3. As disfunções circulatórias levam as pessoas a adoecerem. Estas
podem ser:
Origem congênita: já nasce com a doença, como a
deficiência na formação de válvulas cardíacas;
Infecciosa: produzida por bactérias que acometem as vias
aéreas superiores,
Doenças reumáticas infecciosas ou crônico-degenerativas:
que não apresentam uma causa definida e,
conseqüentemente, não têm cura, mas podem ser
controladas.
Tais disfunções, quando não controladas, geram complicações
e se transformam nas principais causas de morte no Brasil e no
mundo.
4. Doenças crônico-degenerativas:
Hipertensão arterial,
Angina do peito,
Infarto agudo do miocárdio,
Acidente vascular cerebral,
Insuficiência vascular periférica, entre outras.
Fatores de risco:
A história familiar, a idade, o sexo e a raça, associados a fatores
de risco relacionados ao estilo de vida das pessoas, como dieta
rica em sal, gordura, carboidratos, uso do álcool, do fumo e de
outras drogas, bem como o estresse da vida moderna.
5. A base da formação das doenças crônico-degenerativas,
ligadas às disfunções circulatórias, tem como ponto inicial
as alterações dos vasos sangüíneos:
Com o envelhecimento, as artérias vão perdendo sua
elasticidade, tornando-se mais endurecidas. Associado
aos fatores de risco, poderá antecipar o endurecimento
precoce das artérias (arteriosclerose), como também
propiciar a deposição de placas de gorduras em seu
interior (ateromas) causando a aterosclerose. Estas
alterações levam à oclusão parcial ou total das artérias e
até o seu rompimento.
6. Definição:
Pressão sistólica (máxima) em repouso de 140
mmHg ou mais.
Pressão diastólica (mínima) em repouso de 90
mmHg ou mais.
7. Principais causas:
Hereditariedade;
Influências renais;
Fatores cardíacos e vasculares;
Sistema nervoso (hiperatividade);
substâncias hormonais vasoativas;
Meio ambiente (mudanças de hábito de vida e de
condições gerais inerentes);
Condições clínicas associadas (obesidade, tabagismo,
diabetes mellitus, alcoolismo, etc)..
8. Sintomas:
A hipertensão tem sido denominada de “assassino
silencioso”, porque, em geral, ela não produz
sintomas durante muitos anos (até ocorrer lesão de
um órgão vital).
9. Cuidados de enfermagem:
Avaliar pressão arterial quando necessário, até estabilização
da mesma;
Avaliar pulsação periférica
Observar sinais de insuficiência cardíaca (taquicardia,
agitação, cianose, Dispnéia, extremidades frias).
Orientar o paciente quanto à necessidade de repouso
durante a dor;
Oferecer ambiente tranqüilo e organizar o atendimento, de
modo a oferecer períodos de descanso.
Verificar a PA diariamente nos mesmos horários e com o
paciente em repouso;
Orientar a evitar excesso de atividade física;
Oferecer dieta leve, fracionada, hipossódica, hipolipídica;
10. Existem dois tipos de hipertensão arterial:
hipertensão primária, hoje chamada de
hipertensão arterial sistêmica, e secundária. A
hipertensão sistêmica corresponde a 90% dos
casos e se caracteriza por não haver uma
causa conhecida, enquanto os 10% restantes
correspondem à hipertensão secundária,
onde é possível identificar uma causa, como,
por exemplo, problemas renais, tumores de
supra-renal e algumas doenças endócrinas.
11. O diagnóstico é feito através da medida da
pressão arterial, porém uma medida isolada
não é suficiente, sendo recomendado duas
ou mais medidas em momentos diferentes,
quando da suspeita de hipertensão arterial.
As medidas devem ser obtidas em ambos os
braços, com a pessoa nas posições - sentada
e deitada.
12. Até poucos anos atrás, o tratamento do
hipertenso era centrado no uso da
medicação. À medida que foi sendo
estudada a correlação com os fatores de
risco citados, anteriormente, iniciou-se uma
nova abordagem, valorizando as mudanças
de estilo de vida, associadas ou não ao uso
de medicamentos.
13. É recomendado que o hipertenso grau I (leve)
seja controlado mediante:
Dieta equilibrada,
Diminuição da ingestão de sal,
prática de atividade física regular,
Controle do peso corporal,
Abandono do consumo de cigarros
Álcool
Drogas
14. O hipertenso grau II e III (moderado e grave),
além do controle dos fatores de risco
modificáveis, necessitará da utilização de
medicamentos para o resto da vida.
15. Quatro grupos de medicamentos são utilizados no
tratamento da hipertensão:
Diuréticos,
Betabloqueadores,
Bloqueadores de cálcio.
Inibidores da enzima conversora de angiotensina,
A prescrição do medicamento depende da idade
do portador, das doenças associadas, do custo, dos
efeitos colaterais, da experiência clínica e da
organização do serviço de saúde.
17. Sintomas:
Dor no peito,
Cefaléia occipital e matinal,
Escotomas,
Irritabilidade,
Cansaço aos esforços,
Tonturas
Dispnéia.
Edema nos membros superiores e inferiores ao final do dia,
A hipertensão pode estar presente sem qualquer sintoma
associado (assintomático).
18. Os cuidados com as pessoas hipertensas :
Controle da pressão arterial,
Uso correto da medicação
prescrita,
Incentivo à prática de
atividades físicas e mentais.
19. Fatores de risco modificáveis, com adoção de um estilo
de vida saudável:
Estresse;
Glicose e
Colesterol alto,
Sedentarismo,
Obesidade,
Consumo excessivo de sal,
Álcool,
Fumo
Drogas ilícitas.
20. Os programas educacionais e de assistência ao
hipertenso têm obtido resultados satisfatórios,
possibilitando um controle adequado apenas em
nível ambulatorial, diminuindo o índice de
hospitalização e prevenindo as complicações
cardíacas. Hoje, quando um hipertenso chega a
hospitalizar-se, o motivo mais comum :
Elevação súbita da pressão arterial (crise
hipertensiva),
Manifestações de lesões crônicas decorrentes da
hipertensão não-controlada.
21. Atividades:
1. Qual é a origem das disfunções circulatórias?
2. Quais os principais fatores de risco para
doenças crônico degenerativas?
3. Qual a definição para hipertensão HAS?
4. Quais os principais sintomas relacionados a
HAS?
5. Quais os cuidados de enfermagem para HAS?
6. Como é feito o diagnóstico para HAS?
7. Porque a hipertensão arterial é considerada
uma doença silenciosa?
8. Quais os fatores de risco modificáveis que
podem controlar a pressão arterial com a
adoção de um estilo de vida saudável?
22. Referência:
• Henry JB. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos
laboratoriais.18 ed. São paulo : Manole; 1995.
• Santello JL, Mion D. Captopril Associado a Hidroclorotiazida
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multicêntrico brasileiro . Arq Bras Cardiol 1998; 71(5) : 713-
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• Relman D. Tratado de MedicinaInterna. 22 ed. Rio de
Janeiro : Elsevier; 2005.
• Sociedade Brasileira de Cardiologia;Sociedade Brasileira
de Hipertensão. DiretrizesBrasileiras REV. BRAS. GERIATRIA E
GERONTOLOGIA; 2006;
• . Jobim EFC. Hipertensão arterial no idoso: classificação e
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