SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 35
Baixar para ler offline
AULA 1
Fases Pré-Clínica e Clínica do
desenvolvimento de um
medicamento
Prof. Herbert Cristian de Souza
Economia e Gestão da Saúde II
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Visão Geral do Desenvolvimento de um
Medicamento
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fase Pré-Clínica
 Teste das substâncias em laboratórios e animais de
experimentação
 Precede os testes em seres humanos
 Verifica como a substância se comporta no organismo
 Segue normas de proteção aos animais
 Eliminação de > 90% dos compostos estudados nesta fase
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Ensaios pré-clínicos
Onde se situam no desenvolvimento de um medicamento
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fases de desenvolvimento de um medicamento
 Ensaios laboratoriais (in-vitro)
 Aula 1 – Pesquisa de novos compostos potencialmente ativos
 Ensaios pré-clínicos (in-vivo)
 Investigação realizada em animais de experimentação
 Definição do perfil farmacológico
 Definição do perfil toxicológico (efeitos colaterais, carcinogenia,
etc.)
 Demonstração de segurança
 Avaliação processos farmacocinéticos
 Estudos de pré-formulação e formulação
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Teste pré-clínico in vitro para avaliar
irritabilidade a produtos químicos e cosméticos
http://www.narcissus.com.br/servicos_testespreclinicos.php
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Teste pré-clínico in vitro para avaliar irritação
ocular
O ensaio é baseado na
medida da opacidade e
da permeabilidade da
córnea de bezerro após
o contato com o
produto teste.
VIEIRA, M. S et al
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Animais de experimentação
 1790 as primeiras utilizações
Fonte: Centro de Criação de Animais de
Laboratório/Fiocruz.
Camundongos, Ratos e Hamsters
90% de todas as pesquisas
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Animais de Experimentação
Legislação Brasileira
 1934 – Primeira Legislação
 1978 – Normas para práticas didático científicas
 2008 – Lei nº 11.794/08 (Lei Arouca)
 Cria o CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação
Animal) e torna obrigatória a constituição das CEAUs (Comissões de
Ética no Uso de Animais) em instituições com atividades de ensino
ou pesquisa com animais.
(MIZIARA et al., 2012)
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Animais de experimentação
 Mitos em testes de animais:
 1 – Não existem leis e regulamentações sobre pesquisa em animais
 2 – Modelos de computadores podem substituir os testes em
animais (eles complementam)
 3 – Cães, gatos e macacos são usados mais que qualquer outro
animal em pesquisa (< 1%)
 4 – Animais perdidos são vendidos para centros de pesquisa (não
tem procedência)
 5 – Não existem centros clandestinos de testes em animais
 6 – Animais são mal tratados e mal cuidados
 7 – Faz testes sem critérios
 8 – Humanos são utilizados nesta fase
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Boas Práticas em Experimentação animal
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Centros de Pesquisa com experimentação
animal
 Modelos mais adequados para experimentações de um
composto
 Variáveis altamente controladas
 Animais com linhagens próprias para pesquisas específicas
 Animais com procedência
Ativistas invadem o
Instituto Royal
Assista este vídeo em: https://goo.gl/Ks0Yjf
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Centros de Pesquisa com experimentação
animal
Instituto Royal
Assista este vídeo em: https://goo.gl/Ks0Yjf
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Passado e presente dos estudos pré-clínicos
 Início do século XX e avanços da
indústria farmacêutica:
 Experimentações em humanos e
animais
 Sem regulamentações sobre os
experimentos e aumento destes durante
a 2º guerra mundial
 Criação do Código de Nuremberg
 Estabeleceu que nenhum composto
poderia ser testado em seres humanos
sem antes passar por uma série de
estudos em animais.
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Vídeo Código de Nuremberg
Assista este vídeo em: https://goo.gl/Ks0Yjf
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Estudos toxicológicos e segurança farmacológica
 Condução de estudos não
clínicos de segurança
durante o desenvolvimento
de medicamentos
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Estudos toxicológicos e segurança farmacológica
 Principais características avaliadas:
 Vias de administração
 Seleção e determinação da dosagem
 Parâmetros clínicos
 Mortalidade, sinais clínicos, variações no peso e consumo de ração e
água, patologia clínica, duração e reversibilidade da toxicidade,
investigações anátomo e histopatológicas.
 Fertilidade e desenvolvimento embrionário inicial
 Potencial de causar mutações gênicas, alterações cromossômicas
ou alterações carcinogênicas
 Impacto da substância no local de aplicação
 Potenciais efeitos farmacodinâmicos indesejáveis da substância
teste nos diversos sistemas do organismo
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Parâmetros farmacocinéticos do LASSBio-596
após administração de 10 mg/kg a ratos Wistar
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Análise
histopatológica do estudo de toxicidade
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Estudos de eficácia de uma substância
Teste placa quente para testes de substâncias frente a analgesia
Assista este vídeo em: https://goo.gl/Ks0Yjf
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Ensaios pré-clínicos (in-vivo)
 Estudos de pré-formulação
 Possibilidade de produção em grande escala
 Custos de produção?
 Solubilidade ?
 Adequação do veículo ?
 Estabilidade?
 Concentrações / doses ?
 Vias de administração?
 Significado de resultados positivos e negativos
?
 Conhecimento do(a) modelo/técnica?
Fase Clínica do
desenvolvimento de
um medicamento
Prof. Herbert Cristian de Souza
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fase Clínica do desenvolvimento de um
medicamento
 A fase clínica é a fase de testes em seres humanos.
 Descobrir ou verificar:
 Efeitos clínicos e farmacológicos (farmacocinéticos ou
farmacodinâmicos)
 Efeitos indesejáveis
 É composta por quatro etapas sucessivas
 Fase Clínica I
 Fase Clínica II
 Fase Clínica III
 Fase Clínica IV
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fase Clínica do desenvolvimento de um
medicamento
 Características da fase clínica:
 São conduzidos de forma sequencial e de acordo com objetivos
bem definidos.
 Cada fase tem por base os resultados da fase anterior
 A segurança dos doentes não deve ser colocada em risco
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fase Clínica I
 Primeiros estudos em seres humanos:
 20 a 80 voluntários saudáveis
 Visa a segurança: estabelece evolução preliminar de segurança
 Resultados criam um perfil farmacocinético
 Análise preliminar do metabolismo e biodisponibilidade do
fármaco
 Quando possível um perfil farmacodinâmico
 Voluntários
 São saudáveis
 Em alguns casos:
 Podem ser conduzidos em doentes com patologias graves tais como
doença oncológica ou SIDA.
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fase Clínica I
 Objetivos da Fase I
 Tolerância em voluntários saudáveis
 Maior dose tolerável
 Menor dose efetiva
 Relação dose/efeito
 Duração do efeito
 Efeitos colaterais
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fase Clínica II
 Quantidade
 70 a 200 (até 500) geralmente doentes
 Selecionados por critérios rigorosos
 Uso de diferentes formulações e formas farmacêuticas
 Objetivos da Fase II
 Indicação da eficácia
 Confirmação da segurança (toxicidade)
 Biodisponibilidade e bioequivalência de diferentes formulações
 Avalia a dose e a frequência de administração para os ensaios de
Fase III.
 Estabelece as relações dose-resposta
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fase Clínica III
 Estudos Internacionais acima 800 pacientes
 Multicentros com diferentes populações de pacientes para
demonstrar eficácia e segurança.
 Compara-se o novo com o existente
 Estudos randomizados
 Divididos em dois grupos
 Grupo controle - recebe o tratamento padrão
 Grupo investigacional - recebe a nova medicação
 Combinação de substâncias
 Pode haver a combinação de dois medicamentos
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fase Clínica III
 Visa o estabelecimento do perfil terapêutico:
 Indicações
 Dose e via de administração
 Contra-indicações
 Efeitos colaterais
 Medidas de precaução
 Interações clinicamente relevantes (idade, peso, sexo, etc.)
 Demonstração de vantagem terapêutica
 Novo fármaco frente aos de escolha
 Estratégias de Farmacoeconomia
 Definição de preços, distribuição, publicações, etc.
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Fase IV (Farmacovigilância)
 São pesquisas realizadas depois da sua comercialização
 Objetivos
 Restabelecer o valor terapêutico
 Identificar o surgimento de novas reações adversas
 Confirmação da frequência de surgimento das reações já
conhecidas
 Avaliar as estratégias de tratamento
 Aspectos mercadológicos
 Estudos de suporte ao marketing
 Estudos adicionais comparativos com produtos competidores
 Novas formulações (palatabilidade, facilidade de ingestão)
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Rede de Hospitais Sentinela
 Rede Sentinela funciona como observatório no âmbito
dos serviços para o gerenciamento de riscos à saúde, em
atuação conjunta e efetiva com o Sistema Nacional de
Vigilância Sanitária (SNVS).
EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
Referências
 Rocco, P. R. M. LASSBio-596: da Descoberta aos Ensaios Pré-clínicos. Rev. Virtual Quim.
|Vol 2| |No. 1| |10-27
 PORTAL DOS FÁRMACOS - Observatório de mídia do INCT-INOFAR. http://www.inct-
inofar.ccs.ufrj.br/videos.html. Acessado em 10 de abril de 2015.
 ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia para a condução de estudos não
clínicos de toxicologia e segurança farmacológica necessários ao desenvolvimento de
medicamentos. Disponível em: http://migre.me/rDal9. Acesso em 10 de abril de 2015.
 ANDRADE, A., PINTO, SC., and OLIVEIRA, RS., orgs. Animais de Laboratório: criação e
experimentação [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p.
 MIZIARA, Ivan Dieb et al . Ética da pesquisa em modelos animais. Braz. j.
otorhinolaryngol., São Paulo , v. 78, n. 2, p. 128-131, Apr. 2012 . Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-
86942012000200020&lng=en&nrm=iso. access on 26 Sept. 2015.
 ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Guia de Estabilidade de Produtos
Cosméticos, Brasília, 2004.
 VIEIRA, M. S et al. Avaliação da irritação ocular do 4NC: livre e lipossoma por método
alternativo ao uso de animais. Disponível em:
http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/conpeex/doutorado/trabalhos-
doutorado/doutorado-marcelo-sousa.pdf

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Atribuições clínicas do farmacêutico
Atribuições clínicas do farmacêuticoAtribuições clínicas do farmacêutico
Atribuições clínicas do farmacêuticoCassyano Correr
 
Tipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosTipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosArquivo-FClinico
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaLeonardo Souza
 
Política Nacional de Medicamentos Portaria 3916 De 1998
Política Nacional de Medicamentos   Portaria 3916 De 1998Política Nacional de Medicamentos   Portaria 3916 De 1998
Política Nacional de Medicamentos Portaria 3916 De 1998Marcelo Polacow Bisson
 
Interação fármaco-receptor
Interação fármaco-receptorInteração fármaco-receptor
Interação fármaco-receptorCaio Maximino
 
Farmacologia interações e RAM
Farmacologia interações e RAMFarmacologia interações e RAM
Farmacologia interações e RAMLeonardo Souza
 
Controle de Qualidade de Medicamentos 2007
Controle de Qualidade de Medicamentos 2007Controle de Qualidade de Medicamentos 2007
Controle de Qualidade de Medicamentos 2007Adriana Quevedo
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosAula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosJaqueline Almeida
 
Relatório aula prática de Toxicologia
Relatório aula prática de ToxicologiaRelatório aula prática de Toxicologia
Relatório aula prática de ToxicologiaKaren Zanferrari
 
introdução à farmacologia
 introdução à farmacologia introdução à farmacologia
introdução à farmacologiaJaqueline Almeida
 
Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas
Tecnologia de Comprimidos Revestidos e DrágeasTecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas
Tecnologia de Comprimidos Revestidos e DrágeasGuilherme Becker
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Jaqueline Almeida
 
Métodos de extração
Métodos de extraçãoMétodos de extração
Métodos de extraçãovanessaracele
 

Mais procurados (20)

Fitoterapia
FitoterapiaFitoterapia
Fitoterapia
 
10.calculos farmaceuticos
10.calculos farmaceuticos10.calculos farmaceuticos
10.calculos farmaceuticos
 
Aula métodos de identificação
Aula  métodos de identificaçãoAula  métodos de identificação
Aula métodos de identificação
 
Atribuições clínicas do farmacêutico
Atribuições clínicas do farmacêuticoAtribuições clínicas do farmacêutico
Atribuições clínicas do farmacêutico
 
Tipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicosTipos de estudos epidemiológicos
Tipos de estudos epidemiológicos
 
Farmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinéticaFarmacologia farmacocinética
Farmacologia farmacocinética
 
Política Nacional de Medicamentos Portaria 3916 De 1998
Política Nacional de Medicamentos   Portaria 3916 De 1998Política Nacional de Medicamentos   Portaria 3916 De 1998
Política Nacional de Medicamentos Portaria 3916 De 1998
 
5ª aula vias de administração
5ª aula   vias de administração5ª aula   vias de administração
5ª aula vias de administração
 
Interação fármaco-receptor
Interação fármaco-receptorInteração fármaco-receptor
Interação fármaco-receptor
 
Formas farmaceuticas
Formas farmaceuticasFormas farmaceuticas
Formas farmaceuticas
 
Farmacologia interações e RAM
Farmacologia interações e RAMFarmacologia interações e RAM
Farmacologia interações e RAM
 
Controle de Qualidade de Medicamentos 2007
Controle de Qualidade de Medicamentos 2007Controle de Qualidade de Medicamentos 2007
Controle de Qualidade de Medicamentos 2007
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos AnsiolíticosAula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Ansiolíticos
 
aula 8 - CF2
aula 8 - CF2aula 8 - CF2
aula 8 - CF2
 
Relatório aula prática de Toxicologia
Relatório aula prática de ToxicologiaRelatório aula prática de Toxicologia
Relatório aula prática de Toxicologia
 
introdução à farmacologia
 introdução à farmacologia introdução à farmacologia
introdução à farmacologia
 
Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas
Tecnologia de Comprimidos Revestidos e DrágeasTecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas
Tecnologia de Comprimidos Revestidos e Drágeas
 
Formas farmacêuticas
Formas farmacêuticasFormas farmacêuticas
Formas farmacêuticas
 
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
Aula de Farmacologia sobre Fármacos Antimicrobianos.
 
Métodos de extração
Métodos de extraçãoMétodos de extração
Métodos de extração
 

Semelhante a Desenvolvimento de Medicamentos Pré-Clínico e Clínico

12 anvisa-considerações e definições para pesquisa clínica
12 anvisa-considerações e definições para pesquisa clínica12 anvisa-considerações e definições para pesquisa clínica
12 anvisa-considerações e definições para pesquisa clínicaLeandro Avelar
 
Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...
Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...
Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...sparksupernova
 
02 perfil da pesquisa clínica no brasil 2012
02   perfil da pesquisa clínica no brasil 201202   perfil da pesquisa clínica no brasil 2012
02 perfil da pesquisa clínica no brasil 2012gisa_legal
 
Fases de desenvolvimento dos fármacos.pdf
Fases de desenvolvimento dos fármacos.pdfFases de desenvolvimento dos fármacos.pdf
Fases de desenvolvimento dos fármacos.pdfCleutonSilva12
 
Super nova desenvolvimento de produtos imunobiológicos e farmacêuticos (3)
Super nova desenvolvimento de produtos imunobiológicos e farmacêuticos (3)Super nova desenvolvimento de produtos imunobiológicos e farmacêuticos (3)
Super nova desenvolvimento de produtos imunobiológicos e farmacêuticos (3)sparksupernova
 
Manejo e normas a serem seguidas relacionada a biossegurança em experimentaç...
Manejo e normas a serem seguidas  relacionada a biossegurança em experimentaç...Manejo e normas a serem seguidas  relacionada a biossegurança em experimentaç...
Manejo e normas a serem seguidas relacionada a biossegurança em experimentaç...JULIO BUSIGNANI, MÉDICO VETERINÁRIO
 
Estabilidade farmaceutica: do farmaco ao medicamento
Estabilidade farmaceutica: do farmaco ao medicamentoEstabilidade farmaceutica: do farmaco ao medicamento
Estabilidade farmaceutica: do farmaco ao medicamentoAnderson Wilbur Lopes Andrade
 
Introdução toxico completo
Introdução toxico   completoIntrodução toxico   completo
Introdução toxico completoRebeca Cardoso
 
Avaliação Clínica de Fármacos e Agências Regulatórias
Avaliação Clínica de Fármacos e Agências RegulatóriasAvaliação Clínica de Fármacos e Agências Regulatórias
Avaliação Clínica de Fármacos e Agências RegulatóriasGuilherme Rocha
 
Equidade na pesquisa_internacional_e_a_nova_versao_da_declaracao_de_helsinque...
Equidade na pesquisa_internacional_e_a_nova_versao_da_declaracao_de_helsinque...Equidade na pesquisa_internacional_e_a_nova_versao_da_declaracao_de_helsinque...
Equidade na pesquisa_internacional_e_a_nova_versao_da_declaracao_de_helsinque...RH EM ACAO
 
Ética em Pesquisa em psicologia, 10 aula
Ética em Pesquisa em psicologia, 10 aulaÉtica em Pesquisa em psicologia, 10 aula
Ética em Pesquisa em psicologia, 10 aulaValmirDornVasconcelo1
 
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdfaula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdfDouglasVincius11
 
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais MilitaresOportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais MilitaresClaudio Pericles
 
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais MilitaresOportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais MilitaresClaudio Pericles
 
Legislação farmaceutica
Legislação farmaceuticaLegislação farmaceutica
Legislação farmaceuticaSafia Naser
 
C1 e3 ppt_validacao_cientifica_de_plantas_medicinais
C1 e3 ppt_validacao_cientifica_de_plantas_medicinaisC1 e3 ppt_validacao_cientifica_de_plantas_medicinais
C1 e3 ppt_validacao_cientifica_de_plantas_medicinaissedis-suporte
 
SLIDE PADRÃO CURSO PARECERISTA-FINAL (1).pptx
SLIDE PADRÃO CURSO PARECERISTA-FINAL (1).pptxSLIDE PADRÃO CURSO PARECERISTA-FINAL (1).pptx
SLIDE PADRÃO CURSO PARECERISTA-FINAL (1).pptxMrcioFlvioArajo
 
7º Fórum Oncoguia - 27/06/2017 - Fábio Franke
7º Fórum Oncoguia - 27/06/2017 - Fábio Franke7º Fórum Oncoguia - 27/06/2017 - Fábio Franke
7º Fórum Oncoguia - 27/06/2017 - Fábio FrankeOncoguia
 

Semelhante a Desenvolvimento de Medicamentos Pré-Clínico e Clínico (20)

12 anvisa-considerações e definições para pesquisa clínica
12 anvisa-considerações e definições para pesquisa clínica12 anvisa-considerações e definições para pesquisa clínica
12 anvisa-considerações e definições para pesquisa clínica
 
Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...
Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...
Apresentação Prof. Dra. Maria Lucia Dagli: testes pré-clínicos e agências r...
 
02 perfil da pesquisa clínica no brasil 2012
02   perfil da pesquisa clínica no brasil 201202   perfil da pesquisa clínica no brasil 2012
02 perfil da pesquisa clínica no brasil 2012
 
Fases de desenvolvimento dos fármacos.pdf
Fases de desenvolvimento dos fármacos.pdfFases de desenvolvimento dos fármacos.pdf
Fases de desenvolvimento dos fármacos.pdf
 
Super nova desenvolvimento de produtos imunobiológicos e farmacêuticos (3)
Super nova desenvolvimento de produtos imunobiológicos e farmacêuticos (3)Super nova desenvolvimento de produtos imunobiológicos e farmacêuticos (3)
Super nova desenvolvimento de produtos imunobiológicos e farmacêuticos (3)
 
Manejo e normas a serem seguidas relacionada a biossegurança em experimentaç...
Manejo e normas a serem seguidas  relacionada a biossegurança em experimentaç...Manejo e normas a serem seguidas  relacionada a biossegurança em experimentaç...
Manejo e normas a serem seguidas relacionada a biossegurança em experimentaç...
 
Cristiano SemináRio Toxicolo
Cristiano SemináRio ToxicoloCristiano SemináRio Toxicolo
Cristiano SemináRio Toxicolo
 
Estabilidade farmaceutica: do farmaco ao medicamento
Estabilidade farmaceutica: do farmaco ao medicamentoEstabilidade farmaceutica: do farmaco ao medicamento
Estabilidade farmaceutica: do farmaco ao medicamento
 
Introdução toxico completo
Introdução toxico   completoIntrodução toxico   completo
Introdução toxico completo
 
Avaliação Clínica de Fármacos e Agências Regulatórias
Avaliação Clínica de Fármacos e Agências RegulatóriasAvaliação Clínica de Fármacos e Agências Regulatórias
Avaliação Clínica de Fármacos e Agências Regulatórias
 
Equidade na pesquisa_internacional_e_a_nova_versao_da_declaracao_de_helsinque...
Equidade na pesquisa_internacional_e_a_nova_versao_da_declaracao_de_helsinque...Equidade na pesquisa_internacional_e_a_nova_versao_da_declaracao_de_helsinque...
Equidade na pesquisa_internacional_e_a_nova_versao_da_declaracao_de_helsinque...
 
Ética em Pesquisa em psicologia, 10 aula
Ética em Pesquisa em psicologia, 10 aulaÉtica em Pesquisa em psicologia, 10 aula
Ética em Pesquisa em psicologia, 10 aula
 
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdfaula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
 
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais MilitaresOportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
 
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais MilitaresOportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
Oportunidades De Pesquisa Em Hospitais Militares
 
Legislação farmaceutica
Legislação farmaceuticaLegislação farmaceutica
Legislação farmaceutica
 
C1 e3 ppt_validacao_cientifica_de_plantas_medicinais
C1 e3 ppt_validacao_cientifica_de_plantas_medicinaisC1 e3 ppt_validacao_cientifica_de_plantas_medicinais
C1 e3 ppt_validacao_cientifica_de_plantas_medicinais
 
SLIDE PADRÃO CURSO PARECERISTA-FINAL (1).pptx
SLIDE PADRÃO CURSO PARECERISTA-FINAL (1).pptxSLIDE PADRÃO CURSO PARECERISTA-FINAL (1).pptx
SLIDE PADRÃO CURSO PARECERISTA-FINAL (1).pptx
 
Contract research operation
Contract research operationContract research operation
Contract research operation
 
7º Fórum Oncoguia - 27/06/2017 - Fábio Franke
7º Fórum Oncoguia - 27/06/2017 - Fábio Franke7º Fórum Oncoguia - 27/06/2017 - Fábio Franke
7º Fórum Oncoguia - 27/06/2017 - Fábio Franke
 

Mais de Herbert Cristian de Souza

Mais de Herbert Cristian de Souza (8)

Origens da economia e gestão da saúde
Origens da economia e gestão da saúdeOrigens da economia e gestão da saúde
Origens da economia e gestão da saúde
 
Apostila Introdução à Farmácia
Apostila Introdução à FarmáciaApostila Introdução à Farmácia
Apostila Introdução à Farmácia
 
Apostila Farmacotécnica II - Teórica 2016
Apostila Farmacotécnica II - Teórica 2016Apostila Farmacotécnica II - Teórica 2016
Apostila Farmacotécnica II - Teórica 2016
 
Apostila Farmacotécnica II - Prática 2016
Apostila Farmacotécnica II - Prática 2016Apostila Farmacotécnica II - Prática 2016
Apostila Farmacotécnica II - Prática 2016
 
Apostila Cosmetologia Teórica 2015 02
Apostila Cosmetologia Teórica 2015 02Apostila Cosmetologia Teórica 2015 02
Apostila Cosmetologia Teórica 2015 02
 
Apostila Cosmetologia Prática 2015 02
Apostila Cosmetologia Prática 2015 02Apostila Cosmetologia Prática 2015 02
Apostila Cosmetologia Prática 2015 02
 
Aula: Pele, Glândulas, Pelos e Unhas
Aula: Pele, Glândulas, Pelos e UnhasAula: Pele, Glândulas, Pelos e Unhas
Aula: Pele, Glândulas, Pelos e Unhas
 
Aula: Câncer de Pele, Protetores Solar e Envelhecimento Cutâneo
Aula: Câncer de Pele, Protetores Solar e Envelhecimento CutâneoAula: Câncer de Pele, Protetores Solar e Envelhecimento Cutâneo
Aula: Câncer de Pele, Protetores Solar e Envelhecimento Cutâneo
 

Último

Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024RicardoTST2
 

Último (10)

Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024
 

Desenvolvimento de Medicamentos Pré-Clínico e Clínico

  • 1. AULA 1 Fases Pré-Clínica e Clínica do desenvolvimento de um medicamento Prof. Herbert Cristian de Souza Economia e Gestão da Saúde II
  • 2. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Visão Geral do Desenvolvimento de um Medicamento
  • 3. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
  • 4. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fase Pré-Clínica  Teste das substâncias em laboratórios e animais de experimentação  Precede os testes em seres humanos  Verifica como a substância se comporta no organismo  Segue normas de proteção aos animais  Eliminação de > 90% dos compostos estudados nesta fase
  • 5. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Ensaios pré-clínicos Onde se situam no desenvolvimento de um medicamento
  • 6. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fases de desenvolvimento de um medicamento  Ensaios laboratoriais (in-vitro)  Aula 1 – Pesquisa de novos compostos potencialmente ativos  Ensaios pré-clínicos (in-vivo)  Investigação realizada em animais de experimentação  Definição do perfil farmacológico  Definição do perfil toxicológico (efeitos colaterais, carcinogenia, etc.)  Demonstração de segurança  Avaliação processos farmacocinéticos  Estudos de pré-formulação e formulação
  • 7. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Teste pré-clínico in vitro para avaliar irritabilidade a produtos químicos e cosméticos http://www.narcissus.com.br/servicos_testespreclinicos.php
  • 8. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Teste pré-clínico in vitro para avaliar irritação ocular O ensaio é baseado na medida da opacidade e da permeabilidade da córnea de bezerro após o contato com o produto teste. VIEIRA, M. S et al
  • 9. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Animais de experimentação  1790 as primeiras utilizações Fonte: Centro de Criação de Animais de Laboratório/Fiocruz. Camundongos, Ratos e Hamsters 90% de todas as pesquisas
  • 10. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Animais de Experimentação Legislação Brasileira  1934 – Primeira Legislação  1978 – Normas para práticas didático científicas  2008 – Lei nº 11.794/08 (Lei Arouca)  Cria o CONCEA (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal) e torna obrigatória a constituição das CEAUs (Comissões de Ética no Uso de Animais) em instituições com atividades de ensino ou pesquisa com animais. (MIZIARA et al., 2012)
  • 11. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Animais de experimentação  Mitos em testes de animais:  1 – Não existem leis e regulamentações sobre pesquisa em animais  2 – Modelos de computadores podem substituir os testes em animais (eles complementam)  3 – Cães, gatos e macacos são usados mais que qualquer outro animal em pesquisa (< 1%)  4 – Animais perdidos são vendidos para centros de pesquisa (não tem procedência)  5 – Não existem centros clandestinos de testes em animais  6 – Animais são mal tratados e mal cuidados  7 – Faz testes sem critérios  8 – Humanos são utilizados nesta fase
  • 12. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Boas Práticas em Experimentação animal
  • 13. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Centros de Pesquisa com experimentação animal  Modelos mais adequados para experimentações de um composto  Variáveis altamente controladas  Animais com linhagens próprias para pesquisas específicas  Animais com procedência Ativistas invadem o Instituto Royal Assista este vídeo em: https://goo.gl/Ks0Yjf
  • 14. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Centros de Pesquisa com experimentação animal Instituto Royal Assista este vídeo em: https://goo.gl/Ks0Yjf
  • 15. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Passado e presente dos estudos pré-clínicos  Início do século XX e avanços da indústria farmacêutica:  Experimentações em humanos e animais  Sem regulamentações sobre os experimentos e aumento destes durante a 2º guerra mundial  Criação do Código de Nuremberg  Estabeleceu que nenhum composto poderia ser testado em seres humanos sem antes passar por uma série de estudos em animais.
  • 16. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Vídeo Código de Nuremberg Assista este vídeo em: https://goo.gl/Ks0Yjf
  • 17. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Estudos toxicológicos e segurança farmacológica  Condução de estudos não clínicos de segurança durante o desenvolvimento de medicamentos
  • 18. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Estudos toxicológicos e segurança farmacológica  Principais características avaliadas:  Vias de administração  Seleção e determinação da dosagem  Parâmetros clínicos  Mortalidade, sinais clínicos, variações no peso e consumo de ração e água, patologia clínica, duração e reversibilidade da toxicidade, investigações anátomo e histopatológicas.  Fertilidade e desenvolvimento embrionário inicial  Potencial de causar mutações gênicas, alterações cromossômicas ou alterações carcinogênicas  Impacto da substância no local de aplicação  Potenciais efeitos farmacodinâmicos indesejáveis da substância teste nos diversos sistemas do organismo
  • 19. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Parâmetros farmacocinéticos do LASSBio-596 após administração de 10 mg/kg a ratos Wistar
  • 20. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Análise histopatológica do estudo de toxicidade
  • 21. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Estudos de eficácia de uma substância Teste placa quente para testes de substâncias frente a analgesia Assista este vídeo em: https://goo.gl/Ks0Yjf
  • 22. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Ensaios pré-clínicos (in-vivo)  Estudos de pré-formulação  Possibilidade de produção em grande escala  Custos de produção?  Solubilidade ?  Adequação do veículo ?  Estabilidade?  Concentrações / doses ?  Vias de administração?  Significado de resultados positivos e negativos ?  Conhecimento do(a) modelo/técnica?
  • 23. Fase Clínica do desenvolvimento de um medicamento Prof. Herbert Cristian de Souza
  • 24. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fase Clínica do desenvolvimento de um medicamento  A fase clínica é a fase de testes em seres humanos.  Descobrir ou verificar:  Efeitos clínicos e farmacológicos (farmacocinéticos ou farmacodinâmicos)  Efeitos indesejáveis  É composta por quatro etapas sucessivas  Fase Clínica I  Fase Clínica II  Fase Clínica III  Fase Clínica IV
  • 25. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fase Clínica do desenvolvimento de um medicamento  Características da fase clínica:  São conduzidos de forma sequencial e de acordo com objetivos bem definidos.  Cada fase tem por base os resultados da fase anterior  A segurança dos doentes não deve ser colocada em risco
  • 26. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fase Clínica I  Primeiros estudos em seres humanos:  20 a 80 voluntários saudáveis  Visa a segurança: estabelece evolução preliminar de segurança  Resultados criam um perfil farmacocinético  Análise preliminar do metabolismo e biodisponibilidade do fármaco  Quando possível um perfil farmacodinâmico  Voluntários  São saudáveis  Em alguns casos:  Podem ser conduzidos em doentes com patologias graves tais como doença oncológica ou SIDA.
  • 27. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fase Clínica I  Objetivos da Fase I  Tolerância em voluntários saudáveis  Maior dose tolerável  Menor dose efetiva  Relação dose/efeito  Duração do efeito  Efeitos colaterais
  • 28. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fase Clínica II  Quantidade  70 a 200 (até 500) geralmente doentes  Selecionados por critérios rigorosos  Uso de diferentes formulações e formas farmacêuticas  Objetivos da Fase II  Indicação da eficácia  Confirmação da segurança (toxicidade)  Biodisponibilidade e bioequivalência de diferentes formulações  Avalia a dose e a frequência de administração para os ensaios de Fase III.  Estabelece as relações dose-resposta
  • 29. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
  • 30. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza
  • 31. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fase Clínica III  Estudos Internacionais acima 800 pacientes  Multicentros com diferentes populações de pacientes para demonstrar eficácia e segurança.  Compara-se o novo com o existente  Estudos randomizados  Divididos em dois grupos  Grupo controle - recebe o tratamento padrão  Grupo investigacional - recebe a nova medicação  Combinação de substâncias  Pode haver a combinação de dois medicamentos
  • 32. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fase Clínica III  Visa o estabelecimento do perfil terapêutico:  Indicações  Dose e via de administração  Contra-indicações  Efeitos colaterais  Medidas de precaução  Interações clinicamente relevantes (idade, peso, sexo, etc.)  Demonstração de vantagem terapêutica  Novo fármaco frente aos de escolha  Estratégias de Farmacoeconomia  Definição de preços, distribuição, publicações, etc.
  • 33. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Fase IV (Farmacovigilância)  São pesquisas realizadas depois da sua comercialização  Objetivos  Restabelecer o valor terapêutico  Identificar o surgimento de novas reações adversas  Confirmação da frequência de surgimento das reações já conhecidas  Avaliar as estratégias de tratamento  Aspectos mercadológicos  Estudos de suporte ao marketing  Estudos adicionais comparativos com produtos competidores  Novas formulações (palatabilidade, facilidade de ingestão)
  • 34. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Rede de Hospitais Sentinela  Rede Sentinela funciona como observatório no âmbito dos serviços para o gerenciamento de riscos à saúde, em atuação conjunta e efetiva com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).
  • 35. EGS II – Prof. Herbert Cristian de Souza Referências  Rocco, P. R. M. LASSBio-596: da Descoberta aos Ensaios Pré-clínicos. Rev. Virtual Quim. |Vol 2| |No. 1| |10-27  PORTAL DOS FÁRMACOS - Observatório de mídia do INCT-INOFAR. http://www.inct- inofar.ccs.ufrj.br/videos.html. Acessado em 10 de abril de 2015.  ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia para a condução de estudos não clínicos de toxicologia e segurança farmacológica necessários ao desenvolvimento de medicamentos. Disponível em: http://migre.me/rDal9. Acesso em 10 de abril de 2015.  ANDRADE, A., PINTO, SC., and OLIVEIRA, RS., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p.  MIZIARA, Ivan Dieb et al . Ética da pesquisa em modelos animais. Braz. j. otorhinolaryngol., São Paulo , v. 78, n. 2, p. 128-131, Apr. 2012 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808- 86942012000200020&lng=en&nrm=iso. access on 26 Sept. 2015.  ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos, Brasília, 2004.  VIEIRA, M. S et al. Avaliação da irritação ocular do 4NC: livre e lipossoma por método alternativo ao uso de animais. Disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/conpeex/doutorado/trabalhos- doutorado/doutorado-marcelo-sousa.pdf