorridas em seu estilo de vida. 18
19. DISCUSSÃO
▪ Segundo Car et al. (1991), a HA pode acarretar graves
consequências a alguns órgãos alvos vitais, como
coração, cérebro e rins, que uma vez acometidos
podem acarretar seqüelas irreversíveis ou levar à
morte; e como entidade isolada está entre as mais
freqüentes morbidades do adulto.
19Gráfico da variação sanguínea conforme os níveis de atividade
20. DISCUSSÃO
20
Fatores de Risco
1. IDADE: Associação direta e linear entre
envelhecimento e prevalência de
hipertensão arterial (HA) alterações na
musculatura lisa e no tecido conjuntivo
dos vasos;
2. EXCESSO DE PESO E OBESIDADE:
Entre 2006 e 2014, houve aumento da
prevalência de excesso de peso (IMC ≥ 25
kg/m²) 52,5% vs 43%. No mesmo
período, obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²) de
11,9% para 17,9% (Dados do Vigetel Brasil
2014)
Fonte: Google Imagens
21. DISCUSSÃO
21
Fatores de Risco
3. INGESTÃO EXCESSIVA DE SAL: O
consumo excessivo de sódio, um dos
principais fatores de risco para HA,
associa-se a eventos cardiovascular (CV)
e renais.
4. INGESTÃO DE ÁLCOOL: Consumo
crônico e elevado de bebidas alcoólicas
aumenta a PA de forma consistente.
Dados do VIGETEL, de 2006 a 2013,
mostram que o consumo abusivo de
bebidas alcoólicas foi maior entre os
jovens.
Fonte: Google Imagens
22. DISCUSSÃO
22
Fatores de Risco
5. SEDENTARISMO: Em alguns estudos, observou-se
associação significativa entre HA e idade, sexo
masculino, sobrepeso, adiposidade central,
sedentarismo nos momentos de folga e durante o
trabalho, escolaridade inferior a 8 anos e renda per
capita < 3 salários mínimos. Dados da PNS apontam
que indivíduos insuficientemente ativos
representaram 46,0% dos adultos, sendo o
percentual significantemente maior entre as
mulheres (51,5%).
6. GENÉTICA: Estudos brasileiros mostraram forte
impacto da miscigenação, dificultando ainda mais a
identificação de um padrão genético para a elevação
dos níveis pressóricos.
Fonte: Google Imagens
23. DISCUSSÃO
23
Fatores de Risco
7. SEXO E ETNIA: Na Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS) de 2013, a
prevalência de HA autorreferida foi
estatisticamente diferente entre os
sexos, sendo maior entre:
Mulheres (24,2%)
Pessoas de raça negra/cor preta
(24,2%)
O estudo Corações do Brasil observou a
seguinte distribuição:
11,1% na população indegena;
10% na amarela;
26,3% na parda/mulata;
29,4% na branca ;
34,8% na negra;
Fonte: Google Imagens
24. DISCUSSÃO
24
Fatores de Risco
8. FATORES SOCIOECONÔMICOS:
Adultos com menor nível de
escolaridade apresentaram a maior
prevalência de HA autorreferida
(31,1%). Assim, há uma menor
prevalência da doença com o
aumento do nível de escolaridade,
sendo este dado relevante.
Fonte: Google Imagens
25. 25
Sintomas
Sintomas ligados à hipertensão arterial essencial:
• Cefaléia
1. A hipertensão arterial de evolução acelerada (hipertensão maligna) está associada com:
• Sonolência;
• Confusão mental;
• Distúrbio visual;
• Náusea
• Vômito
Sintomas ligados à hipertensão arterial secundária:
• Feomocromocitoma tumor na suprarrenal;
• Aldosteronismo primário os indivíduos hipertensos apresentam sintomas decorrentes
da excessiva perda renal de potássio, determinando fraqueza muscular, poliúria e nictúria;
• Síndrome de Cushing Sinais e sintomas mais comuns estão relacionados ao excesso de
corticosteroides produzidos: aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco e
no pescoço.
26. 26
Sintomas
• Doença renal crônica: Os hipertensos decorrentes de doença renal crônica apresentam
sintomas devido à destruição do parênquima funcional renal. Os sintomas causados
pelas chamadas substâncias tóxicas também melhoram com dieta hipoproteica ou com
diálise. Dentre estas citam-se ureia, creatinina, creatina, etc, que têm seu efeito
principalmente sobre as mucosas do organismo;
• Doença da aorta e artéria renal: Uma ampla pressão de pulso reflete rigidez vascular e
pode ser um fator de risco de doença isquêmica miocárdica;
• Apneia obstrutiva do sono: A sua presença determina dificuldade em controlar a PA,
sendo considerada uma causa de hipertensão arterial resistente.
27. 27
Dieta
o Padrão Alimentar: O padrão dietético DASH (Dietary Approaches to Stop
Hypertension), rico em frutas, hortaliças, fibras, minerais e laticínios com baixos teores
de gordura, tem importante impacto na redução da PA. Os benefícios sobre a PA têm
sido associados alto consumo de potássio, magnésio e cálcio.
o Redução do consumo de Sódio: O elevado consumo de sódio advindo do sal e de
produtos processados, aliado ao excesso de peso e obesidade, favorece o surgimento e
agravamento dos quadros de hipertensão arterial sistêmica (HAS);
o Ácidos graxos insaturados: Observa-se uma redução da PA com a suplementação de
óleo de peixe (ômega 3) em altas doses diárias e nos idosos. As principais fontes de
ácidos graxos monoinsaturados (oleico) são óleo de oliva, óleo de canola, azeitona,
abacate e oleaginosas;
28. 28
Dieta
o Fibras: As fibras solúveis são representadas pelo farelo de aveia, pectina (frutas) e
pelas gomas. As fibras insolúveis são representadas pela celulose (trigo),
hemicelulose (grãos) e lignina (hortaliças);
o Proteína da soja: As principais fontes de soja na alimentação são: feijão de soja,
tofu, farinha, leite de soja e o concentrado proteico da soja. A substituição
isocalórica de parte da proteína alimentar por um composto de soja associada a
outras medidas promoveu queda da PA em mulheres após a menopausa;
o Oleaginosas: O consumo de oleaginosas pode trazer benefícios à saúde se
integradas a um plano alimentar saudável;
29. 29
Dieta
o Latícinios: O consumo de duas ou mais porções diárias de laticínios magros
correlacionou-se a menor incidência de HAS maior aporte de cálcio;
o Alho: Tem ação metabólica, podendo atuar na coagulação, aumentando o tempo
de sangramento e promovendo discreta redução de pressão;
o Chá e café: Os polifenóis contidos no café e em alguns tipos de chás têm
potenciais propriedades vasoprotetoras;
o Chocolate amargo: O chocolate amargo (com alto teor de cacau) pode promover
discreta redução da PA, devido às altas concentrações de polifenóis.
30. 30
Tratamento
o Não-medicamentoso: O tratamento não medicamentoso (TNM) da HA envolve
controle ponderal, medidas nutricionais, prática de atividades físicas, cessação do
tabagismo, controle de estresse, dentre outros;
o Medicamentoso: Todos os medicamentos anti-hipertensivos disponíveis podem
ser utilizados desde que sejam observadas as indicações e contraindicações
específicas. Eles podem ser:
1. Diuréticos
2. Agentes de ação central
3. Betabloqueadores
4. Alfabloqueadores
5. Vasodilatadores diretos
6. Bloqueadores dos canais de cálcio
7. Inibidores de enzima conversora de angiotensina
8. Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II
9. Inibidores diretos da renina
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Tratamento
1. Diuréticos: Os mecanismos de ação anti-hipertensiva dos DIU relacionam-se
inicialmente aos seus efeitos natriuréticos, com diminuição do volume extracelular;
2. Agentes de ação central: Os agentes alfa-agonistas de ação central agem através
do estímulo dos receptores α2 que estão envolvidos nos mecanismos
simpatoinibitórios. Nem todos são seletivos. Alguns efeitos são: diminuição da
atividade simpática e do reflexo dos barorreceptores, dentre outros;
3. Betabloqueadores: Promovem diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção
de renina, havendo readaptação dos barorreceptores e diminuição das
catecolaminas nas sinapses nervosas;
4. Alfabloqueadores: Os medicamentos dessa classe agem como antagonistas
competitivos dos α1 -receptores pós-sinápticos, levando a redução da RVP sem
maiores mudanças no débito cardíaco.
32. 32
Tratamento
5. Vasodilatadores diretos: Atuam diretamente, relaxando a musculatura lisa arterial, levando a
redução da Resistência Vascular Periférica (RVP);
6. Bloqueadores de canais de cálcio: Os BCC agem proporcionando redução da RVP como
consequência da diminuição da quantidade de cálcio no interior das células musculares lisas das
arteríolas, decorrente do bloqueio dos canais de cálcio na membrana dessas células;
7. Inibidores da enzima conversora de angiotensina: São anti-hipertensivos que têm como ação
principal a inibição da enzima conversora de angiotensina I, impedindo a transformação de
angiotensina I em angiotensina II, de ação vasoconstritora;
8. Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II: Os BRA antagonizam a ação da angiotensina
II por meio do bloqueio dos receptores AT1 , responsáveis pelas ações vasoconstritoras, proliferativas
e estimuladoras da liberação de aldosterona;
9. Inibidores diretos da renina: Alisquireno, promove a inibição direta da ação da renina com
consequente diminuição da formação de angiotensina II.
33. CONCLUSÃO
▪ A determinação da pressão arterial pelo método
indireto, foi aprendida por todos os membros do
grupo;
▪ As influências de fatores fisiológicos e
patológicos nas variações da pressão arterial
foram analisadas.
33
34. APROVEITAMENTO
E JUSTIFICATIVA
▪ ( ) Excelente ( X ) Bom ( ) Ruim ( ) Péssimo
▪ A hipertensão arterial sistêmica é um dos problemas
enfrentados pelos dentistas em atendimento em
pacientes. A prevenção é fundamental para se evitar
um quadro emergencial, por isso é necessário aferir a
pressão arterial do paciente. Na maioria das vezes, o
medo e a ansiedade faz com que o paciente libere
adrenalina, aumentando assim a pressão arterial,
trazendo risco ao paciente. Assim, para atender um
paciente hipertenso é preciso cuidado com a
composição da medicação e da anestesia. 34
35. REFERÊNCIAS
▪ Car MR, Pierin AMG, Aquino VLA. Estudo sobre a presença do processo
educativo no controle da pressão arterial. Rev Esc Enf 1991; 25 (3): 259-69.
▪ Fox SI. Fisiologia Humana. Manole: Rio de Janeiro; 2007.
▪ Lopes LO, Moraes ED. Tratamento não medicamentoso para hipertensão
arterial. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2013; 13 (1): 148-55.
▪ Oigman W. Sinais e sintomas em hipertensão arterial. JBM 2014; 102 (5).
▪ Peralta CC, Cabrera MA, Rosa RAC, Vuolo RAC. Fisiologia: base para o
diagnóstico clínico e laboratorial. Boreal: Birigui; 2007.
▪ Péres DS, Magna JM, Viana LA. Portador de hipertensão arterial: atitudes,
crenças, percepções, pensamentos e práticas. Rev Saúde Pública 2003; 37 (5):
635-42.
▪ VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol 2016; 107 (3):
XV-XIX.
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